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ESCOLA DOMINICAL BETEL CONECTAR - Lição 4 /

1º Trim 2023
CRISTO NA VISÃO DO PROFETA ISAÍAS
22/ 01/ 2023
TEXTO DE REFERÊNCIA: Is 53.1-12

VERSÍCULO DO DIA
"Porque brotará um rebento do tronco de Jessé, e de Suas raízes um renovo frutificará", Is 11.1

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Conhecer a importância dos nomes de Jesus;

Observar as passagens que falam do ministério do Messias;

Identificar as profecias que falam da morte de Jesus.

VERDADE APLICADA

Através dos escritos do profeta Isaías, Deus revela a vida, ministério e morte do Messias.

MOMENTO DE ORAÇÃO

Oremos para que os homens possam perceber a grandeza da profecia messiânica e reconhecer
Jesus como Salvador e Senhor.

LEITURA SEMANAL

Seg Is 11.2

Repousará sobre Jesus o Espírito de conselho.

Ter Is 7.14

Nascerá de uma virgem e Seu nome será Emanuel.

Qua Is 22.22

Ele trará a chave de Davi sobre Seus ombros.

Qui Is 25.8

Ele aniquilará a morte para sempre.


Sex Is 35.5-6

O Messias fará milagres.

Sab Is 53.12

Será contado com os transgressores.

INTRODUÇÃO
O profeta Isaías recebe o título de profeta messiânico, pois dentre os profetas, foi o que mais
vaticinou a respeito do Messias. Em seu livro, percebemos detalhes sobre o nascimento de
Jesus, Seu sofrimento e Sua morte, bem como o Seu reinado.

Ponto Chave

"As profecias messiânicas de Isaías servem de base para a construção dos Evangelhos, pois este
é o cumprimento do projeto da redenção".

1 - OS NOMES ATRIBUÍDOS A JESUS

Os nomes atribuídos ao Messias na profecia de Isaías revelam atributos da divindade e


também Seu caráter humano no exercício de Seu ministério. O vislumbre de Isaías se torna a
esperança de um Rei e Senhor acima de todos.

1.1. Maravilhoso e Conselheiro

O texto de Isaías 9.6 revela, no início do versículo, que o nome dEle será Maravilhoso e
Conselheiro. O termo usado para Maravilhoso (do hebraico, "pele") indica algo incomum e
extraordinário, mostrando que, através de Jesus, os homens viveriam algo nunca presenciado.
O segundo nome Conselheiro (do hebraico, "yaats"), segundo sua raiz hebraica, mostra
capacidade de liderar e tomar decisões assertivas em prol de alguém. Nos Evangelhos,
principalmente na vida de Jesus, vemos estes dois nomes em atuação, pois através dos
milagres e das decisões tomadas, Cristo venceu a morte e redimiu a humanidade para Deus.

1.2. Deus Forte, Pai da Eternidade e Príncipe da Paz

Estes nomes de Jesus revelam atributos da deidade como Onipotência, Eternidade e


Onipresença. Deus Forte ("El gibbor") está relacionado a Todo-Poderoso, ou seja, Jesus recebe
todo poder do Pai (Mt 28.18). Quando Isaías diz Pai da Eternidade (Aviad), revela que o Seu
Reino jamais terá fim (2Pe 1.11). Durante o Seu ministério terreno, Jesus demonstrou Seu
poder sobre a natureza (Mt 8.27), sobre a morte (Jo 11.43,44) e sobre os demônios (Lc 4.36).
Jesus foi o cumprimento cabal do texto de Isaías pois, como Príncipe da Paz (Sar-shalom),
Jesus veio promover a paz, mormente entre Deus e o homem (Rm 5.1); e, consequentemente,
entre os homens (1Pe 3.11). Jesus, como líder de Seu povo, transmite paz e nos lidera com
sabedoria.

Refletindo
"O cumprimento das profecias messiânicas por intermédio de Jesus Cristo o credencia a ser
Rei, Senhor e Salvador do mundo" Josh McDowell

2 - O MINISTÉRIO DE JESUS

Em Isaías 61.1-3, vemos o vislumbre de como seria o ministério do Messias. O foco recai sobre
a pregação e o socorro aos desamparados. O texto ainda diz que Jesus foi ungido para esta
finalidade, revelando a essência de Seu ministério.

2.1. Anunciando as Boas Novas

Na profecia de Isaías 61.1-3, três verbos nos chamam a atenção, a saber: pregar, apregoar e
proclamar. O Messias viria para proclamar as Boas Novas do Pai, a mensagem de esperança
para a humanidade perdida, e Jesus era a própria verdade na qual seria fundamentada o
Evangelho. Os verbos em questão trazem a ideia de anunciar, comunicar e fazer conhecidas as
noticias. Jesus veio pregando o arrependimento, conforme descrito em Mateus 4.17. Os
discípulos de Jesus aprenderam a lição e pregaram o Evangelho do Reino. Como discípulos
hoje, cabe a nós também sermos proclamadores da graça de Deus.

2.2. Uma obra de restauração e libertação

O próprio profeta Isaías diz que o Messias viria libertar os cativos (Is 61.1). O Messias, o
Ungido de Deus, viria libertar os que viviam em cativeiro; muitos estavam vivendo debaixo de
jugos espirituais, presos nos rituais e vās filosofias, porém Jesus veio trazer a luz do Evangelho
e libertar as mentes dos homens. Nos Evangelhos, percebemos o cumprimento cabal das
profecias de Isaías, quando Jesus restaura a dignidade das pessoas (Mc 5.15), perdoando os
seus pecados (Mt 9.2) e livrando-as da opressão demoníaca (Mc 9,.25), Jesus ouvia o gemido
das pessoas e sentia compaixão delas (Lc 7.13). Lucas diz que Jesus libertava os oprimidos do
diabo, pois Deus era com Ele (At 10.38).

3 - O SOFRIMENTO DO MESSIAS

Outro ponto abordado por Isaías, quase sete séculos antes do acontecimento, foi acerca do
sofrimento do Messias. O famoso texto de Isaías 53 narra com detalhes a angústia e a morte do
Messias, como Cordeiro de Deus.

3.1. Desfigurado por nós

O texto é categórico em dizer: "Ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas
iniquidades... e pelas suas pisaduras, fomos sarados, Is 53.5. O pecado da humanidade estava
sobre Seus ombros e o preço foi altíssimo. Diante da dor e do escárnio, Ele não abriu a sua
boca, mas suportou todo sofrimento, zombaria, açoites e torturas por amor a humanidade
perdida. Ele morreu, para que pudéssemos viver. Paulo chega a dizer que Deus prova o Seu
amor para com o homem, pois entregou Seu filho sendo nós ainda pecadores (Rm 5.8). Nós,
como servos de Cristo, precisamos não somente viver a graça, mas principalmente
compartilhar desta história de amor com os perdidos e cativos.

3.2. Obra de redenção

Isaías 53.8, vaticina que o Messias foi cortado da terra dos viventes e que Sua sepultura foi com
os impios. O cumprimento desta profecia está narrado no Evangelho de Mateus 27, mostrando
a morte de Jesus e todos os impropérios ditos contra o Filho de Deus. A morte de Cristo sobre
a cruz foi a oferta definitiva pelo pecado; abrindo a porta da salvação para todos aqueles que
buscam em Cristo o perdão de seus pecados (Rm 10.13). Jesus é o intercessor e o advogado da
humanidade junto ao Pai (1Jo 2.1). Quando Jesus leva o pecado da humanidade, a amizade
entre Deus e o homem é restaurada e este se torna justo diante de Deus (Rm 3.24,25).

SUBSÍDIO PARA O EDUCADOR

Os escritores dos Evangelhos se basearam em duas áreas da vida de Jesus para provar o Seu
caráter messiânico; uma foi a ressurreição, e a outra consiste nas profecias messiânicas
cumpridas. Sabemos que O Antigo Testamento abarca um período aproximado de 1500 anos,
contendo centenas de profecias acerca da pessoa do Messias, que viria como Prometido de
Deus. Sabemos pelas Escrituras que muitas dessas profecias se cumpriram cabalmente na vida
de Jesus e outras ainda se cumprirão no final dos tempos. O profeta Isaías, por sua vez,
apresenta em seus escritos várias passagens de cunho messiânico; narrando sobre Seu
nascimento, mostrando a unção que estaria sobre Jesus, bem como as obras que seriam
realizadas em Seu ministério. Em Isaías 32.3-4, pode-se ler claramente que o Messias daria
vistas aos cegos, audição aos surdos, fala aos mudos e que os coxos saltariam como cervos. O
cumprimento desta profecia está registrado em várias passagens nos Evangelhos, inclusive em
Mateus 9.35; Marcos 7.33-35.

CONCLUSĀO
O profeta Isaías, tem sido conhecido como o "Evangelista do AT, sendo o grande proclamador
do Messias. A maioria de suas profecias estão focadas na pecaminosidade da humanidade e de
um Salvador que estava por vir.

Complementando
As profecias messiânicas de Isaías, além de ecoarem no seu tempo, cumprindo-se
parcialmente, ganham relevância em Cristo, pois nEle se cumprem de forma cabal todos os
desígnios de Deus. Algumas profecias, portanto, já se cumpriram, outras se cumprirão
cabalmente no final dos tempos (exemplo Is 111-8).

Eu ensinei que:

Os mistérios de Deus acerca do Messias e Seu plano de Salvação foi anunciado numa época,
porém teve seu cumprimento cabal na plenitude dos tempos.

Fonte: Revista Betel Conectar

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