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ABSORVEDOR DE ENERGIA: EVITE USAR

 
    

INTRODUÇÃO:

Tudo começou com o avião. Seus primeiros pára-quedas, ao se


abrirem, tinham uma força de frenagem tão grande que, geralmente,
provocavam lesões permanentes. Os pára-quedas evoluiram e
chegou-se a um consenso mundial, válido até hoje, que para não
causar lesão permanente a força de frenagem não pode superar 6
kN (600 kg).
Na segunda metade do século passado, as principais normas
internacionais de proteção contra quedas adotaram o valor de 6 kN
como limite que a força de frenagem dos trava-quedas poderiam
transmitir ao usuário, sem que houvesse perigo de grave lesão.

Existem dois tipos de trava-quedas:

Classe 1: são pequenos aparelhos


que deslizam sobre a linha de
segurança de qualquer comprimento
e travam imediatamente nas quedas.
As linhas de segurança podem ser de
cabo de aço, corda sintética ou perfil
rígido. O comprimento da ligação
entre o trava-queda e o cinturão
(talabarte) é definido pelo fabricante,
porém, quando ensaiado com massa
de 100 kg, deverá ter força de
frenagem inferior a 6 kN.                            
 
Importante: qualquer trava-queda Classe 1, usado com seu talabarte
com comprimento original, tendo CA, significa que já foi ensaiado e
aprovado e que a força de frenagem não alcança 6 kN, ou seja, não
há necessidade de se usar absorvedor de energia, pois não há
perigo de lesão permanente.
 
Classe 2: são aparelhos que possuem cabo móvel retrátil, similar
aos usados nos automóveis. O cabo móvel retrátil pode ser de aço,
fita ou corda sintética.
Os trava-quedas com cabos retráteis, quando ensaiados com
massa  de 100 kg, deverá ter força de frenagem inferior a 6 kN.
Os trava-quedas com cabos retráteis da Equipamentos Gulin devem
ser instalados acima da cabeça do usuário ou, na pior das
hipóteses, no mesmo nível da argola dorsal e, e em caso de queda,
nossos ensaios no MTE (CA 5153) assegura que a força de
frenagem é inferior a 6 kN, ou seja, é desnecessário o uso de
absorvedor de energia, pois não há perigo de lesão permanente.
 
 
ANCORAGEM CRÍTICA:
A força de frenagem superior a 6 kN aparece quando o ponto de
ancoragem fica situado abaixo da linha da cintura, onde o
trabalhador usa uma fixação denominada ancoragem crítica e, em
caso de queda, ele cairá, aproximadamente, 4 m (supondo
comprimento do talabarte de 2 m) e, no momento da retenção da
queda, terá sobre seu corpo uma força bem superior a 6 kN e,
provavelmente, ficará com grave seqüela.
Visando possibilitar o uso de ancoragem crítica, existem os
absorvedores de energia que resolvem o problema de se evitar
força de frenagem superior a 6 kN, porém, são comparados a
remédios "tarja preta", isto é, apresentam perigosos efeitos
colaterais, conforme apresentaremos a seguir.
 

ABSORVEDOR DE ENERGIA:

O princípio de funcionamento dos


absorvedores de energia baseia-se no
rompimento dos pontos da costura
de uma fita de nylon com o valor de 6
kN, ou seja, no momento da retenção
de uma queda, havendo ancoragem
crítica, o absorvedor vai rompendo
sua costura de forma a garantir  que a
força aplicada ao trabalhador não
ultrapasse 6 kN.

 
            
Segundo a norma brasileira NBR 14629 ou a norma européia EN 355,
o absorvedor de energia deve ser ensaiado com uma massa de 100
kg e ter um deslocamento vertical  inferior a 5,75 m. Considerando
as diferenças de altura entre trabalhador e massa de ensaio, na
prática, exige-se um espaço livre de queda de 6,75 m para uso do
absorvedor de energia.
Observe que esse valor corresponde a, praticamente, dois andares,
ou seja, é provável que em uma queda haja o perigo de choque com
um obstáculo (laje ou viga).
Além do espaço livre vertical deve-se levar em consideração o efeito
pêndulo no caso do trabalhador estar, no momento da queda,
afastado horizontalmente do ponto de ancoragem, ou seja, é
provável que em uma queda haja o perigo de choque com um
obstáculo lateral (parede).
                         

   

                                          
CONCLUSÃO:

Para se evitar ancoragem crítica a Equipamentos Gulin recomenda o


uso da Linha de Vida Horizontal Gulin, sem absorvedor de energia
(ver Informativo Técnico item 15).

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