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FACULDADE DE ENGENHARIA
Departamento de Engenharia Electrotécnica
Licenciatura em Engenharia Informática
Autor:
TEMBE, Rafique Mohamed
Supervisor
dr. Valí Issufo
Autor:
TEMBE, Rafique Mohamed
Supervisor
dr. Valí Issufo
Maputo, de de 20
O chefe de secretaria
Índice
Para chegar ao presente momento tive que contar com o apoio de diversas pessoas que
contribuíram a diversos níveis para que eu conseguisse ultrapassar diversos obstáculos, as
quais pretendo profundamente agradecer.
Em primeiro lugar quero agradecer a Allah pela saúde e sabedoria, em segundo agradecer
a minha família em particular aos meus pais Moisés Luís Ernesto Tembe e Zudeica Hámido
Chitará, os meus irmãos, primos, amigos e colegas, em especial a minha Tia Zaituna
Ambasse antiga vendedora do Mercado Estrela Vermelha, onde o projecto nasceu em 2013
graças a sua boa vontade e amizade foi possível obter as minhas primeiras impressões sobre
o processo de cobrança de taxas nos Mercados da cidade, o meu muito obrigado pela
Paciência que teve comigo.
Aos que não citei não significa que foram esquecidos nem que não mereçam o meu
agradecimento, pelo contrário, a todos eles que directa ou indirectamente, contribuíram para
a minha formação, com boas ou más ações, endereço o meu obrigado.
Resumo
A situação conjuntural do país demostra que o sector informal, continua a ser a única
alternativa para a sobrevivência de muitas famílias, o crescimento das taxas de desemprego,
a redução de oportunidades e crescimento da exclusão, deixam à maioria dos cidadãos
poucas possibilidades de emprego no sector formal, devido ao próprio sistema produtivo
urbano, baseado em serviços, na indústria e um sistema de capital intensivo, ficando como
única alternativa o emprego no sector informal (Cimeira Nacional para o Desenvolvimento
Social, Relatório Nacional de Moçambique, 1995).
Os novos mercados que vão nascendo, ocupam terrenos baldios, e crescem de forma rápida
e descontrolada. No entanto funcionam sem infraestruturas físicas mínimas, maior parte dos
casos, para além das construções precárias onde estão instalados, não estão abrangidos
por um sistema de saneamento distribuição de água e eletricidade, ou quando têm acesso a
rede de abastecimento de água e eletricidade, ou serviços sanitários este processo mostra-
se bastante insuficiente as necessidades existentes. Com efeitos as taxas municipais pagas
pelos vendedores, parecem não dar as autoridades administrativas uma obrigação de
providenciar infraestruturas locais para o seu trabalho.
Na maior parte estes mercados são classificados como transitórios, pelas mesmas
autoridades quer por terem crescido em zonas consideradas “Impróprias” para o seu
funcionamento, ou ainda por não oferecerem condições de sanidade, de acordo com padrões
que garantem a saúde pública.
1.2. Descrição do problema
A informalidade da actividade económica é principalmente caracterizada pela ausência de
registos oficiais dos seus operadores, das suas actividades e da forte mobilidade dos seus
praticantes. Neste trabalho, evidencia-se o esforço de arrecadação de receitas nos Mercados
Municipais de Maputo, a sua eficácia, e avalia-se até que ponto o Município explora o
potencial de geração de receitas destes empreendimentos numa perspetiva de empenho. O
princípio de empenho refere-se ao nível ao qual o governo explora os seus instrumentos
próprios ou bases para arrecadação de receitas, quer sejam impostos, quer sejam outras
contribuições sob forma de contraprestação de serviços prestados.
Outros factores chave que contribuíram também na motivação deste trabalho, foram o
aumento considerável do número dos subscritores do serviço de telefonia móvel em
Moçambique, que segundo o INCM de 2015 para 2016 observou-se um crescimento de
subscritores na ordem de 11,1%, e a proliferação e popularização de serviços financeiros de
moeda electrónica móvel em Moçambique com destaque para o M-Pesa, estes serviços são
menos burocráticos em relação aos da banca tradicional para abertura de conta, permitem
ao subscritor transferir dinheiro, comprar crédito, pagar contas facilmente e
convenientemente a qualquer hora, em qualquer lugar, com baixo custo usando o telemóvel,
a coexistência destes sistemas de pagamentos móveis, constituem um factor chave para a
viabilização da solução proposta.
Os índices motivacionais, quer de natureza pessoal quer profissional são elevados, uma vez
que se pretende conjugar algum conhecimento adquirido ao longo de um percurso estudantil,
com objetivos no âmbito dos trabalhos que são indispensáveis às responsabilidades que se
pretende desempenhar.
1.4. Objectivos
1.4.1. Objectivo Geral
Desenvolver um Sistema de Software de Gestão de Operadores do Comércio Informal e
Controle de Pagamento de Taxas de Mercado e Licenças de Comércio Ambulante em Lugar
Fixo. (Bazaraonline).
▪ Observação: que consistiu no contacto directo com a realidade dos mercados, onde
se verificou os aspectos relevantes para o processo de planificação e execução das
actividades de gestão daqueles recintos, foi possível obter algum conhecimento,
colher subsídios relacionados com os principais intervenientes, que foram bastante
úteis na medida em que permitiram tirar conclusões e constatações.
▪ Entrevista: que constituiu no contacto directo com a administração dos mercados e
seus utilizadores para se inteirar melhor sobre o modelo de gestão, através deste
método foi possível enraizar e aprofundar o assunto e assim obter maior interesse e
entusiasmo pelo tema, também foi possível tirar algumas dúvidas e inquietações, o
grande alcance deste método foi sem dúvidas o aprofundamento do conhecimento
geral que posteriormente facilitou a focalização ao tema em estudo.
▪ Inquéritos: este método foi largamente usado, de forma a conferir à pesquisa de
dados referentes à opinião dos próprios intervenientes no mercado formal e informal,
sobre assuntos que dizem respeito a força de venda e suas características na
conquista de pedidos dos clientes, comportamento de compra e características de
compradores, os custos relacionados com a actividade comercial. A grande vantagem
deste método é que permitiu obter contribuições dos intervenientes e assim ter o
sentimento deles acerca dos assuntos levantados e que se afiguram pertinentes para
a presente pesquisa.
▪ Pesquisa bibliográfica: A pesquisa bibliográfica consistiu em busca da informação
relacionada com o tema através de consulta a páginas credíveis da internet, assim,
assim como consulta a manuais e outros artigos electrónicos e físicos relacionados.
▪ Modelagem e prototipagem: esta etapa visou a elaboração de processo de dados
proposto, levando em consideração o funcionamento desejado da aplicação. Nesta
etapa foram também realizadas a análise e o projecto do sistema, e foram utilizados
os seguintes artefactos: Caso de Uso, Diagrama de Actividades, Diagrama de
Sequência e Diagrama de Classes.
1.6. Organização do trabalho
O presente relatório está dividido nas seguintes partes descritas abaixo:
▪ Capítulo 1 – Introdução: Neste capítulo abordam-se aspectos introdutórios, a
contextualização do tema, identificação do problema a ser resolvido, os objectivos do
trabalho, e a metodologia empregue.
▪ Capítulo 2 – Revisão da Literatura: Neste capítulo são avaliados os conhecimentos
produzidos em outros trabalhos, manuais, artigos, e outras publicações, gerando
conclusões sólidas de grande importância para a elaboração do presente trabalho.
▪ Capítulo 3 – Caso de Estudo: Neste capítulo faz-se a descrição da situação actual
do modelo de gestão de Mercados Municipais, identificação de constrangimentos e
limitações.
▪ Capítulo 4 – Solução Proposta: Neste capítulo são apresentadas as etapas que
foram seguidas para a elaboração do modelo conceptual e a prototipagem do sistema.
▪ Capítulo 5 – Discussão de Resultados: Neste capítulo é feita a discussão dos
resultados do presente estudo e a apresentação das dificuldades encontradas
durante o desenvolvimento do mesmo.
▪ Capítulo 6 – Conclusões e Recomendações: Neste capítulo é dado um parecer
sobre o trabalho realizado e sob forma de recomendações são levantadas
expectativas para o futuro do trabalho realizado.
2. Capítulo II – Revisão da Literatura
2.1. Emergência e Natureza do Informal
Startiene e Trimones (2010, 277- 279) sugerem que a economia informal resulta de impostos
elevados e péssimo bem-estar social, acrescentando que se trata de um “mercado
secundário onde ocorrem transações que poderiam ser possíveis no formal mas seriam
taxadas ”, situação que gera a necessidade de praticar essas operações longe do alcance
da lei.
Existe também a perspetiva de Gough, Tiplle e Naiper (2003) que associam o surgimento do
sector informal ao aumento da população urbana e da consequente procura pelo emprego,
bens e serviços que crescem mais rapidamente do que a média nacional, a ponto de o
mercado laboral formal não conseguir absorve-los. Além do mais, os anos de ajustamento
estrutural e correspondente redução do emprego na função pública diminuíram as
oportunidades nas áreas urbanas, sendo o sector informal que compensa as falhas do
formal.
Uma explicação alternativa é fornecida por Hart (1973) quando sugere que a causa do sector
informal está intimamente ligada aos baixos salários auferidos no sector formal, o que obriga
os agentes a procurarem alternativas de acréscimo de rendimento. Esta constatação também
é limitada, pois alguns segmentos da economia informal só espelham parcialmente nela,
sendo que a maioria dos operadores do sector informal tem esta actividade como única
alternativa de autoemprego, não possuindo outra forma de obtenção de rendimento.
Relativamente à natureza da economia informal, grande parte dos autores fala de uma
crescente heterogeneidade, caracterizada por microempresas de autoemprego que operam
a margem da lei (evitando pagar taxas ou impostos), existência de poucas barreiras à entrada
(devido às baixas qualificações académicas), acesso limitado ao crédito formal e capital
necessário conseguindo através de familiares amigos e aprendizagem informal.
2.1.1. Reflexões em torno do Informal em Moçambique
O Instituto Nacional de Estatística define o sector informal em Moçambique como sendo
“todas actividades não registadas, ou apenas registadas no Município, ou junto à
administração distrital ou local, não possuindo, portanto, autorização por parte das
autoridades fiscais para o exercício da sua actividade e empregando não mais de 10
trabalhadores” (Tembe 2009, 92).
O primeiro inquérito realizado pelo INE em 2005 aponta que 75% da população
economicamente ativa em Moçambique tem emprego informal (INE 2006).
Na perspetiva de fornecida por (Araújo, 1990, 80), Maputo enfrenta problemas de uma cidade
com inadequado desenvolvimento urbano:
Nas últimas décadas, Moçambique tem registado taxas de crescimento económico recorde
de, em média, 7,5 % do PIB. No entanto, este crescimento, porque impulsionado pelos
sectores extraviados de capital intensivo, não se traduziu em oportunidades de trabalho
digno para a maior parte da população. Mais de metade dos Moçambicanos vive abaixo da
linha de pobreza nacional (Inquérito sobre Orçamento Familiar – IOF 2008/2009) e as taxas
de pobreza nacional estagnaram na última década (Ross et al. 2014).
Figura 2: Distribuição dos chefes dos agregados familiares por sexo ocupação 2014/2015
Cobranças de taxas
1. As taxas diárias e mensais, devidas pela ocupação das bancas, barracas, quiosques e
lugares, deverão ser pagas na Bilheteira, até as 10 horas de cada dia a que digam
respeito.
2. A Bilheteira deverá estar aberta e em funcionamento na hora fixada para abertura do
Mercado e que pertença.
3. A partir das 10 horas, os fiscais exigirão a apresentação do comprovativo do pagamento
da taxa devida, devendo ser multado com 50% do valor da taxa devida aquele que não
tiver procedido o pagamento.
4. Se o fiscal verificar que o ocupante multado nos termos do número anterior não procedeu
o pagamento devido até 1h após a aplicação da multa, poderá voltar a multar num valor
correspondente a 100% da taxa devida.
5. A partir das 12 horas de cada dia, a Bilheteira não receberá mais valores monetários, de
forma que, até as 13 horas tenha as contas feitas e funcionário responsável proceda ao
seu depósito, devendo o fiscal-chefe afixar no quadro para este fim providenciado e
colocado em frente a Bilheteira, a receita colhida naquele dia.
6. Os que não tiverem procedido ao pagamento dentro do horário de funcionamento da
Bilheteira, farão o pagamento no dia seguinte, acrescido da multa fixada nos termos do
número 3 e 4 do presente artigo, não podendo iniciar a actividade sem que proceda ao
referido pagamento, sob pena de multa de 10% do valor da taxa devida, por cada hora
em atraso, independentemente de ainda não serem 10 horas, conforme número 1 do
presente artigo.
7. Através de normas de funcionamento interno para cada Mercado, é permitido que
os serviços que superintendem a área criem mecanismos diferentes para a
cobrança de taxas, desde que devidamente fundamentada a sua utilidade, maior
eficiência e segurança, coleta e depósito, mesmo que criadas para implementação
a título experimental.
Artigo 97
Critérios de determinação das taxas e cálculo de multas
1. As taxas a pagar pela ocupação das bancas, barracas e quiosques no Mercados, serão
determinadas tendo em conta, nomeadamente:
a. A classificação dos Mercados;
b. O género de produtos vendidos;
c. A área ocupada;
d. A qualidade de infraestrutura existente e, se aplicável, os demais bens
equipamentos disponibilizados;
e. E outros critérios julgados relevantes, conforme determinação do Conselho
Municipal.
2. Quando na mesma banca, barraca ou quiosque forem vendidos produtos a que
correspondem a taxas diferentes, será cobrada a taxa mais elevada.
3. O fixado nos números anteriores aplica-se, com as necessárias adaptações, à
determinação das taxas a pagar pela ocupação de lugares.
Os sessenta e oito mercados têm capacidade instalada (Capacidade interna, sem incluir
vendedores fora dos mercados) de 21.309 espaços assim distribuídos:
▪ 4.506 barracas;
▪ 16.680 bancas;
▪ 204 lojas;
Este universo gerou nos últimos cinco exercícios económicos uma receita de 190.7 milhões
de meticais contra uma projeção de 216.7 milhões de meticais, o que corresponde ao grau
de execução de 88% (Ver tabela 2). (Fonte CIP).
Fonte: CMCM
Pode-se afirma que a receita média anual orçada (no período em análise) é de 43.3 milhões
de meticais dos quais se arrecadam, em média, 38.1 milhões de meticais. É importante
reconhecer que ambos, a meta orçamental média anual de 43.3 milhões de meticais e o que
encaixe média anual de 38.1 milhões, estão aquém do potencial que os mercados podem
gerar.
As estimativas indicam que o mercado movimenta, por dia, entre 30 a 40 camiões com estas
estatísticas (oficiais), o mercado deverá gerar, por ano, uma recita de cerca de 10.8 milhões
de meticais. O gráfico 2 ilustra o comportamento da arrecadação da recita deste mercado de
2010 até 2014, notando-se a diminuição crescente de hiato (diferença entre o potencial e a
arrecadação), 6.3 milhões de meticais em 2010 para 0.73 milhões de meticais em 2014 (CIP).
Este nível é formado por operações rotineiras, normalmente trabalha com um grande volume
de operações de cadastro. Caracterizam-se pela existência de formulários, relatórios e outras
operações rotineiras.
Este nível é formado por operações de apoio no processo de tomada de decisões. Tem como
principal objectivo a utilização de informações do nível operacional para criar mecanismos
de gerenciamento das organizações. A complexa relação entre os diversos gerentes de uma
organização deve ser facilitada pelos sistemas de apoio Gerêncial. O’BRIEN (2002), afirma
que “quando os sistemas de informação se concentram em fornecer informação e apoio a
tomada de decisão eficaz pelos gerentes, eles são denominados sistemas de apoio
Gerêncial”.
2.3.1.3. SI nível Estratégico
Este nível é formado por operações estratégicas, são sistemas que apoiam a alta Direcção
das organizações no controle e monitoramento das diferentes actividades.
O conceito Aplicação Web surge, amiúde, relacionado com o termo Website (Web Site).
Embora relacionados, trata-se de situações que apresentam algumas diferenças. Sendo
certo que ambos são executados num browser, utilizam os standards da Internet e podem
residir num servidor que os disponibiliza quando são solicitados, os websites são,
geralmente, percecionados como sendo estáticos e mais utilizados para fins informativos.
Nos Websites, a postura dos utilizadores é mais passiva e, principalmente, de obtenção de
informação. Pelo contrário, uma aplicação web é mais dinâmica, onde é exigida uma
intervenção por parte do utilizador. Ao nível técnico, uma aplicação web tenderá a ser mais
complexa porque, quase sempre, tem que lidar com aspectos muito variados, como, por
exemplo, a autenticação e segurança, interação com base de dados, ou processamento de
grandes volumes de informação. Isto não significa que um website não tenha que levar em
consideração os mesmos aspectos que as aplicações web, mas, regra geral, são
características que surgem mais associadas a estas últimas.
2.5.1. Características
O NIST definiu algumas características que descrevem o modelo de computação em nuvem:
2.5.1.1. Virtualização de recursos
Graças a este mecanismo, possibilita-se uma separação dos serviços de infraestrutura dos
recursos físicos como hardware ou redes, sendo então possível, por exemplo, tratar uma
camada inferior de aspectos relativos a localização de recursos, tornando então transparente
este contexto para as demais camadas na estrutura da nuvem.
Com esta abstração, os recursos podem ser disponibilizados e utilizados como serviços
utilitários, sem a necessidade de uma manipulação directa do hardware.
2.5.1.2. Serviços sob demanda
O cliente pode, unilateralmente, conforme a sua necessidade, requerer maior ou menor
quantidade de recursos computacionais, tais como, tempo de processamento,
armazenamento ou largura de banda, estes recursos devem ser disponibilizados de forma
automática, sem a necessidade de interação humana com o provedor de cada serviço.
2.5.1.3. Independência de localização
Os recursos devem estar disponíveis através da rede e Internet, estando acessíveis por meio
de dispositivos computacionais padrões, promovendo sua utilização por plataformas
heterogéneas, como por exemplo, telemóveis celulares, laptops, PDAs, etc.
O pagamento através de dispositivos móveis tem ganho cada vez mais audiência no que
tange à tecnologia atualmente. Tais facilidades junto dos consumidores é resultado da junção
de tecnologias já existentes como SMS, WAP, NFC, Wireless e outras, com os dispositivos
móveis (PDA, Tablets, Telemóveis) onde os telemóveis têm maior predominância, tudo para
que os consumidores possam efectuar as suas transacções comerciais de formas cada vez
mais facilitadas. (Benyó, B., 2009).
2.6.1. Processos
Como já referido, em qualquer tipo de pagamento móvel existe um intermediário
dependentemente do seu papel, que pode ser uma instituição bancária, ou operador móvel,
e entre outros. Não obstante às variedades existentes nos sistemas de pagamentos
efectuados de forma virtual (internet) ou mesmo física, mas com a recorrência a dispositivos
móveis, as principais operações preservam algumas características comuns (Schierz, P. G.,
2010).
Clientes Particulares: Segundo Au, Y. A. (2008), no ponto de vista do cliente, para adoptar
um serviço como o de pagamentos móveis, alguma vantagem este deverá possuir em
relação aos métodos tradicionais e pagamentos (dinheiro, cartão de crédito ou cheques).
Nos dispositivos móveis, alguns aspectos como a usabilidade, a facilidade bem como a
percepção de segurança nas transacções desempenham papéis preponderantes no ponto
de vista do utilizador no diz respeito à adesão.
Bancos: As entidades bancárias têm os pagamentos móveis como uma oportunidade para
oferecer um novo serviço, e acima do tudo, a possibilidade de atrair potenciais clientes e com
isto, maximizar o lucro (Azevedo, R., 2013).
Para os bancos em particular, é preferível que os seus clientes optem pelos pagamentos
móveis ao invés dos tradicionais métodos de pagamento (troca de moeda por bens ou
serviços entre consumidores), pois, nestas transacções o banco não obtém lucro algum.
Capítulo IV
Artigo 20
Comércio Electrónico
Artigo 37
Capítulo VII
Governo Electrónico
Artigo 48
Como que, para entender a necessidade de definir uma taxa justa para a multiplicidade de
produtos vendidos, as experiências municipais (dentro e fora de Moçambique) demostram
que os governos adoptam multiplicidades de taxas, as vezes diferenciando cores. Ver foto
abaixo.
1. A existência de vendedores dentro dos mercados que não são efectivamente conhecidos
pelo Município ou que não constam no cadastro;
2. Multiplicidade de produtos, usando unidades de medidas incomuns dificulta a definição
de uma medida correcta e justa da taxa que deve ser cobrada;
3. Ausência de rigor no preenchimento das senhas, retirando toda a utilidade e segurança
necessárias para efeitos de controlo;
4. A diferenciação de coloração das senhas facilita a sua falsificação;
5. Os custos de produção de senhas diferenciadas de coloração são elevadíssimos;
6. Os vendedores dos mercados argumentam, que a senha não tem importância recebendo
ou não a senha, o essencial é pagar o valor ao cobrador;
7. Na falta de fiscais, os cobradores desempenham também funções de fiscais de si
próprios.
3.6. Análise das diferentes tecnologias e plataformas possíveis
Tecnologia O que é? Vantagens Impacto
USSD Protocolo de ▪ Mecanismo flexível, de ▪ Pouco investimento
comunicação para baixo custo; necessário
troca de mensagens ▪ Oferece aplicações ▪ Integração com serviços
dispositivo versus baseadas em menu para terceirizados são facilmente
aplicações interativas facilitar a interação com integrados a um gateway
na rede. usuários; USSD.
▪ Independente do telefone ▪ Transformação da “Nuvem
ou SIM. Funciona em de telecomunicações” em
praticamente todos os “Nuvem de serviços”.
telefones GSM.
A aquisição de licenças para uso será dispensada para a utilização do sistema, através de
contractos referentes aos serviços SLA, onde serão definidos níveis de disponibilidade,
funcionalidade, desempenho e outros atributos relativos ao serviço, incluindo penalidades
para o caso de violação das regras por qualquer uma das partes.
4.1.1. Modelos de implantação
Devido as diversas abordagens de computação em nuvem existem variados modelos de
implantação disponíveis na literatura, porém os mais significativos na literatura são descritos
a seguir.
Para modelar a solução proposta foi necessário utilizar diversas ferramentas e tecnológicas
e adoptar diversos padrões como ilustra a tabela abaixo.
4.2. Ferramentas usadas para a construção do modelo
Ferramenta Finalidade
Astah Community Aplicação desktop usada para criação de diagramas
em notação UML.
Heflo BPM Usada para criação de processos de negócio,
automação de tarefas, fluxos de trabalho e outros
recursos.
UXPin Ferramenta de Design e documentação utilizada por
Designers UI e UX, para criar wireframes, protótipos
interativos e especificações funcionais para
aplicações web e mobile.
Asp.Net MVC É um framework para desenvolvimento de aplicações
web que segue os princípios do padrão Model-View-
Controller, adequado para projectos m que se
pretende separa, muito claramente, a camada das
regras de negócio da camada de apresentação.
MS Visual Studio 2017 Ambiente Integrado de Desenvolvimento de
aplicações.
Prioridade Descrição
Alta O requisito com este nível de prioridade tem que ser implementado obrigatoriamente, sem
este requisito o sistema não entra em funcionamento de maneira satisfatória. Este
requisito deve ser implementado primeiramente relativamente a um outro com prioridade
média ou baixa.
Média Se um requisito tem neste nível de prioridade significa que sem ele o sistema entra em
funcionamento, mas de forma não satisfatória os requisitos com prioridade média devem
ser implementados, porém se não forem, o sistema pode ser implantado e utilizado mesmo
assim.
Baixa Este nível de prioridade indica que o requisito não compromete as funcionalidades básicas
do sistema, isto é, sem ele o sistema pode funcionar de forma satisfatória. Requisitos com
esta prioridade podem ser deixados para versões posteriores.
O questionário concebido (em anexo) para o efeito continha hipóteses de resposta, para
permitir que as respostas às questões colocadas não fugissem muito daquilo que é o
objectivo de pesquisa. Era permitido que se respondesse para a mesma questão mais de
uma hipótese ou resposta.
Pelo que foi exposto na revisão de literatura, foi possível ter a compreensão de diversos
conceitos relacionados com o sector informal em Moçambique, como uma realidade
complexa e generalizada, o comércio informal ganha cada vez mais contornos maiores, e a
sua saída ou proibição não será a solução, haverá que se encontrar formas de conciliar a
sua coexistência com a forma comercial formal, o actual processo de cobrança de taxas no
Município de Maputo, revelam em geral, a fraca capacidade de geração de recitas próprias
e suficientes de cobrir as despesas de funcionamento, e baixa capacidade de exploração do
potencial existente nas autarquias.
No caso do Município de Maputo, não parece ter sido ainda possível encontrar o melhor
modelo de gestão destas infraestruturas de prestação de serviços, não existe segregação de
funções de cobrador e de fiscal, os sistemas de controlo da receita são muito frágeis, as
constatações do trabalho sugerem uma problemática de governação destes
empreendimentos que vai para além da não actualização do cadastro dos operadores de
comércio e das actividades praticadas, o uso de senhas duvidosas para a cobrança de
receitas, a falta de rigor na venda das senhas pelos cobradores de receitas e sobretudo falta
de fiscalização da actividade dos cobradores, demostram que o modelo de gestão actual não
cobre as despesas de funcionamento deste processo, o esforço de arrecadação apresenta
variações.
A inclusão social precisa de uma abordagem baseada em direitos, deveres e parceria entre
os trabalhadores e os governos locais, deve-se repensar radicalmente nos paradigmas de
planeamento urbano, e a solução deve ser contextualizada em parceria entre os governos
municipais dos actores em causa (operadores do sector informal).
6.4. Backup
A perda de dados ou informação numa organização pode causar danos irreparáveis e até
afectar a própria estrutura da organização. Neste âmbito recomenda-se implementar
políticas de backup a fim de garantir a recuperação de dados ou informação em caso de uma
falha no sistema (tanto hardware ou software), corrupção de algum arquivo de configuração
ou de utilizadores entre diversas outras situações que se podem citar.
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8. Anexos
Anexo A1: Elementos básicos de um Diagrama de Casos de Uso (UC)
Tabela A1-1: Elementos básicos de um Diagrama de Casos de Uso
Elementos do
Representação Significado
diagrama
Representa o contexto, o foco da análise, os limites do
sistema em causa. O que estiver dentro do rectângulo faz
Fronteira do parte do sistema em análise.
Sistema