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SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE

DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE


GERÊNCIA DE EPIDEMIOLOGIA

COMUNICADO – ARBOVIROSES 2019

Maringá, 14 de fevereiro de 2019

A Vigilância Epidemiológica do município de Maringá, ressalta que desde 2015, no País,


circularam pelo menos nove arbovírus patogênicos, destacando-se dentre eles os vírus da
Dengue e da Zika (Flaviviridae, gênero flavivírus) e o da Chikungunya (Togaviridae, gênero
alphavirus), transmitidas pelo Aedes aegypti, amplamente distribuído no Brasil. BRASIL
(2016).

Considerando a importância destas doenças para Saúde Pública e riscos e/ou sequelas geradas,
necessita-se de notificação obrigatória no momento da suspeita, conforme referenciado na
legislação vigente, PORTARIA DE CONSOLIDAÇÃO N° 4 DE 28 DE SETEMBRO DE 2017,
que define a Lista Nacional de Notificação Compulsória no território nacional;

Considerando e reforçando a necessidade da identificação de sorotipo circulante dentro do


Município, visto que ainda não há controle sobre o agravo DENGUE;

Considerando que MARINGÁ foi um dos municípios contemplados com a implantação da


vacina contra a Dengue no Estado do Paraná, necessitando de monitoramento dos pacientes
vacinados;

Considerando não esquecer que a Sorologia IgM só se manterá caso o paciente chegue com
suspeita clínica, a partir do 6º de início dos sintomas e que não seja vacinado;

Considerando que amostras coletadas antes desse prazo não serão aceitas pela Vigilância
Epidemiológica;

Considerando que o Município somente continuará a investigação se a notificação dos agravos


citados incluindo Febre Amarelo, for preenchida corretamente, a amostra coletada em data
oportuna com G.A.L. adequado (preenchimento correto) e encaminhamento da amostra ao
LEPAC;

Considerando a necessidade do diagnóstico das ARBOVIROSES, estabelece-se que as UPAS,


HOSPITAIS DA REDE PÚBLICA / PRIVADA e UBS deverão solicitar exame para pacientes
com suspeita de Dengue, Chikungunya, Zika vírus e Febre Amarela, RESPEITANDO o prazo
de coleta até o 5º dia do início dos sintomas para PESQUISA DE ARBOVÍRUS;

Considerando não esquecer que a Sorologia IgM só se manterá caso o paciente chegue com
suspeita clínica, a partir do 6º dia de início dos sintomas e que não seja VACINADO para
Dengue. Amostras coletadas antes desse período não serão aceitas pela Vigilância
Epidemiológica;

Considerando, pelo Ministério da Saúde (MS), a definição para os casos suspeitos de


Chikungunya com história de febre de início súbito, artralgia ou artrite intensa com início
agudo, não explicado por outras condições, que tenha viajado para outras áreas endêmicas ou
epidêmicas até 14 dias antes do início dos sintomas;

Considerando gestantes que sofrem com febre de Chikungunya no período perinatal podem
transmitir o vírus aos recém-nascidos por transmissão vertical. A taxa de transmissão, neste
período, pode chegar até 85% (quando ocorrem de quatro a cinco dias antes do parto)
resultando em formas graves dos neonatos em 90%;

Considerando gestantes com suspeita de Zika, em qualquer idade gestacional, com doença
exantemática aguda, excluídas outras hipóteses de doenças infecciosas e causas não infecciosas
conhecidas;

Considerando sobre a ocorrência de feto com alterações do S.N.C possivelmente relacionada a


infecção pelo vírus Zika durante a gestação; aborto espontâneo decorrente de possível
associação com infecção pelo vírus Zika, durante a gestação; aborto espontâneo de gestante
com relato de exantema durante a gestação; natimorto decorrente de possível infecção pelo
vírus Zika durante a gestação e recém-nascido vivo com microcefalia possivelmente associada
à infecção pelo vírus Zika, durante a gestação;

Considerando que o PCR para detecção de Febre Amarela foi incluído no painel de pesquisas
para Arbovírus. A coleta de amostras deverá ser realizada em períodos oportunos a partir do
início dos sintomas e em recipiente adequado;
ANEXOS

ANEXO – 01 OFÍCIO 1646/2018

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE


DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE
GERÊNCIA DE EPIDEMIOLOGIA
ESTADO DO PARANÁ

Maringá, 25 de junho de 2018

Ofício 1646/2018

Considerando a importância da agilidade no controle dos casos suspeitos de DENGUE no


município de Maringá e com o objetivo de cooperar com outros municípios, dos quais, os
pacientes vêm procurar atendimento em nossos serviços privados e SUS. Vimos reiterar a
necessidade da informação através do “AGILIZA DENGUE” de todos os pacientes atendidos
com suspeita deste agravo nos serviços de saúde do município.
Atualmente estas informações já são enviadas em planilha para o e-mail
agilizadengue@maringa.pr.gov.br.
A partir desta data a mesma planilha deverá ser enviada no final do dia com cópia para o e-mail
scvge15rs@sesa.pr.gov.br 15ª Regional de Saúde, para que os municípios de residência fora de
Maringá tomem conhecimento o mais rápido possível sobre os casos suspeitos atendidos em
Maringá e com essa informação possam implementar o trabalho de bloqueio dos focos de
infestação Aedes aegypti nos endereços destes pacientes.
Na planilha deve constar, obrigatoriamente preenchido, os campos de:
Semana Epidemiológica de Notificação de acordo com Calendário Epidemiológico
Data da Notificação
Data do início dos sintomas
Nome do paciente (não abreviar sobrenomes)
Município de residência
Nome do bairro
Nome da rua
Número da casa
Pelo menos um número de telefone de contato
Observações importantes a destacar
Certos de contar com vossa compreensão, nos colocamos à disposição para
orientações que julgarem necessárias.
ANEXO 02 – SINAIS E SINTOMAS / DENGUE / CHIKUNGUNYA E ZIKA VÍRUS

Frequência de sinais e sintomas mais comuns de infecção pelo vírus Zika em


comparação com a infecção pelos vírus da Dengue e Chikungunya, segundo
observações da Universidade Federal de Pernambuco, até dezembro de 2015.

Sinais/Sintomas Dengue Zika Chikungunya


Sem febre ou subfebril
Febre alta > 38°C (2-3
Febre (duração) Acima de 38°C (4 a 7 dias) < ou igual 38°C (1-2
dias
dias subfebril)
Dor nos músculos
+++/+++ ++/+++ +/+++
(Frequência)
Dor na articulação
+/+++ ++/+++ +++/+++
(frequência)
Intensidade da dor
Leve Leve/Moderada Moderada/Intensa
articular
Edema da Frequente e leve Frequente e de
Raro
articulação intensidade moderada a intenso
Conjuntivite Raro 50-90% dos casos 30%
Cefaleia
(Frequência e +++ ++ ++
intensidade)
Prurido Leve
Moderada/Intensa Leve Moderada/Intensa Leve
Leve
Hipertrofia
ganglionar Leve Intensa Moderada
(frequência)
Discrasia
hemorrágica Moderada Ausente Leve
(frequência)
Acometimento Mais frequente que Raro (predominante em
Raro
Neurológico Dengue e Chikungunya Neonatos)

Fonte: Carlos Brito – Professor da Universidade Federal de Pernambuco (atualização em


dezembro/2015)
ANEXO 03 – MANEJO CLÍNICO DENGUE

Disponível em: <http://www.saude.sp.gov.br/resources/ccd/materiais-de-comunicacao/dengue/


fluxograma_classificacao_de_risco_e_manejo_clinido_do_paciente.pdf> Acesso em 24 de outubro de
2018.
ANEXO 04 – FLUXOGRAMA DE ATENDIMENTO PARA DENGUE – UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE (UBS)
ANEXO 05 – FLUXOGRAMA DE ATENDIMENTO PARA DENGUE– UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTOS (UPA)
ANEXO 06 – FLUXOGRAMA DE ATENDIMENTO PARA DENGUE – REDE PRIVADA DE ATENDIMENTO
ANEXO 07 – FLUXOGRAMA DE ATENDIMENTO PARA CHIKUNGUNYA – UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE (UBS)
ANEXO – 08 FLUXOGRAMA DE ATENDIMENTO PARA CHIKUNGUNYA – UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO (UPA)
ANEXO – 09 FLUXOGRAMA DE ATENDIMENTO PARA CHIKUNGUNYA – REDE PRIVADA DE ATENDIMENTO
ANEXO – 10 FLUXOGRAMA DE ATENDIMENTO PARA ZIKA VÍRUS NAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE – UBS
ANEXO – 11 FLUXOGRAMA DE ATENDIMENTO PARA ZIKA VÍRUS NAS UNIDADES DE PRONTO ATENDIMENTO – UPA
ANEXO – 12 FLUXOGRAMA DE ATENDIMENTO PARA ZIKA VÍRUS NA REDE PRIVADA DE ATENDIMENTO
ANEXO 13 – FLUXO DE COLETA DE EXAMES PARA CASO SUSPEITO DE FEBRE
AMARELA REPASSADO PELA 15° REGIONAL DE SAÚDE / 2019
ANEXO 14 – PLANILHA DE SOLICITAÇÃO DE INSUMOS AO LABORATÓRIO DO HOSPITAL MUNICIPAL DE MARINGÁ THELMA VILLANOVA KASPROWICZ

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