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Brazilian Journal of Development 18459

ISSN: 2525-8761

Criação do quadro policial militar temporário na PMPR

Creation of the temporary military police board in PMPR


DOI:10.34117/bjdv8n3-197

Recebimento dos originais: 14/02/2022


Aceitação para publicação: 16/03/2022

Luiz Antonio Ferreira Junior


Bacharel em Direito - Universidade Positivo
Pós-Graduado em Administração com Ênfase em Segurança Pública (FACEAR)
Pós-Graduado em Gestão e Organização da Escola com ênfase em
Direção Escolar (UNIDERP)
Instituição: Capitão da Polícia Militar do Paraná, Comandante Interino do 6º Colégio da Polícia
Militar - Pato Branco
Endereço: Rua Araribóia, 891, La Salle, CEP: 85. 501-033 - Pato Branco - PR
E-mail: lafjunior1980@gmail.com

RESUMO
Questões tão atuais como reposição salarial e defasagem de militares estaduais são preocupação
do Comando-Geral da PMPR. O estudo demonstra que é possível economizar e garantir um
ingresso de Militares Estaduais Temporários para a realização de serviços Administrativos. O
trabalho utilizou a metodologia hipotética dedutiva e, após observar dificuldades que permeiam
a Polícia Militar do Paraná, buscou suporte nas atualizações legais pátrias, demonstrando a
viabilidade à criação do Quadro Policial Militar Temporário no âmbito da PMPR, abrindo as
portas para uma significativa economia aos cofres públicos. Em curto prazo é possível realocar
Militares Estaduais de Carreira na atividade-fim, aumentando o Policiamento Ostensivo e
Preventivo no Paraná.

Palavras-chaves: polícia militar, gestão de pessoas, militares estaduais temporários.

ABSTRACT
Current issues such as salary adjustment and the deficit of State Military Police Officers concern
the General Command of the Military Police of Paraná State (PMPR). This study shows that it is
possible to save funds and guarantee the admittance of Temporary State Military Officers to
perform administrative services. The study used the hypothetical deductive methodology and,
after observing the difficulties that permeate the Military Police of Paraná, it sought solutions in
updates on federal laws, demonstrating the feasibility of creating the structure of Temporary
Military Police Staff (Quadro Policial Militar Temporário) in the Military Police of Paraná,
enabling significant savings to the government treasury. In the short term, it is possible to
reallocate Operational Police Officers in the main activity, increasing the law enforcement and
emergency response roles in the State of Paraná.

Keywords: military police, personnel management, temporary military police staff.

Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.8, n.3, p. 18459-18480, mar., 2022.


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1 INTRODUÇÃO
Atualmente a Polícia Militar do Paraná (PMPR) vive um momento muito complexo, pois
há uma defasagem muito grande do efetivo previsto, causando uma sobrecarga de trabalho no
dia-a-dia dos Militares Estaduais, somado à situação político-econômica nacional com a inflação
em ascensão e a queda no poder de compra, que foi maximizado pela situação pandêmica e agora
pelas tensões de natureza política mundial. Convergindo para a eclosão de problemas financeiros,
o Estado do Paraná, face à inércia governamental, deixou de cumprir a legislação de reposição
da data-base entre os anos de 2017 e 2021, acumulando um percentual estimado de mais de 30%
(trinta por cento)1.
Isto dificultou a gestão da PMPR, obrigando o Comando-Geral da PMPR a buscar
alternativas para minimizar a perda de poder aquisitivo do Militar Estadual e também aumentar
as quantidades de equipes que trabalham na proteção da sociedade paranaense. Como resultado
efetivo, o Comandante-Geral da PMPR criou a Diária Especial por Atividade Extrajornada
Voluntária (DAEV) (PMPR, 2021), que, ao mesmo tempo, aumenta a quantidade de Militares
Estaduais na atividade-fim, conforme a necessidade e também remunera o Voluntário,
adicionando, como valores de natureza indenizatória, a quantia de R$ 180,00 (cento e oitenta
reais) por 06 (seis) horas de trabalho voluntário no horário de folga. Também na seara
indenizatória, o Comando-Geral, logrou êxito no sancionamento da Lei nº 20937 - 17 de
Dezembro de 2021 (PARANÁ, 2021), que instituiu o auxílio-alimentação aos servidores ativos
no valor de R$ 600,00 (seiscentos reais) por mês.
Essas medidas são muito bem vindas a todo o efetivo, que assim como decisões
anteriormente tomadas, a exemplo do abono permanência em dobro (PARANÁ, 2017) para as
Praças (natureza indenizatória), acaba se tornando um grande incentivo para postergar ao
máximo a entrada no rol de Veteranos da PMPR. Todavia, essas ações de natureza indenizatória
não contemplam a todos, pois não atingem os Veteranos, que deixam de ser agraciados com essas
complementações financeiras, permanecendo com uma diferença salarial.
Ainda há mais pretensões para enaltecer o digno trabalho realizado diuturnamente pelos
Militares Estaduais, entre os quais, está em fase final o Processo de inclusão de 2400 (dois mil e
quatrocentos) (UFPR, 2020) novos policiais militares, mas que, possivelmente, só estarão
formados no ano de 2023, bem como a busca pela reposição salarial, que parece caminhar a
passos largos dentro da esfera política do Estado do Paraná.

1
Disponível em <https://sindsaudepr.org.br/justica-reconhece-que-a-suspensao-da-data-base-em-2016-e-
inconstitucional/>. Acesso em 10 de março de 2022.

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Em contrapartida, a PMPR é uma instituição muito grande, com aproximadamente 17335


(dezessete mil, trezentos e trinta e cinco) Militares Estaduais na ativa (EM-PM/1, 2022) e 21058
(vinte e um mil e cinquenta e oito) veteranos e pensionistas (DP, 2022), o que, pelo grande
impacto que um pequeno aumento na folha, causa dificulta o trabalho do Alto Escalão ao lutar
por questões salariais. Supondo um aumento de R$ 300,00 mensais a todos, isso resultara em um
impacto de mais de R$ 11.640.000,00 (onze milhões, seiscentos e quarenta mil reais).
Diante desse impasse, urge apresentar ao Estado novas possibilidades que permitam
equalizar as reposições salariais, minimizando ao máximo o impacto em folha. Para tanto,
buscamos supedâneo nas Forças Armadas, que possuem Militares Temporários, além do próprio
Estado do Paraná, que possui Secretarias de Estado que utilizam servidores temporários para
suprir a defasagem de servidores concursados, a exemplo da Secretaria de Estado da Educação,
que utiliza o Processo de Seleção Simplificado (PSS) para contratar professores, pedagogos,
agentes administrativos e de limpeza temporários.
Assim, já existem normatizações em alguns Estados, como Pará e Rio Grande do Sul, e
estudos em Santa Catarina, para a utilização de Policiais Militares Temporários. Todavia, é
interessante a utilização desses Militares Estaduais Temporários em atividades administrativas,
sendo necessário delimitar as áreas de atuação. Assim, para o atendimento da população
(atividade-fim), seria o aumento do efetivo, com a aplicação do Temporário nas atividades
administrativas e o remanejamento do Militar Estadual de Carreira para a atividade-fim.

2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 ESTRUTURA ADMINISTRATIVA DA PMPR
Para que uma equipe de Militares Estaduais possa realizar um atendimento originado
através do telefone de emergência 190, há uma grande estrutura administrativa que possibilita
que isso aconteça.
De maneira muito simplificada, a Estrutura da PMPR começa com o Comando-Geral,
que possui um Estado-Maior e as Diretorias, que são órgãos de direção e apoio, e, finalmente, os
órgãos de Execução, que são os Comandos Regionais.
Os Comandos Regionais, por sua vez, gerenciam Batalhões Policiais Militares e
Companhias Independentes de Polícia Militar, que realizam o policiamento ostensivo e
preventivo nos 399 (trezentos e noventa e nove) municípios paranaenses.
Mesmo esses órgãos de Execução possuem uma estrutura pesada, a qual demanda a
aplicação de diversos Recursos Humanos para que a atividade-fim possa ser realizada com
sucesso.

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2.1.1 Defasagem de Recursos Humanos na PMPR


A Polícia Militar do Paraná tem um Quadro Previsto de 1.786 (um mil setecentos e oitenta
e seis). Oficiais e de 25.463 (Vinte e cinco mil, quatrocentos e sessenta e três) Praças, totalizando
a previsão de 27.249 (vinte e sete mil, duzentos e quarenta e nove) Militares Estaduais (EM-
PM/1, 2022).
Desse total, 17.457 (dezessete mil, quatrocentos e cinquenta e sete) são vagas previstas
de Soldados, dos quais 15.017 (quinze mil e dezessete) são Policiais Militares e 2.440 (dois mil,
quatrocentos e quarenta) são Bombeiros Militares. Esse é o foco deste Estudo, a função de
Soldado, pois entre o previsto e o existente, há uma defasagem de 43% para os Policiais Militares
e de 47% para Bombeiros Militares (EM-PM/1, 2022).
São números muito grandes, que dificultam, em primeiro lugar, uma autorização da
Secretaria da Fazenda para incluir a quantidade em defasagem; e em segundo lugar, não há
logística para a formação dessa quantidade de policiais militares em curto prazo, sem contar que
entre a abertura do Edital para o processo classificatório e a formatura do Curso de Formação,
leva-se em média, 2 (dois) anos. E, em médio prazo, se conseguíssemos a autorização para a
inclusão, durante o período de formação desses policiais, outros que já estão na ativa pediriam
seu desligamento ou até mesmo a sua Reserva Remunerada, continuando o ciclo de defasagem
de efetivo.
Sob outro aspecto, o ingresso de um grande quantitativo de Militares Estaduais em uma
mesma data, causaria, inicialmente, um grande alívio, porém, a longo prazo, se tornaria um
grande problema, pois ao mesmo tempo em que haveria uma grande inclusão, haveria uma grande
saída de Militares Estaduais para a Reserva. Assim, o ideal seria a inclusão de pequenas
quantidades, anualmente.
Então, como fazer para reduzir esses claros, sem impactar a folha de pagamento, agilizar
o processo de disponibilização de Militares Estaduais na Atividade-Fim em curto prazo e existir
um atendimento diferenciado na atividade-meio da PMPR?
Diversas ideias podem ser propostas, tais como a terceirização de alguns serviços: guarda
ao quartel, rancho, telefonista. Outra possibilidade seria o Corpo de Militares Estaduais Inativos
Voluntários (CMEIV) (PARANÁ, 2017), para que os Veteranos da PMPR realizem as atividades
Administrativas. Uma terceira via, seria a contratação de Militares Estaduais Temporários.

2.1.2 Breve análise dos Quadros Organizacionais


Após uma completa análise nos Quadros Organizacionais (QO) (EM-PM/1, 2022) da
PMPR (exclusivamente nas atividades de Polícia Militar, excetuadas as de Bombeiro Militar),

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destaca-se que as principais funções administrativas estão, dentro do QO, direcionadas dentro
das atividades dos Pelotões de Comando e Serviço (PCS), e de Guarda ao Aquartelamento. Por
tanto, foram compilados os dados quantitativos relativos à função de Soldado existente nos PCS,
conforme tabela abaixo.

OPM Quantidade de Vagas de Soldado


(Função de PCS/Guarda)

Sedes de CRPM 0

CCS/QCG 127

Corregedoria 3

Diretoria de Saúde (HPM) 14

Diretoria de Ensino e Pesquisa 108

1 CRPM 122

2 CRPM 87

3 CRPM 82

4 CRPM 53

5 CRPM 61

CPE 107

TOTAL 764
Fonte: Do Autor (condensado do QO, 2022)

Essa tabela apresenta as vagas previstas, mas não significa que há a efetividade desses
militares estaduais realizando os referidos serviços. Trata-se somente da previsão de Quadro
Organizacional. Todas essas funções são nas mais diversas áreas administrativas, mas, em
especial, a parte de secretariado, logística, telecomunicações, organização financeira e contábil,
serviços jurídicos, enfermagem, e atividades de ensino.
Destaca-se que, na prática, muitos Soldados executam atividades atinentes a outras
graduações. De maneira negativa, destaca-se a Diretoria de Desenvolvimento Tecnológico e
Qualidade (DDTQ) onde não há previsão em QO para Soldados, porém, seria muito interessante
a possibilidade de técnicos em desenvolvimento de sistemas e informática como temporários.
Expostos os números de vagas disponíveis em QO, e considerando que esse número é
muito inferior à quantidade de vagas em aberto para Soldado de Primeira Classe, sugere-se a
extinção de 700 (setecentas) vagas do QPMG1 e criação de 1000 (mil) vagas Soldado de 2 Classe

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(Soldado Técnico Temporário), a fim de disponibilizar, de imediato, a retirada de 1000 (mil)


militares estaduais que estão em atividade-meio para a atividade-fim, em um curto espaço de
tempo, pois a formação do Militar Estadual Temporário é muito mais concisa. Mais adiante, no
capítulo 2.2.3 justifica-se a extinção e criação dessas vagas.

2.2 PONDERAÇÕES LEGAIS, CONTRIBUIÇÃO SOCIAL E SUBSÍDIO


2.2.1 O Militar Estadual Temporário na Legislação Pátria
Com a atualização legislativa trazida pela Lei Federal nº 13.954 de 2016, que deu nova
redação ao Decreto-Lei nº 667 de 1969, foi facultado aos Estados legislar sobre o ingresso de
Militares Estaduais Temporários.
Vieria e Teza (2022) trazem, em um artigo pós-alteração legislativa, duas Ações Diretas
de Inconstitucionalidade julgadas pelo Supremo Tribunal Federal, em face dos Estados do Rio
Grande do Sul (BRASIL, 2020) e de Goiás (BRASIL, 2015), que consideraram inconstitucional
a criação de um quadro temporário, pois a legislação federal não possuía esta figura.
Em breve resumo, essas decisões entenderam ser inconstitucional, por vício formal, a lei
estadual que inaugura relação jurídica contraposta à legislação federal que regula normas gerais
sobre o tema, substituindo os critérios mínimos estabelecidos pela norma competente e o
programa de militares estaduais temporários da brigada militar, criado pela lei impugnada, não
tem amparo na legislação nacional que cuida da organização das polícias militares e os corpos
de bombeiros militares dos Estados, do território e do distrito federal (decreto-lei 667/1969,
decreto nº 88.777/1986 e lei nº 10029/2000). Ao cuidar da matéria de competência privativa da
União, a lei gaúcha nº 11.991/2003 afrontou o artigo 22,1 inciso XXI, da constituição da
República.
Mas, através da Lei 13.954 (BRASIL, 2019), que alterou o Decreto-Lei 667 (BRASIL,
1967), em especial o Artigo 24, entende-se que essa inconstitucionalidade caiu por terra,
vejamos:

Art. 24-I. Lei específica do ente federativo pode estabelecer: (Incluído pela Lei nº
13.954, de 2019)
II - requisitos para o ingresso de militares temporários, mediante processo seletivo, cujo
prazo máximo de permanência no serviço ativo será de 8 (oito) anos, observado
percentual máximo de 50% (cinquenta por cento) do efetivo do respectivo posto ou
graduação. (Incluído pela Lei nº 13.954, de 2019)

Pela nova redação da Lei, há sim a possibilidade de Militares Estaduais Temporários,


tanto que o Estado do Rio Grande do Sul já publicou Lei (RIO GRANDE DO SUL, 2020)
permitindo a inclusão destes na Brigada Militar. Já no Pará, também há uma Lei (PARÁ, 2008),

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de 2008, que autoriza a prestação voluntária de serviços de guarda de imóveis estaduais e de


estabelecimentos prisionais, e de serviços de guarda de quartéis da corporação. O Estado de Santa
Catarina também já tem projeto de Lei voltado para a aplicação de Militares temporários.

2.2.2 A Contribuição Social do Militar Estadual Temporário


Seguindo o previsto no Decreto-Lei nº 667 (BRASIL, 1967), o Militar Estadual
Temporário deverá contribuir com a mesma alíquota prevista para os Militares Estaduais de
Carreira e também das Forças Armadas.
Assim, o Militar Estadual Temporário fará jus aos benefícios de inatividade por invalidez
e pensão militar durante a permanência no serviço ativo. Ao cessar a vigência do contrato de
prestação de Serviço do Militar Estadual Temporário, o seu tempo de serviço militar será objeto
de contagem para fins de aposentadoria no Regime Geral da Previdência Social ou de regime
próprio.
Ao término do seu contrato de trabalho, o seu tempo de serviço militar será objeto de
contagem recíproca para fins de aposentadoria no Regime Geral de Previdência Social ou em
regime próprio de previdência social, inclusive sendo devida a compensação financeira entre os
regimes. Vejamos o texto legal:

Art. 24-C. Incide contribuição sobre a totalidade da remuneração dos militares dos
Estados, do Distrito Federal e dos Territórios, ativos ou inativos, e de seus pensionistas,
com alíquota igual à aplicável às Forças Armadas, cuja receita é destinada ao custeio
das pensões militares e da inatividade dos militares. (Incluído pela Lei nº 13.954, de
2019) (Regulamento) (Vigência)
(...)
Art. 24-I. Lei específica do ente federativo pode estabelecer: (Incluído pela Lei nº
13.954, de 2019)
(...)
§ 1º O militar temporário de que trata o inciso II do caput deste artigo contribuirá de
acordo com o disposto no art. 24-C deste Decreto-Lei e fará jus aos benefícios de
inatividade por invalidez e pensão militar durante a permanência no serviço
ativo. (Incluído pela Lei nº 13.954, de 2019)
§ 2º Cessada a vinculação do militar temporário à respectiva corporação, o tempo de
serviço militar será objeto de contagem recíproca para fins de aposentadoria no Regime
Geral de Previdência Social ou em regime próprio de previdência social, sendo devida
a compensação financeira entre os regimes. (Incluído pela Lei nº 13.954, de 2019)

2.2.3 Subsídio
É necessário que a criação do Quadro Policial Militar Temporário (QPMT) seja
compensatória para o Estado, principalmente, em curto prazo, reduzindo custos de pessoal a
longo prazo e reduzindo o custo do sistema de proteção social do Militares Estaduais.

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Assim, atualmente, o valor base do Subsídio do Soldado 1ª Classe é de R$ 4.391,58


(quatro mil, trezentos e noventa e um reais e cinquenta e oito centavos), enquanto o Subsídio do
Soldado 2ª Classe é de R$ 1.991,64 (um mil, novecentos e noventa e um reais e sessenta e quatro
centavos) (PARANÁ, 2022). O Militar Estadual Temporário deverá ser sempre mais moderno
que o Militar Estadual de Carreira, assim, sugere-se que a graduação do Militar Estadual
Temporário seja de Soldado 2ª Classe.
Proporcionalmente, o custo seria de 45,35% (quarenta e cinco, trinta e cinco por cento)
do custo de um Soldado de Carreira. Por isso, como se verá no projeto de Lei, sugere-se a criação
de 1000 (mil) vagas no QPMT (custo mensal de R$ 1.991.640,00) e a extinção de 700
(setecentas) vagas QPMG1 (custo mensal de R$ 3.074.106,00), o que, aumentado em 42%
(quarenta e dois por cento) o efetivo, ainda traria uma economia de 35% (trinta e cinco por cento),
equivalente a R$ 1.082.466,00 mensais aos cofres públicos.
Também se sugere que o subsídio do Militar Estadual Temporário seja sempre o da base,
nunca incidindo qualquer acréscimo de gratificação, abono, prêmio, ou outra espécie
remuneratória de carreira.
É possível que algum Militar Estadual Temporário demande o Estado Judicialmente em
busca da estabilidade, porém, se o Poder Judiciário julgar procedente a demanda, destaca-se que
o QPMT é somente composto pela Graduação de Soldado 2ª Classe. Contudo, com a já destacada
atualização do Decreto-Lei nº 667, não se vislumbra brechas que possibilitem a estabilidade.

2.3 ÁREAS TÉCNICAS DE ATUAÇÃO


Atualmente, há uma enorme diversidade de cursos técnicos de nível médio. No Paraná, o
Instituto Federal do Paraná (IFPR) disponibiliza 26 (vinte e seis) cursos técnicos integrados ao
Ensino Médio2, dos quais, alguns parecem trazer conhecimentos extremamente úteis ao dia-a-dia
administrativo da caserna: Técnico em Administração, Técnico em Contabilidade, Técnico em
Serviços Jurídicos, Técnico em Informática, Técnico em Informática para Internet, Técnico em
Edificações e Técnico em Processos Fotográficos.
Se o voluntário ao compor o quadro de Policiais Militares Temporário já possuir o Ensino
Médio, o próprio IFPR disponibiliza outros 21 (vinte e um) cursos técnicos subsequentes3 (alguns
já citados acima), os quais seriam úteis em nossas atividades: Técnico em Enfermagem, Técnico
em Saúde Bucal; Técnico em Administração; Técnico em Telecomunicações; Técnico em
Edificações; Técnico em Processos Fotográficos; e Técnico em Cozinha.

2
Disponível em <https://reitoria.ifpr.edu.br/cursos-tecnicos-integrados/>. Acesso em 11 de março de 2022
3
Disponível em <https://reitoria.ifpr.edu.br/cursos-tecnicos-subsequentes/>. Acesso em 11 d emarço de 2022

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Por sua vez, o SENAC oferece cursos técnicos4 com formação à distância em diversas
áreas, das quais cabe destacar: Técnico em Administração, Técnico em Contabilidade, Técnico
em Logística, Técnico em Recursos Humanos, Técnico em Secretariado, Técnico em
Desenvolvimento de Sistema, Técnico em Informática para Internet,
Esta lista é meramente informativa. Para quem não é familiarizado com a estrutura da
PMPR, a parte que cuida de Recursos Humanos é a P/1, Inteligência P/2, Planejamento e
Operações P/3, Logística P4, Comunicação Social P5 e Tesouraria P6. Dentro da P1 ainda há
uma Seção de Justiça e Disciplina e integrando à P4 há a Seção de Transportes. Com exceção da
P2, é possível aplicar Policiais Militares do Quadro Temporário para a realização de todas essas
atividades, consideradas atividade-meio, incluindo as funções de rancheiro, guarda ao quartel e
telefonista. Ainda podem ser consideradas as atividades da Banda de Música da PMPR, da
Diretoria de Desenvolvimento Tecnológico e Qualidade, as atividades relacionadas à área de
saúde do HPM e diversas unidades Básicas de Saúde distribuídas nos diversos Batalhões do
Estado.
Assim, parece que há demanda Institucional nas seguintes áreas de conhecimento:
Recursos Humanos, Serviços Jurídicos, Administração, Logística, Estatística, Comunicações,
Telecomunicações, Contabilidade, Cozinha, Secretariado, Técnico em Enfermagem, Técnico em
Desenvolvimento de Sistema ou informática, Técnico em Saúde Bucal, Técnico em Edificações,
etc. Desta forma, no Edital do processo seletivo, ficará a critério institucional a apresentação de
diploma do curso técnico dentro da área que a instituição julgar necessário.
Cabe destacar, que no projeto abaixo, sugere-se que a idade limite para ingresso como
integrante do QPMT seja de 24 (vinte e quatro) anos, por dois motivos: o primeiro é que não
exista um lapso muito grande entre a conclusão do Ensino Médio e também da conclusão do seu
curso Técnico, se mantendo sempre atualizado com o mercado de trabalho e com as inovações
técnicas que surgem diariamente; o segundo é que, se o Militar Estadual Temporário tiver
interesse em passar a ser Militar de Carreira, não terá problemas para evitar a extrapolação da
idade máxima exigida para ingresso como Militar Estadual de Carreira, que é de 30 anos.

2.4 PROJETO DE LEI


De uma análise da Lei Estadual nº 15.583/2020 - RS e Lei Estadual nº 7.103/2008 - PA,
é possível fazer o seguinte projeto de Lei para o Estado do Paraná:

4
Disponível em <https://www.ead.senac.br/cursos-tecnicos/>. Acesso em 11 d emarço de 2022

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Súmula: Institui o Quadro de Policiais Militares Temporários (QPMT).


Assembleia Legislativa do Estado do Paraná decretou e eu sanciono a seguinte lei:
Art. 1 - Fica instituído, nos termos do art. 24-I do Decreto-Lei Federal nº 667, de 2 de julho
de 1969, o Quadro Policial Militar Temporário - QPMT, conforme disposto nessa Lei.
Art. 2 - Para a implementação deste Quadro, fica autorizado criar 1000 (mil) vagas de
Soldado do Quadro Policial Militar para o Quadro Policial Militar Temporário - QPMT.
§ 1º Como medida compensatória, ficam extintas 700 (setecentas) vagas de Soldado 1ª
Classe.
§ 2º A inclusão de voluntário a integrar o QPMT se dará através de processo seletivo
simplificado e até o limite disposto no caput, não será necessária autorização do Governador do
Estado, cabendo exclusivamente ao Comandante Geral da PMPR.
§ 3º No edital de abertura do processo seletivo, deverá constar o número de vagas a serem
preenchidas, devidamente distribuídas pelas áreas de atuação.
Art. 3 - Os Militares Estaduais Temporários do QPMT atuarão, única e exclusivamente, em
atividades administrativas e guarda ao quartel, possibilitando o remanejamento de Militares
Estaduais de Carreira para a atividade fim da PMPR.
Parágrafo único. As áreas de atuação serão definidas no Edital do Processo
Classificatório, conforme a necessidade institucional.

Seção I
Do Regime Jurídico
Art. 4 - O Militar Estadual Temporário será regido pelo regime jurídico aplicável aos
Militares Estaduais, no que couber.
§ 1º O Militar Estadual Temporário terá carga horária de trabalho de 40 (quarenta) horas
semanais.
Art. 5 - A remuneração dos Militares Estaduais Temporários dar-se-á por meio de
subsídio, conforme a Lei Estadual nº 17.169/2012, fixado em parcela única, vedado qualquer
acréscimo de gratificação, abono, prêmio, ou outra espécie remuneratória de carreira, equivalente
à remuneração do Soldado de 2 Classe, sobre a qual incidirá contribuição nos mesmos índices e
bases de cálculo aplicáveis aos Militares Estaduais de Carreira.
§ 1º - O Militar Estadual Temporário contribuirá de acordo com o Artigo 24 - C do
Decreto-Lei nº 667.
§ 2º - Não é passível ascensão na Carreira para integrantes do QPMT.

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§ 3º Para efeito de observância da estrutura hierárquica na Corporação, sempre será


hierarquicamente mais moderno que o Militar Estadual de Carreira.
§ 4º A utilização de fardamento para o Militar Estadual Temporário deverá ocorrer
somente durante o ato de serviço, sendo vedado a utilização da farda fora do aquartelamento,
inclusive para deslocamentos de casa para o trabalho.
Art. 6 - O contrato de permanência dos Militares Estaduais Temporários será de 2 (dois)
anos, facultadas renovações bienais, até o limite de 8 (oito) anos, não adquirindo estabilidade.
§ 1º - A renovação do contrato ocorrerá a juízo de conveniência e oportunidade da
Administração Pública, desde que haja manifestação expressa do Militar Estadual Temporário,
o qual deverá manifestar expressamente o seu interesse na prorrogação contratual no prazo limite
de 60 (sessenta) dias antes da data de encerramento do contrato.
§ 2º - Para a renovação do contrato, o Militar Estadual Temporário deverá ser aprovado
em TAF.
§ 3º - Findo o prazo de 2 (dois) anos previsto neste artigo e não havendo a manifestação
expressa do interessado em prorrogá-lo ou não sendo possível mais essa prorrogação, ocorrerá
seu desligamento ex-officio.
Art. 7 - Encerrado o contrato, o Militar Estadual Temporário poderá contar o tempo de
serviço na PMPR para fins de aposentadoria no Regime Geral de Previdência Social, ou em
regime próprio de previdência social, sendo devida a compensação financeira entre os regimes.
Art. 8 - Durante a permanência no serviço ativo, o Militar Estadual Temporário fará jus
aos benefícios de inatividade por invalidez e pensão militar, desde que seja considerado
definitivamente incapaz para o serviço militar, em virtude de ferimento sofrido em ação policial
ou enfermidade contraída nessa circunstância ou que nela tenha causa eficiente, bem como em
decorrência da agressão sofrida e não provocada pelo serviço militar, no exercício de suas
atribuições.
§ 1º Igualmente fará jus ao benefício de inatividade por invalidez o Militar Estadual
Temporário que for considerado inválido por estar impossibilitado total e permanentemente para
qualquer atividade laboral, pública ou privada, em razão de:
I - acidente em serviço, entendido como:
a) por situação ocorrida no percurso da residência para o trabalho e vice-versa; e
b) em treinamento;
§ 2º O Militar Estadual Temporário inativado nos termos do "caput" e § 1.º perceberá o
benefício de invalidez no valor correspondente à integralidade da última remuneração em
atividade, excluídas vantagens temporárias ou de caráter indenizatório.

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§ 3º O Militar Temporário que estiver enquadrado em uma das hipóteses previstas nos
incisos do § 1.º, mas não for considerado inválido por não estar impossibilitado total e
permanentemente para qualquer atividade laboral, pública ou privada, será desligado.
§ 4º Os casos de que tratam o "caput" e os incisos I e II do § 1.º serão provados por
atestado de origem ou inquérito sanitário de origem, sendo os termos do acidente, baixa ao
hospital, papeletas de tratamento nas enfermarias e hospitais, bem como os registros de baixa,
utilizados como meios subsidiários para esclarecer a situação.
§ 5º O Militar Estadual Temporário declarado definitivamente incapaz ou inválido será
submetido anualmente a uma inspeção de saúde pela Junta Superior de Saúde, cessando o
pagamento do benefício de invalidez se for julgado apto para o serviço.
Art. 9 - A pensão por morte devida aos dependentes do Militar Estadual Temporário será
aos moldes da legislação específica.

Seção II
Da Admissão
Art. 10 - A admissão do Militar Estadual Temporário dar-se-á mediante aprovação em
processo seletivo simplificado e em curso específico, conforme previsto em edital.
Art. 11 - A admissão como Militar Estadual Temporário exige o cumprimento dos
seguintes requisitos:
I - ser brasileiro;
II - estar quite com as obrigações eleitorais;
III - estar quite com as obrigações relativas ao serviço militar;
IV - se concludente do serviço militar obrigatório das Forças Armadas até 5 (cinco) anos
antes da data de abertura das inscrições ao processo seletivo, tendo deste sido licenciado, no
mínimo, no comportamento "Bom", e, ainda, não ter sido punido pela prática de falta grave, na
forma do regulamento disciplinar da Força a que servia, comprovado mediante certidão;
V - não se encontrar na inatividade das Instituições Militares, na condição de reserva
remunerada ou reformado;
VI - comprovar a conclusão do ensino médio, através de diploma de conclusão,
devidamente registrado, certificado de conclusão do Ensino Médio ou documento equivalente,
em escola pública ou particular, reconhecida pelos órgãos oficiais de ensino;
VII - ter no máximo 24 (vinte e quatro) anos de idade na data do início do Curso de
Formação;
VIII - ter aptidão física e mental para o exercício das atribuições do cargo;

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IX - possuir ilibada conduta pública e privada, a ser comprovada mediante a apresentação


de certidão de antecedentes policiais, de alvará de folha corrida do Poder Judiciário Estadual e
Federal e de certidão negativa das justiças estadual, federal e eleitoral e das justiças militares
estadual e federal;
X - para os ex-servidores ou empregados públicos, não ter sido demitido ou exonerado a
bem do serviço público;
X - ser classificado dentro das vagas disponíveis e aprovado nas avaliações intelectual,
de saúde, de aptidão física e psicológica;
IX - não receber proventos de aposentadoria do serviço público, nem ser beneficiário de
programa assistencial.

Seção III
Das Vedações
Art. 12 - Fica vedado ao Militar Estadual Temporário, além das proibições aplicáveis ao
Militar Estadual de Carreira:
I - a transferência voluntária de unidade de trabalho;
II - o acúmulo de férias;
III - a instalação, o trânsito e as licenças de capacitação profissional, para tratar de
assuntos particulares e para acompanhar cônjuge; e
IV - o uso de uniforme quando em folga ou trânsito, sendo permitido, exclusivamente,
em serviço.
Art. 13 - É vedado ao Militar Estadual Temporário fazer parte ativa de firma comercial,
de empresa industrial de qualquer natureza, ou nelas exercer função ou emprego remunerado.

Seção IV
Do Desligamento
Art. 14 - O desligamento do Militar Estadual Temporário será regulado por norma
interna, ocorrerá por ato do Comandante-Geral da PMPR, nas seguintes hipóteses:
I - a qualquer tempo:
a) em atendimento aos interesses da Administração Pública;
b) mediante requerimento do Militar Estadual Temporário, observado o prazo mínimo de
30 (trinta) e máximo de 60 (sessenta) dias para o efetivo desligamento, a contar da data do
respectivo protocolo;
c) por incapacidade para o desempenho das funções, conforme regulamentação; e

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d) por apresentação de conduta disciplinar incompatível ou praticar crime ou transgressão


disciplinar apurados por meio de processo regular;
II - ex-offício, nos casos de:
a) reprovação no curso específico ou na avaliação anual física, de saúde e de desempenho;
b) afastamento do serviço por moléstia sem relação de causa e efeito com o serviço na
Instituição, por 15 (quinze) dias ininterruptos ou 30 (trinta) dias intercalados, no período de até
1 (um) ano a contar do início do afastamento; e
c) afastamento do serviço por Licença para Tratamento de Saúde de Pessoa da Família,
por mais de 90 (noventa) dias, ininterruptos ou intercalados, ao longo da permanência em serviço
ativo no Programa;
III - ao final do período de prestação do serviço.
§ 1º As hipóteses previstas neste artigo não serão aplicáveis se o Militar Estadual
Temporário fizer jus à inativação por invalidez, na forma do art. 8 desta Lei.
§ 2º Ao ser desligado da função, encerra-se o vínculo do Militar Estadual Temporário
com a PMPR, não cabendo qualquer remuneração ou indenização por parte do Estado.

Seção V
Disposições Finais
Art. 14 - Não se aplica ao Militar Estadual Temporário a legislação castrense para a
aquisição, a posse e o porte de arma particular.
§ 1º - A posse e o porte de armamento estatal são autorizados somente durante a execução
do serviço.
Art. 15 - O Militar Estadual Temporário possui poder de polícia restrito ao exercício das
funções que lhe são atribuídas, sendo-lhe vedado exercer policiamento ostensivo.
Art. 16 - O contrato entre a Administração Pública e o Militar Estadual Temporário não
gera vínculo empregatício nem obrigação de natureza trabalhista, não implicando em estabilidade
no cargo ou aquisição de estabilidade.
Art. 17 - O Comandante-Geral da PMPR poderá baixar instruções complementares
necessárias à aplicação do disposto nesta Lei.
Art. 18 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

2.5 MATRIZ CURRICULAR CPF 2022


Foi publicada no Boletim do Comando Geral nº 229, de 15 de dezembro de 2021 a Matriz
Curricular prevista para o Curso de Formação de Praças 2022 (PMPR, 2021). Ela traz 3 (três)

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áreas de Ensino: Fundamental, Profissional/Operacional e Complementar, divididas em 37 (trinta


e sete) disciplinas, contemplando 1680 (um mil seiscentos e oitenta) horas aula, com um período
de aproximadamente 9 (nove) meses de duração.
É uma Matriz Curricular extensa e, consequentemente, demorada para concluir, mas
extremamente necessária, principalmente ao lembrarmos que o Militar Estadual, em situações de
extremo risco, possuirá apenas alguns segundos para agir. Porém, como o Militar Estadual
Temporário não atuará na atividade fim, terá suas funções técnicas. Assim, seria um contrassenso
levarmos todo este período para sua formação. Sugere-se, portanto, uma matriz mais compacta,
que possibilite as noções básicas da vida na caserna e prepare profissionalmente o Militar
Estadual Temporário para atender com presteza e eficiência as funções para a qual foi contratado:

ÁREA DE ENSINO Nº DISCIPLINAS C/H


1 ABORDAGEM SÓCIO-PSICOLÓGICA DA VIOLÊNCIA 6
2 DEONTOLOGIA POLICIAL MILITAR 10
3 DIREITO ADMINISTRATIVO E DISCIPLINAR 10
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL E DE DIREITO
4 6
CIVIL
5 DIREITO PENAL E PENAL MILITAR 12
DIREITO PROCESSUAL PENAL E PROCESSUAL PENAL
6 12
MILITAR
FUNDAMENTAL 7 DIREITOS HUMANOS 6
8 DOUTRINA DE EMPREGO PM 6
9 EDUCAÇÃO FÍSICA E QUALIDADE DE VIDA 20
10 HISTÓRIA DAS POLÍCIAS E BOMBEIROS 10
11 LEGISLAÇÃO ESPECIAL E INSTITUCIONAL 6
12 LÍNGUA E DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA 12
13 POLICIA COMUNITÁRIA 6
14 LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO 6
TOTAL FUNDAMENTAL 128
15 ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR 6
16 CHEFIA E LIDERANÇA 6
17 DEFESA PESSOAL 10
18 ESTUDO DO ARMAMENTO E DA MUNIÇÃO 10
19 ORDEM UNIDA 12
20 POLICIAMENTO OSTENSIVO GERAL 10
PROFISSIONAL/
PRESERVAÇÃO E VALORIZAÇÃO DA PROVA E LOCAL
OPERACIONAL 21 4
DE CRIME
22 PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES 6
23 TÁTICAS PARA CONFRONTOS ARMADOS 8
24 TÉCNICAS DE ABORDAGEM 8
25 TIRO POLICIAL 10
TOTAL PROFISSIONAL/OPERACIONAL 90
ATIVIDADES ACADÊMICAS, SOCIAIS, CIENTÍFICAS E
COMPLEMENTAR 26 12
CULTURAIS

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27 ESTÁGIO ADMINISTRATIVO SUPERVISIONADO 40


TOTAL COMPLEMENTAR 52
ESPECÍFICA 28 ATIVIDADES TÉCNICAS ESPECÍFICAS 30
TOTAL DE CARGA HORÁRIA DE CURSO 300

A proposta dessa matriz curricular é fornecer o conhecimento básico das atividades


operacionais ao Militar Estadual Temporário, bem como questões legais e deontológicas, mas
com o principal foco na carga horária específica, que se referirá à área que ele atuará diretamente
e o seu estágio na atividade.
Exemplificando: se o Militar Estadual foi contratado para atuar na Seção de Logística, ele
aprenderá sobre os sistemas específicos, como funciona o controle de carga e descarga de
materiais; se foi contratado para a Seção de Planejamento, será feito um treinamento específico
em cima do Bussiness Inteligency, hot spots, análise de documentação para eventos; e, assim,
sucessivamente.

7 METODOLOGIA
A metodologia utilizada foi a hipotética-dedutiva, localizando defasagem de Recursos
Humanos, além da demora para a formação do Militar Estadual de Carreira Combatente. Foi
proposta a hipótese para minimizar esse problema, através da criação de um Quadro Policial
Militar Temporário para atender as demandas administrativas das Organizações Policiais
Militares, desde o Alto Escalão até as Sedes de Batalhões e Companhias Independentes,
utilizando voluntários que possuam o Ensino Médio e também tenham cursos Técnicos, e
remanejando os Militares Estaduais de Carreira, que atuam nessas áreas, para a atividade-fim,
através do aumento do Policiamento Ostensivo e Preventivo nas cidades do Paraná. A fim de
agilizar esse remanejamento, foi sugerido uma grade curricular que, para a formação em um
tempo muito reduzido, de 300 (trezentas) horas/aula, levaria, aproximadamente, sete semanas e
meia. Também foi apresentada a motivação econômica para efetivar a criação do QPMT.
Por se tratar de um trabalho cujo foco é a Gestão de Pessoas, durante o procedimento
metodológico, foi realizada pesquisa de campo por meio de questionário que foi enviado por e-
mail para a Primeira Seção do Estado Maior, a fim de coletar dados sobre o quantitativo Previsto
e Existente de Militares Estaduais na PMPR, bem como solicitado o QO de todas as Organizações
Policiais Militares, para verificar a quantidade de vagas administrativas previstas. Foi solicitada,
ainda, a tabela atual de subsídio para fins de cálculos financeiros da criação do QPMT. Por fim,

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foi realizada pesquisa de legislação a fim de entender como funcionam os procedimentos dos
Militares Estaduais Temporários nos Estados do Pará e Rio Grande do Sul.

8 RESULTADOS
Evidenciado pelos dados constantes do capítulo 2.2., que, de maneira bem simples, é
possível, em curto prazo, uma grande economia para o erário público, bem como um aumento
significativo de1000 (mil) militares estaduais temporários, que, proporcionalmente ao efetivo de
março de 2022, corresponde a 5,76% (cinco, setenta e seis por cento).
Os dados apresentados pela Comissão de Promoção de Praças (AINDA NÃO
RECEBIDOS) demonstram o tempo médio da Praça em cada Graduação, desde o seu ingresso
até a sua reserva remunerada. Pelos dados enviados pela Diretoria de Pessoal, foi calculado o
percentual de graduações na Reserva Remunerada, Reforma e Pensão.
Destaca-se que, uma boa medida compensatória, seria utilizar o subsídio do Soldado 2ª
Classe (seja sempre o da base, nunca incidindo qualquer acréscimo de gratificação, abono,
prêmio, ou outra espécie remuneratória de carreira), que fornece ao Estado, uma Economia de
54,65% (cinquenta e quatro, sessenta e cinco por cento) por cada homem. Isto, pois, o valor base
do Subsídio do Soldado 1ª Classe é de R$ 4.391,58 (quatro mil, trezentos e noventa e um reais e
cinquenta e oito centavos), enquanto que, o Subsídio do Soldado de 2ª Classe é de R$ 1.991,64
(um mil, novecentos e noventa e um reais e sessenta e quatro centavos) (PARANÁ, 2022). E
mesmo aumentando em 300 (trezentas) vagas no QPMT, que se refere a 42% (quarenta e dois
por cento) a mais que as vagas a serem extintas, a economia para o estado, a curto prazo, seria
de 35% (trinta e cinco por cento), equivalente a R$ 1.082.466,00 mensais de economia aos cofres
públicos.
Analisando os dados constantes no Almanaque da Comissão de Promoção de Praças,
referentes à Promoção (somente de Policiais Militares, excluídos os Bombeiros Militares)
ocorrida em 19 de dezembro de 2021, da graduação de Soldado 1ª Classe à Graduação de Cabo5,
percebe-se que a média de tempo para ser promovido é de 13 (treze) anos, sendo que o promovido
com maior tempo de serviço havia ingressado em 1996 e o mais moderno, em 2012. Para a
Promoção à graduação de 3° Sargento6, o Cabo tem permanecido, em média, 10 (dez) anos, sendo
que os mais antigos ingressaram na PMPR em 1993 e os mais modernos em 2001, numa média

5
Disponível em: <http://10.47.0.26/CPP/Almanaques/20220314_CABO_QPMG1-0.html>. Acesso em 14 de março
de 2022.
6
Disponível em: <http://10.47.0.26/CPP/Almanaques/20220314_3SGT_QPMG1-0.html>. Acesso em 14 de março
de 2022.

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de 24 (vinte e quatro) anos de serviço. Somente para fins de cálculos, vamos considerar que o
graduado não tenha interesse em realizar Curso de Sargento Policial e permaneça como 3°
Sargento em serviço ativo até os 32 (trinta e dois) anos. Será considerado 32 (trinta e dois) anos,
pois é múltiplo de 8 (oito), assim, o tempo de serviço de quatro (quatro) Militares Estaduais
Temporários se equivale ao tempo de serviço do Militar Estadual de Carreira.
Completados os 32 anos (trinta e dois) um bom percentual solicita a Reserva
Remunerada. Assim, de maneira muito matemática, sem considerar valores indenizatórios
(DAEV, terço de férias, abono permanência e auxílio alimentação), a tabela abaixo apresenta o
custo de um militar estadual de carreira que permanece 32 (trinta e dois) anos na corporação:

Posto Tempo Nível da Progressão Horizontal – Valores em R$


no Posto
1 2 3 4
Cabo 6* 69.079,79 361.098,40
Soldado 1ª Classe 13 228.382,96 299.726,05 251.197,96
Soldado 2ª Classe 1 25.891,32
Subtotal 20 254.274,28 299.726,05 320.277,75 361.098,4
Total até 20 anos 1.235376,48
Compilação de Dados: do Autor; Já está considerado o 13° Salário

*Continua na próxima tabela.

Posto Tempo no Nível da Progressão Horizontal – Valores em R$


Posto
5 6 7 8 9
3º Sargento 8 80.908,49 168.560,08 175.302,14 182.044,46 94.393,52
Cabo 4* 301.438,28
Subtotal 12 382.351,77 168.566,08 175.309,14 182.052,46 94.402,52
Total dos 20 - 32 anos 1.002.681,97
Compilação de Dados: do Autor; Já está considerado o 13° Salário

*Continuação da tabela anterior


Até completar os 32 (trinta e dois) anos de serviço ativo, o Militar Estadual de Carreira
terá um custo estimado de R$ 2.238.058,45 (dois milhões, duzentos e trinta e oito mil, cinquenta
e oito reais e quarenta e cinco centavos).
Após concluir os 32 (trinta) anos, já na progressão 9, sendo que o salário vai para
R$ 7.261,04 (sete mil, duzentos e sessenta e um reais e quatro centavos) e em uma situação de
expectativa de vida de mais 20 (vinte) anos de Reserva Remunerada e Reforma, e mais 10 (dez)
anos de Pensão, considerado o 13° Salário, custaria aos cofres públicos R$ 2.831.805,60 (dois
milhões, oitocentos e trinta e um mil, oitocentos e cinco reais e sessenta centavos).

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Somados os valores, desde o início de sua carreira até encerrar a pensão, estimados 62
(sessenta e dois) anos recebendo pelo Estado, terá um custo de R$ 5.069.864,05 (cinco milhões,
sessenta e nove mil, oitocentos e sessenta e quatro reais e cinco centavos).
Nas tabelas acima, para os se chegar aos valores das colunas, “Nível da Progressão” foram
utilizados os valores atuais dos subsídios (PARANÁ, 2022) e realizado através da multiplicação
de 13 (treze) salários anuais (incluindo o 13º salário), pela quantidade de anos no posto. O valor
do subsídio se diferencia conforme o tempo de serviço, ou seja, a cada 5 (cinco) anos, até os 25
(vinte e cinco) anos de serviço, se ganha uma progressão. Após os 25 (vinte e cinco) cada
progressão ocorre a cada 2 (dois) anos. Ao iniciar na Corporação, está na progressão 1, ao
completar 31 anos de serviço, passa para a progressão 9.
Partindo do subsídio do Soldado 2ª Classe, durante 8 (oito) anos, incluindo o 13º salário,
custaria aos cofres públicos R$ 207.130,56 (duzentos e sete mil, cento e trinta reais e cinquenta
e seis centavos). Se multiplicarmos por quatro, para chegarmos aos 32 (trinta e dois) anos,
teremos R$ 828.522,24 (oitocentos e vinte e oito mil, quinhentos e vinte e dois reais e vinte e
quatro centavos).
Esse valor equivale a aproximadamente 37% (trinta e sete por cento) do valor de um
Militar de Carreira, ou seja, uma economia de 63% (sessenta e três por cento) para os cofres
públicos, somente considerando o período de ativa.

9 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Findo esse Artigo, fica evidente que a extinção de 700 (setecentas) vagas do QPMG e a
consequente criação do QPMT com a ativação de 1000 (mil) vagas é muito vantajoso, tanto
financeiramente, quanto temporalmente, para disponibilizar uma grande quantidade de Militares
Estaduais de Carreira para atuar diretamente na atividade-fim da PMPR.
O custo efetivo do profissional combatente e do Militar Estadual Temporário é muito
diferente, pois se utilizou como subsídio a base de Soldado de 2 Classe, que se refere 45,35%
(quarenta e cinco, trinta e cinco por cento). Do ponto de vista Temporal, entre a abertura do Edital
para o processo classificatório e a formatura do Curso de Formação do profissional combatente,
leva-se em média, 2 (dois) anos, enquanto que, entre a abertura do Processo Seletivo e a
conclusão do Curso de Formação do Militar Estadual Temporário, é possível a realização em
menos de 4 meses.
A longo prazo, os benefícios são muito maiores, pois haverá uma parcela de 700
(setecentos) Praças da PMPR que deixarão de seguir carreira, gerando uma economia razoável
por cada militar estadual.

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Os números acima podem ser utilizados favoravelmente à PMPR em todas as


negociações de reajuste salarial, demonstrando o interesse Institucional em melhorar cada vez
mais questões sociais de seus Militares, e a preocupação com o erário público.
O que foi apresentado é uma sugestão de aplicação, porém a utilização dos Militares
Estaduais Temporários pode ocorrer em conformidade com a necessidade Institucional e em
outras graduações ou postos.

Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.8, n.3, p. 18459-18480, mar., 2022.


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REFERÊNCIAS

BRASIL. Decreto-Lei nº 667, de 2 de julho de 1967. Reorganiza as Polícias Militares e os


Corpos de Bombeiros Militares dos Estados, dos Território e do Distrito Federal, e dá
outras providências. Brasília, DF, 1967. Disponível em <http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del0667.htm>. Acesso em: 10 de março de 2022.

______. Lei nº 13.954, de 16 de dezembro de 2019. Altera o Decreto-Lei 667, de 02 de julho


de 1967 e dá outras providências. Brasília, DF, 2019. Disponível em
<https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13954.htm>. Acesso em: 10
de março de 2022.

______. Supremo Tribunal Federal. Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 5.163/GO.


Relator: Ministro Luiz Fux, Tribunal Pleno, DJ 08.04.2015, disponível em
<http://portal.stf.jus.br/processos/downloadPeca.asp?id=306828631&ext=.pdf>. Acesso em: 11
de março de 2022.

______. Supremo Tribunal Federal. Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 3.222/RS.


Relatora: Ministra Carmem Lúcia, Tribunal Pleno – Sessão Virtual, DJ 07.08.2020. Disponível
em: <http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp? Incidente=2225209>. Acesso em: 11 de
março de 2022.

DP. Diretoria de Pessoal. Fw: Re: Re: Fw: Informações para subsidiar Estudo. [Mensagem
pessoal]. Mensagem recebida por <lafjunior@pm.pr.gov.br> em 11 de março de 2022.

PARÁ. Lei nº 7.103, de 12 de fevereiro de 2008. Institui no âmbito da Polícia Militar do


Estado do Pará o Serviço Auxiliar Temporário. Belém, PA, 2008. Disponível em
<http://bancodeleis.alepa.pa.gov.br:8080/lei7103_2008_87862.pdf>. Acesso em: 10 de março
de 2022.

PARANÁ. Lei nº 19.130, de 25 de setembro de 2017. Institui a Diária Especial por Atividade
Extrajornada Voluntária, a Gratificação Intra Muros, e adota outras providências.
Curitiba, PR, 2017. Disponível em <https://www.legislacao.pr.gov.br/ legislacao/exibirAto.do?
action=iniciarProcesso&codAto=182244&codItemAto=1133498>. Acesso em: 10 de março de
2022.

______. Lei nº 20.937, de 17 de dezembro de 2021. Institui o auxílio-alimentação aos


servidores ativos ocupantes das carreiras que especifica. Curitiba, PR, 2021. Disponível em
<https://leisestaduais.com.br/pr/lei-ordinaria-n-20937-2021-parana-institui-o-auxilio-
alimentacao-aos-servidores-ativos-ocupantes-das-carreiras-que-especifica>. Acesso em: 10 de
março de 2022.

______. Decreto nº 8.296, de 21 de Novembro de 2017.Eleva o abono de permanência da


Praça da Polícia Militar do Paraná. Curitiba, PR, 2017. Disponível em
<https://www.legislacao.pr.gov.br/legislacao/listarAtosAno.do?action=exibir&codAto=18568
9&indice=3&totalRegistros=255&anoSpan=2022&anoSelecionado=2017&mesSelecionado=1
1&isPaginado=true>. Acesso em: 10 de março de 2022.

______. Decreto nº 10.087, de 17 de Janeiro de 2022. Publica as tabelas de vencimento básico,


de subsídio e de vantagens com o índice geral de 3% (três por cento) concedido nos termos

Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.8, n.3, p. 18459-18480, mar., 2022.


Brazilian Journal of Development 18480
ISSN: 2525-8761

da Lei nº 20.934 de 17 de dezembro de 2021. Curitiba, PR, 2022. Disponível em


<https://leisestaduais.com.br/pr/decreto-n-10087-2022-parana-publica-as-tabelas-de-
vencimento-basico-de-subsidio-e-de-vantagens-com-o-indice-geral-de-3-tres-por-cento-
concedido-nos-termos-da-lei-no-20-934-de-17-de-dezembro-de-2021>. Acesso em: 10 de março
de 2022.

EM-PM/1. 1ª Seção do Estado Maior. Re: Fw: Informações para subsidiar Estudo.
[Mensagem pessoal]. Mensagem recebida por <lafjunior@pm.pr.gov.br> em: 10 de março de
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