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Curso de Magia Dourada.

TOMO III

Facilitador: João Melo


Maceió - Alagoas 2018.
PARTE III:
Antes de adentrarmos nos estudos dos misticos, esotéricos, rituais, influências, emanações
e invocações elementais, devemos primeiro nos limpar, não apenas o corpo físico, mas sim
trabalhar uma limpeza interna, esvaziar-nos de tantas trevas, para poder dominar nossos
próprios impulsos, emoções, sentimentos e ainda mais para dominar de forma firme nossos
demônios interiores.
É importante para o Mago dominar o seus demônios interiores, para isso
devemos primeiro curar a alma de tantas feridas, eliminar ou amenizar o
carma para que o verdadeiro EU resplandeça e com isso torne a aptidão
para a magia eficaz, se não conseguirmos isso, não podemos fazer
nenhum ritual e muito menos transpor os umbrais da escuridão sem o
risco de sermos devorados vivos, sucumbindo as energias densas.
Antes começaremos a iniciar o caminho com esses exercícios que
faremos sempre, mesmo depois de atingir o grau de Mago, para jamais
correr o risco de sucumbir aos ataques de energias obscuras e densas.
Esse método de limpeza é a AUTOSANAÇÃO.

A introdução.
A força física que é concedido por cada um dos elementais: Água,
Ar, Terra e Fogo, dá resistência ao corpo em não pereceber
distúrbios que cercam o ambiente e se manifestam de forma sutil.
Quando damos abertura a determinados sentimentos, ficamos
obscurecidos, fazendo com que as células percam a Harmonia,
permitindo que as doenças se manifestem:

Ódio causa câncer, embolia e problemas circulatórios.


Rancor gera problemas digestivos, cálculos biliares e pedras nos rins.
Ressentimento causa perda de memória, hipertensão e distúrbios nervosos.
Preocupação afeta os rins.
Essas emoções influenciam o funcionamento do corpo físico e o danificam, já que as
substâncias químicas que são liberadas pelo corpo o intoxicam, mas ao mesmo tempo o
tornam dependente delas e é por isso que elas são chamadas nocivas.
Decepção leva a perda de vontade, miopia, sinusite e doenças pulmonares,
Medo diabetes, paralisia cerebral, coma, incapacitando permanentemente o seu corpo físico
Todas as doenças são oriundas de cunho emocional.
Os Elementais que compõem o corpo não são responsáveis pela
desarmonia, mas pelo Ser que permite que essas emoções negativas se
desenvolvam. Há muitos mais, mas o importante é saber que você pode
trazer a cura para o corpo, se levada a cabo a prática do amor e do
perdão e exercer o poder de regeneração concedida para curar a nós
mesmos.
Alguns perguntarão: Como isso pode ser alcançado? O condicionamento social, cultural e
religioso, que nos gera o ceticismo tornaria impossível!
Mais, há um motivo. De acordo com o dicionário de uso comum,
"doença" é "comprometimento da saúde" ou "anormalidade na
operação" e "alteração" é entendida como "choque, ansiedade"
ou "desarranjo enquanto" anormalidade "é dito é "carácter
anormal", isto é, "irregular" e sua definição de "que não é regular
ou simétrico" pelo que se conclui que "falta harmonia".
Harmonia é entendida como "combinação de união" para viver
em harmonia com o amor e o perdão vai impedir que as forças
negativas nos contaminem o Corpo e a Alma. Para o campo
negativo não crescer, assim que é obtido imediatamente reflete, é
uma mudança no corpo físico e suas funções são realizadas
favoravelmente no etérico.
Ao reconhecer os atos e aceitar os erros, veja a dimensão deles para corrigi-los e assumir a
responsabilidade. Ter que aceitar que falhou é um símbolo de nobreza e não fraqueza.
O fracasso é o resumo das experiências que devem levar você a
ser melhor. Então, não será visto como um fracasso em si e, ao
invés disso, será assimilado como um ensinamento que lhe
permitirá ser melhor.
Se analisarmos bem o porquê das coisas, podemos perceber que às
vezes, nem toda a observação que se acredita colocar em ação, é
suficiente e que essa negligência leva-nos a não alcançar os
objetivos.
O excesso de confiança causa muitos erros e baixa estima.
Todos devemos rever, constantemente nossos atos. Aqueles que acreditamos terem afetado
alguém, devem ser perdoados! Mas em verdade, precisamos perdoar a nós mesmos por não
termos impedido-los de se projetarem, materializarem-se e dessa forma atingirem alguém, no
campo físico ou espiritual. Com isso devemos acetar a responsabilidade em que os fatos são
tomadas, os karmas gerados, lembrando que isso vai nos auxiliar a não cairmos novamente.

AUTOSANAÇÃO.
Cada exercício devrá ser estudado durante sete dias, ou seja uma
semana, a contar do dia em que iniciarmos, todos os dias no mesmo
horário.
Devemos iniciar a primeira semana com o Controle da Respiração.
Na segunda semana iniciaremos o Vazio Mental, sem deixar de fazer
antes o Controle da Respiração. E na terceira semana unificaremos
os dois. Antes de iniciar e depois de cada exercício devemos tomar
nota no Caderno Dourado do que aconteceu, ou seja: o que sentimos,
seja em aromas, gosto, toque, imagens etc ... tudo isso no final de
cada exercício, examinando tudo o que aconteceu e ai poderemos ver
o que devemos eliminar ou reparar.
Após isso, deveremos praticar sempre, fazendo parte do nosso dia á dia, sempre no mesmo
horário, por toda a vida, para que diariamente estejamos prontos para agir, reagir ou interagir.

Controlando a respiração.
Respirar é muito importante para o bem-estar interior, além
disso, um fluxo correto garante uma concentração e unificação
perfeita com as forças elementares e seres astrais.
Por isso, devemos praticar o seguinte padrão, até que nossa
respiração seja fácil e automática.

Aprendendo a Respirar.
Vamos iniciar aprendendo como respirar. Achamos que sabemos
respirar, mas na verdade apenas sabemos a puxar e soltar o ar para
não desmaiar pela falta de oxigenação.
Respirar, em verdade é simples. Devemos inspirar pelas narinas, como
quem CHEIRA uma FLOR e expirar pela boca, como quem SOPRA
uma VELA. Simplesmente isso. Agora pratiquemos.
Vamos fechar os olhos e nos concentrar enquanto INSPIRAMOS, cheirando a flor e
EXPIRAMOS soprando a vela.

Exercícios dos Ciclos Respiratórios.


1. Quando dominarmos a etapa anterior, vamos fechar os olhos e nos concentrar e neste
momento iniciaremos o Primeiro Ciclo Respiratório: vamos inspirar contando mentalmente
1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9. Então segurando a respiração contaremos mentalmente 1, 2, 3, 4, 5. E
finalmente expiramos contando mentalmente 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9. Repitamos o processo até
que sejamos capazes de fazê-lo de maneira natural.
2. Quando dominarmos a etapa anterior, vamos fechar os olhos e nos concentrar e neste
momento iniciaremos o Segundo Ciclo Respiratório: vamos inspirar contando mentalmente
1, 2, 3, 4. Então segurando a respiração contaremos mentalmente 1, 2, 3, 4, 5. E finalmente
expiramos contando mentalmente 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9. Repitamos o processo até que
sejamos capazes de fazê-lo de maneira natural. Notaremos que precisamos inspirar mais
rapidamente e expirar mais lentamente para liberar o ar até alcançar o 9.
3. Quando dominarmos a etapa anterior, vamos fechar os olhos e nos concentrar e neste
momento iniciaremos o Terceiro Ciclo Respiratório: vamos inspirar contando mentalmente
1, 2, 3, 4. Então segurando a respiração contaremos mentalmente 1, 2, 3, 4, 5. E finalmente
expiramos contando mentalmente com 1, 2, 3, 4, 5, 6 , 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17,
18. Repitamos o processo até que sejamos capazes de fazê-lo de maneira natural.
4. Quando dominarmos a etapa anterior, vamos fechar os olhos e nos concentrar e neste
momento iniciaremos o Quarto Ciclo Respiratório: vamos inspirar contando mentalmente 1,
2, 3, 4. Então segurando a respiração contaremos mentalmente 1, 2, 3, 4, 5. E finalmente
expiramos contando mentalmente com 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14 15, 16, 17,
18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 27. Repitamos o processo até que o dominemos de maneira
tranquila e espontânea, ao ponto de expirar de forma cada vêz mais lenta.
Enquanto estivermos aprendendo os ciclos 1, 2 e 3, devemos sempre estar à vontade para
repeti-los várias vezes até sentir que fazemos de maneira natural, mas se notar tontura ou
mal estar, devemos suspender por até oito horas. Para que possamos então seguir para o
quarto ciclo. Precisamos estar cientes que vamos oxigenar muito o cérebro e não estamos
ainda acostumados.

Mudra.
Mudras são gestos manuais que nos permitem entrar em
sintonia com frequências energéticas específicas interiores,
sincronizando-as com frequências energéticas exteriores. A
palavra Mudra é geralmente traduzida como gesto ou selo.
Eles são gestos que selam ou captam uma frequência
energética específica. A raiz da palavra Mudra deriva de
duas palavras em sânscrito. A primeira é mud, que significa
encanto ou prazer. A segunda é dru, que significa produzir,
gerar. Os mudras, portanto, trazem à superfície um estado
inato. Cada mudra tem sua posição e cada posição uma
sintonia distinta. Muitas vezes estamos atravessando uma
tribulação ou um umbral e nem temos consciência de que
gestos que costumamos utilizar no dia a dia podem estar
contribuindo para isso.

Relação dos dedos com os elementos.

 Polegar – Fogo (Agni)

 Indicador – Ar (Vayu)

 Médio – Éter (Aakash)

 Anelar – Terra (Prithvi)

 Mindinho – Água (Jal)

Nesse momento aprenderemos apenas Mudra do Vazio. Mais adiante estudaremos mais
alguns Mudras.
Mudra do Vazio: A ponta do polegar pressiona o dedo do meio
para baixo, enquanto o resto dos dedos ficam para cima. Reduz
a fadiga, ajuda a restaurar a confiança, e aumenta a cognição
mental.
Este Mudra tem como propósito, buscar o vazio em nossa
mente, para que possamos encontrar o Ser Interno.
Ele deve ser utilizado unificado ao exercício Esvazie sua
mente, após o domínio do quarto ciclo respiratório.

Esvazie sua mente.


Quantas vezes já fomos para a cama com milhões de pensamentos que não nos deixam se
quer dormir?
Essa prática é muito útil para uma análise contínua de todas as situações passadas,
presentes e futuras de nosso dia, também em um nível ligeiramente superior, válido como um
preparativo para relaxamento, meditação e práticas místico esotéricas. Assim, esvaziando
nossa mente dos pensamentos, favoreceremos uma interiorização mais profunda. Afinal, é
a nossa mente que sempre coloca obstáculos no caminho. A mente, Mente. Para nós
magos, que precisam estar com a mente totalmente LIMPA, para evitar ser apunhalado pelas
costas por nosso próprio EU, em um trabalho místico, seja ele ritualístico, investigativo,
prático ou apenas experimental.
Este exercício não requer um tempo mínimo, mas sim uma
atenção importante para tudo o que acontece. Podemos
fazê-lo antes de ir dormir ou a qualquer hora do dia,
especialmente antes de alguma prática mística. Neste caso
podemos criar uma atmosfera com música suave, alguma
vela e incenso, mas não é extremamente necessário. No
início tudo bem, mas depois use sua imaginação para tornar
o local completamente agradável, comece a trabalhar sua
criatividade.
Três serão as posições ideais para este exercício:
A) Um deles pode ser ditado na cama, num colchonete ou de preferência em uma
esteira, com as costas retas, pescoço e ombros relaxados. “Magia de matriz Aficana”
B) Sentados em uma cadeira, com o corpo relaxado, os pés retos em paralelo e as
mãos apoiadas nos joelhos. “Magia de matriz Egípcia”
C) Sentados em uma superfície reta, com as pernas cruzadas na típica posição de ioga
ou de lótus ou basta cruzá-las. “Magia de matriz Hinduista”
As mãos sempre devem estar na posição Mudra do Vazio.
1. Respiremos como no Quarto Ciclo Respiratório.
2. Quando nos sentirmos relaxados, deixemos que os pensamentos fluam livremente. Não
busquemos esvaziar a mente, deixemos que tudo flua. Seja o que for, deixe vir e irá de forma
espontaneamea.
3. Depois que a nossa mente esvaziar-se, sintamos o ar puro entrar em nosso corpo,
preenchendo cada célula, refrescando e limpando. Observemos conforme exalamos muito
lentamente, nossas tensões, dúvidas e medos são dissipados.
4. Quando estivermos leves e vazios nos sentiremos revigorados, seremos enfim o que
devemos ser, meros observadores, examinando o que antes parecia ser parte de nós,
tornam-se apenas techos refletidos, um por um, todos os sentimentos, pensamentos,
acontecimentos do dia, disputas, momentos, medos e sensações que antes nos aflingia.
Examinemos isso com muita calma. E enquanto estão refletindo, eles sentirão que estão
perdidos, sem raizes, alicerce e que estão se dissipando, cada vez mais eles ficam
borrados, distorcidos, até desaparecerem.
5. É sobre isso que somos, simples observadores, nos tornaremos gradativamente um
indivíduo que vai ver um filme sem desespero pelo que vê e sem ser afetado pelas cenas
que são refletidas. É um filme como qualquer outro e depois de um tempo termina e
desaparece.
Quando desaparecer cada um desses pensamentos ou cenas do filme estaremos prontos
para dormir, meditar ou praticar os estudos místicos.
No início acharemos difícil, mas com constância tornará tão natural quanto caminhar.

Silenciando a mente.
Depois de dominarmos Quarto Ciclo Respiratório e a Técnica de
Relaxamento, transpondo o pleno Esvaziamento Mental, partimos
para o plano de Silenciar a Mente.
O Vazio e Silêncio Mental é profundamente necessário para que as
práticas sejam o mais perfeita e profunda possível. O primeiro
impedimento é geralmente aquela quantidade de pensamentos que
fluem em nossa mente e que não nos permitem ouvir nosso interior e
aprofundar nosso espírito. Mas não adianta apenas esvaziar,
precisamos silenciar plenamente a mente e com ela as energias
densas que habitam o nosso EU.
1. Quando já estivermos relaxados, visualizaremos um imensa floresta, cheio de árvores
de copas fechadas, tornando-o escuro e sombio, sombras de animais desconhecidos.
2. Então, quando a imagem estiver completamente nítida e real, entraremos nele, sentindo
o medo fluir, deixando ele fluir até que se torne quase insuportável.
3. Enquanto entramos nele escutamos todos os sons e barulhos que ela emite,
aumentando o nosso medo até quase nos paralisar.
4. Agora que os sentimentos de medo, pânico, terror se misturam e se mesclam e
começam a acreditar que estão no controle, fechemos os olhos e ao inspirar, sintamos o ar
preencnher cada célula do nosso corpo com uma luz branca reluzente.
5. Sintamos que a cada expiração essa luz começa a preencher o nosso redor, começa a
emanar luz nas trevas em que nos encontramos, iniciamos então o processo de desapego
aos sentimentos, dessa vêz perceberemos que eles vem e vão com mais rapidez, mas ficam
os sons e os ruidos.
6. Quando a mente esvaziar-se e perceberemos a sensação de limpeza, tranquilidade e
bem estar, restará apenas os sons, que deixaremos vir. Nesse momento abriremos os olhos
e veremos a luz refletir cada canto da densa floresta, nos revelando que os sons não fazem
parte da floresta, mas de nossa mente. Então, perceberemos que eles começarão a
silenciar, conforme a floresta se revela, verde, viva, acolhedora e aconchegante.
7. Agora estamos dentro de uma floresta viva, colorida, brilhante repleta de luz e de
harmonia. Não existe nenhum som, nenhum barulho. As aves voando, mas sem emitir
nenhum som, as águas escorrendo entre as pedras sem emitir nenhum barulho. Animais
caminhandno em pleno e total silêncio.
8. Agora está dentro de nós dar som ao que quisermos, dar luz ao que desejarmos e dar
sentido apenas aquilo que realmente tem sentido.
Agora que fizemos o exercício para silenciar nossa mente, estamos prontos para iniciar os
estudos dentro de um cunho mais profundo.
Não devemos esquecer que esses exercícios devem ser diários, eles vão nos deixar aptos
em qualquer momento podermos acessar essas dimensões que acessamos nessas práticas.
Continuemos, só que agora adentraremos em outras dimensões.

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