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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Introdução������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Espaço Geográfico E Redes������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
O Papel Do Estado Na Economia Global�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
Informalidade, Terciarização E Terceirização���������������������������������������������������������������������������������������������������������������4

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
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Introdução
Ainda no século XIX, o mundo conheceu uma intensificação das trocas comerciais, da produção
e mesmo do trânsito de pessoas. Para se ter ideia, o comércio mundial em 1800 e meados da década
de 1910 cresceu aproximadamente 25 vezes. Depois da Segunda Guerra Mundial, essas trocas au-
mentaram ainda mais, em ritmo jamais visto. Os números apontam um crescimento em valores
e volumes 50 vezes maior que o registrado na primeira metade do século XX. Portanto, podemos
definir o processo de globalização como sendo a intensificação de trocas e da circulação de pessoas,
mercadorias, capitais, informações, o que alterou profundamente as relações espaço-temporais entre
os países e indivíduos na superfície terrestre.
Desta forma, a globalização pode ser encarada como a atual fase do sistema capitalista, caracteri-
zado por várias dimensões de atuação – economia, política, cultural, social, ambiental, demográfica,
militar, jurídica etc. – e todas estão formando relações dentro do espaço geográfico mundial.
A globalização como realidade tem as seguintes características:
• a dominação por meio de medidas e imposições econômicas (pagamento de dívidas
externas siderais);
• a redução da violência bélica entre as potências líderes e o fomento de conflito entre algumas
subalternas;
• o desapontamento dos Estados nacionais (perda do primado das políticas nacionais);
• a concentração do poder planetário em corporações transnacionais (poucas centenas);
• a produção do desemprego estrutural;
• população marginal que se desloca da periferia para o centro e entre as próprias periferias;
rodução de sérios riscos de catástrofes ecológicas (porque a exportação de lixo ecológico
• p
para as zonas subalternas só atrasa os efeitos da catástrofe), de movimentos sociais violen-
tos (porque marginaliza amplos setores do sistema produtivo, sem esperanças de inclusão
como na acumulação originária) ou de crises financeiras (por efeito de uma acumulação
que em boa parte se baseia na especulação e no encarecimento dos bens e dos serviços como
resultado exclusivo de proibições com as quais se intervém nos mercados).
Espaço Geográfico E Redes
A organização do espaço geográfico por meio de redes eliminou a necessidade de fixar as ativi-
dades econômicas em um determinado lugar. Isso vale para grande número de serviços, que podem
ser prestados a partir de qualquer lugar no mundo para qualquer outro, bastando que esses locais
estejam conectados.
Em relação ao setor industrial, a produção pode estar dividida em várias etapas, cada uma delas lo-
calizada em um lugar. Um ou mais países fabricam partes do produto, outros fazem a montagem, e a
multinacional, a partir de sua sede, promove a distribuição no mercado mundial, faz a publicidade e
difunde a sua marca. Nesse contexto, em que a produção e a distribuição de mercadorias se estruturam
em redes, é possível, por exemplo, comprar uma bola de futebol com a marca de uma empresa alemã,
produzida em uma fábrica do Paquistão e exportada para o Brasil por uma empresa norte-americana.
Os pilares principais do capitalismo atual, de um mundo marcado pela facilidade de comunicação e
transporte de ideias e materiais, sem dúvida, são as empresas multinacionais. Elas têm seu surgimento
marcado no final do século XIX, sendo que os grupos vigentes hoje tiveram seu surgimento no início do
século XX. Porém, foi só depois da 2ª Guerra Mundial que estas empresas “supranacionais” tomaram
sua posição de hegemonia na economia mundial, sendo que a renda anual das maiores multinacionais
supera o PIB de muitos países. Essas empresas possuem atualmente um grau de liberdade inédito, que
se manifesta na mobilidade do capital industrial, nos deslocamentos, na terceirização e nas operações
de aquisições e fusões. A globalização remove as barreiras à livre circulação do capital, que hoje se
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encontra em condições de definir estratégias para a sua acumulação.


Essas estratégias são, na verdade, cada vez mais excludentes. O raio de ação das transnacionais
se concentra na órbita dos países desenvolvidos e alguns poucos países subdesenvolvidos que alcan-
çaram certo estágio de desenvolvimento. No entanto, o caráter setorial e diferenciado dessa inserção
tem implicado, por um lado, a constituição de ilhas de excelência conectadas às empresas transna-
cionais e, por outro lado, a desindustrialização e o sucateamento de grande parte do parque indus-
trial constituído no período anterior por meio da substituição de importações.
O Papel Do Estado Na Economia Global
No sistema capitalista, o Estado sempre desempenhou funções fundamentais à manutenção desse
sistema: manter a lei e a ordem, preservar a propriedade privada, resolver conflitos entre grupos sociais
e econômicos, defender as fronteiras do país, estabelecer relações políticas e comerciais com outros
Estados.
Com algumas variações de país para país, o Estado foi agregando uma série de outras funções.
Dentre elas, podemos destacar:
• i nstalação de empresas estatais, ligadas principalmente ao setor de infraestrutura, como o
siderúrgico e o petroquímico;
• c onstrução e manutenção de equipamentos de infraestrutura (rodovias, ferrovias, viadutos,
portos, aeroportos, usinas e redes de distribuição de energia elétrica etc.);
• participação acionária em empresas dos mais variados setores;
• investimentos em educação, saúde, moradia e pesquisa;
• criação do sistema de aposentadorias, pensões e seguro-desemprego;
• controle de circulação de moeda;
• r ealização de empréstimos a juros baixos e isenção de impostos para determinados grupos
econômicos ou sociais (subsídios);
• e stabelecimento da taxa de juros que serve de base para as atividades financeiras, inclusive
as bancárias.
Nos anos 80 do século XX, o Estado passou a ter um papel diferenciado devido a crises econô-
mico-financeiras existentes em vários países subdesenvolvidos e dos elevados déficits públicos de
muitos países. Para os teóricos das organizações financeiras internacionais (Banco Mundial e FMI)
e o governo norte-americano, a crise e a nova economia globalizada exigiam um Estado que não
interferisse no livre comércio, facilitasse a atuação das grandes empresas, cobrasse menos impostos
e reduzisse seus gastos, inclusive nos setores sociais (saúde, educação, moradia, previdência). Essas
ideias propostas foram chamadas de neoliberais. O Estado, dentro do Neoliberalismo deve intervir
pouco na economia, procurando eliminar barreiras ao comércio internacional, atrair investimentos
estrangeiros, privatizar as empresas públicas, manter o equilíbrio fiscal e controlar a inflação. Para
os neoliberais, não são papel do Estado funções como o extrativismo mineral ou a extração petrolí-
fera. Muitas dessas regras básicas, formuladas em 1989 por economistas de instituições financeiras,
ficaram conhecidas como Consenso de Washington.
Essas normas passaram a ser recomendadas para o estabelecimento de uma agenda neoliberal
de reformas nos países em desenvolvimento. A adoção das práticas neoliberais levou vários
Estados a enfraquecer os mecanismos de controle da economia e das fronteiras comerciais,
tornando os países subdesenvolvidos vulneráveis à atuação das grandes corporações multina-
cionais.

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Informalidade, Terciarização E Terceirização


O crescimento das taxas de desemprego nas atividades formais devido ao Neoliberalismo tem
obrigado milhares de trabalhadores a procurar a economia informal para ganhar algum dinheiro,
sendo que a tendência atual é a intensificação deste problema nos próximos anos. A terciarização
corresponde à tendência das economias pós-industriais em transferir para o setor de serviços a
maioria da população economicamente ativa, sendo que até mesmo nos países subdesenvolvidos
esta tendência já se manifesta embora em ritmo diferente. A terceirização também é uma tendência
das economias industrializadas em transferir parte da produção de uma empresa para outra.
EXERCÍCIOS
01. A globalização é, atualmente, um dos fatos mais polêmicos e contraditórios em discussão.
Analise as afirmações sobre esse processo:
I. Trata-se de um processo econômico em andamento que tem possibilitado aos mais diferen-
tes países atingir o pleno emprego e o rápido crescimento econômico.
II. Para ampliar o comércio mundial, a globalização estimulou a queda de protecionismos e de
barreiras comerciais.
III. Cresceu a circulação de capitais pelo mundo e as bolsas de valores ganharam grande
destaque.
IV. Para estimular o processo, as nações ricas têm privilegiado algumas áreas do globo, como,
por exemplo, a África negra, ao sul do Saara.
Está correto somente o que se afirma em:
a) I e II.
b) I e III.
c) I e IV.
d) II e III.
e) III e IV.
02. As mudanças na economia global têm produzido uma dispersão das demandas ao redor do
mundo. Isso ocorre não apenas em termos de bens e serviços, mas também de mercados de
trabalho. A migração dos trabalhadores não é, obviamente, nova, mas a globalização está es-
treitamente associada à aceleração da migração. E a migração produz identidades plurais, mas
também identidades contestadas, em um processo que é caracterizado por grandes desigual-
dades em termos de desenvolvimento. Nesse processo, o fator de expulsão dos países pobres é
mais forte que o fator de atração das sociedades pós-industriais e tecnologicamente e avança-
das.
Assinale a opção correspondente à relação de causa e efeito que se depreende da argumentação
do texto.
a) A migração dos trabalhadores tem como causa a aceleração dos movimentos de globalização.

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b) A formação de identidades plurais provoca mais resistência dos trabalhadores às mudanças


na economia global.
c) A migração gera desigualdade de desenvolvimento e confronto entre países pobres e ricos.
d) A dispersão das demandas ao redor do mundo acelera a migração e a constituição de iden-
tidades plurais.
e) A atração que sociedades tecnologicamente avançadas exercem sobre os migrantes acarreta
a expulsão de trabalhadores dos países pobres.
GABARITO
01. D
02. D

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