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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

MANUAL DE
BIOSSEGURANÇA
PARA PET SHOPS

Discentes: Arthur Alves Coelho, Caroline Santos de


Andrade

GOIÂNIA
2020
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO…………………………………………………………………………...
2. BIOSSEGURANÇA……………………………………………………………………..
2.1 RISCOS AMBIENTAIS……………………………………………………………..
3. ESTRUTURA FÍSICA DO PET SHOP………………………………………………..
4. MANUTENÇÃO DOS RECINTOS ANIMAIS………………………………………...
5. MANUTENÇÃO DE DEPÓSITOS……………………………………………………..
6. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL…………………………………...
6.1 LUVAS………………………………………………………………………………..
6.2 AVENTAL…………………………………………………………………………….
6.3 MÁSCARAS DE PROTEÇÃO……………………………………………………..

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1. INTRODUÇÃO

O objetivo deste Manual de Biossegurança é abordar as principais práticas e


normas que devem ser empregadas em estabelecimentos que realizam a venda de
animais domésticos e de produtos de uso veterinário, bem como serviços de
cuidados e higiene desses animais, como banho e tosa. É importante ressaltar que
caso o estabelecimento se enquadre como uma clínica veterinária, este deve
procurar normas regulamentadoras específicas e observar às exigências
estabelecidas pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária ( CFMV).

Segundo o Classificação de Atividades Econômicas Nacionais (CNAE), esses


estabelecimentos podem se enquadrados da seguinte forma:

Pet-shop Banho e Tosa (Código CNAE 9609-2/03):


Estabelecimento comercial de venda de animais domésticos, produtos de uso
veterinário e de serviços de banho e tosa em animais de estimação sob
responsabilidade técnica de um médico veterinário.

Clínica Veterinária (Código CNAE 7500-1/00):


Estabelecimentos destinados a atendimento animal, que realizam consultas e
tratamento clínico- cirúrgico, não obrigatoriamente oferecendo cirurgias e
internações, mas sob responsabilidade técnica e presença de médico veterinário.

Para que possa ser feita uma abordagem assertiva acerca das práticas que
envolvem a biossegurança e a compreensão dos riscos ambientais nesses espaços,
iremos primeiramente abordar esses conceitos e explanar sobre a importância das
medidas de segurança e saúde no ambiente de trabalho. Além disso, é importante
salientar que o Manual deve preferencialmente ser disposto em local de fácil acesso
aos trabalhadores, pois assim, sempre que houver dúvidas possam consultá-lo e
reforçar as medidas de segurança indicadas.

2. BIOSSEGURANÇA

Biossegurança, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), pode


ser definida como “condição de segurança alcançada por um conjunto de ações
destinadas a prevenir, controlar, reduzir ou eliminar riscos inerentes às atividades
que possam comprometer a saúde humana, animal e o meio ambiente”. Isto é, a
biossegurança é um conjunto de ações que visam a proteção e preservação da
saúde dos indivíduos e do meio que se relacionam, e dessa forma, possui especial
importância para empresas que desenvolvem serviços relacionados a saúde e
bem-estar animal.

Nesse sentido, pode-se destacar que as práticas de biossegurança cumprem um

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papel essencial na manutenção de uma rotina de trabalho segura e saudável para
os trabalhadores envolvidos em atividades de risco. Seja ao manipular produtos
químicos ou perfurocortantes, ou até mesmo ao realizar atividades aparentemente
inofensivas, como repor o estoque, é importante que o colaborador esteja atento ao
perigo que possa estar exposto e que, para isso, receba capacitação e informação
adequada ao seu correto desempenho e consciência crítica.

Portanto, é de suma importância que a biossegurança faça parte do planejamento


estratégico de empresas como os Pet Shops e outros centros de cuidado animal, a
fim de que possam cumprir com o propósito de oferecer bem-estar e saúde aos
animais envolvidos e que contribuam para a sociedade oferecendo serviços com
qualidade e segurança.

2.1 RISCOS AMBIENTAIS

Os riscos ambientais são o conjunto de riscos em um ambiente de trabalho,


provocados por diversos agentes, como agentes físicos, químicos ou biológicos, que
podem afetar diretamente a saúde do trabalhador. Esses riscos recebem uma
classificação de acordo com a causa promotora:

a) Agentes Físicos:
São riscos promovidos por exposição do trabalhador a diversas formas de energia,
como ruídos, radiações ionizantes e não ionizantes, pressões anormais,
temperaturas extremas, entre outras. Os riscos a saúde que esses agentes podem
promover são diversos, como cansaço, irritação, dores de cabeça, queimaduras,
prostração térmica, e em alguns casos até a formação de câncer.

b) Agentes Químicos:
Estão relacionados a exposição a substâncias e compostos químicos que podem
ser absorvidos pelo organismo seja em forma de poeiras, névoa, gases ou vapores,
e que podem trazer inúmeros malefícios à saúde como asfixia, náuseas, irritações,
complicações no trato respiratório, entre outros danos.

c) Agentes Biológicos:
Os agentes Biológicos estão relacionados a exposição a organismos patogênicos,
que podem ser vírus, bactérias, parasitas, fungos, ou animais peçonhentos como
cobras, escorpiões e outros insetos. Esses riscos podem trazer sérios prejuízos à
saúde do trabalhador dependendo do tipo de agente biológico e se há ou não
tratamento terapêutico eficaz em casos de acidentes.

d) Agentes Ergonômicos:
Estes agentes estão relacionados a adaptação do trabalhador às características
psicofisiológicas que envolvem o trabalho, como repetitividade, trabalho físico

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pesado, ritmo excessivo, monotonia, jornada prolongada, postura incorreta. Tais
agentes podem provocar cansaço, ansiedade,ulceras, fraqueza e dores musculares.

e) Agentes de Acidentes:
Os agentes de acidentes envolvem uma grande número de riscos que podem estar
relacionados, entre outros fatores, a arranjos físicos inadequados ou deficientes,
ferramentas defeituosas, eletricidade, sinalização, perigo de incêndio ou explosão,
tais fatores que podem levar a acidentes graves, queimaduras, choque elétrico,
quedas.

3. ESTRUTURA FÍSICA DO PET SHOP

É fundamental ter um ambiente seguro e adequado para a realização dos serviços.


O espaço deve estar de acordo com os seguintes aspectos:

a) Cuidados na estrutura
- é necessário que haja portas de segurança no Pet Shop, uma vez que isso
pode impedir que os animais fujam do estabelecimento.
- um ambiente climatizado também é importante para manter o bem-estar tanto
dos profissionais, quanto dos animais.
- é importante que tenha janelas e ventilação adequada, pois ambientes sem
ventilação apropriada facilitam a proliferação de fungos.
- é fundamental que o piso das áreas onde os serviços serão feitos seja
antiderrapante, para evitar acidentes.
- no que tange à iluminação deve ser tomado o cuidado de não ter exagero ou
falta de iluminação, pois o profissional deve ter uma visão clara do que está
fazendo, mas também não deve estar exposto a iluminação forte demais,
porque a exposição prolongada pode causar problemas de pele, por
exemplo.

b) Cuidados na área do caixa


- é importante manter sempre a higiene das mãos ao manusear cédulas de
dinheiro, pois elas podem ser um meio de contaminação.

c) Área de espera
- deve haver um espaço específico para que os clientes possam esperar; um
ambiente separado no qual as pessoas possam se acomodar e não
atrapalhar a passagem e os serviços prestados no estabelecimento.

d) Área de preparo de alimentos


- é essencial que haja uma sala separada para o preparo dos alimentos dos
animais; deve ser um local higienizado e com compartimentos específicos
para armazenar os objetos perfurocortantes e vasilhas, entre outros.

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e) Área de limpeza dos recintos animais
A área de limpeza dos recintos animais deve possuir todo material necessário
e estrutura física adequadas ao processo de higienização: como pias e
mangueiras para a lavagem dos aquários, gaiolas e caixas de areia; espaço
para descarte e separação de materiais com fezes e urina, como papelão ou
papéis de jornal, garantindo que o conteúdo a ser descartado não contamine
o meio ambiente. Além disso, esta área do Pet Shop precisa contar com
espaço físico suficientemente grande de forma a evitar acidentes como a
quebra e a queda de aquários e outros recintos.

f) Área de banho e tosa


Nessas áreas o piso deve ser liso, impermeável, antiderrapante e resistente a
desinfetantes, facilitando a higienização, ao contrário dos pisos porosos e
permeáveis que dificultam o processo. É importante que a banheira também
possua superfície lisa e impermeável, e que o escoamento da água seja
ligado diretamente a rede de esgoto. O espaço deve ser pensado de forma a
acondicionar bem animais de diferentes portes, com uma área mínima de 2
m2, garantindo uma boa ergonomia e segurança aos trabalhadores que
realizarão o serviço. Além disso, este ambiente também deverá ser ventilado,
permitindo a circulação do ar e liberação de odores.

g) Área de estoque dos produtos


Este ambiente deve ser bem iluminado, permitindo a fácil distinção e
organização dos produtos e deve contar com uma estrutura mobiliária de
estrados ou paletes para o armazenamento dos pacotes de rações, bem
como prateleiras para a disposição dos outros produtos. Os aspectos de
ventilação e umidade deste espaço dependerão das características e
recomendações dos fabricantes dos produtos armazenados.

h) Área de exposição dos produtos para venda


Esta área de circulação de clientes poderá dispor de gôndolas e prateleiras
para a exposição do produto, devendo respeitar um espaço mínimo para
livre de circulação e prevenção de acidentes.

4. MANUTENÇÃO DOS RECINTOS ANIMAIS

Para que ocorra a correta higiene de recintos de animais, os profissionais


responsáveis devem estar atentos aos seguintes pontos:

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- A desinfecção de instalações e utensílios é realizada conforme a condição de
conservação da edificação e levando-se em conta o risco de doenças naquele
ambiente.
- A limpeza e desinfecção dos recintos devem ser realizadas diariamente, antes do
fornecimento da alimentação e após a retirada das sobras, para evitar danos à
saúde dos animais.
- A higienização dos recintos inicia‐se com a limpeza mecânica (varrer), isto é,
remoção das sobras dos alimentos e das fezes, lavando com água corrente e sabão
e depois fazendo a desinfecção com hipoclorito de sódio a 2%.
- No caso das gaiolas deve também ser feita a troca dos jornais ou outro material
utilizado como forro.
- Os resíduos dos recintos, como fezes e sobras de alimentos devem ser colocados
diretamente no lixo, preferencialmente saco plástico preto.
- A troca de água de lavagem dos recipientes devem ser feitas diariamente.
- Em relação à manutenção dos recintos, é função do tratador observar a
necessidade da troca de camas, ninhos, cadeados, entre outros. Esta troca deve ser
realizada periodicamente, e ambientação mantida constantemente

5. MANUTENÇÃO DE DEPÓSITOS

- É importante que haja a manutenção adequada dos depósitos utilizados para


armazenamento de rações e outros tipos de produtos, como é o caso dos
produtos de limpeza. É importante que produtos mais pesados fiquem
dispostos nas partes inferiores de prateleiras, armários e afins, a fim de evitar
possíveis acidentes relacionados ao peso e ao deslocamento desses
produtos.
- Esses ambientes precisam ser higienizados e separados dos demais e
devem ser mantidos trancados quando não estiverem em uso. Além de ser
importante que haja a checagem da qualidade e da validade desses produtos
de forma periódica.

6. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

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O equipamento de proteção individual (EPI) é toda ferramenta ou produto, que tem
por finalidade garantir a saúde e proteção do trabalhador, evitando assim
consequências graves caso este sofra algum tipo de acidente em seu posto de
trabalho.

6.1 LUVAS

- As luvas devem ser usadas em atividades laboratoriais com riscos químicos,


físicos e biológicos.
- Elas Fornecem proteção contra dermatites, queimaduras químicas e
térmicas, bem como as contaminações ocasionadas pela exposição repetida
a pequenas concentrações de compostos químicos.
- Elas não devem ser usadas fora do ambiente de trabalho
- Não deve ser utilizado objetos de uso comum ao usar a luva.
- Nunca reutilizar luvas descartáveis.
- As luvas devem ser resistentes, flexíveis, pouco permeáveis, oferecer
conforto usuário e precisam ser compatíveis com o tipo de trabalho realizado.

6.2 AVENTAL

- Serve para produzir uma barreira que reduz as chances de transmissão de


microorganismos e contaminação química.
- Previne que as roupas sejam contaminadas.

6.3 MÁSCARAS DE PROTEÇÃO

- As máscaras de proteção são equipamentos de proteção das vias aéreas


(nariz e boca), fabricados em tecido ou fibra sintética descartável, utilizadas
em situações de risco de formação de aerossóis e salpicos de material
potencialmente contaminado.
- Protege a pele da exposição a produtos e fluidos diversos.

7. HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO

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Nesse ponto o objetivo é garantir condições pessoais e materiais de trabalho
capazes de manter certo nível de saúde dos profissionais. E para isso algumas
regras devem ser seguidas:

- o uso de EPI’s é obrigatório


- cumprimento de horários
- cuidados com higiene pessoal (lavagem das mãos após a utilização dos
sanitários, materiais de limpeza, produtos utilizados no banho dos animais,
manuseio de cédulas, entre outros)
- manter a limpeza do ambiente de trabalho, assim como dos materiais a
serem utilizados nos serviços prestados
- manter, sempre, atenção e cautela durante o trabalho
- os equipamentos devem estar sempre limpos e em condições de uso.
- os funcionários devem estar atentos ao mapa de risco do local, para evitar
acidentes.

8. MANUSEIO DE ANIMAIS

O manuseio de animais para procedimentos como banho e tosa ou remanejamento


de recintos deve ser feito sempre com muito cuidado, observando-se características
e necessidades específicas de cada animal, como raça, idade, comportamento ou
algum tipo de deficiência que exija atenção especial. Além disso, recomenda-se
sempre um tratamento individualizado desses animais, que devem ser vistoriados
antes dos processos de higiene quanto a infestação por pulgas e carrapatos, que
caso identificados devem ser tratados imediatamente, evitando a contaminação de
outros animais e dos trabalhadores.

8.1 O profissional:
Os profissionais deverão receber capacitação para o manuseio dos animais e
execução dos serviços, sendo de especial importância que esses trabalhadores
possuam afinidade com o trabalho e que estejam sempre atento às necessidades
ou comportamentos agressivos que os pets possam apresentar. Para facilitar a
rotina de trabalho e evitar falhas e desperdícios, é importante que a empresa
disponibilize aos funcionários os POPs , Procedimentos Operacionais Padrões, que
descrevem o passo a passo das operações que devem ser executadas, reforçando
as medidas de segurança.

Acidentes mais comuns nos pet shops:


- Compressão excessiva do tórax ao manejar o pet
- Mordidas e arranhões
- Quedas e escorregões( fraturas e traumatismos)
- Contaminação por pragas e patógenos (zoonoses)

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Ademais, é essencial que o profissional possua as vacinações em dia , como
vacinas anti-rábicas e de tétano,e que receba treinamento de procedência
adequada em casos de acidentes que requeiram encaminhamento médico, como
ferimentos e lesões por mordidas ou fraturas graves.

8.2 Cuidados no banho e na tosa


O ambiente de banho e tosa pode ser estressante para alguns animais, por isso
recomenda-se que o profissional seja cuidadoso e tenha paciência, de forma a
evitar que o pet fique mais estressado e que a operação pode ser feita sem a
necessidade de movimentos bruscos, protegendo a região dos olhos, ouvidos e
unhas desses animais e preservando a postura e bem- estar do trabalhador.

O manuseio de perfuro cortantes como tesouras e alicates, deverá ser realizado por
profissional capacitado, sempre evitando apontar tais objetos para a direção dos
olhos e evitar em deixá-los em bancadas ou prateleiras de fácil acesso, que possam
ser derrubados e levar a acidentes.

Preferencialmente, o Pet Shop deverá priorizar produtos, como shampoos e cremes,


que sejam hipoalergênicos de forma a evitar alergias e irritações aos animais e nos
funcionários. Também é fundamental que os profissionais disponham de material
adequado para realizar a higiene de animais de diferentes portes e raças.

8.3 Manejo de recintos


Os profissionais que cuidam do manejo entre os recintos não devem deixar animais,
como cães e gatos, juntos em um mesmo espaço ou gaiolas, uma vez que o contato
entre esses animais poderá levar a brigas e sérios ferimentos, tanto aos animais
quanto aos trabalhadores. No caso de cães que apresentam comportamento
agressivo deve-se utilizar focinheiras durante o período que o animal estiver no
estabelecimento, evitando acidentes por mordidas, sendo importante também que a
focinheiras não trave os movimento ou incomode a visão desses pets.

9. USO DOS UTENSÍLIOS


É de extrema importância que se aplique os devidos cuidados de manutenção e
higienização dos utensílios e ferramentas utilizados , como gaiolas, escovas,

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pentes, tesouras e lâminas a cada troca de animal atendido, evitando proliferação
de pragas entre um pet e outro e garantindo a proteção dos profissionais contra
acidentes mecânicos e ergonômicos.

9.1 HIGIENIZAÇÃO E ESTERILIZAÇÃO


Preferencialmente, deve-se adotar o uso de materiais descartáveis para cada
animal atendido, mas em caso de materiais como escovas,pentes ,tesouras e
alicates poderá ser feita a reutilização desde que higienizados e esterelizados.

A limpeza desses utensílios podem ser feita por ação mecânica de remoção de
sujidades, com auxílio de detergentes enzimáticos e, no caso dos metálicos,
acompanhados de uma solução a 2% de hipoclorito de sódio. Para esterilização dos
mesmos, após realizar a secagem, poderá se utilizar autoclaves ou estufas.

É importante que utensílios como lâminas, tesouras e alicates estejam amolados e


que seus braços mecânicos permitam um fácil manuseio, permitindo melhor
ergonomia e proteção aos profissionais.

9.2 ARMAZENAMENTO
O armazenamento desses utensílios deve ser feito em locais protegidos de umidade
e matéria orgânica, podendo ser embalados e separados em kits para uso individual
de cada pet atendido.

10. GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS


Os resíduos gerados nesses estabelecimento devem ser mapeados para que se
possa estabelecer um controle e planejamento adequado de descarte e manejo,
uma vez que apresentam ameaças de danos ambientais e riscos de contaminação
ou de acidentes ocupacionais.

Gerenciar resíduos significa separar os materiais que podem ser reutilizados e


garantir o descarte adequado daqueles que não podem ser reaproveitados. Em Pet
Shops, os resíduos mais comuns são pêlos, fezes, água do banho, areia, papéis de
jornais e caixas, embalagens e utensílios perfurocortantes inutilizáveis.

Deve-se ressaltar a importância da adoção de produtos naturais e com ativos


biodegradáveis,visando diminuir o impacto ambiental pela geração dos resíduos e
proporcionando maior saúde e bem- estar aos animais e os manipuladores.

10.1 DESCARTE E MANEJO

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Para garantir a proteção e segurança dos colaboradores e da equipe responsável
pela coleta de lixo, deve-se observar as seguintes práticas:

- Identificar os sacos de lixo por cor e etiquetas;


- Usar os EPIs durante o manejo de resíduos para evitar acidentes e
contaminações;
- Utilizar sacos plásticos resistentes, para evitar extravasamento de resíduos e
contaminação do ambiente;
- Realizar a coleta diariamente ou semanalmente de forma a evitar a atração de
pragas e vetores urbanos;
- Fazer parcerias com associações e cooperativas de recolhimento e tratamento de
resíduos.

11. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esse manual tem como objetivo evidenciar a importância da biossegurança nos


locais de trabalho, nesse caso específico em pet shops, para evitar possíveis
acidentes tanto para funcionários, como para clientes. É de extrema importância que
as regras e recomendações aqui colocadas sejam seguidas com seriedade e de
forma contínua para que haja segurança no trabalho. É importante ressaltar,
também, a necessidade de capacitação dos funcionários para que haja uma
aplicação adequada das normas, ademais é preciso que o estabelecimento crie uma
comissão de inspeção interna para que tenha o controle e gerenciamento dessas
medidas de segurança. Logo, conclui-se que, uma vez que esse manual seja
seguido rigorosamente, a biossegurança estará sendo priorizada, atingindo, assim,
o bem-estar e a seguridade no ambiente de trabalho aqui abordado.

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REFERÊNCIAS:

https://portal.fiocruz.br/noticia/biosseguranca-o-que-e
https://www.petz.com.br/blog/bem-estar/especialistas-dicas-de-seguranca-durante-banho-to
sa-psa-2015/
Minha Empresa Sustentável: Pet Shop & Clínica Veterinária. Centro Sebrae de
Sustentabilidade – Cuiabá:2016.32 p. il
http://www.rcvt.org.br/suplemento11/174-177.pdf
https://www.cesmac.edu.br/admin/wp-content/uploads/2018/10/Manual-de-Biosseguranca-d
e-Medicina-Veterinaria-2015.pdf
https://www.unifal-mg.edu.br/riscosambientais/riscosambientais#:~:text=Consideram%2Dse
%20riscos%20ambientais%20os,danos%20%C3%A0%20sa%C3%BAde%20do%20trabalh
ador.
http://www.sgc.goias.gov.br/upload/arquivos/2012-11/manual-de-elaboracao-de-mapa-risco.
pdf

https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ideias/como-montar-uma-loja-de-animais-ou-p
et-shop,88187a51b9105410VgnVCM1000003b74010aRCRD

https://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/decreto/1995/decreto-40400-24.10.1995.html

https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/confira-dicas-de-sustentabilidade-para
-pet-shops,14614cd7eb34f410VgnVCM1000004c00210aRCRD

https://www.uai.com.br/app/noticia/saude/2013/10/10/noticias-saude,193689/banho-em-pet-
shops-e-comodo-mas-tambem-envolve-riscos.shtml

http://crmvba.org.br/calendario-vacinal-em-dia-protege-saude-do-medico-veterinario/#:~:text
=Devido%20ao%20risco%20biol%C3%B3gico%2C%20pela,Hepatite%20B%2C%20T%C3
%A9tano%2C%20Raiva%20e

https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_vigilancia_prevencao_controle_zoonos
es.pdf

_ Zoonoses animais

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