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O Monólogo é um tipo de texto que é interpretado ou enunciado por apenas uma pessoa.
Dessa forma, o discurso é feito para si próprio, de modo que o público, leitores ou ouvintes têm a
sensação de ler o pensamento do seu intérprete.
Uma peça teatral pode ser ela toda um monólogo, como também pode ser apenas parte de
uma encenação em que estão, ou não, presentes outros personagens. No momento do
monólogo, se mais atores estiverem em cena não conversam entre si.
CLASSIFICAÇÃO DE MONÓLOGO
Embora o monólogo não seja exclusivo do teatro, é muito frequente o associarmos ao gênero
dramático.
Nesse sentido, o monólogo exterior seria o monólogo técnico, enquanto o monólogo lírico e de
reflexão, seria uma referência ao monólogo interior.
O monólogo exterior é quando o ator fala se dirigindo para a sua plateia, já o monólogo
interior (mais popular nas apresentações teatrais) consiste na reflexão do personagem com ele
próprio. Este último tipo de monólogo também é conhecido como solilóquio.
- Entenda o que motiva as ações e decisões da personagem, isso faz você visualizar quais as
reações que seu personagem teria ao ser exposto à diversas situações.
- Cuidado para não perder o tom e criar várias personalidades para a mesma personagem
(exceto se a peça exigir isso).
- Conheça o seu personagem tão bem como a si mesmo. Torne-o real, gente como a gente, e
não apenas uma interpretação.
- Se o personagem é baseado em uma pessoa real, pesquise tudo que puder sobre ela. De
qualquer forma, todo personagem pede uma pesquisa sobre a época e o lugar em que viveu e os
acontecimentos históricos que marcaram esse período.
- Para estar seguro ao atuar, é preciso concentrar-se no se personagem e saber as falas de cor e
salteado.
- Quando se está nervoso, é fácil esquecer ou confundir as falas. Para evitar fazer feio no palco
ou em frente das câmeras, estude suas falas a ponto de poder recitá-las sem apoio do script.
- Leia suas falas todas os dias. Assim que conseguir decorá-las, experimente recitá-las para si
mesmo sem nem mesmo olhar para o roteiro.
- Peça a ajuda de amigos ou familiares para praticar as falas. É uma forma de decorar tanto as
palavras como o contexto e o momento certo de dizê-las.
- A vantagem de estudar e decorar as falas, é que caso o seu parceiro de cena esqueça o texto,
você vai conseguir disfarçar o erro.
- Pratique as falas, em frente ao espelho, do jeito que pretende fazer no palco. Experimente
diferentes maneiras de dizer a mesma coisa para observar o efeito que a fala causaria no público
e qual seria a mais autêntica e verdadeira.
2) MOVIMENTO E VOZ
APRENDA A RELAXAR.
- O ator precisa entender como utilizar o seu "território" e a ter domínio sobre o palco.
- Ao atuar, você não trabalha apenas com a voz e o rosto. Deve-se entregar literalmente de corpo
e alma.
- Sinta-se à vontade para inventar trejeitos para o personagem.
- Se for permitido, saia um pouco do script! Improvise, invente, use a criatividade!
- Tente imaginar como o seu personagem agiria na vida real. Imagine como ele se comportaria
em uma sala de espera do consultório médico, por exemplo.
- É preciso falar um pouco mais alto do que você falaria normalmente, para que a plateia possa
ouvi-lo em alto e bom som.
- Não há nada mais irritante para o público, do que ver o ator falando e só pegar uma em cada
três palavras da personagem.
- Porém não precisa exagerar e falar como um político gritando no palanque, o objetivo é entoar
bem a voz e pronunciar claramente as palavras.
- Evite ficar murmurando ou falando como se a plateia estivesse bem ao seu lado.
- Quando estiver em uma peça teatral, lembre-se de que as pessoas sentadas nas últimas fileiras
precisam ouvi-lo.
- É necessário ficar com a postura correta, projetar a sua voz e ficar com o corpo discretamente
virado para a plateia.
- Evite falar rápido demais. Nada pior do que um ator que embola as falas.
- Fale de forma clara, principalmente o final das palavras, o qual tende a ser “comido” ou a se
perder acusticamente.
- Concentre-se para pronunciar todas as consoantes presentes nas falas. Dessa forma, você
acaba desacelerando o discurso e, ao mesmo tempo, fica mais fácil para a plateia entender suas
falas.
- Só tome cuidado para não exagerar ao enunciar as palavras afim de evitar parecer artificial
(como se estivesse fazendo um vídeo didático para crianças, por exemplo)
- Outro risco ao pegar pesado na enunciação é ficar com a atuação carregada demais, quase
canastrona.
- Se não souber se está exagerando ou não, pergunte ao diretor e aos seus colegas.
- Mesmo que ele não tenha sotaque, há outros aspectos a serem levados em conta que podem
não estar no script.
- Leve em conta a idade, raça, status social, crenças e a renda do personagem.
- Analise com cuidado as suas falas e use o bom-senso para avaliar o que é verossímil ao sair da
boca do personagem.
- Experiência: uma vez li um livro que tinham dois personagens em destaque, um era o Nerd da
sala, e o outro era o maloqueiro do fundão, eles se tornaram amigos, e o Nerd passou a ajudar o
amigo a não reprovar. A voz que o autor colocou no Nerd era um discurso refinado, com palavras
corretas, sem gírias, com argumentos eloquentes, porém ele colocou a mesma voz para o
maloqueiro, e isso estragou a experiência da leitura, pois não era verossímil a postura do
maloqueiro. Ou seja, o autor colocou a sua própria voz, e não pensou nas vozes dos
personagens.