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Sistema Brasileiro de Classificação do Solo:

A classificação de solos usada no Brasil foi atualizada em


atualizada em 2018.
No sistema brasileiro os solos são divididos em 13 classes a
nível e ordem.

O sistema admite 6 níveis categóricos ou hierárquicos: Ordem,


subordem, grande grupo, subgrupo, família e série.

O SiBCS leva em consideração as características morfológicas,


os atributos e os horizontes diagnósticos, ou seja, para o
enquadramento das classes de solo, foi necessário definir os
atributo e horizontes-diagnósticos.
Nomenclatura das classes do 1º nível - Ordem
Primeiro nível categórico: Elemento formativo + solo
Classe Elemento Formativo Termo de memorização

Argissolo Argi - lat argilla Acumulação de argila – B textural


Cambissolo Cambi - lat cambiare Mudar, Trocar – B incipiente
Chernossolo Cherno - russo cherm = preto Preto, rico em bases – A chernozêmico
Espodossolo Espodo-greg Spodo =cinza vegetal MOS+ Al iluvial - B espódico
Gleissolo Glei - russo - glay - solo pastoso Horizonte Glei - Redução - excesso de água
Latossolo Lato - lat - Lato - muito alterado intemperizado– B latossóilico

Luvissolo Luvi - lat luere - lavar Arg. Iluvial, alta V% e Ta


Neossolo Neo - greg - neo - novo solos com pouco desenv. pedogenético
Nitossolo Nito - latim - nitidus - brilhante Brilhante na superf dos agregados – B nítico
Organossolo Organo - lat - organicus muita MOS - Horizonte O ou H
Planossolo Plano - lat - planus - Plano solos de planíie ou depressões com
encharcamento - B Plânico
Plintossolo Plinto- greg - Plithus - tijolo H. Plíntico, concreci. ou litoplíntico
Vertissolo Verti - lat Vertere” (virar) H. Vértico - 2:1 - contrção e expansão
Principais ordens de solos no
Sistema Brasileiro de
Classificação

Latossolos
Solos constituídos por
material mineral, com
horizontes B latossólico
imediatamente abaixo de
qualquer um horizonte
diagnóstico superficial, exceto
H hístico.
Foto: Norberto Cornejo Noronha
Latossolos
Latossolos

Foto: Norberto Cornejo Noronha


Latossolos

Foto: Norberto Cornejo Noronha


Latossolos

Foto: Norberto Cornejo Noronha


Latossolos

No B: estrutura granular (acima) e/ou blocos


subangulares fraca ou moderada

Processo – Ferralitização

Horizontes: A – Bw - C

Profundo
Latossolos Potencialidades
Mecanização: fácil preparo;
Grande profundidade;
esboroa-se com facilidade;
Muito poroso;
Bem drenados;
Pouco pedregoso

Limitações
Baixa fertilidade,
Grande capacidade de fixação de P (os
oxídicos),
Pode apresentar baixa capacidade de
retenção de água (em solos de textura média
com baixo teor de argila). Os de textura
média menos argilosos podem ser
suscetíveis à erosão. Latossolos Amarelos
de textura muito argilosas podem apresentar-
Foto: Norberto Cornejo Noronha se muito coesos quando secos (duros).
Latossolos

Foto: Norberto Cornejo Noronha Foto: Norberto Cornejo Noronha


Latossolos

Foto: Norberto Cornejo Noronha Foto: Norberto Cornejo Noronha


Latossolos

Foto: Norberto Cornejo Noronha


Latossolos

Foto: Norberto Cornejo Noronha


Latossolos

Foto: Norberto Cornejo Noronha


Argissolos

• Solos constituídos por material


mineral, com argila de atividade
baixa ou Ta com V% baixa e/ou
caráter alumínico e horizonte B
textural, imediatamente abaixo
de qualquer um horizonte
diagnóstico superficial, exceto H
hístico.

Fonte da figura: Argissolo mesoálico textura arenosa /


média.http://www.pedologiafacil.com.br/curiosidade.p
hp
Argissolos

Principalmente

Pode ocorrer ainda em

Fonte da figura:Argissolo mesoálico textura arenosa /


média.http://www.pedologiafacil.com.br/curiosidade.php
Argissolo

Foto: Norberto Cornejo Noronha


Argissolos

Estrutura no horizonte B = Blocos (mais


comum). Pode se apresentar sem estrutura
(maciço)

Processo: Argiluviação com migração de


argila do da parte superficial para a
subsuperficial

Horizontes: A- Bt – C; A – (E) - Bt – C;
Fonte da figura: Manual técnico de pedologia IBGE
A – (E/Bt) – Bt - C

Profundidade variável: profundo a pouco profundo


Argissolos
Potencialidade
Pouco a não pedregoso;
Retenção de água no horizonte Bt
(importante em estações secas)

Limitações
Na maioria pouco fértil;
Permeabilidade diferenciada entre os
horizontes A (ou E) e Bt + relevo
ondulado = Suscetibilidade à erosão;
Horizonte B às vezes pouco
Argissolo Amarelo - PAe - 1 Aula de Pedologia Hélio do
penetrável às raízes; Cuidados na
Prado/Fonte da mecanização; Os mais argilosos,
figura:http://www.panoramio.com/photo/58336489
ricos em Al com Ta têm maior poder
tampão, onerando a correção e
fertilização. Os Argilosos textura
mais argilosa a partir da superfície
são de difícil preparo.
Cambissolos
• Solos constituídos por material
mineral, com horizonte B
incipiente, imediatamente
abaixo de qualquer um horizonte
superficial.
• Pedogênese pouco avançada
evidenciada pelo desenvolvimento
de estrutura do solo, ausência ou
quase ausência da estrutura da
rocha (estrutura de rocha em mais
que 5 % do volume do Bi).
• Bi com croma mais forte, matizes
mais vermelhos ou conteúdo de
argila mais elevados que os
horizontes subjacentes.
Cambissolo
Relevo Variável

Pode ocorrer ainda em


relevo plano e suave
ondulado
Cambissolos
Bi com estrutura variável:
Blocos, granular, prismática e
pode ser ainda sem estrutura

Horizontes: A – Bi – C
Espessura variável...
Cambissolos Potencialidades
Pode ter média a alta fertilidade,
dependendo do material de origem.
Se em relevo pouco declivosos e fértil
tem potencial agrícola. Podem ser
profundos (depende do material de
origem e posição ocupada no relevo e
outros fatores)

Restrições
Pouco profundos;
Alta pedregosidade;
Suscetíveis à erosão;
Baixa capacidade de
retenção de água;
Mecanização difícil
Foto: Norberto Cornejo Noronha Foto: Norberto Cornejo Noronha
Torrão com minerais intemperizáveis do Bi

Foto: Norberto Cornejo Noronha


Cambissolos

Foto: Norberto Cornejo Noronha


Foto: Norberto Cornejo Noronha
Foto: Norberto Cornejo Noronha
Neossolos

Grupo de solos
pouco evoluídos
com ausência de
horizonte B*
devido à reduzida
atuação dos
processos
pedogenéticos
pobreza do
material de origem
ou as condições
especiais do
relevo
(declividade,
sedimentações
etc)
*Um início de B pode ser
encontrado em Neossolo
Regolítico
Neossolo Quartzarênico

Textura areia ou areia


franca até mais de 150 cm
a partir da superfície.

Foto: Norberto Cornejo Noronha


Neossolo Quartzarênico

Sem estrutura (grãos simples ou


maciço)

Horizontes: A – C

Profundos, considerando
oC
Neossolo Quartzarênico
Potencialidades
Fácil mecanização;
Pouco ou não pedregoso;
Esboroa-se com facilidade;
Pode ser muito poroso e ;
Pode ter boa drenagem

Limitações
Muito suscetível à erosão (sem
estrutura);
Baixa fertilidade;
Baixa capacidade de retenção de
água;
Alto potencial de lixiviação de
Foto: Norberto Cornejo Noronha
nutrientes.
Neossolo Quartzarênico

Foto: Norberto Cornejo Noronha


Neossolo Quartzarênico

Foto: Norberto Cornejo Noronha


Neossolo Litólico
Neossolo Litólico

Horizontes: A – C – R ou
A-R

Raso

Foto: Norberto Cornejo Noronha

Neossolo Litólico + Cambissolo em relevo montanhoso e Latossolo na


planície.
Neossolo Litólico Vantagens

Fertilidade variável, podendo ser


alta (Se o hoz. A apresentar
boas condições, alto conteúdo
de MOS e o material de origem
apresentar minerais alteráveis).

Desvantagens
Pouco profundos; restrição ao
aprofundamento radicular;
Alta pedregosidade;
Suscetíveis a erosão;
Baixa capacidade de retenção
de água;
Mecanização impossível
Neossolo Flúvico

Sem estrutura: Maciço


Neossolo Flúvico
Horizontes: A – C

Vantagens
Fertilidade influenciada pelos sedimentos
depositados. Mecanização possível.
Podem ser eutróficos e bem drenados.
Sem problemas de erosão devido ao
relevo

Desvantagens
Possibilidades de
inundação
Gleissolo

Grupo de solos com


expressiva gleização.
Ocorrência do horizonte
glei.
Horizonte glei: Redução do
Fe e prevalência no estado
reduzido (estagnação de
água e carência de O2).
Cores neutras, ou próximo
de neutras na matiz do
horizonte, com ou sem
mosqueados de cores
mais intensas que a matiz.
Gleissolo

Estrutura em blocos, mas pode


variar de prismática a maciço
Gleissolo
Horizontes: A – Bg – C;
A – Eg ou; A – Cg, e
outros com
características de
gleização (ver o
SiBCS)

Rasos a
Medianamente
profundos
Gleissolo Vantagens
Pode apresentar alto
teor de MOS;
Fertilidade é variável,
dependendo de
vários fatores

Desvantagens
Má drenagem e
- estagnação de água;
Difícil mecanização;
Alagamentos; Os Ta
alúmínicos requerem altas
doses de corretivos ($)
Foto: Norberto Cornejo Noronha
Nitossolo Características gerais:
Solo mineral com B nítico
(brilho). Textura argilosa ou muito
argilosa.
Não apresenta policromia
acentuada e os critérios de valor e
croma estão relacionado com a
matiz (ver Nitossolos no SiBCS)
Os formados sobre rochas
- básicas apresentam
- alto teor de
Fe e minerais- como magmita e
magnetita.

Relevo: Ondulado a forte ondulado.


Na paisagem pode ocorrer ainda no
Foto: Norberto Cornejo Noronha
ombro e meia encosta.
Nitossolo
Estrutura

Forte ou moderada em blocos


subangulares ou angulares ou
prismática.

As superfícies dos agregados


são reluzentes devido à
- cerosidade ou às superfícies
de compressão.

Perfil representativo do Nitossolo Vermelho textura


muito argilosa (NVef-4)/fonte da figura:
http://www.pedologiafacil.com.br/curiosidade.php.
-
Estrutura em blocos, com cerosidade do B nítico

Foto: Norberto Cornejo Noronha


Estrutura em colunar composta do B nítico

-
Paisagem do Nitossolo

Foto: Norberto Cornejo Noronha

Foto: Norberto Cornejo Noronha


Potencialidades
Bem estruturado, poroso possibilita
infiltração de água e desenvolvimento
radicular. A textura favorece a retenção de
água. Bom potencial para fertilidade os
eutróficos. Os distróficos respondem bem a
aplicação de fertilizantes. Baixa relação
textural – menor suscetibilidade à erosão em
comparação aos solos que tem alta RT.

Limitações
Geralmente têm baixa fertilidade, os que
apresentam altos teores de Al e Ta, devido
ao poder tampão, requerem grandes
- quantidades de corretivos, o que onera o
aproveitamento destes solos ($);
Alguns podem apresentar permeabilidade
restrita, que, juntamente com o relevo
ondulado ou forte ondulado, ou ainda
declivosos aumenta os riscos de erosão. Os
distroférricos e eutroférricos adsorvem o P.
Fonte da imagem:
http://www.pedologiafacil.com.br/curiosidade.php
Vertissolos Características gerais:
Solos com horizonte vértico, elevada
saturação de bases. Ocorrência de
esmectita (com ou sem caulinita).
Vertissolos
http://www.geo.hunter.cuny.edu/tbw/soils.veg/lecture.outlines/soils.chap.14/soil.taxonomy/v
ertisols/vertisols.htm

Gilgai

Estrutura cuneiformes e/ou


paralelepipédica.

Aparecimento de slickensides
(superfícies alisadas devido ao
deslocamento de volumes no
interior deste solo)

slickensides
Vertissolos

Potencialidades
Alta CTC e V% - Esmectitas
Os que apresentam autogranulação (formação de estruturas granulares bem
formadas em superfície) são de mais fácil manejo que os que não apresentam
estas estruturas)

Limitações
Ponto de umidade adequado para preparo é pequeno. Quando secos, são muito
duros e extremamente duros. Quando úmidos, firme a muito firmes e quando
molhados são plásticos e muito plásticos e pegajosos e muito pegajosos.

Em regiões com estação seca definida e prolongada, a contração das esmectitas


pode provocar a ruptura do sistema radicular

Contração e expansão: prejudica estruturas de construções e estradas


Fonte da figura:
http://www.geo.hunter.cuny.edu/tbw/soils.veg/lecture.outlines/soils.chap.14/soil.taxono
my/vertisols/vertisols.htm
Solos com horizonte vértico,
elevada saturação de bases.
Presença de esmectita.
Plintossolos

Foto: Norberto Cornejo Noronha


Plintossolos

Solos com horizonte plíntico, concrecionário ou


litoplíntico dentro de 40 cm ou dentro de 2 m quando
precedidos do h. glei ou logo abaixo do horizonte A ou E, ou
de outros horizontes com cores pálidas, variegadas ou com
mosqueados abundantes.
Plintossolos

Foto: Norberto Cornejo Noronha Foto: Norberto Cornejo Noronha


Plintossolos

Predominam solos ácidos com V% baixa e Tb, mas pode ocorrer com V% alta e
menos comum Ta. Pode haver toxidez com Al nos alumínicos.

O horizonte plíntico pode apresentar grau de coesão e compacidade variável e isso


pode afetar o desenvolvimento radicular. Os que tem alta RT são mais suscetíveis à
erosão.

Pode haver problemas com excesso de água temporário ou prolongado.

O horizonte litoplíntico quando presente e em pequena profundidade, restringe


desenvolvimento radicular e a permeabilidade do solo. Concreções em grande
quantidade dificultam o preparo do solo, provocam o desgaste dos implementos e
diminuem a disponibilidade de água e nutrientes para as plantas.
Foto: Norberto Cornejo Noronha
Foto: Norberto Cornejo Noronha
Plintossolos Pétrico Concrecionário

Foto: Norberto Cornejo Noronha Foto: Norberto Cornejo Noronha


Plintossolo Pétrico Litoplíntico

Foto: Norberto Cornejo Noronha


Foto: Norberto Cornejo Noronha
Espodossolos
Foto: Norberto Cornejo Noronha
Espodossolos

Foto: Norberto Cornejo Noronha


Espodossolos
Solos minerais com B espódico. Os
Espodossolos se apresentam
frequentemente sem estrutura (maciços),
mas quando há estrutura pode aparecer
fracamente desenvolvida.

O B espódico pode se apresentar na forma


de ortstein

Processo: Transporte de quelatos


com e Al, (Si e Al) ou Fe + Al
Espodossolos

Foto: Norberto Cornejo Noronha


Espodossolos
Baixa fertilidade; Baixa retenção de água (os não
hidromórficos e com areia mais grossa). Lixiviação
de nutrientes; alta taxa de decomposição da MOS.
Os hidromórficos apresentam problemas de
drenagem. Os que apresentam ortstein em pouca
profundidade restringem o aprofundamento
radicular e infiltração de água.
Espodossolos

Foto: Norberto Cornejo Noronha


Espodossolos

Foto: Norberto Cornejo Noronha


Espodossolos
Espodossolos

Foto: Norberto Cornejo Noronha


Espodossolos

Foto: Norberto Cornejo Noronha

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