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2° LISTA DE EXERCÍCIO
Abril de 2012
Florianópolis - SC
Nas páginas a seguir são descritas as soluções dos 10 exercícios escolhidos da lista 2.
T, oC P, atm V, g/ml
140 10,84 0,01216
230 68,04 0,1187
À partir destes dados encontre os valores para as constantes da eq.de VdW e os compare dos
obtidos com as seguintes propriedades críticas que são: Tc = 512,6 K, Pc = 79,9 atm; Vc= 118
ml/gmol.
Resolução
Tc = 512,6 K
Pc = 79,9 atm = 8095867,5 Pa
Vc = 118 ml/mol
MMmethanol = 32 g/gmol
R = 8,314 m3 Pa mol-1 K-1
RT a
P 2
v b v
2
Substituindo os valores das duas condições apresentadas na Tabela temos:
8,314 413,15 a
1,10 10 2,64 10 3 b (2,64 10 3 ) 2
6
6,89 10 6 8,314 503,15 a
2,70 10 b (2,70 10 4 ) 2
4
a = 1,966266 m6 Pa mol-2
b = 1,46 x 10-4 m3 mol-1
x1 γ1 γ2 x1 γ1 γ2
0,0523 1,202 1,002 0,5637 1,120 1,102
0,1299 1,307 1,004 0,6469 1,076 1,170
0,2233 1,295 1,1006 0,7832 1,032 1,298
0,2764 1,228 1,024 0,8576 1,016 1,393
0,3482 1,234 1,022 0,9388 1,001 1,600
0,4187 1,180 1,049 0,9813 1,003 1,404
0,5001 1,129 1,092
A inspeção destes dados acima sugere que os mesmos são estranhos, mas a questão é saber se
eles possuem consistência termodinâmica e, na média, são corretos.
a) Encontre os valores experimentais para GE/RTx1x2 e faça gráficos com os valores
experimentais de ln γ1 e ln γ2
b) Aplique o teste da consistência sobre os dados e tire as conclusões.
3
Resolução
0,90
0,80
0,70
0,60
0,50
0,40
0,30
0,20
0,10
0,00
0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50
x
4
ln γ1 ln γ2 GE/RTx1x2
0,60
0,50
0,40
0,30
0,20
0,10
0,00
0,50 0,60 0,70 0,80 0,90 1,00
x
0,2
0,1
0,1
0,0
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5
x
Figura 3: Caso 1- Teste de consistência
0,6
0,4
0,2
0,0
-0,5 -0,4 -0,3 -0,2 -0,1 0,0
x
Figura 4: Caso 2- Teste de consistência.
5
Observando as Figuras 3 e 4, nota-se que a uma tendência de que a consistência seja
comprovada no caso 2, não podemos afirmar já que dispomos apenas de uma variação de 0,05 a
0,5, para x1, e não de 0 a 1 como exige o método.
Para reforçar esta constatação, visualizando as Figuras 1 e 2, nota-se uma tendência
linear da maioria dos pontos para, o termo GE/RTx1x2 no caso 2, e isto leva-nos a concluir que
a correlação mais apropriada para este termo é a dada por uma reta (Smith, J.M., 3° edição, pg
320).
a) T = 280 C e P = 20 bares;
Da tabela E.13 de Smith, Van Ness, Abbott pg. 754, encontramos os valores de :
6
Da tabela E.14 de Smith, Van Ness, Abbott pg. 755, encontramos os valores de :
Pr 0,4 0,5 0,6
Tr
1,3 1,0257 X1 1,0399
1,323
1,4 1,0304 X2 1,0471
7
A partir do coeficiente calculado, obtêm-se a fugacidade do isobutileno:
Da tabela E.15 de Smith, Van Ness, Abbott pg. 756, encontramos os valores de :
Pr 2 2,5 3
Tr
1,3 0,7345 X1 0,6383
1,323
1,4 0,7925 X2 0,7145
Da tabela E.16 de Smith, Van Ness, Abbott pg. 757, encontramos os valores de :
Pr 2 2,5 3
Tr
1,3 1,776 X1 1,2853
1,323
1,4 1,1858 X2 1,2942
8
Os valores X1, X2 e são obtidos por interpolação linear:
9
( )
( )
( )
( )
( ) ( ( ) ( ))
5) A pressão de vapor de substâncias puras pode ser estimada pela equação de Antoine, a qual
possui a seguinte expressão:
Bo
log P o Ao (1)
Co T
Onde: Po = pressão de vapor, em atm; Ao, Bo, Co, são constantes empíricas adimensionais e T
= temperatura do ponto de ebulição, K
Para o sistema acetona (A) e metanol (B), as constantes de Antoine, são dadas na tab. a
anterior. Assumindo que a lei de Raoult se aplica a este sistema, faça o gráfico do ponto de
ebulição isotérmico para a mistura acetona-metanol a 60 oC.
Resolução
TC (acetona)= 329,4 K
TC (metanol)= 337,9 K
10
Substituindo estes valores mais com os valores apresentados na tabela na equação (1),
as pressões de vapor (à 60°C) para cada componente de:
∑ ( )
( )
( ) ( )
( )
Como exemplo será realizado um cálculo para determinação do y1, sendo posteriormente
apresentado alguns valores na tabela para a confecção do gráfico.
11
Pressão de vapor a temperatura de 60ºC
1,2
x1 y1
1,2
1,1
1,1
P0 (atm)
1,0
1,0
0,9
0,9
0,8
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0
xacetona, yacetona
6) O azeótropo do sistema etanol-benzeno tem uma composição de 44,8 mol % de etanol com
um ponto de ebulição de 68,24oC a 760mmHg. A pressão de vapor do benzeno puro é de
517mmHg, e a do etanol puro é de 506 mmHg. Calcular as constantes de Van Laar para o
sistema e avaliar os coeficientes de atividade de uma solução que contem 10 moles % de
etanol.
Resolução:
12
2
A12 x2
log 1 2
A12
x1 x2
A21
A12
C
A21
B A12
B
log 1 2
C.x1
1
x2
2
A21 x1
log 2 2
A21
x2 x1
A12
BC
log 2 2
x
C 2
x1
B
log 1,502 2
C.0,448
1
0,552
0,1767(1 0,8116C) 2
B
B 0,1767(1 1,6232 C 0,6587 C 2 )
B 0,116C 2 0,2868C 0,1767
BC
log 1,470 2
0,552
C
0,448
0,1673 (C 1,232 ) 2
B
C
Igualando as duas expressões de B, temos:
0,1673 (C 1,232 ) 2
0,1164C 0,2868 C 0,1767
2
C
0,1164C 0,2868 C 0,1767 C 0,1673 (C 2 2,464 C 1,5178 )
3 2
C=1,4373.
B A12 0,8294
A12 0,8294
C 1,4373
A 21 A 21
A 21 0,577 .
Queremos encontrar, 1 , 2 ?
x1 0,10 y1
x2 0,9 y2
No azeótropo x=y
x1. 1.P1
y1
0,1.101325
1
0,1.67461 ,118
1 1,502 .
x2 . 2 .P2
y2
0,9.101325
2
0,9.68927 ,66
2 1,470 .
14
7) Deseja-se transportar o gás Boliviano de Oruro até o Morro da Fumaça por um gasoduto. O
gás que é essencialmente CH4 puro entra na tubulação com uma velocidade mássica de 31,
kg/s, com uma pressão de 210,93 kgf/cm2 e a uma temperatura de 18,3o C O diâmetro interno
da tubulação é de 30,48 cm. Supondo que o gás obedeça à equação RK, calcular: a massa
específica do gás na entrada da tubulação (kg/cm3) e sua velocidade inicial (cm/s).
Resolução:
Pelo livro Introduction to Chemical Engineering Thermodynamics (SMITH et al., 1996)o peso
molecular do CH4 é 16,043g/gmol, e em 1 segundo temos 31Kg de metano, considerando a
base de cálculo de 1 segundo podemos encontrar o número de mols:
m 31000 g
n 1932 ,3069 mol
PM 16 ,043 g / gmol
RT a
Equação RK: P (1)
V b T V V b
0,5
As constantes a e b são dadas pelas seguintes expressões:
2,5
0,4278R 2Tc
a (2)
Pc
0,08664 RTc
b (3)
Pc
As expressões (1), (2) e (3) foram retiradas do livro Introduction to Chemical Engineering
Thermodynamics (SMITH et al., 1996), página 78. Os valores de Tc e Pc para o metano foram
obtidos do Apêndice A de (REID et al., 1987), e valem:
Tc 190 ,7 K e Pc 45,8 atm
A qual será resolvida por método iterativo.
15
cm 3
V i 1 100 ,603
mol
cm 3
Utilizando agora o valor: V i 1 97 ,6301
mol
cm 3
Mais uma iteração: V i 1 97 ,1206
mol
cm 3
Novamente: V i 1 97 ,0349
mol
cm 3
Continuando: V i 1 97 ,0205
mol
cm 3
Por fim: V i 1 97 ,0151 (valor final)
mol
3,14 *
2
8) Estimar a massa específica da amônia na fase gasosa contida num cilindro. A temperatura do
gás é de 200o C e a pressão de 200 atm. Considerar que a amônia obedece nestas condições: a)
a lei do gás ideal; b) à equação do fator de compressibilidade; c) à equação RK.
Resolução
Metano puro
Vazão mássica: 31 Kg/s
Pressão:
210,93 Kgf/cm2 = 206,84 bar
Temperatura=18,3ºC = 291,45 K
Diâmetro interno da tubulação: 30,48 cm
Temperatura crítica para metano:190,6 K
Pressão crítica para metano: 45,99 bar
Constante dos gases: R = 83,14 cm3 bar/ mol K
Massa molar do metano = 16 g/gmol
16
Sendo as constantes a e b da equação de RK:
0,42748R 2 Tc2,5
a
Pc
0,08664 RT c
b
Pc
1
3
0,16345g / cm 3 163,55Kg / cm 3
cm gmol
97,83 *
gmol 16 g
Sabendo que:
Vazão Mássica = massa específica * velocidade * área perpendicular de escoamento
Então:
Kg Kg
31 163 ,55 * v * * (30 ,48 cm) 2
s cm 3 4
v = 2,60 cm/s
Calcule as constantes das equações de VdW e de RK, a partir dos dados acima e as compare
com os obtidos à partir das propriedades críticas
17
Resolução
V, m3/mol 3,20 x 10 -4 3,20 x 10 -4 3,20 x 10 -4 6,40 x 10 -4 6,40 x 10 -4 6,40 x 10 -4
P, Pa 60,13 x 105 92,24 x 105 121,81 x 105 32,297 x 105 46,474 x 105 60,486 x 105
Tc = 191,05 K
Pc = 4640 kPa
Vc = 98,45 ml/mol
MMmethanol = 16 g/gmol
R = 8,314 m3 Pa mol-1 K-1
RT a
P 2
v b v
32,297 10 5 8,314 273 a
2,70 10 b (6,40 10 4 ) 2
4
18
b prop.crit. bvdw 0,0000425 0,00263
Erro de b 100 6088%
b prop.crit. 0,0000425
8,314 373 a
92,24 10 2,64 10 3 b (3,2 10 4 ) 2
6
46,474 106 8,314 373 a
2,70 10 b (6,40 10 4 ) 2
4
Logo: a = m6 Pa mol-2
Logo: b = m3 mol-1
b prop.crit. bvdw
Erro de b 100 %
b prop.crit.
8,314 473 a
121,81 10 6
2,64 10 b (3,2 10 4 ) 2
3
60,486 10 6 8,314 473 a
2,70 10 b (6,40 10 4 ) 2
4
Logo: a = m6 Pa mol-2
Logo: b = m3 mol-1
b prop.crit. bvdw
Erro de b 100 %
b prop.crit.
RT a
Calculando pela equação RK: P
Vb
T 0,5 V V b
V, 3,20 x 10 -4 3,20 x 10 -4 3,20 x 10 -4 6,40 x 10 -4 6,40 x 10 -4 6,40 x 10 -4
3
m /mol
T, K 273 373 473 273 373 473
19
P, Pa 60,13 x 106 92,24 x 106 121,81 x 106 32,297 x 106 46,474 x 106 60,486 x 106
8,314 273 a
60 ,13 10 6
4 0,5 4
3,2 10 b 273 3,2 10 3,2 10 4 b
8,314 273 a
32 ,297 10 6
6,4 10 b 273 6,4 10 6,4 10 4 b
4 0,5 4
Logo: a = m6 Pa mol-2
Logo: b = m3 mol-1
b prop.crit. bvdw
Erro de b 100 %
b prop.crit.
8,314 373 a
92 ,24 10 6
4 0,5 4
3,2 10 b 373 3,2 10 3,2 10 4 b
8,314 373 a
46 ,474 10 6
6,4 10 b 373 6,4 10 6,4 10 4 b
4 0,5 4
Logo: a = m6 Pa mol-2
Logo: b = m3 mol-1
b prop.crit. bvdw
Erro de b 100 %
b prop.crit.
8,314 473 a
121,81 10 6
3,2 10 b 473 3,2 10 3,2 10 4 b
4 0,5 4
8,314 473 a
60 ,486 10 6
6,4 10 b 473 6,4 10 6,4 10 4 b
4 0,5 4
Logo: a = m6 Pa mol-2
Logo: b = m3 mol-1
20
10) Dados de equilíbrio líquido-vapor de soluções de dois líquidos levemente diferentes na
faixa entre 20 –100oC são poucos. À partir destes poucos dados se encontrou que a variação do
coeficiente de atividade limite ( convenção simétrica) com a temperatura pode ser representada
pela equação empírica:
10,0
ln
A ln B 0,15 ,
T
o
ln
Onde, T = C, e é o coeficiente de atividade a diluição infinita.
Resolução:
T 60o C ;
Mistura equimolecular, x1 x2 0,5 ;
Desejamos encontrar a entalpia H=?
10 10
ln A ln B 0,15 0,15
T 60
ln A ln B 0,3167
G E RT xi ln
G E RT (0,5 ln 0,3167 0,5 ln 0,3167 )
GE
1,1498
RT
GE
H E ( )
T RT
RT T
P , x
GE
H E RT
RT
J
H E 8,314 333,15k (1,1498)
k.mol
J
H E 3184,73 .
mol
21