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SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE

PROCESSO SELETIVO PARA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL


EM SAÚDE MENTAL PARA O ANO DE 2022

PSICÓLOGO
01. A prova terá duração de 3 (três) horas, considerando, inclusive, a marcação do cartão-resposta.
02. A prova objetiva deverá ser feita, obrigatoriamente, à caneta esferográfica, fabricada em material incolor e transparente,
de tinta azul ou preta, não sendo permitido o uso de régua, lápis, lapiseira, marca texto, corretivo e/ou borracha.
03. É de responsabilidade do candidato a conferência deste caderno que contém 60 (sessenta) questões de múltipla
escolha, cada uma com 4 (quatro) alternativas (A,B,C e D), distribuídas nos seguintes conteúdos:

CONTEÚDO QUESTÕES
WŽůşƚŝĐĂƐWƷďůŝĐĂƐĚŽ^h^ ϬϭĂϭϬ
ůşŶŝĐĂŵƉůŝĂĚĂ ϭϭĂϮϬ
^ĂƷĚĞDĞŶƚĂůŶĂƚĞŶĕĆŽĄƐŝĐĂ ϮϭĂϯϬ
ZĞĨŽƌŵĂWƐŝƋƵŝĄƚƌŝĐĂ ϯϭĂϰϬ
ƐƉĞĐşĨŝĐŽĚĂĂƚĞŐŽƌŝĂWƌŽĨŝƐƐŝŽŶĂů ϰϭĂϲϬ

04. Transcreva a frase abaixo, para o espaço determinado no cartão-resposta, com caligrafia usual, para posterior
exame grafológico.

"A vida continua e se entregar é uma bobagem."

05. Em hipótese alguma haverá substituição do cartão-resposta por erro do candidato.


06. O telefone celular desligado e demais pertences não permitidos deverão permanecer acondicionados em saco de
segurança devidamente lacrado, desde o momento da entrada na sala de prova até a saída do candidato do estabe-
lecimento de realização da mesma.
07. O candidato cujo aparelho celular ou outro equipamento, mesmo que acondicionado no saco de segurança e debaixo
de sua carteira, venha a tocar, emitindo sons de chamada, despertador etc., SERÁ ELIMINADO DO CERTAME.
08. Será vedado ao candidato, dentro da sala de realização da prova, independentemente, do início da prova:
a) o uso de lupas, óculos escuros, protetores auriculares ou quaisquer acessórios de cobertura para cabeça, tais
como: chapéu, boné, gorro etc. salvo se autorizado, previamente pela Gerência de Recrutamento e Seleção, conforme
estabelecido no edital regulamentador do certame;
b) o empréstimo de material e/ou utensílio de qualquer espécie entre os candidatos;
c) a consulta a qualquer material (legislação, livros, impressos, anotações, jornal e revista);
d) o uso de qualquer tipo de aparelho eletrônico.
09. Os relógios de pulso serão permitidos, desde que não sejam digitais ou emitam sons e permaneçam sobre a mesa,
à vista dos fiscais, até a conclusão da prova.
10. Não será permitido ao candidato fumar conforme determinado no art. 49 da Lei Federal no 12.546/2011.
11. Somente após decorrida uma hora do início da prova, o candidato, ainda que tenha desistido do certame, poderá
entregar o cartão-resposta devidamente assinado e com a frase transcrita e retirar-se do recinto levando o seu
caderno de questões.
12. Não será permitida, em hipótese alguma, a cópia das marcações efetuadas no cartão-resposta.
13. Os três últimos candidatos deverão permanecer em sala, sendo liberados somente quando todos tiverem concluído
a prova ou o tempo tenha se esgotado, sendo indispensável o registro dos seus nomes e assinaturas na ata de
aplicação de prova.
14. Não será permitido o uso de sanitários por candidatos que tenham terminado a prova.
15. O FISCAL DE SALA NÃO ESTÁ AUTORIZADO A ALTERAR QUAISQUER DESSAS INSTRUÇÕES.
16. O gabarito da prova será publicado no Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro - D.O. Rio, no segundo dia útil após
a realização da prova, estando disponível também, no site http://prefeitura.rio/web/portaldeconcursos.
RESIDÊNCIA EM SAÚDE MENTAL
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POLÍTICAS PÚBLICAS DO SUS 05. O planejamento no Sistema Único de Saúde é uma


função gestora que, além de requisito legal, é um
01. De acordo com a Constituição da República Fede-
dos mecanismos relevantes para assegurar a
rativa do Brasil de 1988, saúde é direito de todos e
unicidade e os princípios constitucionais do SUS.
dever do Estado, garantida mediante políticas soci-
Segundo o Decreto nº 7.508 de 2011, quanto ao
ais e econômicas que visem à redução do risco de
planejamento da saúde, é correto afirmar que:
doença e de outros agravos e ao acesso universal e
igualitário às ações e serviços para sua promoção, (A) o Conselho Nacional de Saúde estabelecerá as
proteção e recuperação. Portanto, com relação às diretrizes a serem observadas na elaboração dos
diretrizes do SUS, é correto afirmar que o atendi- planos de saúde, de acordo com as característi-
mento é integral: cas epidemiológicas e da organização de serviços
nos entes federativos e nas regiões de saúde
(A) com prioridade para as atividades preventivas,
(B) o processo de planejamento da saúde será des-
sem prejuízo dos serviços assistenciais; cen-
cendente e integrado, do nível federal até o lo-
tralização na esfera de governo federal; partici-
cal, ouvidos os respectivos conselhos de saú-
pação da comunidade
de, compatibilizando-se as necessidades das
(B) com prioridade para as atividades assistenciais, políticas de saúde com a disponibilidade de re-
sem prejuízo dos serviços preventivos; descen- cursos financeiros
tralização, com direção única em cada municí-
(C) o processo de planejamento da saúde é facultati-
pio; participação da comunidade
vo aos entes públicos e será indutor de políticas
(C) com prioridade para as atividades assistenciais, para a iniciativa privada, devendo compor os ma-
sem prejuízo dos serviços preventivos; centrali- pas da saúde regional, estadual e nacional
zação com direção única em cada esfera de (D) o Conselho Estadual de Saúde estabelecerá as
governo; participação da comunidade diretrizes a serem observadas na elaboração dos
(D) com prioridade para as atividades preventivas, instrumentos de planejamento em saúde, sendo
sem prejuízo dos serviços assistenciais; descen- facultada essa elaboração aos entes públicos
tralização, com direção única em cada esfera de
governo; participação da comunidade 06. As Comissões Intergestores pactuarão a organiza-
ção e o funcionamento das ações e serviços de saú-
02. No âmbito do Sistema Único de Saúde, as instân- de integrados em redes de atenção à saúde. A Co-
cias de pactuação consensual entre os entes fe- missão que se encontra no âmbito do Estado, vincu-
derativos para definição das regras da gestão com- lada à Secretaria Estadual de Saúde para efeitos
partilhada do SUS são denominadas de: administrativos e operacionais é denominada de:
(A) redes de saúde (A) Comissão Intergestores Bipartite
(B) colegiados estaduais (B) Comissão Intergestores Regional
(C) comissões intergestores (C) Comissão Intergestores Tripartite
(D) conselhos municipais de saúde (D) Comissão Intergestores Federativa
03. De acordo com o Decreto nº 7.508 de 2011, o espa- 07. A Lei nº 8.142/90 dispõe sobre as transferências
ço geográfico contínuo constituído por agrupamen- intergovernamentais de recursos financeiros na área
tos de municípios limítrofes, delimitado com base de saúde. Para receber os recursos financeiros, mu-
em identidades culturais, econômicas e sociais e nicípios, estados e Distrito Federal deverão contar com:
em redes de comunicação e infraestrutura de trans- (A) plano de gestão de riscos
portes compartilhados, com a finalidade de integrar
(B) equipe de limpeza urbana
a organização, o planejamento e a execução de
ações e serviços de saúde, considera-se um(a): (C) contrapartida de recursos para a saúde no res-
pectivo orçamento
(A) mapa de saúde
(D) equipe para execução das ações de assistên-
(B) região de saúde cia social no território
(C) porta de entrada
(D) limite geográfico 08. A instituição do Programa Nacional de Segurança
do Paciente é um marco na atenção à saúde, ten-
04. As moradias inseridas na comunidade, destina- do como objetivo a redução do risco de danos des-
das a cuidar dos portadores de transtornos men- necessários relacionados aos cuidados de saú-
tais crônicos com necessidade de cuidados de de, para um mínimo aceitável. De acordo com esse
longa permanência, prioritariamente egressos de Programa, a aplicação sistêmica e contínua de
internações psiquiátricas e de hospitais de custó- iniciativas, procedimentos, condutas e recursos na
dia, indivíduos sem suporte financeiro, social e/ou avaliação e controle de riscos e eventos adversos
laços familiares que lhes permitam outra forma de que afetam a segurança, a saúde humana, a inte-
reinserção, são denominadas de: gridade profissional, o meio ambiente e a imagem
(A) centros de convivência institucional é denominada de:
(B) residências terapêuticas (A) gestão de risco
(C) unidades de acolhimento (B) auditoria externa
(D) centros de atenção psicossocial (C) classificação de risco
(D) segurança do paciente

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09. De acordo com a Lei nº 8.080/90, compete à dire- 13. A partir da perspectiva teórica construída no texto
ção municipal do Sistema Único de Saúde: em relação ao CAPS, os autores destacam a pers-
(A) participar na formulação e na implementação pectiva do cotidiano desse serviço, que é um “lu-
das políticas de saneamento básico gar” onde a vida acontece. Nesse sentido, o coti-
(B) coordenar e participar na execução das ações diano do CAPS precisa ser:
de vigilância epidemiológica (A) aberto o suficiente para considerar o cotidiano
(C) formular, avaliar e apoiar políticas de alimenta- do paciente como um modo de vida, uma for-
ção e nutrição ma de existir e estar no mundo, obra construída
(D) executar serviços de alimentação e nutrição a cada tempo de sua existência, por mais que
pareça vazia de sentido
10. No que diz respeito às diretrizes da Atenção Bási- (B) fechado o suficiente para considerar o cotidia-
ca, pode-se dizer que a continuidade da relação de no do paciente como um modo de vida, uma
cuidado, com construção de vínculo e
forma de limitação da existência no mundo,
responsabilização entre profissionais e usuários ao
obra construída a cada tempo do tratamento,
longo do tempo e de modo permanente e consis-
por mais que pareça vazio de sentido
tente, acompanhando os efeitos das intervenções
em saúde e de outros elementos na vida das pes- (C) aberto o suficiente para considerar o cotidiano
soas, denomina-se: do paciente como um modo de vida, uma for-
ma de limitação da existência no mundo, obra
(A) ordenar as redes de saúde
construída a cada tempo de sua participação
(B) cuidado centrado na pessoa nas oficinas terapêuticas, por mais que pare-
(C) longitudinalidade do cuidado çam vazias de sentido
(D) resolutividade da atenção básica (D) fechado o suficiente para considerar o cotidia-
CLÍNICA AMPLIADA no do paciente como um modo de vida, uma
forma de existir e estar no CAPS, obra
Considerar o texto “Clínica e Cotidiano: o CAPS construída a cada tempo do tratamento, por
como Dispositivo de Desinstitucionalização” (Leal e mais que pareça cheio de sentido
Delgado, 2007), para responder às questões 11 a 13.
Considerar o texto “O Projeto Terapêutico Singular”
11. Os centros de atenção psicossocial – CAPS – são (Oliveira, 2014), para responder às questões 14 e 15.
considerados dispositivos estratégicos da atual po-
lítica pública de assistência à saúde mental. Com o 14. O Projeto Terapêutico Singular – PTS é apresenta-
objetivo de serem serviços voltados para a do pelo autor como uma tecnologia inscrita na lógi-
desinstitucionalização, se sustentam sobre o tripé: ca do trabalho em equipe interdisciplinar nos servi-
(A) a rede, a clínica e o cotidiano do CAPS ços da Atenção Básica em Saúde. Para formula-
(B) a rede, as oficinas ocupacionais e o suporte ção e operacionalização de um PTS efetivam-se
hospitalar três movimentos sobrepostos e articulados entre
(C) a triagem diagnóstica, a clínica e o cotidiano do si, são eles:
CAPS (A) cogestão do processo familiar, cogestão da
(D) a hospitalização, a medicalização e a observa- demanda e coprodução/avaliação do diagnós-
ção sistemática tico
(B) coprodução da problematização, coprodução
12. Os autores do texto dissertam sobre a noção de de projeto e cogestão/avaliação do processo
clínica dos CAPS e afirmam que esta possui algu-
(C) coprodução do campo teórico-analítico,
mas nomeações: “clínica ampliada”, “clínica da aten-
ção psicossocial” e “clínica da reforma”. Em rela- coprodução de projeto e cogestão/avaliação
ção à clínica dos CAPS, afirmam que não se trata do diagnóstico
de qualquer clínica, mas de um conjunto: (D) coprodução da problematização, coprodução
de oficinas terapêuticas e cogestão/avaliação
(A) difuso de valores morais que definem uma práti-
do projeto
ca de cuidado, um certo modo de conhecer e
conceber o homem e sua patologia 15. Oliveira (2014) refere como estratégia no serviço
(B) particular de princípios e preceitos que definem de saúde, para garantia da articulação entre for-
uma prática particular de cuidado, um certo mulação, ações e reavaliações, assim como da
modo de conhecer e conceber o homem e seu promoção de uma dinâmica de continuidade do
sofrimento Projeto Terapêutico Singular (PTS), a existência
(C) difuso de valores morais que definem uma práti- de um:
ca simplificada de cuidado, um certo modo de (A) profissional neutro
conhecer e conceber o homem e seu sofrimento
(B) profissional manicomial
(D) manicomial de princípios e preceitos que defi-
(C) profissional intersetorial
nem uma prática racista de cuidado, um certo
modo de conhecer e conceber o homem e sua (D) profissional de referência
patologia

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Considerar o texto “Política Nacional de Humani- 19. O ‘suporte para os profissionais de saúde’ é tam-
zação da Atenção e Gestão do SUS. Clínica ampli- bém um dos eixos da clínica ampliada. Algumas
ada e compartilhada” (Ministério da Saúde, 2009), dificuldades pessoais no trabalho em saúde ge-
para responder às questões 16 a 20. ram preocupação e podem incidir na maior parte
das vezes em:
16. Na perspectiva do Ministério da Saúde, a Clínica
(A) soluções articuladas do processo de trabalho,
Ampliada não desvaloriza nenhuma abordagem
aceitação na equipe, ausência de conflitos,
disciplinar, dessa forma, uma de suas caracterís-
facilidade de ver os resultados do trabalho na
ticas é:
perspectiva da clínica ampliada
(A) integrar poucas disciplinas para possibilitar um (B) problemas do processo de trabalho, baixa
manejo eficaz da complexidade do trabalho grupalidade solidária na equipe, alta
médico, que é necessariamente biopsicossocial conflitividade, dificuldade de vislumbrar os re-
(B) integrar vários tratamentos para possibilitar um sultados do trabalho em decorrência da frag-
manejo eficaz da complexidade do trabalho em mentação
saúde, que é necessariamente centrado na (C) problemas no autocuidado, baixa solidarieda-
clínica médica de com o usuário, alta conflitividade, facilida-
(C) integrar várias abordagens diagnósticas para de de vislumbrar os resultados do projeto
possibilitar um manejo eficaz da complexida- terapêutico singular
de do trabalho médico, que é necessariamen- (D) resultados simplificados do processo de tra-
te disciplinar e profissional balho, baixa grupalidade solidária na equipe,
(D) integrar várias abordagens para possibilitar um baixa conflitividade, dificuldade de o profissio-
manejo eficaz da complexidade do trabalho em nal assumir seu medo e sua dor em decorrên-
saúde, que é necessariamente transdisciplinar cia da fragmentação
e multiprofissional
20. A clínica ampliada propõe algumas atitudes ao
17. Um dos eixos que compõem a proposta da clínica profissional de saúde na lida com pessoas que
ampliada é a ‘construção compartilhada dos diag- estão doentes, dentre elas, demanda que este
nósticos e terapêuticas’. No texto, a clínica é apre- desenvolva a capacidade de:
sentada como um fazer complexo e, por isso, há
(A) ajudar cada pessoa a transformar-se, de for-
necessidade de compartilhar diagnósticos de pro-
ma que a doença, mesmo sendo um limite,
blemas e propostas de solução. Esse
não a impeça de viver outras coisas na sua
compartilhamento vai em direção:
vida
(A) da equipe de saúde, dos serviços de saúde, (B) orientar cada pessoa a tratar-se com o médi-
da ação intersetorial e dos usuários co especialista, de forma que a doença, mes-
(B) da equipe médica, dos serviços farmacêuticos, mo sem gravidade, limite sua forma de viver
da ação intersetorial e dos familiares (C) orientar cada pessoa a se conformar, consi-
(C) da equipe de saúde, dos serviços médicos, derando que a doença de toda forma a impedi-
da ação multiprofissional e dos usuários rá de viver outras coisas na sua vida
(D) da equipe de gestão local, dos serviços de (D) ajudar cada pessoa a entender sua doença,
saúde, da ação terapêutica e dos profissio- devendo evitar excessos e ficar mais isolada
nais
SAÚDE MENTAL NA ATENÇÃO BÁSICA
18. O Ministério da Saúde afirma que a fragmentação
do processo de trabalho decorrente da Revolução 21. O cuidado em saúde mental deve ser desenvolvi-
Industrial atingiu as organizações de saúde, con- do por todos os profissionais na Atenção Básica
tribuindo para uma progressiva redução do objeto na medida em que seus objetivos sejam unifica-
de trabalho, mediante a excessiva especialização dos por:
profissional. Partindo dessa análise, a proposta (A) entendimento do território e vínculo da equipe
da clínica ampliada convida a uma: de saúde com os usuários
(A) redução do objeto de trabalho e ampliação da (B) entendimento multicausal da doença e víncu-
responsabilidade de pessoas sobre “pedaços lo do serviço de saúde com a comunidade
de pessoas” ampliada
(B) redução do objeto de trabalho para que pes- (C) compreensão terapêutica das demandas do
soas não se responsabilizem por outras pes- usuário e relação horizontal da equipe de saú-
soas de com as famílias
(C) ampliação do objeto de trabalho sobre “proce- (D) compreensão dos determinantes sociais da
dimentos”, “diagnósticos”, “pessoas integrais” saúde e relação igualitária da equipe com os
(D) ampliação do objeto de trabalho para que pes- atores públicos do território
soas se responsabilizem por pessoas

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22. O sofrimento ou doença do usuário devem ser fon- 25. Pode-se afirmar que a vantagem dos grupos, como
te de atenção, porém não o foco do trabalho do tecnologia de promoção da saúde mental na Aten-
profissional de saúde. Tal trabalho deve estar vol- ção Básica, em relação aos atendimentos indivi-
tado para: dualizados, se deve:
(A) as habilidades cognitivas e funcionais que pos- (A) ao maior número de participantes, à possibili-
sam ser preservadas dade de relatos coletivos e de ajuda mútua
(B) os aspectos psicossociais que sejam indica- (B) à multiplicidade de seus integrantes, à diver-
dores de crises e de apoio social sidade de trocas de conhecimentos e possí-
(C) as dimensões da pessoa que sejam fonte de veis identificações
potencialidades e de produção de vida (C) à diversidade de demandas, ao processo grupal
(D) os elementos individuais e familiares que au- de expressão do sofrimento e ao melhor ma-
xiliem na adesão ao tratamento e na inserção nejo da equipe
laboral (D) à otimização dos recursos públicos, à
pluralidade de experiências singulares e cons-
23. A escuta é uma ferramenta de grande potência e trução coletiva do objetivo do grupo
importância no trabalho da Atenção Básica por-
que, tendo o profissional de saúde como 26. Dentre os pressupostos que devem ser conside-
interlocutor, o paciente pode: rados como norteadores na organização da rede
(A) apresentar a história da doença e receber para acolhimento, abordagem e cuidado às pes-
feedback quanto às alternativas de cuidado soas em situação de crise no território, pode-se
especializado destacar:
(B) contar e ouvir seu sofrimento de outra pers- (A) o entendimento de que a crise não é um fenô-
pectiva e olhar para suas escolhas e para o meno patológico, condensado no adoecimento
modo como se movimenta na vida de uma pessoa e, sim, produzida pela dinâmi-
(C) exteriorizar e avaliar conjuntamente seu mal- ca familiar do usuário
estar e identificar com a equipe os benefícios (B) o entendimento de que a crise não é uma
obtidos com os recursos terapêuticos manifestação de sintomas, reunidos no
(D) relatar seu processo de adoecimento a partir psiquismo de uma pessoa e, sim, produzida
da sua visão de mundo e identificar os mo- pelos conflitos interpessoais do usuário
mentos de crise na sua história psiquiátrica (C) a compreensão de que a crise não é um fenô-
meno subjetivo, produzido pelo sistema ner-
24. O Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf) con- voso da pessoa, e, sim, produzida a partir das
siste em apoio matricial para as equipes de Saú- interações sociais conflitivas
de da Família e implica a corresponsabilização (D) a compreensão de que a crise não é uma con-
pelos casos. Esse tipo de apoio se desenvolve dição pessoal, instalada no interior da pessoa
através de: que a expressa e, sim, produzida nas rela-
(A) anamneses e avaliações conjuntas, definição ções e contexto de vida do usuário
de protocolos de tratamento, abordagens fa-
miliares, visitas territoriais 27. A política pública de saúde prevê a introdução das
(B) avaliações e discussões coletivas, definição ações de saúde mental na Atenção Básica. Tal
das linhas de cuidado individuais e coletivas, direcionamento representa uma estratégia para:
atividades terapêuticas grupais, supervisão (A) provocar a reorientação das práticas psiquiá-
clínica tricas e oferecer atendimento psicológico no
(C) análise de casos clínicos, consultas território
especializadas, construção de planos coleti- (B) produzir rupturas no modelo tradicional de as-
vos de tratamento, atendimentos sociais, rea- sistência e ampliar a clínica da atenção
lização de reuniões de equipe psicossocial
(D) discussões e consultas conjuntas, construção (C) fortalecer a porta de entrada da atenção em
de projetos terapêuticos, intervenções com as saúde mental e remodelar o trabalho social
famílias e com as comunidades, realização de familiar
grupos (D) garantir o cuidado multiprofissional e
implementar ações voltadas aos grupos vul-
neráveis

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28. A articulação com a Atenção Básica potencializa Considerar o texto “De volta à cidade, Sr. cidadão!”
as práticas de atenção em saúde mental, na me- (Amarante e Torre, 2018) para responder às ques-
dida em que são desenvolvidas por serviços não tões 32 a 37.
especializados. Dessa articulação resulta:
32. Pode-se afirmar que o princípio do isolamento
(A) a expansão dos espaços de cuidado e a
terapêutico, base do modelo manicomial, ao pro-
desmistificação da loucura
duzir a institucionalização do louco, provocou tam-
(B) o aperfeiçoamento das ações psicossociais e bém:
o respeito à doença mental
(A) o afastamento das relações sociais, com anu-
(C) a ampliação das técnicas de cuidado
lação dos direitos civis e políticos
humanizado e a valorização dos usuários
(B) a retirada dos direitos trabalhistas, além da
(D) o avanço das atividades generalistas e o reco-
dificuldade de circulação social e participação
nhecimento dos processos comunitários de
política
adoecimento
(C) a destituição da sua participação social, com
29. Sobre a inclusão das ações de saúde mental na perda do direito à cidade e da condição de
Atenção Básica, podem ser considerados como cidadania
aspectos facilitadores: (D) o distanciamento das relações afetivas e a
(A) o apoio matricial e a produção de cronogramas extinção dos vínculos comunitários e de su-
de intervenções embasados na condição clí- porte material
nica geral e na cidadania dos familiares
33. De acordo com os autores, os objetivos e a pró-
(B) a reunião de equipe e o desenvolvimento de pria concepção de reforma psiquiátrica podem ser
ações sanitárias voltadas para a autonomia e repensados com base no conceito de autonomia,
estabilização do quadro psiquiátrico dos usuários na medida em que:
(C) a reunião de equipe e a definição de projetos
(A) a garantia da autonomia inclui o respeito às
terapêuticos baseados na condição
escolhas individuais e modos de vida e supera
psicopatológica e liberdade dos usuários
a construção de políticas sociais
(D) o apoio matricial e a construção de formas de
(B) a produção de autonomia ultrapassa o aces-
cuidado pautadas na solidariedade, na auto-
so a serviços e políticas de saúde, prolongan-
nomia e na cidadania dos usuários
do-se em produção de vida e de cidadania
30. A capilaridade no território assegura a (C) o destaque à autonomia compreende a valori-
potencialidade para o desenvolvimento de ações zação da produção individual de saúde e do
em saúde mental na Atenção Básica. A constru- livre arbítrio e se estende além do tratamento
ção de práticas de cuidado pelos serviços deve ofertado
incluir como condição para o trabalho a: (D) o desenvolvimento da autonomia envolve o re-
(A) integralidade da atenção e a valorização dos conhecimento da cidadania e das competên-
sujeitos em suas complexidades cias dos usuários e extrapola a organização
(B) igualdade das ações em saúde e o reconheci- do sistema de saúde
mento das questões singulares dos usuários 34. Conforme apresentado pelos autores do texto é
(C) oferta regular de assistência multidisciplinar e correto afirmar que as mudanças em andamento
o reconhecimento das vulnerabilidades de cada a partir da reforma psiquiátrica são essenciais à
usuário reflexão sobre a institucionalização do Sistema
(D) a participação dos usuários nas ações de saú- Único de Saúde porque:
de e a valorização dos saberes da equipe não (A) oferecem um modelo para a organização da
especializada participação coletiva e definem o papel dos
REFORMA PSIQUIÁTRICA atores intersetoriais
(B) exemplificam o processo de valorização do
31. A Lei nº 10.216, de 6 de abril de 2001, delibera saber popular e de complementariedade das
sobre proteção e os direitos das pessoas portado- ações intersetoriais
ras de transtornos mentais e redireciona o modelo
(C) favorecem o diálogo das políticas de saúde com
assistencial em saúde mental. Em seu Artigo 4º,
os movimentos sociais e a busca de articula-
prevê que a internação, independente da modali-
ções intersetoriais
dade, só será recomendada quando houver:
(D) valorizam a articulação dos movimentos soci-
(A) agravamento do quadro psiquiátrico ais com os movimentos dos trabalhadores e
(B) precariedade dos recursos familiares indicam os avanços intersetoriais obtidos
(C) indicação de acompanhamento ininterrupto
(D) insuficiência dos recursos extra-hospitalares

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35. Um novo enfoque da saúde e das políticas públi- 39. Ao traçar um paralelo entre a reforma sanitária e o
cas tem sido utilizado como referência pela refor- processo de reforma psiquiátrica, os autores apon-
ma psiquiátrica no campo da saúde mental, qual tam que esta última conseguiu avançar em rela-
seja: ção à garantia da:
(A) a crítica ao modelo curativo-hospitalocêntrico (A) complexidade da atenção
e a ideia da produção social da saúde articu- (B) mudança do modelo assistencial
lada ao território e à cultura (C) implementação do trabalho multiprofissional
(B) a ruptura com o modelo medicalizante e a (D) participação social na construção de políticas
concepção social dos indicadores de saúde
existentes no território 40. Em relação aos avanços da reforma psiquiátrica
(C) a ruptura com o modelo biomédico e a ideia brasileira, é correto destacar:
de produção cultural da saúde atrelada às con- (A) relevante regulação dos leitos psiquiátricos
cepções da comunidade públicos e privados e aumento dos serviços
(D) a crítica ao modelo cartesiano e a concepção tipo hospital-dia
ampliada de adoecimento voltada aos deter- (B) expressiva reestruturação da assistência hos-
minantes sociais da saúde pitalar e aumento nos serviços especializados
de saúde mental
36. Os autores chamam atenção para o risco de redu-
(C) significativa redução do número de leitos psi-
ção da reforma psiquiátrica a uma reestruturação
quiátricos e aumento no investimento em ser-
dos serviços sanitários em que se manteria a pro-
viços de atenção psicossocial
dução da gestão da loucura. O que está compre-
endido nessa redução é a: (D) profunda avaliação dos leitos psiquiátricos e
aumento do número de Centros de Atenção
(A) valorização da avaliação diagnóstica Psicossocial para adultos
(B) perpetuação da relação médico-paciente
(C) manutenção dos protocolos medicamentosos ESPECÍFICO DA CATEGORIA PROFISSIONAL
(D) reprodução dos mecanismos do dispositivo Considerar o texto “Função de publicização do
psiquiátrico acompanhamento terapêutico: a produção do co-
37. A reforma psiquiátrica, enquanto movimento soci- mum na clínica” (Gonçalves e Benevides de Bar-
al, promoveu mudanças no discurso e nas práti- ros, 2013) para responder às questões 41 a 43.
cas em relação ao sofrimento mental. A reforma
41. O artigo discute o Acompanhamento Terapêutico
se origina de bases políticas que colocam em cena:
(AT) no contexto da reforma psiquiátrica no Brasil.
(A) o combate às autoridades e a luta pelos direi- As autoras apresentam reflexões e definições do
tos de expressão e de circulação campo e definem o AT como:
(B) o embate à repressão e a luta pela cidadania, (A) um serviço fundamental no processo de cons-
sob o lema dos direitos universais trução de uma assistência de qualidade, para
(C) a crítica ao autoritarismo e a luta pela liberda- além das estratégias medicamentosas e
de, sob a marca dos direitos humanos psicoterapêuticas, pois inclui nas suas ações
(D) a crítica aos processos ditatoriais e a luta pela os campos da moradia, do trabalho assistido,
garantia dos direitos sociais e humanos do lazer e da cultura como formas legítimas e
eficazes na produção de vida e saúde da cli-
Considerar o texto “A reforma psiquiátrica no SUS entela
e a luta por uma sociedade sem manicômios” (B) um dispositivo que se monta sempre no limite
(Amarante e Nunes, 2018) para responder às ques- dos saberes e das instituições, funcionando
tões 38 a 40. muitas vezes como articulador, mas também
38. Os autores destacam que, a utilização da arte e como desestabilizador das relações cristali-
da cultura como meio e como fim no processo de zadas presentes nas famílias e também na
reforma psiquiátrica brasileira lhe conferiu origina- rede dos serviços de saúde
lidade. Tal utilização possibilitou: (C) um modelo de assistência em saúde mental,
no qual a atenção passa a ser pensada na
(A) alterações no cenário social e nas nomeações
fronteira entre o individual e o coletivo, entre a
positivas da loucura
clínica e a política
(B) modificações nas práticas terapêuticas e na
(D) um conceito relativo tanto a um espaço vivido
forma de classificar a loucura
quanto a um sistema percebido no seio do qual
(C) transformações no imaginário social e nas prá- um sujeito se sente “em casa”
ticas discursivas sobre a loucura
(D) mudanças nas concepções públicas e no
modo de afirmar a relevância da loucura

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RESIDÊNCIA EM SAÚDE MENTAL
2021 PSICÓLOGO

42. O artigo apresenta o AT em suas variações e em Considerar o texto “Saúde mental em situação de
suas articulações com a rede de saúde mental e dá emergência: Covid-19. Debates em Psiquiatria,” (Bar-
ênfase para algumas funções que o AT opera. Es- ros-Delben, 2020) para responder às questões 46 a
sas funções foram apresentadas e desenvolvidas 50.
no texto em três sessões, evidenciadas com subtí-
tulos em negrito, a saber: 46. Nas situações de emergência, os psicólogos são
(A) O AT como analisador da Reforma Psiquiátrica requisitados para:
Brasileira, O AT como analisador da clínica e A (A) psicoeducação, humanização da assistência e
produção do comum na clínica utilização de técnicas de dessensibilização sis-
(B) O AT e a Reforma Psiquiátrica Brasileira, O AT temática
e sua função clínico-política, O AT e a produção (B) psicoterapia, divulgação de informações bási-
de um estatuto público para a clínica cas para a sobrevivência e utilização de técni-
(C) A Reforma Psiquiátrica e a surgimento do AT, O cas de mindfulness
AT como experiência coletiva, A produção do
(C) testagem psicológica em grupo,
comum na clínica
aconselhamento psicológico e auxílio na inter-
(D) O AT como dispositivo clínico-político e suas
pretação dos resultados individuais
implicações na atenção à saúde mental no con-
texto da Reforma Psiquiátrica Brasileira, O AT (D) manejo e controle das emoções, rastreio de
como dispositivo público, A produção do coleti- comprometimentos psíquicos e auxílio na reso-
vo no comum da clínica lução de problemas

43. Segundo os autores, a função de publicização do 47. Para intervenções em cenários instáveis, o profissi-
acompanhamento terapêutico pode ser definida como: onal de saúde mental deve seguir três passos bási-
(A) uma produção de modos de cuidar em rede, de cos, que são:
tal forma que quem acompanha é a própria rede (A) escutar, refletir e elaborar
(B) uma proposta de publicação de artigos e revisão (B) acolher, interpretar e encaminhar
da prática para contribuição ao trabalho em rede (C) olhar, escutar e promover vínculo
(C) uma dimensão não privada e não especialista, (D) ouvir, interpretar e solucionar problemas
logo pública, indicando um modo de fazer a clí-
nica indissociável da experiência política 48. No caso da pandemia Covid-19, a atenção especia-
(D) uma abertura no plano da clínica através de prá- lizada em saúde mental deve priorizar os seguintes
ticas de atravessamentos e conexões, uma grupos de vulneráveis:
espécie de nomadismo de fronteiras desman- (A) idosos, trabalhadores de serviços essenciais e
chando os territórios cristalizados pessoas pouco assistidas pelo poder público
Considerar o texto “Holocausto ou Navio Negreiro?: (B) pacientes com comorbidades prévias, adoles-
inquietações para a Reforma Psiquiátrica brasileira” centes e profissionais de segurança pública
(Passos, 2018) para responder às questões 44 e 45. (C) pacientes com baixa imunidade, crianças e
pessoas com deficiência
44. O texto apresenta reflexões importantes para o cam- (D) familiares enlutados, presidiários e trabalhado-
po da saúde mental. Entre os conteúdos trabalha- res informais
dos pela autora estão os impactos do colonialismo
na construção da subjetividade negra brasileira. O 49. A fadiga de compaixão é descrita como:
conceito de “apartheid psíquico” é colocado como (A) a convergência do estresse traumático secun-
uma forma de racismo, esse conceito e sua parale-
dário e do burnout
la expressão no Brasil, se evidencia como:
(B) uma consequência do estresse causado pelo
(A) manicômio risco de contaminação
(B) silenciamento
(C) uma condição pós-luto, mas que não gera ou-
(C) encarceramento tros agravos psicológicos
(D) políticas afirmativas
(D) uma condição que acomete somente os profis-
45. O texto afirma que a influência de Frantz Fanon para sionais de saúde da linha de frente
a luta antimanicomial e para a construção de uma
história oficial da reforma psiquiátrica brasileira fo- 50. Uma forma de ajudar a lidar com os impactos de-
ram invisibilizadas, sem registro nem menção de correntes do isolamento e confinamento é:
suas contribuições ao pensamento de Franco (A) ampliar o tempo de exposição a notícias sobre
Basaglia e para a Reforma Psiquiátrica Democráti- a pandemia Covid-19
ca Italiana. A autora resgata a trajetória de Frantz (B) intervir nas distorções cognitivas, minimizando
Fanon nas suas experiências como psiquiatra em: o cumprimento de regras
(A) Goriza e Blida (C) encorajar a busca de informações sobre os aten-
(B) Trieste e Goriza dimentos especializados
(C) Saint-Alban e Blida (D) promover ações voltadas ao comportamento
(D) Trieste e Saint-Alban seguro, por exemplo, o autocuidado

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Considerar o texto “Uma onda que vem e dá um cai- 56. A perspectiva de trabalho na linha de cuidados para
xote: representações e destinos da crise em adoles- as pessoas com transtornos mentais exige do psi-
centes usuários de um CAPSi” (Pereira et al., 2017) cólogo:
para responder às questões 51 e 52. (A) construir leituras críticas sobre a psicopatologia
e ajudar a tecer subjetividades inconformadas
51. Um exemplo de mudança na estratégia assistencial
do CAPSi, para a crise se desenrolar como fonte de (B) modificar a realidade psíquica por meio de téc-
enriquecimento, é: nicas sugestivas e de aconselhamento indivi-
dual
(A) criar espaços grupais continentes e profícuos
(C) atuar para remissão dos sintomas primários e
para elaborações coletivas
ajudar na convivência com os sintomas secun-
(B) criar consensos na equipe sobre o seu papel dários
no acompanhamento à crise
(D) questionar permanentemente seu lugar no cam-
(C) organizar o trabalho em equipe para que os pro- po da saúde mental como membro de uma equi-
fissionais possam responder aos usuários pe especializada
(D) transferir para o hospital geral os adolescentes
em crise que possam desestabilizar o serviço Considerar as Referências Técnicas para Atuação de
Psicólogas(os) no CAPS, elaboradas pelo Conselho
52. A atenção à crise exige um trabalho simultâneo nas
Federal de Psicologia (2013) para responder às ques-
dimensões:
tões 57 a 60.
(A) assistencial, técnica, cultural e subjetiva
(B) política, filosófica, teórica e intersubjetiva 57. Os princípios éticos norteadores da clínica
(C) política, organizacional, técnica e psíquica antimanicomial nos serviços substitutivos são:
(D) assistencial, organizacional, ética e cultural (A) direito ao tratamento, consentimento esclareci-
do e respeito à vida
53. Sobre o grupo de ouvidores de vozes, é correto afir- (B) direito à liberdade, consentimento com o trata-
mar que: mento, respeito à cidadania
(A) a circulação da palavra garante a solução cole- (C) direito à vida, crítica ao tratamento e respeito
tiva para os fenômenos alucinatórios aos direitos humanos
(B) a audição de vozes é a expressão natural de (D) direito à criticidade, valorização da diversidade
um processo de adoecimento individual e respeito à ordem democrática
(C) ao estimular a troca entre os participantes, visa
apenas a aproximação das experiências 58. São conceitos orientadores da prática clínica nos
(D) compartilhar a vivência em um coletivo estabe- serviços substitutivos:
lece algum tipo de convivência com as vozes (A) responsabilidade, congruência e pulsão
(B) território, vínculo e trabalho em equipe
54. O crescimento da presença dos psicólogos nas políti-
(C) desinstitucionalização, criatividade e repetição
cas públicas de saúde é resultado:
(D) liberdade, transferência, prevenção de recaída
(A) do envolvimento das associações de terapia fami-
liar nos movimentos sociais e democráticos 59. Os CAPS assumem o desafio de construir seu co-
(B) do manejo clínico necessário com a população nhecimento na partilha de saberes. Um exemplo de
improdutiva encerrada nos hospitais psiquiátricos operador do trabalho em equipe nos CAPS é:
(C) da dificuldade de inserção dos novos profissionais (A) a visita domiciliar
na atividade clínica privada dos consultórios (B) a oficina terapêutica
(D) do envolvimento da categoria com a pauta da ga- (C) o genograma familiar
rantia de direitos e diminuição da desigualdade (D) o projeto terapêutico singular
social
60. A frase de Basaglia é “preciso colocar entre pa-
55. Com a inserção da Psicologia na saúde pública e rênteses a doença para encontrar o homem” des-
na reforma psiquiátrica foi necessário um loca o olhar da doença para o sujeito que sofre e
redirecionamento para a atuação clínica. Os con- pressupõe que cabe aos técnicos a posição de:
ceitos que embasam as transformações
(A) tutores da loucura
metodológicas e tecnológicas para o atendimento
em Saúde Mental são: (B) parceiros da loucura
(C) coabitantes da loucura
(A) suporte e relação dialógica
(D) especialistas da loucura
(B) inconsciente e território afetivo
(C) atenção psicossocial e existência-sofrimento
(D) avaliação processual e diagnóstico situacional

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