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O TEXTO NO RÁDIO, extraído do Manual de Jornalismo da Jovem Pan.

- A força da linguagem

Energia é fundamental, a frase exata, deixar de lado palavras desnecessárias e dispensar


apelos, adjetivos e advérbios inúteis.

- A força das palavras

Use sempre a palavra mais cheia de significado.

- A força do assunto

Não precisa ser espetacular, apenas esclarecer.

- A força do lead (lide/pirâmide invertida)

- A força dos argumentos

Todas as informações devem ser fundamentadas.

- A força do arremate

Frase-resumo/exclamação/interrogação/protesto/ironia/frase poética.

- A linguagem invocativa

É preciso aproximar o ouvinte da informação com uma linguagem natural, informal e simples.

O ouvinte precisa sentir que é para ele que o locutor fala. É preciso se pôr no lugar de quem
ouve.

Abaixo a pieguice (excesso de sentimentalismo), atenha-se a descrever as situações e fatos.

- A linguagem agradável aos ouvidos

Preocupação com a nitidez da informação e a correção da linguagem devem prevalecer!

Escreva com simplicidade e atrativos/de forma criativa/com desembaraço e prazer.

● Variação de palavras e expressões


Incorpore novas palavras que não prejudiquem o entendimento do texto.
Faça combinações inusitadas e fuja de frases estereotipadas.
● Poder de síntese
Seja exato, com força e clareza, busque o equilíbrio e a sobriedade.
● Figuras de estilo
Pense sempre na nitidez e use quando for conveniente: comparações/antíteses ou
palavras opostas/exclamações/interrogações/gradação de
ideias/ironia/personificação.

- Clichê

Chavão ou lugar comum só funciona no texto de rádio como piada ou jogo de palavras. Só use
nesses casos, pois no noticiário corresponde a pobreza de vocabulário e desejo de falar como
um intelectual.
- Vícios de linguagem

Repetição

- Neologismo

- Sonoridade

● Escreva falando em voz alta para sentir o efeito sonoro do texto.


● O singular soa melhor que o plural, pois muitas vezes indica o conjunto, porém, nem
sempre o singular indica o conjunto e pode confundir.
● O tempo presente do verbo deve substituir o tempo passado e o tempo futuro, com a
ausência de artigos e pronomes dispensáveis, tudo para favorecer a síntese.
● Simplifique as formas verbais.
● Varie o ritmo e a entonação.
● Mantenha uma distância entre as palavras que se repetem.
● Não fale na primeira pessoa do singular. Use a primeira do plural.
● Evite redundâncias.

- O que também evitar

● Evite repetir o que.


● Os pronomes cujo, cuja.
● Artigo um diante de palavras que já indicam indefinição.
● Construir frases com palavras que enfraquecem outras palavras.
● Unir duas palavras que se contradizem.
● Cacófatos.
● Hiatos.
● Eco.
● Sequências de consoantes.

Não cair em um radicalismo gramático que possa comprometer a naturalidade da fala e não
aceitar construções frasais com problemas do ponto de vista sonoro.

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