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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA QUÍMICA


DISCIPLINA DE TERMODINÂMICA PARA ENGENHARIA QUÍMICA
PROFESSOR: PROF. DR. AYRES FERREIRA MORGADO

2° LISTA DE EXERCÍCIO

Mara Cristina P. Zenevicz


Micheline Bechtold

Abril de 2012
Florianópolis - SC
Nas páginas a seguir são descritas as soluções dos 10 exercícios escolhidos da lista 2.

1) As densidades do vapor de metanol saturado a duas condições são:

T, oC P, atm V, g/ml
140 10,84 0,01216
230 68,04 0,1187
À partir destes dados encontre os valores para as constantes da eq.de VdW e os compare dos
obtidos com as seguintes propriedades críticas que são: Tc = 512,6 K, Pc = 79,9 atm; Vc= 118
ml/gmol.

Resolução
Tc = 512,6 K
Pc = 79,9 atm = 8095867,5 Pa
Vc = 118 ml/mol
MMmethanol = 32 g/gmol
R = 8,314 m3 Pa mol-1 K-1

Os volumes apresentados na tabela acima são volumes específicos, havendo a necessidade de


transforma-los para volumes molares. Essa transformação é feita através da fórmula abaixo:
Vmolar  Vespecifico  MM

Na Tabela abaixo são apresentados os valores de T, P e V nas unidades adequadas:


T (K) P (Pa) V (m3/mol)
413,15 1098363 2,632 x 10-3
503,15 6894153 2,69 x 10-4

Calculo das constantes a e b pelas propriedades criticas:


27 (8,314) 2  (512,6) 2
2
27 R 2Tc
a 
64 Pc 64 8095867,5
Logo: a = 0,946450 m Pa mol-2
6

RTc 8,314  512 ,6


b 
8 Pc 8  809567 ,5
Logo: b = 6,6 x 10-5 m3 mol-1

calculando as constantes a e b pela equação de Van Der Waals:

RT a
P  2
v b v

2
Substituindo os valores das duas condições apresentadas na Tabela temos:
 8,314  413,15 a
1,10  10  2,64  10 3  b  (2,64  10 3 ) 2
6



6,89  10 6  8,314  503,15  a

 2,70  10  b (2,70  10 4 ) 2
4

Resolvendo o sistema acima, obtemos os valores das constantes, que são:

a = 1,966266 m6 Pa mol-2
b = 1,46 x 10-4 m3 mol-1

Os erros associados são:


a prop.crit.  avdw 0,946450  1,966266
Erro de a  100  107,75%
a prop.crit. 0,946450

b prop.crit.  bvdw 0,000066  0,000146


Erro de b  100  121,21%
b prop.crit. 0,000066

2) Na tabela a seguir, tem-se um conjunto de dados de coeficientes de atividade para um


sistema líquido binário, obtidos a partir de dados de equilíbrio líquido-vapor.

x1 γ1 γ2 x1 γ1 γ2
0,0523 1,202 1,002 0,5637 1,120 1,102
0,1299 1,307 1,004 0,6469 1,076 1,170
0,2233 1,295 1,1006 0,7832 1,032 1,298
0,2764 1,228 1,024 0,8576 1,016 1,393
0,3482 1,234 1,022 0,9388 1,001 1,600
0,4187 1,180 1,049 0,9813 1,003 1,404
0,5001 1,129 1,092

A inspeção destes dados acima sugere que os mesmos são estranhos, mas a questão é saber se
eles possuem consistência termodinâmica e, na média, são corretos.
a) Encontre os valores experimentais para GE/RTx1x2 e faça gráficos com os valores
experimentais de ln γ1 e ln γ2
b) Aplique o teste da consistência sobre os dados e tire as conclusões.

3
Resolução

a) As Tabelas 1 e 2 apresentam os resultados obtidos para os dois casos apresentados. Para


calcular os parâmetros utilizou-se o Software Microsoft Office Excel®.

Tabela 1 – Valores experimentais para o caso 1.


x1 x2 γ1 ln γ1 γ2 ln γ2 GE/RTx1x2
0,0523 0,9477 1,202 0,18399 1,002 0,00200 0,23234
0,1299 0,8701 1,307 0,26773 1,004 0,00399 0,33844
0,2233 0,7767 1,295 0,25851 1,101 0,09586 0,76210
0,2764 0,7236 1,228 0,20539 1,024 0,02372 0,36965
0,3482 0,6518 1,234 0,21026 1,022 0,02176 0,38508
0,4187 0,5813 1,180 0,16551 1,049 0,04784 0,39898
0,5001 0,4999 1,129 0,12133 1,092 0,08801 0,41870

Tabela 2 – Valores experimentais para o caso 2.


x1 x2 γ1 ln γ1 γ2 ln γ2 GE/RTx1x2
0,5637 0,4363 1,120 0,11333 1,102 0,09713 0,43205
0,6469 0,3531 1,076 0,07325 1,170 0,15700 0,45015
0,7832 0,2168 1,032 0,03150 1,298 0,26082 0,47831
0,8576 0,1424 1,016 0,01587 1,393 0,33146 0,49797
0,9388 0,0612 1,001 0,00100 1,600 0,47000 0,51697
0,9813 0,0187 1,003 0,00300 1,404 0,33933 0,50598

Com os valores experimentais de ln γ1 e ln γ2 e GE/RTx1x2,, foram plotados os gráficos


apresentados nas Figuras 1 e 2.
ln γ1 ln γ2 GE/RTx1x2

0,90
0,80
0,70
0,60
0,50
0,40
0,30
0,20
0,10
0,00
0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50
x

Figura 1: Caso 1 - Comportamento de ln γ1 e ln γ2 e GE/RTx1x2, vs x1.

4
ln γ1 ln γ2 GE/RTx1x2

0,60

0,50

0,40

0,30

0,20

0,10

0,00
0,50 0,60 0,70 0,80 0,90 1,00
x

Figura 2: Caso 2- Comportamento de ln γ1 e ln γ2 e GE/RTx1x2, vs x1.

b) Podemos verificar a consistência dos dados termodinâmicos através da equação de Redlich –


Kister, representando os dados experimentais de (ln γ1/γ2) em função de x1 de 0 a 1, a área
global do diagrama deve ser igual a zero, isto é, as áreas acima e abaixo da abscissa deverão ser
iguais no caso dos dados serem precisos e consistentes. Ao plotarmos os dados obtivemos os
seguintes gráficos:
Teste de consistência - Caso 1
0,3
0,3
0,2
lnγ1/γ2

0,2
0,1
0,1
0,0
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5
x
Figura 3: Caso 1- Teste de consistência

Teste de consistência - Caso 2


1,2
1,0
0,8
lnγ1/γ2

0,6
0,4
0,2
0,0
-0,5 -0,4 -0,3 -0,2 -0,1 0,0
x
Figura 4: Caso 2- Teste de consistência.

5
Observando as Figuras 3 e 4, nota-se que a uma tendência de que a consistência seja
comprovada no caso 2, não podemos afirmar já que dispomos apenas de uma variação de 0,05 a
0,5, para x1, e não de 0 a 1 como exige o método.
Para reforçar esta constatação, visualizando as Figuras 1 e 2, nota-se uma tendência
linear da maioria dos pontos para, o termo GE/RTx1x2 no caso 2, e isto leva-nos a concluir que
a correlação mais apropriada para este termo é a dada por uma reta (Smith, J.M., 3° edição, pg
320).

3) Estime a fugacidade para o isobutileno gasoso, nas seguintes condições:


(a) a 280 C e P = 20 bares;
(b) a 280 C e P = 100 bares.
Resolução
As propriedades críticas do composto em questão foram obtidas de Smith, Van Ness, Abbott
pg. 726:

Tc=417,9K Pc=40bar ω= 0,194

Para o cálculo da fugacidade será utilizada a correlação generalizada de Lee/Kesler

a) T = 280 C e P = 20 bares;

Primeiramente calculamos as propriedades reduzidas do isobutileno:

Da tabela E.13 de Smith, Van Ness, Abbott pg. 754, encontramos os valores de :

Pr 0,4 0,5 0,6


Tr
1,3 0,9419 X1 0,9141
1,323
1,4 0,955 X2 0,9333

Os valores X1, X2 e são obtidos por interpolação linear:

6
Da tabela E.14 de Smith, Van Ness, Abbott pg. 755, encontramos os valores de :
Pr 0,4 0,5 0,6
Tr
1,3 1,0257 X1 1,0399
1,323
1,4 1,0304 X2 1,0471

Os valores X1, X2 e são obtidos por interpolação linear:

O coeficiente de fugacidade é obtido a partir da equação:


( )

7
A partir do coeficiente calculado, obtêm-se a fugacidade do isobutileno:

b) a 280 C e P = 100 bares.

Primeiramente calculamos as propriedades reduzidas do isobutileno:

Da tabela E.15 de Smith, Van Ness, Abbott pg. 756, encontramos os valores de :
Pr 2 2,5 3
Tr
1,3 0,7345 X1 0,6383
1,323
1,4 0,7925 X2 0,7145

Os valores X1, X2 e são obtidos por interpolação linear:

Da tabela E.16 de Smith, Van Ness, Abbott pg. 757, encontramos os valores de :
Pr 2 2,5 3
Tr
1,3 1,776 X1 1,2853
1,323
1,4 1,1858 X2 1,2942

8
Os valores X1, X2 e são obtidos por interpolação linear:

O coeficiente de fugacidade é obtido a partir da equação:


( )

A partir do coeficiente calculado, obtêm-se a fugacidade do isobutileno:

4) Estime a fugacidade do ciclopentano a 110 C e 2,75 bares. A 110 C a pressão de vapor do


ciclopentano é de 5, 267 bar.
Resolução
As propriedades críticas do composto em questão são:
Tc=511,6K Pc=4,51bar ω= 0,192

Primeiramente calculamos as propriedades reduzidas do ciclopentano:

Nessas condições, podemos usar a concordância generalizada do coeficiente virial

9
( )

( )

( )

( )

( ) ( ( ) ( ))

5) A pressão de vapor de substâncias puras pode ser estimada pela equação de Antoine, a qual
possui a seguinte expressão:

Bo
log P o  Ao  (1)
Co  T

Onde: Po = pressão de vapor, em atm; Ao, Bo, Co, são constantes empíricas adimensionais e T
= temperatura do ponto de ebulição, K

Tab. Constantes de Antoine, para o prob. 8


Componente Ao Bo Co
Acetona 4,14366 1161,0 -49
Metanol 4,99782 1473,11 -43

Para o sistema acetona (A) e metanol (B), as constantes de Antoine, são dadas na tab. a
anterior. Assumindo que a lei de Raoult se aplica a este sistema, faça o gráfico do ponto de
ebulição isotérmico para a mistura acetona-metanol a 60 oC.

Resolução

Têm-se os valores de temperatura de ebulição para os dois componentes em estudo em


Smith Van Ness. Introducción a la Termodinamica em Ingeniería Quimica, 5º Ed (1997) –
Apêndice B, Tabela B1: Propriedades das espécies puras, pág 727.

TC (acetona)= 329,4 K

TC (metanol)= 337,9 K
10
Substituindo estes valores mais com os valores apresentados na tabela na equação (1),
as pressões de vapor (à 60°C) para cada componente de:

P0(acetona)= 1,1446 atm

P0(metanol)= 0,853 atm

Inserindo os dados calculados em um gráfico, assumindo que a lei de Raoult se aplica


conforme equação (2), têm-se o gráfico a seguir:

∑ ( )

Neste caso, têm-se a relação:

( )

Considerando que x2 = (1 – x1), têm-se:

( ) ( )

Para calcular a fração molar da espécie 1 (y1) na fase vapor têm-se:

( )

Como exemplo será realizado um cálculo para determinação do y1, sendo posteriormente
apresentado alguns valores na tabela para a confecção do gráfico.

Utilizando a equação (4) com os valores de pressão encontrados têm-se:

P= 0,833+(1,1446-0,833)0,5 = 0,9888 atm

Determinando y1, conforme equação (5):

Tab. Resultados de x1, y1, pressão


x1 y1 Pressão (atm)
0 0 0,833
0,25 0,314 0,9109
0,50 0,579 0,9888
0,75 0,805 1,0667
1 1 1,1446

11
Pressão de vapor a temperatura de 60ºC

1,2
x1 y1
1,2

1,1

1,1
P0 (atm)

1,0

1,0

0,9

0,9

0,8
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0
xacetona, yacetona

6) O azeótropo do sistema etanol-benzeno tem uma composição de 44,8 mol % de etanol com
um ponto de ebulição de 68,24oC a 760mmHg. A pressão de vapor do benzeno puro é de
517mmHg, e a do etanol puro é de 506 mmHg. Calcular as constantes de Van Laar para o
sistema e avaliar os coeficientes de atividade de uma solução que contem 10 moles % de
etanol.

Resolução:

No ponto de azeótropo x=y;


x e tan ol  x1  0,448 %
xbenzeno  x2  0,552 %
Teb  68,24 o C
Peb  760 mmHg  101325 Pa
P v e tan ol  P1  506 mmHg  67461 ,118 Pa
P v benzeno  P 2  517 mmHg  68927 ,66 Pa
A1  A2  ?
10% moles de etanol;

x1. 1.P1  . y1 101325 .0,552


y1  1  1   1  1,502
 x1. P1 0,552 .67461 ,118

x2 . 2 .P2  . y2 0,448 .101325


y2  2 2  2  1,470
 x 2 . P2 0,448 .68927 ,66

12
2
A12 x2
log  1  2
 A12  
  x1  x2 
 A21  

A12
C
A21
B  A12

B
log  1  2
 C.x1 
1  
 x2 

2
A21 x1
log  2  2
 A21  
  x2  x1 
 A12  

BC
log  2  2
 x 
 C  2 
 x1 

B
log 1,502  2
 C.0,448 
1  
 0,552 

0,1767(1  0,8116C) 2
B
B  0,1767(1  1,6232 C  0,6587 C 2 )
B  0,116C 2  0,2868C  0,1767

BC
log 1,470  2
 0,552 
C  
 0,448 
0,1673 (C  1,232 ) 2
B
C
Igualando as duas expressões de B, temos:

0,1673 (C  1,232 ) 2
0,1164C  0,2868 C  0,1767 
2

C
0,1164C  0,2868 C  0,1767 C  0,1673 (C 2  2,464 C  1,5178 )
3 2

0,1164C 3  0,2868 C 2  0,1767 C  0,1673 C 2  0,4122 C  0,2539 )


13
0,1164C 3  0,1195 C 2  0,2355 C  0,2539  0)

C=1,4373.

B  A12  0,8294

A12 0,8294
C  1,4373 
A 21 A 21

A 21  0,577 .

Queremos encontrar,  1 ,  2  ?

x1  0,10  y1
x2  0,9  y2

No azeótropo x=y

x1. 1.P1
y1 

0,1.101325
1 
0,1.67461 ,118

 1  1,502 .

x2 . 2 .P2
y2 

0,9.101325
2 
0,9.68927 ,66

 2  1,470 .

14
7) Deseja-se transportar o gás Boliviano de Oruro até o Morro da Fumaça por um gasoduto. O
gás que é essencialmente CH4 puro entra na tubulação com uma velocidade mássica de 31,
kg/s, com uma pressão de 210,93 kgf/cm2 e a uma temperatura de 18,3o C O diâmetro interno
da tubulação é de 30,48 cm. Supondo que o gás obedeça à equação RK, calcular: a massa
específica do gás na entrada da tubulação (kg/cm3) e sua velocidade inicial (cm/s).

Resolução:

Pelo livro Introduction to Chemical Engineering Thermodynamics (SMITH et al., 1996)o peso
molecular do CH4 é 16,043g/gmol, e em 1 segundo temos 31Kg de metano, considerando a
base de cálculo de 1 segundo podemos encontrar o número de mols:
m 31000 g
n   1932 ,3069 mol
PM 16 ,043 g / gmol
RT a
Equação RK: P    (1)

 
V  b T V V  b 
0,5 
 
As constantes a e b são dadas pelas seguintes expressões:
2,5
0,4278R 2Tc
a (2)
Pc
0,08664 RTc
b (3)
Pc
As expressões (1), (2) e (3) foram retiradas do livro Introduction to Chemical Engineering
Thermodynamics (SMITH et al., 1996), página 78. Os valores de Tc e Pc para o metano foram
obtidos do Apêndice A de (REID et al., 1987), e valem:
Tc  190 ,7 K e Pc  45,8 atm

Substituindo-se estes valores nas equações (2) e (3), temos:


cm 6 atm K 0,5 cm 3
a  31587485 ,83 e b  29 ,3029
mol 2 mol
 

V  b 
 
Multiplicando a equação (1) por , resulta:
P
 

a V i  b 
V i 1 
RT
b  
(4)
P 
 

T P V i V i  b 
0,5

 
A qual será resolvida por método iterativo.

Como valor inicial, usaremos a equação do gás ideal:


 RT cm 3
V0   117 ,1529
P mol

Utilizando este valor como valor inicial na equação (4), obtemos:

15
 cm 3
V i 1  100 ,603
mol
 cm 3
Utilizando agora o valor: V i 1  97 ,6301
mol
 cm 3
Mais uma iteração: V i 1  97 ,1206
mol
 cm 3
Novamente: V i 1  97 ,0349
mol
 cm 3
Continuando: V i 1  97 ,0205
mol
 cm 3
Por fim: V i 1  97 ,0151 (valor final)
mol

Calculando agora o volume:


 cm 3
V  V m * n  97 ,0151 *1932 ,3069 mol  187462 ,9495 cm 3
mol

Calculando a massa específica:


m 31Kg kg
  3
 1,65366  10  4
V 187462 ,9495 cm cm 3
Vcil  r 2 h
Vcil 187462,9495cm 3
h 2   257,0489 cm
r  30,48cm 
2

3,14 *  
 2 

Tomando-se 1 segundo como base de cálculo, pode-se calcular a velocidade do gás:


h 257,0489 cm cm
v   257,0489
t 1s s

8) Estimar a massa específica da amônia na fase gasosa contida num cilindro. A temperatura do
gás é de 200o C e a pressão de 200 atm. Considerar que a amônia obedece nestas condições: a)
a lei do gás ideal; b) à equação do fator de compressibilidade; c) à equação RK.

Resolução

Metano puro
Vazão mássica: 31 Kg/s
Pressão:
210,93 Kgf/cm2 = 206,84 bar
Temperatura=18,3ºC = 291,45 K
Diâmetro interno da tubulação: 30,48 cm
Temperatura crítica para metano:190,6 K
Pressão crítica para metano: 45,99 bar
Constante dos gases: R = 83,14 cm3 bar/ mol K
Massa molar do metano = 16 g/gmol
16
Sendo as constantes a e b da equação de RK:

0,42748R 2 Tc2,5
a
Pc
0,08664 RT c
b
Pc

Substituindo os valores chega-se:


a = 32.224.01657 cm6 bar K1/2/mol2
b = 29,85 cm3/mol
Reescrevendo a Equação de RK em função do volume, e tomando uma iteração i+1 para V,
tem-se:
RT a (Vi  b)
Vi 1  b
P T1 / 2 Vi (Vi  b)
Sendo um valor inicial dado por: V0=RT/P = 117,15 cm3/mol
Substituindo todos os valores na equação de RK anterior, tem-se:
V1+1 = 100,74 cm3/mol
V1+2 = 97,83 cm3/mol
Tomando a seguinte relação entre o volume molar do metano e sua massa molar:

1
3
 0,16345g / cm 3  163,55Kg / cm 3
cm gmol
97,83 *
gmol 16 g

Logo, a massa específica do metano é de 163,55 Kg/cm3

Sabendo que:
Vazão Mássica = massa específica * velocidade * área perpendicular de escoamento
Então:
Kg Kg 
31  163 ,55 * v * * (30 ,48 cm) 2
s cm 3 4
v = 2,60 cm/s

Logo: a velocidade é de 2,60 cm/s

9) Medidas experimentais da pressão do CH4 em função da massa e temperatura são dadas na


tabela a seguir:

V, ml/gmol 320 320 320 640 640 640


T, oC 0 100 200 0 100 200
P, atm 60,13 92,24 121,81 32,297 46,474 60,486
Fonte: Keyes & Burks, 1927

Calcule as constantes das equações de VdW e de RK, a partir dos dados acima e as compare
com os obtidos à partir das propriedades críticas

17
Resolução
V, m3/mol 3,20 x 10 -4 3,20 x 10 -4 3,20 x 10 -4 6,40 x 10 -4 6,40 x 10 -4 6,40 x 10 -4

T, K 273 373 473 273 373 473

P, Pa 60,13 x 105 92,24 x 105 121,81 x 105 32,297 x 105 46,474 x 105 60,486 x 105

Tc = 191,05 K
Pc = 4640 kPa
Vc = 98,45 ml/mol
MMmethanol = 16 g/gmol
R = 8,314 m3 Pa mol-1 K-1

Calculo das constantes a e b pelas propriedades criticas:


27 (8,314) 2  (191,05) 2
2
27 R 2Tc
a 
64 Pc 64 4640000

Logo: a = 0,22837 m6 Pa mol-2

RTc 8,314 191,05


b 
8 Pc 8  4640000

Logo: b = 4,28 x 10-5 m3 mol-1

Calculando as constantes a e b pela equação de Van Der Waals:

RT a
P  2
v b v

Substituindo os valores das duas condições apresentadas na Tabela temos:


 8,314  273 a
60,13  10  2,64  10 3  b  (3,2  10  4 ) 2
5



32,297  10 5  8,314  273  a

 2,70  10  b (6,40  10  4 ) 2
4

Logo: a = -13,76 m6 Pa mol-2

Logo: b = 0,002 m3 mol-1

Os erros associados são:


a prop.crit.  avdw 0,22837  17,08
Erro de a   100  7379%
a prop.crit. 0,22837

18
b prop.crit.  bvdw 0,0000425  0,00263
Erro de b   100  6088%
b prop.crit. 0,0000425

 8,314  373 a
92,24  10  2,64  10 3  b  (3,2  10 4 ) 2
6



46,474  106  8,314  373  a

 2,70  10  b (6,40  10 4 ) 2
4

Logo: a = m6 Pa mol-2

Logo: b = m3 mol-1

Os erros associados são:


a prop.crit.  avdw 
Erro de a   100  %
a prop.crit.

b prop.crit.  bvdw 
Erro de b   100  %
b prop.crit.
 8,314  473 a
121,81  10 6
 
 2,64  10  b (3,2  10  4 ) 2
 3


60,486  10 6  8,314  473  a

 2,70  10  b (6,40  10  4 ) 2
4

Logo: a = m6 Pa mol-2

Logo: b = m3 mol-1

Os erros associados são:


a prop.crit.  avdw 
Erro de a   100  %
a prop.crit.

b prop.crit.  bvdw 
Erro de b   100  %
b prop.crit.

RT a
Calculando pela equação RK: P  

Vb

 
T 0,5 V V  b 
 
V, 3,20 x 10 -4 3,20 x 10 -4 3,20 x 10 -4 6,40 x 10 -4 6,40 x 10 -4 6,40 x 10 -4
3
m /mol
T, K 273 373 473 273 373 473

19
P, Pa 60,13 x 106 92,24 x 106 121,81 x 106 32,297 x 106 46,474 x 106 60,486 x 106

8,314  273 a
60 ,13  10 6  
4 0,5 4

3,2  10  b 273  3,2  10 3,2  10  4  b 
8,314  273 a
32 ,297  10 6  
6,4  10  b 273  6,4  10 6,4  10  4  b
4 0,5 4
 
Logo: a = m6 Pa mol-2

Logo: b = m3 mol-1

Os erros associados são:


a prop.crit.  avdw 
Erro de a   100  %
a prop.crit.

b prop.crit.  bvdw 
Erro de b   100  %
b prop.crit.

8,314  373 a
92 ,24  10 6  
4 0,5 4

3,2  10  b 373  3,2  10 3,2  10  4  b 
8,314  373 a
46 ,474  10 6  
6,4  10  b 373  6,4  10 6,4  10  4  b
4 0,5 4
 
Logo: a = m6 Pa mol-2

Logo: b = m3 mol-1

Os erros associados são:


a prop.crit.  avdw 
Erro de a   100  %
a prop.crit.

b prop.crit.  bvdw 
Erro de b   100  %
b prop.crit.

8,314  473 a
121,81  10 6  
3,2  10  b 473  3,2  10 3,2  10  4  b
4 0,5 4
 
8,314  473 a
60 ,486  10 6  
6,4  10  b 473  6,4  10 6,4  10  4  b
4 0,5 4
 
Logo: a = m6 Pa mol-2

Logo: b = m3 mol-1

20
10) Dados de equilíbrio líquido-vapor de soluções de dois líquidos levemente diferentes na
faixa entre 20 –100oC são poucos. À partir destes poucos dados se encontrou que a variação do
coeficiente de atividade limite ( convenção simétrica) com a temperatura pode ser representada
pela equação empírica:
 10,0
ln  
A  ln B  0,15  ,
T

o
ln  
Onde, T = C, e é o coeficiente de atividade a diluição infinita.

Estimar a entalpia de mistura de uma mistura equimolecular de A e B a 60 oC.

Resolução:

T  60o C ;
Mistura equimolecular, x1  x2  0,5 ;
Desejamos encontrar a entalpia H=?
  10 10
ln  A  ln  B  0,15   0,15 
T 60
 
ln  A  ln  B  0,3167
G E  RT  xi ln 
G E  RT (0,5 ln 0,3167  0,5 ln 0,3167 )
GE
 1,1498
RT
 GE 
H E  ( )
 T  RT 
RT  T 
  P , x

GE 
H E   RT  
 RT 

J
H E  8,314 333,15k (1,1498)
k.mol

J
H E  3184,73 .
mol

21

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