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ORIENTADOR GERAL

Rito de Memphis-Misraim

Maçonaria Egípcia do
Antigo & Primitivo Rito de
Memphis-Misraim
M∴E∴A∴P∴R∴M∴M∴

Maçonaria Egípcia do Brasil

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Manifesto:

A M∴E∴A∴P∴R∴M∴M∴ têm como propósito a restauração do antigo


conhecimento da arte real que já tinha sido trabalhado pelos primei-
ros maçons (séculos XII -XVI). E com isto transmitir os conhecimen-
tos sobre as três tradições esotéricas: Hermetismo, Alquimia e Ca-
bala, que constituem a base oculta, esotérica e cultural sobre a qual
descansa a verdadeira Franco - Maçonaria.

O Rito Egípcio se tornará predominante sobre os outros ritos, evolu-


indo em dois níveis: interno e externo.

Plano Interno: projetado para devolver a Maçonaria às suas raízes,


restaurando a parte operativa.

O Rito Escocês Antigo e Aceito – Maçonaria Especulativa que man-


têm a sua individualidade e seus pressupostos baseados na tradi-
ção de ritos executados apenas por homens livres, seus membros
terão admissão na Maçonaria Egípcia.

Plano Externo: projetado para apresentar a maçonaria como uma


associação para expressar todos os valores de solidariedade e fra-
ternidade dos que tem a honra de ser o defensor.

Na MEAPRMM as lojas físicas localizadas em lugares específicos


tanto nacional quanto internacionalmente, são substituídas por uma
rede fluída e difusa de grupos maçônicos.

Frank G. Ripel, Grau 100º é na atualidade o So-


berano Grande Hierofante Internacional da Ma-
çonaria Egípcia do Antigo e Primitivo Rito de
Memphis e Misraim
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História do Rito Memphis e Misraim:

O criador da Maçonaria Egípcia foi o Conde Alessandro de Caglios-


tro (1749-1796), nascido na Tunísia. Não confundir com o falsário
Giuseppe Balsamo (1743- 1795), o Palermo recrutado pelos Jesuí-
tas para representar e desacreditar o verdadeiro Conde de Caglios-
tro.

Alessandro Cagliostro foi iniciado nos segredos da Maçonaria Egíp-


cia pelo misterioso Mago Maestro Althotas em 1776, ano da funda-
ção dos Illuminati. Muitos não sabem que a cúpula dos Illuminati foi
composta por seis membros: quatro conhecidos (Weishaupt, Von
Knigge, Goethe e Herder) e dois secretos (Franklin e Cagliostro).

De fato existiu uma conexão secreta entre a Ordem Illuminati de


Weishaupt e a Maçonaria Egípcia de Cagliostro que foi fundada ofi-
cialmente em 1785, ano da supressão da Ordem Illuminati. Além
disso, Napoleão Bonaparte foi iniciado por Cagliostro na Maçonaria
Egípcia e os Ritos Maçônicos de Memphis e de Misraïm e de
Memphis-Misraïm são descendentes dessa Maçonaria Egípcia.

Entre 1810 e 1813, em Nápoles (Itália), os três irmãos Bédarride


(Michel, Marc e Joseph) receberam os poderes supremos da Ordem
de Misraim e desenvolveram o Rito de Misraim na França, oficiali-
zando-o em Paris, em 1814. O rito era composto de 90 graus, to-
mados do rito escocês, do Martinismo e de outras correntes maçô-
nicas. Por outro lado, os últimos quatro graus receberam o nome de
“Arcana Arcanorum”.

Em 1815, em Montauban (França), formou-se a Loja mãe do Rito


de Memphis, sob a direção do Grão Mestre Samuel Honis, que su-
cedeu em 1816, Gabriel-Mathieu Marconis.

Em 1838 Jean Etienne de Nègre, filho do anterior assumiu a gestão


do rito de Memphis. O rito de J.E.Marconis de Nègre foi uma conti-
nuação dos antigos mistérios praticados na Índia e no Egito. O rito
de Memphis alcançou os graus 92 e 95.

Em 1881, o general italiano Giuseppe Garibaldi unificou os ritos de


Memphis e Misraim, convertendo-se em Grande Hierofante de am-
bos. Depois da morte de Garibaldi, em 1882, os ritos entraram em

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um período obscuro até que, em 1890 várias Lojas de ambos os ri-
tos se confederaram, reaparecendo assim como o rito de Memphis
e Misraim.

Em 1900 o M.M. italiano Ferdinando Francesco de Oddi estava a


frente do rito, sendo substituído pelo inglês John Yarker, em 1902.
O rito alcançou 97 graus.

Em 1902, o alemão Theodor Reuss estabeleceu o Soberano Santu-


ário de Memphis Misraim na Alemanha. E em 1913, após a morte
de Yarker, se converteu em Cabeça Internacional do Rito.

Em 1924 Reuss passou ao Oriente Eterno e a sucessão foi inter-


rompida, salvo na OTO (Ordo Templi Orientis), ordem Neotemplária
e para-maçônica fundada por Reuss em 1905 na Alemanha.

Na realidade a OTO havia englobado uma versão reduzida do rito


de Memphis-Misraim.

Em 1909, Theodor Reuss deu uma patente ao famoso Martinista


Encausse Gerard (Papus). E os sucessores de Encausse foram
Charles Detre (alemão), Bricaud Jean, Constant Chevillon, Dupont
Charles-Henry e Robert Ambelain.

Em 14 de novembro de 1973, o italiano Francesco Brunelli (Nebo)


foi nomeado por Robert Ambelain responsável do rito de Memphis
Misraim na Itália.

Em 22 de novembro de 1973, Francesco Brunelli, Grão Mestre da


Chefatura Martinista Antiga e Tradicional e Cabeça Nacional do Rito
Antigo e Primitivo de Memphis-Misraim, foi recebido com todas as
honras no Grande Oriente da Itália, no Palácio Giustiniani.

Em 1981, Francesco Brunelli contactou com o conhecido iniciado


Frank Giano Ripel para reestruturar o Rito Antigo e Primitivo de
Memphis-Misraim. Em 1982, Brunelli passou ao Oriente Eterno, po-
rém, a reestruturação do Rito já estava em marcha e a situação era
a seguinte:

• 99° Cabeça Internacional da Ordem Oriental Egípcia do Antigo


e Primitivo Rito de Memphis-Misraim;

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• 98° Superior Incógnito (do grau VII ao XIII da Ordem da Rosa
Mística);
• 97° Substituto do cabeça Internacional;
• 96° Cabeça Nacional;
• 1° a 95° maçons operativos (do grau 1° ao 6° da Ordem da Ro-
sa Mística).

Frank G. Ripel era o cabeça da Ordem Oriental do Antigo e Primiti-


vo Rito de Memphis-Misraim entre 1981 e 1999, momento em que a
deixou adormecida.

Em Março de 2003, Frank Ripel, Grão Mestre da Ordem dos Cava-


leiros Illuminati contatou com o espanhol Gabriel López de Rojas,
fundador e Grão Mestre da Ordem dos Illuminati, O.H.O., da socie-
dade O.T.O. (Ordo Templis Orientalis), grau 33 do Rio Escocês An-
tigo e Aceito, grau máximo de um par de ritos egípcios. Quando
Gabriel Lopez de Rojas soube que a Ordem Oriental Egípcia do An-
tigo e Primitivo Rito de Memphis-Misraim de Ripel estava adormeci-
da, pediu-lhe que a despertasse e ele aceitou, fazendo-a renascer
em 1° de maio de 2003 com o nome de Maçonaria Egípcia do Anti-
go e Primitivo Rito de Memphis - Misraim.

A Estrutura do Rito Antigo e Primitivo de Memphis e Misraim:

Introdução técnica:

• O Nome do Rito: Memphis-Misraim


• Soberano Santuário: Termo específico do Rito de Memphis-
Misram. É a direção do Rito como um todo, o governo do rito
e da ordem seguindo antigas Tradições.
• Rito: é o conjunto de regras e cerimônias praticadas em uma
Tradição. O Rito é um caminho iniciático em si mesmo.
• Antigo: Originalmente no Rito se encontra o Rito de Misraim
(Veneza, Itália 1788) e o Rito de Memphis (Montauban, Fran-
ça-1815)
• Primitivo: O atual Rito de Memphis-Misraim surgiu de Ritos
Primitivos como o de Philadelphos e Rito Primitivo.
• Memphis: cidade do antigo Egito, situada no delta do Nilo.
Sendo acreditado que neste local foi criado o Rito por inicia-
dos que estavam em contato com essa antiga civilização.
• Misraim: essa palavra é a forma plural de egípcio.

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Graus que compõem o Rito de Memphis e Misraim:

A escala do Rito Egípcio de 99 graus (três vezes 33º). A estrutura


ritual do Rito desenvolve em três séries:

• Série Simbólica, do 1° ao 3° graus.


• Série Filosófica, do 4° ao 33° graus.
• Série Mística, do 34° ao 75° graus.
• Série Cabalística, do 76° ao 95° graus.

Cada série tem sua característica e função específica própria, é


composto por sua vez, por um ou mais organismos ritualístico que
são, em parte, praticados ritualmente e, em parte, estudados e con-
feridos pela comunicação e apostilamento.

Série Simbólica:

Esta série é composta de organismos denominados Lojas Ritualísti-


cas. O objetivo desta seção é o estudo e a prática dos três primei-
ros graus de forma universal.

• 1º Aprendiz
• 2º Companheiro
• 3º Mestre

Reunidos nos mistérios menores dos graus simbólicos está a base


do conhecimento interpretativo do simbolismo sagrado e das alego-
rias que constituem na preparação do maçom para a apreensão do
conhecimento espiritual oculto.

Série Filosófica:

Esta serie é composta por 33 Rituais de Câmaras expressos, dos


quais 12 são ritualmente praticados, enquanto os outros não são e
os graus correspondentes a eles são conferidos pela comunicação
(a espada).

Loja de Perfeição:

• 4º Mestre Secreto
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• 5º Mestre Perfeito
• 6º Secretário Íntimo ou Mestre Sublime
• 7º Preboste e Juiz
• 8° Intendente dos Edifícios
• 9° Mestre Eleito dos Nove
• 10º Mestre Eleito dos Quinze
• 11º Sublime Cavaleiro dos Doze
• 12º Grão Mestre Arquiteto
• 13º Cavaleiro do Real Arco
• 14º Grande Eleito Perfeito e Sublime Maçon

Capítulos da Rosacruz:

• 15° Cavaleiro do Oriente


• 16º Príncipe de Jerusalém
• 17° Cavaleiro do Oriente e do Ocidente
• 18° Cavaleiro da Rosa Cruz

Senado:

• 19º Grande Pontífice


• 20° Soberano Príncipe da Maçonaria ou Mestre “ad vitan”
(Cavaleiro do Templo)
• 21º Cavaleiro Prussiano ou Noaquita
• 22º Cavaleiro Real Machado ou Príncipe do Líbano.
• 23° Chefe do Tabernáculo
• 24° Príncipe do Tabernáculo
• 25º Cavaleiro da Serpente de Bronze
• 26º Príncipe da Mercê ou Escocês Trinitário
• 27º Grande Comendador do Templo
• 28° Cavaleiro do Sol ou Príncipe Adepto
• 29º Grande Cavaleiro Escocês de Santo André da Escócia ou
Patriarca das Cruzadas.

Areópago e Tribunal:

• 30° Grande Inquisitor, Cavaleiro Kadosh ou Cavaleiro da


Águia Branca e Negra
• 31º Grande Juiz Comendador ou Inspetor Inquisidor Comen-
dador

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• 32º Sublime Cavaleiro do Real Segredo ou Soberano Príncipe
da Maçonaria
• 33º Soberano Grande Inspetor Geral

Na composição das câmaras esotéricas se apresenta a solução de


questões simbólicas e alegóricas que são aprendidos para que se
possa acessar as verdades universais da filosofia maçônica egípcia.

Série Mística:
Esta série incluiu uma única classe, e é composta de 38 Rituais de
Câmaras, do Grande Consistório.

O ensino na presente seção encontra o seu estudo e sua pesquisa


na gnose clássica e no misticismo.

Nesta Câmara Ritualística o adepto vem a conhecer a história


completa da Ordem; e na qual lhe é dado o desenvolvimento da
parte mística e transcendental da Maçonaria Universal; nela estão
cultivadas as especulações teosóficas mais ousadas e sublimes. Se
é estudado, particularmente a filosofia da religião e de todas as
disciplinas que constituintem o conjunto das ciências secretas ou
mais conhecida como a arte real.
Consistório:

• 34º Cavaleiro da Escandinávia


• 35° Cavaleiro do Templo
• 36º Sublime Negociante
• 37º Cavaleiro de Shota (Sábio da Verdade)
• 38º Sublime Eleito da Verdade (A Águia Vermelha)
• 39º Grande Eleito dos Eons
• 40º Sábio Savaiste (Sábio Perfeito)
• 41º Cavaleiro do Arco das Sete Cores
• 42º Príncipe da Luz
• 43º Sublime Sábio Hermético (Filósofo Hermético)
• 44º Príncipe do Zodíaco
• 45º Sublime Sábio dos Mistérios
• 46º Sublime Pastor das Cabanas
• 47º Cavaleiro das Sete Estrelas
8
• 48º Sublime Guardião do Monte Sagrado
• 49º Sublime Sábio das Pirâmides
• 50º Sublime Filósofo de Samotrácia
• 51º Sublime Titan do Cáucaso
• 52º Sábio do Labirinto
• 53º Cavaleiro ou Sábio da Fênix
• 54º Sublime Escaldado
• 55º Sublime Doutor Órfico
• 56º Pontífice ou Sábio da Cadmia
• 57º Sublime Mago
• 58º Sábio ou Príncipe Brahman
• 59º Sublime Sábio, ou Grande Pontífice de Ogygia
• 60º Sublime Guardião dos Três Fogos
• 61º Sublime Filósofo Desconhecido
• 62º Sublime Sábio de Eleusis
• 63º Sublime Kawi
• 64º Sábio de Mitras
• 65º Guardião do Santuário – Grão Instalador
• 66º Grande Arquiteto da Cidade Mística – Grande Consagra-
dor
• 67º Guardião do Nome Incomunicável - Grande Eulogista
• 68º Patriarca da Verdade
• 69º Cavaleiro ou Sábio do Ramo de Ouro de Eleusis
• 70º Príncipe da Luz, ou Patriarca dos Planisférios
• 71º Patriarca dos Sagrados Vedas
• 72º Sublime Mestre da Sabedoria
• 73º Patriarca ou Doutor do Fogo Sagrado
• 74º Sublime Mestre de Stoka
• 75º Cavaleiro Comandante da Cadeia da Líbia

Série Cabalística:

Esta série é composta de 24 organismos ritualísticos e representa a


conclusão do caminho iniciático que os irmãos Mestres Maçons têm
feito na via espiritual para a grande obra, através deste repositório
imemorial e misterioso, que é o Rito Antigo e Primitivo de Memphis
e Misraim.

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Conselho Sublime:

• 76º Interprete dos Hieroglífos ou Patriarca de Isis


• 77º Sublime Cavaleiro ou Sábio Teosófo
• 78º Grão Pontífice dos Tebanos
• 79º Cavaleiro ou Sábio da Temível Sada
• 80º Sublime Eleito do Santuário de Mazías
• 81º Intendente Regulador ou Patriarca de Memphis
• 82º Grão Eleito do Templo de Midgard
• 83º Sublime Eleito do Vale do Oddy
• 84º Patriarca ou Doutor dos Izeds
• 85º Sublime Sábio ou Cavaleiro de Kneph
• 86º Sublime Filósofo do Vale de Kab
• 87º Sublime Príncipe da Maçonaria
• 88º Grão Eleito da Sagrada Cortina
• 89º Patriarca da Cidade Mística
• 90º Sublime Mestre da Grande Obra

Grande Tribunal:

• 91° Grande Defensor


• 92º Grande Catequista
• 93º Governador Geral
• 94° Príncipe de Memphis ou Grão Administrador
• 95º Grão Conservador

Graus Administrativos:

• 96º Grão e Poderoso Soberano da Ordem e ou Grão Mestre


Regional ou Nacional (dependendo do Decreto)
• 97º Grão Mestre Geral - Grande Hierofante, Deputado Grão
Mestre Internacional.

Superiores Incógnitos:

• 98º Grande Hierofante Universal, Grande Mestre Internacio-


nal, Superior Incógnito.
• 99º Grande Hierofante Internacional.

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A Iniciação:

A iniciação está intimamente ligada à tradição das escolas de misté-


rios e é composta por liturgias ritualísticas. Desde a antiguidade, a
iniciação foi concebida como um veículo de dramatização da senda
espiritual capaz de incutir no indivíduo as verdades espirituais en-
cobertas pela ilusão temporal do plano de existência humano.

Há um padrão no psicodrama, simples, mas perfeito, que resume


todos os estágios da jornada de iniciação; graças a este esquema
você pode aprender com grande precisão quais são as etapas, pas-
so a passo, que cada pessoa tem de percorrer, a fim de transfor-
mar-se radicalmente movendo-se de seu estado atual para o estado
de folha caduca ser plenamente realizado, resultando na realização
do corpo de energia solar ou percebendo a "Suprema Identidade".

Dentro da Iniciação invade um elemento "não-humano" que consis-


te em uma influência espiritual que consegue a conexão com a Or-
dem Divina através do êxtase Ritual.
O propósito fundamental da iniciação é pôr em movimento todos os
processos pessoais e individuais psíquicos que tendem de provocar
o excesso dos confinamentos humanos, despertando as capacida-
des de emancipação latentes que cada um carrega.
A iniciação implica substancialmente a interioridade da pessoa, que
não tem correlação com a consciência coletiva de massa, e é por
isso que a Iniciação massiva é uma contradição inconsistente e algo
absurdo.
A iniciação deve provocar uma transmutação dentro do indivíduo
fazendo perceber sua Divindade interior; deve tornar o indivíduo
uma pessoa renovada, e deve constituir o ponto de partida de sua
verdadeira libertação das limitações humanas, bem como o desper-
tar de sua Consciência Divina.
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O graus de Memphis e Misraim são unidos, ao conter a escala ma-
çônica inteira através de uma nomenclatura especial. O primeiro
conjunto de graus, que é chamado de maçônico, inclui os primeiros
33 graus e é dividido em duas linhas, simbólica e filosófica.
A série simbólica é compreendida da primeira zona de trabalho san-
to e junto às lojas e aos triângulos. Os Laboratórios estão traba-
lhando nas "Câmaras" do Aprendiz da Arte, do Companheiro da Ar-
te e do Mestre Maçom da Arte.
No grau 8 ° ao 11 °, o Seeker tenta-o através da travessia da
água. Ele pode passar sobre a ponte que liga as duas margens do
rio, mas também pode mergulhar na água sem esperança.
No grau 12 ° ao 17 °, logo após ter passado pela água, ele é capaz
de enfrentar o caminho alquímico, e no 18 ° ao 33° grau, o caminho
astrológico e cabalístico.
Posteriormente, no grau de 33° até o 90°, o pesquisador começa a
trabalhar nas Potências dos Elementos e, portanto, com poderes
maiores. O Ritual Sanctum, que atua em campos sutis, ajuda e pro-
tege o buscador porque a ação ritual permite a ativação de ambos
os canais, o que eleva a "Fides" para cima e o "Virtus" para baixo.
A Base do Rito diz que devemos saber que todos os fatos são pro-
duzidos no mundo físico e todas as causas no mundo metafísico. E
é por isso que nada pode ser produzido no mundo físico, a menos
que tenha sido primeiro produzido além do vale da vida e da morte.
O Rito Antigo e Primitivo de Memphis Misraim não têm absoluta-
mente nenhuma opinião sobre especulação ou nível sociopolíti-
co. Na verdade, a Maçonaria Egipcia não mostra interesse na políti-
ca, respeitando todas as confissões religiosas.
Para nós, Deus é um, mesmo que o apelemos por diferentes no-
mes. É por isso que apoiamos igualmente todas as religiões.
Um dos nossos princípios fundamentais é que Deus é a Verdade e
está em toda parte, basta ser realizado pelo humano através do tra-
balho interior.

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"Ó tu és, o Deus grandioso, cujo nome é desconhecido".
Pharaoh Unis (PT 276c - ca. 2350 aC)

O Grande Arquiteto do Universo

Tendo em vista a natureza dual dos seres humanos (material e es-


piritual), os Mistérios iniciáticos são divididos em dois: Os Mistérios
Menores, que podem simplesmente ser definidos como os "misté-
rios da alma" e os Mistérios Maiores, ou seja, os "mistérios do espí-
rito".

Mistérios Menores (ou "Arte Real") são baseados em um processo


de melhoria interna através da formação abrangente, que é às ve-
zes chamado de "ascese" ou "Sadhana", que começa com uma
mudança Metanóia ou a forma radical na nossa maneira de teste-
munhar o mundo e culmina em uma iniciação ou iluminação que
nos permite abrir a primeira porta e alcançar concordância de toda a
oposição.

Os Mistérios Maiores (ou "Sacerdócio da Arte"), por sua vez, estão


ligados ao Espírito e à plena consciência de "Eu Sou", o Khou egí-
picio. Reintegração é a casa de retorno final para as tradições do
Oriente chamados Nirvana ou Moksha.

Em Roma, o deus Janus, a figura arquétipa misteriosa tinha duas


cabeças que fazem alusão a esta dupla natureza e estas duas por-
tas: a porta de homens (Mistérios da Terra) que se abriu com uma
chave de prata e a porta dos deuses (Mistérios do Céu) que abriu
com chave de ouro.

Janus de duas caras é o rei-sacerdote primitivo, que sustenta em


sua mão direita um cetro de ouro e na mão esquerda uma chave de
prata. O cetro de ouro (Leste-Sol) representa o poder espiritual e a
chave do paraíso celestial, enquanto que a chave de prata (Oeste-
Lua) representa a função dos sacerdotes, o poder temporal e a
chave do paraíso terrestre.

Ele é o arquétipo divino da força primordial que deu forma ao uni-


verso onde era chamado de Caos, o Deus supremo que criou a Gló-
ria do Mundo e o Reino Santo, portanto tem a tarefa de formular a
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lei em relação às condições de nosso mundo visível e a doutrina em
relação com a situação do mundo invisível.

Janus Tricareno é o executor principal, um Deus da verdade e da


justiça, igual à Deusa Maat.

Ele é o Deus Supremo que criou o centro do mundo, portanto tem a


tarefa de dirigir o movimento do mundo visível e invisível.

Janus quadriforme é o Deus dos mistérios da iniciação, ele que sus-


tenta em sua mão direita um cetro de ouro ou chave de ouro e na
mão esquerda uma chave de prata. A chave de ouro (Leste-Sol) é o
caminho da Luz, enquanto que a chave de prata (Oeste-Lua) é o
caminho da escuridão.

Ele é o Deus Supremo que criou o Universo e suas quatro faces re-
presentam as quatro vias (pontos cardeais) do mundo, os quatro
pontos sobre os quais se constrói o Universo e, portanto, não é de
surpreender que também fora o Deus das corporações de constru-
tores artesãos. Mais tarde, com a fundação da Maçonaria Operativa
e a popularização da língua latina, o Deus Janus se converteu em
Giano, de fato, nos templos Maçônicos encontramos as Estrelas
Flamígeras (pentáculos) com a letra “G” ao centro.

Na Maçonaria Operativa, a Estrela Flamígera de cinco pontas é um


Homem Novo (Homem Divino), a Luz de Cristo (Sol-Lúcifer) e a le-
tra “G” e é interpretada de três maneiras: Divina, Mística e Alquími-
ca.

No sentido divino, a letra “G” representa o Deus Janus, o Grande


Arquiteto do Universo.

No sentido místico, a letra “G” representa o Graal, da fronte de Lúci-


fer caiu à pedra verde que se converteu na taça do Graal.

No sentido alquímico, a letra “G” é a inicial da palavra Galatita, o


material utilizado para trabalhar em ensaios rápidos.

O Templo

Nos tempos primitivos, o homem em si estava perfeitamente equili-


brado; portanto se voltava de forma natural para o Norte (Orienta-
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ção Polar), a direção do Deus Janus (Giano), de fato, o Deus que
empunha o cetro de Ouro para o Leste (Sol) e a chave de prata pa-
ra o Oeste (Lua). Em vez disso, o homem de tempos posteriores,
depois da degeneração espiritual, se volta para o Sul (Orientação
Solar). No primeiro caso, o homem, olhando para o “cume do céu”,
tem este (o Sol) à sua direita e o Oeste (lua) à sua esquerda; em
segundo caso, olhando o sol ao meio dia, tem em vez do Oriente
(Jaquin) a esquerda. E a Oeste (Boaz) a sua direita.

A Construção do Templo

O Templo representa o corpo do Grande Arquiteto do Universo, por


isso, a coluna branca (Jakin) deve estar à direita e a coluna negra
(Boaz) à esquerda. Naturalmente, a respeito do postulante (aspiran-
te neófito) diante da entrada, correspondem à direita e a esquerda,
ou seja, é invertido.

Os maçons operativos entram no Templo pelo Norte de frente para


o Sul (orientação Solar). Diante deles está o Mestre Secreto, senta-
do ao sul, olhando para o Norte (Orientação polar). No alto, acima
do Mestre Secreto, está o símbolo do Olho de Rá no triângulo (o
Grande Arquiteto do Universo), à sua direita se encontra o símbolo
do Sol e a esquerda (Oeste) o da Lua.

Nota: Quando o templo é construído corretamente entra-se em co-


nexão com a egrégora da energia alquímica emitida de dentro do
Olho no Templo de Rá no Egito.

Sobre os Direitos & Deveres

O código de honra cujo título é “Direitos e Deveres”, tem por escopo


preservar a segurança da Loja Maçônica, nortear o comportamento
de seus membros e impor a estes fidelidade, obediência e modera-
ção. Além destes mandamentos, é imposto um juramento de filiação
ao candidato em sua iniciação, no qual o mesmo prometerá ser fiel
à Ordem e jurará que, se a trair ou quebrar o juramento, sua puni-
ção será imediata.

Direitos e Deveres da Loja:

1. Nenhum candidato poderá se apresentar sozinho à Loja. So-


mente poderão ser admitidos aqueles que foram convidados
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por um Irmão do quadro da Loja e este ficará responsável e
responderá pelos erros cometidos pelo seu convidado;
2. Um membro jamais olhará com interesse para as mulheres da
família de outros Irmãos de Loja. Isso vale para a esposa, fi-
lhas e irmãs;
3. Não se devem refutar as ordens vindas dos Irmãos de níveis
superiores. A obrigação é acatá-las;
4. Não se deve freqüentar locais mal vistos pela sociedade, nem
associar-se ou estar acompanhado por pessoas indesejáveis;
5. Cada membro deverá estar disponível a qualquer momento
para as necessidades e interesses da Loja Maçônica.
6. Os compromissos financeiros devem ser honrados sem falhas
nem atrasos. Falhas nos pagamentos resultarão em expulsão;
7. Os casados devem respeitar a própria esposa, pois ela se tor-
nou carne de sua própria carne;
8. É proibido mentir para seus Irmãos de Loja. Ao ser chamado
para esclarecer algo, dirá sempre a mais pura verdade.
Quando tomar conhecimento da falta de outro Irmão deverá
relatar imediatamente ao seu superior;
9. É expressamente proibido solicitar empréstimos de dinheiro a
outro Irmão, nem oferecê-los. Contribuições financeiras em
caráter de doação, ofertadas ou recebidas devem ser antes
relatadas aos superiores da Loja;
10. Não poderá fazer parte da Ordem quem foi expulso de
outra Ordem por mal comportamento ou perjúrio, ou quem
possui péssimo caráter já conhecido por não respeitar valores
morais, éticos e bons costumes;
11. Talvez um dia a Loja lhe peça um favor. Isso poderá
acontecer uma vez na vida, ou nunca. Se acontecer, deverá
executá-lo sem questionar;
12. O Sigilo e o Silêncio sobre os assuntos da Loja são
compromissos assumidos desde a iniciação;
13. Uma vez dentro, jamais deixará de ser um Irmão, mes-
mo ficando em inatividade, devendo lembrar-se de seus deve-
res com os Irmãos e a Loja;
14. O membro que gerar discórdias entre Irmãos será ex-
pulso e poderá ainda ser punido;
15. Faltas não serão toleradas. Após 03 faltas sem justifica-
tiva o membro será expulso;
16. A Palavra de Honra e a Verdade devem imperar entre
todos;

16
17. Outros mandamentos poderão ser adicionados a estes e
deverão ser inquestionavelmente acatados;
18. O maior Direito concedido a um Irmão é o de ser “Reco-
nhecido como tal”, ou seja, para que um membro goze de to-
dos os direitos adquiridos por ser um Irmão deverá cumprir
com seus deveres sem exceção.

Sistema mágico - teúrgico ARCANA ARCANORUM


"Scala di Napoli"

Os graus de base, que contêm a essência do Rito Antigo e Primitivo


de Memphis-Misraim são os últimos quatro graus (87º ao 90º), tam-
bém conhecido como o "Plano ou Escala de Nápoles".
Os "Arcana Arcanorum" (Mistério dos Mistérios) são uns dos últimos
graus do Rito de Misraim e do Rito de Menphis-Misraim que, embo-
ra constituídos nos começos do século XIX, estão baseados em tex-
tos do século XVIII, entre os quais alguns elaborados por Caglios-
tro. No 88° Grau "o iniciado deve... receber os influxos celestes
e.sentir bater nele a vida universal, depois de o «orvalho celeste»
ter descido nele para fecundar o germe que ele traz dentro de si".
Após o 89° Grau, que "permite um contato com o invisível", vem o
90º onde é dito que: "Toda a vida oscila entre estes dois pólos: Ma-
téria e Espírito; Bem e Mal; Felicidade e Sofrimento. Toda a inicia-
ção deve conduzir-nos da Lua ao Sol, de Isis a Osiris, da Matéria à
essência divina". É no grau do Cavaleiro Rosa Cruz que se desen-
volve um Wuei Tan (via exterior) e não um Nei Tan, que é a obra
mais avançada. Com efeito, o 18° Grau diz respeito às duas etapas
17
clássicas da via exterior... Mas é sem equívoco possível, nos últi-
mos graus de Misraim (87°, 88°, 89°, 90°), também chamados Es-
cala de Nápoles, que residem certas chaves operativas da alquimia
interna do Corpo de Glória (Nei Tan), a qual já tinha sido anunciada
no 12° Grau de "Grande Mestre Arquiteto":
A suprema ambição dos Grandes Mestres Arquitetos é de fazer vi-
ver neles a verdade e de comer o fruto da Árvore do conhecimento,
de serem deuses.
Os graus arcanos perfazem a compleitude de todo o sistema filosó-
fico e hermético do rito egípcio que é o estabelecimento de uma ex-
plicação altamente desenvolvida da relação do homem com a divin-
dade através da mediação de espíritos celestiais.
Definitivamente é proveniente dos ensinamentos místicos e mágisti-
cos do Mago Kolmer, comerciante dinamarquês mais conhecido sob
o nome do "Althotas" que iniciou Cagliostro aos Grandes Mistérios.
O "Arcana Arcanorum" provavelmente provêm dos ensinamentos
herméticos derivados do antigo Egito e da Grécia antiga.
Como seu nome sugere, eles são mistérios e permanecem comple-
tamente fechados as pessoas de fora; tudo o que pode ser dito so-
bre eles é apenas uma questão de pura especulação, porque como
qualquer verdadeira iniciação, eles só podem ser experimentados.

A composição do Arcana Arcanorum

Este círculo de adeptos se envolvem no estudo de três distintos


domínios, mas em permanente interrelação, pois cada um contribui
para a realização dos outros dois:
1. Um sistema teúrgico de invocação do Santo Anjo Guardião ou de
uma pluralidade de anjos. As invocações do eon-guias e aqueles
dos quatro, sete e nove anjos que descem a nós desde essa época.
2. A prática da alquimia metálica no laboratório.
3. Prática das alquimias internas, usando o processo e as qualida-
des substanciais do corpo físico considerado como um atanor, este
“forno de temperatura constante dos alquimistas”. Cada elemento,
cada estágio da alquimia metálica encontra sua correspondência no
corpo do adepto. Isso atua como um permanente caminho de Re-
torno entre o Trabalho externo e o Trabalho interno.
18
Os Arcana Arcanorum insistem na teurgia, considerada como uma
chave de abertura para que o iniciado pratique a alquimia metálica e
interna para as quais elas são somente uma introdução. Elas suge-
rem uma técnica para fazer contado com os eon-guias dos quais ele
toma um circuito para ele os segredos desvelados da alquimia in-
terna.

A Invocação dos Anjos

Os setenta e dois retornaram todos felizes, dizendo:“Senhor, os


demônios foram submetidos em seu nome!” Ele disse a eles: “Agora
que lhes dei o poder de colocar sob seus pés serpentes, escorpi-
ões, e todo o poder do Inimigo, nada lhes prejudicará. Contudo, não
se rejubilem com isso, que os espíritos estão submissos a vocês;
mas regozijem-se que seus nomes foram escritos nos céus”. (Lu-
cas, 9:20)
É o que é chamado de “primeira quarentena” que é descrito no ca-
tecismo do Mestre do Rito Egípcio. Lá, Cagliostro revela os meios
que culminam no retiro de quarenta dias “com o objetivo de alcan-
çar a regeneração do homem degenerado”. No final deste confina-
mento, “o homem não deve inalar nada mais do que aquele perfeito
repouso com objetivo de que poderia alcançar a imortalidade e po-
deria dizer a ele “Eu Sou Quem Sou‟, palavras que, de acordo com
a Bíblia, são aquelas de Deus a Moisés, ditas da sarça ardente.
Retirado em pavilhão de três lojas, chamado Sião, construído arqui-
teturalmente de acordo com prescrições precisas, ele se entregará
a longas horas de meditação para trabalhos com o objetivo de pre-
paração do pentágono (pentáculo) sagrado, e a partir do trigésimo
terceiro ao quadragésimo dia ele se comunicará com os Anjos. Ele
terá neste momento adquirido um conhecimento infinito que abraça
o passado, o presente e o futuro e “seu poder será imenso”.
Depois de trinta e três dias, ele começa a receber o favor das co-
municações visíveis com os sete anjos primordiais e a conhecer os
selos e os números dessas Entidades Imortais. Depois do quadra-
gésimo dia, ele recebe o primeiro pentágono, que é em papel vir-
gem no qual os anjos primordiais colocaram seus números e seus
selos, assim os “sete pentágonos secundários” nos quais somente
os sete anjos colocaram seu selo. Pelos pantáculos, ele“comanda
os imortais em nome de Deus” com o efeito de “comandar ou obri-
19
gar os espíritos aéreos e de realizar muitas maravilhas e milagres”.
Isso constitui o ritual teúrgico. De acordo com Cagliostro, seu objeti-
vo é “obter o Pentágono e tornar-se moralmente perfeito”.
Para a evocação do Santo Anjo Guardião, a Sagrada Magia, mais
conhecida sob o nome de “O Livro de Abramelim, o Mago” é um im-
portante antecessor. Preservado na biblioteca do Arsenal em Paris,
ele foi publicado na língua inglesa em 1898 por S. L. MacGregor
Mathers (1854-1918). Robert Ambelain o publicou em francês con-
temporâneo em 1959. O livro foi atribuído a Abraão, o judeu, que
supõe-se ter nascido em 1362. Este texto, considerado por Aleister
Crowley como essencial a todo o trabalho esotérico, foi traduzido do
latim no século XVIII e foi, provavelmente, escrito no século XV. Os
livros que compõem a “obra proibida de Cornelius Agrippa” - explici-
tamente citada por Cagliostro na primeira quarentena – é também
do século XV. Entretanto, as origens da teurgia e das evocações
dos anjos são muito mais antigas. Elas remontam igualmente do
século XV, com os trabalhos de Pelagius, o eremita de Majorca do
qual Anacrise foi reeditado por Robert Amadou; ao século XIV com
Pierre d’Albano; aos primeiros séculos da Era Cristã com os Orácu-
los Caldeus, atribuídos a um certo Julien chamado “o caldeu” e ao
seu filho Julien chamado “o teurgista”. Um texto tal como Anacrise
contém vários ritos semelhantes aos de Cagliostro. Esta observa-
ção é igualmente verdadeira para um grande número de rituais da
Renascença.
A expressão “realizar maravilhas e milagres” é uma decepção. Ela
parece útil em tais sistemas teúrgicos (como especifica o título da
primeira quarentena de Cagliostro) serve, acima de tudo, para “tor-
nar-se moralmente perfeito”. Esta senda repousa no clássico pa-
drão da morte e do renascimento. Ela implica em um processo pelo
qual o iniciado morre nas trevas na qual a humanidade caiu de mo-
do que possa renascer novamente para uma vida superior. Esta
“perfeição” poderia ser obtida pela realização de ritos nos quais o
simbolismo é apresentado a partir do começo, mas não é explicado
nem ilustrado a não ser progressivamente e nas seções na medida
que o candidato progride. Este é o modelo para as cerimônias da
Maçonaria Egípcia de Cagliostro que promoveu o nascimento de
muitos assim chamados Ritos Maçônicos“Egípcios”. Todos esses
ritos deviam uma boa parte de seus rituais e doutrinas a Cagliostro.

20
Para Cagliostro, a continuidade existia entre a “Maçonaria Egípcia”
e os ritos teúrgicos. A primeira foi somente uma preparação e uma
representação simbólica do segundo. O Iniciado do Rito Egípcio,
preparado por seu trabalho maçônico, poderia passar para as técni-
cas teúrgicas com um sentimento de natural continuidade.
O relacionamento entre os Arcana Arcanorum e os Ritos Egípcios
são ambíguos. Um rito tal como o de Misraim nasceu sob a forma
de um puro sistema cabalístico, sem os Arcana Arcanorum que es-
tavam sendo implantados em paralelo aos seus últimos graus nos
últimos anos, antes de sua chegada à Itália. Então, o grau 89o do
Rito de Misraim sugere o seguinte programa: “Neste grau que qual-
quer um poderia chamar de último do Rito Maçônico de Misraim,
qualquer um poderia dar uma explicação estendida das relações do
homem com a Divindade, pela meditação nos espíritos celestiais.
Este grau, o mais surpreendente de todos, requer uma maior força
mental, uma maior pureza moral e uma fé mais absoluta. A palavra
de passe é URIEL, nome de um dos chefes das legiões celestiais,
que se comunica mais facilmente com os homens”. Mais tarde, eles
foram novamente perdidos. Algumas partes reintegradas aos Ritos
Egípcios através de outras ordens.
No primeiro significado do termo, os Arcana Arcanorum é, por con-
seguinte, a evocação teúrgica de um ou vários anjos por talismãs,
selos, pantáculos ou outras técnicas.
Longe de ser um fim em si mesmo, esta evocação marca o começo
da senda. Beneficiando-se do auxílio do Anjo Guardião ou anjos
evocados, o iniciado se submete ao processo de transmutação. Es-
ta evocação permite ao iniciado entrar em posse da chave. Só bas-
ta a ele penetrar a parte do ser capaz de usá-la de modo adequado.

A conquista da imortalidade

“E chegou a ocorrer, enquanto ele orava, que o aspecto do seu ros-


to se transformou, e suas vestes, como uma brilhante e fulgurante
alvura”. (Lucas, 9:29)
“Meus pequenos filhos, por quem eu agonizo em nascimento nova-
mente até que o Cristo seja formado em vocês”. (Gálatas, 4:19)

21
Ao descer do Sinai, Moisés tinha um rosto rejuvenescido, vivificado
com luz. Cagliostro sugere que após a moral (quer dizer psíquica)
regeneração, durante a qual ele teve suas faculdades ampliadas,
um iniciado está pronto para se regenerar fisicamente. O objetivo
final das duas quarentenas são evocados sutilmente no Catecismo
do Companheiro no Rito Egípcio que ele dedicou a São Custódio:
D.: Qual o uso e por que tenho eu que sempre usar um hábito?
R.: O homem sendo regenerado moral e fisicamente, ele readquire
o grande poder que a depravação de sua inocência dele retirou. Es-
te poder concede a ele visões espirituais e, a princípio, ele reconhe-
ce que todo o invólucro físico de todos os mortais são consagrados
ao Eterno e devem ser vestes (hábito). Usou-se um semelhante, em
todas as religiões e em todos os tempos por aqueles sacros sacer-
dotes ou homens dedicados a Deus.
É neste catecismo da Senhora do Rito Egípcio de Adoção que este
programa de quarenta dias de retiro figura, inspirado por aquele que
Moisés realizou no Sinai ao deixar o Egito, para a regeneração e
física imortalidade. Durante esta segunda quarentena que teve de
ser repetida a cada cinquenta anos, o adepto tenta tornar-se fisica-
mente e não mais somente moralmente perfeito. Acompanhado por
um amigo, o candidato se trancará a si mesmo em uma casa no
campo tendo um quarto com a janela voltada para o sul. A operação
deve começar na lua cheia do mês de maio; durante os primeiros
dezesseis dias, a alimentação consistirá somente de sopas leves e
plantas suaves e o paciente deixará a mesa com um pouco de fo-
me. O iniciado beberá o orvalho de maio, coletado do trigo que bro-
ta, vestido em puro e branco linho. Ele começará a refeição um
grande copo de orvalho e terminará com um biscoito ou uma sim-
ples casca de pão. No décimo sétimo dia, ao nascer do sol, o can-
didato para a regeneração deve extrair de si mesmo uma pequena
gota de sangue, quer dizer uma pequenina gota. A partir deste dia,
ele tomará algumas gotas brancas de unção de azoto, às seis da
manhã e às seis da noite, aumentando a dose duas gotas por dia
até o trigésimo segundo. No trigésimo terceiro dia, após o mesmo
regime, ele permanecerá na cama até o fim da quarentena. Ele pe-
gará um grão de Matéria Prima. Ao primeiro despertar, depois de
sangrar a si mesmo, ele absorverá o primeiro grão da medicina uni-
versal, ele repetirá isso nos dias seguintes. Depois de uma incons-
22
ciência de três horas, então convulsões, perspirações e considerá-
veis evacuações, ele trocará a roupa de cama. Ele comerá, então,
um bife magro que terá a gordura removida, temperado com ervas
refrescantes e laxantes. No dia seguinte, ele tomará um segundo
grão da medicina universal. Um dia depois, ele tomará um banho
úmido. No trigésimo sexto dia, o terceiro e último grão da medicina
universal. Um profundo sono se seguirá. O cabelo, os dentes, as
unhas e a pele se escurecerão e serão renovados.
No trigésimo oitavo dia, banho com as ervas aromáticas acima
mencionadas. No trigésimo nono dia, ele engolirá, em duas colhe-
radas de vinho tinto, dez gotas do elixir de Acharat. No quadragési-
mo dia, ele retornará para casa rejuvenescido e perfeitamente recri-
ado. Graças às forças assim adquiridas, o homem regenerado será
capaz de “propagar a verdade, aniquilar o vício, destruir a idolatria e
difundir a glória do Eterno”.
O que este texto aparentemente obscuro nos ensina? Na primave-
ra, durante a lua cheia de maio, o iniciado se isola fisicamente e
psicologicamente para o propósito de submeter-se a essa opera-
ção, o primeiro arcano das alquimias internas. Ele se submete ao
regime cujos objetivos é a purificação de seu organismo por meios
então conhecidos: uma particular dieta alimentar, sangramento,
água pura, banhos, suamento. Daí, ele começa a absorção da Ma-
téria Prima que não é nem cinabar nem potássio! É talvez a Matéria
Prima sobre a qual Cyliani falava séculos mais tarde, em Hermes
Desvelado. A substância absorvida é dissolvida (Solve) por este
forno, esta fonte de fogo contínuo que é o corpo. Assim como o
corpo de Hiram estava em um avançado estado de putrefação
quando ele foi revivido, os materiais da Grande Obra devem ser
dissolvidos (Solve), decompostos em ordem para liberar seu poder.
Por isso, a substância libera sua essência, começando a partir do
décimo sétimo dia, o iniciado ingere gotas de unção de azoto, uma
mistura de enxofre e de mercúrio (não se trata nem do enxofre co-
mum nem do mercúrio), intimamente e inseparavelmente unidos,
que compreende o mercúrio filosofal. Assim, livre das crostas que o
envolve, a essência obtida é assimilada pelo corpo. A partir desse
momento, ele ondula e alimenta a construção (Coagula) de um par-
ticular corpo incorruptível, o soma psychikon, a veste do áureo ma-
trimônio que substitui a túnica da escravidão com a qual Adão foi

23
vestido desde a queda. Este tipo de senda parecerá completamente
incongruente ao maçom contemporâneo posto fora das fontes her-
méticas de sua Ordem. Ele sabe que sua loja é uma sociedade em
miniatura, um retrato da sociedade lá fora. Mas, quem lhe disse que
isso não é também a reprodução do microcosmo humano? Da
mesma forma nos templos egípcios e hindus, ou catedrais, ele re-
produz a cabeça, os braços, as pernas e todos os órgãos do corpo.
A entrada e a partida dos iniciados, a posição e os movimentos dos
oficiais nos ensinam os procedimentos da alquimia interna.
Um método de rejuvenescimento que precede o de Cagliostro está
contido no Thesaurorum thesaurus, um manual complexo usado pe-
la Rosa-Cruz Áurea, datado de 1580, mas certamente mais recente.
Sob o título de “Como alguém pode usar a Magia de modo a mudar
sua natureza para se tornar um homem jovem”, nele pode-se ler
prescrições muito semelhantes àquelas de Cagliostro, frequente-
mente quase idênticas. Os dois rituais descrevem um retiro mágico
de quarenta dias em termos bem semelhantes. O texto alemão exi-
ge que se tome o Lapis Medicinalis Macrocosmi, obtido pelo labora-
tório alquímico que formulou o uso da terra e das gotas de chuva,
mas sugere que se use água de chuva porque é mais fácil. De
acordo com o Thesaurus alemão, é necessário acrescentar uma
“pedra dos filósofos” obtida no começo por destilação de seu pró-
prio sangue; encontramos uma referência similar ao sangue com
Cagliostro. Cagliostro e o Thesaurus em si referem-se também aos
“grãos de Matéria Prima”.
Essas fórmulas com o intuito de recuperar a juventude perdida pa-
recem perigosas. Elas testemunham que o aspecto médico é inalie-
nável desta ação, para o benefício de si próprio e de outros. A anti-
ga Rosa-Cruz praticou a medicina hermética. As pessoas defende-
ram Cagliostro pelo reconhecimento de sua devoção aos doentes.
O objetivo da Hermética e Mágica Fraternidade de Myriam foi a
aplicação dos poderes que o discípulo poderia adquirir para a recu-
peração de outros.

Caminho Interno e Caminho externo


A evocação de anjos abordada no primeiro capítulo levanta um
“caminho externo” e a conquista da imortalidade no segundo capítu-
24
lo sugere um “caminho interno”. A evocação de anjos é um proce-
dimento de chamada para fazer o contato com Inteligências exter-
nas, ao passo que a conquista da imortalidade se abre para o inte-
rior do Operador. A chamada dos anjos sem uma interna prolonga-
ção satisfará a curiosidade do aprendiz de mago, mas o conduzirá a
um amargo agnosticismo. Para convencer a si mesmo, basta man-
ter-se intimamente perto daqueles ocultistas que, no final de suas
carreiras, pensavam que a Magia bastava por si mesma. Inversa-
mente, para muitos alquimistas escolásticos que recolheram os
mais sofisticados procedimentos sem chegar a fazê-los funcionar,
então a luz emana dos mais ignorantes aprendizes cujos corações
estão abertos. O Espírito sopra onde ele deseja e não é nem na ma
gia secular nem na alquimia. Os exercícios naturais dos arcanos
são praticados em um conjunto religioso, dentro de uma operação
mítica – no sentido nobre do termo. Por este mito, o candidato é fo-
cado em direção ao seu ideal e aquieta sua mente, que H. P. Bla-
vastsky denomina “o grande assassino do Real”. Tome o exemplo
do Cristianismo; oração e liturgia ensinam ao neófito a controlar seu
temperamento caprichoso e lunático. “Um fiel é triste, conturbado
pelas preocupações monetárias, uma pessoa doente: ele vem para
a Páscoa e é necessário para ele cantar a Ressurreição. Ele está
feliz por estar vivo, com o coração cheio de alegria: é Sexta Feira
Santa e é necessário para ele cantar hinos ante a Deus crucificado
pelos homens. Entrando em um ritmo litúrgico, é habituar-se a não
mais viver seu próprio pequeno mito evoluindo de acordo com suas
impressões, mas viver como um Homem Único – o Segundo Adão –
para regozijar e chorar com a humanidade. Quando a mente se
aquieta, o coração se abre. O mito, em meio ao qual o alquimista
opera tem por seus objetivos o encorajamento dessa abertura, des-
sa respiração do coração. Os Alquimistas sabiam como ser Cris-
tãos, Muçulmanos ou Hindus enquanto não se identificassem com o
mito em meio ao qual eles operavam. O adepto sabe como reco-
nhecer as funções do mito, mas não é convencido o suficiente para
imaginar somente as funções de seus mitos.
As distinções “caminho interno” e “caminho externo” são convenien-
tes, mas são rígidas demais. Por um lado, nenhum resultado pode
ser obtido na evocação dos anjos sem a aquisição de uma atitude
interior particular. Por outro lado, a conquista da imortalidade con-

25
duzirá o neófito ao desastre se o anjo nem permanecer nem guiar.
Deixe-me simplesmente dizer isso, neste trabalho, e no núcleo da-
queles do mesmo gênero que qualquer um vem e vai incessante-
mente operando entre Mago ou sacerdote e alquimista (Vide Labouré,
Denis -De Cagliostro aux Arcana Arcanorum, in "L'Originel" nº.2, Paris, 1995).

Sobre o Sistema de Estudos e Práticas Mágicas & Místicas

A Maçonaria Egípcia do Brasil- M.E.A.P.R.M.M., oferece um curso


de iniciação no misticismo e alta magia, como um treinamento gra-
dual e sistemático na arte, ciência e filosofia oculta.

Nos tempos modernos, a cultura ocidental passa por uma eclosão


espiritual, tendo essa despertar se iniciado no renascer da magia
que culminou com a inauguração da Sociedade Teosófica em
1875. Esse renascer foi alimentado por correntes de diversas tradi-
ções e seus maiores expoentes foram gigantes como Stanislas de
Guaita (1861-1897), Eliphas Levi (1810-1875), Gerard Encausse
(1865-1916), S. L. MacGregor Mathers (1854-1918), Dion Fortune
(1890-1946), Aleister Crowley (1875-1947) entre outros.

Na intenção de auxiliar os Irmãos Obreiros, a Maçonaria Egípcia do


Brasil oferece no curso dos Graus uma série de lições cuja finalida-

26
de é oferecer um treinamento consistente nas áreas do ocultismo.
As lições abrangem tópicos como:

• Iniciação
• Alta Magia
• Magia Enoquiana
• Yoga e Meditação
• Qabalah
• Kabash
• Astrologia
• Alquimia
• Tantra
• Desdobramento no Corpo de Luz
• Formação Mágico-Sacerdotal-Eclesiástica

Está série de lições abrangem uma completa iniciação na Árvore da


Vida e tem a finalidade de fornecer um treinamento consistente na
prática espiritual maçônica.

Procedimento de Estudos

A cada lição estudada e praticada, um relatório consistente deve ser


feito. Nesse relatório, cada Irmão na Obra deve detalhar todas as
suas dúvidas, suas reflexões e conclusões sobre a matéria de cada
lição e uma anotação precisa das práticas, rituais e seus resultados.

Para essas lições de iniciação, a Maçonaria Egípcia do Brasil ado-


tou o sistema do Iluminismo Esotérico. A abordagem científica da
magia entende que seus teoremas, a condução de rituais e seus
resultados serão interpretados e explicados pela metodologia cientí-
fica, quer dizer, observados com ceticismo através da evidência
empírica, de maneira sistemática, clara e pragmática, fortalecida
pela reprodutibilidade, revisão por pares, análise crítica, objetivida-
de e precisão rigorosa. Esta abordagem desmistifica o misticismo e
vê a magia não como uma coleção de rituais e códigos de crença
supersticiosos, mas como um arranjo de métodos cuja prática con-
tínua leva a resultados específicos, em particular estados alterados
de consciência.

27
O Iluminismo Esotérico aborda os mistérios ocultos e o comporta-
mento místico e mágico como experimentos psico-fisiológicos, por-
tanto, capazes de serem descritos, analisados, comparados, critica-
dos e melhorados.

Uma prática espiritual ajustada ao Iluminismo Esotérico, quer dizer,


uma prática espiritual científica calcada na razão e moral iluminista
agregada ao pensamento mágico, próprio dos hermetistas e dos
filósofos gnósticos, que aborda a magia e as ciências herméticas
aos olhos do naturalismo; deve conter quatro passos importantes: 1.
a formulação pragmática da prática e seus métodos; 2. a execução;
3. a anotação fenomenológica da prática e seus resultados; 4. uma
explicação ou interpretação natural da prática e seus resultados.
Baseado nisso, construa seu relatório sobre essas técnicas de pro-
jeção na seguinte base:

1. a formulação pragmática da prática e seus métodos: Na for-


mulação de sua prática você deve se perguntar: quais os pro-
cedimentos, vocalizações e operações mentais são necessá-
rios para criar determinado objetivo? A partir daí traçar uma
rota, uma plano.

2. a execução: Trata-se de colocar o plano em ação.

3. a anotação fenomenológica da prática e seus resultados: É


neste terceiro passo que entra a prática do diário mágico.
Aqui, você deve anotar toda a prática e seus resultados em
uma linguagem fenomenológica. Isso envolve anotar tudo o
que aconteceu da maneira como aconteceu, sem tentar ma-
quiar a anotação com apontamentos filosóficos ou metafísi-
cos. Trata-se de uma anotação crua da experiência. Nessas
anotações, você deve incluir tempo, estados mentais e emo-
cionais (especialmente se eles mudaram antes, durante ou
depois da prática), duração e condições físicas.

Fenomenologia é um termo que descreve o processo de estu-


do em primeira-pessoa ou de uma perspectiva subjetiva, quer
dizer, as experiências que ocorrem no âmbito de sua psiquê.
Por exemplo, a sensação de limpeza após a execução do Ri-
tual Menor do Pentagrama é um fenômeno subjetivo que, em-
bora não possa ser avaliado por uma terceira pessoa (exceto
pela avaliação do batimento cardíaco ou a diminuição da ten-
28
são muscular), trata-se de um dado observado pela pessoa
que vive a experiência. De maneira similar, alguém que se
encontra no estado de samādhi apresenta traços observáveis
tanto externamente, como movimentos corporais e caracterís-
ticas faciais, quanto internamente, como as funções cerebrais.
Mas o aspecto subjetivo da experiência só é capturado por
quem vive a experiência.

4. uma explicação ou interpretação natural da prática e seus re-


sultados: O quarto passo se trata da explicação ou interpreta-
ção da experiência de uma maneira natural, desprovida de
superstição ou inclinação tendenciosa. Você pode usar a lin-
guagem da psicologia e da fisiologia para construir o entendi-
mento de forma clara e objetiva. Aqui seja o mais natural pos-
sível, use uma linguagem de fácil entendimento, sem pseudo-
ciência ou sobrenaturalidade.

Contatos:

Soberano Santuário da Maçonaria Egípcia do Brasil –


MEAPRMM – Jurisdição Brasileira
CAIXA POSTAL 3616
CEP: 69043-670 – Manaus/AM.

Sites Oficiais:

http://meaprmm.com/

http://www.frankripel.org/iutmah/meaprmm_portuguese.html

http://www.waeo.info/

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