EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DO JUIZADO
ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE TRÊS CORAÇÕES - MG
Autos nº: Requerente: Requerido:
RAILLA CRISTINA DE BRITO, inscrita no CPF sob o n°
105.236.486-18, RG MG17958765, nascida em 04/02/1993, telefone de n° (35) 98409-7650, residente e domiciliada na Rua São Bento, n° 328, Santo Afonso, Três Corações/MG, CEP 37416-036, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, pela advogada representante do Núcleo de Práticas Jurídicas – NPJ/UNINCOR, sito à Av. Castelo Branco, 82, Chácara das Rosas, CEP 37.417-150, Três Corações/MG – que esta subscreve -, com fulcro nos arts. 1.690, 1.699, do CC/2002; art. 300, do CPC, interpor a presente:
IMPUGNAÇÃO À CONTESTAÇÃO
Nos seguintes termos:
EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA 2ª VARA CRIMINAL E DE EXECUÇÕES PENAIS DA COMARCA DE TRÊS CORAÇÕES – MG
Processo: 5003727-94.2023.8.13.0693
THATHIANE ROMANELLI PRADO, já qualificada nos
autos em epígrafe, por seus procuradores, vem à Vossa Excelência requerer a modificação da decisão de ID 9879075666 que move
em face de ANDERSON JOSÉ DE SOUZA que flexibilizou a medida protetiva, passando de
400 metros para apenas 25 metros, pelas razões que passo a expor:
DECISÃO MODIFICADA
Vossa Excelência no intuito de proteger os interesses da menor, filha do casal,
flexibilizou a medida protetiva ora concedida na decisão de ID 9798737763 que era de 400 metros, visto que o requerido informou que a proibição de se aproximar da ofendida, impossibilitaria o acusado de exercer o direito de visitação a filha e, como consequência, ocasionaria prejuízos a convivência dele com a menor. Porém, razão não assiste o requerido, visto que quando do deferimento da medida protetiva no status anterior, o genitor nunca teve prejuízos no seu convívio com a filha.
RECONSIDERAÇÃO
1 – ABUSOS CAUSADOS À VÍTIMA
Durante o relacionamento, o requerido se mostrou uma pessoa agressiva,
abusadora, manipuladora e autoritária, causando transtornos e gerando medo na autora, que então, buscou a separação judicial, conforme os autos de nº 5001035- 64.2019.8.13.0693. Inclusive, nos autos mencionados alhures, foram realizados estudos psicológicos, onde ficam evidentes os traumas causados à vítima. No acordo homologado nos autos de regulamentação de visitas, quem busca a menor em sua casa, são os avós paternos. Aceito, pela requerente, apenas, para manter o bem-estar da filha e não a afastar do pai, e no intuito de se ver longe dos traumas causados por ele. Inclusive, acreditava que o genitor cessaria com os abusos, entretanto, diferentemente da intenção da vítima, o genitor utilizou dessa artimanha para continuar com os abusos psicológicos, perseguição e ameaça, contra sua ex companheira, visto que profissional da área de psicologia, sabe como atingir a vítima, além de conhecedor do pânico que gera. Porém, devido a continuação dos abusos, a autora requereu a medida protetiva deferida nos autos, visto que só de ver o seu carro, escutar a voz do requerido tem crises de pânico, desencadeando o estresse pós traumático.