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TRÊS METAS ESTABELECIDAS PELO PLANO NACIONAL

DE EDUCAÇÃO (2014-2024)

Reflexão

Caio Matheus Caldeira da Silva

O Plano Nacional de Educação (2014-2024) é um documento que


estabelece as principais metas e diretrizes para o desenvolvimento da
educação no Brasil ao longo de uma década. Neste texto, irei escolher três
metas do plano e apresentar minha reflexão e opinião sobre a efetivação,
desenvolvimento e aplicação no país.
A primeira meta que escolho é a meta 1, que busca universalizar, até
2016, a educação infantil na pré-escola para as crianças de 4 a 5 anos de
idade e ampliar a oferta de educação infantil em creches de forma a atender,
no mínimo, 50% das crianças de até 3 anos até o final da vigência deste PNE
(2024).
Acredito que essa é uma meta fundamental para garantir o
desenvolvimento pleno e igualitário das crianças brasileiras. A pré-escola é um
momento crucial na formação educacional, social e emocional das crianças, e é
essencial que todas tenham acesso a essa etapa. Além disso, a ampliação da
oferta de creches é um aspecto importante para garantir que mães e pais
possam trabalhar e cuidar de seus filhos com segurança. Além de garantir o
desenvolvimento básico de cada criança na sua mais nova idade.
No entanto, a efetivação dessa meta é complexa. O Brasil enfrenta
desafios estruturais, como a falta de infraestrutura adequada, a falta de
profissionais qualificados e a falta de recursos financeiros. Além disso, existe
uma desigualdade significativa entre as diferentes regiões do país, o que
dificulta a implementação de políticas públicas abrangentes e eficazes.
É necessário um investimento significativo por parte do governo, além da
colaboração de várias esferas da sociedade, como empresas, ONGs e
comunidades, para garantir que essa meta seja alcançada. É preciso também
desenvolver políticas de formação e capacitação de profissionais da educação,
bem como incentivar a atuação de empresas privadas na construção de
creches e escolas.
A segunda meta que escolho é a meta 3, que determina que até 2024,
no mínimo, 50% dos alunos da educação básica sejam matriculados em tempo
integral.
Considero essa uma meta essencial para melhorar a qualidade da
educação no país. O tempo integral permite que os estudantes tenham acesso
a uma formação mais completa e a oportunidades de desenvolvimento
extracurriculares. Além disso, possibilita aos pais a tranquilidade de saber que
seus filhos estão em um ambiente seguro e propício ao aprendizado enquanto
trabalham. Essas atividades extracurriculares também promovem uma
formação mais integral que engloba todas as áreas do saber como música,
astronomia, robótica entre outras.
No entanto, a implementação dessa meta também enfrenta desafios. A
falta de infraestrutura adequada, especialmente em regiões mais carentes, é
um problema a ser superado. Além disso, é necessário investimento em
capacitação de professores e planejamento pedagógico para garantir que o
tempo integral seja utilizado de forma eficiente e significativa pelos estudantes.
Não existem muitos profissionais disponíveis nas áreas mais afastadas como
Amazônia e Centro-Oeste, algo que prejudicaria muito o desenvolvimento
desta meta.
Para a efetivação dessa meta, é fundamental um aumento significativo
no número de escolas que oferecem educação em tempo integral, bem como
uma revisão dos currículos e das práticas pedagógicas para garantir um ensino
de qualidade nesses períodos prolongados. Além disso, é preciso também que
haja investimento em alimentação escolar adequada e apoio às atividades
extracurriculares para enriquecer a formação dos estudantes.
A terceira meta que escolho é a meta 7, que determina a valorização
dos profissionais da educação, assegurando-lhes formação, remuneração e
condições de trabalho adequadas.
Essa é uma meta fundamental para garantir a qualidade da educação,
pois professores motivados, bem preparados e valorizados têm mais condições
de transmitir conhecimento e estimular o aprendizado dos alunos. É essencial
investir na formação continuada dos professores, na melhoria dos salários e
das condições de trabalho, bem como no reconhecimento da importância
desses profissionais para a sociedade.
No entanto, a valorização dos profissionais da educação enfrenta
diversos desafios. A falta de recursos financeiros, a falta de investimento em
formação continuada e a desvalorização da carreira docente são obstáculos a
serem superados. Além disso, é necessário melhorar a gestão das escolas,
garantir um ambiente de trabalho saudável e oferecer suporte emocional e
pedagógico aos professores.
Para a efetivação dessa meta, é preciso que o governo invista de forma
significativa na educação, direcionando recursos para a formação dos
professores, melhorias nas escolas e na remuneração adequada dos
profissionais. Além disso, é necessário incentivar a valorização da profissão por
meio de campanhas de conscientização e de sensibilização da sociedade.
Em conclusão, o Plano Nacional de Educação (2014-2024) estabelece
metas ambiciosas e necessárias para o desenvolvimento da educação no
Brasil. A efetivação dessas metas requer um esforço conjunto da sociedade e
do governo, além de um investimento significativo em infraestrutura, formação
de professores e valorização dos profissionais da educação. É fundamental
que as metas sejam acompanhadas e cobradas de forma constante, para
garantir que a educação seja prioritária e de qualidade em todo o país.

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