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Review — Qabalah, Qliphoth e Magia Goetica by Thomas Karlsson

Bom abaixo vamos ter minhas impressões, sobre capitulos e storytelling que o karlsson usou em seu
livro. Lembrando que nao sou nenhum jornalista ou critico de literatura, sou um magista mesmo.

[AVISO DE SPOILER] — se vc não leu e nao curte ler sobre a obra, pega seu livro primeiro, depois vc volta
aqui pra debatermos!

As impressoes nos primeiros capítulos e a contextualização sobre a própria árvore da vida o Karlsson tem
uma narrativa confusa e sob camadas.

Ele não pareceu seguro se Saturno estaria mais ligado a Daath ou Binah

Outro ponto importante que ele traz muita luz é sobre Samael ser o sol negro na formação da antiga
árvore tomando posse de Daath e Miguel representando o sol amarelo em Tiphereth

Confesso que até aqui fico curioso pra saber como ele vai transformar esse Sol Negro de Samael em sua
contraparte Hod , sendo o veneno de Deus !

Outro ponto bem interessante da narrativa é Daath seria o fruto que o homem come no mito do Paraíso.

O caminho da mão sequer da glorifica a tal queda e em vez de fazer o reparo nela, Karlsson propõe que
sigamos em nos tornarmos um Deus de forma mais árdua no caminhar

Que ao invés de nos fudermos em subir a árvore da vida a proposta é que consumamos os frutos da
mesma e criemos nossas próprias raizes e árvore.

Ainda sobre a queda Lilith se esconde em Daath na árvore da vida e acaba se abrigando na Qlipha em
oposição a Malkuth
Talvez a visão gráfica da árvore da morte esteja equivocada e faça mais sentido ver ela por outro ângulo
como nos desenhos 1 ou desenho 2

Desenho 1 — Elucidaçao sobre as Arvores ( da Vida e Qliphotica)

Trees as steps by Mabi

kings of Edon

Mas ao analisar que na queda caem os 288 pedaços das sephirot e compreendemos que os pedaços vão
se juntando podemos então compreender a não linearidade do espelhamento da árvore da vida. Pois
essas fagulhas caem em formato desordenado.

Quando ele começa a apresentar o termo Shekinah começa a dar um sono pela falta de clareza e
concordância em três Qabalistas. Mas acelera na leitura dinâmica e passa por isso!

Em seu capítulo que contextualiza a Árvore do conhecimento temos um ensaio que ele imerge na ideia
do Joseph Gikatilla, que a serpente atuava como parte do Deus , como força da natureza nos limites do
paraíso. Como função de Geburah

Conversando com R G, consegui constatar alguns pontos de Qabalistas tradicionais q discordam de todos
os pontos trazidos pelo Karlsson, me mostrando um lá nova perspectiva do tema e visão sobre a
construção, queda e possibilidade de outra Árvore.

Em seu capítulo iniciação Qliphotica, ele traz um incrível resumo sobre os trabalhos com Qliphoth, dos
que eu já fiz da Asenath Mason ( Ascending Flame).

Em seu capítulo sobre a Qlipha de Lilith ele nos traz a Fórmula pra se entoar e se acessar está Qlipha.

Quando ele trata da Qlipha Gamaliel ele traz consigo os seres que pertencem a esse local, como
deidades fálicas e até a Grande Deusa Hecate!

Na Qlipha de Samael, uma das que tenho mais afinidade pelo meu gênio. Ele descreve o convite que
esse local nos faz a largar mão de valores éticos e morais e dar lugar a valores estéticos e criativos pra
assim romper alguns grilhões da sociedade comum! Ou quem sabe imergir na insanidade!

Em Arab Zaraq ele descreve o Batismo e a função dos corvos na jornada dessa Qlipha. Transformando os
exercícios e práticas da Ascending Flame num momento muito mais profundo. Pois sempre me disseram
que esse livro não há práticas, mas eu vejo que não souberam entender e transformar os enunciados
sobre cada Qlipha em uma prática incrível. Bastando apenas um pouco de criatividade do renascimento
em Samael!

Em Thagirion a contraparte de Tiphereth, onde se alcança a iluminação no culto solar, nesta Qlipha
definitivamente no meu contexto é onde se desperta o poder máximo com o seu Self, ou no meu caso a
completa Simbiose com meu Exú tutelar.

Gha’agaheblah é a face diante do abismo onde deixamos para trás todas nossas vestes e lidamos com a
queda e dissolução no abismo. Podendo ou não transmutar a energia de morte (Thanatos) em energia
de vida ( Eros) e fazer nascer algo novo. Lembrando que aqui Astaroth pode ou não lhe contar mistérios
da Queda sua e dos anjos!

Em Satariel ele parece não ter muita clareza dessa Qlipha ou querer ocultar suas associações trazendo
elementos e misturando ela mto a Binah. Porém no finalzinho ele traz um relato mto forte do que
acontece com o adepto que supera esse lugar , a experiência de Drakon( ver) .

Ghagiel o local do Deus Fálico, como o Shiva Lingam. Que ao abrir seu terceiro olho o universo se desfaz.
Governado por Beelsebel o deus Finicio “Senhor dos Senhores”. O Magista está pronto pra sacudir sua
varinha e recriar seu próprio universo.

Thaumiel , o Deus Gêmeo. Nesse lugar o magista vê buraco necro se abrindo no universo A e sendo
destruído por Satanás e vê Moloch abrindo o universo B para a construção por esse magista q deixa de
ser Criatura e vira Criador!
Concluindo assim o objetivo final nesta jornada de Caminho da mão esquerda.

Em suas invocações Qliphoticas vc sai correndo achando que isso vai te levar a lugares beeem distantes,
mas vc com este livro só consegue visitar até Baal. Adiante ele deixa bem claro que o magista precisa de
acompanhamento por serem abstratas demais. Ainda falando do teor dessas invocações, eu não sou mto
ligado a magia cerimonial mas aviso , pra uma boa gnose procure fazer em Dupla!!!

Chegando ao capítulo de Túneis Qliphoticos ele me apresenta Thantifaxath, onde explica seres que ali
habitam e confesso ter ficado surpreendido com os detalhes dos seres e como eles praticam. Além disso
ele da um prática de visualização bem profunda e extensa q tbm recomendo ou gravar sua voz ou fazer
em Dupla e novamente diz que pra membros da Dragon Rouge existe as demais 21 práticas , além de um
extra .

Thantifaxath Gamaliel Lilith

Thantifaxath Gamaliel-Lilith

Logo após isso confesso que o livro me causou uma grande quebra de expectativa, mas sigamos

No próximo capítulo ele traz com toda força uma contextualização de Goetia e logo após sobre o
Grimorium Verum.

E ele segue ao próximo capítulo falando do livro que deu Origem a sua Ordem o “Le Dragon Rouge”.

A seguir ele da uma boa descrição e selo dos 72 demônios goeticos, alem de práticas desde rituais como
meditações bem intensas, mas não se apegue por ter apenas uma use o meta modelo e faça as suas se
tiver interesse. A propósito ele fala muito sobre coisas correspondente ao demônio e isso vc pode
consultar no Liber 777.

Em seu epílogo ele vai em outra contradição, que Ain seria atemporal, sendo que em sua obra por duas
vezes ele contextualiza sobre a temporalidade de Ain.
Bom em resumo, achei no minimo curioso como ele é repetitivo em alguns vicios de linguagem dele
como "Sitra Ahra, o outro lado" que vc até se cansa de ler, e decepcionado pelas "Amostras Grátis" que
ele deu quando o assunto começou a ficar bom. Dando uma incrível percepção de ele apenas estar
usando o livro como awareness para a Dragon Rouge.

Um ótimo livro pra quem não quer perder muito tempo da vida lendo sobre Qabalah, pois o Karlsson
traz o conceitos de várias pessoas do assunto e pra explicar seu tema ele contextualiza muito bem.

Pra quem procura um livro extremamente prático recomendo que procure o Cabala Draconiana , ou site
Ascending Flame da Asenath Mason.

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