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elaborado com alguns itens que precisam ser destacados para melhor compreensão de leitura e
contextualização dos conteúdos abordados.
Momento de fazer o estudante refletir sobre algum tema específico que deve ser
destacado, lembrado ou anotado como uma observação importante.
Momento destinado ao estudante para que ele possa pensar e tentar responder alguns
exercícios propostos visando verificar parte de sua abstração após a leitura completa do
material.
Momento de apresentar sugestões de estudos complementares, com intuito de propor
um aprendizado contínuo e direcionado aos estudantes do curso.
TOPOGRAFIA E GEORREFERENCIAMENTO___________________________ 07
● Topografia _________________________________________________________ 07
● Georreferenciamento_________________________________________________ 08
APLICAÇÕES DA TOPOGRAFIA_____________________________________ 11
● Ponto Topográfico___________________________________________________ 12
● Levantamento Topográfico____________________________________________ 12
● Ângulos de Orientação________________________________________________ 20
DIVISÃO DA TOPOGRAFIA_________________________________________ 24
● Topometria_________________________________________________________ 24
● Topologia___________________________________________________________ 24
● Taqueometria_______________________________________________________ 25
● Fotogrametria_______________________________________________________ 25
● Instrumentos Utilizados_______________________________________________ 25
PLANIMETRIA E ALTIMETRIA________________________________________ 29
● Representação do Terreno_____________________________________________ 29
● Classificação de Métodos_______________________________________________ 37
● Etapas de um Levantamento____________________________________________ 39
● Nivelamento Geométrico_______________________________________________ 40
● Instrumentos Tradicionais______________________________________________ 41
TEODOLITO_______________________________________________________ 43
● Instalação do Equipamento_____________________________________________ 43
● A Evolução do Teodolito________________________________________________ 53
NA PRÁTICA_______________________________________________________ 55
PENSE E RESPONDA_________________________________________________ 56
CONHEÇA+_______________________________________________________ 58
PÍLULA DO CONHECIMENTO________________________________________ 59
GABARITO_________________________________________________________ 59
REFERÊNCIAS______________________________________________________ 59
INTRODUÇÃO
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aplicações das correções relativas ao fator de deformação linear (fator K) e ao fator de
elevação, porém, sem o estabelecimento de uma origem, abstraindo-se o efeito da
curvatura terrestre, o que ocasiona erros além do limite de precisão requerido pelo
levantamento topográfico.
TOPOGRAFIA E GEORREFERENCIAMENTO
Topografia
Outro conhecimento
que é confundido com a A topografia faz parte da Geodésia,
topografia é a agrimensura, que é a ciência que tem por objetivo determinar
que na realidade é bem a forma e a dimensão da Terra.
antiga,remontando
antiga, objetivo determinar
ao Egito Antigo, indo além da simples descrição do relevo com seus
a formageográficos,
acidentes e a dimensão da
se preocupando também com outros aspectos na demarcação de
Terra.
propriedades (incluindo aspectos legais).
É importante notar que a topografia está intimamente associada com a Cartografia,
sendo ela que viabiliza a confecção de mapas físicos. Basta pensar que para um viajante
na antiguidade não bastaria saber onde terminavam as fronteiras de cada território, mas
também era necessário conhecer as montanhas, depressões e outros, sendo assim o
viajante poderia traçar uma rota mais adequada para o seu destino.
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Muitas das ferramentas usadas por construtores e topógrafos da antiguidade ainda
são usadas até os dias atuais em construções: Corda de 81 nós, prumo, nível. Algumas
não mais se tornaram necessárias, como a corda com nós equidistantes que hoje é
facilmente substituída por uma trena, mas o princípio é o mesmo de qualquer outro
instrumento de medida.
Entre as grandes inovações para a topografia estão o uso do GPS (Global
Positioning System ou Sistema de Posicionamento Global), que depende de informações
topográficas para ser corretamente alimentado, mas também pode facilitar bastante o
trabalho dos topógrafos com os dados já acumulados ali.
Georreferenciamento
O que é Georreferenciamento
Georreferenciamento é o processo pelo qual se executa um
levantamento topográfico materializando as divisas com utilização de marcos
onde os mesmos recebem coordenadas geográficas (latitude e longitude) reais
e corrigidas com nível de precisão menor que 50cm, processo este que só pode
ser executado por profissionais devidamente qualificados e credenciados pelo
INCRA utilizando equipamentos modernos e de grande precisão.
Em poucas palavras, georreferenciamento é o mapeamento de um imóvel rural
referenciando os vértices de seu perímetro ao Sistema Geodésico Brasileiro, 08
definindo sua área e sua posição geográfica.
O trabalho tem por finalidade obter a Certificação do INCRA , para atualização
Em poucas palavras, georreferenciamento é o mapeamento de um
imóvel rural referenciando os vértices de seu perímetro ao Sistema Geodésico
Brasileiro, definindo sua área e sua posição geográfica.
O trabalho tem por finalidade obter a Certificação do INCRA, para
atualização do Certificado de Cadastro de Imóvel Rural - CCIR e retificação da
área no Cartório de Registro de Imóveis, processo este que só pode ser
executado por profissionais devidamente qualificados e credenciados pelo
INCRA utilizando equipamentos modernos e de grande precisão.
Normas no Georreferenciamento
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O trabalho deve ser entregue ao INCRA, que verificará o enquadramento na
Norma Técnica e a não existência de sobreposição da poligonal mapeada com outra já
constante do seu cadastro, para conceder a Certificação daquele imóvel rural. Uma vez
certificado, o proprietário deve encaminhar os documentos ao Registro de Imóveis, para
que seja procedida a averbação da nova descrição do perímetro e da retificação da área,
na matrícula.
Finalidade da topografia
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Topografia de uma Área Rural
APLICAÇÕES DA TOPOGRAFIA
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• Urbanismo (loteamento, parcelamento do solo, etc);
• Geologia;
• Oceanografia;
• Mapeamento topográfico e cartográfico;
• Medição de propriedades rurais e urbanos;
• Entre outras.
Ponto Topográfico
Levantamento topográfico
Como é realizado?
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O projeto de Levantamento Topográfico tem diversas aplicações, entre elas:
● Determinar as dimensões de áreas urbanas e rurais;
● Realizar levantamento altimétrico em áreas de interesses;
● Ajudar no cadastramento de imóveis;
● Elaborar perfis rodoviários ou de canais e rios;
● Realizar seções transversais;
● Obter quantitativos de volumes;
● Determinar volume de aterros.
Ângulos Horizontais
Internos
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A figura a seguir (figura 1) ilustra os ângulos horizontais internos medidos em todos
os pontos de uma poligonal fechada.
Externos
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A figura a seguir (figura 2) ilustra os ângulos horizontais externos medidos em
todos os pontos de uma poligonal fechada.
Deflexão
Tombando a Luneta
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● Liberar somente a luneta do aparelho e tombá-la segundo o prolongamento do
primeiro alinhamento;
● Liberar e girar o aparelho (sentido horário ou anti-horário), executando a pontaria
(fina) sobre o ponto a vante (segundo alinhamento);
● Anotar ou registrar o ângulo (Hz) marcado no visor LCD que corresponde
à deflexão medida.
A figura a seguir (figura 3) ilustra as deflexões medidas em todos os pontos de
uma poligonal fechada, tombando a luneta.
Figura 3: Deflexões.
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● Liberar e girar o aparelho (sentido horário ou anti-horário), executando a pontaria
(fina) sobre o ponto a vante (segundo alinhamento);
● Anotar ou registrar o ângulo (Hz) marcado no visor LCD que corresponde
à deflexão medida.
A figura a seguir (figura 4) ilustra a deflexão medida em um dos pontos de uma
poligonal fechada, girando o aparelho.
Método da Repetição
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● Em seguida, o aparelho é liberado e a luneta é apontada (pontaria fina) para o
ponto a ré;
● O ângulo horizontal resultante é anotado ou registrado;
● O aparelho é liberado e a luneta é novamente apontada para o ponto avante;
● O ângulo de partida utilizado neste momento para a segunda medida do ângulo
horizontal não é mais zero, e sim, o ângulo anotado ou registrado anteriormente;
● Libera-se novamente o aparelho e aponta-se para o ponto a ré;
● Um novo ângulo horizontal é anotado ou registrado;
● O processo se repete um certo número n de vezes.
Em que:
● Hzn: é a última leitura do ângulo horizontal (na ré).
● Hz1: é a leitura do primeiro ângulo de partida utilizado (na vante).
● n: número de leituras efetuadas.
Método da Reiteração
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estação, tomando como partida para a medida dos ângulos horizontais intervalos regulares
do círculo.
Assim como indicado na figura a seguir (figura 6):
● A luneta do aparelho é apontada para o ponto a vante (pontaria fina) e o círculo
horizontal do mesmo é zerado;
● Em seguida, o aparelho é liberado e a luneta é apontada (pontaria fina) para o
ponto a ré;
● O ângulo horizontal resultante é anotado ou registrado;
● O aparelho é liberado e a luneta é novamente apontada para o ponto a vante;
● O ângulo de partida utilizado neste momento para a segunda medida do ângulo
horizontal deve ser diferente de zero e inteiro. (ex.: 090°00’00”, 180°00’00”,
270°00’00”);
● Libera-se novamente o aparelho e aponta-se para o ponto a ré;
● Um novo ângulo horizontal é anotado ou registrado.
O processo se repete um certo número n de vezes, até que o ângulo tenha sido medido
em todos os quadrantes do círculo.
Em que:
● Hz2: é a leitura do ângulo horizontal (na ré).
● Hz1: é o ângulo horizontal de partida utilizado (na vante).
● n: número de leituras efetuadas na vante.
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Ângulos Verticais
Ângulos de Orientação
Como já explicitado anteriormente, a linha que une o polo Norte ao polo Sul da
Terra (aqueles representados nos mapas) é denominada linha dos polos ou eixo de
rotação. Estes polos são denominados geográficos ou verdadeiros e, em função disso, a
linha que os une, também é tida como verdadeira.
No entanto, sabe-se que a Terra, devido ao seu movimento de rotação, gera um
campo magnético fazendo com que se comporte como um grande ímã. Assim, uma
bússola estacionada sobre a superfície terrestre, tem sua agulha atraída pelos polos deste
ímã. Neste caso, porém, os polos que atraem a agulha da bússola são
denominados magnéticos.
O grande problema da Topografia no que diz respeito aos ângulos de orientação,
está justamente na não coincidência dos polos magnéticos com os geográficos e
na variação da distância que os separa com o passar tempo.
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Em função destas características, é necessário que se compreenda bem que, ao se
orientar um alinhamento no campo em relação à direção Norte ou Sul, deve-se saber qual
dos sistemas (verdadeiro ou magnético) está sendo utilizado como referência.
Para tanto, é importante saber que:
● Meridiano Geográfico ou Verdadeiro: é a seção elíptica contida no plano
definido pela linha dos polos verdadeira e a vertical do lugar (observador).
● Meridiano Magnético: é a seção elíptica contida no plano definido pela linha dos
polos magnética e a vertical do lugar (observador).
● Declinação Magnética: é o ângulo formado entre o meridiano
verdadeiro (norte/sul verdadeiro) e o meridiano magnético (norte/sul magnético)
de um lugar. Este ângulo varia de lugar para lugar e também varia num mesmo
lugar com o passar do tempo. Estas variações denominam-se seculares.
Atualmente, para a determinação das variações seculares e da própria declinação
magnética, utilizam-se fórmulas específicas (disponíveis em programas de
computador específicos para Cartografia).
Segundo normas cartográficas, as cartas e mapas comercializados no país
apresentam, em suas legendas, os valores da declinação magnética e da variação
secular para o centro da região neles representada.
Os ângulos de orientação utilizados em Topografia são:
● Azimute Geográfico ou Verdadeiro;
● Azimute Magnético;
● Rumo Verdadeiro;
● Rumo Magnético.
Azimute Magnético
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(verdadeiros ou magnéticos) são contados a partir da direção norte (N) ou sul (S) do
meridiano, no sentido horário - azimutes à direita, ou, no sentido anti-horário - azimutes
à esquerda, variando sempre de 0° a 360°.
Rumo Verdadeiro
Rumo Magnético
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Figura 9: Ilustração das orientações de quatro alinhamentos definidos sobre o terreno
através de Rumos.
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DIVISÃO DA TOPOGRAFIA
Topometria
Planimetria
Altimetria
Topologia
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Taqueometria
Fotogrametria
Instrumentos Utilizados
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● Estádia - equipamento para medir a distância entre dois pontos em
taqueometria.
● Baliza topográfica - bastão utilizado juntamente como uma bolha de
nivelamento para a verticalização da mesma. Usada para alinhamentos.
● Estaca - vértice materializado em campo para futuras identificações e/ou
identificação de um eixo de um projeto, com distâncias equidistantes
normalmente de 20 em 20 metros.
● Laser scanner - equipamento faz uma varredura dos pontos a seu redor
obtendo uma grande quantidade de pontos tridimensionais.
Levantamento Planimétrico
Levantamento Altimétrico
Conceitos Importantes
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Escala
Escala Gráfica
Escala gráfica é uma régua desenhada na mesma escala da planta topográfica que
representa a escala numérica empregada. Geralmente são utilizadas em desenhos
cartográficos onde o denominador é um número elevado.
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Escala Numérica
Definição
Classificação
Poligonal Fechada
Poligonal Aberta
Poligonal Entrelaçada
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Uma poligonal consiste em uma série de linhas consecutivas onde são conhecidos
os comprimentos e direções, obtidos através de medições em campo.
Os vértices e os lados da poligonal são utilizados para o levantamento dos detalhes
que existam em suas imediações e sejam de interesse.
Poligonação
PLANIMETRIA E ALTIMETRIA
Representação do Terreno
Este é o procedimento mais simples; após o cálculo das alturas de todos os pontos
de interesse do terreno, os mesmos são lançados em planta através de suas coordenadas
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topográficas (X; Y) ou UTM (N; E) registrando-se ao lado do ponto, o número
correspondente à sua altura relativa (cota) ou absoluta (altitude).
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Figura 13: Planta de pontos cotados.
Curvas de nível são curvas planas que unem pontos de igual altura; portanto, as
curvas de nível são resultantes da intersecção da superfície física considerada com planos
paralelos ao plano de comparação.
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A distância vertical que separa duas seções horizontais consecutivas deve ser
constante e denomina-se equidistância numérica ou simplesmente equidistância entre
curvas de nível.
Ao empregar as curvas de nível na representação do relevo, deve-se ter em mente
algumas propriedades essenciais:
a) Toda curva de nível fecha-se sobre si mesma, dentro ou fora dos limites do
papel;
b) Duas curvas de nível jamais se cruzarão;
c) Várias curvas de nível podem chegar a ser tangentes entre si; trata-se do caso
do terreno em rocha viva;
d) Uma curva de nível não pode se bifurcar;
e) Terrenos planos apresentam curvas de nível mais espaçadas; em terrenos
acidentados as curvas de nível encontram-se mais próximas umas das outras.
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Figura 15: Curvas de nível: elevação do terreno.
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FASES E MÉTODOS DE LEVANTAMENTOS
Métodos Principais
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● Triangulação – Baseado em série de interseções sucessivas ou encadeadas,
medindo uma única distância (base) e todos os ângulos dos triângulos formados.
Materiais de uso topográfico são inúmeros e se não houver cuidados específicos
como uma boa aferição destes, aumenta-se a chance de ter-se um grande número de erros
que podem ser sistemático, grosseiro ou acidental. Este problema implica uma maior
preocupação por parte do profissional e a consequência observada é a aplicação de
planejamentos elaborados.
É somente com etapas de planejamento, execução e análise de dados, que hoje se
pode ver trabalhos de campo com pontos do terreno, definidos pela medição de ângulos
e alinhamentos, que passam a constituírem os elementos básicos para a representação
geométrica da área. No escritório, são feitos os cálculos necessários dos dados (ângulos
e distâncias) numericamente determinados no campo, executa-se o desenho em papel,
representando a projeção horizontal da área levantada. É uma acessibilidade ganha com
o passar do tempo.
Segundo Comastri & Junior (1998), de conformidade com as circunstâncias em
que se opera no terreno e com o seu objetivo, o levantamento pode ser classificado em:
● Expedito – uso de instrumentos de escassa precisão e portáteis. Sua execução é
fácil e rápida;
● Comum – uso de recurso instrumental mais aprimorado e de métodos de
medições mais rigorosos;
● De precisão – uso de instrumentos de alta precisão, propiciando maior
aperfeiçoamento nas medições das distâncias e dos ângulos, elementos básicos
para a determinação.
Uma invenção de imprescindível valor foi o GPS (Sistema de Posicionamento
Geográfico). Ele foi projetado de forma que em qualquer lugar do mundo e a qualquer
instante existam pelo menos quatro satélites GPS acima do horizonte do observador.
Sendo uma área de conhecimento a Topografia exerce um papel de influência no
mundo e deve ser exercida de forma clara, sucinta e segura, sabendo disso e de demais
atividades, no caso, do ramo agropecuário foi criado a NR 31 – segurança e saúde no
trabalho na agricultura, pecuária silvicultura, exploração florestal e aquicultura
(Publicação. Portaria GM n.º 86, de 03 de março de 2005), que visa estabelecer normas
para que as condições de trabalho passem a ser adequadas, em nível de conforto e
segurança.
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Levantamentos Topográficos
Uma das faces mais visíveis da topografia são os levantamentos topográficos, que
consistem em todo o trabalho de campo e gabinete que permite a recolha e tratamento da
informação necessária à produção de uma planta ou carta representativa do terreno em
estudo.
Existem dois grandes métodos reconhecidos para a realização dos levantamentos
topográficos, cada um dos quais direcionados para diferentes situações:
● O método clássico, que consiste na recolha da informação diretamente no terreno,
a partir de instrumentos simples de medição como é o caso dos teodolitos, estações
totais e níveis ópticos. Este método, pelo baixo custo que representa, mas pela
maior morosidade na recolha da informação, está mais indicado para trabalhos de
escala elevada relativos a pequenas superfícies territoriais.
● O método fotogramétrico, onde o grosso da informação é recolhido através da
análise de fotogramas do terreno, obtidos através de fotografia aérea ou de
imagens enviadas por satélites artificiais. Este método é normalmente utilizado
em levantamentos de superfícies mais extensas e escalas inferiores dada a
dificuldade de obter informação minuciosa e também porque os custos fixos são
maiores do que os do método anterior.
Os levantamentos topográficos podem ser efetuados com ou sem ligação à rede
geodésica nacional.
A Rede Geodésica Nacional é a infraestrutura básica onde se apoia toda a
cartografia do país, permitindo referenciar geograficamente qualquer projeto. É composta
por um conjunto de vértices geodésicos, materializados por sinais estáveis e visíveis, com
coordenadas conhecidas, cuja determinação pertence à Geodesia. Trata-se de uma rede
complexa dividida em diferentes ordens (primeira, segunda e terceira) sendo a de terceira
ordem, por ser a mais densa, a mais utilizada em Topografia.
A importância de ligar os levantamentos topográficos à rede geodésica nacional
reside no fato de que, e caso seja necessário, se poder proceder, posteriormente, as
alterações desses levantamentos sem maiores dificuldades, uma vez que os marcos
geodésicos são referências fixas e não susceptíveis de desaparecer.
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Hoje em dia temos ao nosso dispor um número variado de equipamentos com os
quais pode ser feito um levantamento topográfico dependendo, obviamente, do rigor e do
prazo exigidos. Estes aspectos podem condicionar, caso tenhamos vários recursos ao
dispor, uma boa ou má decisão ao nível do planejamento. Contudo, os fatores de
localização geográfica do trabalho, como seja, distância à sede da empresa, tipo de terreno
e sua cobertura, tipo de apoio geodésico existente, etc., podem de igual modo acrescentar
condicionantes ao planejamento. Com tudo isto, não se pode pensar que planear um
levantamento topográfico seja à partida uma tarefa fácil. Poderá ser fácil a operação em
si, mas não conciliá-la com as exigências e expectativas do cliente e as especificidades
do produto final.
Como componentes principais do planejamento de levantamentos topográficos,
podemos considerar as seguintes: rigor técnico; fator econômico; prazo de execução; e
recursos. Sem querer distinguir, em termos de importância, qualquer destes componentes
de planejamento, torna-se imperativo encontrar um compromisso entre elas, por forma a
obter-se uma solução que garanta a qualidade a baixo custo.
Um levantamento topográfico é um conjunto de operações com a finalidade de
determinar a posição relativa de pontos na superfície terrestre.
As determinações dão-se por meio de medições lineares e angulares, ligando os
pontos descritores dos objetos a serem representados com posterior processamento em
modelo matemático adequado.
Partindo-se do conceito de que Topografia é um caso particular da Geodésia,
pode-se afirmar que os métodos planimétricos, com fins de levantamento, implantação
ou posicionamento, devem ser encarados sumariamente como aplicações da geometria
plana.
Classificação de Métodos
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2) Envolve os métodos baseados na solução de triângulos.
Nesse grupo, a solução dos métodos estão relacionadas com:
● Intersecção Direta;
● Intersecção Inversa;
● Triangulação;
● Trilateração.
Principais
Triangulação e método da poligonal para a planimetria e nivelamento geométrico
para a altimetria.
Secundários
Irradiação, coordenadas retangulares, decomposição em triângulos, para a
planimetria e nivelamento trigonométrico para a altimetria. A taqueometria é um método
secundário de levantamento planialtimétrico.
Para a topografia regular deve-se utilizar métodos principais como base e métodos
secundários para os detalhes. Os métodos principais permitem avaliar e corrigir os erros
de medição (ajustamento de erros) através de recursos da geometria. Os métodos
secundários não permitem avaliar os erros. Para levantamento topográfico expedito,
pode-se usar apenas métodos secundários.
Planejamento
Execução
Cálculos/Conclusões/Relatórios
Nivelamento Geométrico
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O nivelamento geométrico de pontos topográficos altimétricos, baseia-se na
visada horizontal, através de um nível de luneta, sobre miras, colocadas verticalmente
sobre os pontos. Pode ser um nivelamento geométrico simples, quando só uma estação
permite visar todos os pontos a nivelar; ou nivelamento geométrico composto, quando
necessita mais estações para levantar todos os pontos altimétricos de um levantamento
topográfico.
Levantamento Taqueométrico
Instrumentos Tradicionais
Trena
Instrumento para medição direta de distâncias entre dois pontos topográficos sobre
alinhamentos. Dificuldades de uso em espaços abertos (vento provoca catenária
horizontal), em terrenos acidentados (necessidade de esticar a trena sobre o alinhamento
a medir), e distâncias longas (trenadas até 20,00 metros, para minimizar as catenárias
horizontais e verticais).
Teodolito
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Procedimentos para Uso do Teodolito
Limbo
Erros sistemáticos:
● Falta de perpendicularidade (desretificação do aparelho) entre os 3 eixos do
aparelho (vertical, horizontal e de colimação). Erro eliminado pela média de duas
leituras do ângulo - uma com a luneta normal, outra com a luneta invertida.
● Imperfeição na divisão dos círculos de leitura dos ângulos (limbos). Este erro é
atenuado: pelos processos de reiteração e repetição (= várias leituras do mesmo
ângulo horizontal, usando-se a média); ou pela média de leituras do ângulo
vertical, com luneta normal e invertida.
Erros grosseiros:
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● Má instalação do aparelho (fazer coincidir eixo vertical com ponto topográfico e
nivelar corretamente o aparelho);
● Erro de visada (procurar visar o mais próximo do solo para diminuir o erro,
proveniente da não verticalidade da baliza ou mira);
● Erro de leitura e erro de anotação.
TEODOLITO
Instalação do Equipamento
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A figura (figura 17) ilustra um exemplo de ponto materializado através de uma
chapa metálica engastada em um marco de concreto de forma tronco de pirâmide.
Na chapa metálica será encontrada uma marca, que representa o ponto topográfico
(figura 18).
Teoricamente, após o equipamento estar devidamente calado e centrado sobre o
ponto, o prolongamento do eixo principal do equipamento passará por esta marcação
sobre a chapa.
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Figura 19: Disposição dos equipamentos enquanto não utilizados.
O tripé possui parafusos ou travas que permitem o ajuste das alturas das pernas.
Inicialmente o tripé deve ser aberto e posicionado sobre o ponto. Deve-se procurar
deixar a base do tripé numa altura que posteriormente, com a instalação do instrumento
de medida, o observador fique em uma posição confortável para manuseio e leitura do
equipamento. É fundamental cravar bem as pontas das pernas do tripé para evitar que o
mesmo se mova posteriormente durante as medições.
Dois pontos devem ser observados nesta etapa, para facilitar a posterior instalação
do equipamento: o primeiro é que a base do tripé deve estar o mais horizontal possível e
que através do orifício existente na base do tripé deve-se enxergar o ponto topográfico.
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Terminada esta etapa o equipamento já pode ser colocado sobre o tripé. O mesmo
deve ser retirado com cuidado do seu estojo. É importante deixar o estojo fechado em
campo para evitar problemas com umidade e sujeira, além de dificultar a perda de
acessórios que ficam guardados no estojo.
Após posicionado sobre a base do tripé, o equipamento deve ser fixo à base com
o auxílio do parafuso de fixação. Enquanto o equipamento não estiver preso ao tripé, o
mesmo deve sempre ser segurado com uma das mãos para evitar que caia.
Centragem e Nivelamento
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Figura 24: Posicionando o prumo sobre o ponto.
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Figura 27: Calagem da bolha do nível esférico.
Atuando nestes dois parafusos alinhados ao nível tubular, faz-se com que a bolha
se desloque até a posição central do nível. Cabe salientar que os parafusos devem ser
girados em sentidos opostos, a fim de calar a bolha do nível (figura 29).
Figura 29: Movimentação dos dois calantes ao mesmo tempo, em sentidos opostos.
Após a bolha estar calada, gira-se o equipamento de 90º, de forma que o nível
tubular esteja agora ortogonal à linha definida anteriormente (figura 30).
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Figura 30: Alinhamento do nível ortogonalmente à linha inicial.
Atuando-se somente no parafuso que está alinhado com o nível (figura 31),
realiza-se a calagem da bolha.
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● Posicionar o tripé sobre o ponto tomando o cuidado de deixar o prato o mais
horizontal possível e sendo possível enxergar o ponto topográfico através do
orifício existente na base do tripé;
● Fixar o equipamento sobre o tripé;
● Ao observar pelo prumo ótico, verificar se o centro do mesmo está próximo do
ponto topográfico. Se sim, fixa-se as bases do tripé. Se não, folga-se o parafuso
de fixação do equipamento ao tripé e, deslocando suavemente o equipamento
sobre a base do tripé, fazer a coincidência do prumo ótico sobre o ponto;
● Com o auxílio dos parafusos calantes, posicionar o prumo sobre o ponto;
● Nivelar a bolha esférica com o auxílio do movimento de extensão das pernas do
tripé;
● Realizar o nivelamento fino utilizando o nível tubular ou digital;
● Verificar se o prumo sai do ponto. Caso isto ocorra, soltar o equipamento e
deslocar o mesmo até que o prumo esteja posicionado sobre o ponto;
● Repetir os dois últimos procedimentos até que o equipamento esteja perfeitamente
nivelado e centrado.
De acordo com ESPARTEL (1987 p.147), “focar a luneta é a operação que tem,
por fim, fazer a coincidência do plano do retículo e do plano da imagem do objeto visado
com o plano focal comum a objetiva e a ocular”. O procedimento de focalização inicia-
se pela focalização dos retículos e depois do objeto. Deve-se sempre checar se a luneta
está bem focalizada, para evitar o problema denominado de paralaxe de observação, o
qual acarretará visadas incorretas. Para verificar se está ocorrendo este fenômeno se deve
mover a cabeça para cima e para baixo, para a direita e esquerda, sempre observando pela
ocular. Quando destes movimentos, verificando-se que os fios do retículo se movem em
relação a imagem, então existe uma paralaxe de observação e, neste caso, a pontaria
dependerá da posição do observador.
Para evitar este problema se deve proceder da seguinte forma:
a) Focalização dos retículos: os retículos devem estar focalizados de forma que
estejam sendo vistos com nitidez e bem definidos. Para facilitar este
procedimento, pode-se observar uma superfície clara, como uma parede branca
ou mesmo o céu (figura 32), tomando o cuidado de não apontar para o Sol, para
evitar danos irreversíveis à visão.
50
Figura 32: Retículos focalizados.
51
Figura 34: Exemplo de leitura de ângulos e distâncias em campo.
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Deve-se fixar o teodolito, encontrar o norte verdadeiro utilizando-se uma bússola
e incluindo a declinação magnética do lugar, apontar para esse norte ou para uma
referência e nivelar com o horizonte. O observador faz leituras olhando através do
telescópio e ajustando a mira horizontal (azimute) e vertical (elevação) para encontrar a
localização do objeto em estudo, anotando os ângulos obtidos.
Um dos conceitos de trigonometria implementados na utilização de um teodolito
é a triangulação. Esse tipo de estudo, baseado na medição de ângulos e distâncias,
desenvolve uma série de triângulos ligados, dos quais as coordenadas do plano são
derivadas.
O Teodolito é um instrumento óptico de medição de posições relativas. É utilizado
em topografia, navegação, meteorologia e na agrimensura para medir ângulos horizontais
e verticais; em medições de grandes obras como, barragens, hidrelétricas, pontes,
medição industrial, exploração de minérios, além de ser aplicado em levantamentos
topográficos e geodésicos.
Um teodolito mede distâncias manualmente através de correntes de comprimentos
padronizados ou fitas métricas de metal ao longo do comprimento do ângulo desejado.
Funciona como uma óptica (por vezes duas), montada num tripé, com indicadores de
nível, permitindo uma total liberdade de rotação horizontal ou vertical; mede distâncias
relativas entre pontos determinados, em escala métrica decimal (múltiplos e
submúltiplos). Apesar de existirem teodolitos eletrônicos satisfatórios, um bom teodolito
ótico-mecânico, é suficiente em aplicações onde não sejam necessárias medições com
alta precisão.
A Evolução do Teodolito
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conhecimentos e tecnologias que levaram a instrumentos com uma medição mais
apurada. Mencionamos a seguir em ordem cronológica alguns desses instrumentos.
Teodolito
Teodolito Eletrônico
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Topografia é basicamente a descrição minuciosa de um trecho da Terra
contendo informações de todos os detalhes existentes como estradas,
casas, montes, vales, rios, etc.
Ela faz parte da Geodésia, que é a ciência que tem por objetivo determinar a
forma e a dimensão da Terra.
É importante notar que a topografia está intimamente associada com
a Cartografia, sendo ela que viabiliza a confecção de mapas físicos. Basta pensar
que para um viajante na antiguidade não bastaria saber onde terminavam as
fronteiras de cada território, mas também era necessário conhecer as montanhas,
depressões e outros, sendo assim o viajante poderia traçar uma rota mais adequada
para o seu destino.
Muitas das ferramentas usadas por construtores e topógrafos da antiguidade
ainda são usadas até os dias atuais em construções: Corda de 81 nós, prumo, nível.
Algumas não mais se tornaram necessárias, como a corda com nós equidistantes que
hoje é facilmente substituída por uma trena, mas o princípio é o mesmo de qualquer
outro instrumento de medida.
Entre as grandes inovações para a topografia estão o uso do GPS (Global
Positioning System ou Sistema de Posicionamento Global), que depende de
informações topográficas para ser corretamente alimentado, mas também pode
facilitar bastante o trabalho dos topógrafos com os dados já acumulados ali.
Aplicações da Topografia
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1. Com base nos seus conhecimentos, complete as lacunas com as alternativas abaixo
que preencham corretamente a definição e finalidade da topografia.
A topografia é uma ciência baseada na ____________ e __________, que descreve e
representa _____________ e com detalhes parte da superfície terrestre sem levar em
consideração a ______________da terra, com finalidade de obter o ___________,
__________ e posição relativa da superfície terrestre por meio de levantamento de pontos
___________ e __________.
a) Descrição, representação, medidas horizontais, altimetria, contorno, representação,
trigonometria, nivelamentos.
b) Altimetria, Planimetria, graficamente, curvatura, contorno, representação,
trigonométrico, geométricos.
c) Geometria, trigonometria, graficamente, curvatura, contorno, dimensão,
planimétricos e altimétricos.
d) Geometria, Planimetria, graficamente, curvatura, contorno, representação,
trigonométrico, geométricos.
e) Geometria, altimetria, graficamente, curvatura, contorno, dimensão, planimétricos e
trigonométricos.
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3. Em relação à forma da terra, os modelos estudados e destes o que mais se
aproxima do modelo real da terra é o:
a) Natural, geoidal, elipsoidal, esférico. O esférico é o que mais se aproxima da forma
natural.
b) Natural, geoidal, elipsoidal, esférico. O natural é o que mais se aproxima da forma
natural.
c) Natural, geoidal, elipsoidal, esférico. O geoidal é o que mais se aproxima da forma
natural.
d) Natural, geoidal, elipsoidal, esférico. O elipsoidal é o que mais se aproxima da forma
natural.
e) Natural, geoidal, elipsoidal, esférico. Nenhum se aproxima da forma natural, é preciso
adotar um novo modelo matemático.
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e) V, V, V e F.
Vídeos:
Noções Básicas Estação Total TC407 - Arquitetura e
Urbanismo - UFPR
https://youtu.be/rasY9KrPXsc
TOPOGRAFIA AULA 1
https://youtu.be/vW9JGciPcm8
QUESTÃO ALTERNATIVA
1 C
2 A
3 C
4 E
5 E
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BORGES, Alberto Campos. Topografia Aplicada a Engenharia Civil.São Paulo: Ed.
Edgard Blücher Ltda, Vol. 1, 2008.
ERBA, D.A. (2005). Topografia para Estudantes de Arquitetura, Engenharia e
Geologia. Editora Unisinos. Segunda Reimpressão.
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Se trata das respostas dos exercícios propostos do item “PENSE E RESPONDA”.
Telefone
(61) 3083-9800
Endereço
Módulo I, Lotes 20/24, Residencial Santa Maria, Santa Maria – DF
http://www.colegiopolivalente.com.br/