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UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI- URCA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS- HISTÓRIA

PRÓ-REITORIA DE ENSINO E GRADUAÇÃO-PROGRAD

CENTRO DE HUMANIDADES

HISTÓRIA MEDIEVAL

ALUNO: HEUDOS CAITANO DE MOURA

Franco Júnior, Hilário, 1948-


A Idade média: nascimento do ocidente / cap 2:
AS ESTRUTURAS ECONÔMICAS
Antes de dar início ao capítulo 2 as estruturas econômicas medievais o
autor hilário Franco Júnior, nos fala sobre a deficiência de Fontes no que diz
respeito a história econômica medieval, o que ele chama de documentação
fragmentária, logo nos explica que o que seria um problema na verdade é
enxergado como algo positivo, pois tais dados só poderiam ser analisados de
uma perspectiva daquela época (indícios, tendências, características etc.)

Em seguida ele começa falando sobre a retração e a estagnação até o


século 10, O período entre os séculos IV e X foi caracterizado pela pobreza
demográfica, pequena produtividade agrícola e artesanal e retração do
comércio e da economia monetária. Ele também cita que Para a historiadora
Renée Doehaerd esse fenômeno era a “escassez endêmica” e acontecia
sobretudo pela baixa densidade demográfica.

A falta de mão-de-obra para a produção causada pela baixa densidade


demográfica no setor primário fazia com que a economia fosse agrária
dominial, funcionava a partir da divisão da área em duas partes. A primeira era
explorada diretamente pelo senhor, por isso chamada de terra indominicata ou
reserva senhorial (casa, celeiros, estábulos, moinhos, pastos, terra cultivável e
bosques (uso comum). A segunda era o conjunto de pequenas explorações
camponesas, a terra mansionaria ou mansus, que era subdividida entre mansi
serviles (ocupados por escravos) e mansi ingenules (ocupados por
camponeses livres). A terra era dividida em mansos de aproximadamente 15
hectares. Para morarem nas terras os camponeses entregavam algumas
moedas e produtos aos senhores e pagavam a maior parte em serviços.

Hilário também nos fala sobre algumas das obrigações que os


camponeses tinham para com os seus senhores e terras algumas delas eram a
corvéia, que determinava que o servo deveria trabalhar sem remuneração nos
cultivos senhoriais em alguns dias da semana assim como a talha, definia que
uma parcela do que os servos produziam deveria ser entregue ao senhor e por
fim. A banalidade era a taxa paga pela utilização dos equipamentos do feudo,
como o forno ou o moinho, sem falar nos tributos pagos a igreja.
Segundo o autor a produção dos domínios não apresentava grandes
novidades em relação à agricultura dos tempos da antiguidade. Já que as
terras eram trabalhadas quase sempre no sistema bienal ou trienal, o esquema
bienal: a terra fértil era dividida em duas partes, cultivando-se uma delas no
primeiro ano enquanto a outra ficava em pousio, invertendo no ano seguinte
garantindo assim a certeza de duas colheitas ao ano.

Terra l° ano 2o ano 3o ano


Campo I trigo e centeio cevada e aveia pousio

Campo II cevada e aveia pousio trigo e centeio

Campo III pousio trigo e centeio cevada e aveia


Tabela 1 (As estruturas Econômicas- Hilário Franco Jr)

Já no setor secundário podemos citar a indústria manufatureira e o


artesanato, do qual hilário Franco Júnior nos fala sobre a prática artesanal
que devido à densidade demográfica em baixa nas cidades não existia muito
êxito, a baixa produção agrícola significava a baixa produção artesanal,
embora este tivesse um domínio autossuficiente.

Já no setor terciário, ou seja, o comércio hilário nos fala sobre o recuo


da atividade comercial assim como o debate em torno do comércio do
Mediterrâneo, o comércio interno que em sua essência era pequeno baseado
apenas na troca de produtos e a pouca circulação da moeda o que podemos
também atribuir atrofia da densidade demográfica.

No decorrer dos séculos 11 ao século 13 houve uma mudança significativa


na economia medieval agricultura dominical passou para o que chamamos
de agricultura senhorial, os mansus pagava um tributo fixo em moeda ou
produto, as reservas senhoriais tiveram também uma diminuição em função
do aumento populacional, em relação a mão de obra a fusão dos mansus
serviles e ingenuiles deu origem a servidão.

Podemos dizer que havia dois tipos de senhorio, o fundiário e o banal,


O senhorio era um território que dava a seu detentor poderes econômicos
(senhorio fundiário) ou jurídico-fiscais (senhorio banal), muitas vezes ambos
ao mesmo tempo, assim No senhorio fundiário, existia principalmente a
corveia, trabalho gratuito, geralmente três dias por semana, já no banal as
chamadas banalidades: taxas pelo uso do moinho, do lagar e do forno,
monopólios do senhor; albergagem ou requisição de alojamento; taxa pelo
uso dos bosques, predominavam.

Podemos dizer também que houve um aumento na produção agrícola


na idade média central seja por fatores de crescimento populacional novas
técnicas ou até mesmo recursos naturais abundantes.

O surgimento da burguesia (burgos) podemos atribuir ao


revigoramento do comércio interno que era pouco intenso com lucros
pequenos, mas também ao comércio externo dividido em dois eixos no
Mediterrâneo dominado pelos italianos e o nórdico dominado pelos alemães.

Uma terceira mudança que Hilário Franco Júnior nos apresenta é o


revigoramento da indústria manufatureira, atribuída ao crescimento
populacional& o revigoramento das cidades com o surgimento de 140 novas
cidades, as principais indústrias construções de castelos e igrejas e a
indústria têxtil na fabricação de lã.

Podemos falar também sobre a corporação do ofício a associação de


artesãos cujos principais objetivos eram: Monopólio das atividades
artesanais, e tabelamento de normas de produção, assistência aos membros
e regulamentação de preços. As corporações de ofício eram bem-
organizadas existiam as seguintes categorias numa corporação mestres,
oficiais e aprendizes.

E por último, mas não menos importante Hilário nos fala sobre outras
mudanças importantes ao decorrer do capítulo a monetarização da economia
assim como o surgimento da atividade bancária a teoria econômica medieval
e a discussão sobre o pré-capitalismo medieval.

Para encerrar esse capítulo hilário nos fala sobre a depressão do fim
da idade média que foi tomada por uma crise generalizada após os anos de
crescimento e economia entra em depressão, os princípios da economia
extensiva e predatória do crescimento e o esgotamento dos recursos
naturais.

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