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Efésios 4.

26-27 NTLH
Se vocês ficarem com raiva, não deixem que isso faça com que pequem
e não fiquem o dia inteiro com raiva.
Não deem ao Diabo oportunidade para tentar vocês.

Como vencer os desafios do casamento Ef 4.26-27


Primeiramente, antes de desenvolvermos os passos para vencer os
desafios do casamento, precisamos entender o que é o casamento.
Embora Deus tenha criado o homem e a mulher à Sua imagem e
semelhança no sexto dia (Gn 1.26,27), não os criou no mesmo instante
nem da mesma forma (Gn 2.7,18).

O NT está alinhado com essa informação de que o homem foi criado


primeiro e depois a mulher. Paulo escreve: Porque o homem não foi feito
da mulher, e sim a mulher, do homem. Porque também o homem não foi
criado por causa da mulher, e sim a mulher, por causa do homem (1 Co
11.8,9). E ainda: Porque, primeiro, foi formado Adão, depois, Eva (1 Tm
2.13).

Entre o homem e a mulher há diferença de papéis, mas não de


dignidade e valor. Ambos foram criados à imagem e semelhança de Deus.
Ambos receberam o mandato cultural de Deus. Ambos foram culpados de
desobedecer ao mandamento de Deus. Ambos são objetos da graça
salvadora.

O casamento é o remédio divino para a solidão do homem (Gn


2.18a)
Como o homem foi feito primeiro, recebeu de Deus a tarefa de dar
nome aos animais e cultivar e guardar o Éden. Ele não encontrou nenhum
animal capaz de corresponder a ele física, emocional e espiritualmente,
pois tinha sido criado perfeito, pelo Deus perfeito, colocado por Deus num
lugar perfeito e tendo com Deus perfeita comunhão.
Deus viu que não era bom que o homem permanecesse só, e, então,
cria a mulher e institui o casamento para ser uma fonte de prazer e
felicidade.
O casamento foi idealizado por Deus para ser a antessala do céu, não
o porão do inferno. É ideia de Deus.
O casamento é a mais básica e influente unidade social no mundo.
Deus abençoou o casamento (Gn 1.28)

O casamento é um presente de Deus, não uma iniciativa humana


(Gn 2.18b)
O casamento não nasceu no coração do homem, mas no coração de
Deus, portanto, não é instituição humana, mas divina, pois não foi o
homem que viu a necessidade do casamento, e sim Deus.
O casamento é a expressão do amor de Deus, e não o fruto da
imaginação humana.
O casamento é a pedra fundamental da sociedade humana.

O casamento é uma relação de dois seres que se correspondem


física, emocional e espiritualmente (Gn 2.19,20)
Deus trouxe a Adão todos os animais do campo e todas as aves do
céu para que este lhes desse nomes apropriados (2.19). Adão, dotado de
inteligência descomunal, deu nome a todos os animais domésticos, às aves
dos céus e a todos os animais selváticos, contudo, não encontrou nessa
vasta quantidade de criaturas nenhuma que pudesse ser sua auxiliadora
idônea (2.20). Os animais podem servir ao homem, mas não corresponder
com ele à altura, e nem mesmo os animais de estimação não podem
desenvolver com o homem uma relação suficiente para olhar em seus
olhos e atendê-lo física, emocional e espiritualmente.

Ver e nomear todos os animais despertou em Adão o anseio por um


ser que o completasse e lhe correspondesse. A dádiva dos animais trazia
ajuda para o ser humano, mas não acabava com sua real solidão, visto que
animal nunca poderá se tornar para o ser humano uma ajuda que vá além
do meramente funcional.

Mas por que Deus ordenou Adão a dar nome aos animais antes de
criar a mulher? Para que ele pudesse apreciar e valorizar ainda mais a
mulher.
Adão precisava compreender que a mulher foi feita para o homem; ela
foi feita do homem; ela foi dada ao homem; e o nome dela foi dado pelo
homem.

O casamento é uma cooperação, não uma competição (Gn


2.18b,20b)
A mulher não foi criada para competir com o homem, mas para
cooperar com ele, não para estar acima ou abaixo dele, mas para olhar em
seus olhos, como sua coigual. Em resumo, a mulher foi criada por Deus, do
homem, para o homem.

O casamento é uma parceria, na qual não existe superioridade


nem inferioridade (Gn 2.21,22)
O ser humano precisa adormecer profundamente antes de Deus agir.
Esse sono profundo do ser humano assemelha-se à morte.

O primeiro Adão precisou “morrer” para Deus lhe dar uma noiva; o
segundo Adão, Jesus Cristo, morreu literalmente para salvar a sua noiva.

A mulher é um presente de Deus para o homem, um presente tirado


do próprio homem.

É digno de nota que Deus não tirou a mulher da cabeça do homem,


para governá-lo; nem dos seus pés, para ser por ele subjugada. Deus tirou
a mulher de uma de suas costelas, para estar ao seu lado; debaixo do
braço, para ser por ele amparada; e bem perto do coração, para ser o
centro de seus afetos. Resta claro afirmar que nenhum homem é feliz
escravizando sua mulher, nem pode ser feliz sendo subjugado por ela.

Deus trouxe a mulher ao homem (2.22b). A primeira cerimônia de


casamento acontece no Éden, tendo Deus como o ministro celebrante.
Além disso, é o próprio Deus que leva a mulher ao homem, como um pai
que conduz a noiva ao altar.

Por que os casamentos hoje duram tão pouco? Por que são tão
frágeis?
Poderíamos apontar pelo menos dois fatos importantes: a falta de
consciência e a de consistência, além de muitos outros. O que tem gerado
desafios a serem enfrentados pelos casais.

Em Efésios 4.26-27, o apóstolo Paulo fala sobre dois problemas muito


relevantes.

Fala da ira.

“Quando sentirdes raiva, não pequeis; e não conserveis a vossa


raiva até o pôr do sol; nem deis lugar ao Diabo”.

Há dois tipos de raiva: a justa (Ef 4.26) e a injusta (Ef 4.31).

Se Deus odeia o pecado, seu povo também deve odiá-lo. Se o mal


desperta sua raiva, também deve despertar a nossa (Sl 119.53). Ninguém
deve ficar com raiva a não ser que esteja com raiva da pessoa certa, no
grau certo, na hora certa, pelo propósito certo e no caminho certo.

Paulo qualifica sua expressão permissiva sentirdes raiva com três


negativos:

1. “Não pequeis”. Devemos nos assegurar de que nossa raiva esteja


livre de orgulho, despeito, malícia ou espírito de vingança;

2. “Não conserveis a vossa raiva até o pôr do sol”. Paulo não está
permitindo a você ficar com raiva durante um dia, ele está exortando a não
armazenar a raiva, pois pode virar raiz de amargura;

3. “Nem deis lugar ao Diabo”. O diabo gosta de ficar espreitando as


pessoas zangadas para tirar proveito da situação, como fez com Caim.

Há duas maneiras erradas de lidar com a raiva:


A primeira delas é a ventilação da raiva. Há pessoas que são
explosivas, que atiram estilhaços para todos os lados, ferindo as pessoas
com seu destempero emocional.
A segunda maneira errada de lidar com a raiva é o congelamento
dela. O indivíduo não a joga para fora, mas para dentro. O resultado disso
é a amargura. A solução para o congelamento da raiva e o perdão. É
espremer o pus da ferida até o fim, fazendo uma assepsia da alma, uma
faxina da mente, uma limpeza do coração.
O casamento precisa ter valores bem definidos (Gn 2.24b,25)
Deus institui o casamento e estabelece princípios para governá-lo, e
vale ressaltar que o insucesso de muitos casamentos ocorre sempre que
esses princípios são desobedecidos.
Os casamentos têm sido atacados em quatro áreas: o hedonismo de
nossa geração, a ampla aceitação do adultério, o incentivo e a facilidade
do divórcio, e a legalização do aborto.

Não importa o que os tribunais decretem ou a sociedade permita;


quando se trata de casamento, Deus tem a primeira e terá a última palavra
(Hb 13.4; Ap 22.15). O casamento é a escola do caráter, a principal
academia da vida, onde nosso caráter é forjado, além de ser a mais
eloquente ilustração do relacionamento entre Cristo e a igreja (Ef 5.22-33).

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