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02/06/2015 A- A+
Projeto da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) acompanhou 900 mulheres grávidas do distrito do
Butantã, zona oeste de São Paulo, pertencentes à nova classe C, e constatou que, durante a gestação, 27%
sofreram algum tipo de violência (física, psíquica ou sexual), 29% tiveram depressão, 16% ansiedade e 4%
dependência de álcool ou drogas.
Essas condições estão associadas a uma maior ocorrência de retardo de crescimento intrauterino nos bebês,
ou seja, peso e altura abaixo do esperado para a idade gestacional em que o bebê nasceu. “Crianças nascidas
nestas condições têm aumentadas as chances de, na vida adulta, apresentarem hipertensão, diabetes,
obesidade e transtornos mentais, doenças que têm um custo muito alto para um país”, alerta o médico pediatra
e professor da FMUSP, Alexandre Ferraro.
Esses dados fazem parte dos resultados preliminares obtidos pelo Projeto Butantã – Novas Ferramentas na
Compreensão do Desenvolvimento Infantil: a Interação gene-ambiente e a Conectividade Neuronal, realizado
sob a coordenação de Ferraro e da psiquiatra infantil Bacy Fleitlich-Bylik, do Instituto de Psiquiatria da FMUSP.
A pesquisa está inserida no âmbito do Instituto Nacional de Psiquiatria do Desenvolvimento para Infância e
Adolescência (INPD), coordenado pelo professor Eurípedes Constantino Miguel, da FMUSP. O INPD é um dos
Institutos Nacionais de Ciência, Tecnologia e Inovação (INCTI) do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação
(MCTI).
De acordo com Ferraro, os índices obtidos são semelhantes a países como Índia e Paquistão e três vezes
maiores que os encontrados em países desenvolvidos. “As consultas pré-natais realizadas atualmente no Brasil
têm como foco as questões biológicas da mãe e do bebê e não levam muito em conta outros aspectos da vida
das gestantes, como ocorrência de violência física, sexual e psicológica, e os transtornos mentais, como
depressão e ansiedade”, aponta.
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Além das entrevistas, foram coletadas amostras de fio de
cabelo da mãe no último trimestre de gestação para
detectar a presença de cortisol, um marcador biológico
de estresse.
Bebês em desvantagem
Ferraro ressalta que as mães com depressão e história de abuso de álcool e drogas apresentam um menor
autocuidado, ou seja, vão menos ao pré-natal, se cuidam menos, têm uma dieta menos equilibrada e isso
poderia influenciar esses resultados. “Depois que retiramos os efeitos negativos do autocuidado, percebemos
que permaneceu a associação com atraso de desenvolvimento da linguagem, da parte motora e cognitiva”,
explica.
Os pesquisadores também coletaram saliva de pais, mães e crianças com o objetivo de avaliar a interação
gênica. “Queremos compreender como essas exposições às situações estressoras podem influenciar a
expressão gênica, ou seja, a existência de genes expressos ou não nessas crianças”, diz. As análises ainda
estão sendo realizadas.Mais informações: email ferraro@usp.br, com Alexandre Ferraro
TAGS: gestação
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