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RESUMO
Introdução: Os Centros de Atenção Psicossociais da infância e adolescência
(CAPSi) tem como objetivo a (re) inserção social e o fortalecimento da autonomia de
crianças e adolescentes com transtornos mentais graves, através de um cuidado
pautado na reabilitação psicossocial. Esse serviço oferece diversos tipos de
atividades terapêuticas dentre elas o grupo terapêutico. Objetivo(s): Apresentar as
principais contribuições de uma experiência com grupos terapêuticos para crianças
com transtornos mentais graves. Metodologia: O estudo parte do relato de
experiência em grupos terapêuticos coordenados por duas terapeutas ocupacionais
residentes, atuantes em um CAPSi. Resultados: Os grupos terapêuticos se
constituem em um espaço de trocas sociais e desenvolvimento de vínculos, se
tornando potentes para a atuação do terapeuta ocupacional. Conclusões: A partir da
experiência grupal o olhar e prática singulares do terapeuta ocupacional estão
direcionados para organização e ressignificação dos fazeres cotidianos da criança.
1. INTRODUÇÃO
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Relato de experiência – UNIFRA.
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Terapeuta Ocupacional Residente do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde Mental –
UNIFRA. maryanagmarinho95@gmail.com
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Terapeuta Ocupacional Residente do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde Mental –
UNIFRA. renatarodrigues.to@gmail.com
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Orientadora. Professora do Curso de Terapia Ocupacional – UNIFRA. brunarmaziero@gmail.com
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adolescência (CAPSi) tem como objetivo a (re) inserção social e o fortalecimento da
autonomia de crianças e adolescentes, através de um cuidado pautado na clínica
ampliada e na reabilitação psicossocial, no qual o sujeito é compreendido como um
ser constituído por uma singularidade e que está inserido em um coletivo (BRASIL,
2004). Os CAPSi oferecem diversos tipos de atividades terapêuticas e dispositivos
em seu dia-a-dia, dentre eles: psicoterapia individual ou em grupo, oficinas
terapêuticas, atividades comunitárias, atividades artísticas, orientação e
acompanhamento do uso de medicação, atendimento domiciliar e aos familiares. Os
grupos terapêuticos, por sua vez, se constituem em um espaço de trocas sociais e
desenvolvimento de vínculos (JURDI; BRUNELLO, 2015).
2. REVISÃO DE LITERATURA
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exemplo, criar um grupo homogêneo a partir de sujeitos com o mesmo diagnóstico,
idade ou gênero, ou um heterogêneo com uma diversidade dessas características
(SANTOS, 2010).
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3. METODOLOGIA
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
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Um dos principais objetivos dos grupos de crianças com transtornos mentais
graves é desenvolver atividades terapêuticas que facilite as trocas sociais. Deste
modo, promovem a interação e a socialização entre os usuários e proporcionam a
criação e o fortalecimento de vínculos, implicando também na percepção de si, do
outro e da formação do grupo (MORETTO, 2013).
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objetivos. É preciso que o terapeuta observe os movimentos de cada criança, as
relações estabelecidas entre elas e os seus envolvimentos com as atividades
propostas e os espaços oferecidos. Essas observações devem ser registradas
através de relatos nos prontuários de cada usuário, juntamente com os registros de
todas as intervenções realizadas no CAPSi. As discussões multiprofissionais sobre
os grupos também irão enriquecer o seu processo ao considerar que toda profissão
tem um olhar e uma proposta terapêutica que se complementa num cuidado
ampliado. Essas discussões podem ocorrer tanto entre os profissionais que estão
como facilitadores no grupo, quanto com outros profissionais do serviço em reunião
de equipe ou com os profissionais de referência dessas crianças.
5. CONCLUSÃO
Este relato apresenta uma reflexão acerca do grupo como um espaço potente
para efetivação dos objetivos da reabilitação psicossocial e da contribuição do olhar
e da prática da terapia ocupacional como mais uma facilitadora do processo grupal
em meio a uma equipe multiprofissional. Evidencia a potencialidade terapêutica dos
grupos para crianças com transtornos mentais graves, espaços esses que
possibilitam o desenvolvimento de fatores sociais, subjetivos e de criação dentro do
setting terapêutico que irão refletir nas suas relações cotidianas em outros espaços
oferecidos pela sociedade, efetivando os objetivos da reabilitação psicossocial que é
proposta no CAPSi.
Deste modo, também demonstra a relevância da contribuição do terapeuta
ocupacional para o processo do grupo terapêutico. A partir da experiência grupal o
olhar e prática singulares do terapeuta ocupacional estão direcionados para
organização e ressignificação dos fazeres cotidianos da criança, considerando seu
contexto e história de vida para integrar aquilo que ela sente, pensa e faz.
REFERÊNCIAS
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CUNHA, A. C. F.; SANTOS, T. F. A utilização do grupo como recurso terapêutico no
processo da terapia ocupacional com clientes com transtornos psicóticos:
apontamentos bibliográficos. Cadernos de Terapia Ocupacional da UFSCar, São
Carlos, v. 17, n.2, p 133-146, jul./dez. 2009.