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“ EEEFM “PROFESSOR ATIVIDADE

JOÃO LOYOLA” INTERDISCIPLINAR


APNP REFERENTE AO
JOGO DO BRASIL
Nome: Turma: 3ºAno N01
Disciplina:
Professor: Junia H. F. Santos CIÊNCIAS HUMANAS Data: 28/11/202
PROJETO DE VIDA

No mês de novembro, especificamente no dia 20, é comemorado o “DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA”,


que se constitui em uma importante data, para relembrar a luta dos negros brasileiros.

Leia os textos a seguir, para responder o formulário do google forms.

TEXTO 1: Hoje na História, 20 de novembro – Dia nacional da Consciência Negra

Rosemary de Ross

O Dia Nacional da Consciência Negra homenageia e resgata as raízes do povo afro-brasileiro e é


comemorado no Brasil no dia 20 de novembro. Esta data foi restabelecida pelo projeto lei número 10.639,
no dia 9 de janeiro de 2003, porque coincide com o dia 20 de novembro de 1695, dia da morte de Zumbi dos
Palmares, grande líder da resistência negra e da luta pela liberdade, autor da célebre frase: “Nascer negro é
consequência, ser negro é consciência”.

Este dia é dedicado de modo especial à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira e sobre a
influência do povo africano na formação cultural do nosso país. Desde o Brasil colônia até a atualidade a
influência dos negros africanos foram muitas, sobretudo nos aspectos religiosos, políticos, sociais e
gastronômicos. Ao longo da nossa história, as crenças, as danças, o vocabulário, a culinária, o folclore e
tantas outras coisas, foram sendo incorporadas à nossa cultura.
Buscando valorizar a cultura afro-brasileira, comemoramos essa data nas escolas, entidades, espaços
culturais e em outros locais. Há ainda entidades como o Movimento Negro (MN) que organiza eventos
educativos, palestras e atividades culturais visando principalmente às crianças negras. De diversas formas,
procura-se trabalhar a auto-estima e o senso de valorização pessoal, evitando o desenvolvimento do auto
preconceito, que faz com muitos se sintam inferiores perante a sociedade. Outros temas ganham evidência e
são levados a debate, como a inserção do negro no mercado de trabalho, a questão das cotas universitárias, o
preconceito racial e a questão da diferenciação salarial.

Mas qual é a situação dos negros no Brasil atualmente? Ainda é possível ver os reflexos da história de
desigualdade e exploração da população negra. A maioria dos negros no Brasil pertence à classe média
baixa. Eles sofrem com o racismo e com frequência são vítimas de humilhações de várias formas na
sociedade.

Segundo pesquisas do IBGE (ano 2000) os afrodescendentes têm menos acesso à Previdência Social e
consequentemente menor esperança de sobrevida no país, vivem em média 15 anos menos que os brancos.
Em todo o país, a expectativa de vida dos negros de ambos os sexos é de 67,03 anos.

As famílias brancas têm a renumeração com o salário médio de 5,25/h e as famílias de negros 2,43/h, ou
seja, os brancos ganham mais que o dobro do salário da família negra. Hoje o programa Bolsa Família é um
dos principais responsáveis pela redução nas desigualdades sociais, sendo que 24% das famílias chefiadas
por afrodescendentes (7,3 milhões) estão cadastradas no programa do governo federal.

Temos no país uma lei que obriga as escolas a ensinarem temas relativos à história dos povos africanos em
seu currículo. Nas últimas décadas tivemos muitos avanços na área da educação, com o declínio do
analfabetismo e aumento da escolarização e da escolaridade média, mas há muito que ser feito para alcançar
níveis melhores de qualidade, eficiência e rendimento do ensino compatível com as necessidades atuais e
futuras para o mercado de trabalho e o exercício da cidadania para a população jovem negra. No ensino
fundamental, a escolaridade dos brancos é de 6,7 anos e dos negros é de 4,5 anos, ou seja, os negros saem da
escola antes do tempo para ajudar a família na renda familiar. No ensino superior, nem as cotas raciais
fizeram crescer de forma significativa o acesso de negros e pardos às universidades brasileiras.

Há ainda muito que se fazer para oferecer aos afro-brasileiros pleno acesso aos seus direitos humanos
fundamentais, à liberdade de expressão e à igualdade racial. Para que ocorram significativas mudanças é
necessário um esforço em conjunto das esferas federais, estaduais e municipais, assim como dos
movimentos sociais e da sociedade civil como um todo.

Fonte: https://www.geledes.org.br/hoje-na-historia-20-de-novembro-dia-nacional-da-consciencia-
negra/?amp=1&gclid=CjwKCAiApvebBhAvEiwAe7mHSI9SnVWP9SK5g43RFmOAN2cOIiDF-
L6qXqOkdnFYto83_z9pL-SIlRoCoGwQAvD_BwE acesso em 15 de novembro de 2022.

TEXTO 2: Pantera Negra: Wakanda para Sempre – resenha com spoilers


Wakanda Para Sempre, é um filme triste e inevitável, trazendo a transição do manto
do Pantera Negra, e principalmente a introdução de um novo complexo e poderoso
personagem no MCU.
Esse foi, com certeza, o filme mais complicado da Marvel. Além de ser produzido no meio
de uma pandemia, com uma protagonista antivaxxer, Wakanda Para Sempre ainda teve que
lidar com a morte de Chadwick Boseman, o sujeito que deu vida a T’Challa, e era perfeito no
papel.

Levado pelo câncer, Boseman teve sua última participação como o personagem no
ótimo What If, e o filme teve que ser reescrito. Havia rumores de que o personagem ganharia
um novo ator, já aconteceu, vide o Coronel Rodhes, no 1.º Homem de Ferro. Terrence
Howard pediu dinheiro demais, ganhou bilhete azul, Don Cheadle assumiu o papel no 2.º
filme e virou a cara do personagem.

Não seria possível com Chadwick Boseman, ele fez o Pantera em diversos filmes, já era
muito... ele.

O jeito foi matar o personagem, com uma doença misteriosa que nem a tecnologia de
Wakanda conseguiu curar. Só que não foi uma virada de página. Por mais que o funeral em
Wakanda fosse uma celebração, e o povo tivesse a firme crença de que os mortos vão morar
com os Ancestrais, nós no mundo real não temos tanta certeza (quer dizer, alguns até têm
mas não a ponto de celebrar).

T’Challa, sua morte e as consequências pesam sobre o filme o tempo todo. O grande arco é
Shuri, que agora tecnicamente é uma Princesa da Disney lidando com a morte do irmão, algo
que ela se recusa a racionalizar. No melhor estilo Tony Stark, ela se enfia no trabalho, e não
quer falar, conversar ou seguir adiante.
Wakanda Para Sempre Encrencada

O filme “começa” quando uma unidade de Wakanda em Mali é atacada por mercenários
franceses, atrás de vibranium. Ao mesmo tempo a ONU está insatisfeita com a recusa de
Wakanda de compartilhar seu vibranium e sua tecnologia.

Para piorar, um navio oceanográfico varrendo o oceano com um detector de vibranium é


atacado por uma força misteriosa, que deixa vários mortos. A ONU acha que foi Wakanda,
Wakanda não faz ideia, até que são confrontados pelo autor, ou pelo menos o mandante:
Namor, o Príncipe Submarino.

Aqui normalmente eu escreveria a história do personagem nos quadrinhos, desde sua criação
em 1939, e como ele é um dos mais complexos vilões/anti-heróis da Marvel, que apesar de
uma aparência meio ridícula com asinhas nos pés, tem uma aura imperial, uma determinação
implacável e ainda por cima é talarico oficial do Reed Richards, mas esse novo Namor não
tem nada disso.

No MCU, ao menos na realidade oficial, Atlântida não é mais Atlântida, agora é Talokan, e
não fica no Atlântico Norte, mas na península de Yucatan, no México. Na versão
de Wakanda Para Sempre, um deus Maia (ou Asteca, eles misturam as duas culturas) ensina
para um Xamã como utilizar uma erva mágica para fugir dos conquistadores espanhóis, no
Século XVI.
[...]

Uma das mulheres do grupo estava grávida, relutou mas tomou a erva. Ela acabou dando à
luz a um menino diferente, com asas nos pés, pele de cor normal (sim, pura cianofobia, me
cancele) e orelhas pontudas. O jovem, que mais tarde adotaria o nome Namor pelo motivo
mais ridículo possível, era mais que um híbrido, ele era... um mutante.

Sim, crianças, oficialmente temos mutantes no MCU, dito com todas as letras.

Namor, que envelhece bem devagar, mantém seu reino escondido, usufruindo do vibranium
em atla-digo Talokan, e quando os humanos descobrem como detectar o metal, Namor
chantageia os wakandianos para que encontrem a cientista que criou o equipamento, e a
entreguem para ele.

A cientista é ninguém menos que Riri Willliams, a Iron Heart dos quadrinhos, uma estudante
do MIT, gênia e cria do Tony Stark. E uma das mais chatas personagens da nova era da
Marvel. Felizmente no filme ela está excelente, sem nada do ranço dos gibis.

A Rainha de Wakanda decide que é mais seguro trazerem Riri para Wakanda, mas tudo dá
errado, claro, senão não tem filme. Shuri é capurada, Okoye perde seu posto de general, e
Namor ataca Wakanda, que pela primeira vez enfrenta um inimigo à altura.

Wakanda Para Sempre tem um certo problema de ritmo, reconheço. E Shuri age como herói
relutante, ela faz o que tem que fazer, mas sem entusiasmo. Nada parece realmente importar,
há momentos de silêncio e espaços vazios no filme, dá pra sentir a falta que o Pantera Negra
faz.

Quando a tragédia volta a cair sobre Shuri, ela se torna pura vingança, pura noite, pura
Batman (RIP Kevin Conroy, de novo, fuck câncer!). Só que isso é claramente errado e será
fatal para Wakanda.
Namor por sua vez tem motivações fracas, o que é péssimo. Ele tenta trazer Shuri para seu
lado, dizendo que ambos os povos sofreram nas mãos dos colonizadores, mas sendo realista,
Talokan não sofre na mão de ninguém tem uns 500 anos, e Wakanda não só nunca foi
escravizada, como é a nação mais poderosa da Terra, se tem um povo que não se encaixa no
papel de oprimido, é o de Wakanda.

https://meiobit.com/459872/pantera-negra-wakanda-para-sempre-resenha-com-spoilers/

Nos quadrinhos Namor odeia o povo da superfície por jogarmos nosso lixo, nossos
poluentes, nossos esgotos e nossas bombas em seu reino, e nos longínquos anos iniciais do
personagem, o discurso ecológico era décadas adiante de seu tempo.

Claro que todo mundo ficaria de olho grande no vibranium, mas ninguém se arriscaria a uma
guerra contra Talokan OU Wakanda.

Em Wakanda Para Sempre Namor é um bom personagem mas um vilão fraco, suas
motivações não convencem e seu desejo de sangue é grande demais. Sua inevitável redenção
não compensa o mal que causou.

O filme também sofre do mesmo mal de Eternos: é uma ameaça global que não atrai a
atenção de NENHUM outro super-grupo ou super-herói. Onde está o Bucky? O Capitão
América? Não apareceram nem no funeral, caramba. Agora Wakanda, que ajudou a salvar o
mundo contra Thanos, vai enfrentar seu maior inimigo e não aparece um corno pra dar uma
moral? Wakanda Forever Alone.

O filme termina com Shuri tendo seu próprio momento de redenção, agora como uma
Pantera Negra da Justiça, não mais uma agente da vingança. Namor aceita a misericórdia de
sua inimiga, e se não terminam como BFFs, ao menos há respeito mútuo - e paz - entre os
dois países.

O que funcionou

Uma das coisas que melhor funcionou não faria a menor falta: Riri Williams (Dominique
Thorne). Ela cria seu próprio traje de Homem de Ferro, é uma gênia total, e tem uma ótima
química com Shuri (Letitia Wright). Apesar disso, sua participação no filme é basicamente
um comercial para sua série. Se todo o arco de Riri fosse removido, o filme não perderia
nada.
Os Anjos da Meia-Noite – nos quadrinhos os Anjos são uma tropa de elite da tropa de elite,
uma espécie de forças especiais das Dora Milaje, as já especiais forças de elite de Wakanda,
compostas por mulheres guerreiras, inspiradas nas Amazonas de Dahomey, cuja história
contei neste artigo aqui.

Okoye passa o filme dizendo que o traje criado por Shuri é danado de feio, e é, mas ao
mesmo tempo ele é bem fiel aos quadrinhos, o que configura a Marvel zoando a si mesma, o
que é sempre legal.

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