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ROTEIRO DE AUDITORIA
BARRAGENS
Tribunal de Contas da União ROTEIRO DE AUDITORIA
ASSUNTO: OBRAS PÚBLICAS - BARRAGENS PÁGINA: 2
ITEM: APRESENTAÇÃO
APRESENTAÇÃO
Consoante a prioridade do Ministro-Presidente Humberto Guimarães Souto em
aprimorar os mecanismos de controle externo, especificamente em obras públicas, foi promovido
pelo Tribunal, em parceria com a Universidade de Brasília, a pós-graduação latu sensu “Curso de
Especialização em Auditoria de Obras Públicas”.
Este roteiro de auditoria é um dos produtos deste curso e foi elaborado tanto para prover
o Tribunal de um procedimento específico de auditoria em obras de barragem como para cumprir a
necessidade de elaboração de uma monografia de conclusão do curso de especialização.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO..............................................................................................................................................................5
2. ROTEIRO DE VERIFICAÇÃO...................................................................................................................................6
4. APÊNDICES.................................................................................................................................................................59
4.1 LEGISLAÇÃO........................................................................................................................................................59
4.2 RELAÇÃO DE NORMAS ABNT (APLICÁVEIS À ÁREA DE BARRAGENS)....................................................................65
4.3 JURISPRUDÊNCIAS E SÚMULAS......................................................................................................................67
5. BIBLIOGRAFIA..........................................................................................................................................................68
Tribunal de Contas da União ROTEIRO DE AUDITORIA
ASSUNTO: OBRAS PÚBLICAS - BARRAGENS PÁGINA: 5
ITEM: ROTEIRO DE VERIFICAÇÃO
1. INTRODUÇÃO
Este roteiro de auditoria tem por finalidade específica subsidiar os analistas deste
Tribunal com um instrumento útil, simples e objetivo para o melhor desenvolvimento dos
trabalhos relativos a auditorias em obras de barragens, buscando homogeneizar os
procedimentos, técnicas, relatórios e processos.
É de se ressaltar que este material deverá ser, quando oportuno, utilizado em conjunto
com os procedimentos de auditoria de licitações, contratos e convênios (PAs 03, 04 e 01,
respectivamente) deste Tribunal.
2. ROTEIRO DE VERIFICAÇÃO
a - BARRAGEM DE TERRA:
É apropriada para locais nos quais a topografia se apresente suavemente ondulada,
nos vales pouco encaixados, e onde existam áreas de empréstimo de materiais argilosos/arenosos
suficientes para a construção do maciço compactado.
Tribunal de Contas da União ROTEIRO DE AUDITORIA
ASSUNTO: OBRAS PÚBLICAS - BARRAGENS PÁGINA: 9
ITEM: ROTEIRO DE VERIFICAÇÃO
crista
borda livre
rip-rap crista
NA máx.
m1
1
m2
argila compactada 1
argila compactada
filtros
transições
crista
NA máx.
m1
1
H m2
h m3 1
1 núcleo
impermeável 1
solo permeável m4 solo permeável
filtros
b - BARRAGEM DE ENROCAMENTO:
É apropriada para os vales medianamente encaixados em regiões rochosas, nas
quais o capeamento de solo muitas vezes não existe ou é pouco espesso, onde existam condições
adequadas de fundações e pedreiras facilmente exploráveis a custo competitivo e/ou excesso de
Tribunal de Contas da União ROTEIRO DE AUDITORIA
ASSUNTO: OBRAS PÚBLICAS - BARRAGENS PÁGINA: 11
ITEM: ROTEIRO DE VERIFICAÇÃO
crista
NA máx.
m1 transição
m2
1
H 1
h
face de concreto enrocamento
plinto
transições
crista
NA máx.
m1 1 m2
1 m4
H 1
núcleo
h m3 argila
1
impermeável
enrocamento enrocamento
m u r e t a e v e n tu a l
1 ,0 0
0 ,3 0
N A m áx.
0 ,5 0
N A n o rm a l 1 ,0 0 lâ m in a v e r te n t e
0 ,1 0
H 1 0 ,7 0
Hv 1
s u p e r f íc i e d o
te r r e n o n a tu r a l
b 1 = 0 ,1 0 H
b1 b2
b 2 = 0 ,7 0 H
B
n o t a : d im e n s õ e s e m m e tr o
Nessa etapa são desenvolvidos todos os desenhos definitivos que expressam com
fidedignidade os serviços executados, também chamados de “as built”.
civis e penais, no caso de danos causados ao erário pela má execução dos referidos projetos
(Acórdão nº 580/2003- TCU - 2ª Câmara);
Qual o valor previsto para execução da obra;
Se possui orçamento detalhado de custos unitários;
Quais as referências de custo utilizadas pela Administração para elaboração deste
orçamento;
Se o custo da obra está compatível com valor de mercado;
Se possui a licença ambiental;
Caso necessário, consultar esclarecimentos quanto à exigência de licença ambiental no glossário.
Se foi realizada licitação para elaboração do projeto básico, caso não tenha sido
elaborado pela própria administração;
Se os profissionais responsáveis pelo estudo de viabilidade detêm capacitação técnica
compatível com a complexidade da tarefa;
Se o projeto básico foi elaborado de acordo com as Norams da ANEEL sobre o
assunto;
Se foi analisada a possibilidade de adoção de soluções alternativas que facultassem a
redução de custos;
Se o projeto básico prevê alguma técnica construtiva não convencional;
Caso afirmativo, verificar: se há justificativa técnica; se esta justificativa técnica é coerente; se foi
realizada análise do custo-benefício e do desempenho técnico dessa nova técnica;
2.2.1.4 Custos
“Para a geração de orçamentos, são cadastrados dados específicos dos projetos que serão orçados. Além
desses, são cadastrados, também, os dados comuns, que podem ser utilizados por todos os projetos. Esses dados
comuns constituem a base conceitual, em torno da qual se busca uma unificação dos aspectos relativos ao processo
orçamentário. Eles podem ser subdivididos em quatro partes:
Para cada parte dessas há um conjunto de classes as quais contêm objetos onde as descrições gerais,
independentes dos projetos específicos, são feitas.
Os dados dos projetos são definidos na classe Projeto, estabelecendo-se referências aos objetos da base
conceitual e cadastrando-se dados que os particularizam.
Visando uma maior flexibilidade e modularidade na especificação dos projetos que serão orçados pelo
SISORH, faz-se o uso de uma estrutura hierárquica para a definição do mesmo. Esta estrutura é mostrada na figura a
seguir.
P
ro
je
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par
am)
.
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par
am)
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ás
ica
É importante notar que, em alguns níveis da hierarquia, aparece o identificador (param). Ele indica os
níveis onde podem ser feitas definições de parâmetros de cálculo para o projeto. Deve ficar claro que estes
parâmetros não precisam ser definidos em todos os níveis hierárquicos. Ao se fazer o cálculo do orçamento para um
determinado nível da hierarquia, o sistema procura utilizar os parâmetros definidos neste nível. Caso um parâmetro
não esteja definido, ele será procurado no nível imediatamente superior, e, assim, sucessivamente até que seja
encontrado um valor. Desta forma, por exemplo, quando o SISORH calcula o custo unitário de uma composição
básica, ele procura os parâmetros definidos especificamente para ela. Se não os encontrar, passa a procurá-los no
serviço no qual está inserida a composição básica. Se ainda não encontrar, passa para a subestrutura que contém o
serviço e assim por diante.”
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ASSUNTO: OBRAS PÚBLICAS DE BARRAGENS PÁGINA: 20
ITEM: GLOSSÁRIO
Se o projeto executivo foi (ou será) realizado pela contratante, pela contratada para
execução da obra ou por terceira parte;
Se existe ART do(s) responsável(is) pela sua elaboração;
Se a Administração gestora do empreendimento adotou procedimento no sentido de
levantar as condições dos registros profissionais dos autores do projeto executivo, junto ao órgão
fiscalizador competente, com o objetivo de facilitar a imputação de penalidades administrativas,
civis e penais, no caso de danos causados ao erário pela má execução dos referidos projetos
(Acórdão nº 580/2003- TCU - 2ª Câmara).
2.2.3 LICITAÇÃO
2.2.3.1 Orientações Preliminares
A documentação concernente à licitação merece análise bastante criteriosa, visto que
decisões tomadas nessa fase influenciarão sobremaneira a condução do empreendimento até sua
conclusão.
Alguns aspectos merecem especial atenção, podendo-se destacar os descritos a seguir.
Se a licitação é inexigível;
OBS.: Caso positivo, verificar se há justificativa; se a justificativa é compatível com as disposições dos
arts. 25 e 26 da Lei nº 8.666/93.
divergência de preços globais propostos pelas empresas licitantes; a proporcionalidade de preços entre
as propostas das empresas licitantes.
2.2.4 CONTRATOS
2.2.4.1 Orientações Preliminares
Já existe no âmbito da administração federal sistema específico para o cadastramento de
todos os contratos e demais informações relevantes para o acompanhamento de sua execução,
denominado SIASG.
Atualmente, apenas a administração direta e parte da indireta utilizam-se desse sistema,
porém, comando inserido na lei de diretrizes orçamentárias para o exercício de 2002 prevê a
constituição de grupo de trabalho para a inserção de todos os órgãos e entidades pertencentes à
administração federal. Informações detalhadas podem ser obtidas no site www.
planejamento.gov.br.
2.2.4.2 Verificações Básicas
Verificar:
Se a descrição do objeto do contrato é a mesma constante do edital de licitação;
Qual o número identificador do contrato;
É o número dado pelo órgão público responsável pela obra.
Acrescentar os valores referentes aos aditivos. Verificar se os acréscimos respeitam os limites previstos
no art. 65, XX 1º, da Lei nº 8.666/93, ou, se for o caso, os critérios estabelecidos pela DC 215/99-TCU-
P.
2.2.5 CONVÊNIOS
2.2.5.1 Orientações Preliminares
Pela leitura do instrumento de convênio a equipe tomará ciência do objeto do convênio
(que por vezes é extremamente impreciso), bem como das obrigações das partes. Especial
atenção deve ser dada aos aspectos técnicos das prestações de contas periódicas, dada a co-
responsabilidade do convenente, bem como à aprovação de alterações de projeto ou de
especificações técnicas por parte deste.
Há que se verificar, ainda, se vêm sendo cumpridas as obrigações do concedente no que
concerne à fiscalização dos trabalhos.
Ademais, existem casos em que foram firmados dois ou mais convênios (por órgãos
distintos da Administração Pública) para o mesmo objeto, o que pode fazer com que o
concedente não detecte um eventual sobrepreço.
Cabe lembrar a existência de Procedimento de Auditoria específico de Convênios (P.A.
01), que deve ser consultado para a verificação de aspectos legais do acordo.
Por fim, é importante destacar, quanto ao aspecto formal dos itens de verificação a
seguir, que há, em alguns casos, distinção entre eles. A maior parte dos aludidos itens necessita
de juízo de valor por parte do analista (caso do “verificar se...”), mas há itens que, de forma
imediata, assumem a função apenas informativa, tipo um cadastro, o que é caracterítica de vários
campos do Fiscobras (são os itens tipo: “Qual(is) ...”).
Se a obra está sendo executada fielmente pelas partes, de acordo com as cláusulas
avençadas no contrato, conforme dispõe o art. 66 da Lei nº 8.666/93;
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ASSUNTO: OBRAS PÚBLICAS DE BARRAGENS PÁGINA: 28
ITEM: GLOSSÁRIO
C. ASPECTOS TÉCNICOS
Alguns cuidados especiais devem ser adotados quando da análise da execução física de
uma barragem. Por vezes, é necessária a execução de barragens sobre solos que apresentam
características geotécnicas desfavoráveis – baixa resistência, elevadas permeabilidade,
compressibilidade e colapsibilidade. Nesse sentido, trataremos de quatro situações distintas:
fundações em solos permeáveis, em solos moles, em solos porosos e colapsíveis e em rocha.
Duas são as preocupações nesses casos: evitar que a água penetre em região
indesejável e, caso necessário, facilitar sua saída dessa região.
Para o primeiro objetivo adotam-se as seguintes medidas:
trincheiras impermeáveis (cut-offfs): construção de trincheiras vedantes obtidas compactando-
se solo impermeável em trincheiras escavadas na fundação permeável de barragem. É a
solução mais utilizada para profundidades até 30 m, tendo execução dificultada quando
necessário rebaixamento do lençol freático.
paredes diafragmas – estruturas impermeáveis delgadas construídas pelo preenchimento das
trincheira com concreto (plástico) ou solo-cimento, abertas com o auxílio de lama
bentonítica. Atingem maiores profundidades (até 65 m) e tem espessuras situadas na faixa de
0,50 a 1,50m.
cortina de estacas-pranchas cravadas a partir da superfície do terreno, não havendo a
necessidade de substituição do material da fundação;
injeções de impermeabilização: processam-se por meio de numerosas rupturas hidráulicas que
permitem a penetração da calda no solo arenoso e dificultam a passagem de água de
percolação. O projeto deve compatibilizar as deformações do conjunto maciço-fundação para
que não ocorram trincas indesejáveis, visto que as injeções tornam mais rígido o trecho de
fundação tratado.
Controle de percolação com drenos: possibilita a redução da subpressão a jusante como do
gradiente hidráulico da saída, aumentando a segurança do conjunto.
Execução de tapete impermeável a montante: laje de concreto executada ao pé do talude de
montante, ao longo de toda a extensão da barragem, com o objetivo de aumentar o caminho de
percolação por sob a barragem, maximizando a eficiência do barramento.
transições
crista
NA máx.
núcleo
argila
impermeável
enrocamento enrocamento
cut off
cortina de injeções
Esse tipo de solo tem como características elevada porosidade e baixo teor de
umidade, o que gera solo com baixo grau de saturação. Quando submetidos à saturação, sem
acréscimo de carga, sofrem recalques bruscos.
Procura-se, nos casos em que essa camada é muito espessa para remoção
econômica ou constitui tapete impermeável sobre camada permeável, as seguintes soluções:
solo poroso, mas não colapsível: estudos de recalque devem ser efetuados visando remoção
parcial do solo;
Solo poroso e colapsível: devem ser adotadas medidas para assegurar a ocorrência de
recalques da fundação durante a execução da barragem.
d) fundações em rocha
A solução é definida em função da qualidade do material do subsolo. Em geral,
a especificação é no sentido da remoção de todo o solo até a rocha alterada e apoio do núcleo em
rocha sã, com superfície final limpa por meio de jatos de ar e água.
Utilização de concreto dental e recobrimento com argamassa ou concreto: para regularização
de depressões ou eliminação de taludes negativos;
Tratamento profundo com injeções rasas: as profunidades de injeção variam de 4,0 a 10,0 m e
as pressões em torno de 0,25 Kg/cm2 por metro de profundidade. Visam evitar a migração do
materia do núcleo da fundação, reduzir a potencialidade de curto circuito hidráulico por sobre
a cortina de injeção e reduzir pressões de percolação elevadas no contato fundação-maciço no
pé de jusante do núcleo;
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ASSUNTO: OBRAS PÚBLICAS DE BARRAGENS PÁGINA: 31
ITEM: GLOSSÁRIO
Tratamento profundo com injeções profundas: são realizados furos com espaçamentos
reduzidos (furos exploratórios, primários, secundários) em função das absorções verificadas
ou critérios de perda d´água. Condicionantes geológicos e tipo de barragem determinam as
profundidades dos furos exploratórios, bem como a cortina de injeção.
determinando o que for necessário à regularização das faltas ou defeitos observados, conforme
dispõe o § 1º do art. 67 da Lei nº 8.666/93;
Se o representante da Administração, responsável pela fiscalização da obra,
encaminhou relatórios à autoridade competente, comunicando ocorrências que poderiam ensejar
sanções ao contratado e alterações de projeto, custo ou prazo da obra, conforme dispõe o § 2o do
art. 67 da Lei nº 8.666/93;
Se a contratada subcontratou partes da obra dentro do limite admitido pela
Administração, conforme dispõe o art. 72 da Lei nº 8.666/93;
Outros – Ver P.A. de Obras
B. MEDIÇÕES E PAGAMENTOS
Verificar:
A compatibilidade das memórias de cálculo das medições realizadas pela fiscalização
com os critérios definidos no edital;
OBS1.: Pode haver medições em desacordo com os critérios definidos (p. ex.: a medição do volume de
terra para um aterro está prevista nos critérios de medição como sendo por volume aterrado e está
sendo medida por volume transportado).
OBS2.: Poderá estar havendo antecipação de medições ou mesmo medição de serviços não previstos à
conta de serviços contratuais.
2.3.1 CONVENCIONAL
8. Anexos.
Partes do relatório de auditoria:
1. Sumario
O sumário facilita a localização de assuntos, porque indica as páginas correspondentes.
Permite ao leitor identificar o conteúdo do relatório, por intermédio dos títulos, capítulos e sessões
que o compõem. Deve mostrar que as informações estão em ordem lógica, podendo cada capítulo
ser analisado por si só, mas formando um conjunto.
Os anexos – glossários, tabelas, gráficos, ilustrações e outros documentos ou
informações necessários à formulação dos argumentos e das conclusões do relatório – também
devem estar referenciados no sumário.
2. Resumo
Segundo a NBR 6028, resumo é apresentação concisa dos pontos relevantes de um
texto. Tem como objetivo fornecer elementos capazes de dar ao leitor uma visão do tema
investigado, decidir sobre a necessidade de consulta ao texto original e/ou transmitir
informações de caráter complementar.
O resumo deve conter o objetivo, o método, os resultados e as conclusões do trabalho.
Deve ser redigido em uma seqüência lógica, corrente, de frases concisas e não de uma
enumeração de tópicos, utilizando-se a terceira pessoa do singular e o verbo na voz ativa.
3. Folha de Rosto
A folha de rosto identifica o trabalho realizado. Deve conter os seguintes dados:
3.1) Da fiscalização.
- ato originário que determinou a realização da auditoria;
- portaria (ato) de designação;
- período de realização dos trabalhos;
- período abrangido pela auditoria;
- área de fiscalização;
- objetivo e escopo da auditoria;
- composição da equipe de auditoria (nome, cargo, matrícula).
3.2) Do ente auditado:
- nome do órgão ou entidade;
- natureza jurídica;
- vinculação (Ministério);
- identificação no SIAFI - UG/Gestão (se houver);
- vinculação: TCU;
- relação de responsáveis (nome, endereço, CPF, cargo e período).
3.3) Processos correlatos:
- TCs nº;
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ASSUNTO: OBRAS PÚBLICAS DE BARRAGENS PÁGINA: 36
ITEM: GLOSSÁRIO
2.3.2 FISCOBRAS
Desde 1997, as Leis de Diretrizes Orçamentárias vêm determinando ao Tribunal a
prestação de informações ao Congresso Nacional referentes às obras públicas integrantes do
Orçamento Geral da União. Essas informações devem ser encaminhadas até 30 de setembro de
cada ano.
Assim, com o objetivo de padronizar essas informações, o Tribunal desenvolveu o
Sistema de Fiscalização de Obras Públicas - FISCOBRAS, cujo resultado final são relatórios
eletrônicos gerados a partir de informações obtidas pelas Secretarias de Controle Externo
(SECEXs) nos levantamentos de auditoria efetuados nas obras selecionadas anualmente. Essas
informações visam a subsidiar a apreciação pelo Poder Legislativo da proposta orçamentária do
Executivo, criando condições para uma avaliação mais criteriosa da alocação dos recursos
públicos em obras. No âmbito deste sistema, em 1997 foram fiscalizadas 96 obras; em 1998, 110
obras; em 1999, 132 obras; em 2000, 197 obras; em 2001, 304 obras. Em 2002, serão
fiscalizadas 421 obras.
Para obter detalhes que abordem navegação no sistema, conceitos e preenchimento dos
relatórios eletrônicos, aconselhamos a consulta ao Manual Fiscobras 2002, disponível na intranet
do Tribunal.
2.3.3 RECOMENDAÇÕES PARA COMPOSIÇÃO DO PROCESSO
O objetivo deste item é sugerir aos analistas do Tribunal algumas recomendações para
composição do processo de auditoria no que tange à sua “forma física”, a fim de colaborar na
uniformização dos procedimentos nas fiscalizações e, mais importante, servir de lastro às
fundamentações dos itens da proposta de encaminhamento da equipe, sobretudo daqueles que
propugnam pela reprovação do ato administrativo, por ação ou omissão.
Conforme dispõe a Resolução nº 136, de 30/08/2000, que estabelece procedimentos para
recebimento, autuação e tramitação de processos e documentos no âmbito do Tribunal:
“Art. 11. O processo será formado de maneira cronológica e seqüencial, terá numeração de páginas
contínua, e deverá ser desdobrado em volumes limitados ao máximo de duzentas páginas.
Art. 12. Sempre que o documento a ser juntado ao processo justificar sua disposição à parte dos autos
principais, por razões de conveniência para a organização, ou determinação normativa, deverão ser constituídos
anexos ao processo.
§ 1º Por razões de conveniência para a organização dos autos, poderão ser formados anexos que integrem
documentos pertinentes a defesa, audiência, diligência, inspeção.
§ 2º Aos anexos aplicam-se as mesmas regras de organização para os autos principais, incluído o desdobramento
em volumes.”
Na composição do volume principal do processo (caput), deve constar: a portaria de
designação dos analistas (cadastrada no Sistema Fiscalis) responsáveis pela auditoria, o respectivo
relatório de auditoria e os pareceres do Diretor e Titular da Unidade Técnica competente.
Quando o analista, durante uma auditoria, constatar alguma impropriedade,
irregularidade ou ilegalidade nos procedimentos adotados pelo órgão auditado, deverá
necessariamente juntar ao processo cópias dos documentos que as comprovem. Caso a
impropriedade, irregularidade ou ilegalidade seja relativa à inexistência de documento exigido
pela legislação, é recomendável que a equipe obtenha do responsável, durante a auditoria, uma
declaração da inexistência do referido documento para juntá-la ao processo.
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ASSUNTO: OBRAS PÚBLICAS DE BARRAGENS PÁGINA: 38
ITEM: GLOSSÁRIO
A seguir, relacionamos uma lista de documentos, dentre outros, que, de acordo com as
impropriedades, irregularidades ou ilegalidades detectadas na auditoria, deverão ter suas cópias
juntadas ao processo.
projeto básico, com orçamento detalhado;
projeto executivo;
EIA , RIMA e licença ambiental;
documentação relativa ao processo licitatório, especialmente a proposta da contratada;
documentação relativa ao convênio;
contrato e seus termos aditivos;
anotação de Responsabilidade Técnica - ART, dos projetos e da obra;
cronograma físico-financeiro;
diário de ocorrências (ou de obras);
relatórios e pareceres técnicos;
laudos de verificação;
relatórios de medições;
notas fiscais, notas de empenho, notas de liquidação e ordens bancárias;
termos de recebimento (provisório e definitivo);
alvará de construção;
legislação local aplicável (municipal/estadual).
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ASSUNTO: OBRAS PÚBLICAS DE BARRAGENS PÁGINA: 39
ITEM: GLOSSÁRIO
3. GLOSSÁRIO
AÇUDE
Fechamento de vale destinado ao armazenamento de água das chuvas ou à regularização do
fluxo de cursos d’água intermitentes (perenização de rios).
Comparar com BARRAGEM, DIQUE e REPRESA.
ADENSAMENTO
Redução progressiva do volume de uma massa de solo sob o efeito de seu próprio peso ou do
acréscimo de pressão externa, em três estágios sucessivos: inicial, primário e secundário. A
redução se faz à custa do volume de vazios com a conseqüente expulsão de ar e água.
Ver também COMPACATAÇÃO.
ADITIVO
Produto artificial ou natural adicionado a concretos, caldas ou argamassas de injeção, em
pequenas porcentagens, com o objetivo de alterar uma ou mais de suas propriedades.
ADUFAS
Estruturas existentes nos maciços de algumas barragens, à semelhança de janelas, que
permitem a passagem da água durante a construção de outro trecho da barragem. Quando é
utilizado esse processo, providencia-se, inicialmente, a redução da largura do rio, por meio da
construção de ensecadeiras. Em seguida, na parte seca do leito do rio, constrói-se parte do maciço
da barragem, contendo as adufas. Em seguida, inverte-se o bloqueio do rio, isolando-se a outra
parte do leito e fazendo-se com que a água passe pelas adufas. Ao final da construção, as adufas
são fechadas com a utilização de comportas.
AFLORAMENTO
Qualquer exposição de rochas ou solos na superfície da Terra. Podem ser naturais (escarpas,
lajeados) ou artificiais (em superfícies de escavação).
ANÁLISE GRANULOMÉTRICA
Processo para determinar a distribuição granulométrica de um solo, isto é, separação de um
solo em diversas frações formadas cada uma por grãos com determinadas dimensões.
ANCORAGEM
Processo pelo qual é possível consolidar-se porções de maciços de solo ou rocha, bem como
melhorar a união de obras de engenharia aos seus maciços de apoio, por meio de barras de união,
atirantadas ou não, ou de cabos de aço protendidos.
AQÜÍFERO
Formação geológica capaz de armazenar e transmitir água em quantidades apreciáveis.
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ASSUNTO: OBRAS PÚBLICAS DE BARRAGENS PÁGINA: 40
ITEM: GLOSSÁRIO
AREIA
Solo sem coesão, formado por minerais ou partículas de rochas cujos diâmetros máximos e
mínimos são respectivamente da ordem de 4,76 e 0,075 mm.
AREIA ARTIFICIAL
Areia resultante da britagem de rocha. Pó de brita.
ARGAMASSA
Mistura de cimento, areia e água. É definida pelas relações areia/cimento e água/cimento.
Usada em geral para injeção de maciços com vazios de dimensões iguais ou superiores a três
vezes o diâmetro máximo das partículas da areia utilizada.
ARGILA
Solo de granulação muito fina (menor que 0,002 mm) ou a parte de granulação muito fina de
um solo. Apresenta características marcantes de plasticidade dentro de uma certa faixa de teores
de umidade. É normalmente compactada para uso em núcleos impermeáveis de barragens.
ART
Significa Anotação de Responsabilidade Técnica. É o registro que se faz, no Conselho
Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA) local, previamente à execução de
quaisquer serviços de engenharia, tais como projetos, perícias, avaliações, consultorias, sondagens
e a execução da obra propriamente dita. É ela que vincula o engenheiro responsável técnico ao
trabalho por ele prestado, pelo qual passa a responder na eventualidade de que algum erro técnico
seja detectado. Uma das vias da ART deve, obrigatoriamente, permanecer no local da construção,
à disposição da fiscalização do CREA, e deve conter o nome e número de registro de todos os
responsáveis por cada etapa da obra (sondagem, projetos, construção, etc.).
AS BUILT
Ver referência em PROJETO EXECUTIVO.
ASCENSÃO CAPILAR
Altura atingida por uma coluna de água num tubo capilar, acima do nível d’água fora do tubo.
Nos solos, significa a elevação da água acima do nível freático.
Ver também CAPILARIDADE.
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ASSUNTO: OBRAS PÚBLICAS DE BARRAGENS PÁGINA: 41
ITEM: GLOSSÁRIO
ASSOREAMENTO
Acúmulo de solo causado por enchentes ou por construções. Enchimento de reservatórios
imediatamente a montante do barramento de fluxo fluvial, por partículas finas que variam desde
argila coloidal até areia.
BANCADA
Forma geométrica dos taludes nas escavações a céu aberto com diferentes níveis, semelhantes
a degraus de uma escada.
BARRAGEM
Vide conceitos no item 2.1.5.
Comparar com AÇUDE, DIQUE e REPRESA.
BETUME
Mistura asfáltica constituída de hidrocarbonetos naturais utilizada em impermeabilizações
superficiais.
BERMA
Plataforma horizontal executada no talude de jusante da barragem, destinada a possibilitar a
manutenção e o acesso a cabines de instrumentação.
BORDA LIVRE
Porção do talude de montante situada entre o nível máximo do reservatório e a crista da
barragem. Precisa ser protegida contra os efeitos das ondas.
Ver Figura 1, item 2.1.5.1.
Ver também RIP-RAP.
BRITAGEM
Fragmentação mecânica de uma rocha, industrialmente realizada em britadores, com o
objetivo de reduzir as dimensões até tamanhos não inferiores a 1 cm (abaixo desse tamanho, a
fragmentação denomina-se moagem).
CALDA DE INJEÇÃO
No sentido amplo, é qualquer fluido destinado a injeção de maciços. Usualmente, o termo é
empregado para designar calda de cimento utilizada em impermeabilização.
CÂMARA DE CARGA
Tribunal de Contas da União ROTEIRO DE AUDITORIA
ASSUNTO: OBRAS PÚBLICAS DE BARRAGENS PÁGINA: 42
ITEM: GLOSSÁRIO
CÂMARA DE EQUILÍBRIO
O mesmo que CHAMINÉ DE EQUILÍBRIO.
CANAL DE ADUÇÃO
Canalização a céu aberto destinada a conduzir a água do reservatório até a câmara de carga e a
tomada d’água. A escolha da seção típica mais adequada para o canal vai depender das condições
topográficas e geológico-geotécnicas da ombreira em cada local onde o canal será implantado.
Poderão ser adotados canais trapezoidais, em solo, ou retangulares, em rocha, com ou sem
revestimento. Em muitos casos, a tomada d’água situa-se no próprio maciço da barragem,
tornando desnecessária a utilização de canal de adução. Essa denominação é aplicável também a
qualquer interferência promovida no fundo ou laterais do reservatório com o objetivo de
direcionar o fluxo de água para a tomada d’água.
CANAL DE FUGA
Situado a jusante do tubo de sucção, entre a casa de força e o rio, é o canal através do qual a
vazão turbinada é restituída ao rio. Sua função é permitir a dissipação da energia cinética
porventura ainda existente, de modo a evitar erosão do leito e das margens do rio.
CANAL DE RESTITUIÇÃO
Situado a jusante do canal ou túnel de fuga, é o canal através do qual a vazão turbinada é
restituída em baixa velocidade ao rio.
CAPACIDADE DE CARGA
Valor da pressão que produz a ruptura de um solo de fundação quando submetido a um
carregamento aplicado em área limitada.
CAPILARIDADE
Propriedade pela qual a água intersticial de um solo alcança pontos situados acima do nível
freático. Esse fenômeno está relacionado às tensões capilares e sua intensidade aumenta em
função da diminuição do índice de vazios.
Ver também ASCENSÃO CAPILAR.
CARGA DE TRABALHO
Tribunal de Contas da União ROTEIRO DE AUDITORIA
ASSUNTO: OBRAS PÚBLICAS DE BARRAGENS PÁGINA: 43
ITEM: GLOSSÁRIO
Carga que pode ser aplicada com segurança a um solo de fundação, conduzindo ao mesmo
tempo a recalques compatíveis com a superestrutura ou mantidos dentro de limites previamente
estabelecidos.
CASA DE FORÇA
Edificação que abriga os equipamentos necessários à geração de energia elétrica (turbinas,
geradores, etc) e seus auxiliares, imprescindíveis à operação e manutenção do sistema.
Geralmente, os transformadores e a subestação localizam-se nas imediações da casa de força.
CASCALHO
Depósito natural de fragmentos de rochas arredondados e inconsolidados. Consiste
predominantemente de partículas maiores que areia.
CHAMINÉ DE EQUILÍBRIO
Reservatório cilíndrico semelhante a uma caixa d’água, normalmente posicionado no final da
tubulação de adução de baixa pressão e a montante do conduto forçado, com as seguintes
finalidades:
• Deve ser instalada o mais próximo possível da casa de força, para reduzir
o comprimento do conduto forçado e diminuir os efeitos do golpe de aríete.
CIMENTO
Em sentido amplo, todo e qualquer material susceptível de adquirir certa rigidez após
moldado, podendo ser utilizado como ligante de outros materiais ou servir de material de
enchimento de vazios.
CIMENTO PORTLAND
Tipo de cimento hidráulico constituído fundamentalmente por óxidos de cálcio, alumínio,
silício e ferro. Após a hidratação, tais óxidos transformam-se em silicatos, dando rigidez e
resistência ao conjunto. Cimento comum.
CISALHAMENTO
Fraturação ou tendência à fraturação de uma rocha por ação de esforços cisalhantes, isto é, de
dois esforços paralelos não alinhados e em sentidos opostos. Esse fenômeno pode ser produzido
artificialmente por ensaios de laboratório, ou ocorrer naturalmente, quando tensões fraturam e
movimentam as rochas da crosta terrestre.
COESÃO
Tribunal de Contas da União ROTEIRO DE AUDITORIA
ASSUNTO: OBRAS PÚBLICAS DE BARRAGENS PÁGINA: 44
ITEM: GLOSSÁRIO
COMPACTAÇÃO
Adensamento de um solo por meios mecânicos, visando melhorar suas características
geomecânicas.
Para determinação experimental da correlação entre a massa específica aparente seca de um
aterro, sua umidade, e a energia utilizada para a compactação do mesmo, utiliza-se o chamado
“ensaio normal de compactação”, idealizado por Proctor. Por esse ensaio, chega-se à conclusão de
que há uma umidade ótima para compactar o solo, para cada energia de compactação (peso do
rolo compressor e n.º de passadas por camadas). A essa umidade corresponderá uma densidade
máxima do solo atingida pela sua compactação. Se, na execução da compactação, a umidade for
maior ou menor que a ótima, o solo não atingirá o grau de compactação (densidade) desejado.
Portanto, quando da construção do núcleo argiloso da barragem, para cada camada de solo
compactado (aproximadamente 20 cm de altura) são feitos ensaios de compactação. A camada
que não atinge a densidade desejada deve ser removida e descartada.
Os equipamentos modernos utilizam pesos cada vez maiores permitindo obter no campo
densidades mais altas. Isto exigiu a modificação do ensaio normal de compactação. Hoje, além do
“Proctor Normal”, podem ser utilizados o “Proctor Intermediário” e o "Proctor Modificado".
Nesses ensaios, a densidade máxima é crescente, a partir da utilização de energia de compactação
(peso do equipamento e número de passadas) também crescente. Entretanto, a adoção de padrão
diferente do Proctor Normal exige a utilização de sistemática de controle tecnológico muito mais
eficiente. Na prática, o Proctor Intermediário e o Modificado são adotados apenas em projetos
com características especiais ou por empreiteiras de grande porte, detentoras de equipamentos
modernos e laboratórios de controle tecnológico bem aparelhados.
COMPRESSIBILIDADE
Propriedade de um solo relativa a sua susceptibilidade de diminuir de volume sob o efeito da
aplicação de uma carga.
Ver também COMPACTAÇÃO.
CONCRETO DE REGULARIZAÇÃO
Concreto magro (sem ferragem) utilizado com o objetivo de anular superescavações e permitir
a uniformização da superfície da fundação.
CONCRETO DENTAL
Mistura de cimento, areia e pedra (concreto magro) utilizada no preenchimento de pequenos
bolsões e fendas e na regularização de taludes de rocha no sentido de uniformizar a superfície da
fundação.
CONCRETO PROJETADO
Mistura de cimento e agregado de até 2,5 cm de diâmetro que é lançada sob pressão para os
tetos e paredes de escavações, com o objetivo de incrementar a capacidade de auto-sustentação do
maciço, e ainda de impermeabilização ou proteção à erosão.
Tribunal de Contas da União ROTEIRO DE AUDITORIA
ASSUNTO: OBRAS PÚBLICAS DE BARRAGENS PÁGINA: 45
ITEM: GLOSSÁRIO
CONDUTO FORÇADO
Tubulação de alta pressão situada entre a chaminé de equilíbrio e a casa de força. Construído
em aço ou concreto, tem inclinação de até 45° e, em função da dimensão da queda, permite o
escoamento da água em grande velocidade e com baixos níveis de atrito, de modo a maximizar a
rotação das turbinas e a conseqüente geração de energia elétrica. Em algumas barragens, o projeto
prevê a construção de conduto forçado embutido em concreto ou rocha (túnel), com ou sem
camisa de aço. Constitui um dos itens mais expressivos da planilha orçamentária de uma
obra de barragem em termos de custo.
CORPO DE PROVA
Amostra de material para ser submetida a ensaios mecânicos destinados à medição das suas
propriedades, e possuindo geometria adequada ao tipo de ensaio a realizar.
CORTINA ATIRANTADA
Laje ou conjunto de lajes justapostas e ancoradas utilizadas na contenção de taludes.
CORTINA DE ESTACAS-PRANCHAS
Sistema de contenção das paredes verticais de uma escavação obtida pela cravação contínua
de tábuas de madeira ou perfilados metálicos justapostos lateralmente ao longo do corpo a ser
praticado.
CORTINA DE INJEÇÕES
Porção de um maciço perfurada por um conjunto de furos dispostos em uma ou mais linhas,
nos quais se injetam substâncias com a finalidade de diminuir a permeabilidade do maciço.
Ver Figura 7 no item 2.2.6.2, alínea C.
Ver também INJEÇÃO.
CRISTA DA BARRAGEM
Linha que une os pontos mais altos do maciço da barragem. Para todas os tipos de barragem
de terra, a largura mínima da crista deverá ser de 3,0 m. Se a barragem for utilizada como estrada,
a largura mínima será de 6,0 m. Nas barragens vertedouras, o enchimento total do reservatório
ocasiona o escoamento da água por sobre a crista. Nos demais casos, a água nunca deverá passar
por sobre a crista, mas, ao contrário, as cheias do rio devem ser administradas mediante a abertura
das comportas do vertedouro, mantendo-se uma borda livre entre o nível máximo do reservatório
e a crista.
Ver Figura 1 no item 2.1.5.1.
CROSS-HOLE
Técnica da “sísmica de refração” que consiste em captar em um ou mais furos de sondagem
ondas geradas por uma fonte colocada em um outro furo. A velocidade de propagação das ondas
dá indícios da ocorrência de vazios (cavernas) ou de veios de rochas ou solos menos resistentes.
Ver também SÍSMICA DE REFRAÇÃO.
Tribunal de Contas da União ROTEIRO DE AUDITORIA
ASSUNTO: OBRAS PÚBLICAS DE BARRAGENS PÁGINA: 46
ITEM: GLOSSÁRIO
CUT-OFF
Técnica utilizada em tratamento de fundações de barragens, que consiste na escavação de uma
vala ao longo de todo o eixo da barragem (exceto onde for necessário tratamento de fundação em
rocha), e preenchimento com solo compactado. Essa solução tem sido mais intensamente utilizada
em vista da evolução dos equipamentos de terraplanagem, que a têm tornado mais econômica para
profundidades cada vez maiores. Têm profundidade de até 0,30 vezes a altura da barragem ,
limitadas a 35 m. Profundiades de até 25 a 30 metros são, hoje, perfeitamente razoáveis. Em
barragens de enrocamento com núcleo de argila, o cut off deverá estar, obrigatoriamente, sob toda
a base do núcleo impermeável.
Ver Figura 7 no item 2.2.6.2, alínea C.
DATA-BASE
É a data a que se referem os preços utilizados na elaboração do orçamento detalhado constante
do projeto básico.
DESCARGA AMBIENTAL
Vazão mínima que deve ser assegurada a jusante do barramento tanto durante o enchimento
do reservatório quanto ao longo da vida útil da barragem, com o objetivo de minimizar as
alterações nas condições ambientais locais e da bacia hidrográfica.
DESCARGA DE FUNDO
Túnel ou conduto existente no fundo do reservatório, acionado eventualmente, com o objetivo
de permitir o escoamento de partículas de solo transportadas pelo curso d’água e represadas pela
barragem (assoreamento). É usual em projetos de barragens situadas em trechos de rios onde o
transporte de material arenoso é intenso. Das grandes barragens brasileiras, apenas a de
Sobradinho apresenta esse dispositivo.
DESVIO DO RIO
Canal ou túnel provisório destinado a desviar o fluxo, possibilitando a drenagem do local do
barramento e a construção da barragem. É fechado ao final da obra, de modo a permitir o
enchimento do reservatório.
Ver também TÚNEL DE DESVIO.
DIQUE
Estrutura de fechamento de vale destinada a impedir o escoamento da água de reservatório
formado a partir da construção de uma barragem. Os diques são barramentos que não possuem
estrutura de controle de vazão (vertedouro).
Comparar com AÇUDE, BARRAGEM e REPRESA.
DRENO
Em sua concepção mais simples, constitui-se de um furo, preenchido ou não com areia,
destinado a coletar a água e conduzi-la para o local de esgotamento.
Tribunal de Contas da União ROTEIRO DE AUDITORIA
ASSUNTO: OBRAS PÚBLICAS DE BARRAGENS PÁGINA: 47
ITEM: GLOSSÁRIO
DRENO DE PÉ
Elemento drenante localizado na base do talude de jusante da barragem, destinado a impedir a
acumulação de água e o conseqüente processo erosivo.
Ver Figura 1 no item 2.1.5.1.
EMPOLAMENTO
Aumento de volume que sofre determinado material rochoso ao passar do estado intacto para
o fragmentado. Nas escavações de solos ou rochas, por exemplo, o volume de material
transportado é maior do que o escavado, em virtude do empolamento.
ENROCAMENTO
Técnica utilizada na construção de barragens, que consiste na superposição de pedregulhos
encaixados, de modo a formar uma barreira capaz de interromper o fluxo d’água. No
enrocamento, o índice de vazios é elevado, o que o torna permeável. É necessário, portanto,
combinar essa técnica com a construção de um núcleo de argila compactada impermeável
(barragem mista) ou com a execução de uma face de concreto impermeável sobre o talude de
montante.
ENSECADEIRA
Barreira de terra e pedregulhos destinada a impedir a passagem da água por um trecho do leito
do rio, no qual será edificada a barragem. Após liberado o percurso que servirá de desvio do rio,
são concluídas as ensecadeiras a montante e a jusante do local do barramento.
ESPECIFICAÇÕES
É o conjunto de descrições das características que cada material de uma obra ou serviço
deverá apresentar. Não se pode incluir na licitação bens e serviços sem similaridade ou de marcas,
características e especificações exclusivas (exceto se tecnicamente justificável).
ESQUEMA DE FOGO
ESTUDO DE VIABILIDADE
É uma das etapas essenciais do planejamento de uma obra de barragem. Nessa fase são
estudadas todas as alternativas ao empreendimento (inclusive possibilidades de execução do
barramento em outros pontos do rio ou construção de várias barragens em seqüência) e
selecionada aquela que resulte na melhor relação benefício/custo.
FACE DE CONCRETO
Laje inclinada apoiada sobre o talude de montante de barragem de enrocamento, cujo objetivo
é impermeabilizar o barramento.
fck
É um índice utilizado para designar a resistência característica, ou de projeto, do concreto.
Normalmente são utilizados valores entre 15 MPa (ou 150 Kgf/cm 2), para edificações mais
simples, e 20 MPa (ou 200 Kgf/cm2), para obras de maior porte. A cada concretagem efetuada na
obra, devem ser moldados corpos de prova de concreto, que serão posteriormente rompidos em
laboratório para aferição de sua resistência. Atualmente há uma tendência em se especificar
estruturas com fck mais elevado (30 a 40 Mpa).
FILTRO
FRATURA
Quebras em rochas resultantes de intenso dobramento ou falhamento. Descontinuidade do
maciço rochoso.
FUNDAÇÃO
As barragens são constituídas de fundação e maciço. A fundação consiste, portanto, na infra-
estrutura da barragem, ou seja, a parte da barragem que está no nível do terreno natural (ou fundo
do leito do rio) ou abaixo dele. O termo também é utilizado para denominar o próprio solo ou
rocha onde a barragem é apoiada.
Ver também TRATAMENTO DE FUNDAÇÕES.
INJEÇÃO
Introdução de determinadas substâncias aglomerantes numa estrutura ou num maciço rochoso,
com a finalidade de impermeabilizar ou consolidar a zona injetada.
Ver também CORTINA DE INJEÇÕES.
INSTRUMENTAÇÃO
Tribunal de Contas da União ROTEIRO DE AUDITORIA
ASSUNTO: OBRAS PÚBLICAS DE BARRAGENS PÁGINA: 49
ITEM: GLOSSÁRIO
JUNTAS
Seções de contato entre diferentes elementos da estrutura da barragem, como por exemplo,
entre a face de concreto e o plinto. O termo também é aplicável às frestas deixadas entre
elementos de concreto com o objetivo de evitar que sua dilatação por variações de temperatura
provoque o colapso da estrutura. Todas as juntas são preenchidas por material plástico
impermeável.
JUSANTE
Região situada após o barramento, tomando-se como referência o sentido do fluxo do rio.
LEVANTAMENTOS AEROFOTOGRAMÉTRICOS
Método utilizado na observação aérea de uma região. A área é coberta por diversas fotografias
sucessivas tiradas durante sobrevôo em avião fretado, de modo a haver certa sobreposição entre as
fotos. Quando observadas com a utilização de instrumento óptico específico, as fotos permitem a
visualização em três dimensões.
LEVANTAMENTOS TOPOBATIMÉTRICOS
Para o projeto de uma barragem, serão necessários levantamentos topográficos de precisão,
listados a seguir, os quais devem ser realizados de acordo com a Norma NBR 13133, da ABNT:
• determinação da queda natural no local;
• planialtimétricos das áreas de implantação das estruturas previstas;
• planialtimétricos das áreas de empréstimo de solo, jazidas de areia e
cascalho e pedreiras;
Tribunal de Contas da União ROTEIRO DE AUDITORIA
ASSUNTO: OBRAS PÚBLICAS DE BARRAGENS PÁGINA: 50
ITEM: GLOSSÁRIO
LICENÇA AMBIENTAL
De acordo com o art. 2º da Resolução CONAMA nº 237/97 (que regulamenta o art. 10 da Lei
da Lei nº 6.938/81), "a localização, construção, instalação, ampliação, modificação e operação de
empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais consideradas efetiva ou
potencialmente poluidoras, bem como os empreendimentos capazes, sob qualquer forma, de
causar degradação ambiental, dependerão de prévio licenciamento do órgão ambiental
competente, sem prejuízo de outras licenças legalmente exigíveis." Esta resolução estabelece, no
§ 1º do art. 2º, que estão sujeitos ao licenciamento ambiental os empreendimentos e as atividades
relacionadas em seu Anexo I. Entre eles, encontram-se as barragens.
A licença ambiental é fornecida pelo Órgão Ambiental Estadual, pelo Instituto Brasileiro do
Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis – IBAMA, ou pelo Órgão Ambiental Municipal.
Nesse último caso, devem ser ouvidos, quando couber, os órgãos competentes da União e do
Estado/ DF onde se situa o município em que se localiza o empreendimento.
LIMNOLOGIA
Estudo dos fenômenos físicos e biológicos relativos ao lago que será gerado a partir do
barramento.
LIMPEZA DE FUNDAÇÃO
Método de tratamento de fundação em rocha, que consiste na remoção manual de pedras
soltas e outras impurezas e na aplicação de jatos de ar e água para limpar a rocha da fundação, de
modo a melhorar a aderência do maciço à fundação.
MACIÇO DA BARRAGEM
As barragens são constituídas de fundação e maciço. O maciço consiste, portanto, na própria
superestrutura da barragem, ou seja, a parte da barragem que está sobre a fundação.
MACIÇO ROCHOSO
Tribunal de Contas da União ROTEIRO DE AUDITORIA
ASSUNTO: OBRAS PÚBLICAS DE BARRAGENS PÁGINA: 51
ITEM: GLOSSÁRIO
MONTANTE
Região situada antes do barramento, tomando-se como referência o sentido do fluxo do rio.
NÚCLEO DA BARRAGEM
Porção de argila impermeável em uma barragem do tipo mista ou do tipo zonada.
OBRA
São as construções, reformas, fabricações, recuperações ou ampliações, realizadas por
execução direta ou indireta.
OMBREIRAS
Encostas entre as quais é construída a barragem. A estrutura da barragem apóia-se no solo
(fundação) e, lateralmente, nas ombreiras.
PALEOCANAL
Canal fluvial anterior ao atual leito do rio, que foi preenchido por sedimentação. Essa região
pode ter resistência e permeabilidade diferentes do restante da fundação, exigindo medidas
específicas durante a construção. O paleocanal, muitas vezes, pode ser descoberto ainda na fase de
elaboração do projeto básico, mediante a execução de sondagens com base em sísmicas de
refração.
PAREDE-DIAFRAGMA
Estrutura planar situada verticalmente nas fundações de uma obra hidráulica ou no contorno
de uma escavação com a finalidade de impermeabilização. Nas fundações de barragens, esse
método consiste em preencher com concreto plástico uma trincheira, aberta com utilização de
lama bentonítica. São, em geral, executadas em painéis com 5 m de comprimento, em espessuras
de 0,50 a 1,50 m, e podem atingir profundidades próximas a 60 m.
PEDOLOGIA
Estudo das características físicas, químicas e biológicas dos solos.
PEGA
PERCOLAÇÃO
Movimento da água livre através de um solo, ou meio poroso, de um modo mais geral.
PIÇARRA
Termo usado para indicar material semidecomposto de granito ou gnaisse e, às vêzes, de outras
rochas, mas que conserva ainda sua textura e uma certa consistência. É extensivo ao caso análogo
das rochas sedimentares. Assim, o cascalho grosso sedimentar é também chamado piçarra.
PIPING
Movimento de partículas de uma massa de solo carreadas por percolação d’água, provocando
a abertura progressiva de canais dentro da massa de solo em sentido contrário ao do fluxo d’água,
razão pela qual o fenômeno é também conhecido como erosão regressiva ou erosão interna.
Constitui a principal causa do rompimento de barragens de terra.
PLANO DE FOGO
PLINTO
PROCTOR
Ver referência em COMPACTAÇÃO.
PROJETO BÁSICO
De acordo com a Lei nº 8.666/93, é o conjunto de elementos necessários e suficientes, com
nível de precisão adequado, para caracterizar a obra ou serviço, elaborado com base nas
indicações dos estudos técnicos preliminares, que assegurem a viabilidade técnica e o adequado
tratamento do impacto ambiental do empreendimento, e que possibilite a avaliação do custo da
obra e a definição dos métodos e prazo de execução.
Deve ser aprovado pela autoridade competente (que vem a ser o gestor do órgão contratante)
ou por aquela que tenha recebido tal delegação.
Conforme a Resolução Confea 361/91, o Projeto Básico deve desenvolver a alternativa
escolhida, viável técnica, econômica e ambientalmente, identificar os elementos constituintes e o
desempenho esperado da obra, adotar soluções técnicas de modo a minimizar reformulações ou
ajustes acentuados durante a execução, especificar todos os serviços a executar, materiais e
Tribunal de Contas da União ROTEIRO DE AUDITORIA
ASSUNTO: OBRAS PÚBLICAS DE BARRAGENS PÁGINA: 53
ITEM: GLOSSÁRIO
PROJETO EXECUTIVO
Conjunto dos elementos necessários e suficientes à execução completa da obra, de acordo com
as normas pertinentes da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT (ver relação de
normas em anexo). Pode ser desenvolvido concomitantemente com a execução das obras, desde
que autorizado pela Administração. Em barragens, geralmente o contrato inclui, na caracterização
do projeto executivo, a necessidade de elaboração do projeto as built, que é a representação de
cada detalhe da obra conforme foi executado. O as built será útil, no futuro, para orientar qualquer
intervenção necessária na barragem, ou mesmo para trabalhos de auditoria em obras concluídas.
QUEDA LÍQUIDA
Altura da coluna d’água entre a tomada d’água e as turbinas, descontadas as perdas de pressão
nos tubos.
REGULARIZAÇÃO DE FUNDAÇÃO
Método de tratamento de fundação em rocha, que consiste em eliminar taludes negativos
(cortes em rocha), preencher depressões e cavernas com concreto dental e nivelar a fundação com
utilização de concreto de regularização.
Ver também TRATAMENTO DE FUNDAÇÕES EM ROCHA.
REPRESA
Termo genérico utilizado para designar estruturas que visam à formação de um reservatório de
água, para qualquer fim.
Comparar com AÇUDE, BARRAGEM e DIQUE.
RESERVATÓRIO
Lago formado em função da barragem.
RIP-RAP
Proteção de talude feita de enrocamento. É usual na borda livre dos taludes de montante (entre
o nível máximo do reservatório e a crista), a fim de neutralizar o efeito das ondas.
Ver Figura 2 no item 2.1.5.1.
SILTE
Solo de granulação fina (entre 0,002 e 0,075 mm) ou parte de granulação fina de um solo, de
plasticidade nula ou muito baixa.
SÍSMICA DE REFRAÇÃO
Método sísmico que estuda os trajetos das ondas elásticas que, a partir do ponto de tiro, alcançam
os geofones diretamente ou se refratam em interfaces geológicas situadas a diferentes
profundidades. A sísmica de refração é utilizada largamente na Geologia de Engenharia,
principalmente na determinação de espessuras de solos, profundidade de rochas e na avaliação do
grau de escarificabilidade desses materiais. Pode ser, ainda, utilizada, mas com algumas
limitações para determinação dos valores de velocidade de propagação das ondas longitudinais
(Vp) e das ondas transversais (Vs). A técnica de sísmica de refração consiste em captar na
superfície ondas refratadas em profundidade em interfácies de meios que possuam velocidades de
propagação de ondas com valores contrastantes e que o material inferior tenha velocidade maior
que o material a ela sobreposto.
SPT
Ensaio de penetração padronizado executado durante uma sondagem a percussão, em que se
visa obter índices de resistência a penetração do solo. Consiste na cravação de amostrador de solo
Tribunal de Contas da União ROTEIRO DE AUDITORIA
ASSUNTO: OBRAS PÚBLICAS DE BARRAGENS PÁGINA: 55
ITEM: GLOSSÁRIO
de dimensões padronizadas, por meio de golpes sucessivos de um peso de 65kgf em que da livre,
de uma altura padrão de 75 cm. Trata-se do ensaio mais utilizado para determinação da resistência
de solos em todas as obras de engenharia. No caso de barragens, recomenda-se também a adoção
de sísmica de refração.
TALUDE
Plano inclinado do maciço da barragem. As barragens têm o talude de montante, que fica em
contato com a água do reservatório, e o de jusante, que permanece visível e deve ser protegido
contra erosão.
TAPETE DRENANTE
Dreno horizontal que liga o filtro ao pé do talude de jusante, possibilitando o escoamento da
água captada.
TOMADA D’ÁGUA
Dispositivo através do qual a água do reservatório e captada e direcionada pela tubulação de
adução e pelo conduto forçado até as turbinas localizadas na casa de força.
TRANSIÇÕES
Camadas verticais de materiais de granulações decrescentes, situadas entre o enrocamento e o
núcleo de argila impermeável, com o objetivo de impedir o carreamento do material mais fino
para os vazios do material de granulação maior.
Ver Figuras 3 e 5 do item 2.1.5.1.
TRATAMENTO DE SUPERFÍCIE
TRATAMENTO DE FUNDAÇÕES
Normalmente, o tratamento consiste nas operações de limpeza manual e/ou com jatos de ar e
água, drenagem, preenchimento de cavernas e depressões com concreto dental, regularização da
superfície, eliminação de taludes negativos e execução de cortinas de injeções.
TÚNEL DE ADUÇÃO
Estrutura utilizada para adução quando a casa de força não é incorporada ao barramento.
TÚNEL DE DESVIO
Desvio de rio executado por meio de túnel.
TÚNEL DE FUGA
Situado a jusante do túnel de sucção, entre a casa de força e o rio, é o túnel através do qual a
vazão turbinada é restituída ao rio. Sua função é permitir a dissipação da energia cinética
porventura ainda existente, de modo a evitar erosão do leito e das margens do rio.
Tribunal de Contas da União ROTEIRO DE AUDITORIA
ASSUNTO: OBRAS PÚBLICAS DE BARRAGENS PÁGINA: 57
ITEM: GLOSSÁRIO
TÚNEL DE SUCÇÃO
Situado na saída da turbina, entre esta e o túnel ou canal de fuga, é o túnel através do qual a
água é sugada para fora da turbina.
VERTEDOURO
vertedouro
crista
tomada d’água
condutos
forçados
talude de
jusante
Tribunal de Contas da União ROTEIRO DE AUDITORIA
ASSUNTO: OBRAS PÚBLICAS DE BARRAGENS PÁGINA: 58
ITEM: GLOSSÁRIO
casa de
força
4. APÊNDICES
4.1 LEGISLAÇÃO
Este Decreto autoriza a formação de consórcios para geração de energia elétrica para
Autoprodução.
• Estas mesmas PCHs contam ainda com redução mínima de 50%, para as tarifas de uso
dos sistemas elétricos de transmissão e distribuição. As novas PCHs estão também isentas do
pagamento da compensação financeira, aos Estados e Municípios, pelo uso dos recursos hídricos.
No caso de sistemas isolados elas contam ainda com a possibilidade de uso dos recursos da CCC,
quando promoverem a substituição da geração termelétrica que utiliza derivados de petróleo.
• A Lei 9.468 e as Resoluções ANEEL 393, 394 e 395 definem, ainda, restrições e/ou
facilidades em termos de condições determinadas para concessão, permissão ou autorização de
exploração, em função da natureza do empreendimento e da faixa de potência conforme resumido
a seguir:
Tribunal de Contas da União ROTEIRO DE AUDITORIA
ASSUNTO: OBRAS PÚBLICAS DE BARRAGENS PÁGINA: 64
ITEM: GLOSSÁRIO
♦ SERVIÇO PÚBLICO
Hidrelétrica - até 1 MW: - só registro; de 1 MW até 30 MW, com área inundada menor ou
igual a 3 km2 - autorização; acima de 30 MW - concessão por licitação.
6 – Desenhos
NBR – 6492/80 – Execução de desenhos de arquitetura - Procedimento
NBR – 7191/82 – Execução de desenho para obras de concreto – Concreto simples e
armado - Procedimento
NB – 8 – Norma geral de desenho técnico
Tribunal de Contas da União ROTEIRO DE AUDITORIA
ASSUNTO: OBRAS PÚBLICAS DE BARRAGENS PÁGINA: 67
ITEM: GLOSSÁRIO
5. BIBLIOGRAFIA
Manual Eletrobrás – Diretrizes para elaboração de projetos de PCH
Leinz, V.; Leonardos, O.H. (1970) Glossário Geológico, Companhia
Editora Nacional, São Paulo.
Vargas, Milton e outros (1981) –Barragens de Terra e Enrocamento –
Curso de Extensão Universitária, Brasília.
Guerra, A.T. (1972) Dicionário Geológico – Geomorfológico, Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística, Rio de Janeiro.
ABGE (1977) Glossário de Termos Técnicos de Geologia de Engenharia –
Geologia Geral, São Paulo.
Leinz, F.; Amaral, E. de (1977) Geologia Geral, Companhia Editora
Nacional, São Paulo.
Loczy, L. de; Ladeira, E. A. (1976) Geologia Estrutural e Introdução a
Geotectônica, Blucher, São Paulo.
Popp, J. H. (1979) Geologia Geral, Livros Técnicos e Científicos, Editora,
Rio de Janeiro.
Mendes, J. C.; Petri, S. (1971) Geologia do Brasil, Instituto Nacional do
Livro, Rio de Janeiro.
Ricci, M.; Petri, S. (1965) Princípios de Aerofotogrametria e Interpretação
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ASSUNTO: OBRAS PÚBLICAS DE BARRAGENS PÁGINA: 69
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