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A ASSEMBLEIA DE DEUS NO BRASIL E A OFICIALIZAÇÃO DOS USOS E

COSTUMES COMO PRESERVAÇÃO DE SUA IDENTIDADE

Roberto dos Reis1

RESUMO

A Assembleia de Deus é, sem sombra de dúvida, a maior igreja


pentecostal do Brasil. A história dessa denominação, já agora centenária e
longe (muito longe!) dos holofotes dos que vaticinavam sua desintegração
embrionária, tem fascinado e desafiado os estudiosos e pesquisadores de
diversas áreas do saber científico – Ciências da Religião, Teologia, Educação,
História, Sociologia, Psicologia, entre outros – espalhados por universidades,
centros-universitários e faculdades em diversas partes do Mundo. Tendo isso
em mente, e consciente do desafio que é estudar uma denominação
pentecostal desse porte e, acima de tudo, tão sui generis em sua natureza e
expressão, o presente artigo propõe fazer um singelo levantamento histórico do
surgimento da Assembleia de Deus no Brasil, começando, a toda evidência,
com a abertura dos portos brasileiros às nações amigas, em 1810, a chegada
dos primeiros protestantes e a consequente quebra da hegemonia católico-
romana sobre o cenário religioso pátrio, bem como a ampliação e diversificação
do seu campo religioso que, a partir de 1910 e 1911, com a chegada dos
primeiros pentecostais, tornou-se amplamente difuso. É nesse cenário
amplamente efervescente que a Assembleia de Deus fincou suas raízes,
construiu sua história e delineou sua identidade denominacional pautada na
rígida ética dos Usos e Costumes. A rigor, muita coisa mudou na Assembleia
de Deus que, resguardando a todo custo tal identidade por meio da
oficialização dos Usos e Costumes, transformou e foi transformada pela
convivência e trato naturais com os demais atores desse mesmo campo
religioso ainda mais difuso.

Palavras-Chave: Pentecostalismo; Assembleia de Deus; Usos e Costumes;


Campo Religioso Brasileiro.

1
Mestre em Ciência da Religião e Gestão de Pessoas pela FABAD.

1
ABSTRACT

The Assembly of God in Brazil and the Officialization of Uses and


Customs as a Preservation of their Identity

The Assembly of God is, without a doubt, the largest Pentecostal church
in Brazil. The history of this denomination, now centuries old and far (far!) from
the spotlight of those who predicted its embryonic disintegration, has fascinated
and challenged scholars and researchers from different areas of scientific
knowledge – Sciences of Religion, Theology, Education, History, Sociology,
Psychology, among others – spread across universities, university centers and
colleges in different parts of the world. Bearing this in mind, and aware of the
challenge of studying a Pentecostal denomination of this size and, above all, so
sui generis in nature and expression, this article proposes to make a simple
historical survey of the emergence of the Assembly of God in Brazil, beginning,
with all evidence, with the opening of Brazilian ports to friendly nations, in 1810,
the arrival of the first Protestants and the consequent break of the Catholic-
Roman hegemony over the religious religious scenario, as well as the
expansion and diversification of its religious field that , from 1910 to 1911, with
the arrival of the first Pentecostals, it became widely diffused. It is in this
broadly effervescent scenario that the Assembly of God took root, built its
history and outlined its denominational identity based on the strict ethics of
Uses and Customs. Strictly speaking, much has changed in the Assembly of
God which, safeguarding this identity at all costs through the officialization of
Uses and Customs, has transformed and was transformed by natural
coexistence and treatment with the other actors in the same religious field, even
more diffuse.

Keywords: Pentecostalism; Assembly of God; Uses and Customs; Brazilian


Religious Field.

1. INTRODUÇÃO

A Assembleia de Deus no Brasil já é centenária. Desde aquele primeiro


culto realizado na residência do casal Albuquerque, em 18 de junho de 1911,
na periferia de Belém/PA, a novel denominação, contrariando as expectativas
dos que vaticinavam seu fracasso institucional, despontou como a maior
representante do Pentecostalismo Moderno. Graças ao árduo trabalho dos
primeiros missionários protestantes que, na primeira década do século XIX,
iniciaram o desbravamento do campo religioso brasileiro, até então
majoritariamente católico-romano, a Assembleia de Deus encontrou o cenário
2
propício para disseminar a mensagem pentecostal trazida inicialmente pelos
missionários suecos, Daniel Berg e Gunnar Vingren.
Detentora de um espírito aguerrido, a Assembleia de Deus vai se
espalhando pelo Brasil, levada, entre outros, por migrantes que, tendo entrado
em contato com a mensagem pentecostal, partiram da região norte para o
restante do país. Crescendo e se expandindo através do trabalho evangelístico
de pessoas pobres, iletradas e marginalizadas, constrói sua história e delineia
sua fisionomia doutrinária a partir dos rígidos códigos de conduta ético-moral
consubstanciados nos Usos e Costumes. Desta forma, num primeiro momento,
faremos um singelo levantando histórico do surgimento da Assembleia de Deus
no Brasil partindo, antes de tudo, da chegada dos primeiros protestantes em
solo pátrio (a partir de 1810) e da quebra da hegemonia católico-romana sobre
o campo religioso brasileiro; num segundo momento, trataremos dos Usos e
Costumes enquanto marca identitária da Assembleia de Deus para, finalmente,
no terceiro momento, focarmos em sua oficialização institucional como
preservação de sua identidade denominacional.

2. DA ABERTURA DOS PORTOS BRASILEIROS AO NASCIMENTO DA


ASSEMBLEIA DE DEUS

Em 1810, o Brasil, então colônia portuguesa, abria seus portos para as


nações amigas. Os tratados de Aliança e Amizade e de Comércio e
Navegação, firmados com a Inglaterra, inauguravam uma nova era no cenário
religioso brasileiro, até então majoritariamente católico romano. As primeiras
tentativas de implantação de igrejas protestantes em solo pátrio – a primeira
em 1555, no Rio de Janeiro e a segunda em 1630, em Pernambuco – não
surtiram efeito. De 1645, quando foram expulsos os protestantes holandeses
de Pernambuco, a 1810, quando os tratados Brasil–Inglaterra foram assinados,
passaram-se exatos 165 anos. É a partir de 1810, com a chegada dos
primeiros protestantes ingleses, propiciada pela abertura dos portos, que a
muralha construída pelo Catolicismo em torno do sistema religioso brasileiro
começou a trincar. Em 1819, na cidade do Rio de Janeiro, o reverendo Lord
Strangford inaugura a Igreja Anglicana; em 1836, Justin Spaulding organiza a

3
Igreja Metodista; em 1845, a Igreja Luterana; em 1855, a Igreja
Congregacional, através do trabalho missionário do médico escocês Robert R.
Kalley; em 1859 a Igreja Presbiteriana, com Ashbel G. Simonton; em 1881, a
Igreja Batista, com William B. Bagby e Z. C. Taylor; em 1890, a Igreja
Episcopal, através do trabalho dos missionários Lucien Kinsolving e Waltson
Morris. O Brasil, finalmente, torna-se campo evangelístico de bravos
missionários protestantes que, a partir da Região Sudeste, começaram a
disseminar a mensagem do Evangelho e a implantar igrejas no Norte, Nordeste
e Centro-Oeste.
O século XIX, portanto, pode ser nomeado de o Século do
Protestantismo Tradicional, na mesma medida em que o século XX pode ser
nomeado de o Século do Protestantismo Pentecostal. Naquele, atuaram
conjuntamente como atores principais a Igreja Anglicana, a Metodista, a
Luterana, a Congregacional, a Presbiteriana, a Batista e a Episcopal; neste, a
Congregação Cristã no Brasil e, em maior medida, a Assembleia de Deus.
Chegando ao Brasil em 19 de Novembro de 1910, a bordo do navio
Clemente, Daniel Berg e Gunnar Vingren desembarcaram no porto de Belém,
no Pará, trazendo na bagagem poucas roupas, no bolso as sobras da
passagem Nova Iorque – Belém e no coração o fervor da mensagem
pentecostal que receberam numa Conferência Missionária na cidade de
Chicago, EUA (ALMEIDA, 1982). Desconhecendo completamente a região
(clima, cultura etc.), sem apoio financeiro de nenhuma igreja, sem o auxílio de
nenhum conhecido e, para agravar a situação, sem o mínimo conhecimento da
língua, os jovens missionários contavam plenamente com a orientação e a
providência divinas (CONDE, 1960).
Conduzidos, segundo eles, pelo Espírito Santo a um modesto hotel nas
imediações da praça central de Belém, Berg e Vingren encontraram, num
pequeno jornal disposto sobre uma mesa, o endereço de Justus Nelson, pastor
da Igreja Metodista em Belém. Por serem batistas – ainda que esta informação
não seja de toda verdadeira – Justus Nelson os encaminhou a uma
congregação da Igreja Batista, na época coordenada por José Plácido da
Costa. Acolhidos ali, passaram a cooperar nos trabalhos, mas sem fazerem
silêncio em relação à mensagem pentecostal, fato gerador de indisposição por
4
parte de alguns membros da igreja, fundamentalmente o seminarista Raimundo
Nobre que, convocando uma reunião extraordinária, decidiu expulsar os
missionários suecos e “excluir” os membros concordantes com a nova doutrina
(CONDE, 1960).
Duas coisas importantes devem ser ditas aqui. Em primeiro lugar, Daniel
Berg e Gunnar Vingren já não eram batistas quando chegaram ao Brasil, uma
vez que solicitaram carta de desligamento da igreja em Chicago. Portanto, a
afirmação que comumente se ouve de que a Assembleia de Deus se originou
da Igreja Batista não corresponde com a verdade dos fatos. Em segundo lugar,
não se pode falar em “exclusão” dos missionários suecos por duas razões mais
que óbvias: (1) Não pertenciam à Igreja Batista e, portanto, não estavam
sujeitos a nenhuma determinação desta, e (2) Raimundo Nobre, gestor da
assembleia extraordinária que culminou com a saída de Berg e Vingren e mais
17 irmãos da congregação, não possuía legitimidade eclesiástica para tal,
afinal de contas, não era oficial (pastor) da denominação. De qualquer forma,
os missionários suecos passaram a congregar os irmãos na residência do
casal Henrique e Celina de Albuquerque iniciando assim, em 18 de junho de
1911, a Missão de Fé Apostólica, uma referência ao movimento pentecostal
moderno iniciado na Rua Azusa, em Los Angeles, EUA, cinco anos antes.
Recebendo o nome de Assembleia de Deus em 11 de Janeiro de 1918,
por ocasião de seu registro cartorário, a novel denominação teve como
principal veio de expansão o processo migratório urbano que, a partir do
declínio do ciclo da borracha (a partir de 1918), quando centenas de migrantes
de outras regiões do Brasil, principalmente do Nordeste, que buscavam nos
seringais do Norte oportunidades de trabalho, deixavam Belém em direção a
suas cidades de origem. É neste retorno que muitos migrantes, agora
convertidos ao Evangelho, levavam consigo a experiência pentecostal e o
desejo incontido de fazer a obra de Deus. É assim que a Assembleia de Deus
vai percorrendo o território nacional, levando a mensagem pentecostal aos
lugares mais recônditos, implantando igrejas nas regiões até então dominadas
pelo Catolicismo, e quando não, esquecidas pelo Protestantismo Tradicional.
Essa, portanto, é a marca do pioneirismo assembleiano, a coragem e o vigor
do Espírito Santo que, derramado em Pentecostes (At.2.1), inflama a igreja,
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transformando homens simples e iletrados em porta-vozes audazes da
mensagem pentecostal (REIS, 2010). Vendo por esse ângulo, é fácil
entendermos porque, a despeito do Protestantismo Tradicional, que se
expandia seguindo as trilhas do café na região sul do país, e, portanto,
acompanhando o bem-estar proporcionado pelo desenvolvimento econômico-
social, o Pentecostalismo seguia no coração de pessoas simples, empurradas
para a margem desse mesmo desenvolvimento econômico-social
(MENDONÇA, 1995). É através desses excluídos, desvalidos, iletrados e, por
tudo isso, marginalizados, que o Espírito Santo, a partir da Região Norte,
demonstrou Sua força e soberania, fazendo prosperar a mensagem
pentecostal em solo brasileiro.

3. USOS E COSTUMES: A MARCA DA ASSEMBLEIA DE DEUS

A Assembleia de Deus já não é mais um simples ajuntamento de crentes


reunidos num espaço qualquer, sem expressão ou prestígio. Se no início do
século passado era vista como movimento carismático à espera do fracasso
embrionário-institucional e do desencanto de seus membros, hoje, mais de cem
anos depois, ostenta o título de maior denominação pentecostal do mundo. Se
no início do século passado era desprezada, preterida e vista com
desconfiança, hoje, é amplamente cortejada, seja em virtude de sua força
denominacional, lastreada por seus milhões de membros e centenas de
milhares de templos espalhados pelo mundo, seja pelo poder econômico-
político-social que detêm em decorrência desse mesmo lastro. Por tudo isso, a
celebração do seu primeiro centenário nos faz pensar e nos desafia a uma
reflexão a partir da seguinte pergunta: Até que ponto a Assembleia de Deus de
hoje é a Assembleia de Deus de Gunnar Vingren e Daniel Berg?
O elemento preponderante da presente indagação é a realidade eclésio-
institucional, ou seja, a Assembleia de Deus, como toda e qualquer
denominação protestante, participa, ativa ou passivamente, de todas as
transformações ocorridas no espaço religioso onde se acha inserida. Mais que
isso, as mudanças não se limitam ao extramuros, elas não podem ser
observadas de dentro para fora como que protegidas por uma redoma de vidro,
6
incólumes a toda e qualquer transformação. Pelo contrário, as mudanças
adentram ao espaço denominacional e, querendo ou não, influenciam toda a
estrutura (MARIANO, 1999). Não se trata de uma simples discussão entre o
intramuros e o extramuros; entre o que está dentro e o que está fora da
estrutura denominacional; entre o que a Assembleia de Deus é e o que as
outras denominações são; e sim, de onde a Assembleia de Deus veio, onde ela
está hoje e aonde chegará nas próximas décadas.
A rigor, toda e qualquer instituição possui características próprias que,
dentro de um contexto mais amplo, a distingue das demais. São essas
características que, tratando-se de igrejas protestantes, permitem aos
pesquisadores da religião estabelecer quadros identificativos que, de maneira
didática, fornecem uma visão geral dessas instituições religiosas em um
determinado contexto. Assim, temos as igrejas Históricas e as igrejas
Pentecostais. Deixando de lado o primeiro grupo, as igrejas pentecostais, em
virtude de características que lhe são próprias, são classificadas como (a)
Pentecostais Clássicas e (b) Neopentecostais. É nesse primeiro grupo que, ao
lado da Congregação Cristã no Brasil, a Assembleia de Deus se acha inserida.
Claramente distinta das denominações de vertente neopentecostal, onde
figuram igrejas como a Universal do Reino de Deus e a Igreja Internacional da
Graça, a Assembleia de Deus assume postura bem definida, seja em virtude de
sua teologia arminiano-wesleyana, estritamente focada na Bíblia; seja em
virtude de sua eclesiologia participativa, onde seus membros tem a plena
liberdade para interagir na liturgia (MENDONÇA, 1990), além de sua
preocupação com a instrução bíblica de sua liderança e membresia. Portanto, é
essa fisionomia que, em linhas gerais, tem permanecido a mesma ao longo
desse primeiro centenário, mesmo que sua composição social e sua identidade
– interna e externa – tenham sido construídas amalgamadas à sociedade
brasileira (ALENCAR, 2013), e por conta disso, suscetível a inevitáveis
mudanças, afinal de contas, nenhuma instituição humana é capaz de
permanecer incólume ante a passagem do tempo.
A rigor, pelo presente viés, é perfeitamente possível apontarmos traços
peculiares que, não obstante a tornam distinta dos demais atores do campo
religioso brasileiro, vem sofrendo mudanças ao longo das últimas décadas. E,
7
se por um lado, permanece inalterada a compreensão de que o Espírito Santo,
por intermédio de uma experiência particular, distinta e posterior à conversão,
torna o fiel capaz de testemunhar com eficácia a mensagem de salvação
conforme as Sagradas Escrituras, tendo como sinal visível a glossolalia – o
falar em línguas –, isto é, o revestimento de poder (BERGSTÉN, 1999), o
mesmo não se pode ser dito dos Usos e Costumes que, durante longas
décadas, eram vistos como traço identificativo de santificação e de pertença na
comunidade assembleiana. Portanto, na mesma linha de importância e como
desdobramento da postura preparatória que desemboca no batismo no Espírito
Santo, a santificação desponta como a continuação da obra de salvação na
vida do fiel. A rigor, esse pensamento teológico sinergético divide a
responsabilidade de salvação entre o Espírito Santo, que mergulha o fiel em
seus domínios (SOUSA, 2001), reorientando completamente sua vida (CESAR;
SHAULL, 1999), e a santificação perpetrada por esse mesmo fiel na medida
em que, voluntariamente, se mantém afastado de tudo o que contraria o
Espírito Santo, e tal afastamento, a toda evidência, se consubstancia na
observância desses mesmos Usos e Costumes.

3. A NORMATIZAÇÃO DOS USOS E COSTUMES

A Assembleia de Deus no Brasil, como bem observou Alencar (2010),


nunca publicou um Regimento Interno (R.I.), cujas regras estabelecidas por sua
liderança geral (a CGADB), regulamentassem os atos e posturas de sua
membresia, mesmo porque o controle de tais atos e posturas pertenciam aos
ministérios através dos pastores locais que, ligados2 à CGADB e orientados

2
As Assembleias de Deus no Brasil não respondem a uma única liderança nacional. Há três convenções
que, cooptando pastores e igrejas, ostentam o nome de “Convenção da Assembleia de Deus no Brasil”:
(1) CGADB – Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil, fundada em 1930, ainda que a
Personalidade Jurídica tenha ocorrido somente em 1946, por ocasião da AGO em Recife/PE, teve como
primeiro presidente o pastor Cícero Canuto de Lima (1893-1982), sendo o atual presidente o pastor José
Wellington Costa Júnior (1953-); (2) CONAMAD – Convenção Nacional das Assembleias de Deus, que
surge efetivamente em 1989, quando o Ministério de Madureira, com personalidade Jurídica desde 1941,
é desligada do rol da CGADB. A CONAMAD, até hoje presidida pelo seu fundador, bispo Manoel
Ferreira (1932-), é a mais importante concorrente da CGADB; (3) CADB – Convenção das Assembleias

8
pelos órgãos doutrinário-padronizadores da denominação (as Lições Bíblicas e
o Mensageiro da Paz), exerciam indiretamente tal função. Aliás, a rigidez
quanto a prática e conduta morais sempre fizeram parte da constituição
estrutural do pentecostalismo, herdeiro que é da ética puritana que, segundo
ilação do sociólogo Procópio Camargo (1973, p.136), contrapunha-se à “[...]
lassidão moral considerada pelos protestantes como típica dos católicos [...]”.
Segundo ele, tal ética gerou entre os protestantes padrões de conduta e de
comportamento bem característicos, ou seja, postura austera e recato na forma
de vestir, honestidade nos negócios e severas restrições comportamentais, tais
como: não consumir bebidas alcóolicas em hipótese alguma, não participar (e
praticar) nenhuma forma de jogos de azar, abster-se de práticas sexuais
extraconjugais etc.
A rigor, essa ética ascética protestante (MENDONÇA, 1990), que se
constitui num esforço metódico e continuado na busca pelo desenvolvimento
de uma espiritualidade mais plena, segundo os princípios morais espraiados na
Bíblia e auxílio imperioso do Espírito Santo na efetivação de meios para tal e
na superação dos obstáculos interpostos pelo “mundo”, é peculiar no
pentecostalismo assembleiano. Portanto, as proibições comportamentais e
vedações de práticas que, segundo a hermenêutica de sua liderança pastoral,
não encontram respaldo no texto sagrado, sempre foram publicados (e
exigidos) aos membros, ainda que não constassem num documento formal da
denominação. A normatização propriamente dita ocorreu por ocasião da 22ª
Assembleia Geral Ordinária3 da Convenção Geral das Assembleias de Deus no
Brasil4, realizada na cidade de Santo André, no Estado de São Paulo, em 1975,
quando os Usos e Costumes foram finalmente oficializados, tornando-se
prática obrigatória a todas as igrejas que, ligadas à CGADB, ostentam o nome
“Assembleia de Deus”. Mesmo que em torno do tema tenha havido grandes

de Deus no Brasil, fundada em 2017, torna-se relevante por conta do seu fundador e circunstância de sua
fundação. Fundada pelo pastor Samuel Câmara, presidente da AD em Belém/PA e um veterano
concorrente nas eleições pela presidência da CGADB, a CADB foi inaugura em cerimônia realizada no
templo sede do seu ministério, em Belém, contando já de imediato com a inscrição de mais de 10 mil
filiados, tornando-a a terceira maior do Brasil.
3
Doravante AGO.
4
Doravante CGADB.

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discussões no plenário da AGO realizada em Recife5, quase trinta anos antes
(em 1946), por conta da Resolução de São Cristóvão, como ficou conhecida a
polêmica publicação – no Mensageiro da Paz – de uma norma de conduta feita
pelo Ministério da Assembleia de Deus em São Cristóvão/RJ, o tema parece
que encontrou guarida no coração dos pastores nacionais. Desta forma, os
membros convencionais (pastores e evangelistas devidamente credenciados)
aprovaram aquela que ficaria conhecida como Resolução de Santo André,
disposta nos seguintes termos, segundo transcrição de trechos daquela ata
feita por Silas Daniel (2001, p.438, 439):

‘E ser-me-eis santos, porque eu, o Senhor, sou santo, e separai-vos dos


povos, para serdes meus’ (Lv.20.26). A Convenção Geral das Assembleias
de Deus no Brasil, reunida na cidade de Santo André, Estado de São Paulo,
reafirma o seu ponto de vista no tocante aos sadios princípios estabelecidos
como doutrinas na Palavra de Deus – a Bíblia Sagrada – e conservados
como costumes desde o início desta obra no Brasil. Imbuída sempre dos
mis altos propósitos, ela, a Convenção Geral, deliberou pela votação
unânime dos delegados das igrejas da mesma fé e ordem em nosso país,
que as mesmas igrejas se abstenham do seguinte: (1) Uso de cabelos
crescidos pelos membros do sexo masculino; (2) Uso de traje masculino por
parte dos membros ou congregados do sexo feminino; (3) Uso de pinturas
nos olhos, unha e outros órgãos da face; (4) Corte de cabelo por parte das

5
A AGO foi realizada em Recife/PE, entre 21 a 28 de outubro de 1946, no templo sede da Assembleia de
Deus localizada no bairro da Encruzilhada, pastoreada por José Bezerra da Silva, que ocupou a
presidência da igreja entre 1942 e 1953. Na ocasião, além de decidirem sobre a criação da CGADB como
Pessoa Jurídica e o estabelecimento dos limites dos campos ministeriais (jurisdição pertencente a cada
Igreja e suas congregações), a AGO discutiu a polêmica resolução da Assembleia de Deus em São
Cristóvão/RJ. Pastoreada (1945-1948) pelo missionário sueco, Otto Nelson (1881-1982), o Ministério de
São Cristóvão publicou no Mensageiro da Paz (órgão oficial da denominação no Brasil), na edição da
primeira quinzena de julho de 1946, uma resolução que, referendada pela assembleia local em 4 de junho
daquele ano, estabelecia o seguinte: “(1) Não será permitido a nenhuma irmã membro desta igreja raspar
sobrancelhas, cabelo solto, cortado, tingido, permanente ou outras extravagâncias de penteado, conforme
usa o mundo, mas que se penteiem simplesmente como convém às que professam a Cristo como Salvador
e Rei. (2) Os vestidos devem ser suficientemente compridos para cobrir o corpo com todo o pudor e
modéstia, sem decotes exagerados e as mangas devem ser compridas. (3) Se recomenda às irmãs que
usem meias, especialmente as esposas de pastores, anciãos, diáconos, professoras de Escola Dominical, e
dos que cantam no coro ou tocam. (4) Esta resolução regerá também todas as congregações desta igreja.
(5) As irmãs que não obedecerem ao que acima foi exposto serão desligadas da comunhão por um período
de três meses. Terminando este prazo, e não havendo obedecido à resolução da igreja, serão cortadas
definitivamente por pecado de rebelião. (6) Nenhuma irmã será aceita em comunhão se não obedecer a
estas regras de boa moral, separação do mundo e uma vida santa com Jesus” (DANIEL, 2004, p.219). A
resolução, publicada no Mensageiro da Paz foi lida, na integra, no plenário pelo pastor José Teixeira
Rego. As decisões propaladas pelo Ministério de São Cristóvão não apenas foram rechaçadas pelos
convencionais, como também exigiram uma retratação, através de uma nota e um artigo de
esclarecimento publicadas no Mensageiro da Paz. O artigo, a cargo do pastor Samuel Nyström, foi
publicado na primeira quinzena de janeiro de 1947 e a nota, por sua vez, assinada pelo Ministério de São
Cristóvão, foi publicada na segunda quinzena daquele mesmo mês, como segue: “AVISO: O Ministério
da Assembleia de Deus no Rio de Janeiro deseja fazer público que, de acordo com a igreja, retira as
regras publicadas no Mensageiro da Paz da 1ª quinzena de julho, estabelecidas para as irmãs membros da
igreja, pois sem elas as irmãs obedecem a Palavra de Deus. O Ministério” (DANIEL, 2004, p.222).

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irmãs (membros ou congregados); (5) Sobrancelhas alteradas; (6) Uso de
minissaias e outras roupas contrárias ao bom testemunho da vida cristã; (7)
Uso de aparelho de televisão, convindo abster-se, tendo em vista a má
qualidade da maioria dos seus programas, abstenção essa que se justifica,
inclusive, por conduzir a eventuais problemas de saúde; (8) Uso de bebidas
alcóolicas. Esta Convenção resolve manter relações fraternais com outros
movimentos pentecostais, desde que não sejam oriundos de trabalhos
iniciados ou dirigidos por pessoas excluídas das Assembleias de Deus, bem
como manter comunhão espiritual com os movimentos de renovação
espiritual, que mantenham os mesmos princípios estabelecidos nesta
resolução. Relações essas que devem ser mantidas em prudência e
sabedoria, a fim de que não ocorram possíveis desvios das normas
doutrinárias esposadas e defendidas pelas Assembleias de Deus no Brasil.

A CGADB, em sua 40ª AGO, realizada na cidade de Cuiabá/MT, em


abril de 2011, sob a presidência do pastor José Wellington Bezerra da Costa,
ratificou a chamada Resolução ELAD que, formulada pelo Fórum Convencional
promovido pelo 5º ELAD (Encontro de Líderes das Assembleias de Deus), em
1999, ampliou (atualizou) as exigências constantes na lista dos Usos e
Costumes adotados pela denominação desde aquela 22ª AGO. Desta forma, é
proibido (COROBIM, 2008, p.15):

(1) Ter os homens cabelos crescidos (1Co.11,14), bem como fazer cortes
extravagantes; (2) As mulheres usarem roupas que são peculiares aos
homens e vestimentas indecentes e indecorosas, ou sem modéstias
(1Tm.2.9,10); (3) Uso exagerado de pintura e maquiagem – unhas,
tatuagens e cabelos (Lv.19.28; 2Rs.9.30); (4) Uso de cabelos curtos em
detrimento da recomendação bíblica (1Co.11.6,15); (5) Mal uso dos meios
de comunicação: televisão, Internet, rádio, telefone (1Co.6.12; Fp.4.8) e (6)
Uso de bebidas alcoólicas e embriagantes (Pv.20.1; 26.31; 1Co.6.10;
Ef.5.18).

Destarte, quando analisamos as três reuniões da CGADB onde os Usos


e Costumes estavam na pauta das discussões 6 – 1946, 1975 e 1999 –
percebemos as mudanças que foram ocorrendo a cada edição. Não contando a
AGO de 1946, quando o objetivo foi claramente questionar a legitimidade da
Assembleia de Deus em São Cristóvão/RJ em publicar exigências

6
A AGO de 1990, realizada em São Paulo, discutiu o tema dos Usos e Costumes, e por conta dos intensos
debates e com muitos convencionais participando dos apartes, decidiu-se que o tema seria apreciado pelo
Conselho de Doutrina da CGADB no interregno convencional e, posteriormente, se pronunciaria sobre o
assunto. Em 1995, na AGO realizada na cidade de Salvador/BA, conhecida como a Convenção do
Consenso e da Concórdia, o tema voltou a fazer parte da pauta das discussões. Entretanto, após os
acalorados debates, onde visivelmente se distinguia entre “liberais” e “conservadores”, ficou determinado
mais uma vez pela assembleia que a mesa diretora da CGADB e o Conselho de Doutrina da entidade,
analisariam a questão objetivando, nas palavras de Silas Daniel, “a preservação da unidade da Assembleia
de Deus” (2004, p.566). Nos anos que se seguiram, o assunto foi amplamente discutido, principalmente
nos diversos ELAD’s posteriores, até o surgimento e aprovação da Resolução ELAD, em 1999.

11
comportamentais aos membros da denominação como se autoridade para tal
tivesse, as duas AGO’s seguintes são demonstrações claras de lassidão das
exigências ora rígidas e, aparentemente, inflexíveis. Desta forma, a vedação
plena acerca da utilização de “[...] pinturas nos olhos, unha e outros órgãos da
face” (DANIEL, 2001, p. 438) por parte dos membros do sexo feminino, na
AGO de 1975, cede lugar para a vedação do uso “[...] exagerado de pintura e
maquiagem”7 (COROBIM, 2008, p.15), na AGO de 1999; semelhantemente, a
proibição plena do uso de aparelho de TV, na AGO de 1975, cede lugar para a
exigência mais moderada, em 1999, ou seja, veda-se o “mal uso dos meios
de comunicação: televisão, Internet, rádio, telefone” 8 (COROBIM, 2008, p.15).
Seja como for, misoginia indisfarçável (ALENCAR, 2013) ou mudança eufêmica
(FONSECA, 2009) à parte, o fato é que as práticas e posturas
comportamentais dos membros da Assembleia de Deus no Brasil, tituladas de
Usos e Costumes e oficializadas pela liderança da denominação em 1975, vão
se amoldando às novas realidades e, em certo sentido, sendo ressignificadas a
partir do diálogo e interação direta ou indireta com os demais atores do campo
religioso brasileiro. Ademais, consta na Resolução de 1975 que a CGADB,
enquanto órgão representativo das igrejas Assembleias de Deus a ela filiada,
resolveu:

[...] manter relações fraternais com outros movimentos pentecostais,


desde que não sejam oriundos de trabalhos iniciados ou dirigidos por
pessoas excluídas das Assembleias de Deus, bem como manter comunhão
espiritual com os movimentos de renovação espiritual, que mantenham os
mesmos princípios estabelecidos nesta resolução. Relações essas que
devem ser mantidas com prudência e sabedoria, a fim de que não ocorram
desvios das normas doutrinárias esposadas e defendidas pelas
Assembleias de Deus no Brasil (DANIEL, 2001, p.439)9.

A referência a “[...] outros movimentos pentecostais [...]”, na decisão de


manter “relações fraternais”, diz respeito aos demais ramos do pentecostalismo
que, assim como a Assembleia de Deus, comungam dos mesmos princípios
bíblico-teológicos fundamentais, como a Igreja do Evangelho Quadrangular e O
Brasil para Cristo. Sobre os “[...] movimentos de renovação espiritual [...]”, com

7
Grifo nosso.
8
Grifo nosso.
9
Grifo nosso.

12
os quais a denominação deve manter “comunhão espiritual”, é uma referência
clara às novas igrejas que, oriundas das denominações evangélicas históricas,
abraçaram a doutrina pentecostal, como as igrejas batistas renovadas, ligadas
à Convenção Batista Nacional (MENDONÇA, 1990). A rigor, entre “relações
fraternais” e “comunhão espiritual” o que há são diferentes graus de
aproximação entre as Assembleia de Deus representadas pela CGADB e os
demais partícipes do contexto religioso nacional, fundamentalmente os de
vertente pentecostal, tendo como objetivo institucional a manutenção das
normas doutrinárias – os Usos e Costumes – esposadas e defendidas pela
denominação no Brasil, ou seja, a preservação de sua identidade
assembleiana.
A rigor, como óbvio se mostra, a Assembleia de Deus não é mais a
mesma. Desde aquele sábado, 18 de junho de 1911, quando Daniel Berg e
Gunnar Vingren e mais vinte ex-membros da Igreja Batista em Belém/PA,
resolveram organizar-se como igreja, mesmo que de maneira informal10, na rua
Siqueira Mendes, nº 79, bairro Cidade Velha, em Belém/PA (ALMEIDA, 1982),
a então inexpressiva comunidade pentecostal alçou o título de a mais popular e
numerosa igreja pentecostal do Brasil. Consequência, não apenas do seu
proselitismo aguerrido e fácil penetração nas camadas mais populares, aliadas
à sua livre liturgia, fácil acessibilidade à liderança, apoio e solidariedade
comunitários, assomo de manejo religioso do cotidiano (MENDONÇA, 1990),
mas também da intensa migração interna (ROLIM, 1985) que, produzida pela
industrialização e crescimento urbano do pós-guerra, contribuíram para o seu
agigantamento. Pensando desta forma, é fácil compreendermos o porque a
Assembleia de Deus, de 20 membros, em 1911, passa a ter 13.511, em 1930;
dez anos depois (1940), 50 mil membros; em 1950, vê sua membresia
ultrapassar a marca de 120 mil (ALENCAR, 2013) e, segundo informam William
Read e Frank Ineson (1980), 636 mil, em 1966. E hoje, no ano do Censo
202011, como bem apontaram os dados do IBGE12 em 2010, o contingente de

10
Neste momento, não havia o registro cartorário. A novel igreja chamava-se Missão de Fé Apostólica,
assumindo o nome Assembleia de Deus no ato do registro como Pessoa Jurídica, em 11 de janeiro de
1918 (ALMEIDA, 1982).
11
https://censo2020.ibge.gov.br/sobre/numeros-do-censo.html.
12
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

13
adeptos ultrapassa (e muito!) a marca de 12 milhões espalhados por todo o
território nacional. Uma gigante, mas “[...] visceralmente fragmentada”
(ALENCAR, 2013, p.46). Sua luta agora, já não é mais para se inserir e
permanecer no campo religioso brasileiro desbravado pelos primeiros
protestantes a partir de 1810 em sua franca peleja contra a força do
Catolicismo Romano que teimava em manter o monopólio religioso nacional
desde 1500; de modo semelhante, já não precisa vencer a desconfiança das
denominações protestantes históricas ou mesmo porfiar contra suas coirmãs
pentecostais mais “liberais”. Agora, isso sim, luta para preservar sua identidade
cristalizada nos Usos e Costumes, fulcro para os diversos ministérios que,
ligados ou não em convenções nacionais (CGADB, CONAMAD e CADB),
coligem milhares de igrejas Assembleias de Deus.

4. CONCLUSÃO

Até que ponto a Assembleia de Deus de hoje é a Assembleia de Deus


de Gunnar Vingren e Daniel Berg? Pela perspectiva institucional, em nenhum
ponto. Os pioneiros, Berg e Vingren, não tinham a mínima ideia da projeção
que aquele primeiro ajuntamento de crentes desligados da Igreja Batista, em
Belém, chegaria. Representada por três grandes convenções nacionais,
proprietária de editoras e gravadoras, canais de TV e outros meios de
comunicação de massa, poderosa no que diz respeito ao contingente de
membros e sua impressionante capacidade e peso político partidária, a
Assembleia de Deus não é mais a mesma. Pela perspectiva doutrinária, e aqui
vale reprisar o teor da Resolução ELAD que, tomando a termo o
posicionamento dos convencionais reunidos no referido conclave, asseverou
que “doutrina”, à luz da Bíblia, é o ensino normativo, final, derivado das
Sagradas Escrituras, apto para regrar a fé e a vida prática da Igreja e seus
membros, “[...] vista na Bíblia como expressão prática na vida do crente, e isso
inclui as práticas, usos e costumes. Elas são santas, divinas, universais e
imutáveis” (DANIEL, 2004, p.580), a Assembleia de Deus é a mesma.
Institucionalmente fragmentada e, tendo que lidar com seus múltiplos
assembleianismos (ALENCAR, 2013), resguarda, a toda evidência, os Usos e
14
Costumes como marca identitária orgânica, mais conservadora numa, ou mais
moderna noutra, segue sua trajetória ressignificando tais princípios de acordo
com o dançar das peças nesse imenso e plural tabuleiro que é o campo
religioso brasileiro.

5. REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Abraão de. História das Assembleias de Deus no Brasil. 2 ed.


Rio de Janeiro: CPAD, 1982;

ALENCAR, Gedeon Freire de. Assembleia de Deus: Origem, militância e


construção (1911-1946). São Paulo: Arte Editorial, 2010;

_________________________. Matriz Pentecostal Brasileira: Assembleia


de Deus (1911-2011). Rio de Janeiro: Editora Novos Diálogos, 2013;

BERGSTÉN, Eurico. Introdução à Teologia Sistemática. Rio de Janeiro:


CPAD, 1999;

CAMARGO, Cândido Procópio Ferreira. Católicos, Protestantes e Espíritas.


[S.L.]: Editora Vozes, 1973;

CONDE, Emílio. História das Assembleias de Deus no Brasil. Rio de


Janeiro: CPAD, 1962;

COROBIM, Antônio Luiz. Uma Análise dos Usos e Costumes adotados pela
Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil – CGADB. Trabalho
de Conclusão de Curso. Faculdade Teológica Batista de São Paulo, São Paulo,
2008;

CUNHA, Magali do Nascimento. A Explosão Gospel: Um olhar das ciências


humanas sobre o cenário evangélico no Brasil. Rio de Janeiro/Rio de
Janeiro: MUAD Editora/Instituto MYSTERIUM, 2007;

CESAR, Waldo; SHAULL, Richard. Pentecostalismo e Futuro das Igrejas


Cristãs. Petrópolis/São Leopoldo: Ed. Vozes/Ed. Sinodal, 1999;

DANIEL, Silas. História da Convenção Geral das Assembleias de Deus no


Brasil. Rio de Janeiro: CPAD, 2004;

15
FONSECA, André Dioney. Os impressos Institucionais como Fonte de
Estudo do Pentecostalismo: uma análise a partir do livro História da
Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil. Revista História em
Reflexão. Dourados: UFGD. v. 3, n. 5, 2009;

GONDIM, Ricardo. É Proibido: O que a Bíblia permite e a Igreja proíbe. São


Paulo: Editora Mundo Cristão, 1998;

MARIANO, Ricardo. Neopentecostais: Sociologia do novo pentecostalismo


no Brasil. São Paulo: Editora Loyola, 1999;

MENDONÇA, Antônio Gouvêa; FILHO, Prócoro Velasques. Introdução ao


Protestantismo no Brasil. São Paulo: Edições Loyola, 1990;

READ, William R.; INESON, Frank A. Brasil 1980: O manual protestante. São
Paulo: Editora SEPAL, n.02;

REIS, Roberto dos. Celebração no Centro da Comunidade: Pressupostos e


característica da teologia eucarística da Assembleia de Deus no Brasil.
São Paulo: Edificar Editora, 2010;

ROLIM, Francisco Cartaxo. Pentecostais no Brasil: uma interpretação


sócio-religiosa. Petrópolis: Editora Vozes, 1985;

SOUSA, Estavam Ângelo de. Nos Domínios do Espírito. 6 ed. Rio de Janeiro:
CPAD, 2001.

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