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Libertação
POR PROF. FELIPE AQUINO 22 DE FEVEREIRO DE 2022 DOUTRINA E TEOLOGIA
Resumo: O Cardeal Joseph Ratzinger, hoje Papa emérito Bento XVI, quando Prefeito da
Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, escreveu uma exposição sobre a Teologia
da Libertação em sua forma extremada, em 18 de março de 1984. Partindo das
respectivas premissas e realçando os conceitos característicos do sistema, o autor
mostra que a Teologia da Libertação não trata apenas de desenvolver a ética social
cristã em vista da situação sócio-econômica da América Latina, mas revolve todas as
concepções do Cristianismo: doutrina da fé, constituição da Igreja, Liturgia, Catequese,
opções morais, etc. É de crer que “a gravidade da Teologia da Libertação não seja
avaliada de modo suficiente; não entra em nenhum esquema de heresia até hoje
existente”; é a subversão radical do Cristianismo, que torna urgente “o problema do
que se possa e se deva fazer frente a ela”. É importante que o público esteja
consciente de que a Teologia da Libertação não é a extensão das promessas do
Cristianismo aos problemas morais suscitados pelas condições sócio-econômicas da
América Latina, mas é uma nova versão do racionalismo de Rudolf Bultmann e do
marxismo, que utiliza a linguagem dogmática e ascética do patrimônio antigo da fé e
se reveste de aspectos de mística cristã. O Cardeal Joseph Ratzinger fez uma
explanação do que é a Teologia da Libertação.
Tal documento é de notável importância, pois se deriva de um sábio teólogo
encarregado, em Roma, precisamente da Congregação que acompanha a fé e os
desvios da fé em nossos dias (D. Estêvão Bettencourt, osb Pergunte e Responderemos
– Ano XXV – No 276 – 1984).