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1ª Edição 2016
USO DO MATERIAL
É proibida qualquer tipo de distribuição desde material sem a
prévia autorização do autor.
SUMÁRIO
PREFÁCIO .................................................................................................................................................................... 9
PÓS-MILENISMO ........................................................................................................................................................ 17
AMILENISMO ............................................................................................................................................................... 18
PRÉ-TRIBULACIONISMO .....................................................................................................................................22
MESO-TRIBULACIONISMO ................................................................................................................................23
PÓS-TRIBULACIONISMO ....................................................................................................................................24
SÉTIMO SELO............................................................................................................................................................... 79
AS SETE TROMBETAS.............................................................................................................................................. 87
A BESTA QUE SUBIU DO MAR E A BESTA QUE SUBIU DA TERRA .............................................................. 113
A IGREJA PASSARÁ PELA GRANDE TRIBULAÇÃO? O ARREBATAMENTO SERÁ SECRETO? ......... 206
EXISTE ALGUMA FORMA DE MARCAR UMA DATA PARA A VOLTA DE CRISTO? ............................ 219
QUAIS SÃO OS PROPÓSITOS DO JUÍZO FINAL? POR QUE ELE TEM QUE OCORRER?................. 236
QUAL SERÁ O PAPEL DOS ANJOS NO NOVO CÉU E NOVA TERRA? COMO ELES SE
RELACIONARÃO COM A IGREJA? ................................................................................................................. 261
COMO SERÁ O NOSSO CORPO NO NOVO CÉU E NOVA TERRA? .................................................. 261
PREFÁCIO
A escatologia certamente é a área mais debatida da teologia, e também a
do futuro.
Foi então que resolvi colocar neste material as dúvidas mais frequentes
que já recebi sobre escatologia. Tentei manter ao máximo uma abordagem
descomplicada e informal, embora consciente de que em alguns pontos é
escatológicas, pois penso ser extremamente injusto o fato dos cristãos serem
doutrinados numa determinada linha escatológica sem nem ao menos saber que
compor este material, pois sem a capacitação do Espírito Santo que ilumina o
nosso entendimento, eu não teria escrito nem mesmo a primeira frase. O
Meu desejo sincero é que este material seja muito útil para os seus
estudos da Palavra de Deus, e que possa servir de benção para a sua vida. Espero
que você também entenda que meu objetivo neste e-book não é debater a
escatologia, mas tentar expô-la, com toda humildade e respeito, da maneira que
considero ser a mais coerente com o ensino bíblico sobre o tema.
DANIEL CONEGERO
O QUE É ESCATOLOGIA?
A escatologia é a divisão da teologia sistemática que estuda as profecias
bíblicas sobre o nosso futuro individual, e o futuro do mundo. A escatologia é o
que já se cumpriram, como as que ainda se cumprirão, ou seja, tudo o que era
“profeticamente futuro” na época em que foi escrito pode ser entendido como
eventos futuros.
Podemos classificar uma profecia como sendo de múltipla referência quando ela se
refere a dois momentos distintos, isto é, seu cumprimento não se esgota num
determinado evento, mas em dois ou até três eventos. Assim, a profecia alcança
próximas, se não juntas. Mas quando vamos nos aproximando delas, percebemos
que uma está bem distante da outra, e a ilusão sobre a proximidade que tivemos,
Malaquias:
Cristo como se elas fossem um único evento, ou seja, parte dessa profecia
obviamente se cumpriu na primeira vinda de Cristo, mas seu cumprimento pleno
21), também encontramos esse mesmo princípio, quando Jesus falou acerca da
destruição de Jerusalém e, na mesma profecia, se referiu ao período total da
AS DIFERENTES POSIÇÕES
ESCATOLÓGICAS
A escatologia bíblica é considerada por muitos a área mais difícil da
PRÉ-MILENISMO HISTÓRICO
O Pré-Milenismo Histórico defende que a segunda vinda de Cristo
acontecerá em um evento único após o período de tribulação (grande tribulação),
Jesus.
destruído, Satanás será preso e Cristo reinará durante mil anos literais na Terra,
cujo período será de grande benção, paz e prosperidade. Ao final dos mil anos,
Satanás será solto por um curto período de tempo e tentará fazer uma guerra
contra Deus, porém será derrotado definitivamente e lançado para condenação
anos de grande tribulação na Terra. Para a base dessa cronologia, é utilizada uma
interpretação da profecia das setenta semanas de Daniel (no caso esse período
também um reino literal de mil anos de Cristo na Terra, tal como defende a visão
anterior.
e Igreja).
ressurreição dos ímpios para o grande julgamento, para que sejam lançados no
Lago de Fogo.
interrupção no plano de Deus para Israel como no modelo clássico, e sim uma
parte integral desse plano, ou seja, é uma progressão desse plano. O
PÓS-MILENISMO
A visão Pós-Milenista defende que a segunda vinda de Cristo ocorrerá
Alguns acreditam que se trata dos últimos mil anos antes da volta de
que reconhecerão Jesus como o Messias. No final desse período, Cristo voltará,
acontecerá a ressurreição tanto dos justos quanto dos ímpios, o julgamento final e
AMILENISMO
Embora o termo Amilenismo literalmente signifique "sem milênio" ou
"não milênio", o Amilenismo de forma alguma nega o milênio. O Amilenismo
enquanto outros acreditam que também existe uma conexão com a Igreja e a
pregação do Evangelho na Terra, porém essa evangelização não será
estar amarrado, não significa que ele está totalmente inoperante no mundo, pelo
contrário, ele está agindo no presente momento, porém está limitado e
novamente as nações, e é nesse período que a Igreja passará por seu momento
mais difícil na Terra. Então Cristo voltará com poder e glória, haverá a ressurreição
geral (santos e ímpios), o último julgamento e o estado eterno com novo céu e
nova terra.
eterna.
2. Pós-Milenismo: da mesma forma como no Amilenismo, salvos e ímpios
ressuscitaram de forma geral na segunda vinda de Cristo.
3. Pré-Milenismo Histórico: apenas os salvos ressuscitarão na segunda vinda
ressurreições:
a) A primeira dos salvos no arrebatamento da Igreja;
O Anticristo:
após o milênio).
3. Pós-Milenismo: o anticristo é qualquer pessoa que persegue e se opõem ao
A Grande Tribulação:
O Julgamento:
vinda de Cristo.
2. Pré-Milenismo Histórico: julgamento na segunda vinda de Cristo e também
após o milênio.
3. Pós-Milenismo: julgamento geral de todas as pessoas na segunda vinda de
Cristo.
4. Dispensacionalismo Clássico: três julgamentos, sendo eles:
tribulação;
c) Julgamento geral dos ímpios após o milênio.
Igreja e Israel:
para Israel que foi suspenso, mas será retomado após o arrebatamento
secreto da Igreja.
Milênio:
PRÉ-TRIBULACIONISMO
Essa visão defende que a volta de Cristo se divide em duas etapas: (a)
secretamente para buscar a Igreja; (b) em glória, sendo visível a todos após o
período de grande tribulação. É por conta desse arrebatamento secreto antes da
grande tribulação que essa posição é chamada de Pré-Tribulacionismo.
MESO-TRIBULACIONISMO
PÓS-TRIBULACIONISMO
discipulando seus membros dentro dessa visão específica. Por exemplo: a maioria
das Igrejas Pentecostais (principalmente as Assembleias de Deus históricas) e
amilenista.
e a bem-aventurança eterna dos redimidos com Cristo no novo céu e nova terra.
Apesar das diferenças, nenhuma das interpretações apresentadas negam tais
princípios. Por exemplo: existem algumas seitas que negam a doutrina bíblica do
castigo eterno. Já neste caso devemos denunciar tal entendimento escatológico
diferenças que nos separam, e essa esperança não é outra se não a gloriosa volta
do nosso Senhor Jesus Cristo. Se Ele fará isso antes ou depois do milênio, em uma
encontrado nos Evangelhos de Mateus (cap. 24), Marcos (cap. 13) e Lucas (cap.
21).
cumpriu, porém a última parte se refere à segunda vinda Cristo que ainda
se cumprirá;
primeira vinda de Cristo, com sua morte e ressurreição, até a sua segunda vinda.
Logo, vamos dividi-lo em três períodos que são abordados nos relatos de Jesus:
1. Período inicial que vai desde sua primeira vinda até a destruição de
Jerusalém.
Marcos 13:24-27: A segunda vinda de Cristo e o julgamento final.
vinda, de maneira que nem sempre é fácil separar minuciosamente cada detalhe
desse sermão. Considerando essa particularidade, podemos pontuar esse evento
da seguinte forma:
dizimada. Esse evento seria o juízo de Deus sobre aquela geração. Após
pouco mais de três anos de cerco, o exército romano invadiu Jerusalém e
(uma espécie de reforma) por volta de 19 a.C., e nessa época ele estava
em fase de acabamento, com abundancia de ouro, mármore e madeiras
finas entalhadas. Era uma construção realmente imponente (vers. 1), mas
Jesus afirmou: "Não ficará pedra sobre pedra". Tal como já havia
História do cristianismo.
Guerras e desastres naturais: depois que Jesus disse que haveria guerras
Isso não significa que o Evangelho seria pregado a todas as pessoas, mas
que seria anunciado a todos as nações. O termo grego usado nesse caso
à morte por causa do nome de Jesus. Tais perseguições poderiam ser tão
O interessante é que, mesmo com todas essas coisas, Jesus alertou que
ainda não seria o fim. Esses acontecimentos seriam como contrações de parto e,
conforme o fim fosse se aproximando, essas contrações ficariam mais intensas.
do fim dos tempos que antecedem sua segunda vinda, ou seja, os eventos que já
se cumpriram no primeiro século pré-figuram um período futuro. Assim, essas
mesmas profecias apontam para eventos que ainda ocorrerão, como: a grande
tribulação, o surgimento do Anticristo e a própria volta de Cristo.
isso:
estátuas pagãs. Porém, falando aos seus discípulos, Jesus explicou que
novamente aquilo aconteceria (Jerusalém e o Templo seriam destruídos -
à frente.
2. Sofrimento nunca visto: não podemos desconsiderar o tamanho
muito maior de judeus morreram. Isso serve para nos mostrar que,
embora a destruição de Jerusalém tenha sido um período muito difícil,
contradizer o ensino seguido por boa parte dos cristãos que defende o
entendimento de que a Igreja não passará por esse período de grande
direcionados para a Igreja ora para os judeus, que será quase impossível
na terra durante esse período, sendo que este será um momento muito
difícil para os cristãos, onde só irá perseverar aquele que é
segunda vinda (Mc 13:24). Esse momento será de grande alegria para a Igreja e de
grande terror para os ímpios. Nesse período, o Anticristo e seu sistema estará
Jesus também esclareceu que esse momento será visível a todos, pois Ele
virá com grande poder e glória, e o mundo não resistirá, sendo que o sol
escurecerá, a lua não brilhará mais, as estrelas cairão e as forças dos céus serão
abaladas (Mc 13:25). Então, Ele enviará os seus anjos e reunirá todos os escolhidos.
Sobre esse momento Paulo afirmou que o Senhor descerá do céu com grande
hora somente o Pai conhece (Mc 13:32). Quanto a nós, precisamos estar vigilantes,
aguardando ansiosamente esse momento tão glorioso (Mc 13:35).
O LIVRO DO APOCALIPSE
O livro do Apocalipse certamente é considerado por muitos cristãos como
o livro mais difícil de interpretar na Bíblia. Realmente sua interpretação não é das
mais fáceis, porém muita gente desconhece os princípios básicos e as
características principais sobre esse livro. Ao contrário do que muita gente pensa,
há muito mais no livro do Apocalipse do que apenas um tipo de "manual sobre o
futuro".
acredita-se que esse João se trata do apóstolo João. É verdade que existe uma
critica sobre essa afirmação, e alguns estudiosos defendem a ideia de que o
dessa crítica, a opinião mais aceita, e também mais provável, é que realmente
tenha sido o próprio apóstolo João o seu autor.
Laodicéia.
mártires.
de que Cristo estava ciente das condições que os cristãos estavam enfrentando, e
os exorta a continuarem firmes, resistindo a todas as tentações e dificuldades, pois
a vitória já foi garantida pelo próprio Jesus, e em breve Satanás será destruído
definitivamente em condenação eterna, e a Igreja reinará eternamente com Deus.
períodos até o fim dos tempos, ou seja, mostra o reinado de Deus sobre toda a
História, culminando em um final triunfante em Cristo. Sem dúvida o Apocalipse
aplicam apenas ao livro do Apocalipse, mas também à outros textos bíblicos que
apresentam conteúdo profético.
igreja primitiva.
identificam a besta como sendo o Império Romano, o falso profeta como sendo
os sacerdotes responsáveis pelo culto ao imperador, e a grande meretriz como
Cristo.
essencialmente futurista.
símbolo da luta entre o bem e o mal, entre a igreja e o paganismo dominado pelo
poder satânico. Sendo assim, verdades espirituais são ensinadas para que cristão
a segunda vinda de Cristo e o juízo final também como algo simbólico, caindo no
mesmo erro dos hiperpreteristas.
acontecimentos futuros do fim dos tempos - para alguns, com exceção apenas
dos três primeiros capítulos. A interpretação futurista se popularizou com o
surgimento da posição escatológica conhecida como Pré-Milenismo
Dispensacionalista, e que se tornou a visão escatológica mais comum entre os
cristãos.
um líder político que liderará um governo mundial. O falso profeta seria uma
espécie de ecumenismo religioso, talvez liderado também por uma figura pessoal,
seja uma combinação dos quatro estilos de interpretação acima. Sob esta
perspectiva, podemos dizer que muitas passagens de Apocalipse possuem três
aplicações:
ponto mais discutido do livro. Sobre isto, já vimos que existem diferentes posições
sobre o assunto: Pré-Milenismo (Histórico e Dispensacionalista), Pós-Milenismo e
Amilenismo.
Progressivo).
LEITURA LINEAR
LEITURA DE RECAPITULAÇÃO
diferentes.
utilizada, desde Gênesis até o Apocalipse. Logo, para uma boa hermenêutica,
identificar as ocorrências de recapitulação nos textos bíblicos é fundamental.
Esse esboço serve tanto para a Leitura Linear quanto para a Leitura de
adequada do Apocalipse.
juízo final (Ap 1:7; 6:12-17; 11:15; 14:14,15; 16:20; 19:11,12; 20:11-15). Portanto, se o
livro não apresenta esse paralelismo progressivo, então fatalmente o mundo irá
acabar pelo menos sete vezes. Esse sistema de recapitulação não é uma exceção
João escreveu apenas uma única carta, e que foi lida em todas as sete igreja da
Ásia Menor. Para isto, reunia-se a congregação e um orador ficava responsável
por lê-la ao demais irmãos que ficavam atentamente escutando. É por isto que no
livro encontramos a seguinte informação:
De fato realmente é. Portanto, neste capítulo quero fazer uma revisão do que já
vimos, e aplicar todo esse conteúdo de forma prática numa introdução ao estudo
simplesmente "Apocalipse".
Revelação de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu, para mostrar aos seus
servos as coisas que brevemente devem acontecer; e pelo seu anjo as
enviou, e as notificou a João seu servo (Apocalipse 1:1).
revelação vem de Deus, e o objetivo é mostrar aos seus servos o que Ele quer que
estes saibam. Portanto, encare o Apocalipse com essa simplicidade inicial, e isto
se apresenta apenas como João. Penso que o único João que poderia escrever
para sete igrejas da Ásia Menor, e que naquela época dispensava maiores
exceção de João, que era o único apóstolo ainda vivo, porém estava prisioneiro
do Império Romano.
apóstolo, uma liderança importante para a Igreja Primitiva, estava exilado na Ilha
de Patmos. O cristianismo estava sendo massacrado, e este parecia ser o fim da
Igreja. É exatamente nesse cenário que Deus revela a João o conteúdo do livro do
Apocalipse.
aflições, e que existe uma guerra espiritual muito maior do que se imagina, porém a
vitória de Cristo e de Sua Igreja sobre Satanás, seus agentes e seguidores é
garantida. O livro do Apocalipse ensina para a Igreja que não há o que temer.
O mistério das sete estrelas, que viste na minha destra, e dos sete
castiçais de ouro. As sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os
sete castiçais, que viste, são as sete igrejas (Apocalipse 1:20).
deve ser interpretada de forma literal. Cada detalhe dessa simbologia descreve a
majestade do nosso Senhor.
como chamas de fogo mostram que os olhos do Senhor penetram cada coração,
cada lugar não ficando nada escondido; os pés de bronze mostram o juízo do
Senhor que pisa o iníquo; a espada de dois gumes que sai de sua boca é a própria
Palavra de Deus, que penetra, divide, separa e nada pode lhe resistir; e seu rosto
como sol mostra todo o esplendor e resplandecência d'Ele, tão intenso e glorioso
que ao homem é impossível olhar.
não Sua descrição literal. O versículo 20 parece nos dar um aviso claro dizendo:
Preste atenção! Perceba a simbologia! Não interprete tudo de maneira literal, pois
sete seções que divide o conteúdo (já apresentado), sete referências diretas a
iminência da segunda vinda de Cristo e o juízo que virá em breve (Ap 1:1; 2:16; 3:11;
22:6,7,12,20), sete bem-aventuranças (Ap 1:3; 14:13; 16:15; 19:9; 20:6; 22:7; 22:14),
sete referências à Palavra de Deus (Ap 1:2; 1:9; 6:9; 17:17; 19:9; 19:13; 20:4), sete
vezes ocorre a afirmação de que Deus é Todo-Poderoso (Ap 1:8; 4:8; 11:17; 15:3;
16:7; 19:6; 21:22), dentre outras.
simbolizar eventos terrenos e a criação divina (ex. Ap 4:6; 7:1,2; 9:13,14; 20:8).
ligado ao juízo de Deus sobre o mal (ex. Ap 6:12-17; 9:13-21; 16:12-16) ou está
ligado diretamente ao próprio Satanás. Se o número 7 é o número divino, o 6
pode mostrar o como Satanás e seus seguidores tentam ser parecido com Deus,
porém fracassam e nunca conseguirão atingir o que querem. O número 666, um
Palavra de Deus. O principal ao estudar esse livro tão maravilhoso, é perceber sua
simplicidade, sempre considerando a mensagem como um todo, focando a
promessa de que o nosso Senhor voltará, julgará o mundo e para sempre a Igreja
viverá com Ele. Entendendo isto, as figuras simbólicas e os detalhes presentes no
completo. Sendo assim, uma boa explicação sobre o porquê de "sete igrejas" é a
indicação de que o livro é atual para todas as igrejas de todas as épocas, porém
É importante dizer que na Ásia Menor existiam outras igrejas, como por
exemplo, a igreja em Colossos. Isto nos leva à outra pergunta: qual foi o critério
de escolha das sete igrejas? Para esta pergunta, definitivamente não existe uma
resposta conclusiva.
imperador.
capítulo 1 do livro do Apocalipse (Ap 1:11), sendo elas: Éfeso, Esmirna, Pérgamo,
Tiatira, Sardes, Filadélfia, e Laodicéia. Vale saber que a Ásia Menor é atualmente a
determinado povo. Porém, porque João escreveria para anjos, sendo que eles
estão constantemente na presença de Deus? Como seria possível escrever uma
carta e enviar a um anjo? Estas e outras objeções são as maiores fraquezas desta
posição.
palavra "anjo" significa literalmente "mensageiro", que pode ser tanto um ser
celestial como um humano. Sendo humano, a palavra "anjo" cabe perfeitamente
aos lideres das igrejas. Uma fraqueza desta posição é que em nenhum outro lugar
da Bíblia líderes da Igreja (presbíteros, bispos, pastores) são identificados como
"anjos".
conteúdo como um todo foi destinado às sete igrejas, embora dentro do próprio
Apocalipse temos de forma claramente dividida sete cartas às sete igrejas. Isto
não significa que foram escritos sete livros individuais, mas, muito provavelmente,
um único livro que foi lido em cada uma das sete igrejas, tendo na seção inicial
12-20).
3. Aprovação: "Conheço as tuas obras, assim o teu labor como a tua
arrependam e fortaleçam o que ainda lhes restam. Aos fiéis são prometidos
vestidos brancos.
criticada por ser morna, indiferente, e por não perceber a própria condição
miserável em que se encontra. Os crentes de Laodicéia recebem a
d.C.);
3. Pérgamo representa a igreja que se uniu ao estado (313 - 590 d.C.);
d.C.);
5. Sardes representa a igreja da reforma (1517- 1730 d.C.);
trata de uma exegese fraca e sem lógica alguma, e que implica em sérios
problemas, como por exemplo, considerar a Igreja morta de Sardes uma
estudiosos que marcaram erroneamente a data da volta de Cristo, isto com bases
Apocalipse (caps. 4-7). Enquanto na primeira seção (cap. 1-3) João teve a visão de
Cristo no meio de sua Igreja, e registrou como Ele a conhece profundamente,
coisas com seus olhos e ouvidos carnais. Ninguém suportaria ver o que João viu
se compreender.
contempla que nada acontece por acaso, que a História não está sem controle, ao
contrário, há um trono no céu que controla todas as coisas, nele, o Criador, Deus
João viu que Deus está assentado sobre o trono. Lembre-se que o livro
foi primariamente escrito às sete igrejas da Ásia, cujos cristãos enfrentavam duras
perseguições. Saber que Deus está assentado sobre o trono é certamente
esplendor e majestade, destacando dois de seus atributos. Ele diz que o que viu é
semelhante à pedra de jaspe (no original algo como diamante branco e
aliança que demonstra que, para os eleitos de Deus, a tempestade já passou, pois
Cristo é quem nos justificou.
acessas sete tochas de fogo, que simbolizam o Espírito Santo, que é sábio, que
tudo vê, que é fogo consumidor contra os ímpios, e santificador em relação aos
santos.
Note que o arco-íris é visto antes dos relâmpagos, vozes e trovões. Isto
quer dizer que a graça antecede o julgamento. Deus derrama a sua misericórdia,
mas também derrama sua ira em juízo. Aqueles que rejeitam a graça de Deus não
João viu algo como um mar de vidro, claro como cristal. Talvez uma boa
interpretação seja que, simbolicamente, isso representa o poder santificador, ou
Alguns sugerem que os vinte e quatro anciãos são seres celestiais, isto é, anjos.
Outra interpretação defende que os vinte quatro anciãos representam o povo fiel
Testamento (simbolizada pelos doze Apóstolos). Penso que esta seja a melhor
interpretação.
os vencedores são coroados (Ap 2:10; 3:11). Tudo isto está de acordo com
passagens bíblicas que afirmam que os eleitos de Deus são reis e sacerdotes (1 Pe
2:9). Por fim, aos fiéis foram prometidas vestes brancas (Ap 3:4). Já que não há
justificação para os anjos, os vinte quatro anciãos não podem ser anjos, mas são
uma referência aos homens redimidos.
Algumas interpretações sobre quem são estes quatro seres viventes são
sugeridas:
também são utilizadas para declarar que toda a criação louva ao Senhor
(Sl 19:1-2; 103:22; 148).
adoram a Deus sem cessar e, em seus cânticos, eles declaram que Deus é santo,
onipotente e eterno.
Eles lançam suas coroas diante dEle em sinal de completa submissão, pois
suas coroas não vieram por seus próprios méritos.
no trono (Deus Pai), um rolo (pergaminho) escrito por dentro e por fora. Esse livro
representa o plano eterno de Deus, o decreto d'Ele sobre todas as coisas. O fato
de ter sido escrito por dentro e por fora significa que nada foi esquecido, nada foi
omitido.
O livro selado por sete selos representa que, na visão, o livro está
totalmente selado e ninguém no céu, nem na terra, nem mesmo debaixo da terra
pode desatar os seus selos. Lembre-se que o número sete em Apocalipse é muito
Logo João foi consolado, pois o Leão de Judá, a Raiz de Davi, venceu e é
capaz de abrir o livro e desatar os sete selos. O Cordeiro recebeu o livro da mão
direita daquele que estava assentado no Trono. Isso mostra que Jesus tem o livro
da História em suas mãos, e que, apenas através d'Ele, a História faz sentido. A
referência ao "Cordeiro digno de desatar os sete selos" significa que Ele é o único
representa a sua marca, a vitória conquistada na cruz. Ele possui sete chifres.
Chifres em toda a Bíblia simbolizam poder e força. Como a descrição diz que Ele
tem sete chifres, isso significa que Ele é totalmente forte e poderoso, Ele é
onipotente. Ele também possui muitos olhos que simbolizam sua onisciência. Ele
nós na atualidade, à certeza de que nosso Deus tem todo o controle em Suas
mãos é algo extraordinário.
Essa visão que João teve é sobre a coroação de Cristo. Cristo, na sua
exaltado, e lhe foi dado um nome que é sobre todo nome (Sl 2; Sl 110; Dn 7:9-14;
Lc 19:12; Hb 2:8-9; Fp 2:6-11). A coroação do Filho não implica que o Pai deixou o
trono, mas que Ele se assenta juntamente com Seu Pai (Ap 22:1), pois Ele é
João relata que assim que o Cordeiro pega o livro e assume o reino,
ocorre uma explosão de adoração. Os quatro seres viventes e os anciãos se
prostram diante dEle. Cada um dos vinte quatro anciãos possui uma harpa, um
instrumento de música usado no louvor, e taças de ouro repletas de incenso, que
pouco mais sobre a visão acerca desse livro selado. Dada a dificuldade de alguns
textos que veremos a partir de agora, algumas coisas se tronarão um pouco
repetitivas, mas creio que desta forma seja a melhor maneira de assimilar o
conteúdo.
uma das passagens mais difíceis de interpretar dentro do livro. Diversas posições
interpretativas surgiram com o propósito de debater o conteúdo do livro selado
com sete selos. Para se ter uma ideia, as opiniões são tão controversas a respeito
do primeiro selo, por exemplo, que interpretações antagônicas são defendidas,
como: para uns o cavalo branco e seu cavaleiro representa Cristo, enquanto para
Hoje, podemos dizer que a maioria dos cristãos segue essa linha
representa as guerras que ocorrerão nesse período futuro, talvez até uma
grande guerra mundial, culminando na perseguição dos judeus.
sete selos, a qual apenas o Cordeiro é capaz de abri-lo e desatar os seus selos,
os sete selos. Antes, quero explicar o porquê a considero a mais coerente com o
texto bíblico.
nós.
defende que o livro selado com sete selos descreve a presente dispensação.
Sendo assim, o conteúdo dos capítulos estudados são visões que tratam da
Deus. Sem condições humanas nenhuma, eles desafiavam o maior império que
pertence a Cristo, e que eles, mesmo com tantas provações, eram mais do que
vencedores. Essa resposta também é atual para nós, e devemos saber que,
que o livro do Apocalipse relata sim, por várias vezes, os eventos futuros que
acorrerão, porém abrange todo o período da História da Igreja, até a segunda
vinda de Cristo, o juízo final e, por fim, o estado eterno, com novo céu e nova
terra.
Uma dica que dou para quem quer estudar o livro do Apocalipse é dar
atenção especial aos capítulos 4 e 5. Com a visão do trono de Deus que João
descreveu, podemos perceber a soberania do nosso Deus que governa todas as
coisas, e que está atento ao que acontece com sua Igreja, garantindo, de forma
incontestável, que no final Cristo vence, e, com Ele, sua Igreja também.
Desta forma, entendemos que a História está nas mãos do Cordeiro, Ele é
quem abre os selos, e conforme os selos são abertos no céu, diretamente a terra é
impactada. Um auxílio para entender o capítulo 6 do Apocalipse, é perceber que ele
possui muitos detalhes paralelos ao Sermão Escatológico de Jesus (Mt 24; Mc 13; Lc
21).
segue "vencendo e para vencer". Assim, após Cristo ser exaltado, sua
primeira ação é prover as condições para que o Evangelho seja pregado
seu cavaleiro representa o próprio Cristo. Note que, diferente dos outros
cavalos, no cavalo branco não temos nenhuma descrição de maldição. As
primeiro cavalo. Isso significa que sempre que Cristo aparece, Satanás fica
ocupado, e as provações para o povo de Deus acontecem. Outra
brancos, etc. O cavaleiro recebe uma coroa, e isso está de acordo com o
capítulo 14, onde Cristo estava usando uma coroa de ouro, além de
parecer ser uma sequencia natural da principal mensagem do capítulo 5,
5:5; 6:16; 11:15; 12:11; 14:14; 17:14; 19:11). Essa identificação também reforça o
que o próprio Jesus disse em Mateus 10:34, de que Ele traria a espada,
derrotados.
Posso dizer que das interpretações citadas acima, a terceira e a quarta são
interpretação leva certa vantagem sobre a terceira, mas há quem faça um tipo de
combinação entre ambas, defendendo que não há como separar o aspecto
que o povo de Deus é submetido ao longo da História da Igreja. Isso significa que
os santos são mortos por causa do nome de Jesus, o que está plenamente de
acordo com o sermão escatológico de Jesus (Mt 24; Mc 13; Lc 21). Quem persegue
a Igreja é o mundo.
de Isaque.
Por fim, essa interpretação faz todo sentido quando consideramos que
Jesus, no Apocalipse, está falando aos cristãos que na ocasião em que o livro foi
escrito estavam sendo duramente perseguidos até a morte. Assim, o cavaleiro do
cavalo vermelho não é uma guerra específica, nem mesmo todas as guerras, ou
uma pessoa em particular. Sempre que Cristo com seu Evangelho aparece (o
cavaleiro do cavalo branco), segue-se o cavaleiro do cavalo vermelho (Mt 5:10; 11;
trazida por Cristo e seu Evangelho, e, assim, a paz é retirada da terra (Mt 10:34).
devido à injustiça. O texto diz que uma medida de trigo (cerca de um litro) é
vendida por um denário. O denário era o salário pela diária de um trabalhador da
época, ou seja, tudo que ele ganhou no dia não seria suficiente para sustentar
toda sua família. A cevada aparece com preço mais baixo (três medidas por um
Com tudo isto, o azeite e o vinho não foram danificados. Isso representa
estudiosos sugerem que João utilizou como exemplo um episódio que havia
ocorrido alguns anos antes do livro do Apocalipse ser escrito, onde houve uma
grande escassez de trigo no Império Romano, e foi sugerido um decreto que
Claro que podemos ver esse padrão de injustiça social como uma
verdade que assola todas as gerações até os dias de hoje, porém, mais uma vez
devemos dar atenção especial aos destinatários do Apocalipse. João escreveu
entenderam o símbolo. Não era raro alguém ter seus bens confiscados, seus
negócios fechados e ser impedido de realizar qualquer transação financeira
Essa era mais uma forma de perseguição. Para ser financeiramente ativo,
era preciso negar suas convicções religiosas, se corromper ao sistema pagão do
sua fé, outros são forçados a uma vida de pobreza e privações. O cavalo preto
Originalmente a cor desse cavalo não é bem o amarelo, mas sim uma cor
pálida, que lembra doença e morte. O cavalo amarelo representa uma provação
universal, ou seja, não é apenas a Igreja que está focada aqui, mas todas as
pessoas do mundo.
mundo. No sermão escatológico (Mt 24; Mc 13; Lc 21), Jesus também adverte que
haveria tribulações que atingiriam a todos, ou seja, existem provações que a Igreja
traduções) o seguia. Isso quer dizer que a morte ceifa, enquanto o Hades recolhe
os mortos. Hades aqui se refere ao estado de existência desencarnado, onde o
Esse selo traz a morte pela espada, pela fome, com pestilências e pelas
bestas feras. A espada utilizada nessa descrição é diferente da espada do segundo
nações contra nações, povos contra povos, conflitos civis e todas as outras
violências que causam morte.
Também lhes é permitido matar pela fome. Devemos entender essa fome
de forma geral como: problemas sociais que causam misérias pelo mundo,
bestas feras da terra, ou seja, mortes ocasionadas por animais. Juntas, estas
quatro descrições (espada, fome, pestilências e bestas feras), representam todas
amarelo), fica mais clara a interpretação dos cavalos anteriores. Podemos dizer
que o segundo e terceiro cavalos simbolizam a perseguição do mundo contra a
pelo preconceito. Porém, isso não foge do controle de Deus, ao contrário, esses
cavalos são instrumentos nas mãos dEle. Ele é quem abre os selos. O cristão
hipócrita fatalmente não resistirá, e negará sua fé fingida. Mas o cristão verdadeiro
jamais negará a fé salvadora, e, a este, será dado o poder de sofrer pelo nome de
Cristo.
QUINTO SELO
E, havendo aberto o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que
foram mortos por amor da palavra de Deus e por amor do testemunho
que deram.E clamavam com grande voz, dizendo: Até quando, ó
verdadeiro e santo Dominador, não julgas e vingas o nosso sangue dos
que habitam sobre a terra? E foram dadas a cada um compridas vestes
brancas e foi-lhes dito que repousassem ainda um pouco de tempo,
até que também se completasse o número de seus conservos e seus
irmãos, que haviam de ser mortos como eles foram (Apocalipse 6:9-11)
agora, João vê o efeito no céu do que é causado na terra. João viu um altar, e as
almas dos mártires que morreram pela sua fé como uma espécie de sacrifício.
Cada um desses que foram sacrificados, recebem vestes brancas, simbolizando
pedindo vingança, não pessoal, mas da justiça divina. Esse clamor do quinto selo é
o clamor da Igreja diante de tantos massacres a qual já foi, e ainda é submetida.
SEXTO SELO
E, havendo aberto o sexto selo, olhei, e eis que houve um grande
tremor de terra; e o sol tornou-se negro como saco de cilício, e a lua
tornou-se como sangue; E as estrelas do céu caíram sobre a terra,
como quando a figueira lança de si os seus figos verdes, abalada por
um vento forte. E o céu retirou-se como um livro que se enrola; e
todos os montes e ilhas foram removidos dos seus lugares. E os reis da
terra, e os grandes, e os ricos, e os tribunos, e os poderosos, e todo o
como escapar. João usa como símbolo desse dia o universo sendo
completamente sacudido, e os homens tentando se esconder, não desse
aterrorizante cenário, mas das mãos do Deus irado. Note que eles procurarão a
morte física, mas nada os livrará do dano da segunda morte. Perceba que todas
O INTERLÚDIO DO CAPÍTULO 7
Antes do sétimo selo acontece um interlúdio, onde a mesma cena do
capítulo 6 é descrita, porém de outra perspectiva, ou seja, não é uma sequência
João vê que tudo está pronto para que o juízo de Deus seja derramado,
porém o que está impedindo que isso aconteça é a selagem dos eleitos. Quando
todos os eleitos forem selados (tal qual no capítulo anterior onde o número de
mártires deveria ser completado), Cristo voltará. O capítulo 6 termina mostrando o
grande terror dos ímpios diante do juízo que terão de enfrentar. Já o capítulo 7
termina mostrando a grande alegria e a glorificação dos remidos na segunda
vinda de Cristo.
SÉTIMO SELO
O sétimo selo é aberto no capítulo 8, e inicia a sequência dos sete anjos
tocando sete trombetas. Não há sucessão cronológica, ou seja, não se trata de
sete eventos novos. Aqui, a mesma cena é mostrada, e a mesma história é
contata, porém de uma nova perspectiva.
em resposta às orações da Igreja. Note que da mesma forma que os selos são
interrompidos por um interlúdio (cap. 7), as trombetas também são interrompidas
anjos nos quatro cantos da terra, retendo quatro ventos. Isso significa que um
juízo universal estava para desabar, de modo que ninguém seria capaz de
escapar. Esse juízo, porém, foi impedido até que os servos do Senhor fossem
selados, e o número dos selados é de 144 mil.
Em seguida João faz uma relação modificada das doze tribos de Israel,
onde, de cada uma, aparecem 12.000 selados. Digo "relação modificada", porque
as tribos de Efraim e Dã foram omitidas, e no lugar foi citado Levi e José.
Igreja, formada por homens e mulheres que foram ungidos por Deus para serem
"reis e sacerdotes" no reinado vindouro de Cristo, a qual apenas estes irão morar
no céu, enquanto o restante das pessoas que terão parte na Igreja recebendo a
vida eterna, viverá nesta terra sob o governo de Cristo. Para eles, essa contagem
começou no dia do Pentecostes. É claro que não é preciso quase nenhum esforço
para percebemos que não há qualquer base bíblica para esse argumento.
cronologicamente sucessivas.
possa tocá-los. Para outros, eles receberão um selo em suas frontes, mas não será
literal. De qualquer modo, praticamente todos os dispensacionalistas concordam
que os 144 mil selados serão poupados dos juízos que virão.
que eles serão arrebatados em algum momento antes da segunda vinda, para se
harmonizar com o que é descrito em Apocalipse 14. Segundo esta última
14, alguns dispensacionalistas entendem que os 144 mil do capítulo 7 são judeus,
mas os 144 mil do capítulo 14 representam um número simbólico dos mais
povo de Israel (Lc 21:24; At 15:14; Rm 11:25). Eles também argumentam que as
ausências das tribos de Dã e Efraim nessa lista é devido aos casos de idolatria e
Pós-Milenistas, Deus tem apenas um povo, a Igreja, formado por judeus e gentios,
ou seja, a Igreja é o Israel de Deus (Gl 6:16; Rm 9:6-8).
seus defensores. Alguns consideram que os 144 mil realmente são apenas judeus
cristãos, mas não se trata de um número literal, ou seja, os 144 mil representam
todos os judeus convertidos, mostrando que eles também fazem parte da Igreja,
como um só povo. Essa conclusão é derivada do fato de que no próprio capítulo 7
parece existir uma distinção de multidões, isto é, uma com 144 mil e outra com
número incontável.
Dispensacionalismo, mas apenas uma ênfase para mostrar que Deus tem seus
escolhidos tanto em Israel quanto em todo o mundo, isto é, Deus tem salvos em
todas as nações do mundo, mas também tem salvos em Israel, sendo que esses
salvos judeus são salvos em Jesus Cristo, e pertencem à Igreja (Rm 9:27).
doze portas com o nome das doze tribos e doze fundamentos com o nome dos
doze apóstolos, e seu muro tem a altura de cento e quarenta e quatro côvados
(Ap 21:9-17).
eleitos de Deus tem um número exato, isto é, Deus conhece cada um dos que são
seus (2Tm 2:19), e o simbolismo do número 144 mil é utilizado para este fim.
terra, isto é, Deus conhece o número exato, mas sob os olhos dos homens a Igreja
é uma multidão incontável. Essa multidão é formada por pessoas de todos os
da Igreja de Cristo, o Israel espiritual que, aos olhos de Deus, tem um número
exato, mas aos olhos humanos é uma multidão incontável, são como a areia do
mar.
Para mim, esse número não pode ser literal, porque isso ignoraria o
padrão literário do Apocalipse. Também não pode ser aplicado às tribos de Israel,
pois isso implicaria na distinção entre Igreja e Israel que já foi abolida
incontestavelmente nas Escrituras. Deus não tem dois povos. Deus tem apenas um
único povo, formado por judeus e gentios, a Igreja, o verdadeiro Israel de Deus
(Gl 6:16; Rm 9:6-8). Todos que são de Cristo são descendentes de Abraão (Gl
3:29), ou seja, Abraão é o pai de todos os que creem em Jesus, judeus ou não (Rm
Logo, aquele que serve a Deus em espírito, e se gloria em Jesus Cristo não
confiando na carne, é a verdadeira circuncisão (Fp 3:3).
uma dessas tribos, e por isso foram omitidas, é muito mais uma "achologia" do
que uma hermenêutica sólida.
Fato é que, essa ordem trocada das tribos, não pode ser encontrada em
os judeus. Tentar estabelecer uma distinção entre os 144 mil do capítulo 7 com os
144 mil do capítulo 14 como alguns dispensacionalistas fazem, é algo
completamente incoerente.
AS SETE TROMBETAS
As sete trombetas do Apocalipse é mais um dos temas amplamente
estudiosos.
que o conteúdo do livro é linear, ou seja, os capítulos sucedem uns aos outros de
forma cronológica, sendo que, como já falamos, a partir do capítulo 4 começa a
maioria dos estudiosos que defendem essa posição, acredita que esse período
final terá a duração de sete anos, e iniciará após o arrebatamento secreto da
Igreja.
vivem no mar.
3. Terceira trombeta: mostra a contaminação da terça parte dos rios e das
abordam o período desde a primeira até a segunda vinda de Cristo. Isso significa
mais claras. Logo, embora as sete trombetas apareçam após os sete selos, é
importante entender que isso não representa uma sucessão cronológica.
que persegue a Igreja. A seção das sete trombetas termina com um anúncio do
fim (Ap 11:15).
Igreja perseguida pelo mundo, ou seja, conta toda a história da presente era até a
volta de Cristo, dando ênfase ao sofrimento da Igreja. Já as trombetas contam a
seção das sete taças da ira de Deus. A seção dos selos é interrompida por um
interlúdio (cap. 7), da mesma forma também acontece com a seção das trombetas
(caps. 10,11).
os ímpios, mesmo sendo assolados pelo sofrimento, não se arrependem (Ap 9:20).
A seguir veremos a interpretação de cada uma das sete trombetas sob essa
perspectiva.
PRIMEIRA TROMBETA
E o primeiro anjo tocou a sua trombeta, e houve saraiva e fogo
misturado com sangue, e foram lançados na terra, que foi queimada
na sua terça parte; queimou-se a terça parte das árvores, e toda a erva
verde foi queimada (Apocalipse 8:7).
sangue. Essa é uma descrição simbólica para se referir aos diversos desastres que
afligem a terra para castigar o pecado dos ímpios, e anunciar que não se pode
SEGUNDA TROMBETA
E o segundo anjo tocou a trombeta; e foi lançada no mar uma coisa
como um grande monte ardendo em fogo, e tornou-se em sangue a
terça parte do mar. E morreu a terça parte das criaturas que tinham
vida no mar; e perdeu-se a terça parte das naus (Apocalipse 8:8,9).
sendo lançada ao mar. Na primeira trombeta o juízo atinge a terra seca, agora, na
segunda trombeta, o juízo de Deus também atinge o mar.
julgamento se mostra ainda mais severo que o primeiro, pois um terço do mar é
duramente atingido, ocasionando a mortandade de um terço dos seres marinhos
TERCEIRA TROMBETA
E o terceiro anjo tocou a sua trombeta, e caiu do céu uma grande
estrela ardendo como uma tocha, e caiu sobre a terça parte dos rios, e
sobre as fontes das águas. E o nome da estrela era Absinto, e a terça
parte das águas tornou-se em absinto, e muitos homens morreram das
águas, porque se tornaram amargas (Apocalipse 8:10,11).
tomará o coração dos homens, pois esse juízo é mais severo do que os dois
QUARTA TROMBETA
E o quarto anjo tocou a sua trombeta, e foi ferida a terça parte do sol,
e a terça parte da lua, e a terça parte das estrelas; para que a terça
parte deles se escurecesse, e a terça parte do dia não brilhasse, e
semelhantemente a noite (Apocalipse 8:12).
corpos celestes durante toda a presente era. Da mesma forma como acontece
com a vegetação, com o mar e as águas doces, os astros também são
QUINTA TROMBETA
E o quinto anjo tocou a sua trombeta, e vi uma estrela que do céu caiu
na terra; e foi-lhe dada a chave do poço do abismo. E abriu o poço do
abismo, e subiu fumaça do poço, como a fumaça de uma grande
fornalha, e com a fumaça do poço escureceu-se o sol e o ar. E da
fumaça vieram gafanhotos sobre a terra; e foi-lhes dado poder, como
o poder que têm os escorpiões da terra. E foi-lhes dito que não
fizessem dano à erva da terra, nem a verdura alguma, nem a árvore
alguma, mas somente aos homens que não têm nas suas testas o selo
de Deus. E foi-lhes permitido, não que os matassem, mas que por
cinco meses os atormentassem; e o seu tormento era semelhante ao
tormento do escorpião, quando fere o homem. E naqueles dias os
homens buscarão a morte, e não a acharão; e desejarão morrer, e a
morte fugirá deles. E o parecer dos gafanhotos era semelhante ao de
cavalos aparelhados para a guerra; e sobre as suas cabeças havia umas
como coroas semelhantes ao ouro; e os seus rostos eram como rostos
de homens. E tinham cabelos como cabelos de mulheres, e os seus
dentes eram como de leões. E tinham couraças como couraças de
ferro; e o ruído das suas asas era como o ruído de carros, quando
muitos cavalos correm ao combate. E tinham caudas semelhantes às
dos escorpiões, e aguilhões nas suas caudas; e o seu poder era para
danificar os homens por cinco meses. E tinham sobre si rei, o anjo do
abismo; em hebreu era o seu nome Abadom, e em grego Apoliom
(Apocalipse 9:1-11).
por todos. A mensagem da águia é muito clara: "Ai, ai, ai dos que moram na terra,
por causa das outras vozes das trombetas dos três anjos que hão de ainda tocar".
ainda mais severos do que os juízos anteriores. Quando o anjo toca a quinta
trombeta, João vê uma estrela que cai dos céus na terra. Essa queda está de
acordo com o relato de Jesus em Lucas 10:18: "Eu via a Satanás caindo do céu
como um relâmpago".
habita no presente. Ele está na terra. O aviso de que foi lhe dado a chave do poço
do abismo, significa que ele incita o mal, e recebeu permissão para fazer com que
Aqui os gafanhotos não são algum tipo de inseto ou qualquer nova praga
literal que aparecerá nos últimos tempos. Estes gafanhotos simbolizam demônios
que atingem o coração e a alma do homem com grande assombro, malignidade e
buscar a morte na tentativa de aliviar suas dores de opressão, mas não a encontra,
pois nem mesmo a morte pode livrá-lo desse tormento.
Note que quando o poço do abismo é aberto, uma grande fumaça toma
a atmosfera a ponto de escurecer o sol. Isso simboliza a densidade da escuridão
moral e espiritual promovida pelas forças do mal. Porém, por pior que seja esse
cenário, não se trata de algo sem controle, pois o tempo de atuação desses
Eles agirão por cinco meses. Esse número também é simbólico para
demonstrar que essa atuação maligna tem hora certa para acabar. Muito
provavelmente os cinco meses foram utilizados por João por se referir ao tempo
de vida de um gafanhoto, isso considerando desde seu tempo como larva. Quem
SEXTA TROMBETA
E tocou o sexto anjo a sua trombeta, e ouvi uma voz que vinha das
quatro pontas do altar de ouro, que estava diante de Deus, a qual dizia
ao sexto anjo, que tinha a trombeta: Solta os quatro anjos, que estão
presos junto ao grande rio Eufrates. E foram soltos os quatro anjos,
que estavam preparados para a hora, e dia, e mês, e ano, a fim de
matarem a terça parte dos homens. E o número dos exércitos dos
cavaleiros era de duzentos milhões; e ouvi o número deles. E assim vi
os cavalos nesta visão; e os que sobre eles cavalgavam tinham
couraças de fogo, e de jacinto, e de enxofre; e as cabeças dos cavalos
eram como cabeças de leões; e de suas bocas saía fogo e fumaça e
enxofre. Por estes três foi morta a terça parte dos homens, isto é pelo
fogo, pela fumaça, e pelo enxofre, que saíam das suas bocas. Porque o
poder dos cavalos está na sua boca e nas suas caudas. Porquanto as
suas caudas são semelhantes a serpentes, e têm cabeças, e com elas
desfecho final. Se a quinta trombeta traz grande aflição, a sexta trombeta trás
morte.
juízo que será derramado sobre os ímpios. A voz vinha das quatro pontas do altar
de ouro que estava diante de Deus. Esse juízo descrito na sexta trombeta é
executado pelos quatro anjos que estão atados junto ao rio Eufrates. Esses anjos
não são os mesmos do capítulo 7, pois aqui trata-se de anjos maus, encarregados
que esse juízo tem proporção global. Os anjos estão presos junto ao rio Eufrates.
O rio Eufrates representa a Assíria e a Babilônia, ou seja, o mundo iníquo.
esses anjos do juízo não podem fazer nada sem a permissão de Deus, porém,
quando Deus permite que sejam liberados, esses anjos maus trazem a guerra
como advertência de Deus aos ímpios.
Após isto, João viu os exércitos no campo de batalha. Ele ouve o número:
duzentos milhões. Esse número também não deve ser entendido como literal, mas
simbólico, representando um grande exército, quase humanamente incontável.
descrição dos cavaleiros e seus cavalos também não deve ser interpretada de
forma literal, mas simboliza os artefatos e armas de guerra de todo tipo. Eles
de tempo entre a primeira e a segunda vinda de Cristo. Essa sexta trombeta tem o
propósito de oferecer aos homens uma chance de arrependimento antes que a
sétima trombeta seja tocada. Contudo, no versículo 20 podemos notar que ainda
assim os incrédulos não se arrependem.
INTERLÚDIO DO CAPÍTULO 10 E 11
Da mesma forma como ocorre na seção anterior entre o sexto e o sétimo
descrito nesse intervalo não representa uma sucessão cronológica, mas a mesma
história que compreende a presente dispensação sendo recontada de outra
perspectiva.
cena João recebe um livrinho, que significa que ele recebeu as mensagens
proféticas, e é comissionado a proclamá-las (Ap 10:1-11). Aqui percebemos alguns
SÉTIMA TROMBETA
E o sétimo anjo tocou a sua trombeta, e houve no céu grandes vozes,
que diziam: Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do
seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre. E os vinte e quatro
anciãos, que estão assentados em seus tronos diante de Deus,
prostraram-se sobre seus rostos e adoraram a Deus, dizendo: Graças te
damos, Senhor Deus Todo-Poderoso, que és, e que eras, e que hás de
vir, que tomaste o teu grande poder, e reinaste. E iraram-se as nações,
e veio a tua ira, e o tempo dos mortos, para que sejam julgados, e o
tempo de dares o galardão aos profetas, teus servos, e aos santos, e
aos que temem o teu nome, a pequenos e a grandes, e o tempo de
destruíres os que destroem a terra. E abriu-se no céu o templo de
Deus, e a arca da sua aliança foi vista no seu templo; e houve
relâmpagos, e vozes, e trovões, e terremotos e grande saraiva
(Apocalipse 11:15-19).
Igreja, acreditaram ter à vencido quando mataram tantos mártires, mas agora
chegou o momento da vindicação da justiça de Deus sobre eles.
ser vista, então, houve relâmpagos, vozes, trovões, terremotos e grande saraiva.
símbolo de ira, e essa ira é totalmente revelada, por isso é que se seguem
relâmpagos, vozes, trovões, terremotos e saraiva. Agora, já não há mais tempo
para arrependimento, os ímpios não poderão escapar das mãos do Deus irado.
toda sorte de pragas", "poder para fechar o céu, para que não chova" e
"converter as águas em sangue". Outro ponto utilizado é o fato de que
Elias e Moisés foram os personagens presentes na transfiguração de Jesus
(Mt 17:3). Ainda sobre Elias, tanto essa interpretação quanto a anterior,
geralmente utiliza a profecia de Malaquias (cap. 4:5,6), para defender uma
não, logicamente não concordará com minha posição, mas isso é algo comum
quando o assunto é escatologia.
grande exposição sobre minha defesa para que este capítulo não fique
demasiadamente grande e cansativo, mas vou apresentar, resumidamente, alguns
pontos fundamentais nessa defesa:
de forma literal (Ap 1:20). A simbologia pode ser notada até mesmo nas
pequenas cartas individuais às sete Igrejas da Ásia Menor. Outra
11, de testemunhas.
4. O fato de serem duas testemunhas: segundo a tradição daquela época,
2:3). O próprio Jesus enfatiza que será um momento tão difícil que se os
dias não fossem abreviados nem mesmo os eleitos suportariam. Esse
momento acontecerá exatamente na hora determinada por Deus, no dia
crucificado (Ap 11:8). Essa descrição simbólica significa que a Igreja estará
"morta" no meio do mundo anticristão. Isso fica claro pelas cidades
revelado. Eles dão glória ao Deus do céu. Essa "glória" que eles dão não é
uma conversão, ao contrário, é o terror que tomará conta de seus
Sem desrespeitar meus queridos irmãos em Cristo que adotam outro tipo
conforto que há nessa passagem para a Igreja de Cristo, quando entendemos que
nós, cristãos verdadeiros, povo escolhido do Senhor com a tarefa de proclamar o
A MULHER E O DRAGÃO
Chegamos na quarta seção do livro do Apocalipse. No capítulo 12 é
12?
organizado em sete seções. Essas sete seções também podem ser organizadas em
duas grandes seções, sendo a primeira entre os capítulos 1 e 11, agrupando três
de Cristo e de sua Igreja. Mas, enquanto a primeira grande seção nos mostra a
luta externa entre a Igreja e o mundo, a segunda grande seção nos mostra a
profundidade por trás das cenas, ou seja, nos mostra uma guerra que os olhos
carnais não podem ver. Então, enquanto na primeira seção vemos o conflito entre
a Igreja e o mundo iníquo, na segunda seção vemos por que existe esse conflito,
quando João nos informa de outro conflito: o conflito entre Cristo e Satanás (o
dragão).
conhece profundamente. Na segunda seção (os sete selos caps. 4-7) vemos a
perseguição clara do mundo contra essa Igreja. Na terceira seção (as sete
trombetas caps. 8-11) temos o juízo parcial de Deus, também como resposta às
orações da Igreja perseguida, sendo derramado em forma de aviso contra o
veem.
5:32; 1Pe 2:9; Ap 4:4; 21:12-14). O Apóstolo Paulo afirma que Abraão é pai de
todos os crentes, circuncidados ou não.
Com base nisso tudo, creio que já começa ficar claro qual é a posição
uma citação repentina sobre Maria ou sobre o Israel étnico. Isto quebraria o estilo,
a organização e o raciocínio do conteúdo do livro do Apocalipse.
Além do mais, qual seria a importância prática para os irmãos das sete
igrejas da Ásia menor, que estavam vivendo uma intensa perseguição pelo
Império Romano, uma descrição de Israel ou de Maria como sendo a mulher
papel fundamental nesse grupo simbolizado pela mulher, bem como o próprio
Israel, a qual tivera a revelação especial de Deus (Rm 2; 3) e formava a Igreja do
Novo Testamento. O versículo 17 deixa isto muito claro ao dizer que o dragão "foi
A DESCRIÇÃO DA MULHER
O capítulo 12 faz uma descrição da mulher. Ela está vestida de sol (vers. 1),
o que significa que ela é gloriosa e exaltada, e reflete o brilho da glória de Deus.
Ela tem a lua debaixo de seus pés (vers. 1), isto é, ela exerce domínio pela
autoridade outorgada pelo próprio Cordeiro. Ela tem em sua cabeça uma coroa
de doze estrelas (vers. 1), ou seja, ela é vitoriosa, ela é vencedora.
A mulher está grávida (vers. 2), o que significa que ela tem uma grande
missão: dar a luz a Cristo segundo a carne (Rm 9:5). Aqui é mais uma clara
referência a Igreja do Antigo Testamento, um povo especialmente escolhido por
Deus pela qual o Messias viria ao mundo. Esse processo não foi nada fácil. O
dragão perseguiu ferozmente esse povo, essa igreja, essa mulher, mas Deus a
Por fim, vemos também que a mulher é protegida por Deus (vers. 6, 14).
O livro do Apocalipse mostra essa proteção de forma maravilhosa. Nele, sabemos
que a Igreja é selada (Ap 7:3; 9:4), é medida e separada (Ap 11:1), e no capítulo 12
vemos que ela recebe asas (vers. 14).
Tudo isto significa que Deus protege pessoalmente o seu povo do poder
aos seus eleitos para que sejam mortos por amor ao seu nome (Ap 6:9,11; 14:13).
reger as nações com cetro de ferro". Essa é uma citação do Salmo 2:9, um salmo
messiânico, inclusive aplicado pelo próprio Cristo em Apocalipse 2:27.
A DESCRIÇÃO DO DRAGÃO
O dragão simboliza Satanás (Ap 20:2), um ser pessoal que possui uma
grande obsessão em atacar o Filho da mulher. Ele possui sete cabeças coroadas,
que simbolizam seu domínio mundial (cf. Lc 11:20-22; At 26:18; Ef 2:2; 6:12; Cl 1:13).
Essas coroas não são coroas de glória e de vitória, mas coroas de pretensa
autoridade, pois ele tenta ser um imitador do Cordeiro. Os dez chifres simbolizam
o seu poder destrutivo. O próprio Jesus disse que o dragão "veio para matar,
roubar e destruir" (Jo 10:10).
Satanás é a terra. Essa expulsão não se refere a uma queda inicial de Satanás, mas
a sua derrota no tempo da crucificação e ressurreição de Cristo (Jo 12:31; Cl 2:15;
Ap 12:12)
sofre uma derrota esmagadora, anulando qualquer acusação contra aqueles que
estão em Cristo Jesus. O capítulo 12 revela Satanás sendo lançado na terra, já o
Como ele falhou em destruir o Filho da mulher, agora ele volta sua
atenção para a mulher. Ele tenta afogar a Igreja com um rio de mentiras,
desilusões e falsas teorias filosóficas, e com toda sua cólera ele pelejará contra os
fiéis (vers. 17), porém Deus os protege.
dragão vai sendo frustrado em seus planos, e vê suas mentiras e fraudes não
surtirem efeito diante da Igreja verdadeira, ele recruta alguns aliados para lhe
servirem nessa missão: a besta que sobre do mar, a besta que sobe da terra e a
grande Babilônia. Mas o dragão, e todos os seus aliados serão condenados
um monstro terrível, a segunda tem uma aparência inofensiva. As duas bestas são
instrumentos nas mãos de Satanás, aliados que o dragão recruta para atacar a
Igreja de Cristo. Vimos que no capítulo 12 Satanás é lançado à terra, e agora, a
escatológico.
ferido de morte, mas se trata de uma referência ao sistema imperial que retornará
ao mundo.
Em sua visão, o apóstolo João viu uma besta que subiu mar. Ela possui
dez chifres, cobertos de diademas, distribuídos em sete cabeças, as quais estão
também observa que uma das sete cabeças parece ter sido golpeada de morte,
porém essa ferida mortal foi curada e a terra inteira ficou maravilhada rendendo
vencerem. Os habitantes da terra, cujos nomes não foram escritos no livro da vida
do Cordeiro, maravilhados adoram a besta (Ap 13:8).
Note que a besta sobe do mar. O mar nas Escrituras representa as nações
descrita por João combina as características das quatro bestas vistas por Daniel
(Dn 7).
capítulo 17 (vers. 10 e 11) nos revela que as sete cabeças são sete colinas sobre as
quais se assenta a grande meretriz, Babilônia. Ainda no capítulo 17, o texto nos
mostra que as sete cabeças também são sete reis e seus governos que se
sucedem.
teólogos. A Roma antiga era conhecida na literatura como "a cidade das sete
colinas". Portanto, possivelmente aqui é feita uma primeira aplicação à Roma.
referência, assim, as sete cabeças também são sete reis (Ap 17:10). O anjo diz a
João que cinco reis já caíram, um ainda existe, e o outro ainda não surgiu, mas
No capítulo 17, o anjo informa a João que haverá um oitavo rei. Esse rei
procede dos sete reis citados. Ele é a besta "que era, e agora não é, e surgirá
novamente" (veremos isso mais adiante). Esse oitavo rei é o Anticristo. É a besta
encarnada na pessoa dessa figura maligna que será maior do que todos esses
outros impérios citados, pois ele reunirá e carregará nele as características dos
sete anteriores.
A besta também possui dez chifres que são coroados de diademas. Essa
em suas cabeças, a besta possuí diademas nos chifres. Isso mostra que quem
governa é, na verdade, o dragão que deu o seu poder a besta.
Mas o próprio texto nos conforta dizendo que isso durará muito pouco.
Eles receberão autoridade por apenas "uma hora". Novamente essa expressão não
deve ser interpretada literalmente, mas sim como uma referência ao curto período
já determinado o qual eles agirão.
cabeças foi ferida de forma mortal e, depois, curada. Isso significa que um dos
sete governos cessou por um pouco de tempo, mas retornará. Aqui João está
Romano como superpotência tinha chegado ao fim. Roma havia sido atingida
mortalmente na cabeça. Porém, por volta de 81 d.C., surge Domiciano, filho de
Vespasiano, e a perseguição aos cristãos iniciada por Nero ressurge ainda mais
violenta.
Os irmãos das sete igrejas da Ásia Menor que receberam esse livro no
século I, não tiveram dificuldade para interpretar essa visão, e, como já dissemos,
também não podemos ignorar essa aplicação primária.
profunda nela.
longo da história antiga, que enganava o mundo e dominava com imenso poder e
opressão por meio dos grandes impérios mundiais.
seja, ela não pode barrar definitivamente o avanço do Evangelho, pois o dragão
que lhe deu o poder, agora está limitado. Por isso ela "era e já não é".
morada do dragão. Neste ponto, quem defende essa posição afirma que é o
momento em que sua ferida mortal é curada. Esse é o momento em que a besta é
Foi concedido à besta agir por quarenta e dois meses. Novamente vale
tempo está determinado, e que a besta, por mais poderosa que pareça ser, não
tem poder para aumentar um único dia do seu reinado tirano. A besta age por
quarenta e dois meses. Não por quarenta e um, nem mesmo por quarenta e três,
mas por quarenta e dois. O controle está nas mãos do nosso Deus.
geral o poder perseguidor de Satanás operando por meio das nações deste mundo
e de seus governantes ao longo da História.
Essa besta assume várias formas, de maneira que ela está presente em
cada governo que se levanta de alguma forma contra a Igreja de Cristo, seja com
perseguições físicas, morais, retaliações diversas, aprovações de leis contrárias aos
Satanás.
Tal como foi nos dias do apóstolo João, nos dias que antecedem a
segunda vinda de Cristo, haverá uma oposição semelhante ao culto divino (2Ts
de uma forma nunca vista antes, tal como Jesus anunciou em seu Sermão
eternidade (Ap 17:18). Estes não perecerão. Se necessário, morrerão, mas não
serão definitivamente derrotados, pois Deus os elegeu desde a eternidade para a
Diferente da primeira besta, a besta que sobe da terra não possui dez
chifres, nem mesmo sete cabeças. Sua aparência nem de longe lembra a
outra, de maneira que ela induz o mundo a adorar a primeira besta. Se a primeira
besta é conhecida pela sua força e seu poder conquistador, a segunda é
imagem da besta que subiu do mar. Depois, ela faz a imagem falar. Também
ordena que qualquer um que não adorar a besta que subiu do mar deve ser
morto. Por fim, ela ordena que todos recebam a marca da besta sobre a mão
falsos profetas que agem durante toda essa dispensação, ensinando doutrinas de
demônios, tentando perverter a verdade das Escrituras, e levando os homens a
muito maior do que apenas o judaísmo apóstata da época. Se podemos ver essa
besta agindo nas tramas do judaísmo contra Jesus, também podemos vê-la em
Isso pode ser visto nos dias de João, onde os sacerdotes pagãos faziam o
máximo para impor as mentiras de Satanás na mente do povo. Tais sacerdotes
faziam de tudo para que cada vez mais pessoas proclamassem: "O imperador é o
nosso deus!".
dias e continuará estando até o dia do juízo de Deus. Da mesma forma com que
os seguidores de Cristo são selados na fronte (Ap 7:3; 9:4), os adoradores da besta
vez mais frequente (2Ts 2:9). A falsa religião estará a todo vapor, pregando as
mentiras de Satanás e recrutando inúmeros falsos profetas. O apelo será tão
ao número 666. Nas últimas décadas várias coisas foram identificadas como
"suspeitas" de serem a marca da besta. Já afirmaram, por exemplo, que a marca
estão convictos disso, até que surja uma nova tecnologia que torne essa aposta
do momento obsoleta. Vídeos conspiratórios não param de surgir na internet.
a de que tal marca será um sinal único, individual e externo, que será implantado
na fronte ou na mão direita dos homens em um momento específico da História,
Essa marca será usada como uma forma de controle pelo Anticristo, para
identificar seus adoradores. Todos os homens deverão ser marcados. Quem não
tiver a marca da besta e não adorar ao Anticristo como deus, não poderá comprar
ou vender, sendo caçados para que sejam mortos.
das vezes entendido como sendo a grande tribulação, com duração de sete anos
que será iniciado com um arrebatamento secreto da Igreja.
e construindo teorias.
que o gado receba uma marca para que se identifique sua procedência e a
fazenda a qual pertence. Nos dias do Apóstolo João, os animais também já eram
recebiam algum tipo de marca de identificação, além dos devotos das religiões
pagãs da época.
de tal deus. Essa marca, na maioria das vezes uma tatuagem, era exibida com
orgulho por esses devotos. Portanto, "receber uma marca" indicava que um
do Apocalipse:
seu tormento sobe para todo o sempre; e não têm repouso nem de dia
nem de noite os que adoram a besta e a sua imagem, e aquele que
receber o sinal do seu nome (Apocalipse 14:9-11).
4, João viu que os que morreram pelo testemunho de Cristo e pela Palavra de
Deus foram aqueles que "não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não
receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos". Assim, de acordo com os
capítulos 13, 14 e 20, receber a marca da besta significa claramente pertencer à
besta e adorá-la.
própria Bíblia, ou seja, devemos comparar Bíblia com Bíblia, buscando nela mesma
as informações necessárias que nos auxiliam na compreensão de algum texto
considerado difícil.
ficção, devemos levar em conta esse princípio básico de interpretação bíblica. Daí,
podemos nos perguntar: O que João quis dizer com ser marcado na fronte e na
mão? Será que ele usou o Antigo Testamento nessa expressão?
Também as atarás por sinal na tua mão, e te serão por frontais entre os
teus olhos (Deuteronômio 6:4-8).
percebemos que a expressão "atarás por sinal na tua mão, e te serão por frontais
entre os teus olhos" tem um sentido figurado.
palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração". Creio que ninguém iria
considerar a possibilidade de uma cirurgia para que tal ordem fosse cumprida. A
Outro texto interessante que também pode ter sido utilizado por João ao
escrever o Apocalipse está no livro do profeta Ezequiel, onde um sinal na testa foi
usado no sentido de preservação:
que uma pessoa pertence ao grupo contrário a Cristo e seus seguidores, de modo
que em tudo o que ela pensa, diz, escreve ou faz, reflete o espírito anticristão que a
e mata um cristão em alguma parte do mundo, até uma pessoa comum de uma
grande cidade que apoia uma lei contrária aos mandamentos de Deus. Ambos
Dizendo: Não danifiqueis a terra, nem o mar, nem as árvores, até que
hajamos selado nas suas testas os servos do nosso Deus (Apocalipse
7:3).
E olhei, e eis que estava o Cordeiro sobre o monte Sião, e com ele
cento e quarenta e quatro mil, que em suas testas tinham escrito o
nome de seu Pai (Apocalipse 14:1).
verdade os santos recebem muito mais do que uma marca, eles recebem um selo.
Esse selo indica que alguém pertence a Cristo, guarda sua Palavra, dirige
suas ações de acordo com seus mandamentos e seus pensamentos evidenciam a
mente de Cristo (1Co 2:16). Por outro lado, quem não possui o selo de Deus
possui a marca da besta.
sua vida de pecado, pertence a besta e adora a Satanás. Essa marca está presente
nos homens em todas as épocas. Todos aqueles que não tiveram seus nomes
cristãos não aceitaram essa condição, pois aceitá-la seria negar a fé em Cristo.
Diante disso, o que poderia se esperar do conflito entre um grupo de cristãos, em
sua maioria formada por camponeses e pessoas simples, contra o maior império
do mundo? Aos olhos humanos, aqueles dias pareciam indicar o fim da Igreja.
É diante desse pano de fundo que o livro do Apocalipse foi escrito. Foi
uma resposta de Cristo à sua Igreja, demonstrando que Ele estava atento ao que
estava acontecendo. Então, os verdadeiros cristãos foram convidados a
perseverar, não aceitar a marca da besta e não adorar a Satanás. Por conta disso,
muitos morreram, mas ficaram firmes na certeza de que reinariam com Cristo
O livro do Apocalipse nos adverte que possuir o selo de Deus é ter a vida
eterna, enquanto possuir a marca da besta é perecer eternamente (Ap 14:11; 20:4).
Até mesmo em nossos dias, quantos irmãos não perdem empregos, passam
necessidades e são impedidos de realizarem um negócio justo economicamente
por permanecerem fieis aos seus princípios bíblicos? Por não possuírem a marca
prejudicados.
As palavras do Apocalipse são tão atuais para nós hoje, como foi para os
cristãos do primeiro século. A marca da besta atravessa os anos, e pode ser vista
ocorrer, independente da época, a mensagem será a mesma: "Sê fiel até a morte,
e dar-te-ei a coroa da vida". "Aqui está a perseverança e a fé dos santos " (Ap 2:10;
13:10b).
Certamente, seja qual for a interpretação primária desse número, isso ficou
apenas entre aqueles cristãos, se perdendo rapidamente, pois os pais da Igreja
que viveram cerca de 100 anos depois que o livro do Apocalipse foi escrito,
também não sabiam o significado exato.
O que podemos concluir é que Deus não permitiu que ficasse clara para
nós a identidade exata do homem que, naqueles dias, foi chamado por João pelo
número 666.
como é para nós hoje, e, mesmo tendo um significado prático e específico para
eles, a mensagem necessariamente é a mesma.
um cartão ou qualquer outra coisa, não significa que o Anticristo escatológico não
usará recursos tecnológicos como ferramentas para perseguir a Igreja. Ele
possivelmente utilizará tudo o que tiver ao seu alcance para fazer com que todos
os homens da terra o adorarem. Portanto, utilizar a tecnologia será apenas uma
igrejas da Ásia Menor que estavam sendo perseguidos, presos e mortos, receber
uma carta falando sobre chips, códigos e cartões utilizados no século 21? A
Viver em santidade, mesmo que isso custe a nossa própria vida, significa não
receber a marca da besta. Satanás está marcando as pessoas, imprimindo nelas o
não podemos ser iguais ao mundo, não podemos ser confundidos com os
adoradores da besta.
nossos dias, mas até mesmo nos primeiros séculos depois de Cristo. Mais
recentemente ele também já foi tema de filmes e livros. Mas afinal, o que
realmente a Bíblia diz sobre o Anticristo? Neste capítulo veremos alguns pontos
fundamentais que a Bíblia nos esclarece sobre essa figura tão especulada.
múltipla aplicação, que são muito comuns nos textos bíblicos que falam sobre o
Anticristo.
onde o próprio Jesus citou tais profecias em seu sermão escatológico (Mt 24; Mc
13; Lc 21), deixando muito claro a aplicação futura de profecias que, até então, os
especulação nesse sentido, mas podemos ter a certeza de que tudo o que
precisaríamos saber sobre ele nos foi revelado na Palavra de Deus.
ele vê quatro animais que subiam do mar (leão, urso, leopardo e outro terrível e
indescritível), que representam quatro reinos (Dn 7:1-18). A visão prossegue e nos
versículos seguintes Daniel fala sobre um pequeno chifre que surge entre os dez
chifres do quarto animal, e nesse pequeno chifre havia olhos como os de homem,
e uma boca que falava grandes coisas (Dn 7:8).
personagem escatológico.
do Anticristo que também está sendo citada, onde sua atuação no período final
da presente era foi prefigurada pela atuação do rei da dinastia Selêucida Antíoco
IV Epifânio por volta de 167 a.C., e depois, no cerco de Jerusalém em 70 d.C, pelo
Império Romano.
seguintes (vers. 21-22), o pano de fundo da profecia de Jesus deixa de ser apenas
a destruição de Jerusalém, e passa também a se referir a um período futuro, a
anticristos que precedem o Anticristo final. Isso fica claro em seus textos, onde ora
ele usa o termo em um sentido impessoal e ora ele usa em um sentido pessoal.
O ANTICRISTO NO APOCALIPSE
O livro do Apocalipse descreve de forma clara a atuação do Anticristo no
capítulo 13:
Como exemplo disto, o profeta Isaías usou o mar para descrever as nações
incrédulas:
Mas os ímpios são como o mar bravo, porque não se pode aquietar, e
as suas águas lançam de si lama e lodo (Isaías 57:20).
longo da História. No final, o que parecia estar morto resurge em vida, e a terra
toda fica maravilhada. Essa besta toma diferentes formas, e, no fim, ela se
5. Ele será temido e reconhecido pelo mundo como alguém invencível (vers.
4).
8. Ele será apoiado pela segunda besta, a besta que sobe da terra, o falso
profeta (vers. 11-18).
permitido agir. Quando seu tempo acabar, ele será destruído por Cristo e
cronologicamente sucessiva. É importante dizer que, para estes, a sexta taça trata
do livramento de Cristo ao povo de Israel e aos cristãos que se converterão na
referem ao período que compreende desde a primeira vinda de Cristo (sua morte,
ressurreição e ascensão ao céu) até a sua segunda vinda, de forma que o juízo de
dos momentos finais da presente era, com a segunda vinda de Cristo para livrar o
seu povo (nesse caso a Igreja), a destruição das forças do mal e o juízo final.
coração do homem. Essa seção nos mostra o derramamento da ira de Deus sobre
os homens, e a triste realidade de que, mesmo diante do juízo divino, os homens
Essa visão registrada pelo apóstolo João nos mostra que ao longo da
História Deus sempre envia juízos parciais que avisam o iníquo sobre seu pecado
(as trombetas), mas quando esses avisos são desprezados, então segue-se o
derramamento conclusivo de sua ira (as taças). É uma ira sem mistura, sem
"mesclado de fogo" (Ap 15:2). O apóstolo também viu "os vencedores da besta, da
sua imagem e do número do seu nome". Enquanto os ímpios estão nas
turbulentas águas desse mundo, os vencedores estão sob o mar de vidro,
descansando na paz da transparência da justiça de Deus que se revela como fogo
enviadas por Deus. Esses vencedores que João viu são todos os salvos que
morreram ao longo da História da Igreja, que foram fiéis e que venceram a besta
da narrativa bíblica. Note a frase: "Justos e verdadeiros são os teus caminhos" (Ap
15:3). Isso é como um aviso de que nada do que será registrado por João será
injusto. Os flagelos da ira de Deus mostrados a João refletem a sua justiça, são
verdadeiros e corretos.
temerá e não glorificará o teu nome, ó Senhor?" Em outras palavras, será que
existe alguém louco o bastante de mesmo diante de toda a grandeza de Deus,
diante do furor do seu juízo, não lhe render glória? Mais à frente o capítulo 16 nos
responderá.
João enfatiza que as taças portadas pelos sete anjos são os últimos sete
flagelos da cólera de Deus, ou seja, com o derramamento dessas taças consuma-
assemelham bastante com algumas pragas que castigaram o Egito (Êx 7-11).
da Lei. Era o lugar da habitação de Deus com Seu povo (Êx 25:16-28).
homens. Isso significa que esses anjos são representantes da ira do próprio Deus.
8:10,11).
Aqui, o Santuário está bloqueado, ou seja, o Deus irado tornou inacessível suas
ternas misericórdias.
do livro, percebemos que as cenas vão ficando cada vez mais claras e completas.
O juízo de Deus vai se revelando de um modo paralelo e progressivo no livro do
Apocalipse.
Para entender essa ideia de “juízo parcial” e “juízo total”, basta notar que,
taças. De sete trombetas, quatro se referem aos elementos naturais e três aos
homens. Nas taças, quatro se referem aos homens e apenas três aos elementos
naturais. Isso claramente mostra a intensificação do juízo de Deus que está sendo
revelado na profecia.
Tanto as taças como as trombetas terminam com uma cena do juízo final.
esmagados no lagar da ira de Deus (Ap 14:14-20). Nas taças a descrição do juízo é
ser interpretados literalmente, mas como uma referência simbólica à situação dos
ímpios diante do juízo de Deus.
estão tomando do cálice de sua ira. Aqui vale dizer que a Igreja é alvo das
perseguições e tribulações promovidas pelo dragão e seus agentes, mas não dos
flagelos, ou seja, as taças não são derramadas sobre a Igreja (1Ts 5:9). As sete taças
são destinadas apenas aos homens que possuem a marca da besta, os adoradores
PRIMEIRA TAÇA
besta, são castigados com úlceras malignas e perniciosas. Esses homens atingidos
não são apenas um grupo de pessoas no fim dos tempos, mas são todos os
incrédulos que serviram a besta durante toda esta dispensação.
Aqui, João está descrevendo a dor da aflição do homem sem Deus. São
castigados com úlceras malignas e perniciosas, ou seja, é algo terrível e doloroso.
SEGUNDA TAÇA
e morreu todo o ser vivente que havia no mar. Se nas trombetas apenas um terço
do mar foi atingido, aqui o mar é atingido por completo. Essa descrição é um
TERCEIRA TAÇA
E o terceiro anjo derramou a sua taça nos rios e nas fontes das águas,
e se tornaram em sangue. E ouvi o anjo das águas, que dizia: Justo és
tu, ó Senhor, que és, e que eras, e hás de ser, porque julgaste estas
coisas. Visto como derramaram o sangue dos santos e dos profetas,
também tu lhes deste o sangue a beber; porque disto são
merecedores. E ouvi outro do altar, que dizia: Na verdade, ó Senhor
Deus Todo-Poderoso, verdadeiros e justos são os teus juízos
(Apocalipse 16:4-7).
Essa taça foi derramada nos rios e nas fontes das águas, e se tornaram em
por causa de sua fé clamando por justiça da parte de Deus contra aqueles que os
versículo sete, João ouviu uma voz que dizia: "Na verdade, ó Senhor Deus Todo-
Poderoso, verdadeiros e justos são os teus juízos".
QUARTA TAÇA
arrependeram, agora eles são castigados pelo intenso calor produzido pelo sol.
Talvez o escurecimento eles pudesse ignorar, mas o grande calor não há como
não sentir.
Mesmo diante do juízo de Deus que está sendo derramado, mesmo sendo
castigado por sua perversidade o homem não se arrepende, e, ao invés de dar
glória ao Deus que tem autoridade sobre esses flagelos, ele blasfema contra seu
nome.
"Quem não temerá e não glorificará o teu nome, ó Senhor?" Aqui está a resposta.
O homem é tão louco em sua perversidade que mesmo diante do castigo
QUINTA TAÇA
língua por causa da dor que sentiam. O trono da besta é o centro do governo
anticristão. Esses versículos nos fazem lembrar da oração do Profeta Habacuque,
quando ele se recordou do Êxodo e de como Deus livrou seu povo do domínio de
Faraó. Então Habacuque orou dizendo que quando o Senhor sai para livrar o seu
grande império que já existiu. O sistema humano, que governa sob a influência
dos poderes satânicos e, de certa forma, até parece invencível, cai de forma
Eles mordem a língua de dor, mas encontram forças para declararem que são
inimigos de Deus.
SEXTA TAÇA
E o sexto anjo derramou a sua taça sobre o grande rio Eufrates; e a sua
água secou-se, para que se preparasse o caminho dos reis do oriente.
E da boca do dragão, e da boca da besta, e da boca do falso profeta vi
sair três espíritos imundos, semelhantes a rãs. Porque são espíritos de
demônios, que fazem prodígios; os quais vão ao encontro dos reis da
terra e de todo o mundo, para os congregar para a batalha, naquele
grande dia do Deus Todo-Poderoso. Eis que venho como ladrão. Bem-
aventurado aquele que vigia, e guarda as suas roupas, para que não
ande nu, e não se vejam as suas vergonhas. E os congregaram no lugar
que em hebreu se chama Armagedom (Apocalipse 16:12-16).
é o símbolo de toda batalha na qual o povo de Deus está sendo oprimido frente
ao grande poder do inimigo, e o próprio Deus, de repente, revela seu poder e
abominável. Isso significa que os poderes desse mundo e a falsa religião agem
sob as ideias e a inspiração do maligno. São planos, projetos, métodos e
(2Ts 2:1-12).
SÉTIMA TAÇA
João ouviu uma voz saindo do santuário dizendo: "Feito está!" Essa era a
todas as ilhas fogem, os montes não são encontrados e pedras desabam do céu.
O QUE É A BATALHA DO
ARMAGEDOM?
No derramamento da sexta taça, conforme vimos no texto anterior,
Armagedom é o nome usado por João para se referir ao local de ajuntamento
para a batalha que ocorrerá no "Grande dia do Deus Todo-Poderoso" (Ap 16:14).
Claro que não faltam teorias fantasiosas sobre essa famosa batalha, de
modo que o termo “Armagedom” se tornou um tipo de designação geral sobre o
principais delas.
uma referência simbólica acerca desse evento final, ou seja, não necessariamente
exigindo uma localização literal na terra de Israel. Outros, por sua vez, defendem
ramificações fazem com que haja diferentes interpretações entre os próprios pré-
milenistas.
livrar o povo de Israel e os crentes que serão convertidos durante esse período.
Armagedom. Nesse caso, tal batalha será um confronto literal do exército reunido
pelo Anticristo contra o próprio Cristo.
por cristãos genuínos. Portanto, mais uma vez afirmo que é preciso que haja
respeito com quem adota uma posição diferente da que defendemos.
sendo esvaziado sobre o mundo incrédulo, resultando nas últimas pragas que
levam à segunda vinda de Cristo. Diferente das trombetas que possuem o
foi na região de Megido que ocorreu aquela famosa batalha com a participação
de Débora, onde o povo de Deus era muito frágil perante o exército inimigo. Na
a não ser se esconderem de medo (Jz 5:6). O exército inimigo era devastador.
Então Deus, através de Débora, avisou que entregaria o inimigo nas mãos
do povo de Israel (Jz 4:14). A batalha foi travada em Megido, porém, quando tudo
parecia perdido, sem solução, sem saída, Deus agiu de forma direta e
sobrenatural dando a vitória ao seu povo. O inimigo do povo de Deus foi
esmagado, de modo que foi o próprio Senhor quem os derrotou (Jz 5:20). É
exatamente sobre isso que o Armagedom se refere.
vitória de Cristo com todo esplendor e glória sobre todos os seus inimigos.
e seus agentes.
sobre essa batalha (caps. 19:19-21; 20:7-9). É importante perceber que em tais
referências não se tratam de três batalhas diferentes, mas de uma única batalha, a
exércitos humanos medirão forças com o próprio Cristo e seu exército celestial de
forma literal. Infelizmente já escutei uma pregação em que o pregador de forma
transmitindo ao vivo essa batalha. Por favor, não entenda assim. Isso chega a ser
uma descrição do tamanho da blasfêmia do homem para com Deus, que mesmo
diante do juízo divino, insiste, com toda sua loucura, em afrontá-lo.
A GRANDE BABILÔNIA DO
APOCALIPSE
Apocalipse 17 é mais um daqueles capítulos considerado por muitos
Testamento.
no capítulo 17.
cansativo e confuso.
futuro.
no versículo 18, onde nos é dito que a mulher "é a grande cidade que reina sobre
os reis da terra", ou seja, a Babilônia.
apóstolo João em sua composição. Apocalipse 17 inicia uma nova divisão paralela
do livro do Apocalipse, ou seja, o apóstolo João irá registrar pela sexta vez a
mesma história, porém por um ângulo diferente.
Entretanto, por mais terrível que esse cenário pareça ser, o livro do
Apocalipse mostra que a Igreja é mais que vencedora, pois Cristo vence, e nós
vencemos com Ele. É justamente a partir do capítulo 17 que João descreve a
12, 13 e 14, agora o livro do Apocalipse nos mostra a queda desses inimigos
exatamente de forma inversa, ou decrescente. Aqui é importante ressaltar que,
encontramos a descrição da besta. E, por fim, a terceira parte já nos mostra vitória
durante o capítulo.
da grande Babilônia, podemos ver mais uma vez essa característica. No livro do
Apocalipse a Igreja é descrita como uma mulher, uma virgem, santa, digna e
adornada para seu esposo. Perceba o nítido contraste entre a Noiva do Cordeiro
(Ap 12; 21:9) e a meretriz descrita nesse capítulo.
sobre quem é essa meretriz, certamente podemos dizer que ela é mais do que
uma simples cidade.
1. Ela é uma prostituta (vers. 1, 5): como já dissemos, isso mostra todo o
termo grego traduzido por “devassidão” é porneia. Este termo pode ser
aplicado de maneira bem ampla, e significa literalmente “prostituição”.
4. A grande meretriz aparece sentada sobre a besta que tinha sete cabeças e
dez chifres (vers. 3): esse animal que aparece no versículo 3 é a primeira
besta mencionada no capítulo 13, a besta que subiu do mar. Essa besta
representa os governos mundiais de maneira geral, ou seja, todo o poder
econômico, político e militar. Isso nos mostra a sincronia que há entre a
besta e a prostituta, de forma com que a busca pelo prazer é a motivação
mundo, muito menos uma futura cidade que será reconstruída. Esse
nome é uma referência direta a tudo o que a Babilônia simboliza, desde
ocorresse novamente um dilúvio, eles poderiam subir pela torre até o céu
e se vingar do próprio Deus. Depois de Babel, Babilônia ressurge
Roma, uma cidade que era conhecida naquele tempo como a cidade dos
prazeres. Roma era a fonte de todo tipo de idolatria, de modo que os
humana pelo prazer, seja por vícios, pela prostituição, luxuria e ganância
ali estará a Babilônia.
Apóstolo João ficou espantado com essa visão. Imagine você a cena que
João estava vendo: uma mulher vestida sensualmente, com vestes finas e
João podemos identificar mais uma vez uma referência direta a cidade de
Roma daqueles dias, onde os cristãos eram perseguidos e cruelmente
houver o sangue dos mártires sendo derramado, ali estará a meretriz com sua
sedução, ali estará a Babilônia com seu cálice de devassidão.
O texto continua com o anjo dando detalhes a João sobre a besta em que
No versículo 14, vemos como esse sistema maligno juntará forças para
guerrear contra o Cordeiro, mas serão definitivamente derrotados, pois o
Cordeiro os vencerá, e vencerão com Ele os seus eleitos. Aqui o anjo informa a
prostituta. Eles a despiram, comerão a sua carne e a destruirão com fogo. Aqui
vemos que os inimigos de Cristo e da Igreja destroem uns aos outros para
visão. A descrição dessa cena nos mostra que a busca pelo prazer, a sedução do
mundo é autodestrutiva. No final, o homem fica desiludido com os seus próprios
presente era e a tão gloriosa segunda vinda de Cristo. É nesse momento que essa
mulher é destruída. Enquanto Babilônia cai, a Nova Jerusalém se levanta em grande
esplendor. Enquanto a prostituta é despida e desonrada, a Noiva do Cordeiro
Então ouvi outra voz do céu que dizia: "Saiam dela, vocês, povo meu,
para que vocês não participem dos seus pecados, para que as pragas
que vão cair sobre ela não os atinjam!" (Apocalipse 18:4).
empenhada em tentar destruir a pureza dos santos. Nestas breves palavras somos
aconselhados a não nos conformarmos com este mundo, tal como o apóstolo
Paulo nos escreveu em sua Carta aos Romanos (cap. 12:2). Aqui cabe uma reflexão
pessoal para cada um de nós.
no livro do Apocalipse. Para que nosso texto não fique confuso e repetitivo, citarei
as principais interpretações acerca das Bodas do Cordeiro, organizando-as em
faz referência a eventos que já ocorreram no século 1, embora para alguns, ela
pré-figure de alguma forma a segunda vinda de Cristo. Essa é a interpretação
defende que tal evento ocorrerá após a primeira fase da segunda vinda de Cristo,
ou seja, o arrebatamento secreto da Igreja antes da grande tribulação.
acerca das Bodas do Cordeiro é sobre quem poderá participar desse evento.
Alguns defendem que somente os santos que fizeram parte da Igreja do Novo
Ao final dos sete anos das Bodas, Cristo voltará mais uma vez (segunda
fase da segunda vinda de Cristo), porém agora visivelmente e acompanhado pela
Igreja e os anjos. Geralmente o período de “sete anos” é defendido utilizando
referências do livro de Daniel (profecia das setenta semanas de Daniel) e do livro
Anticristo.
CORDEIRO?
Sabemos que a escatologia não é um tema dos mais fáceis. Há diferentes
opiniões e posicionamentos sobre o assunto, portanto devemos respeitar quem
pagava um dote ao pai da noiva (se ainda não tinha sido pago na cerimônia de
contrato).
noiva).
dos pais do noivo, a casa da noiva, e a futura casa do casal. As bodas, que incluía
a ceia, duravam entre sete e quatorze dias. Uma referência clara aos costumes do
casamento judaico pode ser encontrada na Parábola das Dez Virgens (Mt 25).
de casamento já está firmado. Cristo, o Noivo, já pagou o dote por sua Noiva,
derramando seu próprio sangue. Já está tudo oficializado, e isso é irrevogável.
se veste de linho fino, ou seja, seu caráter é santificado, ela está vestida de justiça,
suas vestes foram lavadas no sangue do Cordeiro. Sua justificação é puramente
pela graça soberana de Deus.
intervalo chegar ao fim, o Noivo virá para receber a sua Noiva, acompanhado por
anjos de glória. Então a festa de casamento começará.
carne dos adoradores da besta, aqueles que foram seduzidos pela prostituta.
Enquanto a Noiva é honrada, a prostituta é julgada. Enquanto a prostituta diz “Ai” a
que o apóstolo João teve, ao contrário, aqui temos a nítida certeza de que essa
festa durará para sempre, a comunhão sem igual entre o Redentor e seus
História, uma História que começou com a Noiva sendo escolhida em Cristo
Agora resta apenas esse momento tão esperado, onde haverá a completa
realização de todas as promessas de Deus.
cancelada, e esse grande dia chegará, onde nosso Noivo virá e separará as
ovelhas dos bodes, o trigo do joio, os santos dos ímpios.
participará?
O QUE É O MILÊNIO?
Chegamos a sétima seção do livro do Apocalipse, que compreende os
capítulo 20, 21 e 22. Sem dúvida o milênio é o tema mais debatido dentro da
existem.
Muitos dos cristãos são leigos nos assuntos mais complexos da teologia,
de modo que um aprofundamento em determinados temas torna a compreensão
parece ser mais coerente com a Palavra de Deus. Peço que você seja paciente
neste capítulo, e, se possível, analise tudo de forma imparcial, sem conceitos pré-
uma delas entende sobre o milênio. Aqui será necessário repetir alguns conceitos
que já citamos no início deste livro.
O AMILENISMO E O MILÊNIO
o interpreta como um reino literal de mil anos com Cristo governando sobre a
terra após a sua vinda.
Amilenismo, o milênio ocorre com o reinado dos santos com Cristo nos céu,
conectado com a expansão da Igreja e o avanço do Evangelho na terra.
O PÓS-MILENISMO E O MILÊNIO
condenando-o eternamente.
durante mil anos que será iniciado com a sua segunda-vinda. Cristo governará a
partir de Jerusalém e será um período sem igual na terra.
Igreja.
Somente após finalizar seus propósitos com a Igreja é que Ele retomará
seu plano para com Israel, e isso ocorrerá principalmente no milênio, onde as
No final desse período Satanás será solto, enganará as nações e fará uma
guerra final contra "o acampamento dos santos", e Cristo então os derrotará
definitivamente. Depois disso haverá o julgamento perante o grande trono
genuínos, que possuem compromisso com a Palavra de Deus e que também são
muito capacitados no assunto. Portanto, antes de tudo, creio que esse tema não
Com isso, quero dizer que o fato de alguém defender uma posição ou
outra, não o torna um herege, muito menos um seguidor de “seitas” como alguns
esse assunto. Tratarei esse tema eliminando posição por posição, para que o
entendimento fique mais claro.
Começando pelo Pós-Milenismo, sei que essa posição foi muito popular
durante muitos anos, e defendida por grandes homens de Deus. Porém as
guerras, sobretudo do século 20, fizeram com essa posição perdesse espaço.
O próprio livro do Apocalipse deixa isso bem claro. Logo, me parece claro que o
ensino bíblico é de que o mundo irá de mal a pior, até que Cristo venha.
Dispensacionalista. Para mim, esta última posição que também é a mais recente
dentro do cristianismo, possui sérios problemas e acaba sendo totalmente
confusa.
qualquer distinção entre judeus e gentios já foi abolida, e Deus possui apenas um
único povo, a Noiva, a Igreja (At 13:32-39; Gl 3:28,29; Cl 3:11; Ef 2:14,19; 1Pe 2:9).
de Deus, ou seja, já foi inaugurado (Mt 2:2; 4:23; 9:35; 27:11; Mc 15:2; Lc 16:16; 23:3;
Jo 18:37), está em prosseguimento (Mt 24:14; Rm 14:16,17; 1Co 4:19,20; Cl 4:11) e
anos.
do Novo Testamento, ou até mesmo o novo céu e nova terra. Não há necessidade
de um reino terreno temporário para que tais profecias se cumpram, nem mesmo
isto? Será no milênio, quando Jesus se assentará no trono de Davi como os pré-
milenistas afirmam?
Prevendo isto, Davi falou da ressurreição de Cristo, que a sua alma não
foi deixada no inferno, nem a sua carne viu a corrupção. Ora, a este
Jesus, Deus ressuscitou, do que todos nós somos testemunhas. De
sorte que, exaltado pela destra de Deus, e tendo recebido do Pai a
promessa do Espírito Santo, derramou isto que vós agora vedes e
ouvis. Porque Davi não subiu aos céus, mas ele próprio declara: Disse o
Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha
os teus inimigos por escabelo de teus pés. Saiba pois com certeza toda
a casa de Israel que a esse mesmo Jesus, a quem vós crucificastes,
Deus o fez Senhor e Cristo (Atos 2:31-36).
Creio que esteja muito claro o que o apóstolo Pedro ensinou neste texto.
quero citar algumas perguntas que não consigo encontrar respostas para elas
dentro do Pré-Milenismo:
que não há qualquer referência sobre isso nos Evangelhos e nas Epístolas
do Novo Testamento?
2. Por que no sermão escatológico (Mt 24; Mc 13; Lc 17) Jesus apresentou
uma descrição detalhada sobre os acontecimentos que iriam ocorrer, e
ao povo de Israel, por que Jesus nunca falou nada sobre ele aos seus
discípulos que eram judeus? Isso não teria os confortado de algum
modo?
4. Ainda no sermão escatológico, Jesus foi claro ao dizer: “Eis que de
antemão vos tenho dito tudo” (Mc 13:23). Se Ele afirmou ter dito tudo
acerca do fim dos tempos, por qual motivo ele não citou o milênio? Não
segunda vinda de Cristo, ele não fala nada sobre um reino milenar futuro?
Será que talvez seja porque Jesus não o ensinou nada sobre isso? Para
Pedro, haverá a segunda vinda de Cristo, o julgamento de todas as
10. Como encontrar base bíblica para defender a ideia de salvação após a
vinda de Cristo? As pessoas durante o milênio precisarão crer em Jesus
para serem salvas? Se sim, como alguém então não crerá diante de um
reino literal de Cristo na terra? Isso não será injusto com quem viveu
12. Se o reino milenar futuro exige um julgamento após mil anos da segunda
Sob esse ponto de vista, vamos brevemente entender alguns pontos acerca do
milênio no capítulo 20 do Apocalipse.
ensina que o evento que sucede a segunda vinda de Cristo é o juízo final e o
estabelecimento do novo céu e nova terra. Logo, a interpretação mais coerente é
para serem julgados os mortos, para se dar galardão aos teus servos, os profetas,
os santos e aos que temem o teu nome, tanto aos pequenos como aos grandes, e
para destruíres os que destroem a terra” (Ap 11:18).
coroação de Cristo. Essa “volta” no tempo é inegável até mesmo entre os pré-
milenistas. Na verdade, se compararmos os capítulos 11-14 com o capítulo 20,
4. A descrição da segunda vinda de Cristo para juízo (Ap 11:17,18; 14:14ss; cf.
20:11).
Portanto, fica fácil entender que o capítulo 20 pertence a uma nova seção
paralela que está mais uma vez recontando a história, porém agora dando mais
detalhes sobre a derrota definitiva de Satanás (Ap 20:10) e o juízo final (Ap 20:11-
15), e nos levando mais além com a descrição maravilhosa do novo céu e nova
debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas, foi perseguida por um
dragão (Ap 12)?
Será que surgirá um monstro com dez chifres e sete cabeças saindo do
mar (Ap 13)?
Será que o sangue dos ímpios escorrerá por 296 km (Ap 14:20)?
os olhos humanos podem ver. Por mais que as coisas estavam difíceis, a
mensagem revelada ao apóstolo é de que o Cordeiro têm o livro nas mãos, Ele
seu ministério, com sua morte, ressurreição e coroação. O próprio Jesus testificou
sobre isto, ao responder aos blasfemos fariseus: “Como pode alguém entrar na
de Satanás. Certa vez Jesus enviou setenta discípulos com a missão de pregar o
Evangelho. Quando retornaram, eles estavam muito felizes porque até os
demônios lhes eram submetidos ao nome de Jesus. Então Jesus disse: “Eu via a
os gregos foram procurar por Jesus. Na ocasião Jesus disse: “Chegou a hora de
ser julgado este mundo; agora será expulso o príncipe deste mundo. Mas eu,
quando for levantado da terra, atrairei todos a mim” (Jo 12:31,32).
“lançar”. Mais uma vez o Evangelho de Cristo é apontado, pelo próprio Cristo,
como a derrota de Satanás.
restrita apenas ao povo de Israel, sendo que as demais nações estavam presas sob
as correntes da enganação de Satanás, que as mantinham em completa
ignorância.
Mas perceba que Jesus falou que com sua morte Ele atrairia a “todos”, ou
seja, não só judeus, mas gregos, romanos, etc. Com isso, entendemos que o
poder do dragão foi limitado, no sentido de que ele não pode impedir o avanço
resistir ao Império Romano, o maior império do mundo. Roma caiu, mas a Igreja
continua de pé.
escritor da Epístola aos Hebreus escreveu dizendo que a morte de Cristo destruiu
o diabo (Hb 2:14; cf. 1Jo 3:8).
ele não está completamente inoperante. Ele age dentro das limitações impostas a
ele. Ele age como tentador, é o nosso inimigo, ruge como leão buscando a quem
possa tragar, persegue a Igreja levando alguns cristãos até mesmo à morte, mas
não pode impedir que a pregação do Evangelho seja expandida, pois as trevas
ou o de seu povo, tais tronos estão localizados no céu, como por exemplo, em
tais ocasiões trata-se do trono de Satanás e do Anticristo (Ap 2:13; 13:2; 16:10).
Logo, a ênfase desse reinado está no céu e não na terra. A prova é que os
que se assentam nos tronos são as almas dos mártires, os que foram "decapitados
por causa do testemunho de Jesus", bem como todos os outros cristãos que já
partiram no Senhor, ou seja, "tanto quantos não adoraram a besta". Lembrando
que o próprio livro do Apocalipse ressalta que essas almas estão no céu (Ap 6:9-
11).
expressão “vi ainda”, dando a aparente impressão de que o grupo que está
sentado no trono é diferente do grupo de almas contemplado por João.
ressurreição feita nesse capítulo (Ap 20:5,6). Se essa ressurreição se refere a uma
ressurreição corporal, então necessariamente ela deve coincidir com a segunda
menos duas ressurreições separadas por mil anos uma da outra. Na verdade, se
uma pessoa ler a Bíblia inteira até o capítulo 19 do Apocalipse, será impossível que
ela chegue até este capítulo com a percepção de que haverá mais de uma
algumas passagens dizem que haverá apenas uma única ressurreição e outra
parece indicar que haverá mais de uma, certamente o erro está em nossa
Milenismo é que, ao meu ver, faz exatamente o contrário. Ele tenta interpretar
passagens claras à luz de uma única passagem difícil. Em outras palavras, o erro
bíblicas.
ressurreição dos ímpios. Bem, já citamos aqui passagens bíblicas que ensinam que
os justos e os ímpios ressuscitarão num único evento. Mas apenas para
concluirmos este raciocínio, se atente para o que Jesus afirmou no Evangelho de
João:
Obviamente Jesus está falando da ressurreição dos santos, e, para Ele, tal
ressurreição ocorrerá "no último dia". O ensino é tão claro que Ele repete a
expressão "o último dia" como sendo a data que ocorrerá essa ressurreição mais
Sobre isto, o apóstolo Paulo entendeu que esse "ultimo dia" será na hora
da segunda vinda de Cristo (1Ts 4:16; 3:20,21; 1Co 15:23). Compare agora o que
Paulo escreveu em sua Epístola aos Tessalonicenses com o que Jesus falou no
Evangelho de João:
Não vos admireis disso, porque vem a hora em que todos os que estão
nos sepulcros ouvirão a sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem,
para a ressurreição da vida, e os que tiverem praticado o mal, para a
ressurreição do juízo (João 5:28,29).
Será que a sentença "ouvirão a sua voz" possui ligação com a frase
Sobre a situação dos ímpios, Paulo em Atos 24:15 declara que "há de
haver ressurreição tanto dos justos como dos injustos". No grego, a palavra
traduzida como "ressurreição" também está no singular, anastasin, indicando que
Paulo se referia a um único evento, pois não é possível se referir a duas
ressurreições separadas por mil anos uma da outra apenas como "ressurreição"
no singular.
milênio, como pode esse dia ser chamado de "o último dia" já que haverá pelo
menos mil anos depois dele até que venha realmente a consumação da presente
era?
11:25,26; Rm 6:11; Ef 2:6; Cl 3:1-3). Portanto, quem passa por essa ressurreição não
tem parte na segunda morte, isto é, a morte espiritual com a condenação eterna
Para resumir, podemos entender que os salvos morrem apenas uma vez,
isto é, fisicamente, mas ressuscitam duas vezes, espiritualmente e corporeamente
Por isso que a segunda morte não tem autoridade sobre aquele que tem
parte na primeira ressurreição, pois este está vivo com Cristo e justificado nos
méritos de sua obra na cruz.
modo algum devemos rejeitá-lo, mas também não somos obrigados a aceitar
qualquer interpretação sobre ele.
deixar claro acima de tudo que a Palavra de Deus é inerrante e infalível, ou seja,
não há qualquer erro ou contradição nela.
revelados, mas devemos ter a plena certeza de que tudo ocorre conforme a
soberana vontade de Deus, por mais que não compreendamos.
GOGUE E MAGOGUE
Claro que não poderíamos passar pelo capítulo 20 do Apocalipse sem dar
uma atenção especial a expressão "Gogue e Magogue". Esta é uma expressão que
desse evento, o que acaba gerando ainda mais curiosidade entre as pessoas
acerca desta expressão.
adiantar que essa é uma batalha que já estudamos neste livro, porém
anteriormente ela apareceu no Apocalipse com um outro nome. Veremos isto a
seguir.
1Cr 1:5). Já Gogue, é citado como um rubenita, filho de Semaías (1Cr 5:4).
20:7-10).
O Apóstolo João relata que acabado o milênio, Satanás será solto por um
pouco de tempo, “e saíra para enganar as nações que estão nos quatro cantos da
terra, Gogue e Magogue, a fim de reuni-las para a batalha. Seu número é como a
areia do mar” (Ap 20:8).
um futuro reinado milenar e literal de Cristo na terra após a sua segunda vinda
(pré-milenistas), afirmam que essa batalha de Gogue e Magogue ocorrerá ao
término desse período, quando Satanás for literalmente solto novamente para
enganar as nações. Vale dizer também que alguns pré-milenistas defendem que
essa batalha ocorrerá antes do Milênio, porém creio que essa afirmação seja uma
contradição com o próprio pensamento que eles defendem.
capítulo 20 do Apocalipse.
As teorias sobre isso são tão específicas que até mesmo nomes de nações
Talvez uma das teorias mais conhecidas seja aquela que identifica
Meseque e Tubal como as cidades russas de Moscou e Tobolsk, e o “príncipe de
Não precisamos nem dizer que esse tipo de interpretação não encontra
qualquer fundamentação bíblica. Outros identificam Gogue como sendo Guigues,
um rei da Líbia, conhecido nos textos acadianos do século 7 a.C. como um vassalo
dos assírios.
Epifânio, inimigo terrível do povo judeu, cujo centro do seu reino ficava localizado
no norte da Síria.
Como disse, considero essa uma boa interpretação, entretanto não creio
ameaças a Israel são descritas no Antigo Testamento, tais ameaças vêm do norte,
geralmente referindo-se a Assíria, Babilônia e Pérsia. Quando Ezequiel fez
referência a “Meseque e Tubal” ele utilizou tribos que viviam nos limites dos
reinos do norte, no sentido de mostrar que haveria uma oposição ainda mais
mente esse terrível período de dor e aflição quando usou a expressão “Gogue e
Magogue”. A grande opressão que o povo de Deus suportou na antiga
dispensação serve de símbolo para a maior opressão que o povo de Deus
precisará suportar na nova dispensação.
forças anticristãs lideradas por Satanás contra a Igreja de Cristo. João identifica
Gogue e Magogue como "as nações que há nos quatro cantos da terra", ou seja,
João ressalta que o exército dessa batalha é muito numeroso, tanto como
dias que precedem a volta de Cristo, a opressão será tão grande que a Igreja
parecerá indefesa diante do poder perseguidor do mundo.
Antíoco IV Epifânio teve breve duração, tal como será o curto período de tempo
de grande tribulação sobre a terra, conforme Jesus alertou em seu sermão
mesma forma ocorrerá nos momentos finais da presente era com o retorno de
Cristo.
Note que em Apocalipse 16:14 lemos a expressão "a fim de reuni-los para
Magogue, cujo número é como a areia do mar, para as ajuntar em batalha ". No
original, lemos em todos estes casos a expressão "a peleja".
mencionada e que as outras referências ainda não haviam esclarecido, fica por
conta da descrição do que acontece com Satanás, ou seja, nas outras referências
João já havia descrito a queda dos ímpios e a queda dos aliados do dragão (a
besta, o falso profeta e a grande Babilônia), e faltava apenas ele descrever a
segunda vinda de Cristo, onde o Cordeiro virá para livrar o seu povo, onde a
cólera de Deus será derramada, onde o juízo de Deus estará completo. Esse dia
Para concluir, quero dizer que embora existam diferentes opiniões sobre
o assunto, o importante é que todas elas concordam que nessa batalha Satanás
será condenado eternamente no lago de fogo e enxofre, e de dia e de noite,
A GRANDE TRIBULAÇÃO E A
SEGUNDA VINDA DE CRISTO
Apesar dos capítulos 19 e 20 do Apocalipse trazerem referências
detalhadas sobre a grande tribulação e a segunda vinda de Cristo, confesso que
fiquei com muita dúvida sobre onde este capítulo deveria ser posicionado, se no
começo deste livro ou exatamente onde ele está agora. Eu estava considerando o
começo por entender que seria melhor que o leitor tivesse a clara noção acerca
deste assunto antes de começar a estudar o Apocalipse. Por outro lado, pensei
Sabemos que existe muito debate sobre esse momento da História. Para
que Cristo volta, em glória e poder, para livrar o seu povo e para abreviar os dias
difíceis. Além do sermão escatológico de Jesus já citado no começo deste livro,
final que antecede a volta de Cristo, tais perseguições se intensificarão. É claro que
Deus castiga o mundo derramando a sua ira sobre os incrédulos, sobretudo em
SECRETO?
Tais perguntas certamente já tiraram o sono de muita gente. Muitos
afirmam que a Igreja não passará pela grande tribulação e defendem um
Não gosto de tratar essa questão como certo ou errado, pelo simples fato
de que trata-se de um evento que ainda não ocorreu. Prefiro então analisar pela
coerência, ou seja, qual posição é mais coerente com as Escrituras (apenas com
ela; não vale consultar livros de ficção científica).
serem contornadas.
Para mim, o texto bíblico que descreve de forma mais simples e objetiva o
período do fim é o sermão escatológico de Jesus o qual já estudamos brevemente
aqui. Nele, Jesus anuncia detalhadamente os últimos dias, e deixa claro que a sua
vinda será após "aquela tribulação" (Mc 13:24).
estarão mais na terra, antes, adverte-os que serão dias de muito sofrimento, um
sofrimento como nunca foi visto (Mc 13:19), mas que, por amor aos santos,
Além disso, quando Jesus descreve o momento da segunda vinda, Ele não
A respostas para esta pergunta está na maneira equivocada com que eles
(acompanhado da Igreja).
4. Mateus 24:32-35 é uma referência à Israel no período da era da Igreja.
Creio que não é preciso muita coisa para percebermos o quão confusa é
tal organização. No esboço acima, parece claro que a leitura do texto é feita já
com pré-supostos muito bem estabelecidos, de modo que o texto é manejado
vinda de Cristo como sendo visível, estrondoso e impossível de não ser percebido.
Em 2 Tessalonicenses 2, Paulo exorta sobre as mesmas coisas e, tal como Jesus
em seu sermão, e Pedro em sua epístola, ele faz advertências à Igreja que estará
na terra nesse momento.
tribulação, ele não teria alertado sobre o surgimento do Anticristo e sobre uma
grande apostasia como eventos que precedem a volta de Cristo, afinal, para que
alertar sobre tais coisas já que a Igreja não estaria mais aqui? Ele poderia ter
escrito: "Será difícil, mas fiquem calmos, a Igreja não estará mais na terra". Vale
mencionar também que há quem defenda que Paulo, nesse texto, esteja se
referindo a eventos que já ocorreram no primeiro século, como uma conspiração
mesmo evento, e não após uma temporada de sete anos da Igreja no céu.
Igreja será guardada pelo próprio Deus, de modo que não será atingida por sua
ira que será derramada no dia do juízo.
vinda do "dia de Deus", e em Atos 2:19-20, o mesmo apóstolo faz uma descrição
sobre o "dia do Senhor". Comparando os dois textos, fica evidente que Pedro se
referiu ao mesmo evento. Os pré-tribulacionistas tentam estabelecer essa
mesmos dois textos citados no exemplo acima, percebemos que "o dia do
Senhor" ocorrerá após a grande tribulação. Isso também fica claro quando lemos
tais textos à luz do sermão escatológico de Jesus.
os que não são verdadeiramente salvos (ainda falaremos mais sobre isto).
estavam tristes com a morte dos irmãos que já haviam falecido. O objetivo nesse
versículo não é traçar uma ordem cronológica, mas afirmar que tantos os salvos
que já morreram, quanto os que estiverem vivos, todos estarão presentes no dia
da volta de Cristo e, para sempre, viverão com Ele.
Gálatas 1:4 onde Paulo escreve que o Senhor Jesus "se deu a si mesmo por nossos
pecados, para nos livrar do presente século mau".
onde Ele pede para o Pai guardar os que são seus, porém Ele mesmo explica que
isso não significa "tira-los do mundo" mas apenas que o Pai "os guarde do mal"
(Jo 17:15). Chamo a atenção para essa passagem porque aqui a palavra grega para
"guardar" é a mesma utilizada no texto de Apocalipse 3:10. Logo, se em João 17:15
porém Deus nos guardará, de modo que poderemos suportar as provações, pois
em Cristo somos mais que vencedores. Essa mesma promessa também é
Creio que já vimos várias referências bíblicas sobre o fato de que a Igreja
arrebatamento secreto.
Foi o próprio Jesus no sermão escatológico que definiu sua vinda como
um relâmpago (Mt 24:27; Lc 17:24). O problema é que muitas pessoas interpretam
esse texto de maneira equivocada, e acreditam que Jesus estava ensinando que
sua vinda será tão rápida como um "relâmpago que sai do oriente e se mostra no
Quando Jesus ensinou que sua vinda seria como um relâmpago, Ele não
estava querendo dizer que ninguém iria perceber esse momento, ao contrário, Ele
utilizou o exemplo do relâmpago para trabalhar duas verdades sobre sua vinda:
pois foi repentino, porém isso não implica que esse acontecimento foi secreto e
invisível. É fundamental então percebermos que "repentino" não é a mesma coisa
que "secreto".
Portanto, se vos disserem: Eis que ele está no deserto, não saiais. Eis
que ele está no interior da casa; não acrediteis (Mateus 24:26).
Note que Jesus alerta que muitos estarão anunciando que o Cristo estará
em diversos lugares, mas isso será mentira, porque quando Ele realmente vier
todos perceberão, pois será como um relâmpago. O exemplo do relâmpago é
pessoas, ele é apavorante. Não há como não perceber um relâmpago quando ele
ocorre. Diante desses aspectos é que Jesus usa tal expressão. Por fim, no original
a expressão de Jesus remete ao sentido de evidência, um evento perceptível e
exemplo do ladrão:
adianta marcar datas e fazer previsões, pois a vinda de Cristo será inesperada,
assim como o ladrão à noite, porém quando esse momento chegar será de
dizendo que não há uma explicação humana para o que ocorrerá, será
incompreensível, pois em frações de segundos pessoas que já morreram terão
de uma vez escreveu exortações de consolo aos cristãos que estavam tristes com
a perda de seus entes queridos, e também para esclarecer que os que já
os cristãos acerca da morte. Por incrível que pareça esse texto é talvez o mais
passagens bíblicas (Dn 7:13; Mc 13:26; 14:62; Ap 1:7) e nenhuma dessas passagens
ensina qualquer coisa relacionada a um arrebatamento secreto ou invisível. Se
pegarmos a referência de Marcos 13:26, veremos que o próprio Jesus afirma que
todos "verão vir o Filho do homem nas nuvens". O apóstolo João também estava
Sobre o fato de a Igreja encontrar com o Senhor nos ares, a forma grega
utilizada para descrever essa situação (eis apantesin tou Kyriou) é uma expressão
antiga para se referir as boas vindas cívicas de uma visita importante, ou para
encontro do noivo. Pelo costume da época, o noivo ia durante a noite até à noiva
e as virgens encontravam o noivo no caminho com uma recepção festiva,
acompanhando-o de volta até onde estava a noiva.
passagem também seja utilizada para supor um arrebatamento secreto, não é isso
que o texto está dizendo. Se lermos atentamente, perceberemos que no versículo
39 Jesus usa como exemplo os dias de Noé, onde as pessoas tinham seus afazeres
até que veio as águas do Dilúvio e levou a todos eles, e somente Noé e sua família
foram salvos.
Note que quem foi levado não foram os justos (Noé e sua família), mas os
ímpios, pelo Dilúvio, ou seja, o que o texto está descrevendo é o juízo de Deus,
a todos.
criar algum tipo de divisão de fases. Logo, no original não é possível fazer
qualquer distinção de eventos.
Sempre foi ensinado que a Igreja não passará pela grande tribulação e será
arrebatada secretamente". Se entendermos que esse "sempre" se refere aos
últimos 190 anos, então tudo bem. Se houvesse um cristão vivo hoje no mundo
com 190 anos de idade, certamente ele olharia para o pré-tribulacionismo e
século 19. Antes disso, alguns defendem que há indícios de que Efraim da Síria, no
século 4, ensinou algo parecido, e que talvez um padre jesuíta e um pastor batista
no século 18, também tenham produzido algum material nesse sentido, mas nada
tal alegação é verdadeira, todavia é fato que entre os séculos 19 e 20 uma série de
popular.
para defender essa posição. Posso prometer também que, se caso Cristo voltar
antes da grande tribulação, garanto que não será eu quem irá reclamar. Também
prefiro ensinar uma igreja a estar preparada para passar por um período de
grande tribulação do que ensinar que seremos arrebatados antes dela e, de
repente, nos vermos em pleno período da grande tribulação.
arrebatamento ocorrer antes, então acredito que no novo céu e nova terra
ninguém se lembrará de me cobrar sobre isso. De qualquer forma, o Pós-
incoerente, mas não uma heresia. Para mim, uma heresia seria uma visão que
negue a volta de Cristo, e isso o Pré-Tribulacionismo não faz. Também acredito
que isso não deva ser motivo de divisão entre os cristãos, pois maior é o que nos
une: a esperança de que Cristo voltará! Que Deus nos guarde, e que possamos
para a volta de Cristo. Nas últimas décadas, pelo menos sessenta tentativas oficiais
foram feitas.
Jesus:
prever a volta de Cristo para o ano 1988, quando se cumpre o período de uma
geração que, segundo eles, compreende o período de 40 anos. Livros foram
escritos com essa data, porém obviamente nada aconteceu. Depois fizeram uma
revisão na conta, e entenderam que a figueira só floresceu em 1967, na Guerra
dos Seis Dias. Assim, a nova data foi marcada para 2007, porém novamente foi
um erro. Mais uma vez o cálculo foi refeito, e chegou-se a conclusão de que uma
geração não são 40 anos, mas pouco mais de 51 anos. Assim, a nova data possível
Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, mas
unicamente meu Pai (Mateus 24:36).
longo da história (1 Jo 2:18; 4:3), sendo que os próprios irmãos que foram os
destinatários primários do livro do Apocalipse, reconheceram o "sistema
O dia da volta de Jesus deve ser, para nós, o momento mais aguardado
de nossas vidas. Esse momento será o clímax do plano soberano do nosso Deus,
será a consumação da História, um dia de grande alegria para os santos e de
O JUÍZO FINAL
O juízo final é amplamente referenciado em toda Bíblia, com particular
detalhe no livro do Apocalipse, sobretudo na passagem onde é descrito "o grande
trono branco" no capítulo 20. Certamente este é um dos temas que mais desperta
curiosidade, dúvida e debate entre os cristãos.
Neste capítulo conheceremos um pouco mais sobre o que a Bíblia nos diz
3. Julgamento geral dos ímpios após o milênio: esse será o juízo final,
o julgamento do grande trono branco. Ele ocorrerá após a última
após o juízo final se dará início ao estado eterno, com os ímpios condenados
eternamente ao lago de fogo, e os santos reinando com Deus no novo céu e nova
terra.
Todavia, acredito que esse não deva ser um motivo de divisão entre os
lembrando que também são cristãos genuínos que amam a Palavra de Deus.
2:5; 2Ts 1:7-10; 2Tm 1:12; 4:1,8; 2Pe 3:7; Jd 14; Ap 20:11-14).
Apocalipse.
mostra a completude e alcance desse julgamento, pois todos estarão diante d'Ele,
de julgamentos, mas sim sobre quem e o que será julgado. Na verdade, o próprio
apóstolo nitidamente esperava um único dia de juízo (At 17:29-31; Rm 2:5-16; 2Ts
erros e contradições. A Bíblia sempre se refere a esse momento como "o dia do
juízo", não "os dias dos juízos".
de falarmos sobre isso, vale dizer que num certo sentido as pessoas são julgadas
que "quem crê nele não é condenado, mas quem não crê já está condenado". No
original, o termo traduzido como “condenado” também significa “julgado”. Logo,
Sobre esse julgamento futuro, a Bíblia nos ensina que ele acontecerá no
final da presente era, “no último dia” (Jo 12:48), precedendo imediatamente o
momento ocorrerá por ocasião de sua segunda vinda, quando “Ele se assentará
no trono da sua glória; e todas as nações serão reunidas em sua presença, e ele
separará uns dos outros…” (Mt 25:31,32).
Seu poder, "com labareda, tomando vingança dos que não conhecem a Deus".
O apóstolo Pedro também falou sobre esse momento. Para ele, “os céus e
a terra que agora existem pela mesma palavra se reservam como tesouro, e se
guardam para o fogo, até o dia do juízo, e da perdição dos homens ímpios” (2Pe
3:7).
começará a eternidade com "novos céus e nova terra, em que habita a justiça".
eventos, ela não nos revela o momento exato em que isso ocorrerá. Sobre isso,
Jesus falou que “daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, mas
porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E
os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal
para a ressurreição da condenação” (Jo 5:28,29).
conhecemos. A Bíblia se refere a esse momento apenas como “o dia do juízo” (Mt
11:22), “aquele dia” (Mt 7:22; 2Ts 1:10; 2Tm 1:12) e “o dia da ira” (Rm 2:5).
Sobre isso, o importante é que haverá tempo suficiente para que todos
defendem que estará no céu (ou nos ares). Os que preferem a terra, argumentam
que isso seria mais lógico considerando a ressurreição dos mortos.
Apocalipse o trono de Deus e do Cordeiro sempre está no céu, não na terra, além
de que dificilmente haveria lugar na terra para comportar todas as gerações que
alguma vez viveram deste que o mundo foi criado, de modo que se apresentem
todas juntas diante do trono do juízo.
algumas passagens bíblicas, o juízo é atribuído ao Pai (1Pe 1:17; Rm 14:10; cf. Mt
18:35; 2Ts 1:5; Hb 11:6; Tg 4:12; 1Pe 2:23). Entretanto, de forma geral o Novo
confiou todo o julgamento” (Jo 5:22). O apóstolo Paulo no livro de Atos dos
Apóstolos, disse aos atenienses que Deus “estabeleceu um dia em que há de
julgar o mundo com justiça por meio de um varão que destinou e acreditou
diante de todos, ressuscitando-o dentre os mortos” (Atos 17:31; cf. 2Co 5:10).
para a verdade bíblica de que nas obras divinas da criação, providência, redenção
e finalmente o juízo, as três Pessoas da Trindade cooperam.
Logo, Deus Pai, por meio do Cordeiro, Jesus Cristo, será o juiz, ou seja, a
honra de julgar os vivos e os mortos foi conferida a Cristo, que julgará todos os
homens em nome de Seu Pai (Dn 7:13; Mt 13:40-43; 25:31,32,41-46; 26:64; 28:18; Jo
5:22-27; At 10:42; 2Co 5:10; Fp 2:9,10; 2Tm 4:1; Hb 9:27; 10:25-31; 12:23; 2Pe 3:7; Jd
6,7; Ap 20:11-15). Isso está de acordo com o fato de que foi Cristo quem se
Os salvos são aqueles que creem nEle, e os condenados são aqueles que
rejeitam a Ele. Por isso é mais apropriado que Ele mesmo julgue tais pessoas. Isso
também será um tipo de recompensa por seu trabalho realizado como Mediador,
e a exaltação final de seu triunfo maior. Esse será o momento em que o Cordeiro
juízo (Mt 13:41,42; 24:31; 2Ts 1:7,8; Ap 14:17-20). O papel desempenhado por eles
será o de reunir os ímpios para o juízo diante do trono e os lançar no lago de
fogo.
A Bíblia não é muito clara sobre como será essa participação, porém é muito
julgados (Mt 8:29; 2Pe 2:4; Jd 6). Além dos anjos caídos, todos os seres humanos,
de todas as épocas e gerações, também comparecerão diante do grande trono
Apocalipse 20:12 deixa claro que não haverá nenhuma exceção, pois
todos, “os grandes e os pequenos” estarão diante de Deus. Considerando que não
haverá outro julgamento, e que todas as pessoas estarão diante do trono branco,
logicamente os santos também estarão.
Paulo foi claro ao dizer que "todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo,
para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem,
ou mal".
Como já discutimos, Paulo não está falando de um outro dia de juízo, mas
apenas do único dia de juízo pela qual ele aguardava. Lembrando que ele sempre
se refere a esse julgamento como “aquele dia” (2Ts 1:6-10; 2Tm 4:1,8; cf. At 17:31).
Na Carta aos Romanos (cap. 14:10), o mesmo Paulo escreve que "todos
pois estes serão “julgados com maior rigor” (Tg 3:1). Na Epístola aos Hebreus (cap.
10:30) lemos que “o Senhor julgará o seu povo” (cf. 1Pe 4:17).
escritos nesse livro (Fp 4:3; Ap 13:8; 17:8; 20:15; 21:27; cf. Lc 10:20).
no livro da vida, ou seja, não há qualquer condenação para aqueles que estão em
Cristo Jesus (Rm 8:1).
O Apóstolo João, em sua primeira epístola, nos ensina que aqueles que
estão em Deus podem ter confiança no dia do juízo (1 Jo 4:17). Além dessa
passagem também reafirmar que os salvos serão julgados, ela explica que para
eles não há o que temer.
O dia do juízo será de terror para uns e de grande alegria para outros.
inclui:
Resumindo, podemos dizer que no dia do juízo final não há nada que
agora esteja escondido que não será revelado (Lc 12:2; Mt 6:4,6,18; 10:26; 1Tm
Cristo (Jo 3:16; 14:6; At 4:12; 1Co 3:11). O critério para a salvação não são as obras,
mas a graça.
pessoas receberam uma revelação maior da vontade de Deus do que outras (Mt
11:20-22).
graus de glória. Jesus falou exatamente sobre esse ponto no Evangelho de Lucas
ao ensinar que “o servo que soube a vontade do seu senhor, e não se aprontou,
nem fez conforme a sua vontade, será castigado com muitos açoites; mas o que a
não soube, e fez coisas dignas de açoites, com poucos açoites será castigado. E, a
qualquer que muito for dado, muito se lhe pedirá, e ao que muito se lhe confiou,
muito mais se lhe pedirá” (Lc 12:47,48).
Perceba que Jesus ensinou que quanto maior a revelação que alguém
recebe acerca da vontade de Deus, maior será a sua responsabilidade. Se a
passagem acima revela que haverá graus de sofrimento para os perdidos, outras
passagens também revela que haverá graus de gloria para os santos, como por
galardões.
de Deus apenas no Antigo Testamento será julgada de acordo com sua reação ao
Antigo Testamento. Vale lembrar que o Antigo Testamento aponta para Cristo, e
no Antigo Testamento como no Novo Testamento, será julgado por sua reação a
toda a Escritura. Logo, os santos da antiga dispensação viveram pela fé na
de glória.
6:35). Os galardões serão distribuídos segundo as obras de cada um. Isso é o que
o apóstolo Paulo afirmou em 1 Coríntios 3:10-15.
com que os santos constroem suas obras, sendo eles: ouro, prata, pedras
preciosas, madeira, feno e palha. Paulo também deixou claro que o fundamento
sobre o qual todos devem construir é um só: Jesus Cristo. Depois, Paulo falou que
a obra de cada um será testada pelo fogo, uma clara referência ao dia do juízo de
Deus.
Paulo está falando exatamente sobre o fato de que cada cristão terá de
prestar contas do que fez com a revelação de Deus em seu Filho. O cristão fiel e
Já o cristão que age com negligência, será punido, sofrerá dano e terá
suas obras queimadas. Apesar disso, por sua infinita graça, Deus lhe concede o
dom da salvação. Note que o tipo de material com que cada um construiu foi
salvos pela graça, pois de nada adiantaria construir com ouro sobre outro
fundamento que não seja Cristo.
interessante sobre isso: “Tendo assim nos recebido em seu favor, Ele aceita
graciosamente também as nossas obras, e é dessa aceitação imerecida que o
galardão depende”.
QUAIS SÃO OS PROPÓSITOS DO JUÍZO FINAL? POR QUE ELE TEM QUE
OCORRER?
Podemos citar alguns propósitos principais que explicam a necessidade
acerca do juízo final:
exaltada, bem como sua graça será exaltada na salvação dos santos.
Será o momento em que Cristo e seu povo serão publicamente
seu estado final, também chamado de “lago de fogo”, onde os ímpios juntamente
com o diabo e seus anjos serão eternamente castigados após o julgamento final.
Ao mesmo passo em que a Bíblia ensina que a vida eterna dos redimidos
ao lado de Deus no novo céu e nova terra será tão gloriosa que é inimaginável
para nós na atualidade, ela também ensina que o tormento eterno dos ímpios no
apontam para esse lugar. Um dos exemplos que podemos utilizar é a passagem
de Salmos 73:17-19, onde Asafe, num questionamento sobre o sofrimento dos
palavra não aparece originalmente na Bíblia, mas foi utilizada para traduzir quatro
termos originais nas Escrituras, sendo eles: Sheol, Hades, Gehenna e Tártaro.
O SIGNIFICADO DE SHEOL
Antigo Testamento. A raiz da qual Sheol deriva é incerta. Alguns consideram que
Sheol deriva de uma raiz que significa “interrogar”, transmitindo a ideia de "lugar
ou estado de interrogação". Outros defendem que Sheol deriva de uma raiz que
significa “concavidade”, no sentido de “profundeza”, transmitindo a ideia de "lugar
profundo".
Seja como for, a raiz da qual o termo Sheol se origina não nos impede de
utilizada, na maioria das vezes Sheol é traduzido como inferno (Dt 32:22; 2Sm
22:6; Jó 11:8; 26:6; 7:27; 9:18; 15:11,24; 23:14; 27:20; Is 5:14; 14:9,15; 28:15; Sl 9:17;
16:10; 18:5; 55:15; 86:13; 116:3; 139:8; Pv 5:5; Ez 31:16,17; 32:27; Am 9:2; Jn 2:2; Hb 2:5
e outras).
como sendo o local de tormento do ímpio, como por exemplo, em Salmos 116:3;
Isaías 5:14 e Jonas 2:2. Por isso em algumas versões revisadas a aplicação da
Diante disso logo vem a pergunta: Como saber qual o significado correto
do termo Sheol em cada passagem bíblica, já que ele possui diferentes
significados?
podemos dizer que Sheol é o lugar para qual uma pessoa vai, ou o estado a qual
ela se encontra, podendo ser no sentido literal ou figurado.
1. Um lugar de castigo para o ímpio, onde a ira de Deus arde como fogo (Dt
32:22; Sl 9:17; 55:15; Pv 15:11,24).
2. A própria sepultura onde todo homem, seja ímpio ou seja justo, um dia
descerá, isto é, com seu corpo ao morrer (Gn 44:29,31; 1Rs 2:6,9).
Já o redimido, ao morrer, ele vai estar com Cristo no céu, onde descansa
das tribulações de sua vida terrena, e aguarda a ressurreição de seu corpo para
habitar com Deus no novo céu e nova terra durante toda a eternidade. Falaremos
isso novamente mais adiante.
O SIGNIFICADO DE HADES
traduzida como “inferno”, desde que se entenda que não se trata do inferno em
seu estado final.
hebraico Sheol.
prevalecerão contra a Igreja. Nesse caso, Jesus está dizendo que a própria morte
não triunfará sobre o seu povo.
Em Atos 2:22-31, o apóstolo Pedro, citando Davi, diz que a alma de Jesus
não foi deixada no Hades (em algumas traduções "inferno"), e nem sua carne viu a
corrupção. Com isso, Pedro estava dizendo que Jesus não permaneceu no estado
de existência desencarnada, apontando para o fato de que o seu corpo não viu a
corrupção da sepultura, ao contrário do corpo de Davi.
O SIGNIFICADO DE TÁRTARO
essa palavra grega. Nela, o apóstolo tomou emprestada a palavra para inferno da
mitologia grega.
servia como habitação dos perversos, isto é, era o lugar onde os piores homens
eram mantidos em eterno tormento. Como já dissemos, na mitologia grega o
Tártaro era o oposto dos Campos Elísios, onde as pessoas bondosas repousavam
após a morte.
aparece, Pedro está ensinando que, assim como Deus não poupou os anjos que
pecaram lançando-os no inferno enquanto aguardam o julgamento, ele também
não poupará os falsos mestres que intentam fazer com que o povo desvie da
verdade.
O SIGNIFICADO DE GEHENNA
que quer dizer “Vale de Hinom”, uma terra no lado sul de Jerusalém que
pertenceu a Hinom e depois a seus descendentes.
humanas ao deus pagão Moloque. Os reis ímpios Acaz e Manassés, por exemplo,
ofereceram seus filhos em sacrifício ali (2Cr 28:3; 33:6). Outros também fizeram o
derrubou o altar e pôs um fim nas abominações que aconteciam ali (2Rs 23:10), e
o lugar tornou-se o local de incineração de tudo o que era descartado em
Jerusalém. Assim, sempre havia fogo queimando alguma coisa naquele vale.
9:43,45,47; Lc 12:5; Tg 3:6). Ainda com base nestas passagens, fica claro que o
Gehenna designa o local onde os ímpios são condenados ao tormento eterno que
A maneira mais fácil de entender tal diferença é saber que quando o lugar
COMO É O INFERNO?
Ao longo do tempo esta pergunta tem sido respondida com muita
alegam ter visto ou estado lá, praticamente foi desenhada a planta do inferno,
com uma riqueza de detalhes impressionante.
inferno. Talvez o texto mais detalhado dessa época seja o apócrifo Apocalipse de
Pedro, que trás uma descrição acerca das bem-aventuranças no céu, e os castigos
por tipo de pecados no inferno.
Vale ressaltar que o autor desse livro não é o apóstolo Pedro, e o texto
por esse tipo de texto, ficando explicito tanto na literatura como nas obras de
arte. É importante sabermos disso para entendermos que as “visões” que são
inerrante. Assim, tudo o que precisava ser revelado por Deus a nós está nela, e ela
não precisa de novos apêndices, anexos ou revisões. Se tais visões sobre o inferno
Como já foi dito, a Bíblia não fornece tantos detalhes específicos sobre o
inferno, porém o que está escrito nela já é o suficiente para entendermos
tamanho terror que cerca esse lugar. A Bíblia descreve o inferno como sendo:
1. Um lugar onde o fogo nunca se apagará (Mt 3:12; 18:8; Mc 9:43; Lc 3:17; Jd
1:7).
O inferno não é um lugar que foi criado para servir de império para o
diabo, ao contrário, ele foi criado para servir como o lugar de castigo para ele e
seus agentes (Mt 25:41). No inferno, Satanás não poderá atormentar ninguém,
muito menos ser o governante do lugar, pois ele mesmo estará experimentando
um terrível castigo.
Deus está ausente, mas não é isso que a Bíblia ensina. Primeiro, devemos enfatizar
que Deus é onipresente, ou seja, está presente em todos os lugares (Sl 139:7-12).
ira. Sim, Deus está presente no inferno, e o governa com toda sua ira (Hb 10:31;
12:29; Ap 6:16).
localização do inferno. Tudo que sabemos é que ele existe, mas não sabemos
onde fica.
descrevem.
restos de animais que eram jogados ali para se decompor. Assim, o verme não
acordo com seus pecados, ela nos descreve de forma geral como será essa
punição. Bem resumidamente, podemos organizar da seguinte forma:
seu estado final, onde sofrerão, tanto em seus corpos como em suas
almas, o castigo pelos seus pecados (Ap 20:11-15).
“banidos da face do Senhor e da glória do seu poder” (2Ts 1:9). Certa vez
Jesus falou que os ímpios ouvirão as seguintes palavras: “Apartai-vos de
Jesus diz que os ímpios serão "lançados nas trevas exteriores". Isso
significa que eles serão privados de tudo o que é bom, valioso e
mas ela não será aberta (Mt 8:11,12; 22:13; 25:10-13; Lc 13:28). Se por um
lado o castigo no inferno mostra essa terrível separação, por outro
A Bíblia nos diz que o castigo no inferno não é igual para todos, ou seja,
há graus diferentes de sofrimento. Esses graus de sofrimento basicamente são
determinados pela quantidade de conhecimento acerca da vontade de Deus que
uma pessoa recebeu, e as obras que praticou em vida.
dizer: “E o servo que soube a vontade do seu senhor, e não se aprontou, nem fez
conforme a sua vontade, será castigado com muitos açoites; Mas o que a não
soube, e fez coisas dignas de açoites, com poucos açoites será castigado. E, a
qualquer que muito for dado, muito se lhe pedirá, e ao que muito se lhe confiou,
muito mais se lhe pedirá” (Lc 12:47,48).
mesma expressão utilizada por Jesus quando ele aconselha os santos a “acumular
tesouros no céu” (Mt 6:20). Logo, assim como os salvos, ao obedecerem a Deus
diz.
que no final Deus salvará a todos, até mesmo Satanás e seus anjos (alguns
universalistas negam esse ponto). Tal como no aniquilismo, no universalismo os
maus serão punidos durante um tempo, e depois serão salvos por Deus.
A Bíblia é clara ao afirmar que a punição no inferno é eterna (Mt 3:12; 18:8; Mc
9:43; Lc 3:17; Jd 6,7; Ap 14:9-11; 19:3; 20:10; cf. Dn 12:2).
Devemos entender que quando a Bíblia diz que o ímpio será destruído,
essa destruição não significa aniquilação, isto é, que eles deixarão de existir. O que
a Bíblia ensina é que o ímpio sofrerá uma “destruição eterna” (2Ts 1:9), ou seja, ele
atormentado, e a fumaça de seu tormento subirá pelos séculos dos séculos (Ap
14:11; 19:3; 20:10) A expressão “pelo século dos séculos” no Apocalipse literalmente
Por fim, em Mateus 25:46 temos uma passagem determinante para este
assunto. Nela, é descrito o tormento dos ímpios no inferno e a alegria dos santos
mesma.
lado de Deus também não durará. Se o inferno não for eterno, o novo céu e nova
manifestada.
Durante esse período, a alma dos salvos parte para estar com Cristo no
céu onde reina com Ele e descansa das tribulações terrenas (Fp 1:23), enquanto a
alma dos ímpios vai para o lugar de tormento, isto é, o inferno em seu estado
final.
final, ele será lançado no inferno em seu estado final, isto é, o lago de fogo, e será
atormentado não só em sua alma, mas também no seu corpo ressuscitado.
suficientemente clara ao dizer que depois da morte vem o juízo (Hb 9:27; cf. Lc
16:19-31). O convite da salvação é ofertado em vida.
Parece que existe muita relutância e pesar quando falamos sobre a punição
eterna, mas não deveria ser assim, pois apesar de ser um tema muito difícil para
nós, ele é extremamente necessário.
Aqui vale mais uma vez relembrar que Jesus, nosso Salvador, foi quem
mais pregou acerca do inferno. Também precisamos sempre ter mente a verdade
de que Deus é justo, e jamais condenaria alguém a um castigo que não
devido a suas próprias escolhas, pois ignoram a glória de Deus e rejeitam a sua
providencia em favor do pecado do homem através da obra de Cristo na cruz (Jo
nele salvação.
Escrituras. Tal doutrina está presente desde o Antigo Testamento até o Novo
Testamento. Naturalmente muitas dúvidas surgem entre os cristãos acerca de
O apóstolo João descreve esse momento da seguinte forma: “Vi novo céu
e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não
existe” (Ap 21:1).
Primeiro, vale ressaltar que a expressão “novo céu e nova terra” deve ser
entendida como contemplando o universo inteiro, ou seja, é uma expressão
sentido de aniquilado, deixando de existir, e então Deus criará novo céu e nova
terra, sem continuidade alguma com o universo atual.
Particularmente entendo que há base bíblica suficiente para que não haja
qualquer dúvida de que, na verdade, acorrerá uma renovação. Por exemplo: se
Na Carta aos Romanos, o apóstolo Paulo nos diz que “a natureza criada
aguarda, com grande expectativa, que os filhos de Deus sejam revelados” (Rm
8:19). Paulo continuou explicando que tal expectativa se dá pelo fato de que a
criação será “libertada da escravidão da decadência em que se encontra para a
gloriosa liberdade dos filhos de Deus” (Rm 8:21). Obviamente o apóstolo está
dizendo que é a criação atual que será libertada dos efeitos do pecado, e não
uma nova criação.
revelada, quando Ele purificar exatamente a criação que Satanás tentou destruir,
removendo todos os efeitos do pecado.
era retratado como um lugar etéreo, entre nuvens, onde as pessoas vestidas de
branco ficariam flutuando com harpas nas mãos.
Primeiro precisamos dizer que hoje, quando um cristão morre, sua alma
vai estar com Deus na morada dEle, isto é, no céu, um lugar de descanso de sua
que viveremos no céu, desde que entendamos o que será o céu no estado eterno.
Entretanto, a Bíblia se refere a esse futuro lar como “novo céu e nova
terra”, isso porque Deus habitará conosco, ou seja, esse lugar também será a
habitação de Deus. Em outras palavras, não existirá nenhuma separação entre o
Logo, a nova terra será o céu, e o céu a nova terra, e nós, habitando a
nova terra, também estaremos habitando o novo céu (Ap 21:1-3). Claro que
existem mistérios acerca de como tudo isto ocorrerá, mas nossa esperança é de
elas a descrição desse futuro glorioso é feita de forma figurada, onde uma
realidade indescritível à nossa compressão humana é descrita com símbolos que
modo que algo que já se cumpriu prefigura o cumprimento de algo ainda futuro.
cumprimento futuro.
futuro e literal de Cristo na terra (ainda velha terra). Outros defendem que essas
promessas encontrarão seu cumprimento no novo céu e nova terra, ou seja, não
terra que está ainda por vir. Isso é o que o escritor da Epístola aos Hebreus
entendeu quando escreveu que Abraão “pela fé peregrinou na terra prometida
como se estivesse em terra estranha; viveu em tendas, bem como Isaque e Jacó,
co-herdeiros da mesma promessa. Pois ele esperava a cidade que tem alicerces,
cujo arquiteto e edificador é Deus” (Hb 11:9,10).
Sobre essa “cidade que tem alicerces” a qual eles esperavam, o mesmo
capítulo 11 nos mostra que não se tratava de uma cidade terrena, mas uma cidade
celestial que se encontrará na nova terra. Logo, eles entendiam que a promessa
de Deus transcendia a Canaã terrena, e buscavam uma pátria, isto é, a "pátria
celestial", uma cidade a qual Deus lhes preparou (Hb 11:16; cf. Jo 14:2).
juntamente com Mateus 5:5, Romanos 4:13 e Gálatas 17:8, entendemos que
também somos herdeiros da promessa acerca do novo céu e nova terra, pois em
descrevem o novo céu e nova terra estão no livro do Profeta Isaías (caps. 65:17-65;
66:22,23). Já no Novo Testamento, existem muitas referências que remetem ao
o novo céu e nova terra será um lugar glorioso, com uma paz sem igual, toda a
criação estará restaurada e livre da maldição do pecado, onde haverá abundância
eternidade num coral. Geralmente sobre essa questão as pessoas costumam ter
dúvidas bem específicas.
todas as respostas, pois a Bíblia não nos esclarece nada acerca disso.
Igreja de Cristo reinará durante toda a eternidade com Deus, ou seja, na nova
terra nós desfrutaremos de comunhão eterna com nosso Senhor. Certamente esse
terra também estaremos unidos com todo o povo Deus, juntos, numa única
família.
Deus a quem conhecemos apenas de ouvir falar, como Noé, Abraão, Moisés,
Isaías, Paulo, Pedro, João e tantos outros.
descrição da nossa vida futura. Poderemos ver o nosso Senhor exatamente como
Ele é (1Jo 3:2).
Aqui vale ressaltar que nossa vida na nova terra será essencialmente
diferente e infinitamente superior ao que foi com Adão no Éden. Antes da Queda,
sabemos que Deus descia à terra para conversar com Adão na viração do dia.
Obviamente isso já era maravilhoso, mas perceba que ainda existia uma
distância, pois Deus descia em alguns momentos. Os estudiosos entendem que
possivelmente essa manifestação de Deus era sob forma humana. Mas no novo
céu e nova terra não haverá qualquer distância, Deus não nos visitará em
lembrar que não merecemos nenhuma destas coisas, tudo isso é graça.
ressurretos vivendo na nova terra, os santos não mais se casaram. Pelo menos
nesse ponto específico seremos como os anjos (Mt 22:30). Logo, também não
haverá mais nascimentos, pois como a morte não existirá também não haverá
mais a necessidade de reprodução.
QUAL SERÁ O PAPEL DOS ANJOS NO NOVO CÉU E NOVA TERRA? COMO ELES SE
RELACIONARÃO COM A IGREJA?
Falando nos anjos, muitas pessoas também se perguntam sobre qual será
o papel dos anjos no novo céu e nova terra, e como será o nosso relacionamento
com eles. Na verdade a Bíblia não fala nada a respeito deste assunto.
para serviço a favor dos que hão de herdar a salvação” (Hb 1:14).
permanecerão sempre mais exaltados do que os anjos (1Co 6:3; Ap 5:11). Seja
como for, é certo que o relacionamento entre os anjos e a Igreja será de terna
Também não temos todos os detalhes acerca disto, mas com certeza o
texto do apóstolo Paulo aos irmãos de Corinto é bem esclarecedor nesse sentido
(1Co 15:50-54). É preciso notar que o texto não explica a composição física do
corpo ressurreto, apenas enfatiza que seremos imortais e incorruptíveis, ou seja,
Em sua Epístola aos Filipenses, o mesmo apóstolo nos ensina que o corpo
ressurreto será semelhante ao corpo glorioso de Cristo ressuscitado (Fp 3:21).
Não há dúvida de que o novo céu e nova terra será algo sem igual, nunca
visto antes. Porém, entre tudo isto, nada poderá se comparar ao prazer de
contemplar a face de Deus. Por enquanto só nos resta imaginar o dia em que
estaremos profundamente admirados diante do esplendor do Cordeiro.
A NOVA JERUSALÉM
A Nova Jerusalém é mencionada pelo apóstolo João no livro do
Apocalipse. Apesar de ser citada uma vez no capítulo 3 (vers. 12) e outras vezes
descrito no capítulo, de modo que quando João revela que o muro tem
uma medida de 144 côvados, por exemplo, é porque literalmente o muro
entende a Nova Jerusalém como uma cidade literal, mas considera que a
descrição do capítulo 21 é simbólica.
uma cidade, ela é muito mais do que isso. A Nova Jerusalém é a própria Noiva do
Cordeiro (Ap 19:7). Essa interpretação fica clara comparando os versículos 9 e 10
do próprio capítulo 21:
Então veio um dos sete Anjos que tinham as sete taças repletas dos
sete últimos flagelos e disse-me: Vem, e mostrar-te-ei a noiva, a
esposa do Cordeiro (Apocalipse 21:9).
Perceba que João foi convidado pelo anjo para ver a Noiva, a esposa do
Cordeiro. Se você interpretar esse texto de forma literal, naturalmente você deve
esperar que João tivesse visto, de fato, a Noiva. Entretanto, no versículo seguinte o
ninguém capaz de abrir o livro selado com sete selos. Então um dos anciãos
conforta João dizendo que o Leão da tribo de Judá é digno de abrir o livro (Ap
cidade santa, o lar da Noiva do Cordeiro, bem como a própria Noiva, de modo que
não podemos estabelecer uma distinção entre os redimidos (habitantes da cidade)
e a própria cidade em si.
Essa cidade desce do céu, isto é, sua origem está no céu, ela vem de
Deus, pois foi escolhida por Ele, nascida do alto como resultado da obra
transformadora do Espírito Santo (Ap 3:12; 21:9; cf. Gl 4:26; Hb 11:10; 16; 12:22). Ela
é muito mais do que edifícios, ela é pessoas.
de esposa do Cordeiro (Is 54:5 cf. Ef 5:32) e representada pelo símbolo de uma
preciosa. Isso significa que a Nova Jerusalém reflete a glória de Deus, isto
é, que a Noiva reflete a glória do Noivo. Ela é santa, ela é a Noiva, ao
contrário da Babilônia, a grande prostituta.
2. A Nova Jerusalém tem doze portas (Ap 21:12,13,21,25,27; 22:14,15; cf. Ez
em que a cidade tem doze portas, significando que ela é aberta a todos,
ou seja, os habitantes dessa cidade procedem de toda língua, tribo e
nação, ela também tem uma grande muralha, o que significa que ela não
é aberta a tudo. Muralha significa segurança, proteção. O muro mede 144
côvados, ou seja, doze vezes doze, mais uma referência ao número que
(vers. 13 e 25), mas nem todos poderão entrar nessa cidade (vers. 27). Em
cada porta tem um anjo, e a cidade está cercada por uma muralha. Essa
incomparável, pois não há, nem nunca existiu uma cidade terrena com
essas dimensões. O formado da cidade, o cubo perfeito, é o mesmo
formado do Santo dos Santos no Tabernáculo e no Templo, um lugar
onde apenas o sumo sacerdote podia entrar. Isso mostra que a Nova
6. A praça da Nova Jerusalém é indescritível (Ap 21:21): você já viu uma praça
de ouro puro como vidro transparente? Tenho certeza de que não. A
ouro puro, como vidro transparente. O centro dessa cidade é puro, belo e
7. Não há santuário na Nova Jerusalém (Ap 21:22): João não viu santuário
nessa cidade. Esse certamente é o ponto alto da descrição. Isso significa
que essa cidade é o lugar de plena comunhão com Deus. Não há mais
templo, pois o próprio Deus é o seu templo, ou seja, a Igreja habita em
pois o próprio Cordeiro a ilumina. A glória de Deus não está mais restrita
ao santuário, mas manifesta-se em todos os lugares dessa cidade.
8. Na Nova Jerusalém há um rio de água viva (Ap 22:1): a cidade também tem
um rio de água viva, claro como cristal, fluindo do trono de Deus e do
procede de qualquer lugar, ele sai do trono de Deus. Isso significa que
nossa salvação não vem de qualquer lugar, ela tem sua origem no trono
eterna.
10. O trono de Deus e do Cordeiro está na Nova Jerusalém (Ap 22:3,4): por
fim, o trono de Deus e do Cordeiro está na cidade, ou seja, a Igreja revela
imaginam. É claro que de certa forma, boa parte da descrição dessa cidade já se
cumpre na Igreja presente, mas a totalidade de seu esplendor só será revelada
contemplarão a sua face". Que coisa maravilhosa, não há nada que se compare a
essa promessa.
da face de Deus.
palavras da profecia deste livro". Talvez alguém pergunte: Quem são estes bem-
aventurados? Certamente são os habitantes da cidade santa, os cidadãos da Nova
Jerusalém. Estes são os vencedores, os eleitos dentre todas as nações (Ap 7:9),
aqueles cujos nomes estão escritos no livro da vida do Cordeiro desde a fundação
do mundo (Ap 3:5; Ap 17:8; 21:27), os mesmos que possuem o selo de Deus em
suas frontes (Ap 14:1). Estes reinarão por toda a eternidade com o Senhor.
TEXTOS COMPLEMENTARES
Resolvi incluir nesta seção alguns textos que podem contribuir com o
entendimento geral dos temas discutidos durante este e-book. Portanto, é
para traduzir quatro termos originais, sendo: Sheol, Hades, Gehenna e Tártaro. A
palavra tártaro é utilizada apenas uma vez (2Pe 2:4). Sheol é uma palavra hebraica
Antigo Testamento.
Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos
injustos, para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas
vivificado pelo Espírito; No qual também foi, e pregou aos espíritos em
prisão; Os quais noutro tempo foram rebeldes, quando a
longanimidade de Deus esperava nos dias de Noé, enquanto se
preparava a arca; na qual poucas (isto é, oito) almas se salvaram pela
água (1 Pedro 3:18-20).
Porque por isto foi pregado o evangelho também aos mortos, para
que, na verdade, fossem julgados segundo os homens na carne, mas
vivessem segundo Deus em espírito (1 Pedro 4:6).
Não pretendo fazer uma exposição detalhada sobre o tema, pois o texto
De forma geral, essa interpretação defende que Jesus, entre sua morte e
ressurreição, desceu ao inferno para pregar aos mortos. Dentro dessa visão,
1. Jesus desceu ao inferno para pregar aos mortos que foram vitimas do
arrependeram).
3. Jesus desceu ao inferno para pregar aos mortos que morreram no Dilúvio
Qualquer uma das três interpretações acima não encontra base bíblica,
porém as piores são as interpretações que defendem uma pregação para salvação
(1 e 2). Qualquer ensino que defenda uma segunda chance após a morte é
herético e deve ser rejeitado. A Bíblia claramente ensina que após a morte só resta
ao homem o juízo.
E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois
disso o juízo (Hebreus 9:27).
catecismo Católico.
um lugar esperar por uma consumação da salvação, mas foram estar com Deus
(Gn 5:24; Gn 5:24; 2Rs 2:11; Sl 73:23), pois eles também haviam sido justificados
ANJOS CAÍDOS
Esta interpretação acredita que Jesus foi pregar aos anjos caídos, não no
quem Pedro escreveu não possuíam uma Bíblia organizada como temos hoje, que
possibilitasse um estudo com referências cruzadas e notas de rodapé. Se Pedro
tivesse feito isso, o texto seria praticamente impossível de ser interpretado por
aqueles irmãos.
morte e do inferno. Essa ideia também tem raízes em uma interpretação sobre o
resgate pago à Satanás na expiação de Cristo.
Essa é uma das interpretações mais absurdas que encontramos por aí.
Primeiro, temos que esclarecer que nunca foi pago resgate algum à Satanás. O
resgate foi pago à Deus, o pecado foi contra Deus, e é a justiça de Deus que
exigia tal pagamento. Qualquer coisa diferente disso é apenas alegoria e falta de
Bíblia.
lemos que Cristo tem a chave da morte e do Hades. O termo "Hades" está sendo
aplicado nesse versículo não no sentido de inferno, mas como uma referência ao
Quando o texto diz que Ele tem as chaves da morte e do Hades, quer
dizer que Ele tem autoridade e poder sobre a morte, para que esta não seja um
motivo de dano ao salvos, pois Ele mesmo recebe a alma dos santos no céu, além
de que, em sua segunda vinda, Ele ressuscitará os mortos que deixarão o estado
de existência desencarnada (no contexto o Hades) para receberem corpos
ressuscitados.
dele. Aqui, a referência é a obra de Cristo na cruz, onde, por sua morte, Ele
destruiu aquele que utilizava a morte como uma arma contra nós (Hb 2:14), ou
seja, o diabo, aquele que sempre desejou a morte do homem, tanto física como
espiritual, e se apresentava diante de Deus para nos acusar (Ap 12:10; cf. Zc 3:1,2).
Satanás na cruz. Foi ali que ele experimentou todo peso da ira de Deus pelos
nossos pecados, dando sua vida para nos libertar da maldição da morte.
Ao saber que o controle sobre a morte está nas mãos de Cristo, eles
entendiam que não era preciso temer a morte, pois se seus corpos caíssem aqui
na terra, suas almas estariam com Cristo no céu aguardando o dia em que, assim
Noé e de outros profetas, pregou aos agora mortos, mas na ocasião vivos, a
justiça e o arrependimento.
interpretada de uma forma coerente com todo o ensino presente nela, para não
causarmos contradições.
que não isola textos específicos para explora-los fora do contexto, é a de que
Cristo pregou aos mortos quando estes ainda estavam vivos (última interpretação
apresentada acima).
juízo eterno. De forma mais clara, tais pessoas ouviram a pregação e a rejeitaram
ainda em vida, e agora estão em condenação eterna.
Evangelho foi pregado também aos mortos quando eles ainda eram vivos.
ressurreição do Messias. Então ele aponta para o contraste entre o tumulo de Davi
em Jerusalém, e o tumulo de Cristo vazio, porque Deus o ressuscitou dos mortos.
Quanto ao texto de Efésios 4:9, usa-lo para defender uma descida literal
de Jesus ao inferno é forçar muito a estrutura do próprio texto, e desconsiderar
tivessem uma chance de crer. Afirmar isso é a mesma coisa de considerar inúteis
todos os profetas levantados por Deus no Antigo Testamento. Do próprio Noé, o
Novo Testamento testifica que ele foi o "pregoeiro da justiça" (2Pe 2:5), sendo
assim, só me resta concordar com Pedro e afirmar que Cristo pregou através do
Testamento, não encontro base bíblica alguma para justificar essa teoria. É um
raciocínio muito simples. Vamos considerar Enoque e o profeta Elias. Por que
Deus tomaria ambos para si se não fosse para estar com Ele? Será que Deus os
Bem, a Bíblia é muito clara ao dizer que eles foram estar com Deus. Na
próprio Deus. Outra coisa que devemos considerar é que nas passagens que
falam sobre o assunto na Bíblia o sentido de "paraíso" é sinônimo de céu, o
Outra coisa que vale ser lembrada é que o conceito de um lugar comum,
dividido em dois setores para onde iam todos os mortos, encontra sua origem na
ficavam todos os homens maus), e o Elísios (onde ficavam todos homens os bons).
Como inferno é uma das traduções para tártaro, e paraíso é uma das
traduções para elísios, então já dá para saber a origem de alguns erros de
interpretação que originaram doutrinas estranhas ao ensino Bíblico. A Bíblia
A Bíblia não fornece muitos detalhes sobre esse período, mas sabemos
com certeza que Ele foi ao céu (paraíso), o que também concorda com o fato de
Ele ter entregado o seu Espírito ao Pai, apenas quando tudo foi consumado, ou
seja, a expiação de Cristo foi concluída na cruz, e não ficou nenhuma etapa para
ser concluída no inferno ou em qualquer outro lugar.
E, clamando Jesus com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o
meu espírito. E, havendo dito isto, expirou (Lucas 23:46).
condenação de um possível “inocente” seria uma injustiça por parte d'Ele. Mas
será que realmente quem nunca ouviu o Evangelho será salvo?
Para ser bem direto, a Bíblia diz que não há a mínima possibilidade de
quem nunca ouviu o Evangelho ser salvo. Não existe outra forma de obter
justificação perante o juízo de Deus se não for pelos méritos de Cristo. São vários
textos bíblicos que podemos citar, vejamos alguns:
entendem errado esse principio, e pensam que agindo assim, Deus estaria sendo
injusto, porém é exatamente o contrário, Deus age assim por ser plenamente
justo.
inocentes entre os homens (Jo 5:42; Rm 3:10-12, 23; Rm 7:18,23; Ef 4:18; 2Tm 3:2-4;
Tt 1:15). Vamos citar alguns versículos que ensinam essa verdade:
E não entres em juízo com o teu servo, porque à tua vista não se
achará justo nenhum vivente (Salmos 143:2).
Após a queda do homem, lá com Adão ainda no Éden, todos os homens, sem
exceção, passaram a merecer a condenação eterna. Note que não é a injustiça de
Deus que condena a humanidade, mas sua justiça diante da própria perversidade
e desobediência do homem. Quando um pecador é condenado ele não está
versículos mais claros sobre isso está na Carta de Paulo aos Romanos:
Porque todos os que sem lei pecaram, sem lei também perecerão; e
todos os que sob a lei pecaram, pela lei serão julgados (Romanos 2:12).
COMO ALGUÉM PODE SER COBRADO POR ALGO QUE NUNCA CONHECEU?
condenação segundo a sua própria conduta, ainda assim essa pessoa seria
condenada, isso porque todos os homens, conhecedores ou não do verdadeiro
Deus, possuem um padrão moral dentro si, isto é, todos de uma forma ou de
outra julgam o que acham ser a conduta correta.
isso:
Se alguém disser que passou a vida sob a base de que deveria fazer o
bem, praticando boas obras e amando o próximo, seria inevitável perguntar: Essa
pessoa sempre fez o bem? Em todas as oportunidades ela praticou boas obras?
Até mesmo os que conheceram a Lei não puderam ser salvos por ela, pois
Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é
dom de Deus (Efésios 2:8).
seu julgamento, no sentido de ser mais brando ou mais severo, porém isso não
significa absolvição. A absolvição só pode ocorrer pela justificação em Cristo
Jesus.
mundo.
de Salmos:
revelação não é suficiente para que alguém seja salvo, mas ela escancara a
condição de que todos os humanos são indesculpáveis, ou seja, ninguém poderá
chegar diante de Deus e dizer que não sabia da existência de um Deus. Os ateus
não creem na existência de Deus, mas isso é diferente de não saber da existência
d'Ele.
conduta.
“chamou com uma santa vocação; não segundo as nossas obras, mas segundo o
seu próprio propósito e graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos
dos séculos” (2Tm 1:9).
Eu não sei como Jó conheceu a Deus, mas sei que ele O conheceu. Eu
não sei quem evangelizou Melquisedeque, mas sei que ele foi sacerdote do Deus
Altíssimo. Quanto a Abraão, bem, todos nós conhecemos a sua história, e como
Deus o chamou dentre sua parentela pagã. Todos estes homens serviram o
Diante disso, seguramente podemos dizer que ninguém que poderia ser
salvo será condenado porque não teve oportunidade. No livro de Atos, temos
noticias do resultado de uma evangelização, e como o Evangelho transformou
exatamente aqueles que deveriam ser transformados. Note que os que creram
foram aqueles que haviam sido designados para a vida eterna:
anunciar o Evangelho a toda criatura, sendo que esse trabalho não será em vão,
pois dentre essa humanidade caída Ele tem os seus eleitos, os quais convêm
seu Pastor.
Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; também me
convém agregar estas, e elas ouvirão a minha voz, e haverá um
rebanho e um Pastor (João 10:16).
AS 70 SEMANAS DE DANIEL
As setenta semanas de Daniel é como ficou conhecida pelos cristãos a
ele entendia a relação pactual do Senhor com seu povo, ou seja, onde bênçãos
eram vistas na obediência, e maldições na desobediência.
depois ele confessou o seu pecado e o pecado de seu povo, também reconheceu
A Bíblia diz que enquanto ele ainda orava, o anjo Gabriel veio ao seu
encontro com uma grande mensagem da parte do Senhor (Dn 9:21), onde lhe foi
(Dn 9:24). A forma e o período em que esses itens são cumpridos também varia
foi submetido, sendo então, estes 70 anos, multiplicados sete vezes, de acordo
com o padrão de tratamento pactual (cf. Lv 26:14,21,24,28).
ser entendidas não como semanas de dias, mas como semanas de anos, assim
como está em Levítico 25:8. Desta forma, a profecia das 70 semanas se refere a
profecia já era alvo de debate entre intérpretes judeus, depois latinos e gregos.
considerar todas elas num único texto. Portanto, colocarei ênfase apenas nas
principais interpretações dentro do cristianismo, que, de alguma forma, são
dispensacionalistas.
historicamente, porém não existe a necessidade das datas serem exatas. Assim, a
septuagésima semana é simbólica, e se refere à época da Igreja, ou seja, ao
período que compreende desde a primeira vinda de Cristo até sua segunda vinda.
Esta é a principal interpretação entre os amilenistas.
delas se mostrou realmente eficaz. Isso acontece porque “a conta não fecha” com
semanas como literais, então temos a grande dificuldade de fazer com que os 490
anos se encaixem nas datas propostas.
Jerusalém". Sobre isto, encontramos pelo menos três decretos que poderiam
representar tal “ordem”. O primeiro foi com Ciro no século 6 a.C., depois temos o
primeiro decreto de Artaxerxes em 457 a.C., e, por último, um segundo decreto
em 444 ou 445 a.C. (embora não tenha sido tecnicamente um decreto e sim uma
autorização).
e o calendário solar.
afirmam que os 483 anos coincide no ano em que Cristo foi crucificado.
Entretanto, considerando as dificuldades que já mencionamos aqui, podemos
concluir que é impossível que seja estabelecida uma data exata para o término
das 69 semanas.
aqueles registrados no relato de Neemias. Assim sendo, de 444 a.C. devem ser
contados 483 anos, resultando então em 37 ou 38 d.C. Considerando o erro de
cálculo nas contas Dionísius Exiguus entre 4 e 7 anos, então chegaremos a uma
data aproximada entre os anos 31 e 34 d.C., o que provavelmente corresponde ao
defendem que Daniel não diz que a destruição de Jerusalém ocorreria dentro da
septuagésima semana.
septuagésima semana, nem mesmo que haveria uma lacuna de tempo após a
sexagésima nona semana.
Assim, penso que tal interpretação não pode reivindicar uma condição
especialmente literal, pois utiliza um elemento que não esta literalmente no texto.
Logo, é possível notar uma aparente falta de padrão no estilo interpretativo.
ser interpretado de forma literal, então será possível calcular a segunda vinda de
Cristo a partir da manifestação futura do Anticristo, e não existe qualquer base
interpretes dessa posição entendem que o período de 490 anos representa uma
fórmula padrão, ou seja, a profecia não estava estabelecendo necessariamente um
Também vale dizer que alguns estudiosos entendem que o “Ungido” (ou
Messias) citado no versículo 25 pode não ser uma referência a Cristo, mas a um
rei usado por Deus como instrumento para realizar sua vontade. Neste caso,
E depois das sessenta e duas semanas será cortado o Messias, mas não
para si mesmo; e o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade
e o santuário, e o seu fim será com uma inundação; e até ao fim haverá
guerra; estão determinadas as assolações. E ele firmará aliança com
muitos por uma semana; e na metade da semana fará cessar o
sacrifício e a oblação; e sobre a asa das abominações virá o assolador,
e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado
sobre o assolador (Daniel 9:26,27).
semanas, todas as posições de certa forma concordam com o que ocorre nas
primeiras 69 semanas da profecia (7+62), ou seja, independente de ser
O texto claramente diz que "depois das sessenta e duas semanas será
cortado o Messias", obviamente uma referência à crucificação de Cristo. Quanto a
isto, praticamente todas as interpretações concordam, exceto aqueles que
entendem que o Ungido citado no versículo 25 não é o Messias. Nesse caso,
então a morte do Ungido seria uma referência ao juízo de Deus sobre o rei
levantado por Ele mesmo, e que teria ultrapassado os limites como instrumento
do seu juízo. Realmente eu não creio nessa possibilidade.
sexagésima nona semana, mas não na septuagésima semana, já que esta ainda é
elemento estranho ao texto, isto é, o hiato. Logo, creio que o texto obviamente
está dizendo que o Messias foi morto na septuagésima semana, até porque se
não for assim não temos o registro da septuagésima semana no texto, ou seja,
não há no texto uma expressão como “na septuagésima semana“, mas apenas
destruiu Jerusalém. Alguns estudiosos também entendem que talvez haja nesse
versículo alguma menção ao grego Antíoco IV Epifânio como precursor de Tito.
No versículo 27 lemos que uma aliança seria feita: "Ele fará firme aliança
com muitos, por uma semana". A interpretação dispensacionalista entende que o
“ele” é uma referência ao príncipe e não ao Messias. Assim, para o
Dispensacionalismo aqui se trata do Anticristo, que fará uma aliança com o povo
Note que no versículo anterior (26) duas pessoas são citadas: o Ungido e o
príncipe que lidera um povo. Assim, o “ele” que inicia o versículo 27,
Na Última Ceia, quando Jesus tomou o cálice, Ele disse: “Este cálice é a
nova aliança no meu sangue; fazei isto todas as vezes que o beberdes em
memória de mim” (1 Coríntios 11:25). Compare o texto de Daniel que diz que "ele
fará firme aliança com muitos", com o texto do Evangelho de Mateus onde Jesus
disse: “Porque isto é o meu sangue, o sangue da nova aliança, derramado em
favor de muitos, para remissão de pecados” (Mt 26:28).
Sabemos que cada vez que a Igreja se reúne para participar da Santa Ceia
do Senhor, ela está recordando, e ao mesmo tempo anunciando essa aliança.
Assim, entendemos que a morte de Cristo pois fim ao sistema sacrifical do Antigo
Testamento, de forma que, conforme o escritor da Epístola aos Hebreus escreveu,
Calvário.
Templo por Tito, enquanto outros entendem que seja uma referência à própria
morte de Cristo.
“pouco tempo de Satanás” (Ap 20:3), onde o homem da iniquidade (2Ts 2:3), o
Anticristo, será revelado e haverá intensa perseguição contra a Igreja. Essa
em seu Sermão Escatológico, “se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma
carne se salvaria; mas por causa dos escolhidos serão abreviados aqueles dias ”
(Mateus 24:22).
milênio.
usado Antíoco IV Epifânio como uma pré-figura de outro governante que faria
atrocidades.
Mais uma vez quero dizer que a profecia das setenta semanas realmente
se trata de um texto bastante difícil de interpretar, portanto é preciso que haja
que buscam entender detalhes que Deus achou por bem não nos revelar de
maneira tão clara.
Por fim, penso que antes de qualquer debate sobre detalhes específicos
conhecidas pelos cristãos. Embora seja tema de muitos sermões, sem dúvida ela é
uma das parábolas mais difíceis de interpretar. Essa parábola encontra-se
Então o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as
suas lâmpadas, saíram ao encontro do esposo. E cinco delas eram
prudentes, e cinco loucas. As loucas, tomando as suas lâmpadas, não
levaram azeite consigo. Mas as prudentes levaram azeite em suas
CONTEXTO DA PARÁBOLA
Jesus faz um alerta sobre a separação entre os bons e os maus (santos e ímpios),
ocasionada por sua repentina vinda.
Dez Virgens (Mt 25:1-13), dos Talentos (Mt 25:14-30) e da Separação das Ovelhas e
dos Bodes (Mt 25:31-46).
da época. Era costume que o noivo fosse, acompanhado de seus amigos, tarde da
noite à casa da noiva. Lá, a noiva o esperava com suas damas de honra (as
virgens), que, ao serem avisadas da aproximação do esposo, deviam sair com suas
lâmpadas para iluminar o caminho do noivo até a casa, onde haveria a celebração
das núpcias. Sobre a escolha do número de dez virgens, acredita-se que,
geralmente, esse cerimonial era composto por dez damas, isso pelo fato de que
que a voz que anuncia o Noivo é a voz dos profetas que proclamaram que o
Messias viria. Sob este aspecto as virgens loucas são os judeus que acreditavam
que sua religiosidade seria suficiente e não se prepararam para Ele, enquanto as
prudentes seriam os judeus que reconheceram que Jesus é o Cristo e, estes,
pertencem então aos remanescentes que serão salvos (Rm 9:27). Ainda dentro da
linha que defende ser esta uma parábola direcionada ao povo judeu, estão os que
Dentre os que defendem que a parábola se aplica aos cristãos, existe uma
grande variação de interpretação que basicamente divergem entre si sobre o que
Santo, outros o amor e ainda outros a graça de Deus. O sono que acometeu as
virgens para alguns se trata da morte física, para outros momentos de fraqueza
espiritual e, ainda outros, defendem que o sono representa simplesmente a
APLICAÇÃO DA PARÁBOLA
nenhum deles distorceu o verdadeiro ensino de Jesus nessa parábola, o que talvez
nos mostra tamanha abrangência do princípio contido nela.
Creio que das interpretações citadas acima, a que mais causa problemas
e, para mim, trata-se de um erro teológico, é a interpretação que defende que tal
parábola se aplica aos judeus no período de grande tribulação, após a Igreja não
estar mais na terra. Esse tipo de ensino é fundamentado por uma interpretação
bíblica profundamente confusa e equivocada.
Embora seja possível nessa parábola fazer alguns paralelos com os judeus
Seja qual for a interpretação adotada nessa parábola, tais verdades não
podem ser negadas:
quanto as loucas eram virgens. Isso não significa que alguns perderão a
apartai-vos de mim […]” (Mt 7:23). Nosso Deus é justo, e naquele dia não
haverá nenhum intruso (Mt 22:1-14).
Quando olhamos para a lua durante a noite ficamos admirados por seu
brilho, mas logo de manhã a verdade de que ela não possui luz alguma
vem à tona. Ela reflete uma luz que não é dela. A fé histórica é assim,
5. O azeite não pode ser obtido por esforço humano: talvez as virgens loucas
da parábola não levaram consigo azeite porque acharam que o noivo
está relacionada ao sono, mas ao fato de ter ou não o azeite, isto é, ser
prudente e estar preparado é possuir o azeite. A lição principal dessa
parábola é o mandamento de “vigiar”. A vigilância prudente é aquela que
nos prepara para uma longa espera. É fácil esperar pouco tempo. Na fila
zelo temporário pela volta de Cristo não serve para nada. Precisamos
estar prontos, e isso pode significar uma longa espera. Algumas pessoas
acham que vigiar é esperar pela volta de Cristo a qualquer momento, mas
na verdade vigiar é estar preparado para a volta d'Ele a todo tempo. Isso
até parece ser a mesma coisa, mas acredite, não é. Essa parábola nos
tinham o azeite, elas estavam preparadas para uma longa espera, elas
vigiaram.
Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora em que o Filho do
homem há de vir (Mateus 25:13).
estes irão para o castigo eterno, mas os justos para a vida eterna
(Mateus 25:31-46).
CONTEXTO DA PARÁBOLA
culminando em sua segunda vinda e juízo final. Ainda no capítulo 24, temos
alguns alertas sobre a necessidade de estarmos preparados diante da volta
de sua crucificação.
EXPLICAÇÃO DA PARÁBOLA
Embora que, para muitos de nós, uma referência sobre a vida no campo
possa não parecer tão clara, isso devido ao nosso estilo de vida urbano na
o ignoram. Outro fato importante é que as ovelhas valem mais do que os bodes,
diante do trono do grande Rei, a saber, Cristo. Sendo assim, todas as pessoas que
já viveram sobre essa terra são comparadas a ovelhas e bodes.
direita, enquanto os bodes serão postos a esquerda. Com isso entendemos que a
separação será clara, evidente e sem confusão. As ovelhas e os bodes estarão de
lados opostos.
ovelhas e dos bodes (dos justos e dos ímpios) durante suas vidas. Jesus dá seis
exemplos onde os justos agiram com piedade, e utiliza os mesmos seis exemplos,
porém de forma negativa, para descrever a conduta desprezível dos ímpios.
diretamente para o próprio Jesus, da mesma forma que quando o ímpio ignora
um dos mensageiros de Cristo, e não se compraz por suas necessidades, e
parábola dizendo que os que foram postos do lado esquerdo serão destinados ao
castigo eterno, mas os justos, que foram postos do lado direito, herdarão a vida
eterna.
certeza esse não é o ensinamento dado por Jesus. Naquele dia, surpresos,
os ímpios perguntarão: "Quando foi que lhe rejeitamos Senhor?" Será
tarde demais.
2. Durante o dia todos convivem juntos, mas ao cair da noite a separação
ocorrerá: durante seu ministério aqui na terra, Jesus, várias vezes, alertou
sobre a separação que haverá no dia do juízo. Ele ensinou que o joio será
separado do trigo (Mt 13:30), o trigo será juntado no seleiro enquanto a
palha será queimada (Mt 3:12), os justos serão separados dos maus (Mt
13:49,50), as virgens prudentes serão separadas das loucas (Mt 25:12), o
servo bom será distinguido do servo mau (Mt 25:30), e, por fim, as
ovelhas serão separas dos bodes. Da mesma forma como o joio cresce no
meio do trigo, mas no dia da ceifa ele é separado e queimado no fogo, os
justo Juiz não deixará com que nenhuma delas passe despercebida. Da
mesma forma, a negligência do ímpio, por menor que ela tenha sido, será
importante aqui, é a ênfase que Jesus deu aos pecados de omissão. Note
que nenhum pecado como a idolatria, adultério e homicídio foi citado.
Senhor.
4. O valor dos “pequenos” para Deus: quando o Rei se refere aos Seus
seguidores como “irmãos”, já fica evidente a importância destes para o
aqueles que não são julgados como importantes pelos homens, não são
temas de revistas, não aparecem em websites, não possuem CD‟s
5. A herança não vem pelas obras: certamente no dia do juízo as obras serão
reveladas, porém, não serão elas que farão com que os justos herdem o
Reino. Note que o Reino já está preparado para o justo desde a fundação
do mundo (vers. 34) e não em decorrência de suas boas obras. O Reino
maravilhosa graça, para ser uma das ovelhas de seu rebanho (Ef 1:4). As
obras praticadas pelo justo não servem como fundamento para sua
que este justo as praticasse (Ef 2:8-10). Se praticamos boas obras o mérito
não é nosso, mas totalmente de Cristo que nos escolheu para seu reino
antes de tudo existir, antes de qualquer bem ou mal ter sido praticado.
A ILHA DE PATMOS
A Ilha de Patmos é muito conhecida entre os cristãos por ter sido o local
onde o Apóstolo João escreveu o livro do Apocalipse. Muitas histórias são
contatas sobre a Ilha de Patmos, porém nem todas podem ser comprovadas, e
outras não passam de pura ficção sem fundamentação alguma. Neste texto
é uma das ilhas que compõe o arquipélago grego do Dodecaneso (que significa
"Doze Ilhas"). Patmos fica por volta de 55 Km da costa sudoeste da Turquia
O formato da ilha lembra uma "meia lua", devido ao fato de Patmos ser
dividida em duas partes praticamente iguais, que são unidas por um istmo
(estreito de terra cercado por águas de ambos os lados que une duas grandes
porções de terra). Em decorrência do seu formato, Patmos possui uma baia
a verdade é que Patmos era uma ilha prisão utilizada pelos romanos, e que
apresentava até certo movimento naqueles dias. Evidências arqueológicas
mostram que Patmos já era habitada antes do Império Romano, com vilarejos e
até mesmo um possível templo pagão.
perigosos, como um tipo de prisão de segurança máxima, porém não existe base
suficiente que comprove essa condição. Outra afirmação comum é que os
Apóstolo João foi uma delas, fato comprovado no próprio livro do Apocalipse no
capítulo 1.
discípulo de João), Ireneu (que pode ter sido discipulado por Policarpo), Clemente
de Alexandria, Tertuliano, Eusébio e Jerônimo, declararam que João foi exilado em
de ser levado para Patmos, João vivia em Éfeso e, quando saiu da ilha, tenha
voltado para lá.
Foi na Ilha de Patmos que João teve as revelações que compõe o livro do
Apocalipse. Existe um debate se João de fato escreveu o livro na ilha ou apenas
Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu para mostrar aos seus
servos o que em breve há de acontecer. Ele enviou o seu anjo para
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Neste e-book foram utilizados indiretamente, e de forma geral, alguns conceitos
presentes nas obras listadas abaixo, as quais também recomendo para quem
possui interesse em se aprofundar mais sobre o tema.
COMENTÁRIOS BÍBLICOS
______________, The Gospel of Matthew, Grand Rapids: Baker Book House, 1973.
______________, The Gospel of Mark, Grand Rapids: Baker Book House, 1975.
______________, A Vida Futura Segundo a Bíblia, São Paulo: Cultura Cristã, 1998.
1992.
Zondervan, 1965
BÍBLIAS DE ESTUDO
The New Scofield Study Bible, New York: Oxford USA Trade, 1998