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APOSTILA DE PORTUGUÊS

PROFESSORA RENATA TOSETTO

CONTATOS: retosetto@hotmail.com

(12) 99723-0425 (whatsapp)

1
CONTEÚDO PÁGINA
INTERPRETAÇÃO, SEMÂNTICA e TIPOLOGIA TEXTUAL 3

REGRAS de ACENTUAÇÃO 14

USO DOS PORQUÊS 20

CRASE 22

CONJUNÇÃO 26

ADVÉRBIO 29

PRONOME 31

COLOCAÇÃO PRONOMINAL 42

REGÊNCIA VERBAL 47

REGÊNCIA NOMINAL 52

VERBO 55

CONCORDÂNCIA NOMINAL 74

CONCORDÂNCIA VERBAL 78

PONTUAÇÃO 91

SINTAXE 98

GÊNEROS TEXTUAIS 122

FUNÇÕES DA LINGUAGEM 125

ESTILÍSTICA – FIGURAS DE LINGUAGEM 127

VÍCIOS DE LINGUAGEM 131

HOMÔNIMOS E PARÔNIMOS 132

FUNÇÕES DAS PALAVRAS “SE/ COMO/ QUE” 134

SEPARAÇÃO SILÁBICA 139

2
INTELECÇÃO TEXTUAL
Podemos, tranquilamente, ser bem-sucedidos numa interpretação de texto.
Para isso, devemos observar o seguinte:

1. Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto;


2. Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura, vá até o fim,
ininterruptamente;
3. Ler com perspicácia, sutileza, malícia nas entrelinhas;
4. Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar;
5. Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do autor;
6. Partir o texto em pedaços (parágrafos, partes) para melhor compreensão;
7. Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo, parte) do texto
correspondente;
8. Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada questão;
9. Cuidado com os vocábulos: destoa (=diferente de), não, correta, incorreta,
certa, errada, falsa, verdadeira, exceto, e outras palavras que aparecem nas
perguntas e que, às vezes, dificultam o entendimento do que se perguntou e
do que se pediu;
10. Quando duas alternativas lhe parecem corretas, procurar a mais exata ou a
mais completa;
11. Não se deve procurar a verdade exata dentro daquela resposta, mas a
opção que melhor se enquadre no sentido do texto;
12. Às vezes, a etimologia ou a semelhança das palavras denuncia a resposta;
13. Procure estabelecer quais foram as opiniões expostas pelo autor, definindo
o tema e a mensagem;
14. O autor defende ideias e você deve percebê-las;
15. Os adjetivos ligados a um substantivo vão dar a ele maior clareza de
expressão, aumentando-lhe ou determinando-lhe o significado.

Nota: Diante do que foi dito, mude o modo de pensar, pois a interpretação não
depende de cada um, mas, sim, do que está escrito. "O que está escrito,
escrito está."

3
A tente-se sempre ao enunciado – segundo o texto, conforme o texto,
segundo o autor, de acordo com o autor (texto) – nestes casos,
sempre VOLTE ao texto e analise cada ALTERNATIVA da questão. Não
deixe a preguiça enganá-lo, ou seja, RETORNE ao texto todas as vezes que
forem necessárias.

F ique atento às palavras: NÃO, AINDA, APESAR DE, ÀS VEZES, SOMENTE,


ESPECIALMENTE, NUNCA, JAMAIS, CERCA DE etc. Elas “induzem” o
candidato ao erro, pois levam à contradição, ou seja, o texto diz algo e
a alternativa apresenta outro fato.

S e o enunciado apresentar: SEGUNDO O TEXTO... Aprenda a respeitá-lo,


busque a informação no texto, não coloque o “eu” na resposta, mesmo
que você domine o assunto apresentado, não se deixe enganar. A
resposta deve estar no texto, mesmo que sejam usados SINÔNIMOS ou
palavras que exprimam a mesma IDEIA. Você deve retornar ao texto.

ATENÇÃO AO ENUNCIADO:

INFERE-SE;

DEPREENDE-SE;

SUBENTENDE-SE;

PERMITE-SE CONCLUIR A PARTIR DA LEITURA DO TEXTO;

SEGUNDO AS IDEIAS DO TEXTO;

DE ACORDO COM O CONTEXTO.

4
SEMÂNTICA e ESTILÍSTICA

LINGUAGEM VERBAL – PALAVRAS (escritas ou faladas)


“Amor é um fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer”

LINGUAGEM NÃO VERBAL – desenhos, imagens, gráficos, tabelas,


sinais, gestos, cores, expressões corporais ou faciais, códigos...

SENTIDO DENOTATIVO – expressões ou palavras apresentadas com


significado real, próprio, literal (sentido verdadeiro).

Todos os dias, várias pessoas perdem documentos e não mais os encontram.

Havia pedras no meio do caminho, tropecei nelas.

Ele tem problemas cardíacos, necessita de uma cirurgia no coração.

5
SENTIDO CONOTATIVO – expressões ou palavras apresentadas com
significado figurado, dependendo do contexto em que são empregadas.

Você tem um coração de pedra.

Ao abrir o jornal, tropecei naquela bela reportagem.

Quero abrir meu coração e dizer que sou apaixonada por você!

AMBIGUIDADE – A função da ambiguidade é sugerir significados


diversos para uma mesma mensagem. Embora funcione como recurso
estilístico, a ambiguidade também pode ser um vício de linguagem, que decorre
da má colocação da palavra na frase. Nesse caso, deve ser evitada, pois
compromete o significado da oração.

Exemplo: "Calheiros participou da reunião ministerial com FHC no Palácio do


Planalto, na qual ele voltou a pedir unidade no governo.
Comentário: A frase acima é ambígua porque não deixa claro quem voltou a
pedir unidade no governo - Calheiros ou FHC?

Exemplo: "Meu pai voltou para seu país arrasado."


Comentário: A ambiguidade na frase acima está no fato de que não se sabe
quem estava arrasado: o pai ou o país?

Exemplo: "Ela pegou o bebê e o suco; colocou-o na geladeira."


Comentário: A ambiguidade na frase acima está no pronome oblíquo “o”, que
pode tanto se referir ao bebê quanto ao suco.

Exemplo: "O senador levou a secretária para sua casa."


Comentário: A ambiguidade na frase acima está no fato de que não se sabe
de quem era a casa: do senador ou da secretária? É o pronome possessivo que
causa a duplicidade de interpretação.

6
CHARGE – Estilo de ilustração que tem por finalidade satirizar, por meio de
uma caricatura, algum acontecimento atual com uma ou mais personagens
envolvidas. A palavra é de origem francesa e significa carga, ou seja, exagera
traços do caráter de alguém ou de algo para torná-lo burlesco. Muito utilizada
em críticas políticas no Brasil. Mais do que um simples desenho, a charge é
uma crítica político-social, na qual o artista expressa graficamente sua visão
sobre determinadas situações cotidianas por meio do humor e da sátira. Para
entender uma charge, não é preciso ser necessariamente uma pessoa culta,
basta estar por dentro do que acontece ao seu redor. A charge tem um alcance
maior do que um editorial, por exemplo, por isso a charge, como desenho
crítico, é temida pelos poderosos. Não é à toa que quando se estabelece
censura em algum país, a charge é o primeiro alvo dos censores.

7
SEMÂNTICA
A semântica estuda o significado, o sentido, o contexto das palavras.

Conhecer o significado das palavras é importante, pois só assim o falante ou


escritor será capaz de selecionar a palavra certa para construir a sua
mensagem.

Por esta razão, é importante conhecer fatos linguísticos como: sinônimos,


antônimos, homônimos, parônimos, polissemia, denotação,
conotação.

SINONÍMIA – É a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais


que apresentam significados iguais ou semelhantes - SINÔNIMOS.
Cômico – engraçado
Débil - fraco, frágil
Distante - afastado, remoto

ALGUNS SINÔNIMOS:
Admoesta – perdão, isenção, prevenção, repreensão, aviso.
A despeito de – apesar de, embora, mesmo que.
Alarido – confusão, algazarra, farra.
Alcunha – apelido.
Âmago – parte muito interior, cerne.
Ardiloso – manhoso, esperto.
Arroubo – entusiasmo, fervor, encanto.
Balbúrdia – baderna, bagunça, confusão.
Belicoso – que incita à guerra.
Conquanto – embora, apesar, não obstante.
Curra – abuso sexual, estupro com a participação de várias pessoas.
Dessarte ou destarte – sendo assim, desse modo, desta forma.
Dilapidar – desperdiçar, estragar, destruir.
Dândi – que procura se vestir com elegância.
Engodar – mentir, enganar.
Esdrúxulo – esquisito, estranho, diferente.
Falácia – mentira, engodo.
Fenecimento – fim, término.
Fugaz – passageiro, que passa rápido.
Fleumático – imperturbável, frio, impassível.
Frugal – simples.
Imbróglio – confusão, bagunça, mixórdia.
Ígneo – próprio do fogo.
Ignóbil – sem caráter, vergonhoso.
Insolente – desaforado, desagradável.
Irrupção – entrada violenta, pancada forte.

8
Incólume – intacto.
Inócuo – inofensivo.
Jaez – tipo, categoria.
Janota – bem vestida.
Justapor – colocar perto.
Loquaz – falador.
Ojeriza – asco, nojo.
Pachorrento – calmo, sereno, acomodado.
Pacóvio – imbecil, tolo, ignorante.
Parco – moderado, econômico, diminuto.
Pedante – nojento, exibido, audacioso.
Pejorativo – torpe, ruim, negativo, desagradável.
Perdulário – que gasta mais.
Perene – que dura muito, imortal.
Permuta – troca, câmbio.
Pernóstico – pretensioso, esnobe.
Petiz – criança, adolescente.
Perscrutar – vasculhar, procurar, revirar.
Pândego – feliz, alegre.
Pérfido – cruel, traidor, desgraçado.
Recôndito – escondido, encoberto, secreto, oculto.
Rubicundo – avermelhado.
Sumidade – personalidade importante, sábio.
Suscitar – fazer surgir, encorajar, provocar.
Tergiversar – desculpar-se, rodeios, evasivas.
Taciturno – calado.
Tênue – fraco, frágil.
Veneta – ataque, acesso de loucura.

ANTONÍMIA – É a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais


que apresentam significados diferentes, contrários, antitéticos, antagônicos,
adversos - ANTÔNIMOS.
Economizar e gastar
Bem e mal
Bom e ruim, mau
Ordem e anarquia
Soberba e humildade
Louvar e censurar
Bendizer e maldizer
Simpático e antipático
Progredir e regredir
Concórdia e discórdia
Comunista e anticomunista
Simétrico e assimétrico

9
POLISSEMIA – É a propriedade que uma mesma palavra tem de
apresentar vários significados.

Ele ocupa um alto posto na empresa.

Abasteci meu carro no posto da esquina.

Os convites eram de graça.

Os fiéis agradecem a graça recebida.

TIPOLOGIA TEXTUAL
TEXTO DESCRITIVO/ DESCRIÇÃO

Descrever é representar verbalmente um objeto, uma pessoa, um lugar,


mediante a indicação de aspectos característicos, de pormenores
individualizantes.
Requer observação cuidadosa, para tornar aquilo que vai ser descrito um
modelo inconfundível.
Não se trata de enumerar uma série de elementos, mas de captar os traços
capazes de transmitir uma impressão autêntica.
Descrever é mais que apontar, é muito mais que fotografar. É pintar, é criar.
Por isso, impõe-se o uso de palavras específicas, exatas (ADJETIVOS).

“Era alto , magro, vestido todo de preto, com o pescoço entalado num
colarinho direito. O rosto aguçado no queixo ia-se alargando até à calva, vasta
e polida, um pouco amolgado no alto; tingia os cabelos que de uma orelha à
outra lhe faziam colar por trás da nuca - e aquele preto lustroso dava, pelo
contraste, mais brilho à calva; mas não tingia o bigode; tinha-o grisalho, farto,
caído aos cantos da boca. Era muito pálido; nunca tirava as lunetas escuras.
Tinha uma covinha no queixo, e as orelhas grandes muito despegadas do
crânio.” (Eça de Queiroz - O Primo Basílio)

10
TEXTO NARRATIVO/ NARRAÇÃO

Narração é um relato organizado de acontecimentos reais ou imaginários.


São seus elementos constitutivos: personagens, circunstâncias, ação; o seu
núcleo é o incidente, o episódio, e o que a distingue da descrição é a presença
de personagens atuantes, que estão quase sempre em conflito.

Tragédia brasileira – Manuel Bandeira


Misael, funcionário da Fazenda, com 63 anos de idade. Conheceu Maria
Elvira na Lapa — prostituída com sífilis, dermite nos dedos, uma aliança
empenhada e os dentes em petição de miséria. Misael tirou Maria Elvira da
vida, instalou-a num sobrado no Estácio, pagou médico, dentista, manicura...
Dava tudo quanto ela queria.
Quando Maria Elvira se apanhou de boca bonita, arranjou logo um
namorado. Misael não queria escândalo. Podia dar uma surra, um tiro, uma
facada. Não fez nada disso: mudou de casa. Viveram três anos assim.
Toda vez que Maria Elvira arranjava namorado, Misael mudava de casa. Os
amantes moraram no Estácio, Rocha, Catete, Rua General Pedra, Olaria,
Ramos, Bom Sucesso, Vila Isabel, Rua Marquês de Sapucaí, Niterói, Encantado,
Rua Clapp, outra vez no Estácio, Todos os Santos, Catumbi, Lavradio, Boca do
Mato, Inválidos... Por fim, na Rua da Constituição, onde Misael, privado de
sentidos e inteligência , matou-a com seis tiros, e a polícia foi encontrá-la caída
em decúbito dorsal, vestida de organdi azul.

O quê? Romance conturbado, que resulta em crime passional.


Quem? Misael e Maria Elvira.
Como? O envolvimento inconsequente de um homem de 63 anos com uma
prostituta.
Onde? Lapa, Estácio, Rocha, Catete e outros lugares.
Quando? Duração do relacionamento: três anos.
Por quê? Promiscuidade de Maria Elvira.

A NARRAÇÃO ENVOLVE:
I. Quem? Personagem;
II. Quê? Fatos, enredo;
III. Quando? A época em que ocorreram os acontecimentos;
IV. Onde? O lugar da ocorrência;
V. Por quê? A causa dos acontecimentos;
VI. Narrador – 3ª pessoa ou 1ª pessoa “eu” ou “nós” (narrador-personagem).

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TEXTO DISSERTATIVO/ DISSERTAÇÃO

Dissertar é apresentar ideias, analisá-las, é estabelecer um ponto de vista


baseado em argumentos lógicos; é estabelecer relações de causa e efeito.
Aqui não basta expor, narrar ou descrever, é necessário explanar e explicar.
O raciocínio é que deve imperar neste tipo de composição, e quanto maior a
fundamentação argumentativa, mais brilhante será o desempenho.

“ Para a maioria das pessoas, os assaltantes, assassinos e traficantes que


possam ser encontrados em uma rua escura da cidade são o cerne do problema
criminal. Mas os danos que tais criminosos causam são minúsculos quando
comparados com os de criminosos respeitáveis, que vestem colarinho branco e
trabalham para as organizações mais poderosas.
Estima-se que as perdas provocadas por violações das leis antitrust — apenas
um item de uma longa lista dos principais crimes do colarinho branco — sejam
maiores que todas as perdas causadas pelos crimes notificados à polícia em
mais de uma década, e as relativas a danos e mortes provocadas por esse
crime apresentam índices ainda maiores.
A ocultação, pela indústria do asbesto (amianto), dos perigos representados por
seus produtos provavelmente custou tantas vidas quanto as destruídas por
todos os assassinatos ocorridos nos Estados Unidos da América durante uma
década inteira; e outros produtos perigosos, como o cigarro, também
provocam, a cada ano, mais mortes do que essas.”
James William Coleman. A elite do crime. 5.ª ed., São Paulo:
Manole, 2005, p. 1 (com adaptações).

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TEXTO INJUNTIVO/ INJUNÇÃO

A injunção indica como realizar uma ação; aconselha. É também utilizado


para predizer acontecimentos e comportamentos.
Utiliza linguagem objetiva e simples. Os verbos são, na sua maioria,
empregados no modo imperativo.
-manual de instruções;
-texto de autoajuda;
-receitas culinárias;
-cláusulas de contratos;
-receita de médico;
-artigos da Constituição, etc.

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ACENTUAÇÃO GRÁFICA

Acento tônico/ gráfico

Sílaba tônica- A sílaba proferida com mais intensidade que as outras é a


sílaba tônica. Esta possui o acento tônico, também chamado acento de
intensidade ou prosódico. Nem sempre a sílaba tônica recebe acento gráfico.

Não confunda acento tônico com acento gráfico. O acento tônico está
relacionado com intensidade de som e existe em todas as palavras com duas ou
mais sílabas. O acento gráfico existirá em apenas algumas palavras e será
usado de acordo com regras de acentuação.

Classificação das palavras quanto à sílaba tônica

Quanto à posição da sílaba tônica, as palavras classificam-se em:

a) oxítonas: a sílaba tônica é a última sílaba da palavra.


Exemplos: ma-ra-cu-já, ca-fé, re-com-por.

b) paroxítonas: a sílaba tônica é a penúltima sílaba da palavra.


Exemplos: ca-dei-ra, ca-rá-ter, me-sa.

c) proparoxítonas: a sílaba tônica é a antepenúltima sílaba da palavra.


Exemplos: sí-la-ba, me-ta-fí-si-ca, lâm-pa-da.

Nem sempre a sílaba tônica vem indicada com acento gráfico. Dessa forma, é
fundamental distinguir o acento tônico do acento gráfico.

Acento tônico é o acento da fala; marca a maior intensidade na pronúncia de


uma sílaba.

Acento gráfico é o sinal utilizado, em algumas palavras, para indicar a sílaba


tônica.

14
Acentuação gráfica

1. Regras gerais:

Para acentuar corretamente as palavras, convém observar as seguintes regras:

1.1. PROPAROXÍTONAS

Todos os vocábulos proparoxítonos são acentuados.


Exemplos: árvore, metafísica, lâmpada, pêssego, quiséssemos, África, Ângela.

1.2. PAROXÍTONAS

São acentuados os vocábulos paroxítonos terminados em:

i(s): júri, júris, lápis, tênis.


us: vírus, bônus.
um/uns: álbum, álbuns.
r: caráter, mártir, revólver.
x: tórax, ônix, látex.
n/ ons: hífen, pólen, mícron, próton, íons, elétrons.
l: fácil, amável, indelével.
ditongo: Itália, Áustria, memória, cárie, róseo, Ásia, Cássia, fáceis, imóveis,
fósseis, jérsei.
ão(s): órgão(s), sótão (s), ófão (s), bênção (s).
ã (s): órfã(s), ímã (s).
ps: bíceps, fórceps

 Não se acentuam os paroxítonos terminados em ens: hifens, polens,


jovens, nuvens, homens.

1.3. OXÍTONAS

São acentuados os vocábulos terminados em:

a(s ), e(s), o(s): maracujá, ananás, café, você, dominó, paletós, vovô, vovó,
Paraná.

em/ens: armazém, vintém, armazéns, vinténs.

15
1.4. MONOSSÍLABOS TÔNICOS

Acentuam-se também os monossílabos tônicos terminados em a, e, o


(seguidos ou não de s): pá, pé, pó, pás, pés, pós, lê, dê, hás, crês.

As formas verbais terminadas em a, e, o tônicos seguidos de lo, la, los, las


também são acentuadas: amá-lo, dizê-lo, repô-lo, fá-lo, repô-la, fá-lo-á, pô-lo,
comprá-la-á.

O til vale como acento tônico se outro acento não figura no vocábulo: lã, fã,
irmã, alemã.

1.5. DITONGOS ABERTOS:

Acentuam-se os ditongos de pronúncia aberta éu, éi, ói: chapéu, céu, anéis,
pastéis, coronéis, herói. (somente nas palavras oxítonas – última sílaba tônica)

1.6. HIATOS:
Coloca-se acento nas vogais i e u que formam hiato com a vogal anterior:
sa-í-da, sa-ís-te, sa-ú-de, ba-la-ús-tre, ba-ú, ra-í-zes, ju-í-zes, Lu-ís, pa-ís,
He-lo-í-sa, Ja-ú.

Não se acentuam o i e o u que formam hiato quando seguidos, na mesma


sílaba, de l, m, n, r ou z: Ra-ul, ru-im, sa-ir-des, ju-iz.

ATENÇÃO: Também não se acentua o hiato seguido do dígrafo nh: ra-i-nha,


ven-to-i-nha, ba-i-nha.

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Observações finais
a) Os verbos ter e vir levam acento circunflexo na 3ª pessoa do plural do
presente do indicativo (acento diferencial):
ele tem/ eles têm, ele vem/eles vêm.

b) Os verbos derivados de ter e vir levam acento agudo na 3ª pessoa do


singular e acento circunflexo na 3ª pessoa do plural do presente do indicativo
regra das oxítonas):
ele retém/ eles retêm, ele intervém /eles intervêm.

VERBO TER
MANTER
RETER
DETER
CONTER
SUSTER (sustentar/ manter)
ENTRETER
OBTER
ABSTER-SE
ATER-SE

VERBO VIR
CONVIR
ADVIR
PROVIR
INTERVIR
AVIR-SE (reconciliar-se)
DESAVIR-SE (discutir/ brigar)
SOBREVIR (sobressair/ destacar-se)
ANTEVIR

c) Os verbos ler, crer, ver, dar – 3ª pessoa do singular (acento circunflexo –


monossílabo tônico – ele lê, ela crê, ele vê, que ele dê), na 3ª pessoa do plural
(dobra-se o “e” – eles leem, elas creem, eles veem, que eles deem).

1.7. ACENTO DIFERENCIAL


Recebem acento diferencial as seguintes palavras:

PÔR (VERBO)
PÔDE (PRETÉRITO PERFEITO)
FÔRMA ou FORMA (recipiente) (este acento é opcional)
TÊM e VÊM (plural dos verbos ter e vir)

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PALAVRAS PERIGOSAS

RUBRICA ÍNTERIM
RECORDE ÍNCLITO
AVARO CRISÂNTEMO
BAVARO CATETER
CICLOPE URETER
PUDICO MISTER
EFEBO NOBEL
MISANTROPO NOVEL
FILANTROPO

PALAVRAS COM DUPLA PROSÓDIA

ZÂNGÃO/ zangão RÉPTIL/ reptil


ACRÓBATA/ acrobata PROJÉTIL/ projetil
DÚPLEX/ duplex XÉROX/ xerox
HIERÓGLIFO/hieroglifo SÓROR/ soror
BOÊMIA/ boemia ÍMPROBO/ improbo
AMBRÓSIA/ambrosia NECROPSIA/ necrópsia
ALÓPATA/alopata AUTOPSIA/ autópsia

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QUADRO SINÓPTICO – ACENTUAÇÃO GRÁFICA

PROPAROXÍTONAS Todas são acentuadas

PAROXÍTONAS Terminadas em: ps, um (uns), x, us,


r, i, n (ons), ão, l, ã, ditongo

ATENÇÃO: as paroxítonas terminadas


em ditongo crescente também podem
ser chamadas de proparoxítonas
relativas, eventuais ou aparentes

OXÍTONAS Terminadas em: a, e, o, em, ens

MONOSSÍLABOS TÔNICOS Terminados em a, e, o

DITONGOS ABERTOS Éi, ói, éu (última sílaba)

HIATO I, u tônicos (isolados na sílaba ou


seguidos de S na mesma sílaba)

ACENTO DIFERENCIAL Têm, vêm (forma plural)


Pôde (pretérito)
Pôr (verbo)
Fôrma (facultativo)

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O USO DOS PORQUÊS
POR QUE - grafa-se separadamente e sem acento:

a) orações interrogativas diretas:


Por que ele saiu? (por qual motivo)

b) orações interrogativas indiretas:


Não sei por que ele saiu. (por qual motivo)

c) pronome relativo:
O caminho por que (pelo qual) passei era difícil.

POR QUÊ - grafa-se separadamente e com acento, quando ocorrer no final de


frases interrogativas ou junto a um sinal de pontuação (término da oração):

Ele saiu cedo, por quê?


Você não aceitou minha sugestão. Por quê?
A vida, você sabe por quê, tornou-se monótona.

PORQUE - grafa-se numa única palavra quando for empregado como


conjunção, geralmente causal ou explicativa. Neste caso pode ser substituído
pelas conjunções já que, pois. É a resposta da pergunta. Também substitui a
conjunção final “para que”.

Saí cedo, porque tinha um sério compromisso. (pois)


Torcia porque fôssemos aprovados. (para que)

PORQUÊ - grafa-se numa única palavra e acentuado quando for substantivo.

Não sei o porquê de sua revolta.

Nesse caso pode ser reconhecido:

a) pela anteposição do artigo (numeral ou pronome);

b) substituindo-o pelas palavras “motivo”, “causa”.

20
QUADRO SINÓPTICO – USO DOS PORQUÊS

POR QUE Pelo qual, pelos quais, pela qual, pelas


quais, por qual motivo, por qual razão

POR QUÊ Por qual motivo, por qual razão (final


das orações)

PORQUE Pois, já que, visto que, uma vez que,


para que

O PORQUÊ Substantivo - sempre determinado


pelo artigo, numeral ou pronome

21
CRASE

A palavra crase provém do grego (krâsis) e significa mistura. Na língua


portuguesa, crase é a fusão de duas vogais idênticas, mas essa denominação
visa a especificar principalmente a contração ou fusão da preposição a com os
artigos definidos femininos (a, as) ou com os pronomes demonstrativos a, as,
aquele, aquela, aquilo, aquiloutro, aqueloutro .

Para saber se ocorre ou não a crase, basta seguir três regras básicas:

1) Só ocorre crase diante de palavras femininas, portanto nunca use o


acento grave indicativo de crase diante de palavras que não sejam femininas.
O sol estava a pino. Sem crase, pois pino não é palavra feminina.
Ela recorreu a mim. Sem crase, pois mim não é palavra feminina.
Estou disposto a ajudar você. Sem crase, pois ajudar não é palavra feminina.

2) Se a preposição a vier de um verbo que indica destino (ir, vir, voltar, chegar,
cair, comparecer, dirigir-se...), troque este verbo por outro que indique
procedência (vir, voltar, chegar...); se, diante do que indicar procedência, surgir
da, diante do que indicar destino, ocorrerá crase; caso contrário, não ocorrerá
crase.
Vou a Porto Alegre. Sem crase, pois Venho de Porto Alegre.
Vou à Bahia. Com crase, pois Venho da Bahia.

3) Se não houver verbo indicando movimento, troca-se a palavra feminina por


outra masculina; se, diante da masculina, surgir ao, diante da feminina,
ocorrerá crase; caso contrário, não ocorrerá crase.
Assisti à peça. Com crase, pois Assisti ao filme.
Paguei à cabeleireira. Com crase, pois Paguei ao cabeleireiro.
Eu respeito as regras. Sem crase, pois Eu respeito os regulamentos.

Casos especiais:

1) Diante das palavras moda e maneira, das expressões adverbiais à moda de


e à maneira de, mesmo que as palavras moda e maneira fiquem
subentendidas, ocorre crase.
Fizemos um churrasco à gaúcha.
Comemos bife à milanesa, espaguete à bolonhesa.
Joãozinho usa cabelos à Príncipe Valente.

22
2) Nos adjuntos adverbiais de modo, de lugar e de tempo femininos, ocorre
crase.
à tarde, à noite, às pressas, às escondidas, às escuras, às tontas, à direita, à
esquerda, à vontade, à revelia, à tona, à mercê, à espreita, às claras, às
escondidas, etc.

3) Nas locuções prepositivas e conjuntivas femininas ocorre crase.


à maneira de, à moda de, à custa de, à procura de, à espera de, à medida que,
à proporção que, etc.

4) Diante da palavra distância, ocorrerá crase, se houver a formação de locução


prepositiva, se não houver a preposição de, a crase será opcional.
Reconheci-o a distância. (à distância)
Reconheci-o à distância de duzentos metros.

5) Diante do pronome relativo que ou da preposição de, quando for fusão da


preposição a com o pronome demonstrativo a, as (= aquela, aquelas).
Essa roupa é igual à que comprei ontem. (elipse da palavra roupa)
Sua voz é igual à de um primo meu. (elipse da palavra voz)

6) Diante dos pronomes relativos a qual, as quais, quando o verbo da oração


exigir a preposição a, ocorre crase.
A cena à qual assisti foi chocante. (quem assiste assiste a algo)

7) A palavra CASA:
A palavra casa só terá artigo, se estiver especificada, portanto só ocorrerá crase
diante da palavra casa nesse caso.
Cheguei a casa antes de todos.
Cheguei à casa de Ronaldo antes de todos.

8) A palavra TERRA:
Significando planeta, é substantivo próprio e tem artigo, consequentemente,
quando houver a preposição a, ocorrerá a crase.
Significando chão firme, solo, só tem artigo, quando estiver especificada,
portanto só nesse caso poderá ocorrer a crase.
Os astronautas voltaram à Terra.
Os marinheiros voltaram a terra.

23
9) Pronomes demonstrativos: aquele, aquela, aquilo.
Se o verbo que antecede um desses demonstrativos reger a preposição a, vai
ocorrer a crase.
Fui àquele restaurante com meus pais.
Refiro-me àquilo.

Não ocorre a Crase:

a) antes de verbo
Voltamos a contemplar a lua.

b) antes de palavras masculinas


Gosto muito de andar a pé.
Passeamos a cavalo.

c) antes de pronomes de tratamento, exceção feita aos pronomes senhora,


senhorita:
Dirigiu-se a V.Sa. com aspereza
Dirigiu-se à Sra. com aspereza.

d) antes de pronomes em geral:


Não vou a qualquer parte.
Fiz alusão a esta aluna.

e) em expressões formadas por palavras repetidas:


Estamos frente a frente
Estamos cara a cara.

f) Quando o a estiver no singular, diante de uma palavra no plural, não


ocorre crase.
Referi-me a todas as alunas, sem exceção.
Não gosto de ir a festas desacompanhado.

g) com artigos indefinidos:


Ofereceu o emprego a um garçom.
Vamos a uma bela festa.

24
Crase facultativa:

1. Antes de nome próprio feminino:


Refiro-me à (a) Juliana.

Vindo o nome determinado como de pessoa amiga, parente, a crase não mais
será facultativa, porque nesse caso se fará mister o uso do artigo. “Os diretores
dirigiram elogios à Maria, minha doce irmã.”

2. Antes de pronome possessivo feminino:


Dirija-se à (a) sua fazenda.

Em se tratando de pronome substantivo e havendo a preposição, a crase será


de rigor. “Viso a (à) minha salvação e não à tua.”

3. Depois da preposição até:


Dirigiu-se até a (à) porta.

QUADRO SINÓPTICO – CRASE

Palavras masculinas (exceção: à


moda)

Verbos
CRASE PROIBIDA
Singular e plural

Palavras iguais

Pronomes (exceções: senhora,


senhorita, aquele, aquela, aquilo, a
qual, as quais, mesma, própria,
semelhante, tal, outra)

Pronomes e artigos indefinidos

Preposição até

CRASE FACULTATIVA Pronomes possessivos femininos


(pronomes adjetivos)

Nomes próprios femininos (sem


determinante)

25
CONJUNÇÃO
Palavra que liga orações basicamente, estabelecendo entre elas alguma relação
(subordinação ou coordenação). As conjunções classificam-se em:

COORDENATIVAS - ligam duas orações independentes (coordenadas), ou


dois termos que exercem a mesma função sintática dentro da oração.
Apresentam cinco tipos:

 aditivas (adição) - e, nem, mas também, como também, bem como,


mas ainda, não só... mas também, não apenas... como também, etc.

Obs: A conjunção “e” pode apresentar valor adversativo:


Sofrem duras privações e não se queixam.
“Quis dizer mais alguma coisa e não pôde.” (Jorge Amado)

 adversativas (adversidade, oposição, ressalva, contradição,


contrassenso) - mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto,
senão (a não ser), só que, só que não, ao passo que, não obstante,
apesar disso, etc.

 alternativas (alternância, exclusão, escolha) - ou, ou ... ou, ora ... ora,
quer ... quer, seja ... seja, já ... já, etc.

 conclusivas (conclusão) - logo, portanto, pois (depois do verbo/


deslocada), por conseguinte, por isso, dessarte, destarte, sendo assim,
então, assim, assim sendo etc.

 explicativas (justificativa, motivo, razão, explicação) - pois (antes do


verbo/ início da oração), porque, que, porquanto etc.

SUBORDINATIVAS - ligam duas orações dependentes, subordinando uma à


outra. Apresentam 10 tipos:

 causais - porque, visto que, já que, uma vez que, como (já que),
porquanto, haja vista, dado que, em face de, devido a, por causa de,
face a etc.

 comparativas - como, (tal) qual, assim como, (tanto) quanto, (mais ou


menos +) que etc.

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 condicionais - se, caso, contanto que, desde que, salvo se, sem que
(=se não), a menos que etc.

 consecutivas (consequência, resultado, efeito) - que (precedido de tal,


tanto, tão, tamanho etc. - indicadores de intensidade), de modo que, de
maneira que, de sorte que etc.

 conformativas (conformidade, adequação) - conforme, segundo,


consoante, como, de acordo etc.

 concessivas (ressalva, contradição, fato que se concede, que se


admite, em oposição a outro) - embora, conquanto, posto que, por muito
que, se bem que, ainda que, mesmo que, por mais que, em que pese,
malgrado, a despeito de, apesar de, apesar de que, etc.

 temporais - quando, enquanto, logo que, desde que, assim que, mal
(=logo que), até que, sempre que, antes que, ao mesmo tempo que,
agora que, toda vez que, etc.

 finais - a fim de que, para que, que, porque (para que) etc.

 proporcionais - à medida que, à proporção que, ao passo que, quanto


mais, quanto menos, tanto mais, tanto menos) etc.

 integrantes - que, se

27
QUADRO SINÓPTICO – CONJUNÇÕES

COORDENATIVAS – ECAAA SUBORDINATIVAS – 6CTPF

Explicativas – pois, porque, porquanto Causais – já que, visto que, uma vez
que, dado que

Conclusivas – portanto, por isso Condicionais – se, caso, desde que

Aditivas – e, nem, mas também Concessivas – embora, ainda que,


apesar de

Adversativas – mas, porém, todavia Conformativas – conforme, segundo,


de acordo

Alternativas – ou, ora..ora, seja...seja Comparativas – como, tal qual

Consecutivas – tal que, de modo que,


tanto que

Temporais – logo que, quando,


enquanto, assim que

Proporcionais – à medida que, ao


passo que, à proporção que

Finais – para que, a fim de

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ADVÉRBIO
O advérbio é uma categoria gramatical invariável que modifica verbo,
adjetivo ou outro advérbio, atribuindo-lhes uma circunstância de tempo,
modo, lugar, afirmação, negação, dúvida ou intensidade.

Por exemplo, a frase “Ontem, ela não agiu muito bem.” tem quatro advérbios:
ontem, de tempo; não, de negação; muito, de intensidade; bem, de modo.

As circunstâncias podem também ser expressas por uma locução adverbial -


duas ou mais palavras exercendo a função de um advérbio.
Por exemplo, a frase “Ele, às vezes, age às escondidas.” tem duas locuções
adverbiais: às vezes, de tempo; às escondidas, de modo.

1) Advérbios de Modo:
Assim, bem, mal, acinte (de propósito, deliberadamente), adrede (de caso
pensado, de propósito, para esse fim), debalde (inutilmente), depressa,
devagar, melhor, pior, bondosamente, generosamente e muitos outros
terminados em mente.

Locuções Adverbiais de Modo:


às pressas, às claras, às cegas, à toa, à vontade, às escondidas, aos poucos,
desse jeito, desse modo, dessa maneira, em geral, frente a frente, lado a lado,
a pé, de cor, em vão, à custa de.

2) Advérbios de Lugar:
abaixo, acima, adentro, adiante, afora, aí, além, algures (em algum lugar),
alhures (em outro lugar), nenhures (em nenhum lugar), ali, aquém, atrás, cá,
dentro, embaixo, externamente, lá, longe, perto.

Locuções Adverbiais de Lugar:


a distância, à distância de, de longe, de perto, em cima, à direita, à esquerda,
ao lado, em volta.

3) Advérbios de Tempo:
afinal, agora, amanhã, amiúde (com frequência, repetidas vezes), ontem,
breve, cedo, constantemente, depois, enfim, entrementes (enquanto isso),
hoje, imediatamente, jamais, nunca, outrora, primeiramente, tarde,
provisoriamente, sempre, sucessivamente, já.

Locuções Adverbiais de Tempo:


às vezes, à tarde, à noite, de manhã, de repente, de vez em quando, de
quando em quando, a qualquer momento, de tempos em tempos, em breve,
hoje em dia.

29
4) Advérbios de Negação:
não, tampouco (também não).

Locuções Adverbiais de Negação:


de modo algum, de jeito nenhum, de forma nenhuma.

5) Advérbios de Dúvida:
acaso, casualmente, porventura, possivelmente, provavelmente, decerto,
talvez, quiçá.

Locuções Adverbiais de Dúvida:


por certo, quem sabe.

6) Advérbios de Intensidade:
assaz (bastante, suficientemente), bastante, demais, mais, menos, muito,
quanto, quão, quase, tanto, pouco, tão, excessivamente, demasiadamente,
mui, demais.

Locuções Adverbiais de Intensidade:


em excesso, de todo, de muito, por completo.

7) Advérbios de Afirmação:
certamente, certo, decididamente, efetivamente, realmente, deveras
(realmente), decerto, indubitavelmente.

Locuções Adverbiais de Afirmação:


sem dúvida, de fato, por certo, com certeza.

8) Advérbios Interrogativos:
onde (lugar), quando (tempo), como (modo), por que (causa).

Observação:
Morrer de fome, espernear de raiva (causa)
Sair a passeio, amigos para as ocasiões difíceis (finalidade)
Vir com os pais, ficar com os avós (companhia)
Chegar de avião, mandar um recado por bói (meio)
Falar sobre futebol, especializar-se em dermatologia (assunto).

30
PRONOMES
Pronome é a palavra variável em gênero, número e pessoa que substitui
ou acompanha o nome, indicando-o como pessoa do discurso. Quando o
pronome substituir um substantivo, será denominado pronome substantivo;
quando acompanhar um substantivo, será denominado pronome adjetivo.
Por exemplo, na frase “Aqueles garotos estudam bastante; eles serão
aprovados com louvor.” Aqueles é um pronome adjetivo, pois acompanha o
substantivo garotos e Eles é um pronome substantivo, pois substitui o mesmo
substantivo.

Pronomes Pessoais

Os pronomes pessoais são aqueles que indicam uma das três pessoas do
discurso: a que fala, a com quem se fala e a de quem se fala.

Pessoa do discurso Retos Oblíquos Oblíquos


átonos tônicos
1ª. eu me mim, comigo
pessoa
2ª. tu te ti, contigo
singular
pessoa
3ª. ele / ela se, o, a, lhe si, consigo, ele,
pessoa ela
1ª. nós nos nós, conosco
pessoa
2ª. vós Vos vós, convosco
plural pessoa
3ª. eles / elas se, os, as, lhes si, consigo, eles,
pessoa elas

Usos dos Pronomes Pessoais

1) Eu, tu / Mim, ti

Eu e tu exercem a função sintática de sujeito.

Mim e ti exercem a função sintática de complemento verbal ou nominal,


agente da passiva ou adjunto adverbial e sempre são precedidos de preposição.

Trouxeram aquela encomenda para mim.


Era para eu conversar com o diretor, mas não houve condições.

31
2) Pronomes Oblíquos Átonos
Os pronomes oblíquos átonos são me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os as, lhes.
Eles podem exercer diversas funções sintáticas nas orações. São elas:

A) Objeto Direto
Os pronomes que funcionam como objeto direto são me, te, se, o, a, nos, vos,
os, as.
Quando encontrar seu material, traga-o até mim.
Respeite-me, garoto.
Levar-te-ei a São Paulo amanhã.

Notas:

a) Se o verbo for terminado em M, ÃO ou ÕE, os pronomes o, a, os, as se


transformarão em no, na, nos, nas.
Quando encontrarem o material, tragam-no até mim.
Os sapatos, põe-nos fora, para aliviar a dor.

b) Se o verbo terminar em R, S ou Z, essas terminações serão retiradas, e os


pronomes o, a, os, as mudarão para lo, la, los, las.
Quando encontrarem as apostilas, deverão trazê-las até mim.
As apostilas, tu perde-las toda semana.
As garotas ingênuas, o conquistador sedu-las com facilidade.

c) Independentemente da predicação verbal, se o verbo terminar em mos,


seguido de nos ou de vos, retira-se a terminação -s.
Encontramo-nos ontem à noite.
Recolhemo-nos cedo todos os dias.

d) Se o verbo for transitivo indireto terminado em s, seguido de lhe, lhes, não


se retira a terminação s.
Obedecemos-lhe cegamente.
Tu obedeces-lhe?

32
B) Objeto Indireto
Os pronomes que funcionam como objeto indireto são me, te, se, lhe, nos, vos,
lhes.
Traga-me as apostilas, quando as encontrar.
Obedecemos-lhe cegamente.

C) Adjunto adnominal
Os pronomes que funcionam como adjunto adnominal são me, te, lhe, nos, vos,
lhes, quando indicarem posse (algo de alguém).
Quando Clodoaldo morreu, Soraia recebeu-lhe a herança. (a herança dele)
Roubaram-me os documentos. (os documentos de alguém - meus)

D) Complemento nominal
Os pronomes que funcionam como complemento nominal são me, te, lhe, nos,
vos, lhes, quando complementarem o sentido de adjetivos, advérbios ou
substantivos abstratos. (algo a alguém, não provindo a preposição a de um
verbo).
Tenha-me respeito. (respeito a alguém)
É-me difícil suportar tanta dor. (difícil a alguém)

Pronomes de Tratamento

São pronomes empregados no trato com as pessoas, familiarmente ou


respeitosamente. Embora o pronome de tratamento se dirija à segunda pessoa,
toda a concordância deve ser feita com a terceira pessoa.

 Utilize VOSSA EXCELÊNCIA (V.Ex.ª) para altas autoridades:


o Presidente da República
o Vice-Presidente da República
o Ministros de Estado
o Chefe do Estado Maior das Forças Armadas
o Chefe do Gabinete Militar da Presidência da República
o Chefe do Gabinete Civil da Presidência da República
o Consultor Geral da República
o Chefe do Serviço Nacional de Informações
o Presidentes e Membros das Assembleias Legislativas dos Estados
o Governadores de Estado e Vice-Governadores
o Prefeitos Municipais
o Secretários de Estado
o Senadores

33
o Deputados
o Juízes do Trabalho, Juízes de Direito e Juízes Eleitorais
o Procurador Geral da República
o Embaixadores e Cônsules
o Generais e Marechais

 Utilize VOSSA SENHORIA (V.S.ª) para:


o Funcionários graduados
o Pessoas de cerimônia (sobretudo na correspondência comercial)
o Organizações comerciais e industriais
o Particulares em geral

 Utilize VOSSA EMINÊNCIA (V.Em.ª) para:


o Cardeais

 Utilize VOSSA EXCELÊNCIA REVERENDÍSSIMA (V.Ex.ª Revm.ª)


para:
o Arcebispos e Bispos

 Utilize VOSSA SANTIDADE (V.S.) para:


o Papa

 Utilize VOSSA REVERENDÍSSIMA (Revd.º ou V.Revma.ª) para:


o Sacerdotes
o Clérigos
o Religiosos

 Utilize VOSSA MAGNIFICÊNCIA (V.Mag.ª) para:


o Reitores de Universidades

 Utilize VOSSA MAJESTADE (V.M.) para:


o Imperadores
o Reis
o Rainhas

 Utilize VOSSA ALTEZA (V.A.) para:


o Príncipes e Princesas
o Duques e Duquesas

Atenção! Existem duas possibilidades de tratamento a autoridades:

VOSSA - quando nos dirigimos à Autoridade, como na frase "Vossa Excelência


viajará amanhã?"

SUA - quando nos referimos à Autoridade, como na frase "Sua Santidade avisa
que concederá audiências."

34
Pronomes Possessivos

São aqueles que indicam posse, em relação às três pessoas do discurso.

1ª. pessoa meu, minha, meus, minhas

2ª. Pessoa teu, tua, teus, tuas


singular
3ª. Pessoa seu, sua, seus, suas

1ª. Pessoa nosso, nossa, nossos, nossas

2ª. Pessoa vosso, vossa, vossos, vossas


plural
3ª. Pessoa seu, sua, seus, suas

Empregos dos pronomes possessivos

1) O emprego dos possessivos de terceira pessoa seu, sua, seus, suas pode dar
duplo sentido à frase (ambiguidade). Para evitar isso, coloca-se à frente do
substantivo dele, dela, deles, delas, ou troca-se o possessivo por esses
elementos.

Joaquim contou-me que Sandra desaparecera com seus documentos.

De quem eram os documentos? Não há como saber. Então a frase está


ambígua. Para tirar a ambiguidade, coloca-se, após o substantivo, o elemento
referente ao dono dos documentos: se for Joaquim: Joaquim contou-me que
Sandra desaparecera com seus documentos dele; se for Sandra: Joaquim
contou-me que Sandra desaparecera com seus documentos dela. Pode-se,
ainda, eliminar o pronome possessivo: Joaquim contou-me que Sandra
desaparecera com os documentos dele (ou dela).

2) É facultativo o uso de artigo diante dos possessivos.


Trate bem seus amigos. ou Trate bem os seus amigos.

35
Pronomes Demonstrativos

Pronomes demonstrativos são aqueles que situam os seres no tempo e no


espaço, em relação às pessoas do discurso. São os seguintes:

1) Este, esta, isto:


São usados para o que está próximo da pessoa que fala e para o tempo
presente.
Este chapéu que estou usando é de couro.
Este ano está sendo cheio de surpresas.

2) Esse, essa, isso:


São usados para o que está próximo da pessoa com quem se fala ou
afastado da pessoa que fala, para o tempo passado recente e para o
futuro.
Esse chapéu que você está usando é de couro?
2013. Esse ano será envolto em mistérios.
Em novembro de 2001, inauguramos a loja. Até esse mês, nada sabíamos
sobre comércio.

3) Aquele, aquela, aquilo:


São usados para o que está distante da pessoa que fala e da pessoa com
quem se fala e para o tempo passado remoto.
Aquele chapéu que ele está usando é de couro?
Em 1974, eu tinha 15 anos. Naquela época, Londrina era uma cidade pequena.

Outros usos dos demonstrativos:

1) Em uma citação oral ou escrita, usa-se:


Este, esta, isto para o que ainda vai ser dito ou escrito.

Esse, essa, isso para o que já foi dito ou escrito.


Esta é a verdade: existe a violência, porque a sociedade a permitiu.
Existe a violência, porque a sociedade a permitiu. A verdade é essa.

2) Usa-se este, esta, isto em referência a um termo imediatamente anterior.


O fumo é prejudicial à saúde, e esta deve ser preservada.
Quando interpelei Roberval, este assustou-se inexplicavelmente.

36
3) Para estabelecer-se a distinção entre dois elementos anteriormente citados,
usa-se este, esta, isto em relação ao que foi mencionado por último e
aquele, aquela, aquilo, em relação ao que foi nomeado em primeiro lugar.
Sabemos que a relação entre o Brasil e os Estados Unidos é de domínio destes
sobre aquele.
Os filmes brasileiros não são tão respeitados quanto as novelas, mas eu prefiro
aqueles a estas.

4) O, a, os, as são pronomes demonstrativos, quando equivalem a isto, isso,


aquilo ou aquele(s), aquela(s).
Não concordo com o que ele falou. (aquilo que ele falou)
Tudo o que aconteceu foi um equívoco. (aquilo que aconteceu)
Os homens de talento são os de maior sucesso. (aqueles)

5) Mesmo, próprio, semelhante e tal são pronomes demonstrativos


(substituem esse, aquele, aquilo, essa, etc.)
Não dias semelhantes coisas. (essas)
Eu não fiz a mesa coisa. (essa/ aquela)

37
Pronomes Indefinidos

Os pronomes indefinidos referem-se à terceira pessoa do discurso de uma


maneira vaga, imprecisa, genérica.

Variáveis Invariáveis

Algum, alguns, alguma, algumas

Nenhum, nenhuns, nenhuma,


nenhumas

Certo, certos, certa, certas

Muito, muitos, muita, muitas Alguém

Bastante, bastantes Ninguém

Outro, outros, outra, outras Cada

Pouco, poucos, pouca, poucas Outrem

Todo, todos, toda, todas Tudo

Vário, vários, vária, várias Nada

Tanto, tantos, tanta, tantas Algo

Quanto, quantos, quanta, quantas Mais

Qualquer, quaisquer Menos

Diversos, diversas

Um, uns, uma, umas

Tamanho, tamanhos, tamanha,


tamanhas

38
Pronomes Interrogativos

que Usados em frases

quem interrogativas

qual diretas ou

quanto indiretas.

Que farei agora? - Interrogativa direta.

Quanto te devo, meu amigo? - Interrogativa direta.

Qual é o seu nome? - Interrogativa direta.

Não sei quanto devo cobrar por esse trabalho. - Interrogativa indireta.

Pronomes Relativos

Classe de pronomes que substituem termos antecedentes e que


estabelecem vínculo entre orações.

QUE – substitui pessoas ou “coisas”;

QUEM – substitui pessoas;

O QUAL – substitui pessoas ou “coisas”;

CUJO – posse;

ONDE – lugar;

QUANDO – tempo;

COMO – antecedido de: jeito, maneira, modo, forma, característica.

QUANTO – antecedido de: tudo, tanto, tanta, todos, todas (pronomes


indefinidos)

39
Obs: Todos os pronomes relativos são termos subordinantes, ou
seja, introduzem orações subordinadas adjetivas.

Conheci bons autores. Os bons autores eram norte-americanos.

FALTA COESÃO AOS PERÍODOS = 2 PERÍODOS NÃO COESOS – REPETIÇÃO.

Conheci bons autores que (os quais) eram norte-americanos.

2 orações em 1 período coeso = sem repetição.

Pronome relativo “que” substitui o antecedente – bons autores.

OS PRONOMES RELATIVOS INTRODUZEM UMA ORAÇÃO


SUBORDINADA ADJETIVA EXPLICATIVA OU RESTRITIVA.

EXPLICATIVA – sempre com pontuação [destaca a informação do período/


abrange a ideia total – todo (s) toda (s)]

RESTRITIVA – sem pontuação (restringe a ideia do período/essencial ao


contexto/ somente)

CUJO – posse (valor do pronome possessivo)

Dicas:

Nunca com artigo;

Sempre concordará com o substantivo que o sucede;

Pode ter preposição (regência verbal ou nominal).

AS AMIGAS CUJOS NOMES SÃO ESTRANGEIROS VIAJARÃO COMIGO.

AQUELE É O FILME A CUJA CENA ASSISTI.

O DOCE DE CUJO SABOR GOSTO, CERTAMENTE, ESTÁ NA GELADEIRA.

40
ONDE – lugar

A CASA ONDE MORO É ESPAÇOSA. (EM QUE, NA QUAL MORO)

A RUA AONDE FUI NÃO FICA PRÓXIMA À SUA CASA. (A QUE FUI, À QUAL FUI)

O LUGAR DONDE VENHO, NEM SEMPRE, FOI TÃO BELO. (DE QUE, DO QUAL
VENHO)

CUIDADO!

NO DIA EM QUE NOS CONHECEMOS, POR SORTE, NÃO LHE DEI MEU
ENDEREÇO.

O MOMENTO EM QUE HOUVER O FIM DOS CONFLITOS FICARÁ GUARDADO


EM NOSSAS MEMÓRIAS.

AS RUAS EM QUE ELE PASSA TODOS OS DIAS, COM CERTEZA, NECESSITAM


DE REPAROS UGENTES.

41
COLOCAÇÃO PRONOMINAL
Em relação ao verbo os pronomes oblíquos átonos (me, nos, te, vos, o, a, os,
as, lhe, lhes, se) podem aparecer em três posições distintas:

Antes do verbo – PRÓCLISE;

No meio do verbo – MESÓCLISE;

Depois do verbo – ÊNCLISE.

PRÓCLISE é a colocação dos pronomes oblíquos átonos antes do verbo. Usa-


se a próclise, obrigatoriamente, quando houver palavras atrativas. São elas:

1) Palavras de sentido negativo


Ela nem se incomodou com meus problemas.
Eu nunca me incomodei com tais palavras.

2) Advérbios (sem isolamento da pontuação)


Aqui se tem sossego, para trabalhar.
Hoje nos sentaremos em outro lugar.

3) Pronomes Indefinidos
Alguém me telefonou?

4) Pronomes Interrogativos
Que me acontecerá agora?

5) Pronomes Relativos
A pessoa que me telefonou não se identificou.

6) Pronomes Demonstrativos Neutros (isso, isto, aquilo)


Isso me comoveu deveras.

7) Conjunções Subordinativas (6CTPF + QUE/SE)


Escrevia os nomes, conforme me lembrava deles.

42
ATENÇÃO!
Não ocorre próclise em início de frase.
Traga-me essa caneta que aí está.

Outros usos da próclise:

1) Em frases exclamativas e/ou optativas (que exprimem desejo):


Quantas injúrias se cometeram naquele caso!
Deus te abençoe, meu amigo!

2) Em frases com preposição em + verbo no gerúndio:


Em se tratando de gastronomia, a Itália é ótima.
Em se estudando Literatura, não se esqueça de Carlos Drummond de Andrade.

ATENÇÃO!
Se o verbo não estiver no início da frase, pode ocorrer próclise também, mesmo
não havendo palavra atrativa.

Ele se arrependeu do que fizera.


Ele arrependeu-se do que fizera.

MESÓCLISE é a colocação dos pronomes oblíquos átonos no meio do verbo.


Usa-se a mesóclise, quando houver verbo no Futuro do Presente ou no Futuro
do Pretérito, sem que haja palavra atrativa alguma. Mesmo sem palavra
atrativa, a próclise é aceitável.

O pronome oblíquo átono será colocado entre o infinitivo e as terminações ei,


ás, á, emos, eis, ão, para o Futuro do Presente.
As terminações ia, ias, ia, íamos, íeis, iam, para o Futuro do Pretérito.

Dar-te-ei meu amor e meu coração!


Ele queixar-se-ia ao diretor.
Ele se queixaria ao diretor.
Far-nos-ão alguns favores, com certeza, os alunos.

Se o verbo não estiver no início da frase e estiver conjugado no Futuro


do Presente ou no Futuro do Pretérito, no Brasil, tanto poderemos
usar Próclise, quanto Mesóclise.

Eu me queixarei de você
Eu queixar-me-ei de você.
Os alunos se esforçarão.
Os alunos esforçar-se-ão.

43
ÊNCLISE é a colocação dos pronomes oblíquos átonos depois do verbo. Usa-se
a ênclise, principalmente nos seguintes casos:

1) Quando o verbo iniciar a oração.


Trouxe-me as propostas já assinadas.
Arrependi-me do que fiz a ela.

2) Com o verbo no imperativo afirmativo.


Por favor, traga-me as propostas já assinadas.
Arrependa-se, pecador!

Se o verbo não estiver no início da frase e não estiver conjugado no


Futuro do Presente ou no Futuro do Pretérito, no Brasil, tanto
poderemos usar Próclise, quanto Ênclise.

Eu me queixei de você.
Eu queixei-me de você.
Os alunos se esforçaram.
Os alunos esforçaram-se.

Colocação pronominal nas locuções verbais

As locuções verbais são formadas por verbo auxiliar + infinitivo, particípio ou


gerúndio.

1) Auxiliar + Infinitivo ou Gerúndio:

Quando o verbo principal da locução verbal estiver no infinitivo ou no gerúndio,


há, no mínimo, duas colocações pronominais possíveis:

Em relação ao verbo auxiliar, seguem-se as mesmas regras de colocação


pronominal em tempos simples, ou seja, próclise, em qualquer circunstância
(menos em início de frase), mesóclise, com verbo no futuro e ênclise, sem
atração, nem futuro.

Eles se vão esforçar mais.


Eles não se vão esforçar mais.
Eles se irão esforçar mais.
Eles vão-se esforçar mais.
Eles ir-se-ão esforçar mais.
Eles vão esforçar-se mais.
Eles não vão esforçar-se mais.
Eles irão esforçar-se mais.

44
2) Auxiliar + Particípio:

Quando o verbo principal da locução verbal estiver no particípio, o pronome


oblíquo átono só poderá ser colocado junto do verbo auxiliar, nunca após o
verbo principal.

Eles se têm esforçado.


Eles não se têm esforçado.
Eles se terão esforçado.
Eles têm-se esforçado.
Eles ter-se-ão esforçado.

Nota: Quando o pronome for colocado entre os dois verbos (ênclise no


auxiliar), teremos de usar hífen. Por exemplo: Eles vão-se esforçar mais. Há
gramáticos que julgam esse hífen desnecessário.

QUADRO SINÓPTICO – PRONOMES E COLOCAÇÃO PRONOMINAL

EU x MIM Você pediu para eu ler mais.

De mim, ninguém falou.

LHE, LHES Exige regência da preposição

Deu-lhe nova chance. (a ele, para ele)

Tenho-lhes respeito. (por eles)

O, A, OS AS Sem regência da preposição

LO, LA, LOS, LAS O, a, os, as = próclise, ou ênclise de


verbo terminado em vogal
NO, NA, NOS, NAS
Lo, la, los, las = ênclise de verbo
terminado em R,S,Z (as terminações
são retiradas ao colocar o pronome)

No, na, nos, nas = ênclise de verbo


terminado em M, ÃO, ÕE

PRONOMES DE TRATAMENTO Flexão de concordância na 3ª pessoa

Vossa = falar com, discurso direto


Sua = falar de, discurso indireto

45
PRONOMES RELATIVOS CUJO = semântica de posse

Orações adjetivas explicativas ou QUE/ O QUAL, A QUAL, OS QUAIS,


restritivas AS QUAIS = substituem “coisa” ou
pessoa
Observar a regência (verbal ou
nominal) QUEM = substitui pessoa

ONDE = lugar

COLOCAÇÃO PRONOMINAL Não iniciar a oração com o pronome.


(me, te, se, nos, vos, o, a, os, as, lo,
la, los, las, no, na, nos, nas, lhe, lhes) Não usar a ênclise no futuro, nem no
particípio.
Próclise = pronome antes do verbo
Se houver fator atrativo, usar a
Ênclise = pronome após o verbo próclise.

Mesóclise = pronome no meio do


verbo

46
REGÊNCIA VERBAL
É a relação de subordinação existente entre um complemento (palavra regida)
e a palavra cujo sentido é completado. Neste caso é o verbo, que tem seu
sentido completado por outro termo.

Regência de alguns verbos:

abraçar = no sentido de cingir, apertar nos braços, constrói-se com objeto


direto ou indireto.

O pai abraçou o filho. Abraçou-se com a mãe.

No sentido de adotar, seguir, constrói-se com objeto direto.

Não abraçou minha doutrina.

agradar = no sentido de fazer carinhos – transitivo direto: O avô agradava os


netos. (agradava-os).

No sentido de ser agradável, satisfazer – transitivo indireto (prep. a): A notícia


não agradou aos políticos. (não lhes agradou).

ansiar = no sentido de causar ânsia, angustiar, constrói-se com objeto direto.


A solidão ansiava-o.

No sentido de desejar ardentemente, constrói-se com objeto indireto.


Ansiava por um novo amor.

aspirar = no sentido de sorver, tragar, constrói-se com objeto direto.

Marta aspirava o perfume das rosas.

No sentido de desejar, pretender, constrói-se com objeto indireto. Por exemplo:


Ela aspirava a altos cargos. Neste verbo não se usa os pronomes lhe e
lhes.

47
assistir = admite várias regências. O enfermeiro assiste o (ao) paciente
(objeto direto ou indireto no sentido de prestar assistência, proteger, servir).

Assisti ao jogo (objeto indireto no sentido de presenciar, estar presente).

Não lhe assiste o direito de julgar os indefesos (objeto indireto, lhe e lhes, no
sentido de caber, pertencer direito ou razão a alguém).

Durante minha infância, assistia num sítio muito aprazível (adjunto adverbial de
lugar, no sentido de morar, residir).

chamar = pode ser usado com: objeto direto (O professor chamou o aluno / O
professor o chamou). Objeto indireto – prep. por (Chamou por um servente/
Chamou por ele).

Objeto direto + predicativo (Chamaram-no idiota). Objeto indireto + predicativo


(Chamaram-lhe idiota).

Nestes casos, o predicativo pode vir regido da preposição de. Por exemplo:
Chamaram-no (lhe) de inteligente.

No sentido de repreender – transitivo direto e indireto (prep. a): Chamei os


alunos à atenção/ Chamei-os à atenção.

comparecer = complemento “atividades” – transitivo indireto (prep. a): Os


magistrados não compareceram ao júri.

Quando o complemento “lugar” – verbo intransitivo (prep. a ou em):


Compareça ao/ no local indicado.

contentar-se = constrói-se com objeto indireto regido das preposições com,


de, em. Contentam-se com pouca coisa. Contentei-me de responder com
certeza. Contentava-se em vê-la sofrer.

48
custar = no sentido de ser custoso, difícil, emprega-se na 3ª pessoa do
singular, tendo como sujeito uma oração subordinada substantiva subjetiva
reduzida de infinitivo, a qual pode vir precedida da preposição a.

Custa-me dizer o que aconteceu. Custa muito chegar até lá.

No sentido de acarretar trabalhos, causar incômodos, constrói-se com objeto


direto e indireto. A imprudência custou-lhe lágrimas amargas.

deparar = constrói-se com objeto direto ou indireto no sentido de encontrar.


Deparei (com) mulheres na praia.

Constrói-se com objeto direto ou indireto no sentido de fazer aparecer,


apresentar. O juiz não deparou solução ao processo.

Constrói-se com objeto indireto no sentido de apresentar-se, oferecer-se, sendo


o verbo pronominal (prep. a). Por exemplo: Depararam-se a coisas estranhas.
Uma nova situação deparou-se aos alunos. (deparou-se lhes).

dignar-se = constrói-se com objeto indireto regido das preposições de/ a. Por
exemplo: Não se dignou de expedir as ordens. Não se dignou a expedir as
ordens.

entreter-se = constrói-se com objeto indireto regido das preposições a, com,


em. Por exemplo: Entretinha-se com os palhaços.

esquecer, lembrar, recordar = admitem três construções:

Transitivo direto - Esqueci o nome dela.

Transitivo indireto/ com pronome (prep. de) Esqueci-me do nome dela.

Esqueceu-me o nome dela. (sujeito)

49
implicar = no sentido de ter implicância – transitivo indireto (prep. com): Ela
sempre implica com o namorado.

No sentido de envolver – transitivo direto e indireto (prep. em): Implicaram o


rapaz no crime de ontem. (implicaram-no nele).

No sentido de acarretar – transitivo direto: Essa medida implica despesas


vultosas. (implica-as).

informar, avisar, prevenir e certificar = podem ser: com objeto direto (Não
o posso informar).

Com objeto indireto (Não lhe posso informar).

Com os dois objetos (Informei-me dos preços da carne).

investir = no sentido de atacar (O lutador investiu contra o adversário).

No sentido de fazer investimentos (O governo investe enorme capitais).

No sentido de apossar (Estava investido de nobre missão).

obedecer e desobedecer = com objeto indireto ( Obedecia ao mestre).

perdoar e pagar = transitivo direto com objeto direto de coisa (Perdoei suas
dívidas).

Transitivo indireto com objeto indireto de pessoa (O pai não lhe perdoa).

Transitivo direto e indireto (Perdoei-lhe a ofensa).

preferir = transitivo direto e indireto (Prefiro café a chá).

Este verbo não se constrói com a locução do que.

Também não se diga - preferir antes = é um pleonasmo, pois preferir já


significa = querer antes.

50
presidir = constrói-se indiferentemente com objeto direto ou indireto. Por
exemplo: Presidir o congresso ou ao congresso.

precisar = no sentido de ter necessidade, carecer – transitivo indireto (prep.


de): Quem não precisa de dinheiro? (precisa dele).

No sentido de indicar com exatidão – transitivo direto: A testemunha não


precisou o lugar o crime. (não o precisou).

proceder = no sentido de ter fundamento, é intransitivo (Essa acusação não


procede).

No sentido de realizar, é transitivo indireto (Procedeu-se ao inventário da


família).

querer = é transitivo direto no sentido de desejar, querer para si (Eu a quero


limpinha).

É transitivo indireto no sentido de amar, estimar, querer bem (Juro que lhe
quero muito).

namorar = transitivo direto: Paula namorava todos os rapazes da rua.

residir = verbo intransitivo (prep. em): Ele reside na Avenida Nações Unidas.
Atenção: têm a mesma regência os verbos morar, situar-se, estabelecer-se e os
derivados sito, residente morador, estabelecido: Ele mora na Rua 28,
estabeleceu-se na Avenida Bela, sito no Bairro da Lagoa.

simpatizar e antipatizar = pede objeto indireto + com e não é pronominal.


Por exemplo: Simpatizo com você. É erro grave dizer: Simpatizo-me com
você.

51
visar = é transitivo direto no sentido de apontar arma de fogo contra (O
caçador visou o alvo).

É transitivo indireto no sentido de ter em vista (O pai trabalhava visando ao


conforto dos filhos).

verbos de regência diversa = Li e gostei de tuas poesias. (incorreto).

Li tuas poesias e gostei delas. (correto).

Cada verbo com seu complemento.

REGÊNCIA NOMINAL
É estabelecida por preposições que ligam um termo regido ou subordinado a
um termo regente ou subordinante. O termo regente é sempre um nome,
entendido como tal o substantivo, o adjetivo e o advérbio.

Termo Regente Preposição Termo Regido

Disposição (substantivo) para viajar.

Nocivo (adjetivo) à saúde.

Favoravelmente a todos.
(advérbio)

52
LISTA DE REGÊNCIA NOMINAL
aceito a idêntico a
adequado a idôneo para
abrigado de leal a
afável com, para com lento em
alheio a liberal com
amante de manco de
amoroso com, para com manso de
análogo a mau com, para, para com
ansioso de, por mediano de, em
anterior a necessário a, para
aparentado com nobre de, em, por
apto para, a oblíquo a
avaro de oposto a
avesso a pálido de
ávido de pertinaz em
bacharel em possuído de
benéfico a querido de, por
bom para receio de
caritativo com, para com sábio em
caro a semelhante a
certo de tardo a
cheio de temeroso de
cheiro a, de único em
compreensível a útil a, para
comum a, de vazio de
conforme com, a
constante em
contíguo a
contrário a
dedicado a
devoto de
devotado a
direito a, de
dócil a
doente de
doutor em
fácil de
favorável a
entendido em
erudito em
generoso com
hábil em
hostil a
ida a

53
QUADRO SINÓPTICO – REGÊNCIA

REGÊNCIA Estudo das preposições,


termos regidos ou não pela
preposição.

REGÊNCIA VERBAL Transitividade verbal =


VTD, VTI, VTDI (verbos regidos
ou não pela preposição)

REGÊNCIA NOMINAL Substantivos (abstratos),


adjetivos ou advérbios com
regência da preposição.

ORDEM DIRETA ou Ele assiste ao filme


INVERSA nacional.

Foi ótimo o espetáculo a


que você assistiu.

MUITA ATENÇÃO Regência nos pronomes


relativos (normalmente na ordem
inversa)

A pessoa a que/ a quem/ à qual


o professor se referiu está calada.

O alimento de cujo sabor tanto


gostamos é pouco calórico.

54
VERBO
Verbo é a palavra que indica ação, praticada ou sofrida pelo sujeito, fato, de
que o sujeito participa ativamente, estado ou qualidade do sujeito, ou
fenômeno da natureza.

Estrutura e Flexão

Conjugação verbal:

Há três conjugações para os verbos da língua portuguesa:

1ª conjugação: verbos terminados em -ar .

2ª conjugação: verbos terminados em -er .

3ª conjugação: verbos terminados em -ir .

Obs.: O verbo pôr e seus derivados pertencem à 2ª conjugação, por se


originarem do antigo verbo poer.

Pessoas verbais:

1ª. pessoa eu 1ª. pessoa nós


singular plural
2ª. pessoa tu 2ª. pessoa vós
singular plural
3ª. pessoa ele 3ª. pessoa eles
singular plural

Modos verbais

São três os modos verbais na língua portuguesa:

Indicativo, que expressa atitudes de certeza;

Subjuntivo, que expressa atitudes de dúvida, hipótese, desejo;

Imperativo, que expressa atitude de ordem, pedido, conselho.

55
Classificação dos verbos

Os verbos classificam-se em:

1) Verbos Regulares:
Verbos regulares são aqueles que não sofrem alterações no radical.
Cantar, vender, partir.

2) Verbos Irregulares:
Verbos irregulares são aqueles que sofrem pequenas alterações no radical.
Fazer = faço, fazes; fiz, fizeste

3) Verbos Anômalos:
Verbos anômalos são aqueles que sofrem grandes alterações no radical.
Ser = sou, é, fui, era, serei.
Ir = vou, ides, fui, irei, fosse.

4) Verbos Defectivos:
Verbos defectivos são aqueles que não possuem conjugação completa.
Falir, reaver, precaver = não possuem as 1ª, 2ª e 3ª pessoa do presente do
indicativo e o presente do subjuntivo inteiro).

5) Verbos Abundantes:
Verbos abundantes são aqueles que apresentam duas formas de mesmo
valor. Geralmente ocorrem no particípio, que chamaremos de particípio
regular, terminado em -ado, -ido, usado na voz ativa, com o auxiliar ter ou
haver, e particípio irregular, com outra terminação diferente, usado na voz
passiva, com o auxiliar ser ou estar.

56
PRINCIPAIS PARTICÍPIOS ABUNDANTES

INFINITIVO PARTICÍPIO REGULAR PARTICÍPIO


IRREGULAR
aceitar aceitado aceito
acender acendido aceso
assentar assentado assento
benzer benzido bento
corrigir corrigido correto
desenvolver desenvolvido desenvolto
dispensar dispensado disperso
distinguir distinguido distinto
eleger elegido eleito
emergir emergido emerso
encher enchido cheio
entregar entregado entregue
envolver envolvido envolto
enxugar enxugado enxuto
erigir erigido ereto
expelir expelido expulso
expressar expressado expresso
exprimir exprimido expresso
expulsar expulsado expulso
extinguir extinguido extinto
findar findado findo
fixar fixado fixo
frigir frigido frito
fritar fritado frito
ganhar ganhado (em desuso) ganho
gastar gastado (em desuso) gasto
imergir imergido imerso
imprimir imprimido impresso
incorrer incorrido incurso
inserir inserido inserto
isentar isentado isento
juntar juntado junto
limpar limpado limpo
malquerer malquerido malquisto
matar matado morto
misturar misturado misto
morrer morrido morto
murchar murchado murcho
ocultar ocultado oculto
omitir omitido omisso
pagar pagado (em desuso) pago
pegar pegado pego
prender prendido preso
romper rompido roto
salvar salvado salvo
secar secado seco

57
segurar segurado seguro
soltar soltado solto
submergir submergido submerso
sujeitar sujeitado sujeito
suprimir suprimido supresso
suspender suspendido suspenso
tingir tingido tinto
vagar vagado vago

 Observações:
Em geral, emprega-se a forma regular (terminada em ado ou ido),
invariável, com os verbos auxiliares ter e haver (formando tempos
compostos)

A forma irregular (sem terminação própria), variável em gênero e número, é


empregada com os verbos auxiliares ser, estar e ficar (formando a voz
passiva):

O diretor tinha suspendido a aluna.

O pagamento foi suspenso pelo gerente.

Os pagamentos estão suspensos por falta de numerário.

A ação ficou suspensa durante meses.

Essa regra, no entanto, com determinados verbos, não vem sendo seguida:
alguns particípios regulares são usados também na voz passiva, porque o
particípio irregular, na linguagem hodierna, passou a ter conotação adjetiva,
exclusivamente.

Observe na relação dos particípios abundantes os que vêm destacados,


esses podem ser usados na voz ativa e passiva. (Bechara, Napoleão,
Cegalla, Sacconi e outros).

 Os verbos chegar e trazer têm como particípios: chegado e trazido.

 Os verbos abrir, cobrir, dizer, escrever, fazer, pôr, ver e vir só possuem o
particípio irregular aberto, coberto, dito, escrito, feito, posto, visto
e vindo. Os particípios regulares gastado, ganhado e pagado estão
caindo ao desuso, sendo substituídos pelos irregulares gasto, ganho e
pago.

58
1- VERBO INDICA: AÇÃO, ESTADO, FENÔMENO DA NATUREZA.

2- MODOS DO VERBO: INDICATIVO (CERTEZA), SUBJUNTIVO (DÚVIDA),


IMPERATIVO (ORDEM).

3- TEMPOS VERBAIS: PRESENTE (HOJE), PRETÉRITO (ONTEM), FUTURO


(AMANHÃ).

PARA RECONHECER OS TEMPOS VERBAIS:

PRESENTE DO INDICATIVO: começar a conjugar pelo “eu” – com a


terminação “O”, os demais:
S (tu)
A, E, I (ele/ ela)
MOS (nós)
IS (vós)
AM, EM (eles, elas)
Veja: saio, sais, sai, saímos, saís, saem.
Caibo, cabes, cabe, cabemos, cabeis, cabem.

FOGEM À LÓGICA: DOU, ESTOU, SOU, VOU (O + U)


O SEGREDO DO PRESENTE É A TERMINAÇÃO “O” “OU” DA 1ª PESSOA (eu)

PRETÉRITO PERFEITO (passado concluído): comece pelo “eu” –


com a terminação:
EI, I (eu) (pus, tive, fui, vim) – os outros terminam em EI ou I
STE (tu)
OU, EU, IU (ele, ela)
MOS (nós)
STES (vós)
RAM (eles, elas)

CUIDADO:
Caber = coube
Trazer = trouxe
Reaver = reouve
Dizer = disse
Fazer = fiz, fez
Saber = soube

59
PRETÉRITO IMPERFEITO (passado não concluído) – olhe as
terminações:
VA (verbos terminados em AR)
IA (verbos terminados em ER, IR)
UNHA (verbos em OR)
INHA (derivados do verbo TER e VIR)
ERA (verbo SER)
Único cuidado: VÓS (VEIS, ÍEIS, ÚNHEIS, ÍNHEIS, ÉREIS)

PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO (ação passada anterior à


outra também passada - passado do passado) – olhe as
terminações:
RA (para todos os verbos)

Único cuidado: VÓS – REIS (com acento na sílaba anterior)

VEJA: cantara, pusera, tivera, vira (ver), viera (vir), soubera, coubera,
explodira, competira.

Eu reouvera, tu reouveras, ele reouvera, nós reouvéramos, vós reouvéreis, eles


reouveram.

Não se esqueça: tinha ou havia + particípio (ado, ido, to, sso) = RA


VEJA: havia lido tudo = Lera tudo.
Tinha intervindo nisso = Interviera nisso.
Havia proposto = Propusera.

FUTURO DO PRESENTE (amanhã certo) – igual para todos os


verbos
REI, RÁS, RÁ, REMOS, REIS, RÃO.

FUTURO DO PRETÉRITO (futuro condicionado a um fato


passado) – igual para todos os verbos
RIA, RIAS, RIA, RÍAMOS, RÍEIS, RIAM

60
PRESENTE DO SUBJUNTIVO – usar a conjunção “QUE” para apoiar a
conjugação.
AR – trocar as terminações todas por “E”
ER, IR, OR – trocar as terminações todas por “A”

Veja: QUE eu venda, tu vendas, ele venda, vendamos, vendais, vendam.

Única exceção: verbo ESTAR – ESTEJA (não muda a terminação)

O SEGREDO DO SUBJUNTIVO É A TROCA DAS LETRAS DOS VERBOS,


SE O VERBO FICA COM AS MESMAS LETRAS É O PRESENTE DO
INDICATIVO, SE TROCAR É O SUBJUNTIVO.

Eles trazem (trazer) – presente do indicativo


Eles tragam (trazer) – presente do subjuntivo
Ele bebe (beber) – presente do indicativo
Ele beba (beber) – presente do subjuntivo
Nós partimos (partir) – presente do indicativo
Nós partamos (partir) – presente do subjuntivo

PRETÉRITO IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO – igual para todos os


verbos – use a conjunção “SE” para conjugar.

SSE (terminação)
Veja: SE eu cantasse, tu cantasses, ele cantasse, nós cantássemos, vós
cantásseis, eles cantassem

Único cuidado: disse (pretérito perfeito)


Dissesse – imperfeito do subjuntivo

FUTURO DO SUBJUNTIVO – igual para todos os verbos – use as


conjunções “QUANDO” ou “SE” para a conjugação.

R, RES, R, RMOS, RDES, REM (terminações)


Veja: QUANDO eu puser, tu puseres, ele puser, nós pusermos, vós puserdes,
eles puserem

61
IMPERATIVO: se couber a conjunção “QUE” para conjugar, certeza de
serem as pessoas: você, vocês, nós (afirmativo e negativo iguais), tu e vós
(negativo).
Veja: BEBA tudo! (que eu beba) – certeza de ser você (3ª pessoa)

Atenção – se não der o “que” – certeza de ser TU ou VÓS do afirmativo,


porque eles vêm do indicativo sem o “s”. Basta conjugar.

VEJA: COME tudo! (que eu coma) – não deu, então conjugue.

Eu como, tu comes (pronto é o TU, retire o “S”) faça igual com o VÓS.
COMEI (vós).

Lembre-se: O IMPERATIVO VEM DO PRESENTE DO SUBJUNTIVO, SÓ O TU E


OS VÓS (afirmativo) DO PRESENTE DO INDICATIVO SEM O “S”.

VERBOS IRREGULARES e PERIGOSOS:

EAR – recebem um “I” no eu, tu, ele, eles – no presente do indicativo, do


subjuntivo.
Veja: eu freio, tu freias, ele freia, nós freamos, vós freais, eles freiam.
QUE eu freie, tu freies, ele freie, nós freemos, vós freeis, eles freiem.

MARIO (mediar, intermediar, ansiar, remediar, incendiar, odiar)


Todos recebem um “E” no eu, tu, ele, eles – no presente do indicativo, do
subjuntivo.
Veja: eu odeio, tu odeias, ele odeia, nós odiamos, vós odiais, eles odeiam.
QUE eu odeie, tu odeies, ele odeie, nós odiemos, vós odieis, eles odeiem.

FERIR – no “eu” do presente do indicativo a letra E vira I.


Veja: eu FIRO, tu feres, ele fere, nós ferimos, vós feris, ferem.
Seguem este modelo: aderir, advertir, aferir, assentir, auferir, competir, conferir,
conseguir, consentir, convergir, deferir, desferir, despir, diferir, discernir,
divergir, divertir, expelir, gerir, impelir, inferir, ingerir, investir, mentir,
perseguir, preferir, preterir, proferir, referir-se, refletir, repelir, repetir, revestir,
seguir, sentir, servir, sugerir, transferir, vestir.
Eu adiro, compito, expilo, pretiro, dispo, impilo, prefiro...

Este “I” – segue em todo o presente do subjuntivo.


Veja: QUE eu fira, tu firas, ele fira, firamos, vós firais, eles firam.

62
DERIVADOS DE VER, VIR, TER, PÔR.
Ver – antever, prever, rever, entrever
Vir – convir, sobrevir, advir, provir, intervir, desavir, avir, antevir
Ter – manter, deter, reter, suster, entreter, conter, obter, abster
Pôr – todos terminados em OR

Eles seguem a mesma conjugação sempre.


PRESENTE – vejo, venho, tenho, ponho
PRETÉRITO PERFEITO – vi, vim, tive, pus
PRETÉRITO IMPERFEITO – via, vinha, tinha, punha
PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO – vira, viera, tivera, pusera
FUTURO DO PRESENTE – verei, virei, terei, porei
FUTURO DO PRETÉRITO – veria, viria, teria, poria
PRESENTE DO SUBJUNTIVO – veja, venha, tenha, ponha
IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO – visse, viesse, tivesse, pusesse
FUTURO DO SUBJUNTIVO – vir, vier, tiver, puser

FUTURO DO SUBJUNTIVO – vir, vier, tiver, puser


Cuidado com o verbo ver:
QUANDO eu VIR, tu VIRES, ele VIR, nós VIRMOS, vós VIRDES, eles VIREM.

Não confunda VER com VIR:

Se / quando VIR = ver no futuro (hipótese futura)

Se / quando VIER = vir no futuro (hipótese futura) Atente-se à conjunção e à


semântica de hipótese.

LER, VER, VIR, CRER, RIR, TER, PÔR – cuidado com o VÓS do
presente do indicativo.
Veja: VÓS ledes, vedes, vindes, credes, rides, tendes, pondes (Vale para os
derivados também)

NÃO SE ESQUEÇA:
TEM e VEM – concordância no singular
TÊM e VÊM – concordância no plural
Derivados no singular: acento agudo – MANTÉM, CONVÉM
Derivados no plural: acento circunflexo – MANTÊM, CONVÊM

63
VERBOS QUE DOBRAM O “E”:
LER, CRER, VER, DAR (derivados idem)
Singular – lê, crê, vê, dê
Plural – leem, creem, veem, deem
Eles releem e veem erros no texto.

Verbos Anômalos – SER e IR

PRESENTE PRESENTE PRETÉRITO PRETÉRITO


PERFEITO PERFEITO
Eu sou Eu vou Eu fui Eu fui

Tu és Tu vais Tu foste Tu foste

Ele é Ele vai Ele foi Ele foi


Nós somos Nós vamos Nós fomos Nós fomos

Vós sois Vós ides Vós fostes Vós fostes


Eles são Eles vão Ele foram Ele foram

PRETÉRITO PRETÉRITO PRETÉRITO PRETÉRITO


IMPERFEITO IMPERFEITO MAIS-QUE-PERFEITO MAIS-QUE-PERFEITO

Eu era Eu ia Eu fora Eu fora

Tu eras Tu ias Tu foras Tu foras


Ele era Ele ia Ele fora Ele fora

Nós éramos Nós íamos Nós fôramos Nós fôramos

Vós éreis Vós íeis Vós fôreis Vós fôreis


Eles eram Eles iam Ele foram Ele foram

64
FUTURO DO FUTURO DO FUTURO DO FUTURO DO
PRESENTE PRESENTE PRETÉRITO PRETÉRITO
Eu serei Eu irei Eu seria Eu iria

Tu serás Tu irás Tu serias Tu irias


Ele será Ele irá Ele seria Ele iria

Nós seremos Nós iremos Nós seríamos Nós iríamos

Vós sereis Vós ireis Vós seríeis Vós iríeis


Eles serão Eles irão Ele seriam Ele iriam

PRESENTE DO PRESENTE DO PRETÉRITO PRETÉRITO


SUBJUNTIVO SUBJUNTIVO IMPERFEITO DO IMPERFEITO DO
SUBJUNTIVO SUBJUNTIVO
Que eu seja Que eu vá Se eu fosse Se eu fosse

Que tu sejas Que tu vás Se tu fosses Se tu fosses

Que ele seja Que ele vá Se ele fosse Se ele fosse

Que nós sejamos Que nós vamos Se nós fôssemos Se nós fôssemos

Que vós sejais Que vós vades Se vós fôsseis Se vós fôsseis

Que eles sejam Que eles vão Se eles fossem Se eles fossem

FUTURO DO FUTURO DO IMPERATIVO IMPERATIVO


SUBJUNTIVO SUBJUNTIVO AFIRMATIVO AFIRMATIVO

Quando eu for Quando eu for _____ _____

Quando tu fores Quando tu fores SÊ tu VAI tu


Quando ele for Quando ele for Seja você Vá você
Quando nós formos Quando nós formos Sejamos nós Vamos nós

Quando vós fordes Quando vós fordes SEDE vós IDE vós
Quando eles forem Quando eles forem Sejam vocês Vão vocês

65
Verbos Irregulares
PRESENTE DO INDICATIVO
CRER LER DAR ESTAR

Eu creio Eu leio Eu dou Eu estou

Tu crês Tu lês Tu dás Tu estás

Ele crê Ele lê Ele dá Ele está

Nós cremos Nós lemos Nós damos Nós estamos

Vós credes Vós ledes Vós dais Vós estais

Eles creem Eles leem Eles dão Eles estão

PRETÉRITO PERFEITO
CRER LER DAR ESTAR

Cri Li Dei Estive

Creste Leste Deste Estiveste

Creu Leu Deu Esteve

Cremos Lemos Demos Estivemos

Crestes Lestes Destes Estivestes

Creram Leram Deram Estiveram

PRETÉRITO IMPERFEITO
CRER LER DAR ESTAR

Cria Lia Dava Estava

Crias Lias Davas Estavas

Cria Lia Dava Estava

Críamos Líamos Dávamos Estávamos

Críeis Líeis Dáveis Estáveis

Criam Liam Davam Estavam

66
PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO

CRER LER DAR ESTAR

Crera Lera Dera Estivera

Creras Leras Deras Estiveras

Crera Lera Dera Estivera

Crêramos Lêramos Déramos Estivéramos

Crêreis Lêreis Déreis Estivéreis

Creram Leram Deram Estiveram

FUTURO DO PRESENTE

CRER LER DAR ESTAR

Crerei Lerei Darei Estarei

Crerás Lerás Darás Estarás

Crerá Lerá Dará Estará

Creremos Leremos Daremos Estaremos

Crereis Lereis Dareis Estareis

Crerão Lerão Darão Estarão

FUTURO DO PRETÉRITO

CRER LER DAR ESTAR

Creria Leria Daria Estaria

Crerias Lerias Darias Estarias

Creria Leria Daria Estaria

Creríamos Leríamos Daríamos Estaríamos

Creríeis Leríeis Daríeis Estaríeis

Creriam Leriam Dariam Estariam

67
PRESENTE DO SUBJUNTIVO (QUE)

CRER LER DAR ESTAR

Creia Leia Dê Esteja

Creias Leias Dês Estejas

Creia Leia Dê Esteja

Creiamos Leiamos Demos Estejamos

Creiais Leiais Deis Estejais

Creiam Leiam Deem Estejam

PRETÉRITO IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO (SE)

CRER LER DAR ESTAR

Cresse Lesse Desse Estivesse

Cresses Lesses Desses Estivesses

Cresse Lesse Desse Estivesse

Crêssemos Lêssemos Déssemos Estivéssemos

Crêsseis Lêsseis Désseis Estivésseis

Cressem Lessem Dessem Estivessem

FUTURO DO SUBJUNTIVO (QUANDO/ SE)

CRER LER DAR ESTAR

Crer Ler Der Estiver

Creres Leres Deres Estiveres

Crer Ler Der Estiver

Crermos Lermos Dermos Estivermos

Crerdes Lerdes Derdes Estiverdes

Crerem Lerem Derem Estiverem

68
As formas Nominais

São três as chamadas formas nominais do verbo:

1) Infinitivo:
São as formas terminadas em ar, er ou ir.

2) Gerúndio:
São as formas terminadas em ndo.

3) Particípio:
São as formas terminadas em ado ou ido.

O infinitivo é forma nominal do verbo e pode apresentar-se flexionado e


não flexionado.

Será denominado flexionado quando possuir desinência verbal, que são as


seguintes:
es, para a segunda pessoa do singular (tu), mos, para a primeira pessoa do
plural (nós), des, para a segunda pessoa do plural (vós) e em, para a terceira
pessoa do plural (eles, elas, vocês).

A primeira pessoa do singular (eu) e a terceira pessoa do singular (ele, ela,


você) são representadas pelo infinitivo não flexionado.

INFINITIVO PESSOAL
Era para eu trabalhar
Era para tu trabalhares
Era para ele trabalhar
Era para nós trabalharmos
Era para vós trabalhardes
Era para eles trabalharem

O infinitivo flexionado, nas conjugações dos verbos regulares, é idêntico ao


futuro simples do subjuntivo. Este participa de orações iniciadas pela conjunção
se ou pela conjunção quando, indicando hipótese condicional ou
temporal; aquele, de orações iniciadas geralmente por preposição (a, de,
para, por, etc), indicando significado declarativo.

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Infinitivo:
Era para eles chegarem mais cedo.
Ao nos aproximarmos da casa, percebemos que havia algum problema.
Eles se preocuparam por não saberem o que estava acontecendo.

Futuro do subjuntivo:
Se eles chegarem mais cedo, participarão da abertura do evento.
Quando nos aproximarmos da casa, saiam correndo.

Se o sujeito do verbo no infinitivo for o mesmo do verbo da outra oração, a


flexão do infinitivo não é necessária. Não é, porém, proibida.

Convidaram os alunos a entrar na sala.


Convidaram os alunos a entrarem na sala.

Os escoteiros chamaram os chefes para discutir sobre o acampamento.


Os escoteiros chamaram os chefes para discutirem sobre o acampamento.

Quando o sujeito do infinitivo for um substantivo no plural, pode-se usar tanto


o infinitivo flexionado quanto o infinitivo não-flexionado:

Mandei os garotos sair.


Mandei os garotos saírem.

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VERBO REQUERER
Gerúndio: requerendo
Particípio: requerido

INDICATIVO

Presente Pretérito perfeito Pretérito imperfeito


eu requeiro eu requeri eu requeria
tu requeres tu requereste tu requerias
ele/ela requer ele/ela requereu ele/ela requeria
nós requeremos nós requeremos nós requeríamos
vós requereis vós requerestes vós requeríeis
eles/elas requerem eles/elas requereram eles/elas requeriam

Pret. mais-que-perfeito Futuro do Presente Futuro do Pretérito

eu requerera eu requererei eu requereria


tu requereras tu requererás tu requererias
ele/ela requerera ele/ela requererá ele/ela requereria
nós requerêramos nós requereremos nós requereríamos
vós requerêreis vós requerereis vós requereríeis
eles/elas requereram eles/elas requererão eles/elas requereriam

SUBJUNTIVO

Presente Pretérito imperfeito Futuro


eu requeira eu requeresse eu requerer
tu requeiras tu requeresses tu requereres
ele/ela requeira ele/ela requeresse ele/ela requerer
nós requeiramos nós requerêssemos nós requerermos
vós requeirais vós requerêsseis vós requererdes
eles/elas requeiram eles/elas requeressem eles/elas requererem

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VOZES VERBAIS

Voz verbal é a flexão do verbo que indica se o sujeito pratica, ou recebe, ou


pratica e recebe a ação verbal.

1) Voz Ativa:
Quando o sujeito é agente, ou seja, pratica a ação verbal ou participa
ativamente de um fato.
As meninas exigiram a presença da diretora.
A torcida aplaudiu os jogadores.
O médico cometeu um erro terrível.

2) Voz Passiva:
Quando o sujeito é paciente, ou seja, sofre a ação verbal.

A) Voz Passiva Sintética:


A voz passiva sintética é formada por verbo transitivo direto, pronome se
(partícula apassivadora) e sujeito paciente.
Entregam-se encomendas.
Alugam-se casas.
Compram-se roupas usadas.

B) Voz Passiva Analítica:


A voz passiva analítica é formada por sujeito paciente, verbo auxiliar ser ou
estar mais verbo principal no particípio – ambos formam locução verbal
passiva – e agente da passiva.
As encomendas foram entregues pelo próprio diretor.
As casas foram alugadas pela imobiliária.

3) Voz Reflexiva:
Há dois tipos de voz reflexiva:

A) Reflexiva:
Será chamada simplesmente de reflexiva, quando o sujeito praticar a ação
sobre si mesmo.
Carla machucou-se.
O garoto cortou-se com a faca.
Roberto matou-se.

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B) Reflexiva recíproca:
Será chamada de reflexiva recíproca, quando houver dois elementos como
sujeito: um pratica a ação sobre o outro, que pratica a ação sobre o primeiro.
Paula e Renato amam-se.
Os jovens agrediram-se durante a festa.
Os ônibus chocaram-se violentamente.

Passagem da ativa para a passiva e vice-versa

Para efetivar a transformação da ativa para a passiva e vice-versa, procede-se


da seguinte maneira:

1 - O sujeito da voz ativa passará a ser o agente da passiva.

2 - O objeto direto da voz ativa passará a ser o sujeito da voz passiva.

3 - Na passiva, o verbo ser estará no mesmo tempo e modo do verbo transitivo


direto da ativa.

4 - Na voz passiva, o verbo transitivo direto ficará no particípio.

Voz ativa:
A torcida aplaudiu os jogadores.
Sujeito = a torcida.
Verbo transitivo direto = aplaudiu.
Objeto direto = os jogadores.

Voz passiva:
Os jogadores foram aplaudidos pela torcida.
Sujeito = os jogadores.
Locução verbal passiva = foram aplaudidos.
Agente da passiva = pela torcida.

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CONCORDÂNCIA NOMINAL
Os adjetivos e as palavras adjetivadas concordam em gênero (masculino e
feminino) e número (singular e plural) com os elementos a que se
referem.

Gatas malhadas e cachorros brancos.

Quando o adjetivo surgir junto de mais de um substantivo, teremos regras


especiais, que veremos agora:

1) Adjetivo posposto a dois ou mais substantivos:

A) Quando o adjetivo posposto a dois ou mais substantivos qualificar todos


os substantivos apresentados, poderá concordar com o elemento mais
próximo ou com a soma deles.

O Estado compra carros e maçãs argentinas.

O Estado compra carros e maçãs argentinos.

Há três casos em que o adjetivo concordará apenas com o elemento mais


próximo:

A) Se qualificar apenas o elemento mais próximo:


Comprei óculos e frutas frescas.

B) Se os substantivos forem sinônimos:


Desrespeitaram o povo e a gente brasileira.

C) Se os substantivos formarem gradação:


Foi um olhar, uma piscadela, um gesto estranho.

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2) Adjetivo anteposto a dois ou mais substantivos:

A) Adjunto adnominal:
Quando o adjetivo anteposto a dois ou mais substantivos funcionar como
adjunto adnominal e estiver qualificando todos os substantivos apresentados,
deverá concordar apenas com o elemento mais próximo.

Trouxe belas rosas e cravos.

B) Predicativo do sujeito:
Quando o adjetivo imediatamente anteposto a dois ou mais substantivos
funcionar como predicativo do sujeito, deverá concordar com a soma dos
elementos, apesar de existirem gramáticos que admitam a concordância
também com o elemento mais próximo.

Preocupados, o operário e a esposa saíram para o trabalho.

C) Predicativo do objeto:
Quando o adjetivo imediatamente anteposto a dois ou mais substantivos
funcionar como predicativo do objeto, deverá concordar com a soma dos
elementos, apesar de existirem gramáticos que admitam a concordância
também com o elemento mais próximo.

Encontrei preocupados com a situação da empresa o operário e a esposa.

3) Dois ou mais adjetivos, modificando um só substantivo:

Quando houver apenas um substantivo qualificado por dois ou mais adjetivos,


há duas maneiras de se construir a frase:

A) Coloca-se o substantivo no plural, e enumeram-se os adjetivos.

Ele estuda as línguas inglesa e francesa.

B) Coloca-se o substantivo no singular, e, ao se enumerarem os adjetivos,


acrescenta-se artigo a cada um deles.

Ele estuda a língua inglesa e a francesa.

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Casos especiais de concordância nominal

1) Obrigado / Mesmo / Próprio:

Esses três elementos concordam com o substantivo ou com o pronome a que


se referem, ou seja, se o substantivo for feminino plural, usam-se mesmas,
próprias e obrigadas. Caso a palavra mesmo signifique realmente, ficará
invariável.

Elas mesmas disseram, em coro: Muito obrigadas, professor.

Os próprios jogadores reconheceram o erro.

As meninas trouxeram mesmo (realmente) o radialista.

2) Só / Sós:
Essa palavra concordará com o elemento a que se refere, quando significar
sozinhos, sozinhos, sozinha, sozinhas. Ficará invariável, quando significar
apenas, somente. A locução a sós é sempre invariável.

Só as garotas queriam andar sós; os meninos queriam a companhia delas.

Gosto de estar a sós.

3) Quite / Anexo / Incluso / Separado / Apenso / Leso:


Esses elementos concordam com o substantivo a que se referem.

Deixarei as promissórias quites, para não ter problemas.

Anexas, seguem as fotocópias dos documentos solicitados.

Estão inclusos o café da manhã e o almoço.

Desvios de lesos-caracteres e lesa-pátria.

Atenção: em anexo e em separado são termos invariáveis.

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4) Verbo de ligação + Predicativo do sujeito:
Quando o sujeito for tomado em sua generalidade, sem qualquer determinante,
o verbo ser - ou qualquer outro verbo de ligação - ficará no singular e o
predicativo do sujeito no masculino, singular.
Se o sujeito vier determinado por qualquer palavra, a concordância do verbo e
do predicativo será regular, ou seja, concordarão com o sujeito em número e
pessoa.

Caminhada é bom para a saúde.

Esta caminhada está muito boa.

É proibido entrada

Está proibida a entrada.

5) Menos / Pseudo:
Essas duas palavras são sempre invariáveis.

Houve menos reclamações dessa vez.

As pseudo-escritoras foram desmascaradas.

6) Muito / Bastante:
Quando modificarem substantivo, concordarão com ele, por serem pronomes
indefinidos adjetivos.
Quando modificarem verbo, adjetivo, ou outro advérbio, ficarão invariáveis, por
serem advérbios.
Bastante também será adjetivo, quando significar que basta, que satisfaz.

Bastantes funcionários ficaram bastante revoltados com a empresa.

Há provas bastantes de sua culpa.

7) Alerta ou Alertas – a concordância preferencial é com o advérbio (alerta).

Os policiais permaneceram alerta a noite toda (em alerta).

Eles estão alertas. (adjetivo – variável)

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CONCORDÂNCIA VERBAL
Estudar a concordância verbal é, basicamente, estudar o sujeito, pois é com
este que o verbo concorda.

Se o sujeito estiver no singular, o verbo também o estará; se o sujeito estiver


no plural, o mesmo acontece com o verbo.

Então, para saber se o verbo deve ficar no singular ou no plural, deve-se


procurar o sujeito, perguntando ao verbo Que(m) é que pratica ou sofre a
ação? ou Que(m) é que possui a qualidade? A resposta indicará como o verbo
deverá ficar.

A frase – As instalações da empresa são precárias – tem como sujeito As


instalações da empresa, cujo núcleo é a palavra instalações, pois elas é que
são precárias, e não a empresa; por isso o verbo fica no plural.

CASOS ESPECIAIS

1) Coletivo ou Partitivo (parte de, a maioria, a minoria, grande parte, quase


a metade, grande quantidade, etc.)

Quando o sujeito for um substantivo coletivo, como, por exemplo, bando,


multidão, matilha, arquipélago, trança, cacho, etc., ou uma palavra no singular
que indique diversos elementos, como, por exemplo, maioria, minoria, pequena
parte, grande parte, metade, porção, etc., poderão ocorrer as seguintes
circunstâncias:

A) O coletivo funciona como sujeito, sem acompanhamento de qualquer


restritivo:

Nesse caso, o verbo ficará no singular, concordando com o coletivo, que é


singular.

A multidão invadiu o campo após o jogo.

O bando sobrevoou a cidade.

A maioria está contra as medidas do governo.

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B) O coletivo funciona como sujeito, acompanhado de restritivo no plural:

Nesse caso, o verbo tanto poderá ficar no singular, quanto no plural.

A multidão de torcedores invadiu / invadiram o campo após o jogo.

O bando de pássaros sobrevoou / sobrevoaram a cidade.

A maioria dos cidadãos está / estão contra as medidas do governo.

2) Mais de, menos de, cerca de...

Quando o sujeito for iniciado por uma dessas expressões, o verbo concordará
com o numeral que vier imediatamente à frente.

Mais de uma criança se machucou no brinquedo.

Menos de dez pessoas chegaram na hora marcada.

Cerca de duzentos mil reais foram surripiados.

Quando Mais de um estiver indicando reciprocidade ou com a expressão


repetida, o verbo ficará no plural.
Mais de uma pessoa agrediram-se.

Mais de um carro se entrechocaram.

Mais de um deputado se xingaram durante a sessão.

3) Nomes próprios no plural


Quando houver um nome próprio usado apenas no plural, deve-se analisar o
elemento a que ele se refere:

A) Se for nome de obra, o verbo tanto poderá ficar no singular, quanto no


plural.

Os Lusíadas imortalizou / imortalizaram Camões.

Os Sertões marca / marcam uma época da Literatura Brasileira.

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B) Se for nome de lugar - cidade, estado, país - o verbo concordará com o
artigo; caso não haja artigo, o verbo ficará no singular.

Os Estados Unidos comandam o mundo.

Campinas fica em São Paulo.

Os Andes cortam a América do Sul.

4) Sujeito sendo pronome relativo


Quando o pronome relativo exercer a função de sujeito, deveremos analisar o
seguinte:

A) Pronome Relativo que:


O verbo concordará com o elemento antecedente.

Fui eu que quebrei a vidraça. (Eu quebrei a vidraça)

Fomos nós que telefonamos a você. (Nós telefonamos a você)

Estes são os garotos que foram expulsos da escola. (Os garotos foram
expulsos)

B) Pronome Demonstrativo o, a, os, as + Pronome Relativo que:

O verbo concordará com o pronome demonstrativo, ficando, então, na terceira


pessoa do singular, ou na terceira pessoa do plural.

Fui eu o que quebrou a vidraça. (O que quebrou a vidraça fui eu)

Foste tu a que me enganou. (A que me enganou foste tu)

Fomos nós os que telefonaram a você. (Os que telefonaram a você fomos nós)

Fostes vós os que me engaram. (Os que me engaram fostes vós)

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C) Pronome Relativo quem: O verbo ficará na terceira pessoa do
singular.

Fui eu quem quebrou a vidraça. (Quem quebrou a vidraça fui eu)

Foste tu quem quebrou a vidraça. (Quem quebrou a vidraça foste tu)

Foi ele quem quebrou a vidraça. (Quem quebrou a vidraça foi ele)

Fomos nós quem quebrou a vidraça. (Quem quebrou a vidraça fomos nós)

Fostes vós quem quebrou a vidraça. (Quem quebrou a vidraça fostes vós)

Foram eles quem quebrou a vidraça. (Quem quebrou a vidraça foram eles)

Modernamente, pode haver a concordância com o termo antecedente.

5) Um dos ... que


Quando o sujeito for iniciado pela expressão Um dos que, deveremos analisar o
seguinte:

A) É certo que o elemento é o único a praticar a ação:

O verbo ficará no singular. Por exemplo, a frase O Corinthians é um dos times


paulistas que mais vezes foi campeão estadual tem o verbo no singular, pois é
certo que, dos times de São Paulo, o Corinthians foi mais vezes campeão - 24
vezes.

B) É certo que o elemento não é o único a praticar a ação:


O verbo ficará no plural. Por exemplo, a frase Casagrande é um dos ex-
jogadores de futebol que trabalham como comentarista esportivo tem o verbo
no plural, pois é certo que, além de Casagrande, há outros ex-jogadores de
futebol, trabalhando como comentarista esportivo - Falcão, Júnior, Tostão,
Rivelino...

C) Não se sabe se o elemento é o único a praticar a ação ou não: O verbo tanto


poderá ficar no plural, quanto no singular. Por exemplo, a frase São Paulo é
uma das cidades que mais sofre / sofrem com a poluição é facultativo, pois
não há como medir se São Paulo é a que mais sofre, ou se, além dela, há
outras que sofrem tanto.

Outra explicação também é a questão de se querer dar ênfase ao elemento: se


se quiser enfatizar o problema em São Paulo, coloca-se o verbo no singular.

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6) Porcentagem + Substantivo:
Facultativamente o verbo poderá concordar com a porcentagem ou com o
substantivo.

1% da turma estuda muito.

1% dos alunos estuda / estudam muito.

10% da turma estuda / estudam muito.

10% dos alunos estudam muito.

7) Pronomes de Tratamento
Os pronomes de tratamento são pronomes de terceira pessoa, portanto tudo
que se referir a eles deverá estar na terceira pessoa.

Vossa Senhoria deve trazer seus documentos consigo.

Vossa Excelência tem que se contentar com seus assessores.

8) Núcleos ligados pela conjunção "e"

A) Verbo após os núcleos:

Ficará no plural o verbo que estiver após o sujeito composto cujos núcleos
sejam ligados pela conjunção e:

O hotel e a cidade são maravilhosos.

Machado de Assis e Guimarães Rosa estão entre os melhores escritores do


mundo.

ATENÇÃO!

Quando os núcleos forem sinônimos ou estiverem formando gradação, o


verbo PODERÁ ficar no singular.

"A lisura e a sinceridade frequenta pouco o Congresso Nacional." lisura =


sinceridade.

"Cada rosto, cada voz, cada corpo lhe lembrava a amada."

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B) Verbo antes dos núcleos:

Facultativamente ficará no plural ou concordará com o núcleo mais próximo o


verbo que estiver antes do sujeito composto cujos núcleos sejam ligados pela
conjunção e:

É maravilhoso o hotel e a cidade.

São maravilhosos o hotel e a cidade.

É maravilhosa a cidade e o hotel.

9) Aposto resumidor / conectivos correlatos

O Aposto resumidor é normalmente representado por pronome indefinido


(tudo, nada, ninguém, alguém, todos...) ou por pronome demonstrativo (isto,
isso, aquilo...), resumindo o sujeito composto.
O verbo, excepcionalmente, concordará com o aposto resumidor.

Brinquedos, roupas, jogos, nada tirava a angústia daquele jovem.

Amigos, parentes, companheiros de trabalho, ninguém se incomodou com sua


ausência.

Quando o sujeito composto tem os elementos ligados por conectivos correlatos:


assim ... como, não só ... mas também, tanto ... como, nem ... nem, o verbo
ficará no plural. O singular é raro.

Tanto o irmão como a esposa ignoraram seu pedido de ajuda.

Não só Pedro mas também Eduardo estão à sua procura.

Verbos Especiais:

1) O verbo Ser:

A) Se o sujeito representar uma pessoa ou se for pronome pessoal, o verbo


concordará com ele.

Aline é as alegrias do namorado.

O Presidente é as esperanças do povo brasileiro.

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B) Se o sujeito for uma quantidade no plural, e o predicativo do sujeito, palavra
ou expressão como muito, pouco, o bastante, o suficiente, uma fortuna, uma
miséria, o verbo ficará no singular.

Cem reais é muito, por esse produto.

Duzentos gramas de carne é pouco.

C) Na indicação de horas ou distâncias, o verbo concordará com o numeral.

Era meio-dia, quando ele chegou.

São duas horas. É 1h58min.

D) Na indicação de datas, o verbo poderá ficar no singular, concordando com a


palavra dia, ou no plural, concordando com a palavra dias.

É 1º de outubro. = É dia 1º de outubro ou É o primeiro dia de outubro.

É 15 de setembro = É dia quinze de setembro.

São 15 de setembro = São quinze dias de setembro.

2) O verbo Haver:
O verbo haver é impessoal, no sentido de existir, de acontecer ou indicando
tempo decorrido; por isso fica na 3ª pessoa do singular - caso esteja
acompanhado de um verbo auxiliar, formando uma locução verbal, ambos
ficarão no singular. Nos outros sentidos, concorda com o sujeito.

Havia um mês, nós estávamos à sua procura.

Poderá haver confrontos entre os policiais e os grevistas.

Os alunos haviam ficado revoltados. (verbo – verbo auxiliar)

Haja vista:

A) Com a prep. a: haver no singular; vista invariável.

Haja vista ao exemplo dado.

Haja vista aos exemplos dados.

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B) Sem a prep. a: haver no singular ou concorda com o substantivo; vista
invariável.

Haja vista o exemplo dado.

Haja vista os exemplos dados.

Hajam vista os exemplos dados.

3) O verbo Fazer:

O verbo fazer é impessoal, indicando tempo decorrido e fenômeno natural; por


isso fica na 3ª pessoa do singular - caso esteja acompanhado de um verbo
auxiliar, formando uma locução verbal, ambos ficarão no singular. Nos outros
sentidos, concorda com o sujeito.

Faz três meses que não o vejo.

Faz 35º no verão, em Londrina.

Deve fazer cinco anos que ele morreu.

4) Outros verbos impessoais:


Os outros verbos impessoais, que também ficam na terceira pessoa do singular,
são os seguintes:

* Fenômenos da natureza:

Chove há três dias sem parar.

Choveram pedras. Nesse caso, o verbo não é impessoal, pois o sujeito está
claro.

* Passar de, indicando horas:

Já passa das 11h30.

Já passava das oito horas, quando ela chegou.

* Chegar de e bastar de, no imperativo:

Chega de firulas! Vamos ao assunto.

Basta de conversas, meninos!

85
5) Os verbos Dar, Bater e Soar:
Concordam com o sujeito, que pode ser:

A) o relógio, a torre, o sino...

O relógio deu quatro horas.

O sino soou cinco horas.

B) as horas.
O numeral que marca as horas funcionará como sujeito, quando o relógio, a
torre, o sino funcionar como adjunto adverbial de lugar - com a preposição em,
ou quando eles não aparecerem na oração.

No relógio, deram quatro horas.

No sino, soaram cinco horas.

Bateram sete horas.

6) A Partícula Apassivadora:

O verbo na voz passiva sintética, construída com o pronome se, concorda


normalmente com o sujeito. A maneira mais fácil de se comprovar que a oração
está na voz passiva sintética é passando-a para a voz passiva analítica:

Alugam-se casas muda para Casas são alugadas.


Sempre que for possível essa transformação, o se será chamado de Partícula
Apassivadora.

Entregam-se encomendas. = Encomendas são entregues por alguém.

Ouviram-se muitas histórias. = Muitas histórias foram ouvidas.

Sabe-se que ele não virá. = Que ele não virá é sabido.

86
7) O Índice de Indeterminação do Sujeito:

O pronome se, sendo índice de indeterminação do sujeito, deixa o verbo na


terceira pessoa do singular; haverá IIS quando surgir na oração VI, sem
sujeito claro; VTI, com OI; VL, com PS e VTD, com OD Preposicionado.

Morre-se de fome no Brasil.

Assiste-se a filmes interessantes.

Aqui se está satisfeito.

Respeita-se a Roberto.

8) Núcleos Infinitivos:

Andar e correr faz bem à saúde de todos.

O andar e o correr fazem bem à saúde de todos. (núcleos determinados)

Núcleos com semântica oposta – verbo no plural

Em sua vida, rir e chorar se alternam.

9) Sujeito Oracional:

Faltava resolver cinco problemas.

Parecia que os dois estavam loucos.

Atenção – Faltavam dois dias para a festa.


Faltava uma hora para a festa.

87
QUADRO SINÓPTICO – CONCORDÂNCIA

Cada pai, cada filho, cada amigo CADA – sempre no singular


ENTENDEU o árduo problema.

Nenhum amigo, nenhuma pessoa NENHUM – concordância no singular


COMPARECEU à festa.

CHEGOU ao shopping, às pressas, o VERBO ANTEPOSTO ao sujeito


repórter e os jogadores. OU composto, concordância no plural OU
com o núcleo mais próximo.
CHEGARAM ao shopping, às pressas,
o jogador e os repórteres.

O jogador e os repórteres VERBO POSPOSTO ao sujeito


CHEGARAM ao shopping às pressas. composto, concordância no plural.

Ternura, carinho e afeto FAZEM ou NÚCLEOS SINÔNIMOS


FAZ bem ao ser humano. concordância facultativa (singular ou
plural).

Fé e descrença, amor e ódio não NÚCLEOS ANTÔNIMOS


COMBINAM com você. concordância no plural.

É PROIBIDO entrada de caminhões. SEM ARTIGO – concordância no


masculino singular.

É PROIBIDA A entrada de COM ARTIGO – concordância como


caminhões. o determinante (artigo/ pronome
feminino).

PASSARAM dois anos, mas ainda O verbo concordará com o sujeito


FALTAM três meses para sua volta. sempre (veja o numeral)
Dois ou mais – sempre plural

BATERAM dez horas. SOOU meio- O verbo concorda como o numeral


dia e meia. das horas – sempre.

Seguem ANEXAS as pastas, ANEXO APENSO, INCLUSO, SEPARADO,


o arquivo e APENSOS os pedidos dos ANEXO – sempre concordarão.
alunos.
EM ANEXO/ EM SEPARADO/ EM
APENSO – invariáveis.

88
Ela MESMA disse OBRIGADA às MESMO, PRÓPRIO (pronomes
PRÓPRIAS amigas. reflexivos)

Ela MESMA disse OBRIGADA às OBRIGADO (adjetivo) – concordam


PRÓPRIAS amigas. com o sujeito.

Vocês gostam MESMO deles. MESMO (advérbio ou conjunção) -


(realmente) invariável

MESMO exaustos, foram trabalhar.


(embora, apesar de)

Eu estou QUITE com a justiça. QUITE (adjetivo) – sempre concorda.

Eles estão todos QUITES.

Somos nós QUE pagamos a conta QUE – verbo concorda com o


do lixo. referente

Somos nós QUEM paga a conta do QUEM – verbo na 3ª pessoa do


lixo. singular (ou referente)

O Brasil é UM DOS países QUE UM DOS QUE – concordância


participará ou participarão dos facultativa
jogos...

A MAIORIA DOS BRASILEIROS COLETIVO/ PARTITIVO/


prefere ou preferem futebol a vôlei. PORCENTAGEM + determinante –
concordância facultativa
1% DO TIME prefere folga aos
sábados.
COLETIVO/PARTITIVO/
A EQUIPE DE VETERANOS se PORCENTAGEM – concorda-se com
ausentou ou se ausentaram por horas. o núcleo do sujeito

UM TERÇO faltou ao evento.

30% aderiram ao manifesto.

Precisa-se de secretárias. SE: índice de indeterminação do


sujeito
(sujeito indeterminado – verbo VTI/ (nunca no plural)
VI/
VL na 3ª pessoa do singular) Verbo: VTI/ VI ou VL

89
VENDEM-se, a prazo, mesmo com COMENTAM-se, com certo temor,
restrições financeiras, em várias lojas casos de roubo naquela cidadezinha.
desta cidade, motos importadas.
sujeito: casos de roubo/ Casos de
sujeito: motos/ Motos são vendidas. roubo são comentados.

SE: partícula apassivadora/ sempre SE: partícula apassivadora/


com concordância (sujeito claro) sempre com concordância

Verbo: VTD ou VTDI (sem regência da


preposição)

Faz duas semanas.


Houve problemas.
(oração sem sujeito/ verbo impessoal) Vai fazer quarenta graus na Bahia.

Costuma haver crises. Fará anos que não o vejo.


Deve haver vagas.
(oração sem sujeito/ verbo impessoal/
(verbo impessoal/ sujeito inexistente/ nunca no plural)
nunca no plural)

Os verbos TER e VIR recebem acento Os verbos derivados de TER e VIR


circunflexo na terceira pessoa do recebem acento agudo no singular e
plural. acento circunflexo no plural.
Alguns problemas vêm causando
desconforto à presidente Dilma. PROVÊM de nosso solo, diariamente,
alimentos riquíssimos.
Cidadãos têm saído às ruas para
manifestos contra a corrupção. MANTÊM a ordem, no local, vários
policiais.

90
PONTUAÇÃO
Vírgula

Emprego da vírgula no período simples: quando se trata de separar termos de


uma mesma oração, deve-se usar a vírgula nos seguintes casos:

1. Para isolar adjuntos adverbiais deslocados:

A maioria dos alunos, durante as férias, viajam.

2. Para isolar o aposto explicativo:

Londrina, a terceira cidade do Sul do Brasil, é aprazibilíssima.

3. Para isolar o vocativo:

Alberto, traga minhas calças até aqui!

4. Para separar elementos coordenados:

As crianças, os pais, os professores e os diretores irão ao evento musical.

5. Para indicar a elipse do verbo:

Ela prefere filmes românticos; o namorado, de aventura. (o namorado prefere


filmes de aventura)

6. Para separar, nas datas, o lugar:

Londrina, 20 de novembro de 1996.

91
7. Para isolar conjunção coordenativa intercalada:

Os candidatos, porém, não respeitaram a lei.

8. Para isolar as expressões explicativas isto é, a saber, ou seja, por


exemplo, melhor dizendo, quer dizer...

Irei para Águas de Santa Bárbara, melhor dizendo, para São Lourenço.

Emprego da vírgula no período composto

Período composto por coordenação: as orações coordenadas devem sempre ser


separadas por vírgula.

Todos gostamos de seus projetos, no entanto não há verbas para viabilizá-los

Nota: as orações coordenadas aditivas iniciadas pela conjunção e só terão


vírgula, quando os sujeitos forem diferentes e quando o e aparecer repetido.

Ela irá no primeiro avião, e seus filhos no próximo.

Ele gritava, e pulava, e gesticulava como um louco.

Período composto por subordinação:

1- Orações subordinadas substantivas: não se separam por vírgula, exceto


as Apositivas.

É evidente que o culpado é o mordomo.

Ele quer várias coisas: que eu leia livros, que melhores meu vocabulário e seja
mais informado.

92
2- Orações subordinadas adjetivas: só a explicativa é separada por vírgula.

Londrina, que é a terceira cidade do Sul do Brasil, é aprazibilíssima.

3- Orações subordinadas adverbiais (quando estiverem deslocadas:


antepostas ou intercaladas na oração principal).

Assim que chegarem as encomendas, começaremos a trabalhar.

Ponto-e-vírgula

O ponto-e-vírgula indica uma pausa um pouco mais longa que a vírgula e um


pouco mais breve que o ponto.

O emprego do ponto-e-vírgula depende muito do contexto em que ele aparece.

Podem-se seguir as seguintes orientações para empregar o ponto-e-vírgula:

Para separar duas orações coordenadas que já contenham vírgulas:

Estive a pensar, durante toda a noite, em Diana, minha antiga namorada; no


entanto, desde o último verão, estamos sem nos ver.

Para separar duas orações coordenadas, quando elas são longas:

O diretor e a coordenadora já avisaram a todos os alunos que não serão


permitidas brincadeiras durante o intervalo nos corredores; porém alguns
alunos ignoram essa ordem.

Para separar enumeração após dois pontos:

Os alunos devem respeitar as seguintes regras:


- não fumar dentro do colégio;
- não fazer algazarras na hora do intervalo;
- respeitar os funcionários e os colegas;
- trazer sempre o material escolar.

93
Dois-pontos

Deve-se empregar esse sinal:

Para iniciar uma enumeração:

Compramos para a casa o seguinte: mesa, cadeiras, tapetes e sofás.

Para introduzir a fala de uma personagem:

Sempre que o professor Luís entra em sala de aula diz:


- Essa moleza vai acabar!

Para esclarecer ou concluir algo que já foi dito:

Essa moleza vai acabar: essas são as palavras do professor Luís.

Reticências

As reticências são empregadas:

Para indicar uma certa indecisão, surpresa ou dúvida na fala da


personagem:

João Antônio! Diga-me... você... me traiu?

Para indicar que, num diálogo, a fala de uma personagem foi


interrompida pela fala da outra:

- Como todos já deram sua opinião...

- Um momento, presidente, ainda tenho um assunto a tratar...

94
Para sugerir ao leitor que complete o raciocínio contido na frase:

Durante o ano ficou claro que o aluno que não atingisse 150 pontos seria
reprovado; você atingiu 145, portanto...

Para indicar, numa citação, que certos trechos do texto foram


exclusos:

"No momento em que a tia foi pagar a conta, Joana pegou o livro..." (Clarice
Lispector)

Parênteses

a) usamos parênteses para isolar palavras, frases intercaladas


de caráter explicativo e datas.
Na 2ª Guerra Mundial (1939-1945), morreu muita gente. Certa noite lá
em Angra (Verinha lembrava-se como se fora na véspera), encontrei um
tal de Genésio.
Dica: Os parênteses também podem substituir a vírgula ou o travessão.

Travessão
a) dá início à fala de um personagem
O filho perguntou:
— Pai, quando começarão as aulas?

b) indicar mudança do interlocutor nos diálogos


— Doutor, o que tenho é grave?
— Não se preocupe, é uma simples infecção. É só tomar um antibiótico e
estará bom.

Também pode ser usado em substituição à virgula em expressões ou


frases explicativas
Brasília – capital do Brasil – será sede dos próximos jogos.

95
Aspas
a) isolar palavras ou expressões que fogem à norma culta, como gírias,
estrangeirismos, palavrões, neologismos, arcaísmos e expressões
populares.
Maria ganhou um apaixonado “ósculo” do seu admirador.

A festa na casa de Lúcio estava “chocante”.

Conversando com meu superior, dei a ele um “feedback” do serviço a


mim requerido.

b) indicar uma citação textual


“Ia viajar! Viajei. Trinta e quatro vezes, às pressas, bufando, com todo o
sangue na face, desfiz e refiz a mala”. (O prazer de viajar - Eça de
Queirós)

QUADRO SINÓPTICO – PONTUAÇÃO

NÃO SEPARE O SUJEITO DO


VERBO, NEM O VERBO DOS NÃO ESQUEÇA ISSO!
OBJETOS.

SEPARAR ADJUNTO ADVERBIAL MESMO CONTRARIADO, ENCONTREI


DESLOCADO (anteposto ou AS RESPOSTAS.
intercalado na oração)
VOCÊ, DURANTE A FESTA, FEZ
ELOGIOS AOS CONVIDADOS.

ISOLAR O VOCATIVO ALUNOS, VENHAM AQUI!


(CHAMAMENTO)
AJUDE-ME, MEU DEUS.

ISOLAR O APOSTO EXPLICATIVO CRISTINA, PRESIDENTE DA


ARGENTINA, VIAJOU ONTEM.

ISOLAR ORAÇÃO EXPLICATIVA LULA, QUE JÁ FOI PRESIDENTE DO


BRASIL, CONTINUA SENDO
INVESTIGADO.

96
SEPARAR ELEMENTOS VEREADORES, GOVERNADORES,
COORDENADOS, ITENS PREFEITOS E O PRESIDENTE SAÍRAM
ENUMERADOS, ORAÇÕES CEDO DO EVENTO.
COORDENADAS ETC.
AS PESSOAS FORAM AO EVENTO,
ASSISTIRAM ÀS PALESTRAS,
VOLTARAM PARA CASA
SATISFEITAS.

ISOLAR EXPRESSÕES Ou seja, melhor dizendo, aliás, quero


EXPLICATIVAS OU dizer, dessa forma, por outro lado, por
RETIFICADORAS exemplo, a saber, isto é, etc.

ISOLAR ORAÇÕES ADVERBIAIS QUANDO HOUVER CRÍTICAS AO SEU


DESLOCADAS (6CTPF) TRABALHO, IGNORE-AS.

VOCÊ, SE QUISER, PODERÁ ME


ACOMPANHAR.

VÍRGULA NA CONJUNÇÃO “E” 1- PARA SEPARAR DIFERENTES


SUJEITOS EM ORAÇÕES DISTINTAS.
ELE RETIROU-SE DO LOCAL, E SEUS
AMIGOS O ACOMPANHARAM.

2- QUANDO O “E” EQUIVALE À


CONJUNÇÃO ADVERSATIVA “MAS”.
SABEMOS QUE O CIGARRO MATA, E
(MAS) CONTINUAMOS FUMANDO.

3- POLISSÍNDETO:
ELE JOGA, E DANÇA, E PULA, E FAZ A
ALEGRIA DE TODOS.

ATENÇÃO: OS DOIS-PONTOS Semântica explicativa (isso vale


PODEM SER TROCADOS PELA para todas as conjunções com a
CONJUNÇÃO semântica de causa ou
“POIS”, ANTECEDIDA DE explicação).
VÍRGULA.

97
PERÍODO SIMPLES
Sujeito

Para se analisar sintaticamente qualquer oração, deve-se começar,


perguntando ao verbo Quem pratica a ação? ou Quem sofre a ação? ou Quem
possui a qualidade? A resposta a essas perguntas denominamos de sujeito.

São os seguintes os tipos de sujeito:

1) Sujeito Simples: é aquele que possui apenas um núcleo. O núcleo do


sujeito será representado por um substantivo, por um pronome substantivo ou
por qualquer palavra substantivada. Núcleo é a palavra que, dentre todas as
que surgem na função sintática, realmente exerce a função.

Os homens destroem a natureza.

Quem destrói a natureza? Resp.: Os homens. Núcleo = homens. Sujeito


Simples.

ATENÇÃO!

Todas as palavras que surgirem antes do núcleo de qualquer função sintática


chamam-se Adjunto Adnominal (aa). Portanto, no exemplo citado, o artigo os
funciona como adjunto adnominal.

2) Sujeito Composto: é aquele que possui dois ou mais núcleos. Os


núcleos do sujeito composto são, quase sempre, ligados pela conjunção e, pela
conjunção ou, pela preposição com ou pelos conectivos correlatos assim ...
como, não só ... mas também, tanto ... como, tanto ... quanto, nem ... nem.

Tanto os cientistas quanto os religiosos estão temerosos.

Quem está temeroso? Resp.: Tanto os cientistas quanto os religiosos. Núcleos


= cientistas e religiosos. Sujeito Composto.
Os artigos os e os são adjuntos adnominais.

98
3) Sujeito Oculto: Teremos sujeito oculto, em três circunstâncias:

A) Quando perguntarmos ao verbo quem é o sujeito e obtivermos como


resposta os pronomes eu, tu, ele, ela, você, nós ou vós, sem surgirem escritos
na oração. O sujeito oculto também pode ser chamado de sujeito elíptico,
sujeito desinencial ou sujeito subentendido.

Estudaremos a matéria toda.

Quem estudará? Resp.: Nós. Como o pronome não surge na oração temos
sujeito oculto.

B) Quando o verbo estiver no Imperativo, ou seja, quando o verbo indicar


ordem, pedido ou conselho, com exceção de Chega de e Basta de. Esses dois
verbos participam de orações sem sujeito.

Estudem, meninos!

O verbo está no Imperativo, pois indica conselho. Portanto o sujeito é oculto.

C) Quando não surgir o sujeito escrito na oração, porém estiver claro em


orações anteriores.

Os governadores chegaram a Brasília ontem à noite. Terão um encontro com o


presidente.

Quem chegou a Brasília? Resp.: Os governadores. Núcleo = governadores.


Sujeito Simples.

Quem terá um encontro? Resp.: Não surge o sujeito escrito na oração, porém
na oração anterior aparece, com clareza, quem é o sujeito = os governadores.
Portanto, sujeito oculto.

99
4) Sujeito Indeterminado: Teremos sujeito indeterminado, quando
perguntarmos ao verbo quem é o sujeito e obtivermos como resposta o
pronome eles, sem surgir escrito na oração, nem aparecer claramente quem
são eles anteriormente.

Deixaram um bomba na casa do deputado.

Quem deixou uma bomba? Resp.: Eles. Não surge o sujeito escrito na oração,
nem aparece, com clareza, anteriormente, quem é o sujeito. Portanto, sujeito
indeterminado.

Verbo na 3ª pessoa do singular + índice de indeterminação do sujeito.

Precisa-se de bons funcionários.

Assiste-se a bons filmes.

Acredita-se em tudo o que ele diz.

5) Orações sem sujeito: Haverá oração sem sujeito, ou seja, o verbo será
impessoal nos seguintes casos:

Os verbos impessoais ficam, obrigatoriamente, na terceira pessoa do singular,


com exceção do verbo ser.

a) Verbos que indiquem fenômeno da natureza:


Choveu ontem.
Ventou demasiadamente.

ATENÇÃO!
Quando surgir o fenômeno da natureza escrito na oração ou quando a frase
possuir sentido figurado, haverá sujeito:
Choveram pedras sobre Londrina.
Choveram papeizinhos coloridos sobre os soldados que desfilavam.

100
b) Ser, estar, parecer, ficar, indicando fenômeno da natureza.
É primavera, mas parece verão.
Está frio hoje.

c) Fazer, indicando fenômeno da natureza ou tempo decorrido.


Faz dias frigidíssimos no inverno.
Faz três dias que aqui cheguei.

d) Haver, significando existir ou acontecer, ou indicando tempo decorrido.


Houve muitos problemas naquela noite.
Haverá várias festas em Curitiba.
Há dois anos ele esteve aqui em casa.

e) Passar de, indicando horas.


Já passa das 15h.

f) Chegar de e Bastar de, no imperativo.


Chega de matéria.

g) Ser, indicando horas, datas e distância. O verbo ser é o único verbo


impessoal que não fica obrigatoriamente na terceira pessoa do singular.

Horas: O verbo ser, ao indicar horas, concorda com o numeral a que se refere.
É uma hora.
São duas horas.

Distância: O verbo ser, ao indicar distância, concorda com o numeral a que se


refere.
É um quilômetro daqui até lá.
São dois quilômetros daqui até lá.

Datas: O verbo ser, ao indicar datas, tanto poderá ficar no singular quanto no
plural.
É dois de maio = É dia dois de maio.
São dois de maio = São dois dias de maio.
Claro está que, se for o primeiro dia do mês, o verbo ser ficará no singular.

101
Predicação Verbal

É o estudo do comportamento do verbo na oração. É a partir da predicação


verbal que analisamos se ocorre ação ou fato, se existe qualidade ou estado ou
modo de ser de sujeito.

Quanto à predicação verbal, os verbos podem ser:

- Intransitivos

- Transitivos

- De Ligação

Os transitivos e os intransitivos são também denominados verbos significativos.

Verbos Intransitivos

São verbos intransitivos os que não necessitam de complementação, pois já


possuem sentido completo. Observe estas frases, retiradas de manchetes de
jornais:

Rei Hussein, da Jordânia, morre aos 63.

24 mil casam-se ao mesmo tempo.

2ª parcela do IPVA vence a partir de hoje.

Perceba que esses verbos não necessitam de qualquer elemento para


complementar seu sentido, pois quem morre, morre, quem se casa, casa-se e
aquilo que vence, vence.

Há verbos intransitivos, porém, que vêm acompanhados de um termo


acessório, exprimindo alguma circunstância - lugar, tempo, modo, causa, etc. O
estudante não deve confundir esse elemento acessório com complemento de
verbo. Observe esse exemplo:

Governador diz que irá a Brasília para reunião.

Aparentemente, o verbo ir apresenta complementação, pois quem vai, vai a


algum lugar, porém lugar é uma circunstância e não complementação, como
à primeira vista possa parecer.

102
ATENÇÃO!
Todos os verbos que indicam destino ou procedência são verbos intransitivos,
normalmente acompanhados de circunstância de lugar - Adjunto Adverbial de
Lugar.
São eles ir, vir, voltar, chegar, cair, comparecer, dirigir-se, encaminhar-se,
direcionar-se, etc.
Esses verbos admitem as preposições a e de; esta para indicação de
procedência, aquela para a indicação de destino.

O avião caiu ao mar.

Cheguei a casa antes da meia-noite.

Nessa frase não ocorre o acento indicador de crase, pois a palavra casa só
admite o artigo quando estiver especificada: Cheguei à casa de Joana.

Verbos Transitivos

São verbos que necessitam de complementação, pois têm sentido incompleto.


Observe as orações:

O Santos venceu o Corinthians.

Cliente reclama de promoção da BCP.

Medida em estudo dá alívio para os Estados Unidos.

Perceba que os três verbos utilizados nos exemplos necessitam de


complementação, pois quem vence, vence alguém, quem reclama, reclama de
algo e quem dá, dá algo a alguém. A complementação, porém, dá-se de três
maneiras diferentes: na primeira, o verbo não exige preposição, mas na
segunda, sim, e, na terceira, há dois complementos, um com preposição, outro,
sem. Quanto a isso, os verbos são:

Transitivos diretos: exigem complemento sem preposição obrigatória. O


complemento é denominado objeto direto.

Presidente receberá governadores.

Falta de verbas causa problemas.

103
Transitivos indiretos: exigem complemento com preposição obrigatória.
O complemento é denominado objeto indireto.

Eleitor não obedece à convocação do TRE.

População ainda acredita nos políticos.

Transitivos diretos e indiretos: possuem dois complementos; o objeto


direto e o objeto indireto.

Governador perdoa a Deputado traição do passado.

Empresário doa rendimentos do mês à UNICEF.


Junto de verbo significativo pode surgir uma qualidade do sujeito ou uma
qualidade do objeto. Esta denomina-se predicativo do objeto; aquela,
predicativo do sujeito.
O professor entrou revoltado naquela tarde.

Maria morreu feliz.

Verbos de Ligação

São verbos que servem como elementos de ligação entre o sujeito e uma
qualidade ou estado ou modo de ser, denominado Predicativo do Sujeito. Os
principais verbos de ligação são ser, estar, parecer, permanecer, ficar,
continuar, andar, virar (tornar-se), viver (estado do ser), tornar-se.

Não decore quais são os verbos de ligação, e sim memorize o significado dele:

Verbo de ligação é aquele que indica a existência de uma qualidade do


sujeito, sem que ele pratique uma ação.

Investimento direto será menor em 2003.

Matéria-prima fica mais cara.

Quando o verbo indica ação, além de qualidade do sujeito, é denominado


transitivo ou intransitivo, mesmo que haja predicativo do sujeito.

Seleção volta abatida da Ásia.

104
Nesse exemplo o verbo não é de ligação, pois está indicando uma ação -
quem volta, volta de algum lugar, mesmo que haja o predicativo do sujeito
abatida. É, então, um verbo intransitivo, já que da Ásia é Adjunto Adverbial de
Lugar. Conclui-se que pode haver predicativo do sujeito sem que haja
verbo de ligação.

Complementos Verbais

Basicamente, são dois os complementos verbais: o objeto direto e o objeto


indireto:

1) Objeto Direto

Complementa um verbo transitivo direto, sem auxílio da preposição.

As professoras ajeitaram as crianças carinhosamente.

O diretor demitiu os funcionários corruptos.

Leio, em média, quarenta livros por ano.

2) Pronomes Oblíquos Átonos

Os pronomes oblíquos átonos que funcionam como objeto direto são ME, TE, O,
A, SE, NOS, VOS, OS, AS.

Encontrei-os ontem à noite.

Meu irmão quer levar-me à sua cidade.

As provas, revisei-as há pouco.

VTD, seguido de o, a, os, as:

Verbo terminado em vogal: Os pronomes não se modificam.

Verbo terminado em M, ÃO ou ÕE: Os pronomes se modificam para no, na,


nos, nas.

Verbo terminado em R, S ou Z: Os pronomes se modificam para lo, la, los, las,


e as terminações desaparecem.

105
Revisei as provas. = Revisei-as.

Eles revisaram as provas. = Eles revisaram-nas.

Eles irão revisar as provas. = Eles irão revisá-las.

3) Objeto Indireto

Complementa um verbo transitivo indireto, por meio de uma preposição.

Assisto a todos os filmes de Almodovar.

Creia em mim, pois sou fiel.

Obedeça aos regulamentos da empresa.

4) Pronomes Oblíquos Átonos

Os pronomes oblíquos átonos que funcionam como objeto indireto são: ME, TE,
LHE, SE, NOS, VOS, LHES.

Não lhe paguei a dívida, por falta de dinheiro.

Eles não me obedecem.

Falta-me seu carinho.

106
Agente da passiva

Nas orações de voz passiva analítica, é o elemento que pratica a ação


verbal, daí seu nome de agente, uma vez que o sujeito é paciente. Seu
emprego na forma analítica não é obrigatório, podendo ser omitido em função
de ter menor importância.

O agente da passiva vem precedido de preposição (de, per, por).

A casa foi construída com esforço pelo trabalhador.


(Por quem?) pelo trabalhador = agente da passiva

Vários exércitos foram vencidos pelos romanos.

Complemento Nominal

É o termo da oração que completa a significação de um nome (adjetivo,


advérbio ou substantivo abstrato), por intermédio de uma preposição.

Funcionarão como complemento nominal:

1) Todas as palavras com preposição, dentro da função sintática, que forem


pacientes ou destinatários da ação contida no núcleo.

A construção do prédio foi considerada um erro.

Veja: do prédio funciona como CN, pois o prédio é elemento paciente em


relação à ação de construir (Alguém construiu o prédio).

Temos confiança em nossos amigos.

Veja: em nossos amigos funciona como CN, pois é elemento destinatário em


relação à ação de confiar (Nós confiamos em nossos amigos).

2) Os pronomes oblíquos átonos me, te, lhe, nos, vos e lhes funcionarão como
complemento nominal, quando possuírem valor de "a alguém", não provindo a
preposição de verbo.

Tenho-lhe respeito.

Veja: lhe funciona como CN, pois poderemos substituir por Tenho respeito a
alguém, sendo que a preposição a não provém do verbo ter.

107
3) Quando o complemento nominal for representado por uma oração, daremos
o nome de Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal.

Temos confiança em que conseguiremos nosso intento.


Em que conseguiremos nosso intento é oração subordinada substantiva
completiva nominal, já que completa o nome (substantivo) confiança em.

Adjunto Adnominal

É o termo acessório que explica, determina ou especifica um núcleo de função


sintática. Os adjuntos adnominais prendem-se diretamente ao substantivo a
que se referem, sem qualquer participação do verbo. Isso é facilmente
percebido, quando substituímos um substantivo por um pronome: todos os
adjuntos adnominais que gravitam ao redor do substantivo têm de acompanhá-
lo nessa substituição, ou seja, os adjuntos adnominais desaparecem.

As esplendorosas paisagens do litoral brasileiro deixam os turistas


estrangeiros extasiados.

Analisando sintaticamente a oração, teremos:

Verbo deixar: Verbo Transitivo direto, pois quem deixa, deixa alguém.

Sujeito: quem é que deixa os turistas extasiados?

Resposta: As esplendorosas paisagens do litoral brasileiro;

núcleo do sujeito: paisagens. Então o sujeito é simples.

Se substituirmos o núcleo do sujeito por um pronome, teremos:

Elas deixam os turistas estrangeiros extasiados.

Portanto: as, esplendorosas, do litoral brasileiro funcionam como adjunto


adnominal.

Objeto Direto: As paisagens deixam quem?

Resposta: os turistas estrangeiros;

núcleo do objeto direto: turistas.

108
Se substituirmos o núcleo do objeto direto por um pronome, teremos:

As esplendorosas paisagens do litoral brasileiro deixam-nos extasiados.

Portanto: os, estrangeiros funcionam como adjunto adnominal.

ATENÇÃO!

Perceba que a palavra extasiados não desapareceu na substituição do


substantivo por um pronome. Então ela não é adjunto adnominal, e sim
predicativo do objeto, pois qualifica o núcleo do objeto direto turistas.

Outras maneiras de se comprovar a existência do adjunto adnominal:

1) Todas as palavras que surgirem antes do núcleo, dentro da função sintática,


funcionam como adjunto adnominal.

Quase todos os brasileiros já se decepcionaram com o governo.

Quase todos os funcionam como aa, pois surgem antes do núcleo brasileiros.

2) Todas as palavras sem preposição que surgirem após o núcleo, dentro


da função sintática, funcionam como adjunto adnominal.

Os cidadãos londrinenses revoltaram-se contra o prefeito.

Londrinenses funciona como aa, pois não há preposição e surge após o núcleo
cidadãos.

3) Todas as palavras com ou sem preposição que surgirem após o núcleo,


dentro da função sintática, funcionam como adjunto adnominal, desde que o
núcleo seja um substantivo concreto.

Os anéis de ouro foram roubados. de ouro funciona como aa, pois anéis é
substantivo concreto.

4) Todas as palavras com a preposição de que indicarem posse (algo de


alguém), dentro da função sintática, funcionam como adjunto adnominal.

Os anéis do rei foram roubados. do rei funciona como aa, pois indica posse:
Algo de alguém = Os anéis do rei.

109
5) Todas as palavras com preposição, dentro da função sintática, que
praticarem a ação contida no núcleo, funcionam como adjunto adnominal.

A resposta do aluno foi considerada certa. do aluno funciona como aa, pois o
aluno praticou a ação de responder.

6) O pronome relativo cujo sempre funciona como adjunto adnominal.

7) Os pronomes oblíquos átonos me, te, lhe, nos, vos e lhes funcionarão como
adjunto adnominal, quando tiverem valor possessivo, ou seja, quando
puderem ser substituídos por meu(s), teu(s), seu(s), nosso(s), vosso(s),
minha(s), tua(s), sua(s), nossa(s), vossa(s).

A mãe ajeitou-lhe o vestido = A mãe ajeitou o seu vestido ou A mãe ajeitou a


vestido dela.

Adjunto Adverbial

É a função sintática da palavra ou da expressão que servem para modificar ou


intensificar o sentido do verbo, do predicativo ou de outro adjunto adverbial,
atribuindo-lhes uma circunstância.

Não se deve confundir adjunto adverbial com advérbio: advérbio é a classe


gramatical; adjunto adverbial é a função sintática. Em outras palavras: advérbio
é o nome da palavra; adjunto adverbial é a função que a palavra exerce na
oração.

Os convidados chegaram à tarde. (adjunto adverbial de tempo)

Alguns alunos saíram da sala apressadamente. (adjunto adverbial de lugar/


modo)

O adjunto adverbial pode ser expresso por:

ADVÉRBIO (1 palavra)

Hoje ela sente necessidade do estudo.

LOCUÇÃO ADVERBIAL (2 ou mais palavras).

Após a aula, almoçarei tranquilamente.

110
ADJUNTO ADVERBIAL – CLASSIFICAÇÃO

LUGAR – aqui, ali, lá, acolá, acima, abaixo, dentro, fora, longe, perto, em casa,
no cinema, ao lado, na rua, etc.
Fomos ao cinema.

TEMPO – ontem, hoje, amanhã, cedo, tarde, ainda, agora, nunca, sempre,
jamais, às vezes, durante horas, etc.
Amanhã, sairemos cedo.

MODO – bem, mal, melhor, pior, assim, velozmente e quase todos terminados
em mente.
Ela não está bem.

INTENSIDADE – muito, pouco, meio (um pouco), mais, menos, bastante,


intensamente, tão, tanto, etc.
Ele estudou muito.

DÚVIDA – talvez, acaso, provavelmente, quiçá, porventura, etc.


Talvez eu vá com você.

CAUSA – A criança morreu de frio.


Ele pulará de alegria.
Gritamos por medo.
Você sofria pela doença.
(trocar: POR CAUSA DE/ DEVIDO A)

FINALIDADE – Estudava para a prova.


Saiu em sua defesa.
Trabalhava para o nosso sustento.

INSTRUMENTO – Feriu-se com a faca.

COMPANHIA – Saiu com os amigos.

AFIRMAÇÃO – Sim, certamente, realmente, com certeza, indubitavelmente,


etc. Certamente sairemos hoje.

111
NEGAÇÃO – não, tampouco, de modo algum, de jeito algum, etc.
Não menospreze seus amigos, tampouco seus inimigos.

ASSUNTO – Falava sobre economia.


Lia acerca da prova.
Falou a respeito de você.

CONCESSÃO – Apesar dos esforços, não encontrei o caminho.

MEIO – Mandei a carta pelo correio.


Enviou o pedido por fax.
Veio de ônibus.

Vocativo

O vocativo é um termo independente que serve para chamar por alguém, para
interpelar ou para invocar um ouvinte real ou imaginário.
Juliana, dê-me um beijo!

Venha, Paulo, até aqui!

112
Aposto

É o termo que explica, desenvolve, identifica ou resume um outro termo da


oração, independente da função sintática que este exerça.

Aposto Explicativo:

O aposto explicativo identifica ou explica o termo anterior; é separado do termo


que identifica por vírgulas, dois pontos, parênteses ou travessões.

Terra Vermelha, romance de Domingos Pellegrini, conta a história da


colonização de Londrina.

Aposto Especificador:

O aposto especificador individualiza ou especifica um substantivo de sentido


genérico, sem pausa necessária. Geralmente é um substantivo próprio que
individualiza um substantivo comum.

O professor José mora na rua Santarém, na cidade de Londrina.

Aposto Enumerador:

O aposto enumerador é uma sequência de elementos usada para desenvolver


uma ideia anterior.

O pai sempre lhe dava três dicas antes de sair: atenção ao volante, nada de
bebida alcoólica, respeito ao próximo.

O Escoteiro deve carregar consigo seu material: mochila, saco de dormir e


barraca.

Aposto Resumidor:

O aposto resumidor é usado para resumir termos anteriores. É representado,


geralmente, por um pronome indefinido.

Alunos, professores, funcionários, ninguém deixou de lhe dar os parabéns.

113
PERÍODO COMPOSTO
Período composto é aquele formado por duas ou mais orações. Há dois tipos
de períodos compostos:

1) Período composto por coordenação: quando as orações não mantêm relação


sintática entre si, ou seja, quando o período é formado por orações
sintaticamente independentes entre si.

Estive à sua procura, mas não o encontrei.

2) Período composto por subordinação: quando uma oração, chamada


subordinada, mantém relação sintática com outra, chamada principal.

Sabemos que eles estudam muito. (oração que funciona como objeto direto)

Período Composto por Coordenação

Um período composto por coordenação é formado por orações coordenadas,


que são orações independentes sintaticamente, ou seja, não há qualquer
relação sintática entre as orações do período.

Há dois tipos de orações coordenadas:

1. Orações Coordenadas Assindéticas

São as orações não iniciadas por conjunção coordenativa.

Chegamos a casa, tiramos a roupa, banhamo-nos, fomos deitar.

2. Orações Coordenadas Sindéticas

São cinco as orações coordenadas, que são iniciadas por uma conjunção
coordenativa (ECAAA).

114
A) Aditiva: Exprime uma relação de soma, de adição.

Conjunções: e, nem, mas também, mas ainda.

Não só reclamava da escola, mas também atenazava os colegas.

B) Adversativa: exprime uma ideia contrária à da outra oração, uma oposição.

Conjunções: mas, porém, todavia, no entanto, entretanto, contudo.

Sempre foi muito estudioso, no entanto não se adaptava à nova escola.

C) Alternativa: Exprime ideia de opção, de escolha, de alternância.

Conjunções: ou, ou...ou, ora... ora, quer... quer.

Estude, ou não sairá nesse sábado.

D) Conclusiva: Exprime uma conclusão da ideia contida na outra oração.

Conjunções: logo, portanto, por isso, por conseguinte, pois - após o verbo ou
entre vírgulas.

Estudou como nunca fizera antes, por isso conseguiu a aprovação.

E) Explicativa: Exprime uma explicação.

Conjunções: porque, que, pois - antes do verbo.

Conseguiu a aprovação, pois estudou como nunca fizera antes.

115
Período Composto por Subordinação

I. Orações Subordinadas Substantivas:

São seis as orações subordinadas substantivas, que são iniciadas por uma
conjunção subordinativa integrante (que, se)

A) Subjetiva: funciona como sujeito da oração principal.

Existem três estruturas de oração principal que se usam com subordinada


substantiva subjetiva:

a) verbo de ligação + predicativo + oração subordinada substantiva


subjetiva.

É necessário que façamos nossos deveres.

b) verbo unipessoal + oração subordinada substantiva subjetiva.

Verbo unipessoal só é usado na 3ª pessoa do singular; os mais comuns são


convir, constar, parecer, importar, interessar, suceder, acontecer.

Convém que façamos nossos deveres.

c) verbo na voz passiva + oração subordinada substantiva subjetiva.

Foi afirmado que você subornou o guarda.

B) Objetiva Direta: funciona como objeto direto da oração principal.

(sujeito) + VTD + oração subordinada substantiva objetiva direta.

Todos desejamos que seu futuro seja brilhante.

116
C) Objetiva Indireta: funciona como objeto indireto da oração principal.

(sujeito) + VTI + prep. + oração subordinada substantiva objetiva indireta.

Lembro-me de que tu me amavas.

D) Completiva Nominal: funciona como complemento nominal de um termo


da oração principal.

(sujeito) + verbo + nome + prep. + oração subordinada substantiva completiva


nominal.

Tenho necessidade de que me elogiem.

E) Apositiva: funciona como aposto da oração principal; em geral, a oração


subordinada substantiva apositiva vem após dois pontos, ou mais raramente,
entre vírgulas.

oração principal + : + oração subordinada substantiva apositiva.

Todos querem o mesmo destino: que atinjamos a felicidade.

F) Predicativa: funciona como predicativo do sujeito do verbo de ligação da


oração principal.

(sujeito) + VL + oração subordinada substantiva predicativa.

A verdade é que nunca nos satisfazemos com nossas posses.

117
II. Orações Subordinadas Adjetivas:

As orações subordinadas adjetivas são sempre iniciadas por um pronome


relativo. São duas as orações subordinadas adjetivas:

A) Restritiva: é aquela que limita, restringe o sentido do substantivo ou


pronome a que se refere. A restritiva restringe o sentido da oração principal e
não pode ser isolada por vírgulas.

A garota com quem simpatizei está à sua procura.

Os alunos cujas redações foram escolhidas receberão um prêmio.

B) Explicativa: serve para esclarecer melhor o sentido de um substantivo,


explicando mais detalhadamente uma característica geral e própria desse
nome. A explicativa funciona como aposto explicativo e é sempre isolada por
vírgulas.

Londrina, que é a terceira cidade do região Sul do país, está muito bem
cuidada.

III. Orações Subordinadas Adverbiais (6CTPF):

São nove as orações subordinadas adverbiais, que são iniciadas por uma
conjunção subordinativa.

A) Causal: funciona como adjunto adverbial de causa.

Conjunções: porque, porquanto, visto que, já que, uma vez que, como, que.

Saímos rapidamente, visto que estava armando um tremendo temporal.

B) Comparativa: funciona como adjunto adverbial de comparação.


Geralmente, o verbo fica subentendido

Conjunções: (mais) ... que, (menos)... que, (tão)... quanto, como.

O garoto era mais esforçado que o irmão(era).

118
C) Concessiva: funciona como adjunto adverbial de concessão.

Conjunções: embora, conquanto, não obstante, apesar de que, se bem que,


mesmo que, posto que, ainda que, em que pese.

Todos se retiraram, apesar de não terem terminado a prova.

D) Condicional: funciona como adjunto adverbial de condição.

Conjunções: se, a menos que, desde que, caso, contanto que.

Você terá um futuro brilhante, desde que se esforce.

E) Conformativa: funciona como adjunto adverbial de conformidade.

Conjunções: como, conforme, segundo, de acordo.

Construímos nossa casa, conforme as especificações dadas pela


Prefeitura.

F) Consecutiva: funciona como adjunto adverbial de consequência.

Conjunções: (tão)... que, (tanto)... que, (tamanho)... que.

Ele fala tão alto, que não precisa do microfone.

G) Temporal: funciona como adjunto adverbial de tempo.

Conjunções: quando, enquanto, sempre que, assim que, desde que, logo que,
mal.

Fico triste, sempre que vou à casa de algumas pessoas.

119
H) Final: funciona como adjunto adverbial de finalidade.

Conjunções: a fim de que, para que, porque.

Ele não precisa do microfone, para que todos o ouçam.

I) Proporcional: funciona como adjunto adverbial de proporção.

Conjunções: à proporção que, à medida que, tanto mais.

À medida que o tempo passa, mais experientes ficamos.

IV. Orações Reduzidas:

Quando uma oração subordinada se apresenta sem conjunção ou pronome


relativo e com o verbo no infinitivo, no particípio ou no gerúndio, dizemos
que ela é uma oração reduzida, acrescentando-lhe o nome de infinitivo, de
particípio ou de gerúndio.

Ele não precisa de microfone, para o ouvirem. (para que o ouçam)

Era bom ouvir seu trabalho. (que ouvissem seu trabalho)

Vi um menino gritando desesperadamente pela rua. (que gritava pela rua)

120
QUADRO SINÓPTICO – SINTAXE (ANÁLISE SINTÁTICA)

PERÍODO SIMPLES (1 ORAÇÃO) PERÍODO COMPOSTO (2 ou MAIS


ORAÇÕES)
Funções sintáticas/ Termos da
oração

SUJEITO ORAÇÕES COORDENADAS

Simples (1 núcleo) ASSINDÉTICAS (sem conjunção)


Composto (2 ou + núcleos)
Oculto, elíptico, desinencial SINDÉTICAS (com conjunção)
Indeterminado
Inexistente (oração sem sujeito) ECAAA = explicativas, conclusivas,
aditivas, alternativas, adversativas.

TRANSITIVIDADE VERBAL ORAÇÕES SUBORDINADAS


ADVERBIAIS (6CTPF)
VTD (sem regência da preposição)
VTI (regido pela preposição) Causais, concessivas, condicionais,
VTDI (OD + OI) comparativas, conformativas,
VI (sem complementos verbais) consecutivas, temporais,
VL (predicativo do sujeito) proporcionais, finais.

COMPLEMENTOS VERBAIS ORAÇÕES SUBORDINADAS


ADJETIVAS (pronomes relativos)
OD = sem preposição
OI = com preposição ADJETIVAS = sempre pontuadas

RESTRITIVAS = sem pontuação

COMPLEMENTO NOMINAL ORAÇÕES SUBORDINADAS


SUBSTANTIVAS (conjunções
ADJUNTO ADNOMINAL integrantes – que, se)

AGENTE DA PASSIVA SUBJETIVA = sujeito oracional


OBJETIVA DIRETA = VTD
ADJUNTO ADVERBIAL OBJETIVA INDIRETA = VTI
PREDICATIVA = VL
APOSTO COMPLETIVA NOMINAL =
complemento nominal
VOCATIVO APOSITIVA = aposto

121
GÊNEROS TEXTUAIS

Os gêneros textuais são inúmeros e cada um deles possui o seu próprio estilo
de escrita e de estrutura.
Conto maravilhoso; Conto de fadas; Fábula; Carta pessoal; Lenda; Telefonema;
Poema; Narrativa de ficção científica; Romance; E-mail; Manual de instruções;
Lista de compras; Edital; Conto; Piada; Relato; Relato de viagem; Diário;
Autobiografia; Curriculum vitae; Notícia; Biografia; Relato histórico; Texto de
opinião; Carta de leitor; Carta de solicitação; Editorial; Ensaio; Resenhas
críticas; Texto explicativo; Relatório científico; Receita culinária; Regulamento;
Anedota; Blog; Reportagem; Charge; Carta; E-mail; Declaração; Memorando;
Bilhete; Relatório; Requerimento; Ata; Cartaz; Cartum; Procuração; Atestado;
Circular; Contrato; etc.

Tipos de Gêneros Textuais


Cada texto possuiu uma linguagem e estrutura. Note que existem inúmeros
gêneros textuais dentro das categorias tipológicas de texto. Em outras palavras,
gêneros textuais são estruturas textuais peculiares que surgem dos tipos de
textos: narrativo, descritivo, dissertativo-argumentativo, expositivo e injuntivo.

Texto Narrativo
Os textos narrativos apresentam ações de personagens no tempo e no espaço.
A estrutura da narração é dividida em: apresentação, desenvolvimento, clímax
e desfecho.
Alguns exemplos de gêneros textuais narrativos:
Romance: forma literária pertencente ao gênero narrativo e que apresenta
uma história completa composta por enredo, temporalidade, ambientação e
personagens definidos de maneira clara. É oriundo dos contos épicos e revela
ações em conjunto com a distribuição de personagens ao longo da trama. Entre
as características marcantes desse gênero está a proximidade com a realidade.
Novela: do italiano novella: notícia; narração de acontecimento real ou
imaginário, em português, é um gênero literário que consiste em uma narrativa
breve, sendo porém maior do que um conto e menor do que um romance.
Crônica: um tipo de texto narrativo curto, geralmente produzido para meios de
comunicação, por exemplo, jornais, revistas, etc. Além de ser um texto curto,
possui uma "vida curta", ou seja, as crônicas tratam de acontecimentos
corriqueiros do cotidiano.
Contos de Fada: tipo de história que tipicamente apresenta personagens
fantásticos do folclore, como anões, dragões, elfos, fadas, gigantes, gnomos,
grifos, sereias, animais falantes, trolls, unicórnios ou bruxas. A história também,
via de regra, apresenta encantamentos. Contos de fadas se distinguem de
outras narrativas folclóricas como as lendas (que, em geral, envolvem a crença
na veracidade dos eventos descritos) e as histórias claramente morais,
incluindo as fábulas. O termo é, acima de tudo, utilizado para histórias com
origens na tradição europeia e, pelo menos nos séculos recentes, se relaciona
em maior parte à literatura infantil.

122
Fábula: narrativas curtas, seguidas por uma lição de moralidade, fazem parte
do imaginário coletivo e atravessaram séculos até alcançarem os dias de hoje.
Lendas: narrativa fantasiosa transmitida pela tradição oral através dos tempos.
De caráter fantástico e/ou fictício, as lendas combinam fatos reais e históricos
com fatos irreais que são meramente produto da imaginação aventuresca
humana. Uma lenda pode ser também verdadeira.
Conto Maravilhoso: contos que têm origem oriental e, diferentemente dos
contos de fadas, lidam com uma temática social: o herói, que é uma pessoa de
origem humilde ou que passa por grandes privações, triunfa ao conquistar
riqueza e poder.

Texto Descritivo
Os textos descritivos se ocupam de relatar e expor determinada pessoa, objeto,
lugar, acontecimento. Dessa forma, são textos repletos de adjetivos, os quais
descrevem ou apresentam imagens a partir das percepções sensoriais do
locutor (emissor).
São exemplos de gêneros textuais descritivos:
Diário
Relatos (viagens, históricos, etc.)
Biografia e autobiografia
Notícia
Currículo
Lista de compras
Cardápio
Anúncios de classificados

Texto Dissertativo-Argumentativo
Os textos dissertativos são aqueles encarregados de expor um tema ou assunto
por meio de argumentações. São marcados pela defesa de um ponto de vista,
ao mesmo tempo que tentam persuadir o leitor. Sua estrutura textual é dividida
em três partes: tese (apresentação), antítese (desenvolvimento), nova tese
(conclusão).
Exemplos de gêneros textuais dissertativos:
Editorial Jornalístico: artigo em que se discute uma questão, apresentando o
ponto de vista do jornal, da empresa jornalística ou do redator-chefe; artigo de
fundo.
Carta de opinião/ Artigo de opinião: tipo de texto dissertativo-
argumentativo onde o autor tem a finalidade de apresentar determinado tema e
seu ponto de vista, e por isso recebe esse nome.
Resenha: texto que deve ser escrito de forma objetiva para resumir uma obra,
filme ou artigo. No entanto, para que o documento seja válido, você precisa
fazer uma análise crítica sobre ele, sem deixar de mencionar seus aspectos
positivos e negativos.

123
Ensaio: texto literário breve, situado entre o poético e o didático, expondo
ideias, críticas e reflexões éticas e filosóficas a respeito de certo tema
Monografia, dissertação de mestrado e tese de doutorado

Texto Expositivo
Os textos expositivos possuem a função de expor determinada ideia, por meio
de recursos como: definição, conceituação, informação, descrição e
comparação.
Alguns exemplos de gêneros textuais expositivos:
Seminários
Palestras
Conferências
Entrevistas
Trabalhos acadêmicos
Enciclopédia
Verbetes de dicionários

Texto Injuntivo
O texto injuntivo, também chamado de texto instrucional ou prescritivo, é
aquele que indica uma ordem, de modo que o locutor (emissor) objetiva
orientar e persuadir o interlocutor (receptor). Por isso, apresentam, na maioria
dos casos, verbos no imperativo.
Alguns exemplos de gêneros textuais injuntivos:
Propaganda
Receita culinária
Bula de remédio
Manual de instruções
Regulamento
Textos prescritivos

124
FUNÇÕES DA LINGUAGEM
Função Referencial ou Denotativa
Também chamada de função informativa, a função referencial tem como
objetivo principal informar, referenciar algo. Voltada para o contexto da
comunicação, esse tipo de texto é escrito na terceira pessoa (singular ou plural)
enfatizando seu caráter impessoal.
Como exemplos de linguagem referencial podemos citar os materiais didáticos,
textos jornalísticos e científicos. Todos eles, por meio de uma linguagem
denotativa, informam a respeito de algo, sem envolver aspectos subjetivos ou
emotivos à linguagem.

Função Emotiva ou Expressiva


Também chamada de função expressiva, na função emotiva o emissor tem
como objetivo principal transmitir suas emoções, sentimentos e subjetividades
por meio da própria opinião. Esse tipo de texto, escrito em primeira pessoa,
está voltado para o emissor, uma vez que possui um caráter pessoal.
Como exemplos podemos destacar: os textos poéticos, as cartas, os diários.
Todos eles são marcados pelo uso de sinais de pontuação, por exemplo,
reticências, ponto de exclamação, etc.

Função Poética
A função poética é característica das obras literárias que possui como marca a
utilização do sentido conotativo das palavras. Nessa função, o emissor
preocupa-se de que maneira a mensagem será transmitida por meio da escolha
das palavras, das expressões, das figuras de linguagem. Por isso, aqui o
principal elemento comunicativo é a mensagem. Note que esse tipo de função
não pertence somente aos textos literários. Também encontramos a função
poética na publicidade ou nas expressões cotidianas em que há o uso frequente
de metáforas (provérbios, anedotas, trocadilhos, músicas).

Função Fática
A função fática tem como objetivo estabelecer ou interromper a comunicação
de modo que o mais importante é a relação entre o emissor e o receptor da
mensagem. Aqui, o foco reside no canal de comunicação. Esse tipo de função é
muito utilizada nos diálogos, por exemplo, nas expressões de cumprimento,
saudações, discursos ao telefone, etc.

125
Função Conativa ou Apelativa
Também chamada de apelativa, a função conativa é caracterizada por uma
linguagem persuasiva que tem o intuito de convencer o leitor. Por isso, o
grande foco é no receptor da mensagem. Essa função é muito utilizada nas
propagandas, publicidades e discursos políticos, a fim de influenciar o receptor
por meio da mensagem transmitida. Esse tipo de texto costuma se apresentar
na segunda ou na terceira pessoa com a presença de verbos no imperativo e o
uso do vocativo.

Função Metalinguística
A função metalinguística é caracterizada pelo uso da metalinguagem, ou seja, a
linguagem que se refere a ela mesma. Dessa forma, o emissor explica um
código utilizando o próprio código. Um texto que descreva sobre a linguagem
textual ou um documentário cinematográfico que fala sobre a linguagem do
cinema são alguns exemplos. Nessa categoria, os textos metalinguísticos que
merecem destaque são as gramáticas e os dicionários.

126
FIGURAS DE LINGUAGEM

Figuras de som
a) aliteração: consiste na repetição ordenada de mesmos sons consonantais.
“Belos beijos bailavam bebendo breves brumas boreais” (Luan Farigotini)

b) assonância: consiste na repetição ordenada de sons vocálicos idênticos.


“Ó Formas alvas, brancas, Formas claras” (Cruz e Sousa)

c) paronomásia: consiste na aproximação de palavras de sons parecidos, mas de


significados distintos.
“Com tais premissas ele sem dúvida leva-nos às primícias” (Padre António Vieira)

Figuras de construção
a) elipse: consiste na omissão de um termo facilmente identificável pelo contexto.
“Na sala, apenas quatro ou cinco convidados.” (omissão de havia)

b) zeugma: consiste na elipse de um termo que já apareceu antes.


Ela come pizza; eu, carne. (omissão de como)

c) polissíndeto: consiste na repetição de conectivos ligando termos da oração ou


elementos do período.
“Longe do estéril turbilhão da rua,
Beneditino, escreve! No aconchego
Do claustro, na paciência e no sossego,
Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua!”
com calma sem sofrer” (Olavo Bilac)

d) inversão/ hipérbato: consiste na mudança da ordem natural dos termos na frase.


“Do que a terra mais garrida / Teus risonhos, lindos campos têm mais flores” (Osório
Duque Estrada, em Hino Nacional Brasileiro)

e) silepse: consiste na concordância não com o que vem expresso, mas com o que se
subentende, com o que está implícito. A silepse pode ser:
• silepse de gênero
Vossa Excelência está preocupado.

• silepse de número
Os Lusíadas glorificou nossa literatura.

• silepse de pessoa
“O que me parece inexplicável é que os brasileiros persistamos em comer essa coisinha
verde e mole que se derrete na boca.”

127
f) anacoluto: consiste em deixar um termo solto na frase. Normalmente, isso
ocorre porque se inicia uma determinada construção sintática e depois se opta por
outra.
“O homem, chamar-lhe mito não passa de anacoluto” (Carlos Drummond de Andrade)

g) pleonasmo: consiste numa redundância cuja finalidade é reforçar a mensagem.


“Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal”
(Fernando Pessoa)

h) anáfora: consiste na repetição de uma mesma palavra no início de versos ou


frases.
“Amor é um fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer” (Camões)

Figuras de pensamento
a) antítese: consiste na aproximação de termos contrários, de palavras que se
opõem pelo sentido.
“Eu vi a cara da morte, e ela estava viva”. (Cazuza)

b) ironia: é a figura que apresenta um termo em sentido oposto ao usual, obtendo-se,


com isso, efeito crítico ou humorístico.
“A excelente Dona Inácia era mestra na arte de judiar de crianças.”

c) eufemismo: consiste em substituir uma expressão por outra menos brusca; em


síntese, procura-se suavizar alguma afirmação desagradável.
Seu Jurandir partiu desta para uma melhor. (em vez de ele morreu)

d) hipérbole: trata-se de exagerar uma ideia com finalidade enfática.


Estava morrendo de fome. (em vez de estava com muita fome)

e) prosopopeia ou personificação: consiste em atribuir a seres inanimados


predicativos que são próprios de seres animados.
“Devagar as janelas olham…” (Carlos Drummond de Andrade)

f) gradação ou clímax: é a apresentação de ideias em progressão ascendente


(clímax) ou descendente (anticlímax)
“O primeiro milhão possuído excita, acirra, assanha a gula do milionário.” (Olavo Bilac)

g) apóstrofe: consiste na interpelação (invocação) enfática a alguém (ou alguma


coisa personificada).
“Ó Leonor, não caias!”

128
Figuras de palavras
a) metáfora: consiste em empregar um termo com significado diferente do habitual,
com base numa relação de similaridade entre o sentido próprio e o sentido figurado. A
metáfora implica, pois, uma comparação em que o conectivo comparativo fica
subentendido.
“Meu coração é um balde despejado” (Fernando Pessoa)

b) metonímia ou sinédoque: A metonímia consiste em empregar um termo no lugar


de outro, havendo entre ambos estreita afinidade ou relação de sentido.
1 - Autor pela obra: Gosto de ler Machado de Assis. (= Gosto de ler a obra literária
de Machado de Assis.)
2 - Inventor pelo invento: Édson ilumina o mundo. (= As lâmpadas iluminam o
mundo.)
3 - Símbolo pelo objeto simbolizado: Não te afastes da cruz. (= Não te afastes
da religião.)
4 - Lugar pelo produto do lugar: Fumei um saboroso havana. (= Fumei um
saboroso charuto.)
5 - Efeito pela causa: Sócrates bebeu a morte. (= Sócrates tomou veneno.)
6 - Causa pelo efeito: Moro no campo e como do meu trabalho. (= Moro no campo e
como o alimento que produzo.)
7 - Continente pelo conteúdo: Bebeu o cálice todo. (= Bebeu todo o líquido que
estava no cálice.)
8 - Instrumento pela pessoa que utiliza: Os microfones foram atrás dos jogadores. (=
Os repórteres foram atrás dos jogadores.)
9 - Parte pelo todo: Várias pernas passavam apressadamente. (=
Várias pessoas passavam apressadamente.)
10 - Gênero pela espécie: Os mortais pensam e sofrem nesse mundo. (=
Os homens pensam e sofrem nesse mundo.)
11 - Singular pelo plural: A mulher foi chamada para ir às ruas na luta por seus
direitos. (= As mulheres foram chamadas, não apenas uma mulher.)
12 - Marca pelo produto: Minha filha adora Danone. (= Minha filha adora o iogurte
que é da marca Danone.)
13 - Espécie pelo indivíduo: O homem foi à Lua. (= Alguns astronautas foram à
Lua.)
14 - Símbolo pela coisa simbolizada: A balança penderá para teu lado. (=
A justiça ficará do teu lado.)

129
c) catacrese: ocorre quando, por falta de um termo específico para designar um
conceito, torna-se outro por empréstimo. Entretanto, devido ao uso contínuo, não
mais se percebe que ele está sendo empregado em sentido figurado.
O pé da mesa estava quebrado.
A menina de seus olhos.
Embarcar no trem.
A batata da perna.

d) antonomásia ou perífrase: consiste em substituir um nome por uma expressão


que o identifique com facilidade (apelido):
O Rei do Futebol (em vez de Pelé)

e) sinestesia: trata-se de mesclar, numa expressão, sensações percebidas por


diferentes órgãos do sentido.
“Como era áspero o aroma daquela fruta exótica” (Giuliano Fratin).

130
VÍCIOS DE LINGUAGEM
Alterações defeituosas das normas da língua padrão, provocadas por ignorância,
descuido ou descaso por parte do falante
Barbarismo: desvio da norma quanto à:
- grafia: proesa em vez de proeza;
- pronúncia: incrustrar em vez de incrustar;
- morfologia: cidadões em vez de cidadãos;
- semântica: Ele comprimentou o tio (em vez de cumprimentou).
Todas as formas de ESTRANGEIRISMO são consideradas, por diversos autores,
barbarismo.
Ex: weekend em vez de fim de semana.

Arcaísmo: emprego de palavras ou estruturas antigas que deixaram de ser usadas.


Ex: Vossa Mercê em vez de você.

Neologismo: emprego de novas palavras que não foram incorporadas pelo


idioma.
Ex: Que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?
amar e esquecer,
amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados, amar?

Solecismo: erros de sintaxe contra as normas de concordância, de regência ou de


colocação pronominal.
- concordância: Sobrou muitas vagas (em vez de sobraram).
- regência: Hoje assistiremos o filme (em vez de ao filme).
- colocação: Me empresta o carro? (em vez de empresta-me)

Ambiguidade: ocorre quando uma frase causa duplo sentido de interpretação.


Ex: O ladrão matou o policial dentro de sua casa. (na casa do ladrão ou do policial?).

Cacófato: refere-se ao mau som que resulta na união de duas ou mais palavras no
interior da frase.
Ex: Nunca gasta com o que não é necessário.

Eco: ocorrência de terminações iguais.


Ex: Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão.

Pleonasmo (vicioso): redundância desnecessária de informação.


Ex: Está na hora de entrar pra dentro.

131
HOMÔNIMOS e PARÔNIMOS

Os Homônimos e os Parônimos são termos que fazem parte do estudo da semântica


(significado das palavras).

Assim, os homônimos são palavras que possuem a mesma pronúncia (às vezes, a
mesma escrita) e significados distintos.

Já as palavras parônimas são muito parecidas na pronúncia e na escrita, entretanto,


possuem significados diferentes.

HOMÔNIMOS
As palavras homônimas são classificadas em:

HOMÓGRAFAS: são palavras iguais na grafia e diferentes na pronúncia.


Colher (verbo) e colher (substantivo);
Jogo (substantivo) e jogo (verbo);
Gosto (substantivo) e gosto (verbo).

HOMÓFONAS: são palavras iguais na pronúncia e diferentes na grafia.


Concertar (harmonizar) e consertar (reparar);
Censo (recenseamento) e senso (juízo);
Acender (atear) e ascender (subir).

PERFEITAS: são palavras iguais na grafia e iguais na pronúncia.


Caminho (substantivo) e caminho (verbo);
Cedo (verbo) e cedo (advérbio de tempo);
Livre (adjetivo) e livre (verbo).

132
PARÔNIMOS
Os parônimos são as palavras que se assemelham na grafia e na pronúncia,
entretanto, diferem no sentido.
Por isso, é muito importante tomar conhecimento desses termos para que não haja
confusão.

Absolver (perdoar) e absorver (aspirar)


Apóstrofe (figura de linguagem) e apóstrofo (sinal gráfico)
Aprender (tomar conhecimento) e apreender (capturar)
Cavaleiro (que cavalga) e cavalheiro (homem gentil)
Comprimento (extensão) e cumprimento (saudação)
Coro (música) e couro (pele animal)
Delatar (denunciar) e Dilatar (alargar)
Descrição (ato de descrever) e discrição (prudência)
Despensa (local onde se guardam alimentos) e dispensa (ato de dispensar)
Docente (relativo a professores) e discente (relativo a alunos)
Emigrar (deixar um país) e imigrar (entrar num país)
Eminente (elevado) e iminente (prestes a ocorrer)
Flagrante (evidente) e fragrante (perfumado)
Fluir (transcorrer, decorrer) e fruir (desfrutar)
Imergir (afundar) e emergir (vir à tona)
Inflação (alta dos preços) e infração (violação)
Infligir (aplicar pena) e infringir (violar)
Mandado (ordem judicial) e mandato (procuração)
Osso (parte do corpo) e ouço (verbo ouvir)
Peão (aquele que anda a pé, domador de cavalos) e pião (brinquedo)
Precedente (que vem antes) e procedente (proveniente de; que possui fundamento)
Ratificar (confirmar) e retificar (corrigir)
Recrear (divertir) e recriar (criar novamente)
Tráfego (trânsito) e tráfico (comércio ilegal)
Soar (produzir som) e suar (transpirar)

133
FUNÇÕES DA PALAVRA “SE”
a) Pronome Pessoal Reflexivo
Neste caso, o SE vai servir para indicar uma ação que é praticada pelo sujeito e ele
mesmo receberá suas consequências. Dizemos que o sujeito pratica e sofre a ação
verbal.
Exemplos:
Maria cortou-se com uma tesoura.
Eles se vestiram de branco para o evento.

b) Pronome Pessoal Recíproco


O pronome recíproco é muito parecido com o reflexivo, mas neste caso a ação envolve
dois sujeitos (ou mais), em que ambos praticam a ação um sobre o outro, e portanto
também sofrem a consequência da ação praticada.
Exemplos:
Pedro e Maria deram-se as mãos.
Meus pais se amam profundamente.

c) Pronome Apassivador
Pode também ser chamado de partícula apassivadora/apassivante, e serve para indicar
que a frase está na voz passiva, ou seja, o sujeito sofre a ação praticada por outro
agente. Chamamos de sujeito “paciente”.
O pronome apassivador segue um VTD ou VTDI (verbo transitivo direto) que esteja na
3ª (terceira) pessoa do singular ou plural.
Exemplos:
Vendem-se casas. (são vendidas)
Os livros que se extraviaram, foram restaurados. (que foram extraviados)
Obs.: o objeto direto da voz ativa torna-se o sujeito da voz passiva.

d) Pronome de Indeterminação do Sujeito ou pronome indefinido


Também chamado de Índice de indeterminação do sujeito, é utilizado em frases cujo
sujeito é indeterminado, Acompanha, normalmente, um VTI (verbo transitivo indireto),
um VI (verbo intransitivo) ou um VL (verbo de ligação).
Exemplos:
Precisa-se de vendedor.
Vive-se feliz cada vez mais.
Está-se triste, mas isso pode mudar.

e) O “SE” como PARTÍCULA DE REALCE


Como o nome já sugere, o SE servirá neste caso para realçar aquilo que está sendo
dito, portanto poderá ser retirado da frase sem prejudicar a sua estrutura sintática e
coesão.
Exemplos:
Foi-se embora a minha última esperança.
Você fez o que lhe pedi? Se fiz!

134
f) Como CONJUNÇÃO SUBORDINATIVA, o “SE” pode ser:
a) Causal
Pode ser substituída pelas construções ‘já que’, ‘visto que’ e ‘porque’. É utilizada na
oração subordinada para indicar a causa da oração principal.
Exemplo:
Se você não chegou, tivemos que improvisar um apresentador. (já que)

b) Condicional
Indica uma condição para a oração principal.
Exemplo:
Se você não chegar cedo, teremos que improvisar um apresentador. (caso)

c) Integrante
Aparece entre dois verbos para completar o sentido de um deles. É utilizada nas
orações substantivas (ISSO).
Exemplos:
Pergunte se trouxe a encomenda que pedi. (ISSO)
Fale-me se estou certo ou errado. (ISSO)

FUNÇÕES DA PALAVRA “COMO”


a) Verbo COMER, conjugado na 1ª pessoa
Em algumas ocasiões, COMO é um verbo, e significa comer, alimentar-se.
Exemplo: Eu como frutas e verduras todos os dias.

b) ADVÉRBIO INTERROGATIVO DE MODO


Nesse caso, aparecerá em frases interrogativas diretas, e irá se referir ao modo do
verbo.
Exemplo: Como terminaremos o trabalho?

c) ADVÉRBIO EXCLAMATIVO DE INTENSIDADE


Servirá para intensificar a ação verbal.
Exemplo: Como você cresceu!

d) CONJUNÇÃO
Neste caso, pode ser considerada:

a) Conjunção Subordinativa
Serve para introduzir as Orações Subordinadas, e assume alguns significados
diferentes, dependendo da oração da qual faz parte:

ADVERBIAL CAUSAL
Assume a mesma função de porque, já que, visto que.
Exemplo: Como foi visto entrando na loja, o ladrão desistiu do roubo.

135
ADVERBIAL COMPARATIVA
É a função mais recorrente.
Exemplo: Ela era branca como o pai, mas os cabelos eram negros como os da mãe.

ADVERBIAL CONFORMATIVA
Tem valor de conforme, segundo, de acordo com.
Exemplo: Como combinamos, a festa encerrará antes da meia noite.

SUBSTANTIVA
Assume o valor de uma Conjunção Integrante (ISSO).
Exemplo: Observe como ela está bem vestida... (ISSO)

b) Conjunção Coordenativa
Serve para introduzir as Orações Coordenadas, e assume o valor de uma conjunção
aditiva:
Exemplo: Tanto a filha como o pai são torcedores do mesmo time.

FUNÇÕES DA PALAVRA “QUE”

a) SUBSTANTIVO
Nestes casos admite o acompanhamento de um artigo indefinido (um), e pede uma
preposição (de), além disso, deve ser acentuado (quê).
Exemplo: Este texto tem um quê de romance... nem parece um texto modernista.

b) PRONOME ADJETIVO
Como pronome, o QUE poderá ser interrogativo, exclamativo ou indefinido.
Exemplos:
Que horas são? (interrogativo)
Que aconteceu com o aniversariante?
Que delícia de jantar! (exclamativo)
Que palavras duras você usou!

c) PRONOME RELATIVO
Neste caso dizemos que é um dêitico, pois serve para recuperar termos que estão
citados antes dele, fazendo-lhes referência.
Exemplo: O livro que você me deu é muito bom! (o qual)

136
d) PREPOSIÇÃO
Até pouco tempo atrás era considerado coloquialismo, mas já é aceito pela gramática.
O “Que” é utilizado aqui para substituir o “de” após os verbos “ter ou haver”.
Exemplo: Teremos que sair mais cedo hoje.
Hei que vencer a fome.

e) ADVÉRBIO DE MODO ou INTENSIDADE


O “que” pode também substituir o “como”.
Exemplo: Que roupa mal costurada era aquela!
(Como aquela roupa era mal costurada!)
Que enganados andam os homens!

f) PARTÍCULA EXPLETIVA ou REALCE


Neste caso não tem função na oração, serve apenas para realçar determinado termo.
Exemplo: Há muito tempo que não vou à minha cidade natal.
Ele é que está bem.

g) INTERJEIÇÃO ou partícula iterativa


É quando o “que” é usado ou repetido para dar ênfase ou realce à frase.
Exemplo: Quê! Não acredito que vai custar tudo isso!
Oh! Que lindos que são esses cachorrinhos!

h) CONJUNÇÃO COORDENATIVA

a) ADITIVA
Exemplo: Mexe que mexe e não encontra nada!

b) ALTERNATIVA
Exemplo: Que aceitem ou que não aceitem, eu vou falar mesmo assim.

c) EXPLICATIVA
Exemplo: Vocês precisam escutar, que é muito importante.

i) CONJUNÇÃO SUBORDINATIVA

a) INTEGRANTE – aparece no início de uma oração subordinada substantiva e não


tem função sintática. (ISSO)
Exemplo: Falou que não iria, mas acabou indo. (ISSO)

b) COMPARATIVA – aparece no início de uma oração subordinada adverbial


comparativa.
Exemplo: Não há maior prova de amor que doar a vida pelo irmão.

137
c) CAUSAL - aparece no início de uma oração subordinada adverbial causal.
Exemplo: Tenho que tomar cuidado, que esse chão é muito escorregadio.

d) CONCESSIVA – expressa uma concessão, uma exceção à regra.


Exemplo: Gosto de goiabas, verdes que estejam. (mesmo que)

e) CONSECUTIVA – expressa uma consequência do que acabou de ser afirmado.


Exemplo: É tão pequeno que não alcança

138
SEPARAÇÃO SILÁBICA
Não se separam, permanecendo na mesma sílaba

A) DITONGOS E TRITONGOS:

aumento (au-men-to)

pinheiro (pi-nhei-ro)

água (á-gua)

outros (ou-tros)

coisas (coi-sas)

iguais (i-guais)

Paraguai (Pa-ra-guai)

quaisquer (quais-quer)

saguões (sa-guões)

B) DÍGRAFOS LH, CH, NH, GU, QU:

maravilha (ma-ra-vi-lha)
chuva (chu-va)

carinho (ca-ri-nho)

guindaste (guin-das-te)

quente (quen-te)

C) ENCONTROS CONSONANTAIS PUROS (BL, CL, GL, PL, FL, BR, CR, DR, GR,
PR, TR, FR, VR):

bloco (blo-co)

claridade (cla-ri-da-de)

glóbulo (gló-bu-lo)

planeta (pla-ne-ta)
flamingo (fla-min-go)

Brasil (Bra-sil)

cravo (cra-vo)

dragão (dra-gão)

139
gravidade (gra-vi-da-de)

praticamente (pra-ti-ca-men-te)

trevas (tre-vas)
francês (fran-cês)

D) GRUPOS CONSONANTAIS INICIAIS (PS, MN, PN, GN,...):

psicólogo (psi-có-lo-go)

mnésico (mné-si-co)

pneumático (pneu-má-ti-co)

gnóstico (gnós-ti-co)

Separam-se, ficando em sílabas diferentes

A) HIATOS:
moeda (mo-e-da)

saída (sa-í-da)

saúde (sa-ú-de)

poesia (po-e-sia)

navio (na-vi-o)

dia (di-a)

B) DÍGRAFOS RR, SS, SC, SÇ, XC, XS:

carro (car-ro)

pássaro (pas-sá-ro)
nascer (nas-cer)

nasço (nas-ço)

exceção (ex-ce-ção)

exsudativo (ex-su-da-ti-vo)

140
C) ENCONTROS CONSONANTAIS DISJUNTOS:

advogado (ad-vo-ga-do)

afta (af-ta)
alface (al-fa-ce)

força (for-ça)

magnético (mag-né-ti-co)

objeto (ob-je-to)

desmentir (des-men-tir)

141
NOVA ORTOGRAFIA
ATUALIZADA PELO VOLP
(Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa)
O nosso alfabeto, que
antes era composto por 23
letras, atualmente
possui 26, pois as letras K,
W e Y passaram a
incorporá-lo.
ACENTUAÇÃO
GRÁFICA
• Hiatos em “oo” e “ee”
perderam o acento
circunflexo: enjoo, moo,
coroo, voo, perdoo, leem,
creem, veem (verbo ver),
deem, reveem (verbo rever).
ACENTUAÇÃO
GRÁFICA
• Não mais se acentuam (acento
diferencial)
• Para
• Pelo
• Pera
• Polo
ACENTUAÇÃO
GRÁFICA
• Não mais se acentuam os
ditongos abertos em “ei” “oi” e
“eu” nas palavras paroxítonas.
• Geleia, jiboia, joia, paranoia,
heroico, europeia, moreia,
assembleia, Coreia, ideia, plateia.
ACENTUAÇÃO
GRÁFICA
• Não mais se acentuam os hiatos
de “i” e “u” antecedidos de
ditongo nas palavras paroxítonas.
• Feiura (fei-u-ra)
• Baiuca, bocaiuva, Sauipe, taoismo.
HÍFEN
• Usa-se o hífen para encadear palavras:

• Ponte Rio-Niterói.

• O voo Paris-Londres.

• A estrada Brasília-Goiânia.
HÍFEN
• Usa-se o hífen em espécies botânicas e
zoológicas:

• Abóbora-menina, bico-de-papagaio,
• erva-doce, bem-te-vi, banana-da-terra,
• bem-me-quer, tubarão-martelo, peixe-boi...

• Exceção: malmequer.
HÍFEN – PREFIXOS
• Principais prefixos:
• Ambi, anfi, anti, ante, arqui, arce,
auto, cata, contra, inter, intra, intro,
infra, endo, eletro, justa, hepta,
hexa, hemi, hiper, hipo, mega, micro,
macro, meta, neo, para, peri, poli,
semi, super, supra, ultra, tele, tetra...
HÍFEN - PREFIXOS
• Usa-se o hífen quando o segundo elemento:

• Começar com H;

• Começar com letra igual à última


do prefixo.
HÍFEN - PREFIXOS
• H • LETRA IGUAL
• Anti-herói; • Micro-ônibus;
• Extra-humano; • Micro-ondas;
• Super-homem; • Auto-observação;
• Contra-harmônico; • Inter-regional;
• Pré-história; • Sub-base;
• Mini-hotel. • Anti-inflamatório.
HÍFEN - PREFIXOS
• As palavras iniciadas com outras letras
serão escritas unidas, ou seja, não haverá
hífen entre elas e os prefixos.

• Autoanálise, semicírculo, neozelandês,


infraestrutura, suboficial, ultrassom,
pseudofruto, subutilizado, antigripal...
HÍFEN - PREFIXOS
• Na união do prefixo à palavra, serão
duplicados R e S – que ficarem entre
vogais.

• Autorretrato = auto + retrato

• Antissocial = anti + social


PREFIXOS terminados
em B ou D
• Além do H e da letra igual – que exigem o
hífen, destes prefixos também se separam
as palavras iniciadas em R.

• Sub-rogar, ab-rupto, ad-referendo...

• As demais: subalterno, adjunto,


suboficial, sublinhar, sobestar...
PREFIXOS terminados
em M, N ou L
• Além do H e da letra igual – que exigem o
hífen, destes prefixos também se separam
as palavras iniciadas em vogal.
• Circum-hospitalar, circum-murar,
pan-americano, circum-navegação,
mal-estar, mal-humorado, mal-lido...
• As demais: circunviagem, circuncidar,
pambrasileiro, malfeitor, maldito,
malvisto, malcriado...
PREFIXOS: DES, IN,
AN, CO, RE.
• Sempre unidos às palavras que os seguem.
Neste caso, ocorre a perda do H.

• Coerdeiro = co + herdeiro

• Coautor, inapto, inumano, desonesto,


reaver, cooperar, copiloto, reeleger,
reescrever, corréu, corré, anepático...
HÍFEN
• Sempre grafados com hífen.

• EX: ex-presidente, ex-esposa...


• VICE: vice-governador, vice-reitor....
• SOTO/SOTA: sota-piloto...
• VIZO: vizo-rei.
• GRÃO/ GRÃ: grão-mestre, Grã-Bretanha...
SEMPRE COM HÍFEN
(tônicos – com acento)
• PRÉ e PRÓ • PÓS
• PRÓ-EUROPEU; • PÓS-PARTO;
• PRÓ-ATIVO; • PÓS-GRADUAÇÃO;
• PRÉ-HISTÓRIA; • PÓS-RADICAL;
• PRÉ-NATAL; • PÓS-SECO;
• PRÓ-AFRICANO; • PÓS-ROMANO;
• PRÉ-ESCOLA... • PÓS-ORAL...
PRE e PRO
(átonos – sem acento)
• Pospor; • Dupla grafia:
• prever; • Proativo
• Previsão; • Pró-ativo;
• Prematuro; • Preeleito
• Promover; • Pré-eleito;
• Precursor; • Preembrião
• Precoce... • Pré-embrião...
HÍFEN – BEM, ALÉM,
SEM, AQUÉM, RECÉM.
• Sempre grafados com hífen.

• Além-mar, além-Atlântico...
• Aquém-Pirineus, aquém-fronteiras...
• Sem-teto, sem-terra, sem-vergonha...
• Recém-nascido, recém-criado...
• Bem-amado, bem-humorado, bem-vindo,
bem-estar...
HÍFEN – PARA
(verbo parar)
• Sem o hífen:
• Paraquedas, paraquedismo,
paraquedista, paraquedístico.

• Porém: para-lama(s), para-brisa(s),


para-choque, para-raios, para-vento.
HÍFEN
• Não se emprega o hífen com as
palavras NÃO e QUASE.

• Não agressão, não fumante, não


violência, quase delito, quase
domicílio...
HÍFEN – ADJETIVOS
COMPOSTOS
• Continuam com hífen:
característica físico-química,
clínica médico-cirúrgica, crime
político-financeiro, casaco azul-
marinho, luso-brasileiro, sino-
francês, ibero-americano.
HÍFEN – SUBSTANTIVOS
COMPOSTOS
• Normalmente continuam com hífen:

• Primeiro-ministro, amor-perfeito,
médico-cirurgião, joão-ninguém,
segunda-feira, guarda-noturno,
mesa-redonda, arco-íris, pega-pega,
má-fé, bota-fora, porta-retrato,
pé-direito, quebra-mar, tico-tico,
guarda-roupa...
SEM O HÍFEN
• Bumba meu boi, mula sem cabeça,
• Pé de moleque, pé de pato, pé de chumbo,
pé de valsa, pé de galinha, pé de cabra,
• Fora da lei, leva e traz, entra e sai,
mandachuva, fim de semana, dia a dia, à
toa, fim de ano, cor de vinho, cor de gelo.
• Porém: pé-de-meia (pecúlio), manda-lua,
manda-tudo, cor-de-rosa.
O USO FACULTATIVO DE MAIÚSCULAS
O Novo Acordo Ortográfico permite o uso
facultativo de letra maiúscula ou minúscula
nos seguintes casos:
- Títulos de livros, que podem estar
totalmente em maiúsculas ou apenas com
maiúscula inicial. Deverão ser escritos em
itálico.
Exemplos: Gabriela, Cravo e
Canela ou Gabriela, cravo e canela; Grande
Sertão: Veredas ou Grande sertão:
veredas; A Escrava Isaura ou A escrava
Isaura; etc.
- Palavras de categorizações diversas, como
rio, rua, igreja, edifício, etc.
Exemplos: Rio Amazonas ou rio Amazonas;
Rua Tonelero ou rua Tonelero; Igreja Nossa
Senhora de Copacabana ou igreja Nossa
Senhora de Copacabana; Edifício Copan ou
edifício Copan, etc.

- Nomes que se referem a áreas do saber,


matérias e disciplinas.
Exemplos: Matemática ou matemática;
Ciências ou ciências; História ou história;
Filosofia ou filosofia, etc.
- O uso de iniciais em cargos e
títulos: pode-se escrever, assim,
tanto “o papa Francisco” quanto “o
Papa Francisco”; “o Embaixador
francês no Brasil” ou “o
embaixador francês no Brasil”; “o
Presidente” ou “o presidente”; o
“Governador João Dória ou o
“governador João Dória”
VALEU A PENA?
“TUDO VALE A PENA
SE A ALMA NÃO É PEQUENA.”

(FERNANDO PESSOA)
PORTUGUÊS
PROCESSOS DE
FORMAÇÃO DE
PALAVRAS
PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE
PALAVRAS
• De que maneira um idioma pode crescer,
aumentar o número de palavras que o
compõe? Cada língua tem seus
mecanismos próprios de formação de
novas palavras. No caso específico do
Português, existem alguns processos,
sendo que os dois mais importantes são
a derivação e a composição.
DERIVAÇÃO PREFIXAL
• Quando acrescentamos um prefixo à
palavra primitiva.

RE (prefixo) + FAZER (palavra primitiva) =


REFAZER (derivação prefixal)

• Desonesto, infiel, antirrábica, pré-história,


desumano, antessala, bicampeão...
DERIVAÇÃO SUFIXAL
• Quando acrescentamos um sufixo à palavra
primitiva.

• Ponta (palavra primitiva) + EIRO (sufixo) =


ponteiro (derivação sufixal).

• Felizmente, saneamento, saboroso,


antigamente, amável...
DERIVAÇÃO PARASSINTÉTICA
• Ocorre quando a um determinado radical
acrescentam-se, ao mesmo tempo, um
prefixo e um sufixo.

EN (prefixo) + VELHO (palavra primitiva)


+ ECER (sufixo) = ENVELHECER
(parassíntese)
PARASSÍNTESE
• EMBARCAR (BARCO)
• ENVELHECER (VELHO)
• ANOITECER (NOITE)
• ENTARDECER (TARDE)
• EXPATRIAR (PÁTRIA)
• ENDOIDECER (DOIDO)
• AMANHECER (MANHÃ)
DERIVAÇÃO PREFIXAL E SUFIXAL
• Acrescentam-se o prefixo e o sufixo ao
radical; todavia, ao se retirar o prefixo, a
palavra continua existindo na língua
portuguesa.
• Infelizmente (felizmente);
• Desonestidade (honestidade).
• Ilegalidade (legalidade).
DERIVAÇÃO DEVERBAL ou
REGRESSIVA
• Esse processo dá, principalmente, origem a
substantivos a partir de verbos e ocorre com a
substituição da terminação do verbo pelas
desinências A, E, O.
Convém notar que todo substantivo formado
por derivação regressiva termina em A, E ou O
e indica uma ação (ATO DE).
• Resgatar = o resgate
• Fugir = a fuga
DERIVAÇÃO IMPRÓPRIA ou
CONVERSÃO
• É a passagem de uma palavra que pertencente
a determinada classe gramatical (substantivo,
adjetivo, advérbio etc.) para outra classe.

fumar (é verbo) --> o fumar (é substantivo)


claro (é adjetivo) --> ela fala claro (é advérbio)
rosa (é substantivo) --> blusa rosa (é adjetivo)
COMPOSIÇÃO POR JUSTAPOSIÇÃO
• Quando as duas (ou mais) palavras que se
juntam não perdem nenhum fonema,
mantendo, por isso, a pronúncia que
apresentam antes da composição.
• Passatempo (passa + tempo);
• couve-flor (couve + flor);
• girassol (gira + sol);
• pé-de-moleque (pé + de + moleque).
COMPOSIÇÃO POR AGLUTINAÇÃO
• Quando pelo menos uma das palavra que se
unem perde um ou mais fonemas, sofrendo,
assim, uma mudança em sua pronúncia.
• Petróleo (pedra + óleo);
• fidalgo (filho + de + algo);
• embora (em + boa + hora);
• lobisomem (lobo + homem).
ONOMATOPEIA
• Quando a palavra nasce de uma
tentativa de reproduzir os sons da
natureza.

• tique-taque, reco-reco, zunzum,


pingue-pongue, teco-teco.
ABREVIAÇÃO e SIGLA
• Abreviação vocabular: redução da palavra até
o limite de sua compreensão (metrô, moto,
pneu, extra, foto, cine, dr., obs.)

• Siglas: a formação de siglas utiliza as letras


iniciais de uma sequência de palavras
(Academia Brasileira de Letras - ABL).
• A partir de siglas, formam-se outras palavras
também (aidético, petista)
REVISÃO – PORTUGUÊS

TURMAS 2020

PROFESSORA RENATA TOSETTO

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CRASE PROIBIDA – lembre-se de usar o mnemônico:
Masculinos (exceto – à moda de) Poemas à Camões (à moda de Camões).

Iguais – cara a cara, gota a gota, lado a lado.

Singular plural – Deu flores a belas jovens.

Verbos – Começou a chover. Documentos a serem redigidos.

Indefinidos – pronomes e artigos: Ofereceu dinheiro a uma garotinha.

Pronomes – Ofertou dinheiro a ela e a Vossa Senhoria.

EXCETO (haverá sinal de crase + REGÊNCIA) – exceções dos pronomes


1- aquele, aquela, aquilo;
2- senhora, senhorita;
3- a qual, as quais;
4- outra(s), vária(s), diversa(s), mesma, própria, semelhante e tal (com substantivo feminino).

Se houver REGÊNCIA da preposição, o acento indicativo de crase será necessário.


Refiro-me ÀQUELE caso.
Deu flores À SENHORA que passava.
A missa À QUAL assistimos foi emocionante.
Ele se dirigiu ÀS MESMAS amigas de infância.

NÃO SE ESQUEÇA da crase que marca a elipse do substantivo: As atitudes do garoto foram
contrárias ÀS do professor. (às – esconde a palavra: atitudes)

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SÃO IMPEDITIVOS DE CRASE:
MISVIP

OUTRAS PREPOSIÇÕES ANTES DE ”A” (exceto até – facultativo) MÚSICA

A / DE/ ANTE/ COM/ DESDE/ EM


ENTRE/ PARA/ATÉ/ SEM
CONTRA/ SOB/ TRÁS/ PERANTE
SOBRE/ POR/ APÓS/ DURANTE

De... A... (paralelismo do artigo)

CRASE FACULTATIVA:
a) ATÉ – Vamos até à feira ou Vamos até a feira.

b) NOMES PRÓPRIOS FEMININOS – Informei o horário à Juliana ou Informei o horário a


Juliana.
Atenção – se o substantivo feminino vier determinado, a crase será obrigatória:
Informei o horário à Juliana, minha prima.

c) PRONOMES POSSESSIVOS FEMININOS no SINGULAR – Vou à sua festa ou Vou a sua


festa.
Atenção – se o pronome estiver substituindo a palavra, a crase será obrigatória:
Vou à sua festa (ou a sua festa), todavia você nunca foi às minhas. (festas) – crase obrigatória
(elipse do substantivo).

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CRASE NAS LOCUÇÕES FEMININAS (OLHAR O VALOR SEMÂNTICO/ TEMPO, MODO,
LUGAR, INTENSIDADE) = às escondidas, à revelia, em meio à natureza, à noite, à tarde, à
direita, à esquerda, àquela altura da noite, à medida que, à primeira vista, à proporção que, à
queima-roupa, à toa, às vezes, às claras, às escondidas, às pressas, à procura de, à espera de,
às cegas, à vontade, à disposição, à força, à venda, à caça de, às segundas, à meia-noite, à beça,
das 8h às 18, das 13h às 22h30, às quintas, à baila, à tona, às ocultas, às avessas, à mercê, à
parte (separadamente), etc.

TOPÔNIMOS (nomes próprios de lugar)

VOLTO DE = CRASE PARA QUÊ?


CHEGUEI A BRASÍLIA = VOLTO DE

VOLTO DA = CRASE HÁ
CHEGUEI À SÍRIA = VOLTO DA

SE ESTIVER DETERMINADO = CRASE OBRIGATÓRIA


CHEGUEI A SÃO PAULO
CHEGUEI À BELA SÃO PAULO
CHEGUEI À SÃO PAULO DA GAROA

NUNCA HAVERÁ CRASE NO SUJEITO E NO OBJETO DIRETO (QUEM? ou O QUÊ?) não são
termos regidos obrigatoriamente por preposição.

VERIFIQUE – presença de preposição – troque por “AO” “AOS” com crase.


Caso a resposta seja “o” (somente o artigo), não haverá crase.

CASO NÃO HAJA REGÊNCIA, NÃO OCORRERÁ A CRASE. (QUEM? ou O QUÊ?)


PROVA REAL = COLOCAR NA VOZ PASSIVA
ELA EXECUTOU A TAREFA = A TAREFA FOI EXECUTADA...

REGÊNCIA (A)
VERBAL (preposição advinda do verbo)
NOMINAL (preposição advinda do nome)
LOCUÇÕES FEMININAS (olhar o valor semântico) – TEMPO, MODO, LUGAR,
INTENSIDADE

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PRONOMES PESSOAIS – não erre mais o uso de LHE, LHES (eles devem ser regidos
por preposição verbal ou nominal).

A- VEJA: Ofereci aumento salarial à funcionária mais dedicada.


Ofereci-LHE aumento salarial. (a preposição é o “segredo”).

Roubaram-LHES as bolsas e pacotes.


Roubaram as bolsas e pacotes deles (delas, exige a presença da preposição).

Quero-LHE bem. (querer bem a alguém)

B- CASO não haja preposição, os pronomes a serem usados são: O, A, OS, AS. (variações: LO,
LA, LOS, LAS – NO, NA, NOS, NAS)

FAÇA A PERGUNTA: O QUÊ? (ISSO)

PROVA REAL = COLOCAR NA VOZ PASSIVA

VEJA: Paguei o remédio com meu cartão. (FOI PAGO)

Paguei-O com meu cartão. (segredo: não há preposição entre o verbo e termo destacado)

Quero comprar a casa.


Quero comprá-LA.

Mataram vários traficantes.


Mataram-NOS. (substituindo-se o errôneo: mataram eles).

MUITA ATENÇÃO:
Após verbos terminados em R, S, Z = lo, la, los, las (as terminações “r/ s/ z” devem ser retiradas)

Após verbos terminados em M, ÃO, ÕE = no, na, nos, nas

Antes de verbos ou verbos terminados em vogal = o, a, os, as

Com preposição = lhe, lhes

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COLOCAÇÃO PRONOMINAL (CORRETA POSIÇÃO DOS PRONOMES EM RELAÇÃO
AO VERBO)

1- PRÓCLISE (pronome antes do verbo) = Ele me enviou os documentos.

2- ÊNCLISE (pronome após o verbo) = Sentou-se às margens do riacho.

3- MESÓCLISE (pronome no meio do verbo) = Dar-lhe-ei explicações.

Lembre-se das 3 regras básicas:

1ª – NÃO SE INICIA ORAÇÃO COM PRONOME OBLÍQUO (me, te, se, nos, vos, lhe, lhes, o, a, os,
as, lo, la, los, las, no, na, nos, nas);

2ª – A ÊNCLISE É PROIBIDA NO FUTURO (rei, rá, remos, rão, ria, riam, ríamos) E NO
PARTICÍPIO (ado, ido, to);

3ª – OBEDEÇA AOS ATRATIVOS. (exceto: Não vou devolvê-lo) Se houver verbo no infinitivo (R), a
posição é opcional.

Lembre-se de que a PRÓCLISE é: (atrativos)

Pronomes (relativos: que, quem, cujo, onde, o qual, a qual, os quais, as quais; indefinidos:
nada, ninguém, alguém, qualquer, tudo, cada, todos, todas, bastante, algum, nenhum;
interrogativos: que, quem, qual, quanto; demonstrativos neutros – isso, isto, aquilo)

Advérbios (quando, onde, como, aqui, lá, acolá, já, ainda, sempre, hoje, ontem, agora, nunca,
jamais, ontem, hoje, amanhã, muito, pouco, bastante, só, somente, também, não + “mente”)

Negativos (não, jamais, nunca, nem, tampouco, nada, ninguém...)

Conjunções (nem, alternativas, subordinativas = 6CTPF + QUE/SE (isso)

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TAMBÉM SÃO CASOS DE PRÓCLISE:

EM + NDO = EM SE TRATANDO DE PORTUGUÊS, TUDO É POSSÍVEL.

ORAÇÕES OPTATIVAS (EXCLAMATIVAS) = DEUS NOS ABENÇOE!

** MUITA ATENÇÃO!
SE NÃO HOUVER ATRATIVO, SE NÃO FERIRMOS AS REGRAS (PRÓCLISE PROIBIDA NO INCÍCIO OU
ÊNCLISE PROIBIDA NO FUTURO E NO PARTICÍPIO), A POSIÇÃO DO PRONOME SERÁ OPCIONAL.
OS GOVERNANTES SE ORGANIZAM...
OS GOVERNANTES ORGANIZAM-SE...

PRONOMES DEMONSTRATIVOS:
EM RELAÇÃO AO ESPAÇO

- Este(s), esta(s) e isto indicam o que está perto da pessoa que fala: Este relógio de bolso que
eu estou usando pertenceu ao meu avô.

- Esse(s), essa(s) e isso indicam o que está perto da pessoa com quem se fala: Mamãe, passe-
me essa revista que está perto de você.

- Aquele(s), aquela(s) e aquilo indicam o que está distante tanto da pessoa que fala quanto da
pessoa com quem se fala: Olhem aquela casa!

QUANDO SÃO USADOS COMO REFERENTES

- Este(s), esta(s) e isto fazem referência a algo sobre o qual ainda se vai falar: São estes os
assuntos que temos a tratar: o aumento dos salários, as férias dos funcionários e as horas extras.

- Esse(s), essa(s) e isso fazem referência a algo que já foi citado anteriormente: Sua
participação nas Olimpíadas de Matemática, isso é o que mais desejamos agora.

- Este e aquele são empregados quando se faz referência a termos já mencionados, como se
exemplifica a seguir (este – último citado/ aquele – primeiro citado): Pedro e Paulo são alunos que
se destacam na classe: este pela rapidez com que resolve os exercícios de Matemática, aquele pela
criatividade na produção de textos.

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PRONOMES RELATIVOS
Classe de pronomes que substituem termos antecedentes e que estabelecem vínculo entre
orações.

Termos subordinantes/ elementos de coesão/ retomadores (anafóricos)

Não admitem artigo, exceto “o qual, a qual, os quais, as quais” (já possuem o artigo)

QUE – substitui pessoas ou “coisas”;

O QUAL – substitui pessoas ou “coisas”;

QUEM – substitui pessoas;

CUJO – posse (algo de alguém/ pertencimento);

ONDE – lugar em que/ lugar no qual;

QUANDO – tempo;

COMO – antecedido de: jeito, maneira, modo, forma, característica.

QUANTO – antecedido de: tudo, tanto, tanta, todos, todas (pronomes indefinidos)

Conheci bons autores. Os bons autores eram norte-americanos.

FALTA COESÃO AOS PERÍODOS = 2 PERÍODOS NÃO COESOS – REPETIÇÃO.

Conheci bons autores que (os quais) eram norte-americanos.

2 orações em 1 período coeso = sem repetição.

Pronome relativo “que” substitui o antecedente – bons autores.

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OS PRONOMES RELATIVOS INTRODUZEM UMA ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA
EXPLICATIVA OU RESTRITIVA.

EXPLICATIVA – sempre com pontuação [destaca a informação do período/ abrange a ideia total
– todo (s) toda (s)]

RESTRITIVA – sem pontuação (restringe a ideia do período/essencial ao contexto/ somente/


apenas/ só)

NÃO ERRE – PROCURE SEMPRE OBSERVAR O VERBO E A REGÊNCIA (verbal ou nominal)

A casa em que moramos é grande. (na qual/ onde) – morar EM

Os assuntos de que tanto gosto são poucos. (dos quais) gostar DE

Os caminhos por que passei eram sinuosos. (pelos quais) passar POR

O fato a que aludimos era interessante (ao qual) aludir/ referir-se A

A pessoa a cujos belos olhos me refiro é você. Referir-se A

A conclusão a que chegamos foi brilhante. (à qual) – chegar A

CUJO – posse (valor do pronome possessivo)

AS AMIGAS CUJOS NOMES SÃO ESTRANGEIROS VIAJARÃO COMIGO.

AQUELE É O FILME A CUJA CENA ASSISTI.

O DOCE DE CUJO SABOR GOSTO, CERTAMENTE, ESTÁ NA GELADEIRA.

CUJO – deve indicar posse e NÃO pode ser acompanhado de artigo. Preposição sim, pois se trata
de regência.

CUJO = possuidor + cujo + coisa possuída

Frondosa era a árvore a cujos frutos fiz referência.

(frutos da árvore – posse. A preposição é obrigatória: regência nominal)

SEMPRE ENTRE DOIS NOMES.

TROCAR POR: DO, DA, SEU, SUA, DELE, DELA

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ONDE – lugar (TROCAR POR: EM QUE/ NO QUAL/ NA QUAL/ OS QUAIS/ NAS QUAIS)

A CASA ONDE MORO É ESPAÇOSA. (EM QUE, NA QUAL MORO)

A RUA AONDE FUI NÃO FICA PRÓXIMA À SUA CASA. (A QUE FUI, À QUAL FUI)

O LUGAR DONDE VENHO, NEM SEMPRE, FOI TÃO BELO. (DE QUE, DO QUAL VENHO)

ONDE – sempre se refere a lugar (onde = lugar em que, no qual).

Onde = em (lugar onde fica)

Aonde = a (lugar aonde se vai – regência de ida)

Donde (de onde) = de (lugar de onde se vem, origem, procedência)

CUIDADO!

NO DIA EM QUE NOS CONHECEMOS, POR SORTE, NÃO LHE DEI MEU ENDEREÇO.

O MOMENTO EM QUE HOUVER O FIM DOS CONFLITOS FICARÁ GUARDADO EM NOSSAS


MEMÓRIAS.

AS RUAS EM QUE ELE PASSA TODOS OS DIAS, COM CERTEZA, NECESSITAM DE REPAROS
UGENTES.

ATENÇÃO!
EM TODOS OS PRONOMES RELATIVOS, O FATO DE SE
PONTUAR (EXPLICATIVA) OU NÃO PONTUAR
(RESTRITIVA) ALTERA O VALOR SEMÂNTICO DA
ORAÇÃO.

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CONJUNÇÕES
COORDENATIVAS = ECAAA

aditivas (adição, acréscimo, inclusão) - e, nem, mas também, como também, bem como, mas
ainda, não só... como também, não apenas... como também, ademais etc.

adversativas (adversidade, oposição, contradição, contrassenso, restrição, adversão) - mas,


porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto, senão (a não ser), só que, só que não, não
obstante, em contrapartida, por outro lado, de outra forma, etc.

alternativas (alternância, exclusão, escolha) - ou, ou ... ou, ora ... ora, quer ... quer, seja...
seja..., nem... nem..., etc.

conclusivas (conclusão) - logo, portanto, pois (depois do verbo/deslocado), por conseguinte,


por isso, dessarte, destarte, sendo assim, assim sendo, desse modo, dessa maneira, dessa feita,
desta feita etc.

explicativas (justificativa, motivo) - pois (antes do verbo/início da oração), porque, que,


porquanto etc.

SUBORDINATIVAS = 6CTPF

causais (causa, motivo, razão) - porque, visto que, já que, uma vez que, como (já que),
porquanto, haja vista (devido a, por causa de), dado que, tendo em vista que, em face de, por
causa de, devido a, graças a etc.

comparativas - como, (tal) qual, assim como, (tanto) quanto, (mais ou menos +) que etc.

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condicionais - se, caso, contanto que, desde que, salvo se, a menos que etc.

consecutivas (consequência, resultado, efeito) - que (precedido de tal, tanto, tão


etc. - indicadores de intensidade), de modo que, de maneira que, de sorte que, etc.

conformativas (conformidade, comprovação, ponto de vista, argumento comprobatório) -


conforme, segundo, consoante, como, de acordo, para, em consonância com etc.

concessivas (ressalva, restrição, contrariedade) - embora, conquanto, posto que, por muito
que, se bem que, ainda que, mesmo que, por mais que, malgrado, a despeito de, apesar de que,
apesar de, em que pese, etc.
Atenção! O objetivo da concessiva é fazer uma ressalva, que, no entanto, não irá anular o
argumento principal, ou seja, são as conjunções que indicam uma oração em que se admite um fato
contrário à ação principal, mas incapaz de impedi-la.

temporais - quando, enquanto, logo que, desde que, assim que, mal (logo que/assim que/ nem
bem), até que, sempre que, depois que, etc.

finais – (finalidade, propósito, objetivo) a fim de que, para que, que, a fito de, com fito de, etc.

proporcionais – (algo paulatino/ gradual/ gradativo) à medida que, à proporção que, ao passo
que, quanto mais, quanto menos, tanto mais, tanto menos etc.

integrantes - que, se (ISSO)

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PONTUAÇÃO

PONTUAÇÃO PROIBIDA
1ª – NÃO SEPARE O SUJEITO DO VERBO (QUEM?), O VERBO DOS OBJETOS (complementos
verbais), TAMPOUCO OS COMPLEMENTOS NOMINAIS (O QUÊ?/ ISSO/ REGÊNCIA).

2ª – NÃO SEPARE AS CONJUNÇÕES INTEGRANTES = QUE/SE (ISSO)

QUEM? + O QUÊ? + (ISSO) + REGÊNCIA (verbal ou nominal)

MOTIVOS/ REGRAS/ RAZÕES PARA HAVER PONTUAÇÃO

NATUREZA ADVERBIAL** (ATENÇÃO AO VALOR


SEMÂNTICO)
**A) SEPARAR ADJUNTO ADVERBIAL (LOCUÇÕES ADVERBIAIS – TEMPO, MODO, LUGAR,
INTENSIDADE, FINALIDADE, ETC.) DESLOCADO (INÍCIO OU MEIO DA ORAÇÃO):
DURANTE A MADRUGADA, ENCONTREI AMIGOS.
AS PESSOAS, MESMO CANSADAS, FAZEM SEUS DEVERES.

**B) ISOLAR ORAÇÕES ADVERBIAIS DESLOCADAS (6CTPF):


QUANDO HOUVER CRÍTICAS AO SEU TRABALHO, IGNORE-AS.
TODOS, SE HOUVER EMPENHO, OBTERÃO O DESEJADO RESULTADO.

C) ISOLAR O VOCATIVO (CHAMAMENTO/ INVOCAÇÃO/ INTERPELAÇÃO) NATUREZA


EVOCATIVA
ALUNOS, VENHAM AQUI!
ATENTE-SE, TRABALHADOR, AOS PRAZOS PARA O SAQUE DO FGTS.
TRAGA-ME UM SUCO, MEU AMOR.

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NATUREZA EXPLICATIVA** (ATENÇÃO AO REFERENTE/
ANTECEDENTE/ PRECEDENTE)
**D) ISOLAR O APOSTO EXPLICATIVO:
BOLSONARO, ATUAL PRESIDENTE DO BRASIL, VIAJOU ONTEM.

**E) ISOLAR ORAÇÃO EXPLICATIVA: A VÍRGULA DESTAS ORAÇÕES, SE RETIRADA, MUDA-


LHES O SENTIDO (OLHAR O PRONOME RELATIVO: QUE, QUEM, CUJO, ONDE, O QUAL, A
QUAL, OS QUAIS, AS QUAIS).
TODOS OS ALIMENTOS, QUE ESTÃO NA GELADEIRA, CONTÊM GLÚTEN.

F) SEPARAR ELEMENTOS COORDENADOS, ITENS ENUMERADOS, ITENS DE MESMA


FUNÇÃO SINTÁTICA, ETC.
VEREADORES, GOVERNADORES, PREFEITOS E O PRESIDENTE SAÍRAM CEDO DO EVENTO.

G) ISOLAR EXPRESSÕES EXPLICATIVAS OU RETIFICADORAS:


Ou seja, melhor dizendo, aliás, quero dizer, dessa forma, por outro lado, por exemplo, digo, etc.

H) ORAÇÕES DESLOCADAS REDUZIDAS DE GERÚNDIO (NDO) ou PARTICÍPIO (ADO, IDO,


TO):
TRABALHANDO MUITO, ELE OBTEVE SUCESSO.
ELE, TRABALHANDO MUITO, OBTEVE SUCESSO.
FEITAS AS TAREFAS, FOMOS DESCANSAR.
NOSSO PAÍS, VENCIDA A CRISE, VOLTARÁ A CRESCER.

I) ELIPSE DO VERBO/ ZEUGMA/ OMISSÃO DO VERBO


VOCÊ GOSTA DE CINEMA, SEUS AMIGOS, DE TEATRO. (, = GOSTAM)

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J) ISOLAR CONJUNÇÕES CONCLUSIVAS OU ADVERSATIVAS DESLOCADAS (exceto mas)
TODOS SE DEDICARAM, MERECEM, PORTANTO, A APROVAÇÃO.
ELES SÃO BONS SERVIDORES, O GESTOR, NO ENTANTO, NÃO LHES RECONHECE O VALOR.

K) VÍRGULA NA CONJUNÇÃO “E”

1- PARA SEPARAR DIFERENTES SUJEITOS EM ORAÇÕES DISTINTAS.


ELE RETIROU-SE DO LOCAL, E SEUS AMIGOS O ACOMPANHARAM.

2- QUANDO O “E” EQUIVALE À CONJUNÇÃO ADVERSATIVA “MAS” (OPOSIÇÃO, CONTRADIÇÃO).


SABEMOS QUE O CIGARRO MATA, E (MAS) CONTINUAMOS FUMANDO.

3- POLISSÍNDETO (repetição do E):


ELE JOGA, E DANÇA, E PULA, E FAZ A ALEGRIA DE TODOS.

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CONCORDÂNCIA

Não erre a concordância verbal ou nominal: Verifique se você não vem cometendo
erros de concordância por não saber identificar o sujeito.

ATENÇÃO: Quer encontrar o sujeito? Procure todos os verbos do período. Faça, antes do verbo,
as perguntas: QUEM? QUÊ?

 Ocorreu, naquela tarde, às dezenove horas e trinta minutos, vários acidentes no centro da
cidade.

 Certo ou errado?

Faça a pergunta: Que ocorreu, naquela tarde, às dezenove horas no centro da cidade?

Resposta: Vários acidentes. A concordância verbal correta é OCORRERAM.

O “SEGREDO” da concordância verbal é encontrar o verbo e depois o sujeito, mesmo que a


oração esteja invertida, você vai saber identificar quem é responsável pela ação expressa.

Não se esqueça de que NÃO HÁ SUJEITO REGIDO (iniciado/ introduzido) POR


PREPOSIÇÃO. Portanto, “FUJA” dos termos iniciados pelas PREPOSIÇÕES, que estão sempre
perto do verbo para desviar o centro da atenção: verbo + sujeito.

MUITA ATENÇÃO AQUI!


1- UM DOS/ UMA DAS = SINGULAR
UM DOS ATLETAS FALOU AO REPÓRTER.

2- UM DOS QUE/ UMA DAS QUE = OPCIONAL


VOCÊ É UM DOS ALUNOS QUE GABARITARÁ NA PROVA.

3- FAZER (sentido de tempo) = SINGULAR


Faz, fez, fazia, fará, vai fazer, deve fazer anos que falo isso.
FAZ MESES QUE ESTOU ME PREPARANDO.
VAI FAZER TRÊS ANOS QUE NÃO NOS VEMOS.

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4- HAVER (SENTIDO DE EXISTIR) = SINGULAR
HÁ, HAVIA, HOUVE, HOUVERA, HAVERÁ, HAVERIA, QUE HAJA, SE HOUVESSE, QUANDO HOUVER,
DEVE HAVER, VAI HAVER, TEM HAVIDO, COSTUMA HAVER, PODE HAVER, VEM HAVENDO, PASSOU
A HAVER, HÁ DE HAVER...
HÁ BONS MOTIVOS PARA SORRIR.
VAI HAVER SOLUÇÕES EFICIENTES.

5- COLETIVO, PARTITIVO, PORCENTAGEM + DETERMINANTE = OPCIONAL


A MAIORIA DOS CASOS FOI RESOLVIDA OU FORAM RESOLVIDOS.
2% DO POVO VOTA OU VOTAM MAL.

6- QUE = CONCORDA-SE COM O REFERENTE (ANTECEDENTE)


OS DEPUTADOS QUE ESTÃO ENVOLVIDOS NA OPERAÇÃO LAVA JATO SERÃO CASSADOS.

7- QUEM = 3ª PESSOA DO SINGULAR (OU ANTECEDENTE)


“SOMOS NÓS QUEM PAGA A CONTA DO DESCASO COM A LIXO...”

8- BASTANTES = TROCAR POR VÁRIOS, VÁRIAS, SUFICIENTES...


HÁ BASTANTES MOTIVOS PARA EU ME TORNAR ESCREVENTE.

9- VERBO + SE + PREPOSIÇÃO = SINGULAR


SE= ÍNDICE DE INDETERMINAÇÃO DO SUJEITO
TRATA-SE DE CASOS EXTREMOS DE VIOLÊNCIA.
ASIPRA-SE AO CARGO NO MP.

10- VERBO + SE + SUJEITO (O QUÊ?) = SEMPRE HAVERÁ CONCORDÂNCIA (SINGULAR


OU PLURAL)
SE = PARTÍCULA APASSIVADORA
OBSERVAM-SE OS RESULTADOS DA ANÁLISE = OS RESULTADOS SÃO OBSERVADOS
NOTA-SE UM AR AMENO NO LOCAL = UM AR AMENO É NOTADO
FAÇA SEMPRE A TROCA PARA NÃO ERRAR A CONCORDÂNCIA.

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11- É PERMITIDO ENTRADA (SEM ARTIGO)
É PERMITIDA A ENTRADA (COM ARTIGO)
É PROIBIDO SAÍDA DE CAMINHÕES (SEM ARTIGO)
É PROIBIDA A SAÍDA DE CAMINHÕES (COM ARTIGO)

12- CHEGOU ao shopping, às pressas, o repórter e os jogadores. (1º NÚCLEO)


CHEGARAM ao shopping, às pressas, o jogador e os repórteres. (TODOS)
VERBO ANTEPOSTO ao sujeito composto, concordância no plural OU com o núcleo mais próximo
(1º núcleo).

13- MAIS DE/ MENOS DE / CERCA DE (concorda-se com o numeral)

MAIS DE UM DEPUTADO FOI CASSADO.

MENOS DE DOIS DÓLARES SUMIRAM DE SUA BOLSA.

14- Verbos TER e VIR: singular sem acento. No plural, recebem acento circunflexo.
TODOS TÊM BONS MOTIVOS PARA ACREDITAR QUE A APROVAÇÃO VEM EM BREVE.
ELES VÊM À AULA COM A CERTEZA DE QUE O CONTEÚDO TEM MUITA IMPORTÂNCIA.

15- Verbos derivados de TER e VIR recebem acento agudo no singular e acento circunflexo
no plural.
TER VIR
Manter Intervir
Deter Provir
Conter Advir
Obter Convir
Entreter Antevir
Ater-se Avir-se
Suster Desavir-se
Reter

PROVÊM de nosso solo, diariamente, alimentos riquíssimos.

MANTÊM a ordem, no local, vários policiais.

Com voz firme e decisiva, INTERVÉM na conversa, que durou horas, o policial.

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VERBOS

PARA RECONHECER OS TEMPOS VERBAIS:

PRESENTE DO INDICATIVO (fatos cotidianos, usuais, algo que se faz


sempre):
Começar a conjugar pelo “eu” – com a terminação “O”, os demais:
S (tu)
A, E, I (ele/ ela)
MOS (nós)
IS (vós)
AM, EM (eles, elas)
Veja: saio, sais, sai, saímos, saís, saem.
Caibo, cabes, cabe, cabemos, cabeis, cabem.

FOGEM À LÓGICA: DOU, ESTOU, SOU, VOU (O + U)


O SEGREDO DO PRESENTE É A TERMINAÇÃO “O” “OU” DA 1ª PESSOA (eu)

(EU) CAIBO, ADIRO, COMPITO, ADVIRTO, DIVIRJO, REQUEIRO, PEÇO, MEÇO, FAÇO,
DIGO, TRAGO, VALHO, PERDOO, VOO, ENJOO...

(VÓS) LER, VER, VIR, CRER, RIR, TER, PÔR – cuidado com o VÓS do presente do indicativo.
Veja: VÓS ledes, vedes, vindes, credes, rides, tendes, pondes (Vale para os derivados também)

(MÁRIO) INTERMEDEIO, INTERMEDEIA, INTERMEDEIAM, MEDEIAM, REMEDEIO,


ANSEIO, ODEIO, ANSEIAM, REMEDEIA...

(VERBOS EM “EAR”) DELINEIA, PENTEIA, CERCEIA, FREIA, FREIAM, HOMENAGEIO,


HOMENAGEIA, PASSEIA, RECEIAM...

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VERBOS IRREGULARES e PERIGOSOS (PRESENTE)

EAR – recebem um “I” no eu, tu, ele, eles – no presente do indicativo e do subjuntivo.
Veja: eu freio, tu freias, ele freia, nós freamos, vós freais, eles freiam.
QUE eu freie, tu freies, ele freie, nós freemos, vós freeis, eles freiem.

DELINEIA, CERCEIAM, FOLHEIA, FREIAM, SEMEIA, HOMENAGEIA, ETC.

MARIO (mediar, intermediar, ansiar, remediar, incendiar, odiar)


Todos recebem um “E” no eu, tu, ele, eles – no presente do indicativo e do subjuntivo.
Veja: eu odeio, tu odeias, ele odeia, nós odiamos, vós odiais, eles odeiam.
QUE eu odeie, tu odeies, ele odeie, nós odiemos, vós odieis, eles odeiem.

INTERMEDEIA, REMEDEIA, MEDEIAM, INTERMEDEIAM, ANSEIA, INTERMEDEIO...

FERIR – no “eu” do presente do indicativo a letra E vira I.


Veja: eu FIRO, tu feres, ele fere, nós ferimos, vós feris, ferem.

Seguem este modelo: aderir, expelir, competir, impelir, compelir (forçar, coagir, obrigar), diferir,
deferir, vestir, ingerir, convergir, divergir, despir, gerir (gestão), mentir, preferir, preterir
(descartar), etc.

EU ADIRO, COMPITO, EXPILO, PRETIRO, DISPO, IMPILO, PREFIRO, DIVIRJO,


CONVIRJO, MINTO, SINTO...

Este “I” – segue em todo o presente do subjuntivo.


Veja: QUE eu fira, tu firas, ele fira, firamos, vós firais, eles firam.

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PRETÉRITO PERFEITO (passado concluído/ acabado/ finalizado):
Comece pelo “eu” – com a terminação:
EI, I (eu) (pus, tive, fui, vim) – os outros terminam em EI ou I
STE (tu)
OU, EU, IU (ele, ela)
MOS (nós)
STES (vós)
RAM (eles, elas)

REOUVE, REOUVERAM, INTERVEIO, INTERVIERAM, PROVEIO, PROVIERAM,


CONVEIO, ADVEIO, ADVIERAM, MANTEVE, MANTIVERAM, SUPUS, SUPUSERAM,
COMPUSERAM, OPUSERAM, CONTRAPUSERAM, QUIS, QUISERAM, REQUEREU,
REQUERERAM, SOUBE, COUBE, TROUXE, FIZ, DESFIZERAM, SATISFIZERAM...

PRETÉRITO IMPERFEITO (passado não concluído/ algo que se fazia


sempre/ que se costumava fazer) – olhe as terminações:
VA (verbos terminados em AR)
IA (verbos terminados em ER, IR)
UNHA (verbos em OR)
INHA (derivados do verbo TER e VIR)
ERA (verbo SER)
Único cuidado: VÓS (VEIS, ÍEIS, ÚNHEIS, ÍNHEIS, ÉREIS)

MANTINHA, DETINHA, INTERVINHA, ADVINHA, PROVINHA, SUPUNHA,


DEPUNHA, JOGAVA, SAIA, ERA, FALAVAM, DEVORAVA, SABIAM...

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PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO (ação passada anterior à outra
também passada/ passado do passado/ passado mais distante) – olhe
as terminações:
RA (para todos os verbos)

Único cuidado: VÓS – REIS (com acento na sílaba anterior)

VEJA: cantara, pusera, tivera, vira (ver), viera (vir), soubera, coubera, explodira, competira.

Eu reouvera, tu reouveras, ele reouvera, nós reouvéramos, vós reouvéreis, eles reouveram.

Não se esqueça: tinha ou havia + particípio (ado, ido, to) = RA

VEJA: havia lido tudo = Lera tudo.


Tinha intervindo nisso = Interviera nisso.
Havia proposto = Propusera.
Havia chegado = Chegara.
Tinha trazido = Trouxera.
Havia cabido = Coubera.
Tinha reavido = Reouvera.

REOUVERA, MANTIVERA, DETIVERA, INTERVIERA, ADVIERA, PROVIERA, SUPUSERA,


PUSERA, REPUSERA, DEPUSERA, CONTRAPUSÉRAMOS, OPUSÉRAMOS, REOUVÉRAMOS...

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FUTURO DO PRESENTE (amanhã certo/ futuro que irá acontecer) –
Igual para todos os verbos
REI, RÁS, RÁ, REMOS, REIS, RÃO.

FUTURO DO PRETÉRITO (futuro condicionado a um fato passado/


futuro incerto/ hipotético) – igual para todos os verbos
RIA, RIAS, RIA, RÍAMOS, RÍEIS, RIAM

PRESENTE DO SUBJUNTIVO – usar a conjunção “QUE” para apoiar a conjugação.


AR – trocar as terminações todas por “E”
ER, IR, OR– trocar as terminações todas por “A”

Veja: QUE eu venda, tu vendas, ele venda, vendamos, vendais, vendam.

O SEGREDO DO SUBJUNTIVO É A TROCA DAS LETRAS DOS VERBOS, SE O VERBO FICA


COM AS MESMAS LETRAS É O PRESENTE DO INDICATIVO, SE TROCAR É O SUBJUNTIVO.

Eles trazem (trazer) – presente do indicativo


(que) Eles tragam (trazer) – presente do subjuntivo

Ele bebe (beber) – presente do indicativo


(que) Ele beba (beber) – presente do subjuntivo

Nós partimos (partir) – presente do indicativo


(que) Nós partamos (partir) – presente do subjuntivo

(QUE) SEJA, ESTEJA, CAIBA, ADIRA, COMPITAM, FUJAM, DESCUBRA, QUEIRA,


DIGA, OUÇA, REQUEIRA, VEJA, PEÇA, PERDOE, DURMAM...

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PRETÉRITO IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO – igual para todos os verbos – use a
conjunção “SE” para conjugar.
SSE (terminação)
Veja: SE eu cantasse, tu cantasses, ele cantasse, nós cantássemos, vós cantásseis, eles cantassem

Único cuidado: disse (pretérito perfeito)


Dissesse – imperfeito do subjuntivo

SE EU FOSSE VOCÊ, PRESTARIA BASTANTE ATENÇÃO.

FUTURO DO SUBJUNTIVO – igual para todos os verbos – use as conjunções “QUANDO”


ou “SE” para a conjugação.
R, RES, R, RMOS, RDES, REM (terminações)
Veja: QUANDO eu puser, tu puseres, ele puser, nós pusermos, vós puserdes, eles puserem

IMPERATIVO: se couber a conjunção “QUE” para conjugar, certeza de serem as pessoas:


você, vocês, nós (afirmativo e negativo iguais), tu e vós (negativo).
Veja: BEBA tudo! (que eu beba) – certeza de ser você (3ª pessoa)

Atenção – se não der o “que” – certeza de ser TU ou VÓS do afirmativo, porque eles vêm do
presente do indicativo sem o “s”. Basta conjugar.

VEJA: COME tudo! (que eu coma) – não deu, então conjugue.

Eu como, tu comes (pronto é o TU, retire o “S”) faça igual com o VÓS.
COMEI (vós).

Lembre-se: O IMPERATIVO VEM DO PRESENTE DO SUBJUNTIVO, SÓ O TU E OS VÓS (afirmativo)


DO PRESENTE DO INDICATIVO SEM O “S”.

QUE EU FUJA? FUJA, VOCÊ!


QUE EU PEGUE? PEGUE, VOCÊ!

OBS: O QUE VOCÊ DESEJA PARA MIM, COM CERTEZA, VOLTA PARA VOCÊ!

QUE EU GABARITE? ENTÃO GABARITE, VOCÊ!

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TABELA de VOZES VERBAIS

PRESENTE DO PRETÉRITO PRETÉRITO PRETÉRITO


O QUÊ? INDICATIVO PERFEITO IMPERFEITO ** MAIS-QUE-
PERFEITO
Pastel É comido Foi comido Era comido Fora comido
Pastéis São comidos Foram comidos Eram comidos Foram comidos
Torta É comida Foi comida Era comida Fora comida
Tortas São comidas Foram comidas Eram comidas Foram comidas

FUTURO DO FUTURO DO PRESENTE DO PRETÉRITO FUTURO DO


PRESENTE PRETÉRITO SUBJUNTIVO IMPERFEITO SUJUNTIVO
QUE SE QUANDO/ SE
Será comido Seria comido Seja comido Fosse comido For comido
Serão comidos Seriam comidos Sejam comidos Fossem comidos Forem comidos
Será comida Seria comida Seja comida Fosse comida For comida
Serão comidas Seriam comidas Sejam comidas Fossem comidas Forem comidas

LOCUÇÕES PASTEL PASTÉIS TORTA TORTAS


VERBAIS
ESTOU Está sendo Estão sendo Está sendo Estão sendo
COMENDO comido comidos comida comidas
HAVIA Havia sido Haviam sido Havia sido Haviam sido
COMIDO comido comidos comida comidas
HEI de COMER Há de ser Hão de ser Há de ser Hão de ser
comido comidos comida comidas
ESTAVA Estava sendo Estavam sendo Estava sendo Estavam sendo
COMENDO comido comidos comida comidas
TINHA Tinha sido Tinham sido Tinha sido Tinham sido
COMIDO comido comidos comida comidas

** (va/ ia/ tinha/ vinha/ punha/ era)


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Da ATIVA para a PASSIVA:
1- O objeto direto da ativa (O QUÊ?) torna-se o SUJEITO da passiva (sintética ou
analítica).
2- Acrescentar mais um verbo.
3- Manter o mesmo tempo e modo verbal.
Veja: Eles digitaram o texto = O texto foi digitado por eles.

PASSIVA ANALÍTICA:
Formada no mínimo por uma locução verbal (VA + VP)
VA: ser, estar ou ficar (auxiliar da passiva) = verbo auxiliar
VP: particípio (ado/ ido/ to) = verbo principal

PASSIVA SINTÉTICA
VERBO + SE + SUJEITO PASSIVO (paciente/ alvo/ minorado)
SE: pronome apassivador ou partícula apassivadora
O QUÊ? OD/ CVD vira SUJEITO
PROVA REAL: colocar na analítica
NÃO SE ESQUEÇA: o verbo concorda com o sujeito, seja ele passivo ou ativo.
Veja:
Comentam-se os custos = os custos são comentados.
Deleta-se o arquivo = o arquivo é deletado.
Degustou-se o camarão = o camarão foi degustado.
Não se fazem músicas como antigamente = músicas não são feitas como antigamente.
Já se verificou o projeto = o projeto já foi verificado.
Aqui se colherão os frutos do conhecimento = os frutos do conhecimento serão colhidos
aqui.

Da PASSIVA para a ATIVA:


1- O agente da passiva (POR QUEM?) torna-se o sujeito da ativa.
Veja: O carro foi guinchado pelo mecânico = o mecânico guinchou o carro.
2- Se não houver agente da passiva (POR QUEM?), colocar o verbo na 3ª pessoa do plural
(ELES) = sujeito indeterminado.
Veja: O carro foi guinchado = Guincharam o carro.
3- Excluir um verbo.
4- Manter o mesmo tempo e modo verbal.

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TABELA DE VERBOS

VERBO TER
DERIVADOS PRESENTE PRETÉRITO PRETÉRITO PRETÉRITO FUTURO FUTURO
DO PERFEITO IMPERFEITO MAIS-QUE DO DO
INDICATIVO PERFEITO PRESENTE PRETÉRITO
Manter Tenho Tive Tinha Tivera Terei Teria
Deter Tens Tiveste Tinhas Tiveras Terás Terias
Conter Tem Teve Tinha Tivera Terá Teria
Obter Temos Tivemos Tínhamos Tivéramos Teremos Teríamos
Entreter Tendes Tivestes Tínheis Tivéreis Tereis Teríeis
Suster Têm Tiveram Tinham Tiveram Terão Teriam
Reter
Abster-se
Ater-se
PRESENTE DO PRETÉRITO FUTURO DO
SUBJUNTIVO IMPERFEITO SUBJUNTIVO
DO
SUBJUNTIVO Quando/ Se
Que eu tenha Se eu tivesse Quando eu tiver
Tu tenhas Tivesses Tiveres
Ele tenha Tivesse Tiver
Nós tenhamos Tivéssemos Tivermos
Vós tenhais Tivésseis Tiverdes
Eles tenham Tivessem Tiverem

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VERBO PÔR
DERIVADOS PRESENTE DO PRETÉRITO PRETÉRITO PRETÉRITO FUTURO FUTURO
INDICATIVO PERFEITO IMPERFEITO MAIS-QUE DO DO
PERFEITO PRESENTE PRETÉRITO
Todos os Ponho Pus Punha Pusera Porei Poria
verbos Pões Puseste Punhas Puseras Porás Porias
terminados Põe Pôs Punha Pusera Porá Poria
em Pomos Pusemos Púnhamos Puséramos Poremos Poríamos
OR Pondes Pusestes Púnheis Puséreis Poreis Poríeis
Põem Puseram Punham Puseram Porão Poriam
PRESENTE DO PRETÉRITO FUTURO DO
SUBJUNTIVO IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO
SUBJUNTIVO
Que eu ponha Se eu pusesse Quando eu
puser
Ponhas Pusesses Puseres
Ponha Pusesse Puser
Ponhamos Puséssemos Pusermos
Ponhais Pusésseis Puserdes
Ponham Pusessem Puserem

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VERBO VIR
DERIVADOS PRESENTE DO PRETÉRITO PRETÉRITO PRETÉRITO FUTURO FUTURO
INDICATIVO PERFEITO IMPERFEITO MAIS-QUE DO DO
PERFEITO PRESENTE PRETÉRITO
Intervir Venho Vim Vinha Viera Virei Viria
Provir Vens Vieste Vinhas Vieras Virás Virias
Advir Vem Veio Vinha Viera Virá Viria
Antevir Vimos Viemos Vínhamos Viéramos Viremos Viríamos
Convir Vindes Viestes Vínheis Viéreis Vireis Viríeis
Sobrevir Vêm Vieram Vinham Vieram Virão Viriam
Avir-se
Desavir-se
PRESENTE DO PRETÉRITO FUTURO DO
SUBJUNTIVO IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO
SUBJUNTIVO
Que eu venha Se eu viesse Quando eu
VIER
Venhas Viesses Vieres
Venha Viesse Vier
Venhamos Viéssemos Viermos
Venhais Viésseis Vierdes
Venham Viessem Vierem

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VERBO VER
DERIVADOS PRESENTE DO PRETÉRITO PRETÉRITO PRETÉRITO FUTURO FUTURO
INDICATIVO PERFEITO IMPERFEITO MAIS-QUE DO DO
PERFEITO PRESENTE PRETÉRITO
Rever Vejo Vi Via Vira Verei Veria
Prever Vês Viste Vias Viras Verás Verias
Antever Vê Viu Via Vira Verá Veria
Entrever Vemos Vimos Víamos Víramos Veremos Veríamos
Vedes Vistes Víeis Víreis Vereis Veríeis
Veem Viram Viam Viram Verão Veriam
PRESENTE DO PRETÉRITO FUTURO DO
SUBJUNTIVO IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO
SUBJUNTIVO
Que eu veja Se eu visse Quando eu
VIR
Vejas Visses Vires
Veja Visse Vir
Vejamos Víssemos Virmos
Vejais Vísseis Virdes
Vejam Vissem Virem

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FUTURO DO SUBJUNTIVO

Cuidado com o verbo ver:


QUANDO eu VIR, tu VIRES, ele VIR, nós VIRMOS, vós VIRDES, eles VIREM.

Não confunda VER com VIR:

Se / quando VIR = ver no futuro (hipótese futura) SE ME VIR NO CINEMA, FALE COMIGO.

Se / quando VIER = vir no futuro (hipótese futura) Atente-se à conjunção e à semântica de


hipótese.
SE VIER A PÉ, FARÁ ATIVIDADE FÍSICA.

NÃO SE ESQUEÇA:
TEM e VEM – concordância no singular
TÊM e VÊM – concordância no plural
Derivados no singular: acento agudo – MANTÉM, CONVÉM
Derivados no plural: acento circunflexo – MANTÊM, CONVÊM

VERBOS QUE DOBRAM O “E”:


LER, CRER, VER, DAR (derivados idem)
Singular – lê, crê, vê, dê
Plural – leem, creem, veem, deem
Eles releem e veem erros no texto.

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SEMÂNTICA = estudo do significado e a interpretação do significado de uma palavra, de
uma frase ou de uma expressão em um determinado contexto. Nesse campo de estudo, são
analisadas, também, as mudanças de sentido que ocorrem nas formas linguísticas.

SINONÍMIA = estudo dos sinônimos (termos ou expressões com valor semântico equivalente)

ANTONÍMIA = estudo dos antônimos (termos ou expressões com valor oposto, contrário, adverso)

AMBIGUIDADE (anfibologia) = qualidade ou estado do que é ambíguo, ou seja, aquilo que pode
ter mais do que um sentido ou significado. A ambiguidade pode apresentar a sensação de
indecisão, hesitação, imprecisão, incerteza e indeterminação.

DENOTAÇÃO = sentido denotativo (próprio ou literal) quando apresenta seu significado original,
independentemente do contexto frásico em que aparece.

CONOTAÇÃO = sentido conotativo (figurado) quando apresenta diferentes significados, sujeitos a


diferentes interpretações, dependendo do contexto frásico em que aparece (empréstimo
linguístico).

COLOQUIALISMO = A linguagem coloquial é uma variação de linguagem popular utilizada em


situações cotidianas mais informais. A coloquialidade encontra fluidez na oralidade (fala) e, assim,
não requer adequação às normas da gramática tradicional (norma culta/padrão da língua
portuguesa). É na linguagem coloquial que encontramos as gírias, estrangeirismos,
neologismos, abreviações, isto é, palavras e expressões que não se relacionam à norma culta da
língua portuguesa.

NORMA CULTA = refere-se ao conjunto de padrões linguísticos usados pela camada mais
escolarizada da população. A norma culta define-se, assim, como a variação linguística
habitualmente utilizada por pessoas com elevado nível de escolaridade e cultura. A norma culta ou
norma padrão pode ser entendida como a norma gramatical, com base na gramática tradicional
e normativa. Atua como um modelo idealizado que visa à padronização da língua escrita.

INTELECÇÃO TEXTUAL
1- Atente-se sempre ao enunciado – segundo o texto, conforme o texto, segundo o autor, de
acordo com o autor (texto) – nestes casos sempre VOLTE ao texto e analise cada ALTERNATIVA
da questão. Não deixe a preguiça enganá-lo, ou seja, RETORNE ao texto todas as vezes que
forem necessárias.

2- Fique atento às palavras: NÃO, AINDA, APESAR DE, ÀS VEZES, SOMENTE, ESPECIALMENTE,
NUNCA, JAMAIS, etc. Normalmente elas “induzem” o candidato ao erro, pois o levam à
contradição, ou seja, o texto diz algo e a alternativa apresenta outro fato.

3- Se o enunciado apresentar: SEGUNDO O TEXTO... Aprenda a respeitá-lo, busque a informação


no texto, não coloque o “eu” na resposta, mesmo que você domine o assunto apresentado, não se
deixe enganar. A resposta deve estar no texto, mesmo que sejam usados SINÔNIMOS ou palavras
que exprimam a mesma IDEIA. Você deve retornar ao texto.

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REGÊNCIA (preposição)

1- ASPIRAR (a) – desejar, querer, almejar.

2- VISAR (a) – desejar, querer, almejar.

3- ANSIAR (por) – desejar, querer, almejar.

Agradar (fazer carinho) – sem preposição.

Agradar (satisfazer, causar satisfação) – com preposição (a)

Atender (a) – pode ser usado sem preposição – atender o pedido ou ao pedido

4- ALMEJAR – sem preposição (almejar algo) ou com a preposição (por)

Querer (desejar, almejar) – sem preposição

Querer (gostar, querer bem) – com preposição (a)

5- OBEDECER, DESOBEDECER (a)


Devemos obedecer à norma-culta.

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6- LEMBRAR-SE DE OU LEMBRAR “ALGO” – para usar a preposição “de” é obrigatório o uso do
pronome (me, te, se, nos, vos).

Os verbos esquecer e recordar seguem a mesma regra.


Ele se lembrou do horário. (lembrar-se de) ou
Ele lembrou o horário.

Lembrar/ esquecer/ recordar – sem preposição: Lembrou o dia da festa.


Para ter preposição DE, é necessário o pronome oblíquo.

Você não deve se esquecer DISSO!

7- ASSISTIR (a) – ver, presenciar.

Assistir (em) – morar, residir.

Assistir (com ou sem a preposição “a”) – ajudar, socorrer, prestar assistência.

8- PAGAR, PERDOAR, AGRADECER (a) – usado com pessoas.


Se o objeto for “coisa” não haverá preposição.
PAGUEI AO MÉDICO (pessoa).
PAGUEI O CARTÃO (coisa).

Namorar – sem preposição.

Casar (se) – com

Separar-se, divorciar-se (de)

Pisar – sem preposição: Pisei a grama do jardim (pode ser: pisei na grama do jardim).

Precisar, Necessitar, Carecer, Gostar, Duvidar, Divergir (de)

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9- ALUDIR, REFERIR-SE (a)

Preferir = algo A outro (Prefiro ler A ouvir músicas)

Apaixonar-se (por)

Confiar, Ter fé, Crer, Acreditar (em)

Viver, residir, morar, localizar-se, situar-se, locar, domiciliar (em)

Informar, avisar, certificar, advertir, cientificar, ensinar – algo a alguém ou


alguém de algo

Oferecer, dar, doar, entregar, ofertar, enviar – algo a alguém (para)

10- SIMPATIZAR/ ANTIPATIZAR (COM) – NUNCA COM PRONOME OBLÍQUO (me, te, se, nos ,
vos)
Eu simpatizo com vocês.
Eles antipatizam com todos.

11- IR, CHEGAR (a) – nunca use (em)

Verbos que indicam deslocamento de IDA – a, para, até (ir, chegar, dirigir-se, encaminhar-se,
retornar, voltar...)

Verbos que indicam deslocamento de VOLTA ou ORIGEM – de (voltar, retornar, proceder, provir,
advir, vir, chegar...)

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USO DOS PORQUÊS
POR QUE Pelo qual, pelos quais, pela qual, pelas
quais, por qual motivo, por qual razão

POR QUÊ Por qual motivo, por qual razão (final


das orações)

PORQUE Pois, já que, visto que, uma vez que,


para que

O PORQUÊ Substantivo - sempre determinado


pelo artigo, numeral ou pronome

REGRAS DE ACENTUAÇÃO
PROPAROXÍTONAS Todas são acentuadas

PAROXÍTONAS Terminadas em: ps, um (uns), x, us,


r, i, n (ons), ão, l, ã, ditongo

REGRA FÁCIL: todas, exceto as


terminadas em: A, E, O EM, ENS

OXÍTONAS Terminadas em: a, e, o, em, ens

MONOSSÍLABOS TÔNICOS Terminados em a, e, o

DITONGOS ABERTOS Éi, ói, éu (última sílaba)

HIATO I, u tônicos (isolados na sílaba ou


seguidos de S na mesma sílaba)

ACENTO DIFERENCIAL Têm, vêm (forma plural)


Pôde (pretérito)
Pôr (verbo)
Fôrma (facultativo)

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SINTAXE - TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO:
O sujeito e o predicado são considerados termos essenciais da oração, ou seja, sujeito e
predicado são termos indispensáveis para a formação das orações. No entanto, existem orações
formadas exclusivamente pelo predicado. O que define, pois, a oração, é a presença do verbo.

O sujeito é o termo que estabelece concordância com o verbo.

a) "Minha primeira lágrima caiu dentro dos teus olhos.";

b) "Minhas primeiras lágrimas caíram dentro dos teus olhos".

Na primeira frase, o sujeito é minha primeira lágrima. Minha e primeira referem-se ao conceito
básico expresso em lágrima. Lágrima é, pois, a principal palavra do sujeito, sendo, por isso,
denominada núcleo do sujeito. O núcleo do sujeito se relaciona com o verbo, estabelecendo
a concordância.

A função do sujeito é basicamente desempenhada por substantivos, o que a torna uma função
substantiva da oração. Pronomes substantivos, numerais e quaisquer outras palavras substantivadas
(derivação imprópria) também podem exercer a função de sujeito.
a) Ele já partiu;
b) Os dois sumiram;
c) Um sim é suave e sugestivo.

Os sujeitos são classificados a partir de dois elementos: o de determinação ou indeterminação e o


de núcleo do sujeito.

1- Um sujeito é determinado quando é facilmente identificável pela concordância verbal. O sujeito


determinado pode ser simples ou composto.

O SUJEITO SIMPLES é o sujeito determinado que possui um único núcleo. Esse vocábulo pode
estar no singular ou no plural; pode também ser um pronome indefinido.
a) Nós nos respeitamos mutuamente;
b) A existência é frágil;
c) Ninguém se move;
d) O amar faz bem.

O SUJEITO COMPOSTO é o sujeito determinado que possui mais de um núcleo.


a) Alimentos e roupas andam caríssimos;
b) Ela e eu nos respeitamos mutuamente;
c) O amar e o odiar são tidos como duas faces da mesma moeda.

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2- Além desses dois sujeitos determinados, é comum a referência ao SUJEITO OCULTO, isto é, ao
núcleo do sujeito que está implícito e que pode ser reconhecido pela desinência verbal ou pelo
contexto.

Abolimos todas as regras. (NÓS) – oculto, implícito, elíptico, desinencial, subentendido

3- O SUJEITO INDETERMINADO surge quando não se quer ou não se pode identificar


claramente a que o predicado da oração se refere. Existe uma referência imprecisa ao sujeito, caso
contrário teríamos uma oração sem sujeito.
Na língua portuguesa o sujeito pode ser indeterminado de duas maneiras:

a) com verbo na terceira pessoa do plural, desde que o sujeito não tenha sido identificado
anteriormente:
a.1) Bateram à porta;
a.2) Andam espalhando boatos a respeito da queda do ministro.

b) com o verbo na terceira pessoa do singular, acrescido do pronome SE (índice ou


pronome de indeterminação do sujeito). Esta é uma construção típica dos verbos que não
apresentam complemento direto (objeto direto = VTD/VTDI):

b.1) Precisa-se de mentes criativas (VTI);


b.2) Vivia-se bem naqueles tempos (VI);
b.3) Trata-se de casos delicados (VTI);
b.4) Sempre se está sujeito a erros (VL).

O pronome SE funciona como índice de indeterminação do sujeito.

4- As ORAÇÕES SEM SUJEITO (sujeito inexistente), formadas apenas pelo predicado,


articulam-se a partir de um verbo impessoal. A mensagem está centrada no processo verbal. Os
principais casos de orações sem sujeito com:

a) verbos que indicam fenômenos da natureza:


a.1) Amanheceu repentinamente;
a.2) Está chuviscando.

b) verbos estar, fazer, haver e ser, quando indicam fenômenos meteorológicos ou se


relacionam ao tempo em geral:
b.1) Está tarde.
b.2) Ainda é cedo.
b.3) Já são três horas, preciso ir;
b.4) Faz frio nesta época do ano;
b.5) Há muitos anos aguardamos mudanças significativas;
b.6) Faz anos que esperamos melhores condições de vida;
b.7) Deve fazer meses que ele partiu.

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c) verbo haver, na indicação de existência ou acontecimento:
c.1) Havia bons motivos para nossa apreensão;
c.2) Deve haver muitos interessados no seu trabalho;
c.3) Houve alguns problemas durante o trabalho.

d) verbos passar de (horas), bastar de e chegar de (ordem):


d.1) Já passava das duas quando ele chegou.
d.2) Passou das nove, preciso sair.
d.3) Basta de crimes hediondos.
d.4) Chega de maus políticos neste país.

e) verbo SER, indicando horas, datas e distância. O verbo ser é o único verbo impessoal
que não fica obrigatoriamente na terceira pessoa do singular. Concorda com o
predicativo do sujeito (horas/ datas/ distâncias).

Horas: O verbo ser, ao indicar horas, concorda com o numeral a que se refere.
É uma hora.
São duas horas.

Distância: O verbo ser, ao indicar distância, concorda com o numeral a que se refere.
É um quilômetro daqui até lá.
São dois quilômetros daqui até lá.

Datas: O verbo ser, ao indicar datas, tanto poderá ficar no singular quanto no plural.
É dois de maio = É dia dois de maio.
São dois de maio = São dois dias de maio.
Claro está que, se for o primeiro dia do mês, o verbo ser ficará no singular.

TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO:


Os complementos verbais (objeto direto e indireto) e o complemento nominal são chamados termos
integrantes da oração.

Os complementos verbais (OD e OI) integram o sentido de verbos transitivos, com eles
formando unidades significativas. Esses verbos podem se relacionar com seus complementos
diretamente, sem a presença de preposição ou indiretamente, por intermédio de preposição.

1- O objeto direto é o complemento que se liga diretamente ao verbo.


a) Os homens sensíveis pedem amor às mulheres de opinião;
b) Os homens sinceros pedem-no às mulheres de opinião;
c) Dou-lhes três.
d) Buscamos incessantemente o Belo;
e) Houve muita confusão na partida final.

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2- O objeto indireto é o complemento que se liga indiretamente ao verbo, ou seja,
através de uma preposição.
a) Os homens sensíveis pedem amor sincero às mulheres;
b) Os homens pedem-lhes amor sincero;
c) Gosto de música popular brasileira.
d) Acreditamos em suas atitudes.

3- O termo que integra o sentido de um nome chama-se complemento nominal. O


complemento nominal liga-se ao nome que completa por intermédio de preposição:
a) Desenvolvemos profundo respeito à arte;
b) A arte é necessária à vida;
c) Tenho-lhe profundo respeito.

Os nomes que se fazem acompanhar de complemento nominal pertencem a três grupos: a)


substantivos, adjetivos ou advérbios (sempre complementados por uma preposição).

TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO E VOCATIVO:

São termos acessórios o adjunto adverbial, o adjunto adnominal e o aposto.

1- O ADJUNTO ADVERBIAL é o termo da oração que indica uma circunstância do processo


verbal, ou intensifica o sentido de um adjetivo, verbo ou advérbio. É uma função adverbial, pois
cabe ao advérbio e às locuções adverbiais exercer o papel de adjunto adverbial.

Amanhã voltarei de bicicleta àquela velha praça.

As circunstâncias comumente expressas pelo adjunto adverbial são:


 acréscimo: Além de tristeza, sentia profundo cansaço.
 afirmação: Sim, realmente irei partir.
 assunto: Falavam sobre futebol.
 causa: Morrer ou matar de fome, de raiva e de sede... são tantas vezes gestos naturais.
 companhia: Sempre contigo bailando sob as estrelas.
 concessão: Apesar de você, amanhã há de ser outro dia.
 conformidade: Fez tudo conforme o combinado.
 dúvida: Talvez nos deixem entrar.
 fim: Estudou para o exame.
 frequência/ tempo: Sempre aparecia por lá.
 instrumento: Fez o corte com a faca.
 intensidade: Corria bastante.
 limite: Andava atabalhoado do quarto à sala.
 lugar: Vou à cidade.
 matéria: Compunha-se de substâncias estranhas.
 meio: Viajarei de trem.

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 modo: Foram recrutados a dedo.
 negação: Não há ninguém que mereça.
 preço: As casas estão sendo vendidas a preços exorbitantes.
 substituição ou troca: Abandonou suas convicções por privilégios econômicos.
 tempo: Ontem à tarde encontrou o velho amigo.

2- O ADJUNTO ADNOMINAL é o termo acessório que determina, especifica ou explica um


substantivo. É uma função adjetiva, pois são os adjetivos e as locuções adjetivas que exercem o
papel de adjunto adnominal na oração. Também atuam como adjuntos adnominais os artigos, os
numerais e os pronomes adjetivos.
O poeta inovador enviou dois longos trabalhos ao seu amigo de infância.

3- O APOSTO é um termo acessório que permite ampliar, explicar, desenvolver ou resumir a ideia
contida num termo que exerça qualquer função sintática.

Ontem, segunda-feira, passei o dia mal-humorado.

O aposto pode ser classificado, de acordo com seu valor na oração, em:

a) explicativo: A linguística, ciência das línguas humanas, permite-nos interpretar melhor


nossa relação com o mundo.

b) enumerativo: A vida humana se compõe de muitas coisas: amor, arte, ação.

c) resumidor ou recapitulativo: Fantasias, suor e sonho, tudo isso forma o carnaval.

d) além desses, há o aposto especificativo, que difere dos demais por não ser marcado por sinais
de pontuação (dois-pontos ou vírgula).

A rua Augusta está muito longe do rio São Francisco.

4- O VOCATIVO é um termo que serve para chamar, invocar ou interpelar um ouvinte real ou
hipotético.
A função de vocativo é substantiva, cabendo a substantivos, pronomes substantivos, numerais e
palavras substantivadas esse papel na linguagem.
Paulo, traga-me as joias.
Venha, meu amor, aqui.
Ajude-me, meu Deus!

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PERÍODO COMPOSTO: 2 OU MAIS ORAÇÕES (COORDENADAS OU SUBORDINADAS)
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS: SÃO INTRODUZIDAS PELOS PRONOMES
RELATIVOS (TERMOS SUBORDINANTES).

EXPLICATIVAS – sempre pontuadas, destacam a informação do período.

RESTRITIVAS – sem pontuação, restringem a informação do período.

O acréscimo ou a retirada da pontuação nessas orações altera-lhes o valor semântico,


sem que haja erro gramatical.

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS: São nove as orações adverbiais, são


introduzidas pelas CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS (6CTPF).
CAUSAIS (já que)
CONDICIONAIS (se, caso)
CONCESSIVAS (embora)
COMPARATIVAS (como, tal qual, tanto quanto)
CONSECUTIVAS (tanto... que)
CONFORMATIVAS (conforme)
TEMPORAIS (quando, enquanto)
PROPORCIONAIS (à medida que)
FINAIS (para que)

ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS: São introduzidas, normalmente,


pelas CONJUNÇÕES INTEGRANTES (QUE/ SE = ISSO) São seis as substantivas.
VTD = OBJETIVA DIRETA
VTI = OBJETIVA INDIRETA
VL = PREDICATIVA
COMPLETA O NOME = COMPLETIVA NOMINAL
APOSTO = APOSITIVA
SUJEITO = SUBJETIVA

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ORAÇÕES COORDENADAS – independentes
ASSINDÉTICAS – sem conjunção (OCA)

SINDÉTICAS – com conjunção (OCS + nome da conjunção)


Explicativas (pois, porque, que, porquanto)
Conclusivas (portanto, logo, então)
Aditivas (e, nem)
Alternativas (ou)
Adversativas (mas, porém, todavia, contudo)

ORAÇÕES REDUZIDAS: São denominadas orações reduzidas aquelas que apresentam o


verbo numa das formas nominais, ou seja, infinitivo, gerúndio e particípio.
Não apresentam, em sua estrutura, pronome relativo nem conjunção subordinativa (termos
subordinantes)
Gerúndio – ndo
Particípio – ado, ido, to
Infinitivo – ar, er, ir, or (flexionado ou não flexionado)

VALEU A PENA?
“TUDO VALE A PENA, SE A ALMA NÃO É PEQUENA”

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VOCABULÁRIO

Admoesta – perdão, isenção, prevenção, repreensão, aviso.


A despeito de – apesar de, embora, mesmo que, ainda que.
Alarido – confusão, algazarra, farra, mixórdia.
Alcunha – apelido, epíteto.
Âmago – parte muito interior, cerne.
**Amainar – abrandar, acalmar, atenuar, suavizar, mitigar, diminuir.
Ardiloso – manhoso, esperto.
Arroubo – entusiasmo, fervor, encanto.
Avaro – avarento, sovina, mesquinho.
Balbúrdia – baderna, bagunça, confusão.
Belicoso – que incita à guerra.
Conquanto – embora, apesar, não obstante.
Coibir – reprimir, tolher, impedir, refrear, intimidar.
Curra – abuso sexual, estupro com a participação de várias pessoas.
Dessarte ou destarte – sendo assim, desse modo, desta forma.
Dilapidar – desperdiçar, estragar, destruir.
Dândi – que procura se vestir com elegância.
Engodo – mentira, engano, sofisma.
Esdrúxulo – esquisito, estranho, diferente, incomum, anormal.
**Falácia – mentira, engodo, sofisma.
Fenecimento – fim, término.
Fugaz – passageiro, que passa rápido, efêmero**
Fleumático – imperturbável, frio, impassível, imperturbável, tranquilo, calmo.
Frugal – simples, trivial, corriqueiro, usual, cotidiano, prosaico**
Hombridade – honra, brio, dignidade, altivez
** Imbróglio – confusão, bagunça, mixórdia.
Ígneo – próprio do fogo.
Ignóbil – sem caráter, vergonhoso, desonesto.
Insolente – desaforado, desagradável.
Irrupção – entrada violenta, pancada forte.
Incólume – intacto.
Inócuo – inofensivo, que não produz efeito.
**Indelével – que não se pode apagar, suprimir.
Indubitavelmente – sem dúvida alguma, com certeza, realmente, mesmo.
Inexorável – rígido, firme, inflexível.
Impassível – imperturbável, altivo, calmo, sem demonstrar sentimentos.
Jaez – tipo, categoria.
Janota – bem vestida.
Justapor – colocar perto.

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** Latente – oculto, implícito, encoberto.
Loquaz – falante, eloquente, domina a arte da retórica.
Obsoleto – em desuso, arcaico, velho, primitivo, antigo.
Ojeriza – asco, nojo, repulsa, aversão.
Paulatinamente – aos poucos, gradativamente.
Patente – nítido, evidente, gritante, explícito.
Pachorrento – calmo, sereno, acomodado.
Pacóvio – imbecil, tolo, ignorante, néscio, inepto.
Parco – moderado, econômico, diminuto, exíguo.
Pedante – nojento, exibido, audacioso, soberbo, com empáfia.
Pejorativo – torpe, ruim, negativo, desagradável.
Perdulário – que gasta mais.
** Perene – que dura muito, imortal.
Permuta – troca, câmbio.
Pernóstico – pretensioso, esnobe, soberbo, jactante.
Petiz – criança, adolescente.
Perscrutar – vasculhar, procurar, revirar.
Perspicaz – esperto, astuto, inteligente, sagaz.
Pândego – feliz, alegre.
Pérfido – cruel, traidor, desgraçado.
Pragmático – prático, realista, objetivo.
Recôndito – escondido, encoberto, secreto, oculto, ermo.
Resignado – submisso, subserviente, conformado.
**Resiliente – flexível, resistente, adaptável, perseverante.
Rubicundo – avermelhado.
Solapar – destruir, arruinar, acabar.
Sumidade – personalidade importante, sábio.
Suscitar – fazer surgir, encorajar, provocar.
Tergiversar – desculpar-se, rodeios, evasivas.
Taciturno – calado, sombrio, fúnebre.
Tênue – fraco, frágil.
Veneta – ataque, acesso de loucura.

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