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"Kabbalah" é uma filosofia esotérica que visa conhecer a Deus e o Universo, sendo afirma-
do que nos chegou como uma revelação para eleger santos de um passado remoto, e reservada
apenas a alguns privilegiados.
Desde o final do século XIX, com o crescimento do estudo da cultura dos Judeus, a Kabbalah
também tem sido estudada como um elevado sistema racional de compreensão do mundo, mais
que um sistema místico. Um pioneiro desta abordagem foi Lazar Gulkowitsch.
O primeiro livro na Kabbalah a ser escrito, existente ainda hoje, é o Sefer Yetzirah ("Livro da
criação"), escrito por Abraão, o pai das religiões cristãs. Os primeiros comentários sobre este
pequeno livro foram escritos durante o século X, e o texto em si é citado desde o século VI. Sua
origem histórica não é clara. Como muitos textos místicos Judeus, o Sefer Yetzirah foi escrito de
uma maneira que pode parecer insignificante para aqueles que o leem sem um conhecimento
maior sobre o Tanakh (Bíblia Judaica ,equivalente ao Antigo Testamento) e o Midrash.
Outra obra muito importante dentro da cabala é o Bahir ("iluminação"), também conhecido
como "O Midrash do Rabino Nehuniah ben haKana". Com aproximadamente 12.000 palavras.
Publicado pela primeira vez em 1176 em Provença, muitos judeus ortodoxos acreditam que o
autor foi o Rabino Nehuniah ben haKana, um sábio Talmúdico do século I. Historiadores mostra-
ram que o livro aparentemente foi escrito não muito antes de ter sido publicado.
Desde esses tempos, trabalhos Cabalísticos ganharam uma audiência maior fora da comuni-
dade Judaica. Assim versões cristãs da Cabala começaram a desenvolver-se; no início do século
XVIII a cabala passou a ter um amplo uso por filósofos herméticos, neo-pagãos e outros novos
grupos religiosos. Hoje esta palavra pode ser usada para descrever muitas escolas Judaicas, Cristãs
ou neo-pagãs de misticismo esotérico. Leve-se em conta que cada grupo destes tem diferentes
conjuntos de livros que eles mantem como parte de sua tradição e rejeitam as interpretações de
cada um dos outros grupos.
Nefesh - A parte inferior ou animal da alma. Está associada aos instintos e desejos corporais.
Ruach - A alma mediana, o espírito. Ela contém as virtudes morais e a habilidade de distin-
guir o bem e o mal.
Neshamah - A alma superior, ou super-alma. Essa separa o homem de todas as outras
formas de vida. Está relacionada ao intelecto, e permite ao homem aproveitar e se beneficiar da
pós-vida. Essa parte da alma é fornecida tanto para judeus quanto para não-judeus no nascimen-
to. Ela permite ao indivíduo ter alguma consciência da existência e presença de Deus.
A Raaya Meheimna, uma adição posterior ao Zohar por um autor desconhecido, sugere que
haja mais duas partes da alma, a chayyah e a yehidah. Gershom Scholem escreve que essas
"eram consideradas como representantes dos níveis mais elevados de percepção intuitiva, e estar
ao alcance somente de alguns poucos escolhidos".
Gnosticismo e Kabbalah
A literatura gnóstica dá testemunho da antiguidade da Cabala. Gnosticismo — isto é, a
"Hochma" cabalística (em hebraico, "sabedoria") e a Sophia gnóstica (em grego "sabedoria") -
parece ter sido a primeira tentativa por parte dos sábios judeus em fornecer uma tradição mística
empírica, com ajuda de ideias Platônicas e Pitagóricas, um retorno especulativo.
Doutrinas Místicas nos Tempos do Talmude Nos tempos do Talmude os termos "Ma'aseh
Bereshit" (Trabalhos da Criação) e "Ma'aseh Merkabah" (Trabalhos do Divino Trono/Carrua-
gem) claramente indicam a vinculação com o Midrash nestas especulações; elas eram baseadas
em Gen. i. e Ezequiel i. 4-28; enquanto os nomes "Sitre Torah" (Talmude Hag. 13a) e "Raze
Torah" (Ab. vi. 1) indicam seu caráter secreto. Em contraste com a afirmação explícita das Escri-
turas que Deus criou não somente o mundo, mas também a matéria da qual ele foi feito, a opinião
é expressa em tempos muito recentes que Deus criou o mundo da matéria que encontrou disponí-
vel — uma opinião provavelmente atribuída a influência da cosmogênese platônica.
Spinoza devia ter esta passagem em mente quando disse que os antigos judeus não separavam
Deus do mundo. Esta concepção de Deus pode ser panenteísta. Isto também postula a união do
homem com Deus; ambas as ideias foram posteriormente desenvolvidas na Kabbalah mais recente.
Até em tempos bem recentes, teólogos da Palestina e de Alexandria reconheceram dois atri-
butos de Deus: o atributo da justiça ("middat ha-din") e o atributo da misericórdia ("middat ha-
rahamim") (Midrash Sifre,Deut.27): Este é o contraste entre misericórdia e justiça, que é uma
doutrina fundamental da Cabala.
Moderna e contemporânea
A Kabbalah tem crescido a partir do século XVI, com o Rabino Itzhak Luria, conhecido
como Ari ( "O Leão"). Ele oferece, em seu livro Etz Chaim (Árvore da Vida) uma explicação
aprofundada das dez sefirot , e as explicações sobre o livro do Zohar (incluindo Idra Rabba).
A partir deste período, muitos cabalistas incentivaram o estudo da Cabala, como relatou o
rabino Azulai Orh Hashemesh em seu livro, "A proibição estabelecida no aprendizado da Kabbalah
foi um tempo limitado, até 1490. Desde 1540, é necessário incentivar todos os interessados no
livro do Zohar, porque só estudando o Zohar que a humanidade alcançará a redenção espiritual,
e, portanto, não é proibido estudar Kabbalah. "
Assim também diz o rabino Yehuda Levi Ashlag, cabalista do século XX: "Não há outro
caminho para a população em geral conseguir alguma elevação espiritual e redenção a não ser com
a aprendizagem da Cabala. Este é o método mais fácil e mais acessível"
Dualidade Cabalística?
Embora Kabbalah apresentar a Unidade de Deus, uma das críticas mais graves e persistentes
é que ela pode promover o dualismo, a crença de que há uma contraparte sobrenatural de Deus. O
sistema dualista afirma que existe um poder bem contra um poder maligno. Existem dois modelos
principais de gnóstico-cosmologia dualista: a primeira, que remonta a Zoroastrismo, acredita que
a criação é ontologicamente dividido entre as forças do bem e do mal, a segunda, encontrada em
grande parte greco-romana como ideologias Neo-platonismo, acredita que o universo conhecia
uma harmonia primordial, mas que uma perturbação cósmica resultou um segundo, o mal, a di-
mensão da realidade. Este segundo modelo influenciou a cosmologia da Cabala.
De acordo com a cosmologia cabalista, as dez sefirots correspondem a dez níveis de criação.
Estes níveis da criação não deve ser entendidos como dez diferentes "deuses", mas como dez
maneiras diferentes de revelar Deus, um por nível. Não é Deus que muda, mas a capacidade de
perceber Deus que muda.
A Cabala “Hermética”, como é muitas vezes denominada, provavelmente alcançou seu apo-
geu na “Ordem Hermética do Alvorecer Dourado” (Hermetic Order of the Golden Dawn), uma
organização que foi sem sombra de dúvida o ápice da Magia Cerimonial (ou dependendo do
referencial, o declínio à decadência). Na “Alvorecer Dourado”, princípios cabalísticos como as
dez emanações (Sephirah) foram fundidas com deidades gregos e egipcios o sistema Enochiano
da magia angelical de John Dee, e certos conceitos (particularmente Hinduístas e Budistas) da
estrutura organizacional estilo esotérico - (Maçônica ou Rosacruz).
Muitos rituais da Alvorecer Dourado foram expostos pelo lendário ocultista Aleister Crowley e
foram eventualmente compiladas em formato de Livro, por Israel Regardie, autor de certa notoriedade.
Crowley deixou sua marca no uso da Kabbalah, em vários de seus escritos; destes, talvez o
mais ilustrativo seja Líber 777. Este livro é basicamente um conjunto de tabelas relacionadas: às
várias partes das cerimônias de magias religiosas orientais e ocidentais; a trinta e dois números
que representam as dez esferas e vinte e dois caminhos da Arvore da Vida Cabalística.
Cabala Qliphótica
Desenvolvida a partir da Kabbalah Hermética, a Cabala Qliphótica é o foco da assim cha-
mada Cabala Draconiana, que aborda também as forças consideradas sinistras do universo e do
homem (o subconsciente). Tem sido por muito tempo uma matéria renegada pela maioria dos
cabalistas e ocultistas e, por isto, pouco compreendida. A Cabala Draconiana procura estudar a
Luz e as Trevas em vários níveis da constituição humana e cósmica, sendo um sistema cabalístico
muito prático que envolve a Magia Sexual, ritualística, meditações sombrias, invocações e evoca-
ções, etc. Seu escopo está no trabalho com as Qliphoth, ou as Sephiroth reversas, o outro lado da
Árvore da Vida.
Descrição
O 32º Caminho é o da INTELIGENCIA ADMINISTRATIVA, e é chamado assim porque dirige
e assocía o movimento de 7 planetas, requisitando a todo eles em seus próprios cursos.
O 32º Caminho de Malkuth a Yesod, é a primeira etapa da senda da flecha e da Iluminaçao.
O Caminho da Iniciação segue as espirais da Serpente da Arvore da Vida, mas a senda da Iluminaçao
segue a direção da flecha disparada pelo Arco da Promessa, Quesheth, o Arcos Iris de cores astrais
que se extendem como un halo por trás de Yesod.
Este é o Caminho que leva ao mundo subterraneo do psiquismo, do inconsciente. A psico
análise que induz a introversão, é uma das portas que abre o conhecimiento as profundidades do
mundo interior.
No inconsciente existe o aspecto do inferior, negativo, animal, enfim, tudo o que o homem
tem da pessoa de vícios, o anti-social e criminal; um jogo das tendências não aprovada pelo Eu,
que se chama sombra ( máscara). A sombra é então uma personalidade interna que força o cons-
ciente para cometer um ato perigoso. Uma das tendências da sombra é a projeção, que consiste em
atribuir ao outro as faltas e desejos não sociais. A sombra é o Eu oposto e trabalha no nível do
pessoal inconscientes necessidades a ser compreendida e transmutada. Mas inconsciente não é
simplesmente o revestimento dos detritos do consciente; também trava acima algo mais profundo
do que pode ser construtivo dentro do grau extremo. Inconsciente é a matriz do consciente e nele
nós devemos procurar os germes das possibilidades novas de vida. Para essa razão o 32º caminho
é o da regeneração, então nele nós aprendemos dominar a todas as circunstâncias internas e seus
efeitos externos, a ilusão dos cinco sentidos e a tirania dos elementos da natureza simbolizada
pela cruz dos braços iguais.
O chakra mundano de Malkuth, Cholem-Ha-Yesodoth,
esfera dos quatro elementos, se refere aos quatro elementos
naturais que devem ser superados antes de chegar em Yesod, a
esfera da lua, chave da Magia; não a magia que se refere ao
sentido vulgar a ela atribuído, mas à arte para produzir
voluntàriamente mudanças no consciente. Então, todo aquele
que se propõe realmente a modificar suas condições internas
negativas e consequentemente as circunstâncias externas, es-
tará recorrendo a 32ª senda.
A dança triunfante é a síntese das verdades absolutas. Com as hastes na mão, a mulher
simboliza o domínio do mistério do binário. Luta com as forças astral representada pela serpente
mordendo a cauda, formando um círculo que protege a bailarina no centro.
O título deste Arcano, é o Grande Uno da Noite do Tempo, que dá teoría a este Caminho,
sintetizando a união com o Grande Uno - Deus; a iniciaçao de Malkuth que é a experiencia
espiritual desta esfera, a Conversação com o Santo Anjo Guardião, é o começo da realização da
Unidade com Deus.
Shin
Título: a deusa emergente.
Inteligência: Inteligência Perpétua.
Posição: Une as Sephiroth Hod a Malkuth.
Significado: dente.
Valor Gematrico: 300.
Anjo: Michael.
Qliphoth: Shalicu.
Runa: Kano.
Cor: Vermelho.
Incenso: olibano.
Animais: leão.
Seres lendários: salamandras, esfinge.
Pedras: opala de fogo.
Plantas: hibisco, nettle.
Árvore: macieira, carvalho.
Correlação: Fogo.
Arcano do tarot: O Julgamento.
Correspondência no corpo humano: órgãos circulatórios.
Doenças: febres, insanidade.
Poderes Magickos: evocação, piromancia.
Símbolo Mágicko: varinha, lâmpada, pirâmide, capa.
Rituais: conhecimento de encarnações passadas, evolução cultural.
Descrição
O 31º Caminho é à INTELIGÊNCIA PERPETUA, mas por que ele é chamado assim? Porque
regula os movimentos do sol e da lua na sua própria ordem, cada uma em sua própria órbita.
O estudo da ciência natural que se ocupa da classificação dos caracteres físicos dos grupos
humanos e do etnologia, conferem uma abertura à melhor compreensão deste caminho, pois o
temperamento humano se identifica então com estes aspectos.
De Malkuth, o reino dos elementos, o mago vai ao encontro de Hod, sua tesouraria das
imagens, pensamentos, formulários, domínios sobre a mente com discernimento seletivo. O gru-
po inconsciente encerra aspectos desta Tesouraria das imagens isso vai além da experiência indi-
vidual e são resultantes das experiências dos ancestrais da espécie humana; produzem nas reações
psicológicas do homem de conformidade com normas pré-existentes, de escolha acima preceden-
te ao consciente. Sendo instintivas tem um sabor original, não preso ao condicionamento sensori-
al e podendo revelar coisas não conhecidas ao intelecto pessoal.
Binah, esfera das ideias abstratas, se concretiza en Hod, que é a esfera do pensamento inte-
lectual puro da mente concreta.
Mercurio é o chakra mundano de Hod cujas condições
adversas promoven a instabilidade no mundo mental.
Do profundo e misterioso bem do conhecimento, o iniciado retira a agua que mitiga sua sede
de sabedoría.
É por meio da mente que podemos voltar ao verdadeiro Caminho. A mente não tem finalida-
de em sí mesma, a não ser que suas raízes estejam unidas em Hesed, mente abstrata, cujos concei-
tos são representados por meio de símbolos.
Resh
Título: o sol brincalhão.
Inteligência: Inteligência Coletiva.
Posição: Une as Esferas Hod a Yesod.
Significado: cabeça.
Valor Gematrico: 200.
Anjo: Raphael.
Qliphoth: Raflifu.
Runa: Sowelo.
Cor: Laranja.
Incenso: canela.
Animais: leão, águia.
Seres lendários: will´o´wisp.
Pedras: jacinto amarelo.
Plantas: girassol, laurel.
Árvore: bay.
Correlação: Sol.
Arcano do tarot: O Sol.
Correspondência no corpo humano: sistema circulatório.
Doenças: problemas circulatórios.
Poderes: ganhos e prosperidade.
Símbolos: lamen, talismãs.
Rituais: o estudo da personalidade.
Descrição
O 30º Caminho é o da INTELIGÊNCIA COLETIVA E os astrólogos deduzem por meio
dela o juizo das estrelas e dos signos celestiais e desemvolvem suas ciencias de acordo com as
regras do movimento das estrelas.
O 30º Caminho é o que une a Visão da Mecanica do Mundo com a Visão do Esplendor; liga
a mente inconsciente de Yesod com a mente concreta de Hod.
A natureza emocional da esfera de Yesod, do nivel psíquico da Arvore da Vida sob a influen-
cia lunar, por tanto receptiva e refletora, neste Caminho recebe reflexos intelectuais emanados
dos processos mentais de Hod.
A letra de Resh, que significa a cabeça e o todo próprio movimento, auto-iniciado, com esponta-
neidade, é a chave deste Caminho do raciocínio do intelectualizado. Simboliza o fogo e encerra em
sentido hieroglífico a facilidade de sentir, querer e pensar, porque é a reflexão e a repetição.
Um outro atributo deste Caminho é o sol que encerra seu significado Espiritual. A influência
psicológica do sol se manifesta neste Caminho como princípio da vida, luz e radiação. Estando em
conexão com a consciência, o conhecimento da individualidade, do sublime e esplendoroso, ani-
ma no caminhante os mais elevados níveis de espiritualidade. O sol representa a maior expressão
do Eu superior, desperta a força criativa, a autoconfiança e a liderança. Os aspectos desequilibra-
dos do sol aparecem nesta senda como arrogância, egoísmo, covardia e esterilidade. O sol é a
representação aparente da fonte da vida, que pode ser caracte-
rizado pela mão direita levantada, mostrando a palma. A pró-
pria vida leva à morte, em uma repetição eterna dos ciclos. So-
mente o conhecimento, a sabedoria, é o que faz o homem livre.
Hod está relacionado con Hesed, recebendo grandes forças desta esfera. O melhor do conheci-
mento de Hod, o Templo da Agua, é onde se refletem as mais elevadas imagens abistratas de Hesed.
O 19º Arcano tem como título esotérico: Senhor do Fogo do Mundo, de onde emana as
forças da Vida, Luz e Amor sobre a humanidade. Este Arcano resume a teoría do 30º Caminho.