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UNIVERSIDADE POSITIVO - CRUZEIRO DO SUL

ALAN MORAIS
ANA CAROLINA BORBA
BIANCA COELHO
ISABELLA EDUARDA DOS SANTOS
JHONATHAN SANTIAGO
MARIA EDUARDA RUTHES
YASMIN RIBEIRO

BARREIRAS ENFRENTADAS PELOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE NA MÁ


HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS EM AMBIENTE HOSPITALAR

CURITIBA
2023
UNIVERSIDADE POSITIVO - CRUZEIRO DO SUL

ALAN MORAIS
ANA CAROLINA BORBA
BIANCA COELHO
ISABELLA EDUARDA DOS SANTOS
JHONATHAN SANTIAGO
MARIA EDUARDA RUTHES
YASMIN RIBEIRO

BARREIRAS ENFRENTADAS PELOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE NA MÁ


HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS EM AMBIENTE HOSPITALAR

Projeto de Pesquisa apresentado à Coordenação


de Enfermagem da Universidade Positivo como
requisito parcial para obtenção do grau de
bacharel em enfermagem.
Orientador: Prof. Josemar Batista.

CURITIBA
2023
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SUMÁRIO

● INTRODUÇÃO…............................................................................4
● OBJETIVOS…................................................................................5
OBJETIVO GERAL ........................................................................................ 5
OBJETIVO ESPECÍFICO .............................................................................. 5
● QUESTÃO DE PESQUISA….........................................................5
● METODOLOGIA….........................................................................5
● DESENVOLVIMENTO…...............................................................6
● CONCLUSÃO…................................................................................7
● REFERÊNCIAS…..............................................................................8

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1. INTRODUÇÃO

Desde os primórdios da sociedade o homem mostrou-se evolutivo e revolucionário


nas práticas de higienização, seja na Roma Antiga com a construção dos aquedutos que
marcaram os primeiros indícios do saneamento básico e principiou a higiene pública do
Império, seja também, com a pandemia da Covid-19, na qual os métodos de higiene
repercutiram e adentraram um novo cenário, como a lavagem simples das mãos, essa, agora,
desmistificada e efetiva. Nesse sentido, observou-se que os hábitos salubres apontaram ao
longo da história para a promoção e prevenção da saúde.
Com o passar dos tempos, o médico húngaro Ignaz Semmelweis, foi um dos
precursores do controle de infecções no ambiente hospitalar ao investigar casos de
mortalidade nas clínicas obstétricas de 1848. Semmelweis constatou que para proteção contra
disseminação de sujidades e controle de infecções se fazia essencial a lavagem simples das
mãos com água e sabão antes do primeiro contato com o paciente, de tal modo que houvesse
redução das contaminações e, por conseguinte, também de óbitos.
Nesse sentido, hodiernamente, há ações consideradas essenciais e tendências a
serem seguidas pela linha de frente dos hospitais, os profissionais de saúde. A não lavagem
efetiva das mãos pelos profissionais no ambiente hospitalar acarreta para proliferação e
transmissão de microrganismos causadores de infecções. De acordo com a ANVISA (2007):
“a higienização das mãos tem finalidade de remoção de sujidade, suor, oleosidade, pêlos,
células descamativas e da microbiota da pele, interrompendo a transmissão de infecções
veiculadas ao contato” e coloca a segurança do paciente e do profissional como prioridade,
assim não prejudicando a qualidade dos serviços de assistência da saúde. Desse modo, a
Organização Mundial da Saúde (2021) informa que, dentre tantos desafios, a principal
barreira é a ausência de recursos financeiros e a presença de infraestruturas precárias, porém
alerta que a higiene correta e efetiva das mãos é essencial para prevenção de quaisquer
contaminações na assistência à saúde.
Sob esse viés, a prática universal refere-se ao momento no qual os elementos
principais se encontram: o paciente, o profissional da saúde e o cuidado envolto entre o
paciente e seu entorno. Sendo assim, a técnica de higienização simples das mãos consiste em
sete passos, sendo eles: palmas, dorso, interdigitais, articulações, unhas, polegares e punhos.
Deve ser realizada de 40 a 60 segundos com quantidade correta de sabão e enxágue eficiente.
Conforme a OMS (2018): “os cinco momentos da higienização das mãos são: antes de tocar o
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paciente; antes da realização de procedimentos assépticos; após o risco de exposições de
fluidos corporais ou excreções; após tocar o paciente; após tocar superfícies próximas ao
paciente”. Isso evidencia que a autonomia exercida por cada profissional deve ser baseada na
ética, no cuidado, prevenção e promoção à saúde, pois a grande quantidade de Infecção
Relacionada à Assistência em Saúde (IRAS) apresenta-se como evitável se os métodos de
higiene forem considerados e realizados de modo consciente e responsável

2. OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Identificar as barreiras da higienização ineficaz e esporádica das mãos dos


profissionais de saúde no âmbito hospitalar.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICO

1) Conhecer os principais elementos que desestimulam a adesão da higienização


das mãos corretamente em ambientes hospitalares;
2) Apresentar e induzir os profissionais a adotarem com eficiência os processos e
momentos de higienização das mãos promovidos e comprovados pela OMS;
3) Considerar que as mãos são as principais ferramentas de cuidado por meio das
quais a higiene é realizada e ocorre a maior transmissão de microrganismos causadores de
IRAS;

3. QUESTÃO DE PESQUISA

As barreiras enfrentadas pelo profissionais de saúde na má higienização das maõs


têm relações apenas com doenças infectológicas?

4. METODOLOGIA

Trata-se de uma revisão narrativa da literatura, a qual consiste em uma técnica


utilizada em pesquisa para sintetizar e avaliar a literatura disponível sobre um determinado
tema ou questão de pesquisa (UNESP, 2015).
A revisão narrativa além de ser uma abordagem menos estruturada que permite ao
pesquisador uma maior liberdade para escolher os estudos a serem incluídos e a forma como

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eles serão analisados, o pesquisador aborda de maneira mais descritiva e interpretativa os
estudos selecionados, destacando as principais tendências e lacunas na literatura, bem como
as discrepâncias e contradições entre os estudos. A revisão narrativa pode ser útil em áreas de
pesquisa onde há poucos estudos disponíveis ou quando o objetivo é fornecer uma visão
ampla de um determinado tema, está sujeita a viés de seleção, uma vez que a escolha dos
estudos a serem incluídos é menos sistemática (UNESP, 2015).
A coleta de dados foi realizada entre os meses de maio e junho de 2023
disponíveis nas bases de dados: LILACS, BDENF, MEDLINE e IBECS, no portal da BVS.
Utilizou-se de descritores controlados e não controlados: “adesão”, “"higiene das mãos",
"profissionais de saúde", "serviços de saúde " e “barreiras”, e o operador booleano AND.
Foram incluídos estudos disponíveis na íntegra e online, nos idiomas português, inglês e
espanhol, sem recorte temporal.
Excluíram-se estudos que não estavam relacionados ao tema, duplicados e antigos,
realizando assim uma análise crítica dos artigos incluídos, com destaque para as principais
barreiras identificadas e as estratégias propostas para superá-las.

5. DESENVOLVIMENTO

A microbiota da região da pele possui curto tempo de vida e pode ser facilmente
removida pela higienização simples das mãos, utilizando água e sabonete por meio de fricção
mecânica em toda a superfície da mão, punhos e dedos. Tem como objetivo a redução de
microrganismos resistentes e da microbiota transitória, além da remoção do suor, de sujidade
e de células que estão descamando. (FONTE, ANO)
Hospitais americanos e europeus ressaltam a adesão à higienização das mãos como
variante entre 28 e 49%, utilizando como fator determinante, o cargo de atendimento. No
setor de enfermaria, resume-se a 30%, sendo revelado por alguns autores, que a baixa adesão
ao procedimento da HM não está completamente direcionada ao conhecimento teórico, mas
sim a incorporação do conhecimento na pratica diária, relacionando também a menor
incidência com a sobrecarga desses profissionais com o atendimento aos pacientes. (GOULD
ET.AL, ANO).
Hipótese levantada por estudos americanos relata que a queda da aderência a HM está
ligada também a localização de pias e dispensers de produtos para assepsia. Segundo os
autores, “A localização do paciente no corredor foi o indicador mais forte para a baixa
aderência á higienização das mãos”. (FONTE, ANO)
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É fundamental observar a baixa adesão da higienização das mãos em países carentes,
onde a prática em centros de saúde dessas regiões é afetada pela precariedade. Sendo relatado
que 1 em cada 4 estabelecimentos de saúde não possuem serviços básicos de água e 1 em
cada 3 instalações não possuem equipamentos para higienização das mãos no local de
atendimento. (FONTE, ANO)
Foi desenvolvida pela OMS, diretrizes sobre a higiene das mãos em serviços de
saúde, baseadas em evidências. O guia de implementação foi elaborado para auxiliar o
ambiente hospitalar, a estratégia multimodal provou ser altamente eficaz, porém a adesão de
maneira incorreta ainda é constante. O Conselho Regional de Enfermagem, COREN,
divulgou a abordagem do “Meus cinco momentos”, que busca trazer os 5 momentos na rotina
do profissional que deve ser feita a pratica da HM e os porquês:
1- No primeiro contato com o paciente, evitando a transmissão de microorganismos
nas mãos do profissinal;
2- Antes de realização de procedimento asséptico para proteção do paciente,
impedindo a transmissão de microrganismos das mãos do profissional e no próprio
paciente;
3- Após o risco de exposição à fluidos corporais para proteção do profissional e do
ambiente de assistência;
4- Em seguida do contato com o paciente para proteção do profissional e do
ambiente de assistência à saúde;
5- Depois do contato com áreas próximas ao paciente, evitando a infecção cruzada.

6. CONCLUSÃO

Nesse artigo, visou-se identificar as barreiras da higienização ineficaz e esporádica


das mãos dos profissionais de saúde no âmbito hospitalar. A limpeza das mãos é um método
aceito pela OMS e tem finalidade a remoção de sujidade, suor, oleosidade, pêlos, células
descamativas, interrompendo a transmissão de infecções veiculadas ao contato. (ANVISA,
2007)
Sua ineficaz aplicação pode gerar a contaminação por meio de objetos e superfícies
ou pelo simples contato com pacientes infectados, proliferando assim os microrganismos
presentes em ambiente hospitalar, tais como:
 Staphylococcus epidermidis;
 Staphylococcus Aureus;
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 Streptococcus pyogenes;
 Propionibacterium acnes;
 Candida spp;
 Clostridium perfringens;
 Enterobacteriaceae Acinetobacter spp;
 Moraxell;
 Mycobacterium spp. (RBAC, 2017)

Dentre suas barreiras, exalta-se a falta de recursos financeiros em ambientes


hospitalares e a constante presença de infraestruturas precárias existente, principalmente, em
países de baixa renda. (OMS, 2021)
Apesar do conhecimento satisfatório das equipes em relação a higienização das mãos,
nota-se uma necesssidade de melhora nos âmbitos hospitalares, pois existem lacunas que
devem ser observadas e resolvidas, utilizando por exemplo um programa permanente com o
intuito de haver um continuo incentivo na aplicação da HM de maneira eficiente.

7. REFERÊNCIAS

1. JW.ORG. Aquedutos romanos – maravilhas da engenharia. Disponível em:


<https://www.jw.org/pt/biblioteca/revistas/g201411/aquedutos-engenharia-romana/>
Acesso em: 19 abr. 2023.
2. CULTURAL DO MINISTÉRIO DA SAÚDE (CCMS). História da higienização das
mãos. 2020. Disponível em: <http://www.ccms.saude.gov.br/noticias/historia-da-
higienizacao-de-maos> Acesso em 17 abr. 2023.
3. GOMES, C. H. R. et al. Adherence of health care workers to hand washing in
clinical and surgery wards. Rev. Med. Minas Gerais [Internet]. 2007. Disponível em:
<https://www.rmmg.org/artigo/detalhes/232> Acesso em: 25 abr. 2023.
4. BELELA-ANACLETO, C. S. A; PETERLINI, S. A. M; PEDREIRA, G. L. M.
Hand hygiene as a caring practice: a reflection on professional responsibility. Rev.
Bras. Enferm. [Internet]. São Paulo, 2017; Disponível em:
<https://doi.org/10.1590/0034-7167-2016-0189 >.
5. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA). Programa
nacional de prevenção e controle de infecções relacionadas à assistência à saúde

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(PNPCIRAS). Brasília, 2021. Disponível em: <https://www.gov.br ›
pnpciras_2021_2025> .
6. ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE (OPAS). OMS pede melhor
higienização das mãos e outras práticas de controle de infecções. 2021. Disponível
em: <https://www.paho.org/pt/noticias/5-5-2021-oms-pede-melhor-higienizacao-das-
maos-e-outras-praticas-controle-infeccoes> Acesso em: 2 mai. 2023.
7. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA). Higienização
das mãos em serviços de saúde. Paulínia, 2007. Disponível em:
<http://www.paulinia.sp.gov.br/downloads/ss/manual_integra_lavagem_das_maos_Anv
isa.pdf>.
8. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA). Segurança do
paciente em serviços de saúde - higienização das mãos. Brasília, 2009. Disponível
em:
<https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/seguranca_paciente_servicos_saude_higie
nizacao_maos.pd f>.
9. SANTOS T. C. R. et al. Higienização das mãos em ambiente hospitalar: uso de
indicadores de conformidade. Rev. Gaúcha Enferm. [Internet]. 2014. Disponível em:
<https://www.scielo.br/j/rgenf/a/SsvGTpRnhYrKKcpHkfmTkLr/?
lang=pt&format=html>.
10. MENDONÇA, M. E. et al. Higienização das mãos e sua relação com o controle
das infecções relacionadas à assistência à saúde. Dilemas éticos na assistência à
saúde. Disponível em: < https://downloads.editoracientifica.org/articles/210906260.pdf>

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