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O que é Pragmatismo
Essas propostas que nos convidam a pregar menos e a fazer mais determinadas
outras coisas naturalmente não são nenhuma novidade. As pessoas parecem pensar que
tudo isso é relativamente novo ou que é o carimbo da modernidade censurar ou depreciar a
pregação, pondo ênfase sobre essas coisa. A resposta simples a isso é que nada há de novo
em torno dessa atitude. A sua forma externa pode ser nova, mas o princípio certamente
nada tem de moderno; de fato, tem sido a ênfase específica do presente século.
Por favor, não interprete minha preocupação de forma errada. Não é à inovação e
si que eu me oponho. Reconheço que os estilos de adoração estão em constante
mudança. Também reconheço que, se um puritano do século XVII entrasse na Grace
Commutiny Church (a igreja que pastoreio), é bem provável que ele ficaria chocado ao
ouvir nossa música, e , provavelmente espantado ao ver homens e mulheres sentados
juntos, e talvez perturbado ao ver que utilizamos aparelhos de som para falar à igreja. (...)
Minha contenda é contra uma filosofia que relega a Deus e à Sua Palavra um papel
secundário na igreja. Creio que colocar o entretenimento acima da pregação bíblica e da
adoração no culto da igreja é contrário às Escrituras. Oponho-me àqueles que acreditam
que as habilidades humanas podem conquistar pessoas para o reino de Deus com maior
eficácia do que o Deus Soberano. Essa filosofia abriu as portas da igreja para o
mundanismo.
"Não me envergonho do evangelho", disse o apóstolo Paulo (Rm 1:16).
Infelizmente, "com vergonha do evangelho" parece uma descrição, a cada dia mais exata,
de algumas das mais conhecidas influentes igrejas de nossa época.
Vejo paralelos impressionantes entre o que hoje está acontecendo nas igrejas e o
que aconteceu há um século. Quanto mais leio a respeito daquela época, tanto mais me
convenço de que estamos vendo a história se repetir. Nos capítulos destes livro,
salientarei características do evangelicalismo do final do século passado que
correspondem às questões contemporâneas. Desejo concentrar minhas atenções em um
episódio da vida de Spurgeon que se tornou conhecido como "A controvérsia do Declínio".
Por isso farei constantes citações dos escritos de Spurgeon a respeito dessa controvérsia.
(...)
Com certeza, não desejo suscitar o tipo de contenda que Spurgeon suscitou nA
Controvérsia do Declínio. (...)
Controvérsia, para mim, é algo repugnante. Aqueles que me conhecem
pessoalmente afirmarão que não gosto de qualquer tipo de disputa. Por outro lado, há um
fogo que reside em meu ser constrangendo-me a falar abertamente sobre as minhas
convicções bíblicas. Não posso ficar quieto quando há tanto em jogo.
É com essa atitude que ofereço este livro. Espero que ninguém o considere com
um ataque a qualquer pessoa ou ministério em particular. Ele não é. Trata-se de um apelo
à igreja como um todo em questões de princípio, não de personalidades. Embora
sabendo que haverá discórdia generalizada com relação a maior parte do que escrevi,
procurei escrever sem ser ofensivo.
Há questões a respeito das quais muitas pessoas têm convicções profundas. (...)
Eu não escrevo manifestando zanga; e solicito a meus leitores que recebam esta obra no
mesmo espírito com o qual a escrevi.
Minha oração é que este livro estimule e desafie a sua maneira de pensar, de tal
forma a impelir você às Escrituras "para ver se as cousas" são, "de fato, assim"(At 17:11).
Oro para que o Senhor livre sua igreja do mesmo tipo de deslizamento, ladeira abaixo, o
qual levou a igreja ao mundanismo e à incredulidade e exauriu seu vigor espiritual há cem
anos.