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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
Júlio César Esteves
Todos já ouvimos aquela velha frase que diz “A tecnologia da informação é uma área que
exige bastante flexibilidade de um profissional”, certo? Certo! Mas um comentário de um
colega me fez repensar se os profissionais de TI em geral entendem o que significa a tal
flexibilidade.
Certo dia eu estava em um congresso sobre Big Data em Recife e um colega comentou
comigo que se sentia chateado por querer tirar uma certificação em desenvolvimento, mas
que infelizmente somente uma pequena parte do conteúdo disponível na internet estava
em português e a prova só seria disponibilizada em inglês pela Microsoft. Isso mesmo, um
profissional de TI, em uma palestra sobre Big Data, estava me confessando que não tinha
segurança para ler em inglês e que não estava incomodado com isso, ele estava chateado
com a Microsoft por não disponibilizar a prova na confortável e fluente língua nativa dele.
Isso me fez refletir sobre o assunto e me motivou a criar este artigo. Qual seria o real motivo
da irritação deste profissional de TI? Seria pelo simples fato de não existir conteúdo de
qualidade disponível em sua confortável língua nativa? Onde será que este profissional
pretende chegar na sua carreira? Será que ele não está sozinho? Seria ele uma bizarra
exceção? Será que existem mais pessoas achando que a tecnologia da informação precisa
ser multilíngua?
Bom, todos nós sabemos que um bom profissional de TI precisa ter como base de sua
estrutura intelectual a “fome de conhecimento”, pois a curva de aprendizagem nesta área
exige que sejamos totalmente atualizados. E digo mais, o mercado exige que sejamos
“dominadores das mais novas tecnologias, pois, apesar de não ser verdade, o termo
tecnologia ainda está bastante ligado ao que é novo e ao que é novidade!”.
Aí você me pergunta: “Júlio, mas o que o inglês tem a ver com fome de
conhecimento e o que tem a ver com a TI?”
Mas ter conhecimento em inglês e beber da fonte de informações ainda não fará de
você um profissional de TI diferenciado, isso apenas fará de você um simples
profissional de TI.
Não adianta procurar argumentos patrióticos ou até mesmo econômicos para não defender
a “multilinguagem” na difusão do conhecimento da tecnologia mundial. Não é por que o
inglês domina o mundo dos negócios que o Japão, a Índia e a China deixaram de ser bem
sucedidos em seus negócios internacionais. Nestes países, apenas desenvolveu-se uma
cultura bilingual em que a educação da língua inglesa compõe a base dos estudos das
crianças, que em seus futuros tornam-se homens e mulheres mais globalmente socializados.
Trazendo para a realidade do nosso “Brazil” – isso mesmo, acostume-se a ler com Z –
percebemos uma total falta de investimento do governo na educação da língua inglesa nas
escolas públicas de ensino fundamental. Até mesmo em escolas particulares o nível de inglês
ensinado não passa de vocabulários pobres e de conjugações verbais em todos os tempos
do bom e velho verbo “TO BE” até a última série do ensino médio e mais alguns
fundamentos básicos cobrados em alguns vestibulares.
No Brasil, para compensar a falta desta base fundamental, o profissional de TI – assim como
qualquer outro profissional – deve investir em cursos específicos para atingir uma fluência
aceitável.
Aí você pode me perguntar: “Júlio, e se eu não tiver dinheiro para isso?” Ok, meu
jovem! ISSO NÃO É DESCULPA!!!
http://www.profissionaisti.com.br/2015/03/a-importancia-do-ingles-na-tecnologia-da-informacao/