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Descritivo e Planilha de Dimensionamento 01-06-2023 5959628
Descritivo e Planilha de Dimensionamento 01-06-2023 5959628
1. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
1.1. OBJETO
O presente memorial tem por objetivo discriminar as especificações, detalhamentos e
serviços das instalações de prevenção contra incêndio e pânico de edificação existente, de
caráter recente, em materiais mistos, destinada a uso industrial.
A edificação é distribuída em três blocos, todos isolados um dos outros:
• Depósito: construído em alvenaria convencional, com apenas 01 (um) pavimento,
possuindo área de 153,00 m², regularizado conforme RPCI Protocolo A8379000239A
em 30/11/2020.
• Container: container com 01 (um) pavimento, possuindo área de 82,00 m², regularizado
conforme RPCI Protocolo A8379000239A em 30/11/2020.
• Vinícola: construída em materiais mistos, com 01 (um) pavimento, com área total de
2.147,76 m², da qual 1.432,19 m² se trata de área existente regularizada conforme
Atestado de Aprovação de Projeto Protocolo 0000028597 para RE 608, em 19/06/2015
e Habite-se Protocolo 10589 para RE 608, emitido em 26/06/2015. Os demais 715,57
m² se refere à uma ampliação recente que corresponde à 57,87% da área original de
1.236,46 m², conforme Atestado de Aprovação de Projeto Protocolo 0000025890 para
RE 608, em 24/10/2013.
LEGENDA:
ÁREA RESIDENCIAL
Carga de
Altura de
Ambiente Área Material Estocado Incêndio
Armazenamento
Específica
Câmara Fria 31,57 m² Fruta (Incombustível) 2,00 m 18 MJ/m²
Caves 01, 02 Pipas de Vinho
616,16 m² 2,00 m 18 MJ/m²
e 03 (Incombustível)
Estoque Garrafas
66,15 m² 2,00 m 18 MJ/m²
Materiais (Incombustível)
Estoque Garrafas de Vinho
134,66 m² 3,00 m 27 MJ/m²
Intermediário (Incombustível)
Estoque P. Garrafas de Vinho
71,71 m² 3,00 m 27 MJ/m²
Pronto (Incombustível)
Garrafas de Vinho
Estoque
234,80 m² Embaladas em Caixas 3,00 m 270 MJ/m²
Expedição
(Incombustível)
7
161.234,63
𝑞𝑓𝑖 = → 𝒒𝒇𝒊 = 𝟕𝟓, 𝟎𝟕 𝑴𝑱/𝒎²
2.147,76
Grupo/Divisão SMSCI
Acesso de viatura na edificação
Alarme de incêndio
Brigada de incêndio (conforme população fixa)
Compartimentação horizontal ou de áreas
J-1 e J-2 Controle de materiais de acabamento
Grupo/Divisão SMSCI
Acesso de viatura na edificação
Alarme de incêndio
Brigada de incêndio (conforme população fixa)
Compartimentação horizontal ou de áreas
I-1
Controle de materiais de acabamento
(Área ≥ 750 m²
Extintores
E Altura ≥ 12,00)
Iluminação de emergência
Tabela 18
Instalação elétrica de baixa tensão
Saídas de emergência
Sinalização para abandono de local
Proteção Estrutural (TRRF)
12
A IN 28, de acordo com o seu Art. 5º, se aplica aos imóveis onde a Brigada de Incêndio
é exigida, conforme previsto na IN 1 - Parte 2 e aos eventos temporários consoantes na IN 24.
Conforme Art. 6º e 7º da IN 28, fica isenta a presença de brigadista particular nas
microempresas e empresas de pequeno porte enquadradas como tal, na legislação estadual ou
federal. Nos imóveis em que a população fixa seja inferior ao quantitativo da Tabela 3 do Anexo
B, da IN 28 não são exigidos brigadistas voluntários.
Considerando o Art. 5º da IN 28, verifica-se na IN 1 – Parte 2, observa-se que, para as
ocupações J-1, J-2 e I-1, a BI é exigida conforme população fixa do imóvel, observando a IN
28.
O dimensionamento dos brigadistas é feito observando o Anexo B da IN 28, de acordo
com a ocupação do imóvel e classificação da carga de incêndio, sendo, no caso do imóvel em
questão, ocupação mista J-1, J-2 e I-1, e classificação da carga de incêndio como desprezível.
Observando a Tabela 1 do Anexo B para dimensionamento dos brigadistas, percebe-se
que não se aplica o dimensionamento para imóveis com carga de incêndio desprezível, somente
a partir da carga de incêndio baixa. Portanto, para a edificação em questão, a brigada de incêndio
torna-se dispensada.
Conforme preconizado no Art. 8º da IN 28, para os casos isentos de brigada de incêndio,
recomenda-se que toda a população fixa seja treinada para realizar o abandono do local.
15
Figura 4 - Fragmento da Tabela 2, do Anexo C, da IN 14, quanto à área máxima de compartimentação horizontal.
16
Verifica-se, portanto, que a edificação possui área total de 2.147,76 m², não
ultrapassando a área máxima permitida de 15.000 m² para isentar-se das características de
compartimentação horizontal ou de áreas.
O proprietário ou o responsável pelo uso do imóvel, conforme explícito no Art. 8º, são
os responsáveis pela manutenção das propriedades dos materiais de acabamento e de
revestimento exigidos nesta IN.
Para fins de legalidade do laudo, conforme Art. 9º e 10 da IN 18, somente são aceitos
laudos ou ensaios emitidos por profissionais legalmente habilitados ou laboratórios de
universidades, faculdades e demais entidades com credibilidade nacional ou internacional
reconhecidas pelo CBMSC, sendo os laudos ou ensaios em língua estrangeira com tradução
juramentada, e, juntamente com o laudo ou o ensaio, deve ser apresentada ART ou RRT do
profissional técnico responsável pela realização do mesmo.
Para fins de aplicação da IN 18 neste imóvel, consulta-se o Anexo B da IN 18, para
verificação dos locais, posição, materiais autorizados, propriedades e meio de comprovação
para os materiais de acabamento e revestimento utilizados, conforme Figura 5 apresentada.
18
Figura 5 - Tabela 3, do Anexo B, da IN 18, quanto à comprovação das propriedades dos materiais de revestimento e acabamento.
Para o imóvel em questão, parte da área que já estava regularizada perante o CBMSC,
mais especificamente 1.432,19 m², já possuem a instalação de extintores em alguns locais,
sendo estes extintores de água e de pó químico seco (PQS), identificados em projeto. Revisou-
se o posicionamento dos extintores, de forma a atenderem o caminhamento máximo conforme
a Tabela 1 apresentada anteriormente, onde observa-se que, para imóveis com carga de incêndio
até 1.142 MJ/m², a distância máxima a ser percorrida é de 30 metros.
convencional. Conforme Art. 15, deve ser previsto circuito elétrico para o SIE, com disjuntor
devidamente identificado, independentemente do tipo de fonte de energia utilizado.
Conforme o Art. 14 da IN 11, são três os tipos de fontes de energia para o SIE: conjunto
de blocos autônomos, sistema centralizado com baterias recarregáveis, ou sistema centralizado
com grupo moto-gerador.
Na edificação em questão, foram utilizados blocos autônomos, conforme localização
indicada no PPCI anexo, respeitando a IN 11 quanto suas características e instalação.
• condutor com dupla função de proteção e neutro (PEN): deve ser usada a cor azul-claro,
com anilhas verde-amarelo nos pontos visíveis ou acessíveis, na isolação do condutor
isolado, ou da veia do cabo multipolar, ou na cobertura do cabo unipolar;
• condutor fase: os condutores de fase podem ser de qualquer cor, exceto azul-clara, verde,
amarela ou verde-amarela.
Devem ser observadas as seguintes exigências, dispostas no Art. 14, quanto às medidas
de proteção contra choques elétricos:
• As edificações deverão obrigatoriamente possuir sistema de aterramento;
• todas as massas da instalação situadas em uma mesma edificação devem estar
vinculadas à equipotencialização principal da edificação;
• junto ou próximo do ponto de entrada da alimentação elétrica deve ser provido um
barramento, denominado “barramento de equipotencialização principal” (BEP), ao qual
todos os elementos possam ser conectados e verificados;
• as edificações deverão obrigatoriamente possuir instalações elétricas compatíveis com
a utilização do condutor de proteção;
• as tomadas devem ser do tipo com polo de aterramento;
• como regra geral, todas as massas de equipamentos devem estar ligados a condutores
de proteção, os quais devem abranger toda a extensão dos respectivos circuitos;
• um condutor de proteção pode ser comum a mais de um circuito, desde que
dimensionado adequadamente;
• em toda edificação na qual as massas são ligadas ao ponto da alimentação aterrado, é
obrigatória a utilização de condutores distintos para as funções de neutro e de condutor
de proteção (em outras palavras, é vedado o condutor PEN), pelo menos a partir do
ponto de entrada da linha na edificação ou a partir do quadro de distribuição principal;
• qualquer que seja o esquema de aterramento, o condutor de proteção não deve ser
seccionado, incluindo o condutor PEN, se for o caso.
Conforme orienta o Art. 11, a população ou lotação máxima da edificação deve ser
calculada considerando os coeficientes de densidade populacional previstos no Anexo C. Este
cálculo da lotação já foi tratado anteriormente no item 1.4 deste memorial, obtendo um total de
139 pessoas.
Para dimensionamento da largura das escadas de emergência, rampas, portas, acessos,
descarga e passarelas, deve atender aos requisitos do Art. 16, devendo esta ser proporcional ao
número de pessoas que por elas transitarem, e ser medida no ponto mais estreito da passagem,
excluindo os corrimãos que podem se projetar até 10 cm de cada lado da passagem.
Conforme Art. 19, a largura da escada de emergência, rampa, porta, acesso, descarga ou
passarela, deve ser calculada conforme a equação a seguir:
𝑃
𝑁=
𝐶
Onde:
N = número de unidades de passagem, (se fracionário, arredonda-se para mais);
P = população ou lotação (ver Anexo C);
C = capacidade de passagem (ver Anexo C).
139
𝑁= → 1,39 ∗ 0,55 → 0,7645 → 𝑵 = 𝟏 𝒎𝒆𝒕𝒓𝒐
100
Figura 8 - Tabela 7, do Anexo D, da IN 9, referente às distâncias máximas a serem percorridas até a saída de emergência.
Sendo assim, aferimos uma altura média para esta edificação de 4,37 metros.
Verificando a tabela na Figura 9, podemos obter um aumento de 10% na distância máxima a
ser percorrida, estabelecendo, portanto, 66 metros como distância máxima a ser percorrida até
a saída de emergência.
Conforme Art. 34, admite-se, alternativamente, o uso dos seguintes tipos de portas nas
rotas de saída das edificações:
28
• porta de abrir;
• porta pivotante;
• porta de esteira;
• porta de correr;
• porta giratória;
• porta basculante.
As portas das rotas de saída da edificação devem ter largura mínima, conforme prevê o
Art. 37, de 0,80 metros para as ocupações em geral.
A IN 9 trata também da proteção das áreas com desnível. Conforme Art. 44, todos os
terraços e sacadas de uso comum, as arquibancadas, os auditórios, as escadas de emergência,
rampas, corredores, mezaninos e patamares devem ser protegidos por guarda-corpo, sempre
que houver desnível superior a 60 cm e risco de queda de nível.
Conforme Art. 45, o guarda-corpo deve satisfazer às seguintes condições:
• ser barreira física de proteção vertical, para evitar a queda de nível;
• quando for constituído por elementos vazados, deve impedir a passagem de uma esfera
com 11 cm de diâmetro nas aberturas;
• quando for implementado em vidro, deve ser vidro de segurança conforme IN 18;
• deve ser projetado de forma a resistir aos esforços estáticos horizontais e verticais, e
suportar os impactos estabelecidos na NBR 14718;
• não pode ser constituído por elementos que possibilitem a escalada por crianças, tais
como: longarinas, grades, barras horizontais, etc.
Conforme, Art. 47, todas as escadas ou rampas devem ter corrimão. Nas rampas e,
opcionalmente nas escadas, os corrimãos devem ser instalados em duas alturas: 0,92 m e 0,70
m do piso acabado. O corrimão deve atender os seguintes requisitos, citados no Art. 48:
• ser instalado em ambos os lados da escada ou rampa, incluindo-se nos seus patamares;
• estar situado entre 80 a 92 cm acima do nível da superfície do piso, medida esta tomada
verticalmente do piso ou da borda do degrau até a parte superior do corrimão;
• ser fixado pela parte inferior, admitindo-se a fixação pela lateral, neste caso devendo ter
no mínimo 8 cm de distância entre a parte superior e os suportes de fixação;
• possuir seção circular de 3 a 4,5 cm (1¼” a 2”) ou retangular com largura máxima de
65 mm;
• possuir afastamento de 4 a 5 cm da face das paredes ou guardas de fixação;
• o corrimão deve ser contínuo, sem interrupção ao longo de toda a sua extensão, inclusive
nos patamares das escadas e rampas;
• não pode possuir elementos com arestas vivas ou quaisquer obstruções;
• não pode proporcionar efeito gancho em sua extremidade;
• deve resistir a uma carga de 90 kgf/m, aplicada a qualquer ponto dele, verticalmente de
cima para baixo e horizontalmente em ambos os sentidos;
• pode ser utilizado qualquer material para a construção do corrimão, desde que atenda as
especificações previstas neste artigo;
• para as escadas e rampas de escolas, jardins de infância e assemelhados, deve haver
corrimãos nas alturas indicadas para os respectivos usuários, além do corrimão
principal.
Nesta edificação, apenas há a presença de um local com desnível, que possui uma
escada, que é o local destinado à copa. Esta escada em questão, possui 4 degraus com altura de
20 cm e largura de 30 cm. Há um guarda-corpo com altura de 1,10 cm, todo em alvenaria entre
a circulação e a copa.
Conforme o Art. 6º da IN 13, a tensão máxima do SAL não poderá ser superior a 30
Vcc. A SAL deve ser dimensionada conforme Tabela 1 do Art. 7º da IN 13. Para as placas de
SAL com dimensões iguais ou maiores que 75 x 48 cm, pode ser aceita a iluminação da placa
de SAL por meio do uso de iluminação de emergência.
Nos ambientes com pé direito superior a 4 m e com área superior a 400 m², o tamanho
mínimo da placa de SAL deve ser de 50 x 32 cm. Segundo o Art. 9º, a altura máxima de
instalação da SAL é imediatamente acima das aberturas do ambiente (portas, janelas ou
elementos vazados).
De acordo com a IN 13, a placa fotoluminescente deve ter os seguintes requisitos:
• Conter a mensagem "SAÍDA" podendo ser acompanhada de simbologia;
• possuir seta direcional junto à mensagem “SAÍDA” na mudança de direção;
• possuir as dimensões mínimas de acordo com a Tabela 1, da IN 13 DAT/CBMSC;
• possuir fundo na cor verde;
• possuir mensagens e símbolos na cor branca com efeito fotoluminescente.
Conforme Art. 18 da IN 13, deve ser previsto circuito elétrico para as placas luminosas
da SAL, com disjuntor devidamente identificado, independentemente do tipo de fonte de
energia utilizado.
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3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Deverão ser executados todos os pequenos serviços decorrentes da instalação tais como
abertura e fechamento de rasgos ou passagens, pequenas demolições, pintura das áreas
danificadas e ou afetadas, remoção de entulho e limpeza geral, além das proteções
indispensáveis a execução dos serviços.
Toda e qualquer dúvida quanto à execução da obra deverá ser dirimida por escrito com
o autor do projeto e/ou fiscalização da obra, sempre tendo como base o auxílio das normas
referidas anteriormente. Caberá ao profissional contratado realizar a compatibilização do
projeto com os demais projetos complementares, arquitetônico e estrutural.
Sem mais a declarar, assina-se o presente memorial descritivo e de cálculo, em 31
páginas.