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REVISTA MENSAL DO APOSTOLADO DA ORAÇÃO | ANO 88 Nº 1 | janeiro 2018

CRUZADA
CRUZADA
Sumário
Intenção do Papa para janeiro..1 Daqui e dali...................... 17
A propósito da viagem do Papa São João Bosco e as «sete dicas para
Francisco a Myanmar e ao disciplinar as crianças»
Bangladesh, em novembro passado,
Cláudia Pereira fala do significado de
se ser minoria e da celebração da fé
neste contexto

Rezar com o Papa Francisco...... 2


Uma oração do Padre Dário
Pedroso, sj, apelando ao Coração
misericordioso do Pai para que
proteja as minorias religiosas
da Ásia na vivência da sua fé em
liberdade
Testemunhos Vivos................. 21
A misericórdia e a ação de Deus
Grandes vidas.................... 3 sempre presente nos depoimentos
Último capítulo da narração sobre dos nossos leitores
a vida do Papa João Paulo II, pelo
Padre Miller Guerra, sj

Uma boa história................. 9


Em destaque o relato da conversão Perguntas com resposta........... 28
de Mireily Rodríguez Vargas, uma
jovem de Porto Rico que professou A vida de Santa Rita de Cássia,
como dominicana o que pensa a Igreja sobre a
doação de órgãos e o que são os
estigmatizados

Passatempo....................... 32
Intenção do Papa para janeiro

CELEBRAR A FÉ
EM MINORIA
Cláudia Pereira

1
O Papa Francisco visitou, em

Intenção do Papa para janeiro Cruzada


novembro passado, Myanmar
(antiga Birmânia) e o Bangla-
desh. À população dos dois
países, apresentou-se como
ministro do Evangelho de Je-
sus Cristo, portador de uma
mensagem de reconciliação,
perdão e paz. Esta deslocação
pretendeu, como disse o pró-
prio Santo Padre, «confirmar
a comunidade católica» de O Papa Francisco com Suu Kyi - Prémio Nobel da Paz em 1991
ambos os territórios na sua
fé em Deus e no seu testemunho do Indo ao encontro desta intenção
Evangelho. de oração que o Papa confia à sua
Segundo Francisco, o tempo atu- Rede Mundial de Oração, tenhamos
al é marcado pela necessidade de presente que ainda há muitas pes-
compreensão recíproca e respeito, soas no mundo que vivem e cele-
que todas as pessoas são chamadas bram a fé sendo uma minoria, com
a promover, ajudando-se uns aos todas as dificuldades e obstáculos
outros como elementos da única fa- que isso implica.
mília humana. Aproveitemos esta oportunidade
No início de um novo ano, o apelo para pensar no significado de ser
do Papa deve ser para nós um desafio minoria, assumindo, nos nossos
a abrirmo-nos aos outros, fazendo- gestos diários, uma atitude de com-
-nos mais próximos deles, nomeada- preensão mútua e de respeito para
mente através da oração. Este mês, com aqueles com quem nos cruza-
concretamente, somos convidados mos e que muitas vezes enfrentam
a rezar pelas minorias religiosas da dificuldades... apenas porque não
Ásia, nomeadamente pelos cristãos, estão em maioria. Porque, como
para que os seus fiéis possam viver a diz o Papa, «todos somos filhos de
fé com toda a liberdade. Deus».
Rezar com o Papa Francisco

Minorias religiosas na ásia


Dário Pedroso, sj

2
Rezar com o Papa Francisco Cruzada

Senhor Jesus, Pastor Supremo e Divino Evangelizador,


Palavra do Pai que ilumina e converte, que cura e salva,
ajuda, com teu Coração misericordioso e bom,
as minorias religiosas da Ásia, de vários credos,
para que possam viver a sua fé com toda a liberdade.
Há muitos cristãos e muitos membros de outras religiões
que são perseguidos, oprimidos, torturados,
que não têm liberdade religiosa, de culto, de fé vivida.
Protege e abençoa a todos, sobretudo os que mais sofrem,
os mais perseguidos, os que perdem a vida por causa da fé,
os mártires cristãos e todos os que sofrem pela sua religião.
Que os poderosos, os chefes que perseguem, os governos criminosos
descubram o valor da vida humana e da liberdade religiosa,
que não oprimam as minorias cristãs e não cristãs,
que não tenham medo de Jesus Salvador, o Deus da Vida,
Senhor do Amor e da Paz, Verdadeiro Libertador.
Amém.
Grandes Vidas

João Paulo II
OS ÚLTIMOS DIAS

Gonçalo Miller Guerra, sj


tomia (abertura no pescoço ao nível
da traqueia para facilitar a respira-
ção), de modo a evitar novas crises.
O Papa tentou que essa operação
OS ÚLTIMOS DIAS fosse adiada para as férias, mas os
médicos foram de opinião contrária.
No fim da operação, pediu um pa-
4 pel, pois não podia falar, e escreveu:
É no ano de 2005 que começa a «totus tuus» (Inteira propriedade de
Grandes Vidas Cruzada

agonia de João Paulo II. O estado Maria).


de saúde do Papa agrava-se de tal Isto implicou que o Papa, já no
modo que os jornalistas começam Vaticano, não tivesse podido pre-
a perguntar-se se o Papa não re- sidir às celebrações do Tríduo Pas-
nunciará. O cardeal polaco Grocho- cal. Na Sexta-Feira Santa assistiu à
lewski responde: «o Papa não pensa via-sacra através de uma televisão
em renunciar, mas quer demonstrar posta na sua capela particular. No
que é um valor dar-se até ao fim»1. dia de Páscoa (27 de março), o Pa-
Além disso, mostra que não tem ver- pa quis dar a bênção urbi et orbi. O
gonha da sua doença, que continua Papa preparou-se, repetiu a fórmula
a ser o Papa ao serviço de todos. No antes de aparecer em público, para
dia 10 de fevereiro regressa ao Vati- se assegurar que estava capaz, mas,
cano, vindo da Clínica Gemelli, mui- uma vez à janela, a voz não lhe saiu.
to debilitado, no Papamóvel. O Papa Deu a tríplice bênção e trouxeram-
quer ser visto por todos, transmite -no para dentro. O Papa ficou muito
a mensagem que vai ser Papa até à inconformado. Enquanto as pessoas
morte2. na praça chamavam pelo seu nome
No dia 1 de fevereiro, tem uma e o aplaudiam, o Papa, olhando o
séria crise de asfixia. Ao jantar, dei- arcebispo Dziwisz, disse: «É melhor
xa de poder respirar e é internado que eu morra, se não posso cumprir
na clínica. Dia 10, volta para casa a missão que me foi confiada». E de-
recuperado do que tinha sido uma pois acrescentou: «Seja feita a tua
laringotraqueíte aguda. Mas dia 24 vontade... totus tuus»3. Na quarta-
teve de voltar ao hospital, com nova -feira seguinte, o Papa ainda tentou
asfixia. Aí os médicos entenderam dizer alguma coisa a 5.000 jovens
que era preciso fazer uma traqueo- que tinham vindo da arquidiocese
de Milão para fazerem a profissão

1 Riccardi, Andrea, João Paulo II – A Biografia,


Paulinas, 2011, 572. 3 Dziwisz, Stanislao, Uma Vida com Karol,
2 Cf. Idem, 572. A Esfera dos Livros, 2007, 271.
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Grandes Vidas Cruzada


Clínica Gemelli

de fé, mas mais uma vez não lhe saiu nitamente fraca, apenas percetível:
nenhuma palavra. Desta vez, o Papa «Deixem-me ir para a casa do Pai».
estava completamente conformado. A religiosa saiu do quarto de repen-
E assim chegamos ao dia 2 de te, queria dizer o que ele lhe dissera
abril, o último dia de vida do Papa. mas continuava a chorar.
Vamos acompanhá-lo através das (…)
palavras do seu secretário, o arce- Pelas 19h00, o Santo Padre entrou
bispo Dziwisz: em coma. O quarto só estava ilumi-
«O Santo Padre (...) despediu-se nado por um pequeno círio que o
dos seus mais próximos colabora- Papa abençoara no dia 2 de feverei-
dores, cardeais, monsenhores da ro, para a Festa de Nossa Senhora
Secretaria de Estado, chefes de ga- das Candeias.
binete e pediu para se despedir de (…)
Francisco, responsável pela limpeza Eram quase 20h00 e, de repente,
do apartamento. senti uma obrigação irresistível: ti-
Estava ainda plenamente cons- nha de celebrar a missa! E comecei a
ciente e, exprimindo-se com dificul- fazê-lo, com o cardeal Jaworski, o ar-
dade, pediu que lhe lessem o Evan- cebispo Rylko e dois padres polacos,
gelho de João. (...) Styczen e Mokrzycki. Era uma missa
O Padre Styczen começou a ler da véspera da festa do Domingo da
S. João, capítulo após capítulo. Leu Divina Misericórdia, uma solenidade
nove. (...) muito cara ao Papa. (...) Na Comu-
Numa determinada altura, a Irmã nhão, consegui dar-lhe, como viáti-
Tobiana «ouviu» falar os seus olhos; co, algumas gotas do preciosíssimo
aproximou a sua orelha da boca de- sangue de Jesus.
le e ele disse-lhe com uma voz infi-
Eram 21h37. Demos conta que o
Santo Padre parara de respirar, mas
só naquele momento preciso vimos
no monitor que o seu grande cora-
ção, depois de bater mais alguns
instantes, tinha parado.
O Dr. Buzzonetti inclinou-se sobre
6 ele e, levantando apenas os olhos,
murmurou: «Passou para a casa do
Grandes Vidas Cruzada

Pai».
Alguém parou os ponteiros do re-
lógio naquela hora.

Caro leitor:
Assim acabamos o relato da vida
do Papa João Paulo II. Na próxima
Cruzada já falaremos de outra pes-
soa. É surpresa. Levantamos um bo- João Paulo II em Fátima
cadinho do véu: é português e está a
caminho dos altares. 1 – Profunda oração e presença
de Deus
***** O Papa declarava que o melhor
momento do dia era a celebração da
TRÊS SEGREDOS Eucaristia. Tinha o costume de levar
DE S. JOÃO PAULO II os seus convidados, antes e depois
do jantar, até à sua capela para fazer
O médico e jornalista espa- uma breve oração de dois ou três
nhol Joaquín Navarro-Valls traba- minutos. Certa vez, estava a conver-
lhou, de 1984 a 2006, como diretor sar com Navarro-Valls quando pas-
da Sala de Imprensa da Santa Sé. saram pela capela: o Papa ajoelhou-
Esse longo período de 22 anos es- -se para rezar e foram-se passando
tendeu-se do pontificado de S. João dois minutos, cinco, dez, quinze...
Paulo II aos primeiros quinze meses Até que, de repente, o Papa se virou
do Papa Bento XVI. Navarro-Valls e lhe disse: «Peço muitas desculpas!
foi o primeiro leigo a ocupar o car- Esqueci que você estava aí!».
go de porta-voz da Santa Sé.
Numa conferência dada em abril 2 – Muito trabalho, sem stresse
de 2014, revelou três «segredos» da Embora S. João Paulo II tivesse
santidade de João Paulo II: uma inimaginável carga de assuntos
para atender, ninguém o via com
7

Grandes Vidas Cruzada


pressa: trabalhava muito, mas sem S. João Paulo II não gostava de
tensão, e abordava uma questão de cancelar as audiências das quartas-
cada vez, concentrando-se plena- -feiras e, para evitar o cancelamento
mente no que fazia. de duas seguidas, tirava menos de
Até quando viajava, o Papa levava duas semanas anuais de férias. Um
duas malas cheias de papéis com os dia, Navarro-Valls perguntou-lhe:
assuntos pendentes – e só dormia «Santo Padre, sabe o que é o estatu-
depois de terminar as tarefas do dia. to do trabalhador?». O Papa polaco
respondeu: «Não sei, explique-me».
3 – Bom humor, sempre O porta-voz da Santa Sé prosseguiu:
Já idoso, enfermo e bastante cur- «Aqui na Itália, todos os trabalhado-
vado, o Papa ouviu um bispo dizer- res têm direito a um mês de férias
-lhe, certa vez: «Santidade, vejo que remuneradas por ano. Portanto, o
está em ótima forma». Famoso pelo Santo Padre deveria estar incluído».
bom humor, o santo pontífice res- S. João Paulo II fez uma expressão
pondeu-lhe: «Excelência, acha que pensativa e retorquiu, espirituoso:
não vejo na televisão o quanto estou «Que pena! É que, você sabe, eu mo-
arruinado?». ro no Vaticano e não na Itália».
o que é a Uma
rede mundial
de oração do papa?
A Rede Mundial de Oração do Papa (RMOP) é um Serviço
Pontifício confiado à Companhia de Jesus, com um Diretor Mundial
nomeado pelo Santo Padre. Tem como missão sensibilizar e
mobilizar os cristãos, a partir de uma relação pessoal com Jesus,
e todos os homens e mulheres de boa vontade, para os desafios
do mundo e da missão da Igreja que o Santo Padre expressa nas
suas intenções mensais de oração.

JUNTOS A TRANSFORMAR O MUNDO


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Uma boa história

«JESUS EUCARÍSTICO – O
AMOR DA MINHA VIDA»
Redação / Aleteia

9
Mireily Rodríguez Vargas é uma jo-

Uma boa história Cruzada


vem de Porto Rico que adotou o no-
me de irmã Maria Faustina quando
professou como dominicana no con-
vento de Nossa Senhora do Rosário
de Fátima, no Texas (Estados Unidos
Foto: © ana malin – Fotolia.com

da América). A sua vocação chegou do a verdade». Conta a irmã Maria


após uma dura conversão, depois de Faustina que a Igreja Católica era
ter estado sob a influência dos ensi- tratada como «a grande meretriz do
namentos adventistas. Quando des- Apocalipse» e o Santo Padre como
cobriu a verdade sobre a Igreja Cató- «a besta do profeta Daniel». Após
lica, vislumbrou uma realidade que a esta presença no seminário, teria
fascinou a tal ponto que decidiu en- de ser «batizada» como adventista.
tregar a sua vida por completo. Mas Faustina estava muito confusa
Foi criada numa família católica, «Não pensava assim sobre a Igre-
pouco praticante. Os seus compa- ja Católica». Finalmente, uma ami-
nheiros do colégio convenceram- ga sua decidiu não se batizar, tendo
na de que a Virgem Maria tinha tido Faustina tomado a mesma decisão.
mais filhos. Aos 16 anos, depois de
uma dura ocorrência familiar, apa- A importante obra da sua avó
receram na sua vida os adventistas. Foi a sua avó quem, finalmente,
«Por insistência de um familiar, co- tomou conhecimento do assunto
mecei a ir aos encontros. A princí- e afastou os adventistas da vida de
pio consistia em responder às per- Faustina, tendo-a levado a uma igre-
guntas de uns folhetos; logo depois, ja católica para que pudesse apren-
o pastor vinha instruir-nos pessoal- der o Catecismo.
mente, creio que era uma vez por Porém, o tempo que passou com
semana», recorda. os adventistas tinha causado algu-
mas cicatrizes. «Já não amava a Vir-
O ódio à Igreja e ao Papa gem Maria, à qual tinha devoção
Depois disto, foi enviada para um desde pequena». Dizia «não ter ne-
seminário denominado «Descobrin- cessidade de ir à igreja, porque qual-
quer lugar com quatro paredes, com ma diferente. A minha forma de ver
Bíblia e água benta, servia...». Inclu- a vida mudou, para vê-la um pou-
sive, acreditava que «os quadros, co mais sobrenatural». E tudo o que
mesmo os não religiosos, eram ido- aprendera com os adventistas ia de-
latria», segundo aquilo que tinha saparecendo...
aprendido com os adventistas sobre
os Dez Mandamentos. A descoberta da Adoração
10 Paulatinamente, Faustina ia des-
Tudo mudou com a catequese cobrindo, fascinada, a beleza da
Uma boa história Cruzada

para adultos Igreja Católica: «Sentia-me impeli-


Porém, em 2007, conseguiu iniciar da a descobrir Jesus no Sacrário e
a catequese para adultos. «A minha na sagrada Custódia. Chamava-me
vida mudou. Através da catequese a atenção ver tanta gente ajoelha-
dada por um sacerdote, do apoio
de uma religiosa e toda uma equi-
pa de catequistas, comecei a apren-
der muito e a questionar-me sobre a
fé», relata Maria Faustina.
Enquanto isso, a sua avó continu-
ava a acompanhá-la à missa todos
os domingos, sem exceção. «Come-
cei a ver a Deus como um Pai amo-
roso». A sua vida começou a mudar,
motivo pelo qual «se afastaram mui-
tos amigos». Comecei a ter proble-
mas com um noivo que tinha naque- da ali, que um dia me propus ir.
la altura». Qual foi a minha surpresa quando,
ao chegar, senti algo que me pôs
A bela lembrança de joelhos e comecei a chorar, pois
da primeira comunhão sentia uma presença tão grande,
Assim chegou a sua primeira con- tão santa e superior a mim que pre-
fissão, num Domingo de Ramos. Foi enchia todo o meu ser. Desde esse
«como sacar muitos cravos do meu dia, Jesus Eucarístico foi o amor da
coração» pelo que «me senti outra minha vida».
pessoa». E na Vigília Pascal chegou Pouco depois, um acontecimen-
por fim a sua primeira comunhão, to chave na vida desta jovem des-
que «foi um momento tão belo e poletou nela a vocação religiosa.
único. Sentir a Deus pela primeira Certa vez, ao procurar alguns livros
vez em mim. Desde esse dia, senti- católicos, deparou-se com o Diá-
me mais unida a Deus, de uma for- rio de Santa Faustina. «Deu-me a
curiosidade de ver o que tinha es- As palavras do profeta Jeremias
crito aquela freira. Quando come- O que escutou naquele encontro
cei a ler, enamorei-me da sua espi- tocou profundamente esta jovem. A
ritualidade e da sua forma de tratar passagem de Jeremias que diz «an-
o Esposo da sua alma. O meu cora- tes de te haver formado no ven-
ção ficou cheio quando li a sua his- tre materno, Eu já te conhecia; an-
tória vocacional. Interroguei-me so- tes que saísses do seio de tua mãe,
bre o que faria se Jesus chamasse Eu te consagrei e te constituí profe- 11
por mim também» ta das nações...» (Jr 1, 5) perseguia

Uma boa história Cruzada


-a por todos lados e aparecia a todo
«Jamais serei freira» momento, na sua música, na Igreja
Esta foi a primeira vez que passou e nas leituras que abria ao acaso…
pela sua cabeça a ideia da sua voca- Convencida de que Deus a cha-
mava para a vida consagrada, mes-
mo assim ia resistindo. Teve dois so-
nhos sobre a vocação e, com a aju-
da do seu diretor espiritual, pode
interpretá-los. «Sonhava que pedia
para entrar numa congregação e di-
ziam-me que ali não era e davam-
-me um véu negro. O sacerdote di-
zia-me que era a Ordem Dominica-
na, mas eu resistia», conta a Irmã
Maria Faustina.

ção para a vida religiosa. Mas o me- A clara mensagem da Virgem


do podia mais, pelo que tentou en- Por fim, encomendou-se a Santa
terrar tais sentimentos. Quando lhe Faustina e Santa Teresinha para que
perguntavam se pensava em realizar a ajudassem a discernir a sua voca-
uma experiência num convento res- ção, além de realizar a Consagra-
pondia que... «jamais serei freira». ção à Virgem durante 33 dias. «Ma-
Mas a vida que levava não a pre- ria, minha Mãe, não se fez esperar
enchia. Nem o seu trabalho, nem e certa manhã acordei com a certe-
os seus amigos conseguiam encher za de que Deus me chamava e que
o que só Deus podia fazer. E de no- ia entrar para o convento das Irmãs
vo passou pela sua cabeça a ideia da Dominicanas de Nossa Senhora do
vocação até que, por fim, aceitou ir a Rosário de Fátima».
um dos encontros vocacionais que, Deus tornou tudo muito fácil des-
antes, havia rejeitado em numero- de aquele momento. Agora, a Irmã
sas ocasiões. Maria Faustina é feliz no seu con-

Foto: © adrenalinapura – Fotolia.com


vento. «Deus fez maravilhas na mi-
nha vida, fez-me uma nova criatura
e, apesar dos meus pecados e defei-
tos, faz a sua obra em mim para me
tornar uma esposa santa para sua
Glória», conclui esta religiosa.

12 UMA DOR SEM FIM


Uma boa história Cruzada

Redação / imissio.net

Batnaya é uma vila pequena, situ-


ada perto de Mossul, no Iraque. Em
agosto de 2014, viviam por lá cerca
de 800 famílias. Hoje é um povoado
Igreja destruída em Batnaya
deserto. As ruas, as casas, os destro-
ços e as ruínas são o testemunho si-
lencioso do violento furacão que com a falta de respeito dos terroris-
passou por ali. Um furacão chama- tas por aquele lugar sagrado. «Escre-
do «Estado Islâmico». veram frases do Corão nas paredes
O Padre Salar Kajo, de 35 anos, foi e praticaram tiro ao alvo no Santuá-
das primeiras pessoas a regressar a rio». Nada escapou à fúria da malda-
Batnaya desde que os jihadistas fo- de, ao ódio sem limites. «É muito do-
ram expulsos da região, em 2016. A loroso. Fiquei na igreja dez minutos,
sua principal preocupação era saber não mais. Depois saí, porque não re-
como estaria a igreja de S. Qirya- conhecia a minha igreja...».
qosh, a igreja paroquial caldeia de O regresso a casa para as popula-
Batnaya. ções de Batnaya é ainda uma incóg-
No caminho, começou a prepa- nita.Todos querem voltar, mas têm
rar-se para o pior. E quando entrou medo do que vão enfrentar. O Padre
no templo, ficou chocado. «Fui o pri- Salar tem consciência de que os pró-
meiro a entrar, não havia Cruz». Por ximos tempos vão ser duros, mui-
todo o lado havia, sim, sinais da pre- to duros, e só com a ajuda constan-
sença dos terroristas, da profana- te da comunidade internacional, só
ção da igreja. «A bandeira do Daesh com a ajuda concreta de instituições
(o autoproclamado Estado Islâmico) como a Fundação AIS será possível a
ainda estava hasteada. Retirei-a e le- estas pessoas reconstruírem as su-
vantei a Cruz». as casas, refazerem as suas vidas.
O Padre Salar Kajo ficou estupe- O Padre Salar Kajo guarda na sua
facto com a dimensão da destruição, memória tudo o que tem vivido des-
bem a dimensão da destruição do
templo, a dimensão da violência que
se precipitou sobre aquela região
aprisionada durante três anos pelos
jihadistas. Agora, é tempo de refazer,
de reconstruir casas e vidas. O Padre
Salar pede ajuda. Os cristãos iraquia-
nos não podem ser abandonados 13
outra vez. O regresso a casa é uma

Uma boa história Cruzada


prioridade para as famílias cristãs. É
preciso dar-lhes a mão.
Apesar de tudo, o Padre Salar
mostra-se otimista. «Esta situação
faz-nos rezar mais, aproxima-nos de
Deus, para Lhe pedirmos a força e a
graça de ficar com as pessoas».
Os próximos tempos, os próximos
de esse fatídico mês de agosto de anos vão ser duros, vão colocar a co-
2014, quando a fúria jihadista atra- munidade cristã iraquiana à prova.
vessou a região como se fosse um Mas vão colocar também à prova a
«tsunami» gigantesco. Tal como to- solidariedade dos cristãos em todo
dos os habitantes de Batnaya, tam- o mundo. Incluindo os portugueses.
bém ele teve de partir apressada- Incluindo cada um de nós.
mente, levando consigo apenas a
roupa que trazia vestida. O Padre
Salar conhece como poucos a rea-
OS OLHOS DE QUEM VÊ
lidade iraquiana. Sabe que os tem- Redação
pos são delicados e que o futuro é
uma incógnita. «Os cristãos não têm Conta-se que, certo dia, um pai de
escolha», diz. «Se quisermos liber- família rico, grande empresário, le-
Foto: © Madeleine Openshaw – Fotolia.com

tar o Iraque dos terroristas, temos vou o seu filho para viajar até um lu-
de trabalhar as mentalidades. Os garejo, com o propósito de lhe mos-
verdadeiros cristãos têm de acredi- trar como as pessoas podem ser
tar em si próprios para se tornarem pobres.
luz e sal. Agora – acrescenta – a nos- O objetivo era convencer o filho
sa missão é mais clara. Temos de ser da necessidade de valorizar os bens
luz e sal». materiais que possuía, o prestígio
Os dez minutos em que esteve na social; o pai queria desde cedo pas-
Igreja de S. Qiryaqosh foram suficien- sar estes valores para o seu herdei-
tes para o Padre Salar compreender ro. Ficaram então um dia e uma noi-
trelas e a lua no céu. O nosso quin-
tal vai até ao portão de entrada e
eles têm uma floresta inteira. Nós
temos alguns canários numa gaiola,
eles têm todas as aves que a nature-
za lhes pode oferecer, soltas!
O filho suspirou e continuou:
14 – E, além do mais, pai, observei
que eles rezam antes de qualquer
Uma boa história Cruzada

refeição, enquanto que nós, em ca-


sa, sentamo-nos à mesa falando de
negócios, de euros, de festas sociais,
comemos, empurramos o prato e
pronto! No quarto onde fui dormir
com o Tonho, fiquei envergonha-
do, pois não sabia sequer rezar, en-
quanto que ele se ajoelhou e agra-
deceu a Deus por tudo, inclusive pe-
te numa pequena casa de madei- la nossa visita a casa deles. Na nossa
ra, de um morador da quinta do seu casa, vamos para o quarto, deitamo-
primo. Quando voltavam da viagem, -nos, vemos a TV e dormimos.
o pai perguntou ao filho: Conforme o filho ia falando, o pai
– Então, filho, como foi a viagem? ficava estupefacto, calado e enver-
– Muito boa, pai, respondeu o pe- gonhado.
queno. – Outra coisa, pai, dormi na ca-
– Viste a diferença entre viver com ma do Tonho e ele dormiu no chão,
riqueza e viver na pobreza? pois não havia uma cama para ca-
– Sim pai!, retorquiu o filho, pen- da um. Na nossa casa, colocamos
sativo. a Marieta, nossa empregada, a dor-
– E o que é que aprendeste, com mir no quarto onde guardamos en-
tudo o que viste nestes dias, naque- tulhos, sem nenhum conforto, ape-
le lugar tão paupérrimo? sar de termos camas macias e chei-
O menino respondeu: rosas de sobra.
– Pai, eu vi que nós temos só um O filho, na sua sábia ingenuidade
cão em casa, e eles têm quatro. Nós e no seu brilhante desabafo, levan-
temos uma piscina que alcança me- tou-se, abraçou o pai e ainda acres-
tade do jardim, eles têm um rio que centou:
não tem fim. Nós temos uma varan- – Obrigado, pai, por me ter mos-
da coberta e iluminada com lâmpa- trado como nós somos pobres!
das fluorescentes e eles têm as es-
CRUZADA
NÃO HÁ AMOR MAIOR! Caro Assinante:
Santa Madre Teresa de Calcutá
A Cruzada é a sua revista e sem
si não pode crescer. Ajude-nos a
Sê sempre fiel nas pequenas coi- torná-la mais conhecida, para
sas, pois nelas reside a nossa força. que mais pessoas possam assiná-la,
Para Deus, nada é pequeno. A seus tirando proveito do muito que esta
olhos nada tem pouco valor. Para pequena revista lhe oferece.
15
Ele, todas as coisas são infinitas. De-

Uma boa história Cruzada


ves pôr fidelidade nas coisas mais Consiga novos
Foto:assinantes para
© Robert Kneschke a
– Fotolia.com
Cruzada. Por cada nova assinatura
mínimas, não pela virtude que lhes que nos enviar oferecemos-lhe um
é própria, mas por essa coisa maior dos seguintes livros,
que é a vontade de Deus – e que, eu à sua escolha:
própria, respeito infinitamente.
Não procures realizar ações espe- Audácia e Missão
taculares. Devemos renunciar deli-
Sentir com a Igreja
beradamente ao desejo de contem-
plar o fruto do nosso labor, deve- Visitas de Amigo
mos apenas fazer o que podemos,
São Francisco Xavier
o melhor que pudermos, e deixar
o resto nas mãos de Deus. O que Contacte-nos:
importa, é a dádiva que fazes de ti jpm@snao.pt | Tel.: 253 689 442
mesmo, o grau de amor que pões Rua S. Barnabé, 32 – 4710-309 BRAGA
em cada acão que realizas.
Não te permitas desencorajar fa-
ce aos fracassos, se deste de facto
o teu melhor. Recusa também a gló-
ria sempre que sejas bem sucedido.
Oferece tudo a Deus na mais pro-
funda gratidão. Se te sentires abati-
do, isso é sinal de orgulho que mos-
tra o quanto acreditas nas tuas for-
ças. Deixa de te preocupar com o
que as pessoas pensam. Sê humil-
de e nunca mais coisa alguma te im-
portunará. O Senhor ligou-me aqui,
ao lugar onde estou; é Ele quem me
desligará de onde estou.
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Daqui e dali

SETE DICAS PARA por convicção. Neste sistema, a for-


ça deve ser excluída e, no seu lugar,
DISCIPLINAR AS a caridade deve ser o principal pro-
CRIANÇAS pulsor da ação».
(segundo S. João Bosco) Eis, então, as sete dicas de S. João
Redação / Aleteia Bosco: 17

Daqui e dali Cruzada


1) O castigo deve ser o último
recurso
Muitas vezes, é fácil perder a paci-
ência e ameaçar uma criança em vez
de educá-la. Até S. Paulo tinha essa
tentação: ele lamentava-se de como
alguns convertidos à fé retornavam
facilmente aos hábitos inveterados;
no entanto, suportava esses desa-
fios com paciência tão zelosa quan-
to admirável. Este é o tipo de paciên-
cia de que precisamos ao lidar com
os mais jovens.

2) O educador tem de se esfor-


çar para ser amado, caso deseje
obter o seu respeito
O amor mostra-se nas palavras e,
mais ainda, nas ações, com todos os
cuidados direcionados ao bem-estar
Uma das tarefas mais exigentes espiritual e temporal dos alunos.
para pais e professores é saber co-
mo e quando tomar atitudes mais 3) Exceto em casos raríssimos,
exigentes, na hora de disciplinar correções e punições não devem
uma criança. S. João Bosco sabia ser dadas em público
exatamente qual era o tamanho Somente casos graves de preven-
desse desafio, já que dedicou a sua ção ou reparação de escândalos jus-
vida a formar jovens rebeldes. Nas tificam correções públicas. Em todos
suas cartas, estabelece um «sistema os demais casos, deve-se preservar
preventivo» que dispõe «os alunos a privacidade. Afinal, trata-se de
a obedecerem não por medo, mas educar, não de humilhar.
18
Daqui e dali Cruzada

4) Violência? Castigos físicos? De- Não se trata de ser frouxo, per-


vem ser absolutamente evitados missivo, conivente. Já foi dito que é
Em vez de educar, eles magoam, preciso estabelecer regras e limites
não só fisicamente – além de rebai- claros. A paciência não consiste em
xarem a reputação e a respeitabili- tolerar a indisciplina, mas em edu-
dade do suposto educador. car na disciplina com respeito, ape-
sar da tentação de explodir e partir
5) As regras de disciplina devem para os gritos, castigos e até para
ficar bem claras para o educando, punições físicas.
de modo que ele não possa alegar
que não sabia 7) Para ser verdadeiros pais e
Por outras palavras, as crianças mestres, não devemos permitir
precisam de limites claros. Ninguém que a sombra da raiva escureça o
se sente seguro se estiver a voar às nosso semblante
cegas. A serenidade deve brilhar nas
nossas mentes e na nossa fronte,
6) Seja exigente nas questões de dispersando as nuvens da impaciên-
dever, firme na busca do bem, co- cia. O autocontrolo deve governar
rajoso na prevenção do mal, mas todo o nosso ser: mente, coração,
sempre gentil e prudente lábios, mãos... Se alguém está erra-
A impaciência expande o descon- do, esse alguém precisa de ajuda e
tentamento até entre os melhores. acompanhamento.
A caridade triunfa onde a severida-
de encontra o fracasso. A caridade é
a cura, embora possa parecer (e ser)
lenta. Daí a necessidade, de novo e
sempre, de paciência, paciência e
paciência.
JORNALISTA E CANTOR
LÍRICO É AGORA
SACERDOTE
Redação / ACI Digital

Matthieu de Laubier tem 51 anos, 19


trabalhou como jornalista e dedi-

Daqui e dali Cruzada


cou-se também ao canto lírico. A
24 de junho de 2017, foi ordenado
sacerdote pelo Arcebispo de Paris,
Cardeal André Vingt-Trois na Cate-
dral de Notre-Dame. um grande egoísta. Faltava-me algo
Segundo informa a Arquidiocese fundamental». Acrescentou que era
de Paris, De Laubier nasceu nesta «um solteiro itinerante» e, embo-
cidade e é o terceiro de sete irmãos. ra se tenha comprometido aos 40
Recebeu uma educação católica e anos, não chegou a casar.
fez parte do Coro da Catedral de Após a morte do seu pai em 2010,
Dijón. De Laubier voltou a considerar a hi-
Durante mais de doze anos, tra- pótese de se tornar religioso, mas
balhou como jornalista em vários «não necessariamente para ser sa-
jornais como France Soir. Nunca per- cerdote».
deu a fé, mas não fazia parte da sua Certo dia, estava a rezar e, «de
vida quotidiana. repente, senti-me cheio de uma
De Laubier contou ao jornal Le Pa- alegria por ter respondido a Cristo.
risien que em 1990 participou num Rezei: «Se tu me pedes que deixe
retiro espiritual numa comunidade tudo por Ti, direi que sim». No dia
religiosa em Vézelay, uma cidade seguinte, telefonei para a Diocese
no nordeste da França. Esta expe- para solicitar um encontro com o
riência teve grande impacto na sua encarregado das vocações».
vida e pensou em tornar-se monge. Na segunda metade desse ano de
Mas também era forte o desejo de 2010, De Laubier ingressou no semi-
se dedicar à música. Por isso, deixou nário, embora o tenha feito dez dias
o jornalismo e iniciou a sua carreira depois da data prevista, porque «ti-
como cantor lírico. nha o compromisso de cantar com
Sobre este período da sua vida, os músicos da Ópera de Paris num
De Laubier disse que «era feliz co- festival».
mo um rei. Estava na melhor fase da Esteve um ano no seminário de
minha vida. Ao mesmo tempo, era Paris e foi depois enviado para o
seminário de Bruxelas, onde perma- ficuldades, estimando-se que mais
neceu por dois anos. Ao regressar a de 13 milhões necessitem de ajuda
França, serviu durante quatro anos urgente, sendo que 5,6 milhões se
na paróquia Nossa Senhora da Cruz, encontram numa situação particu-
localizada no bairro Ménilmontant. larmente vulnerável.
Neste período, segundo narrou O conflito armado, que já vai no
através de um vídeo produzido pe- seu sétimo ano, continua a ser a
20 la Arquidiocese de Paris, «o ponto principal causa da crise humanitá-
mais delicado do meu discerni- ria. Os combates e a violência afe-
Daqui e dali Cruzada

mento foi se realmente queria ser tam a vida diária dos sírios, sobre-
sacerdote. No final, esta vocação tudo das crianças e das mulheres.
confirmou-se». Enquanto mais de oito milhões de
O agora Pe. Matthieu de Laubier pessoas se encontram em zonas de
celebrou sua primeira Missa na pa- combates ou com explosivos, quase
róquia Nossa Senhora da Cruz, em três milhões vivem em áreas de difí-
Ménilmontant, e durante este ano cil acesso.
de 2018 irá para a paróquia São João, Segundo dados da agência de
no bairro parisiense de Montmartre. Coordenação de Assuntos Huma-
nitários da ONU, os ataques contra
instalações sanitárias e hospitais
A MARTIRIZADA SÍRIA aumentaram 25 por cento em rela-
Redação / Fátima Missionária ção a 2016. E só menos de metade
dessas instalações estão a funcionar
Com mais de 12 milhões de pes- em pleno.
soas que foram obrigadas a fugir As crianças estão particularmente
das suas casas, a Síria sofre atual- afetadas pela crise, com elevado nú-
mente a maior crise de deslocados mero de casos de matrimónio infan-
do mundo. As que se mantêm no til, exploração laboral e recrutamen-
país, também estão a passar por di- to pelos grupos armados.

Estimado assinante:

Esta revista pressupõe um sistema de continuidade. Salvo indi-


cação em contrário, a assinatura é renovada automaticamente a
1 de Janeiro de cada ano.
Testemunhos Vivos

DEUS NAS
«COINCIDÊNCIAS»
Assinante 67173

21
Gostaria de vos felicitar pela qua-

Testemunhos Vivos Cruzada


lidade da revista Cruzada que, de

Foto: © Photographee.eu – Fotolia.com


forma tão simples e atual, nos per-
mite viver e consolidar a nossa fé.
Sou assinante desta revista há
mais de quarenta anos e sempre
apreciei em particular a secção dos
Testemunhos Vivos, pela sinceridade
dos depoimentos e pela familiari-
dade que podemos sentir com to-
dos os que sofrem e que confiam
em Deus, como amigo e protetor!
Também eu hoje gostaria de
partilhar a minha gratidão a Nossa DESEMPREGADA,
Senhora de Fátima, a Santa Rita de
Cássia e a S. Judas Tadeu por me te-
SOZINHA E GRÁVIDA
rem concedido uma graça relativa C. M.
aos estudos de uma filha: estranha-
mente, criara-se uma situação de Eu tinha tudo o que queria, até ao
difícil resolução com o orientador dia em que, injustamente, fui des-
de mestrado, o que poderia pôr em pedida do meu emprego.
risco a conclusão daquele ciclo de Até essa data pensava eu que era
estudos. No entanto, de forma mi- feliz, mas estava muito afastada de
raculosa, após concluir a novena a Deus. Rezava de vez em quando,
Santa Rita, e depois de ter visitado até que o «meu» mundo desabou.
uma imagem de S. Judas Tadeu nu- Fiquei só. Os meus amigos abando-
ma igreja, com a bênção de Nossa naram-me e... (pensava eu) grande
Senhora de Fátima, a minha filha azar! Estava grávida!
recebeu resposta favorável ao de- Nunca pensei abortar. Não obs-
senvolvimento da sua tese! tante, o médico disse-me que, de-
Acredito que é nestas «coincidên- vido aos medicamentos que tomei,
cias» que Deus comunica connosco! enquanto estive internada no hos-
pital, pois fiquei com uma grande
depressão, o mais certo era o bebé
estar morto. Tive de aguardar al-
gum tempo... Nessa altura desejei
que ele estivesse morto. Como me
arrependo!
Passado algum tempo, voltei ao
22 médico e, afinal, tudo estava bem.
Aceitei esta gravidez com amor,
Testemunhos Vivos Cruzada

pois aproximei-me de Deus, que


pensei me tinha abandonado.
Os problemas de dinheiro co- Foto: © Monkey Business – Fotolia.com
meçaram a aparecer. Tive de pôr à
venda o apartamento que possuía.
Desesperei!...
LICENCIATURA
Ao fim de algum tempo, quando CONCLUÍDA
já pensava que não havia solução, S. S., Irlanda do Norte
eis que ELE me ajudou! Arranjei no-
vo emprego e fiquei com um filho
lindo! Sou assinante da Cruzada há
Ele nunca nos abandona! Até a muitos anos e já enviei para esta
mim, que cometi tantas falhas na revista vários testemunhos. Desta
minha vida, Ele não me desamparou. vez, venho agradecer a Deus e ao
Nunca se esqueçam que Deus e a Sagrado Coração de Jesus uma gra-
Virgem Maria, a quem eu invoquei ça recebida.
várias vezes, não nos abandonam. Nunca perdi a fé e a esperança,
Deixo um alerta a todas as mu- sempre rezei diariamente as mi-
lheres: não matem os vossos filhos. nhas orações, pedindo ao glorioso
Eles são o que temos de mais sa- Sagrado Coração de Jesus que aju-
grado aqui na terra. Se soubessem de a minha filha a concluir a sua li-
como me arrependo... e só desejei! cenciatura. Com a graça de Deus, o
Quando uma porta se fecha, há meu pedido foi atendido e a minha
sempre uma por abrir; dias melho- filha concluiu a sua licenciatura em
res virão; as crianças são inocentes, Ciências Sociais numa universidade
não pedem para nascer. britânica. Sinto que Deus nunca nos
abandona.
Agradeço esta graça recebida e
peço a sua publicação na linda re-
vista Cruzada.
rante, pelo menos, duas semanas.
Deus Misericordioso concedeu-me
esta graça, pelo que venho agora
pedir que publiquem este meu pe-
queno testemunho. Obrigada pela
maravilhosa revista que todos os
meses nos fazem chegar às mãos.
23
TUMOR NO PÂNCREAS

Testemunhos Vivos Cruzada


Assinante 46347

De um dia para o outro vi-me


SUCESSO ESCOLAR internado no hospital, onde fiquei
M. Aguiar por mais de um mês, até me diag-
nosticarem um tumor no pâncreas,
A minha filha estava com mui- o qual teria de ser removido. Invo-
tas dificuldades na Universidade, quei os santos da minha devoção
por altura das frequências. Recorri para que tudo corresse bem. Fui
a Nossa Senhora de Fátima e aos atendido. Graças a Deus, a opera-
santinhos da minha devoção, pe- ção correu muito bem, assim como
dindo que ajudassem a minha fi- a recuperação. Como havia pro-
lha. No dia da frequência decisiva, metido, peço que publiquem este
a minha filha sentia-se desanima- meu testemunho, dando conta da
da, pensando que não conseguiria graça obtida. Nunca devemos de-
passar a uma determinada cadeira. sanimar, pois Deus está sempre ao
Dias depois, saíram os resultados e nosso lado.
ela tinha tido positiva. Agradeço a
ajuda obtida.
SUCESSO NUMA
TRATAMENTO EVITADO OPERAÇÃO
A. L. S. F.
Maria José Rocha

Pedi aos santos da minha devo- Estava com muito receio do re-
ção que intercedessem junto de sultado da operação a uma vista, a
Deus para que o meu filho não ne- que tinha de ser sujeita. Pedi a me-
cessitasse de fazer um tratamento diação de Santa Madre Teresa de
que iria afastá-lo da família du- Calcutá junto de Deus para que tu-
do decorresse pelo melhor. E assim
sucedeu! Como forma de agrade-
cimento, peço que publiquem este
meu pequeno testemunho.

Foto: © justinkendra – Fotolia.com


FILHO COM SAÚDE
A. J. L.
24
Testemunhos Vivos Cruzada

Sou assinante da Cruzada há


longos anos – revista de que gosto
muito, principalmente a sua secção
Testemunhos Vivos, onde se vê inú-
meras graças concedidas através
da mediação dos santos.
Tenho um filho a quem, na ado- sa com mais frequência. Gostava
lescência, foi diagnosticado um de ouvir todos os dias o terço que é
tumor cerebral. Foi de imediato transmitido pela Rádio Renascença,
submetido a diversas intervenções trazia sempre consigo uma dezena
cirúrgicas e consequentes trata- e era muito devoto do terço. Mas
mentos. Alguns médicos diziam nunca se confessava.
que não havia nada a fazer... Um dia, adoeceu. Depois de alguns
Com muita fé, recorri a Nossa Se- exames, foi-lhe diagnosticado um
nhora de Fátima e aos Pastorinhos cancro e... já não havia nada a fazer!
de Fátima para que intercedessem Esteve internado no hospital por
junto de Deus pelo meu filho. E eis muito tempo. Eu ia-lhe falando na
que esta grande graça nos foi con- confissão, mas ele não aceitava...
cedia. Hoje, é um homem saudá- Falei com um sacerdote para o vi-
vel. Dou graças ao Senhor por esta sitar, mas sempre sem resultados.
graça. Como tenho muita confiança em
Jesus e Nossa Senhora, eu sabia
que Eles não o iam abandonar.
UM DIA ADOECEU… Um dia, o médico disse-me que a
Assinante 221691 vida do meu marido estava a che-
gar ao fim. Logo pensei: não posso
O meu marido era católico, mas perder mais tempo e a Mãe do Céu
pouco praticante. Durante muitos não o pode deixar sem recompensa
anos, trabalhou aos fins de semana, pelo amor que ele lhe dedicava.
por isso ia pouco à missa dominical, Fui chamar o sacerdote. Quando
nessa altura. Ultimamente, ia à mis- ele chegou, falou-lhe mais uma vez
na confissão e ele aceitou. Confes- e confiança, sentindo-me pronta pa-
sou-se, comungou e recebeu os úl- ra enfrentar mais um dia.
timos Sacramentos com boa dispo- Por fim, tudo correu como era
sição. A Mãe de Deus e nossa Mãe justo e da vontade do Senhor. Des-
não abandonou este seu filho. de então, comecei a orar muito à
misericórdia do Senhor.
Se pedirmos com fé, Ele não dei-
NÃO DESISTI DE ORAR xará de nos acudir, concedendo- 25
V. Valente -nos aquilo que melhor for para nós.

Testemunhos Vivos Cruzada


Leio esta revista há já algum tem-
po, por intermédio da minha mãe,
AJUDA DIVINA
que a recebe mensalmente. Come- Assinante 200593
cei por me interessar bastante pe-
los Testemunhos Vivos. Através deles Sou oriunda de uma família hu-
comecei a ver que não sou a única milde que sempre teve muita fé e
com problemas, pois encontrei al- confiança em Deus, em Nossa Se-
guns idênticos aos meus. Assim nhora e nos Santos.
como eles, também eu não desisti Venho por este meio agradecer a
de orar. Jesus e a sua Mãe Santíssima a gra-
Sou uma estudante universitária ça de ter conseguido tirar um curso
em fim de curso, onde o trabalho superior e alcançado, de imediato,
parece que cresce, sem um fim à uma colocação.
vista. As exigências,
as provações e as in-
justiças a que somos
submetidas são tan-
tas que a única coisa
que apetece fazer é
desistir. No entanto,
não o fiz, agarrei-me
muito a Deus, a Nos-
sa Senhora e, princi-
palmente, a Jesus e à
sua dolorosa paixão.
Pela manhã, antes
de sair de casa, orava
e pedia a Jesus que me
valesse. O meu cora-
ção enchia-se de força
A minha mãe sempre foi uma
pessoa bastante doente. Ao lon-
go da vida, recorri muitas vezes à
intercessão dos santos para que a
ajudassem. E assim tem aconteci-
do. Noutros momentos de aflição,
pedi a mesma intercessão para be-
26 nefício de meu pai e irmãos.
A minha vida não tem sido fácil.
Testemunhos Vivos Cruzada

Tive muitos momentos de prova-


ção, mas a ajuda divina tem-me
amparado sempre.
Neste momento, mais uma vez, a
minha mãe atravessa um momento
de sofrimento físico. Peço à Virgem
Maria e a todos os Santos as melho- Comecei a rezar o terço todos os
ras da minha mãe. dias, tendo em mente as minhas
À Cruzada, um bem-haja pelos intenções.
seus ensinamentos. A boa Mãe escutou e atendeu
os meus pedidos. O meu filho tem
emprego, começou a namorar com
O TERÇO TODOS OS DIAS uma boa jovem e é feliz!
M. C. Cardoso Obrigada, Jesus! Obrigada, Mãe
de Fátima!
Há momentos na vida em que pa-
rece que nada faz sentido e só nos
resta esperar a morte.
Vi um meu filho muito doente.
Apesar de ter terminado o seu cur-
PEDIDO
so, estava doente, sem trabalho, in- DE ORAÇÕES
feliz… sofri muito.
Pedi a Jesus e a Nossa Senhora Muitos leitores
de Fátima que cuidassem do meu
querido filho. e assinantes da Cruzada
Um dia, fui a Fátima pedir por ele
pedem-nos orações.
e, quando me despedi da Mãe, dis-
se-lhe: «Mãe, coloco o meu filho no Não os esqueçamos
teu colo; cuida dele, eu já não posso
mais. Pede por ele junto de teu Fi- nas nossas preces!
lho Jesus, para que possa ser feliz».
já conhece
o novo site?

JUNTOS A TRANSFORMAR O MUNDO


WWW.REDEMUNDIALDEORACAODOPAPA.PT
Perguntas com resposta
Liberta dos laços familiares resol-
veu realizar o sonho que desde a
infância a acariciava: quis entrar na
SANTA RITA DE CÁSSIA Ordem das religiosas Agostinhas, da
Assin. 12347 sua terra, mas não a aceitaram por
ser viúva. Fez nova tentativa, mas
em vão.
28 Os seus três Santos protetores
Quem foi Santa Rita de Cássia? São João Baptista, Santo Agostinho
Perguntas com Resposta Cruzada

e São Nicolau Tolentino, levaram-na


Resposta: Na cidadezinha de Cás- à porta do Mosteiro, abriram-lhe as
sia, nasceu em 1381 uma menina portas e desapareceram. Quando as
a que os pais puseram o nome de religiosas descobriram como tinha
Margarida (em italiano Margarita), podido transpor o limiar do mostei-
ficando ela a ser chamada pela abre- ro, aceitaram-na, apesar de viúva.
viatura de Rita. Morreu com 76 anos Rita começou então uma vida de
na sua cidade natal. grande penitência, oração e medita-
Como era próprio daqueles tem- ção contínua à Paixão do Salvador.
pos, seus pais, quando ela tinha 12 Pediu a Nossa Senhora que a tor-
anos, casaram-na com Paulo di Fer- nasse participante nos sofrimentos
dinando, homem cruel e violento. do seu Divino Filho. Na sua heroica
Ao longo de 18 anos aceitou resig- oferta começou a sentir as dores
nadamente as brutalidades e trai- dos espinhos da coroa do Senhor
ções do marido, do qual teve dois fi- e a testa ficou marcada com uma
lhos. Certo dia, talvez como resposta chaga que conservou até ao resto
às suas orações, Paulo arrependeu- da vida. Este ferimento trouxe-lhe
se do seu comportamento tenebro- numerosas humilhações porque se
so e pediu-lhe perdão do muito que desprendia dele um odor desagra-
a tinha feito sofrer. Começou então dável.
a tratá-la com respeito. Talvez por o Isto, no entanto, não a impediu de
ver manso, um seu inimigo assassi- receber muitas visitas, não despe-
nou-o. dindo ninguém sem sair consolado
Os filhos, revoltados, juraram ma- e edificado. Muitas graças e até mi-
tar o assassino do pai. A pobre mãe lagres lhe atribuíram.
tentou desviá-los da vingança, mas Uma doença que durou quatro
em vão. Então pediu ao Senhor que anos, veio acabar de purificar e san-
preferiria ver os filhos mortos que tificar esta Serva de Deus.
assassinos. Os dois adoeceram gra- Adormeceu santamente no se-
vemente, pedindo-lhes a mãe que nhor a 22 de Maio de 1457. Con-
perdoassem de coração ao inimigo. tinuou a alcançar tantas graças e
29

Perguntas com Resposta Cruzada


milagres, que o povo a invoca como
«Advogada das causas perdidas e a
DOAÇÃO DE ÓRGÃOS
santa do impossível». Anónimo
Dom João V, rei de Portugal desde
1706 até 1750, sofria de um cancro O que nos diz a Igreja sobre a
na vista esquerda. Sentiu-se curado doação de órgãos?
pela intercessão desta Santa. Em
agradecimento pagou a nova ala do Resposta: Eis o que nos diz o
mosteiro em que vivera Santa Rita. Catecismo da Igreja Católica sobre
Na fachada lá se vê hoje o seu no- a doação de órgãos: «A transplan-
me e o brasão de Portugal. Dentro tação de órgãos é conforme à lei
do mosteiro há um seu quadro, em moral se os perigos e riscos físicos e
prata, vendo-se debaixo do olho es- psíquicos, em que o doador incorre,
querdo uma pedra preciosa a recor- forem proporcionados ao bem que
dar a graça que tinha obtido. se procura em favor do destinatário.
Santa Rita foi canonizada por Leão A doação de órgãos após a morte
XIII a 24 de Maio de 1900. é um ato nobre e meritório e deve
ser encorajado como uma manifes-
tação de generosa solidariedade.
Mas não é moralmente aceitável se
o doador ou os seus representantes
lhe não tiverem dado o seu consen- O primeiro estigmatizado co­
timento expresso. Para além disso, nhecido é S. Francisco de Assis, que
é moralmente inadmissível provo- recebeu essa graça no alto do Mon-
car diretamente a mutilação que le- te Alverne, no dia 17 de setembro
ve à invalidez ou à morte de um ser de 1222.
humano, ainda que isso se faça para O número dos estigmatizados é
retardar a morte de outras pessoas» incerto. Entre os mais conhecidos,
30 (nº 2296). sobressaem Santa Gema Galgani
(1878-1903), Padre Pio (1887-1968),
Perguntas com Resposta Cruzada

Marta Robin (1902-1981).


ESTIGMATIZADOS Por vezes, os estigmas são invisí-
T. A. veis, mas causam, como os visíveis,
grandes dores àquelas pessoas
O que são os estigmatizados? que os têm. Assim aconteceu com
Poder-me-iam referir algum ca- Alexandrina Maria da Costa (1905-
so? 1955), António Crozier (1850-1916) e
Adriana von Speyr (1902-1967).
Resposta: Os estigmas são a im- Os estigmas não são prova de
pressão das Cinco Chagas de Cristo santidade, nem nunca a Igreja os
nos pés, mãos e peito duma pessoa. considerou como tal.

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1. como preparar 5. como 7. guia para
3. como
a confissão rezar o Terço uma visita ao
rever o dia Santíssimo

2. esquema para 4. orações Inacianas


uma hora de oração 6. formas de oração

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Palavras Cruzadas – (De Alcídio, Maria, 1 2 3 4 5 6 7 8 9


Císito e Filipe)

Horizontais: 1. Ponto cardeal, imensi-


1   
dão; 2. Quem tem boca chega lá, le- 2  
vantar; 3. Acolá (inv), nota musical; 4.
Destino, proteção; 5. Sofrimento, épo- 3 
ca; 6. Costure, solicita; 7. Campeão, gri-
32 to de dor; 8. Instrumento de trabalho,
4 
apelido; 9. Isolado, Rádio Renascença. 5   
Passatempo Cruzada

Verticais: 1. Batráquios, óxido de cál- 6   


cio; 2. Firmes; 3. Numeral, pronome
pessoal, poeira; 4. Acolá, lavrara; 6.
7   
Nota musical, troncos das videiras; 7.
Antes de Cristo, medida agrária, ara-
8   
gem; 8. Rasurada; 9. Sorria, interjeição. 9   
Adivinhas – (De Pedro Jasmim)

1. Qual é coisa, qual é ela, alta como o pinheiro, verde como as limas, doce como o
mel e amarga como o fel?
2. O que é, o que é? Tem cabeça, tem dente, tem barba, não é bicho e nem é gente?
3. O que é, o que é? Tem pescoço e não tem cabeça, tem braços e não tem mãos,
tem corpo e não tem pernas?

Problema – (De Alcídio, Maria, Císito e Filipe)


Substituindo os traços por letras, encontrar nomes de frutos.
N _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ J _

_ _ _ A _ _ _ _ _ E _ _ _

_ _ S _ _ _ _ _ _ _ _ S _ _

_ _ C _ _ _ _ _ _ U _ _

_ _ E _ _ _ _ _ S _ _

U _ _
Hoje aprendi que o Homem tem
quatro idades:
– Quando acredita no Pai Natal.
– Quando já não acredita no Pai
Natal.
– Quando assume o papel de Pai
Natal.
– Quando se parece com o Pai Natal! Diz a mãe ao Luizinho: 33
– Luizinho, viste o teu irmão?

Passatempo Cruzada
Após terem frequentado um – Vi, mãe, está no frigorífico!
curso bíblico, disse a mãe: A mãe aflita:
– Filhinha, vamos falar cá em casa – Ai, céus, ele vai morrer de frio!
só com palavras do Evangelho. O Luizinho, descontraído, responde:
No dia seguinte, de manhã, para – Não, mãe! Eu fechei a porta!
acordar a filha, a mãe bate à porta
e diz: Prepara o pai…
– «Levanta-te e anda!» (Lc 8, 54). Um estudante, tendo reprovado
A pequena, sem hesitar, responde: em tudo, enviou para o seu irmão
– «Mulher, ainda não chegou a a seguinte mensagem: «Reprovado
minha hora» (Jo 2, 4). em tudo. Prepara o pai».
O irmão respondeu: «Pai
À noite, enquanto o marido lia o preparado; prepara-te tu».
jornal, a esposa comenta:
– Os nossos vizinhos parecem dois No consultório médico:
namorados. Ele, quando regressa a – Tenho tido hoje uma forte dor
casa, traz-lhe sempre um presente na língua. Que hei de fazer, senhor
e, de manhã, ao sair, dá-lhe um doutor?
beijo. Porque não fazes o mesmo? – Nada de medicamentos, minha
– Mas, ó querida, eu nem conheço senhora. A língua de V. Exª só
a mulher! necessita de muito descanso.

SOLUÇÕES DE DEZEMBRO

Diferenças: Orelha da vaca, boca de Maria, cabeça de José, prego na tábua,


berço, burro e teto.

Problema: 1. Nenúfar, camélia, tulipa, dália, alfazema, anis, cravo, petúnia,


rosa violeta.
CRUZADA
Rua S. Barnabé, 32
4710-309 BRAGA
(Portugal)
Diretor
P. António Valério, s.j.
Redação
P. António Valério, s.j.
Alberto Pinheiro
Desenhador Gráfico
Virgílio Cunha
Propriedade
Secretariado Nacional
do Apostolado
da Oração da Província
Portuguesa da
Companhia de Jesus
NIPC: 500825343
Imagem publicada na Cruzada de julho de 1978
ISSN: 0870-5208
Dep. Legal: 11761/86
Dona Constança: – Veja lá, Asdrúbal, Isento de Registo na ERC,
ao abrigo do Dec. Regulamentar
tenha cuidado com a porta e com os
8/99 de 9/6, art.º 12º, nº 1 a.
embrulhos!
Tels. (Geral): 253 689 440
(Revistas): 253 689 442
Asdrúbal: – Ó minha senhora, eu tou (Livros/Encomendas): 253 689 443
aqui que nem posso... não vejo népia... Fax: 253 689 441
oriente-me se faz o favor. Ai... ai que Email: revistas@snao.pt
www.revistacruzada.pt
eu caio!
Impressão e acabamento:
Gráfica Almondina
Dona Constança: – Vire à direita, ho-
Torres Novas
mem mais um bocadinho e tenha
Tiragem: 60.000 exemplares
cuidado com o tapete. Não se espalhe.
Na capa
Foto: © BlueOrange Studio – Fotolia.com
Asdrúbal: – Ufa… a senhora gastou
uma pipa de massa em presentes.
Assinatura para 2018:
Dona Constança: – Nada disso, Asdrú-
Portugal: 9,00 €
bal! Isso é tudo prémios da Cruzada. (dois anos: 17,00 €)
Cada exemplar: 1,00 €
Asdrúbal: – A sério? E essa tal de Cruza- Estrangeiro (normal):
da dá prémios? Quem diria... 16,00 €; 25 Dól. – USA;
25 Dól. – Canadá;
Dona Constança: – Sim, Asdrúbal! Mas 250 Rands – África do Sul;
25 Frc. Suíços; 14,00 Libras.
só a quem arranjar novas assinaturas.
Mas isso vai explicadinho na página 15 Estrangeiro (avião):
20,00 €; 35 Dól. – USA;
da Cruzada. 35 Dól. – Canadá;
300 Rands – África do Sul.

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