Você está na página 1de 198

PACOTE DE FORMAÇÃO NO ÂMBITO DO

SIS-ROH COM ENFOQUE EM MATÉRIA


DA CID-10: PROCESSOS E BOAS
PRÁTICAS

Apoio financeiro: PEPFAR | OMS Projecto Move_IT


O PROCESSO DE
CERTIFICAÇÃO DE ÓBITOS
(Lei n.º 12/2004, de 8 de Dezembro)

Marcelino Mugai
MOASIS/Jembi Health
Systems
Objectivos de Aprendizagem

No final desta unidade, os participantes devem ser capazes de:


• Explicar os conceitos usados no processo de certificação de óbitos
e objectivos do certificado de óbito
• Explicar as normas de preenchimento do Certificado de Óbito
• Explicar o Fluxo Geral do Processo de Certificação de Óbitos
• Descrever a Responsabilidade do Médico
• Explicar o que o médico deve fazer e o que não deve fazer
• Descrever as perguntas mais frequentes
• Explicar a gestão do stock de Certificado de Óbito
• Explicar os procedimentos de gestão do SIS-ROH
Certificado de óbito (CO)
e instruções para preenchimento
Atestado, Declaração, Certificado e
Certidão
• “Atestado”, “declaração” e “certificado” são palavras
sinônimas, usadas como o acto de atestar, declarar
ou certificar
• “Certificado de obito” é o nome do formulário oficial
em Mocambique em que se atesta a morte
(incluindo os óbitos fetais) e as causas do óbito
• Emitido pelas autoridades sanitárias
• “Certidão de Óbito” é o documento jurídico
fornecido pelo Conservatória de Registo Civil após o
registo do óbito
Finalidades do uso do CO

1. CO é indispensável para a corroboração da


Declaração de Óbito e para a emissão da
Certidão de Óbito pelas Conservatórias de
Registo Civil, documento necessário para as
formalidades legais de enterro, mudança de estado
civil, etc.
2. CO é o documento padrão para a colecta das
informações sobre mortalidade que servem de
base para o cálculo das estatísticas vitais e
epidemiológicas do País
CO – Mod SIS-

• O modelo SIS-D06 é o
documento oficial a ser
utilizado
• É distribuído as US em
livros
• É formado por blocos de
informações
• Existem instruções de
preenchimento
Certificado de óbito
MISAU INTERNACIONAL MISAU‐DPC
DPC / DIS

MOÇAMBICANO

TITULO 7 7
Bloco I : Entidade Emissora

• Destina‐se a colher informações sobre a US


responsável pela emissão do CO
• O COD.06 é um numero sequenciado (único ID)
• As outras variáveis tem um padrão nacional
Bloco II : Identificação do

• Destina‐se a identificar o falecido e colher as variáveis


demográficas
• Identifica o tipo de óbito (Fetal ou Não‐fetal)
• Óbito fetal = morte intrauterina de feto de >450g e/ou >22
semanas de gestação. O óbito fatal é chamado também
natimorto
• Para os óbitos fetais e das crianças recém‐nascidas o nome
pode faltar (a identificação é feita através dos nomes dois pais)
Bloco III : Residência

• Destina‐se a identificar a residência habitual do


falecido
• A fins estatísticos normalmente usam‐se os dados até
nível da cidade/Distrito
Bloco IV : Local de
ocorrência

• Destina‐se a identificar onde e quando ocorreu o


óbito e fornecer detalhes adicionais no caso o
óbito tenha ocorrido fora da residência habitual
• Se o óbito ocorreu numa unidade sanitária, os
dados sobre o internamento são úteis para
melhorar a gestão dos pacientes nas US/hospitais
Bloco IV : Local de
ocorrência
• A definição de óbito “na Unidade Sanitária” pode ser
duvidosa por exemplo em caso de óbitos acontecidos
no Banco de Socorro
• Podem‐se utilizar estas definições para discriminar
entre óbito intra ou extra hospitalar:
• O paciente que more depois de menos de 6 horas no
Banco de Socorro, sem ordem de envio em outro
serviço de internamente, é extra‐hospitalar
• O paciente que more depois de mais de 6 horas no
Banco de Socorro é intra‐hospitalar
• O paciente que more na Sala de Observação deve ser
considerado sempre como intra‐hospitalar
Bloco V : Óbito fetal ou <1

• Destina‐se a colher informações sobre a mãe do


falecido e sobre a gravidez e parto
• Esta secção fornece dados extremamente importantes
para a saúde materno infantil (SMI)
Bloco VI :

• Destina‐se a colher informações sobre as


mulheres falecidas para avaliar a relação entre
morte e maternidade
• Esta secção fornece dados extremamente
importantes para avaliar a mortalidade materna
directa e indirecta
Bloco VIII :

• Destina‐se a colher informações sobre o medico que assinou


o CO
• Para esclarecimento de duvidas sobre informações prestadas
o certificante poderá ser contactado pelos orgãos
competentes
Bloco IX : Causas

• Destina‐se a colher informações sobre as circunstancias dos


óbitos por causas não naturais (acidentes ou causas
violentas)
• São informações por uso epidemiológico
Bloco VII : Condições e causas de óbito

• Destina‐se a colher informações sobre as causas de óbito


(determinada ou não por autopsia)
• As causas são classificadas como directa, intermedia e básica
• Somente 1 causa por linha pode ser preenchida
• Cada causa inclui a descrição da doença/problema relacionado com
a saúde, a sua duração e o código CID‐10 correspondente
• Esta secção fornece as informações para elaboração das estatísticas
de mortalidade por causa especifica
Definição da causa de óbito e classificação
em
Básica, Intermedia e Directa
Definição das causas de óbito
• Causa Básica = É a doença ou lesão que iniciou cadeia de
acontecimentos patológicos que conduziram directamente
à morte do paciente/individuo, ou a circunstâncias do
acidente ou violência que produziram a lesão fatal
• Causa directa = É a doença, lesão ou complicação que, a
juízo médico, levou directamente à morte do
paciente/individuo
• Causa intermedia = é a doença, lesão ou complicação que
ocorreu em algum momento entre a causa básica e a causa
directa da morte
As causas básica, intermédia e directa tem uma relação de causa e
Exemplo

Uma pessoa de 50 anos é internada por vomitar sangre.


É feita uma diagnose de rotura das varizes do esófago.
As investigações mostram hipertensão portal. A mulher
tem historia de infecção por hepatite B. More em
hospital.

Causa directa Rotura das varizes do esófago


Causa intermedia Cirrose hepática com hipertensão
portal
Causa básica Hepatite B
Exemplo

Uma pessoa de 40 anos morre por um abcesso pulmonar


criado-se apos de uma pneumonia do pulmão esquerdo

Causa directa Abcesso do pulmão


Causa intermedia -
Causa básica Pneumonia do pulmão isquerdo
Exemplo

Uma pessoa de 20 anos morre por um choque


traumático depois de ter tido fraturas múltiplas por
causa de ter sido atropelado por um carro

Causa directa Choque traumático


Causa intermedia Fraturas múltiplas
Causa básica Atropelamento por um carro
Exemplo

Uma pessoa de 60 ano é internada por dores abdominais


e vomito. É operada de urgência por um hérnia
estrangulada com perfuração intestinal. Um dia depois
da cirurgia desenvolve uma peritonite e morre

Causa directa Peritonite


Causa intermedia
Causa básica Hernia abdominal estrangulada
com perfuração intestinal
Fluxo da notificação e
procedimentos de certificação de
óbitos nas US
Fluxo da notificação de MISAU‐DPC

Morte Morte violenta ou causa de


Natural morte ignorada

US US ou local Locais sem médico: autoridades A autoridade


distante com médico e administrativas ou policiais + 2
Auto de judicial ou policial
da CRC CRC obito testemunhas Solicitacao autopsia

OFíCIO + CO Auto de obito


CO
Servico Medicina
Legal/ Perito ocasional nomeado

Conservatória de Registo Civil (CRC)


CO e ou relatório do exame
emite o Boletim e Certidao de Óbito
Fluxo da notificação de

• Normalmente quando ocorre uma morte natural em


local onde exista uma Unidade Sanitária (US) com
Conservatória de Registo Civil (CRC) e que tenha
um Médico, este, após verficar e constatar o óbito
emite o Certificado de Óbito a ser entregue à
Conservatória do Registo Civil pelos familiares do
falecido.
Fluxo da notificação de

• Quando um indivíduo falecer numa US onde não


exista CRC, o respectivo director ou administrador
deve comunicar a ocorrência dentro de 24 horas à
CRC do lugar onde estiver situado o estabelecimento,
igual comunicação deve ser feita pelo director ou
administrador do estabelecimento onde tenha sido
autopsiado o cadáver. Esta comunicação é feita por
ofício, acompanhado do certificado médico.
FLUXO E PROCEDIMENTOS DE CERTIFICAÇÃO DE ÓBITOS NA US

 Processo Clínico
 Certificado de Óbito em
triplicado e o 3º exemplar fica
no livro do servico/Deptº

CERT.OBIT
CERT. OBITO PROC.CLINICO
O (orginal)
2o Exemplar

Anatomia patológica
preenche o CO e o
PROC. CLINICO

CERT.OBITO
2o
FLUXO E PROCEDIMENTOS DE CERTIFICAÇÃO DE ÓBITOS NA US

PROCESSO CLINICO e CERTIFICADO DE ÓBITO


CASO NORMAL
Administrativos do departamento recolhe diariamente o 2º exemplar do CERTIFICADO DE ÓBITO e PROCESSOS CL
O 1º exemplar(orginal) entregue a Morgue
CASO e família.
D E TOPSIA OUT ROS ASOS
O 3º exemplar é fixa no LIVRO PARA CERTIFICAÇÃO DE ÓBITO e fica Seno local da certificação
por (Serviço, departame
O PROCESSO CLÍNICO é encaminhado atéoutras razõesPatológica.
a Anatomia (estudo do processo clíni
Depois da autópsia o PROCESSO CLINICO pode sere encaminhado:
o 2º exemplar será entregue ao Resp
2º exemplar
O orginal segue o caminho normal até aos familiares.é entregue ao responsável do SIS
nota
O 3o exemplar fica no livro do serv. de que explica
anatomia onde está guardado o proces
patológica
Responsabilidade do Médico na
emissão do CO

• A emissão do CO é um acto médico, segundo a


legislação do País. Portanto, ocorrida uma morte, o
médico tem obrigação legal de constatar e certificar o
óbito, usando para isto o formulário oficial "Certificado
de Óbito“;

• O Médico tem responsabilidade ética e jurídica pelo


preenchimento e pela assinatura do CO, assim como
pelas informações registadas em todos os campos deste
documento.
• O que o Médico deve fazer em relação a
emissão do CO?
O que o Médico deve fazer
na emissão do CO (1)

• O Médico deve:

• Garantir que sejam bem preenchidos e de forma


fidedigna os dados de identificação com base num
documento da pessoa falecida. Na ausência de
documento de identificação, caberá à autoridade
policial proceder o reconhecimento do cadáver.

• Registar os dados no CO sempre com letra legível e


sem abreviações ou rasuras.
O que o Médico deve fazer na
emissão do CO (2)
• O Médico deve:

• Registar as causas da morte, obedecendo ao disposto


nas regras internacionais, anotando um diagnóstico
por linha e o tempo aproximado entre o início da
doença e a morte;

• Rever se todos os campos estão preenchidos


correctamente, antes de assinar.
• O que o Médico NÃO DEVE FAZER na
emissão do CO?
O que o Médico NÃO DEVE FAZER
na emissão do CO

• O Médico NÃO DEVE:

• Assinar o CO em branco;
• Preencher o CO sem pessoalmente examinar o corpo
e constatar a morte;
• Utilizar termos vagos para o registo das causas de
morte, como paragem cardíaca, paragem cardio-
respiratória ou falência de múltiplos órgãos;
• Cobrar pela emissão do CO.
Perguntas mais frequentes ( ) 1

• Certificação de Óbito ocorrido em ambulância


sem médico
• O corpo deverá ser encaminhado ao médico legista em casos
de mortes violentas. O CO deverá ser emitido por qualquer
médico, em caso de óbito por causa natural.
Perguntas mais frequentes ( ) 2

• Recém-nascido com até 450g que morreu


minutos após o nascimento

• O conceito de nascido vivo depende, exclusivamente,


da presença de sinal de vida, com qualquer peso, ainda
que esta dure poucos instantes. Se esses sinais
cessaram, significa que a criança morreu e o CO deve
ser fornecido pelo médico do hospital. Não se trata de
óbito fetal, dado que existiu vida extra-uterina.
Perguntas mais frequentes ( ) 3

• Consequências legais e éticas para um Médico que


emite CO para paciente que morreu sem assistência
médica e que posteriormente, por denúncia, se suspeita
que se tratava de envenenamento

• Ao constatar o óbito e emitir o CO, o médico deve proceder a um


cuidadoso exame externo do cadáver, a fim de excluir qualquer
possibilidade de causa externa. Como o médico não acompanhou o
paciente e não recebeu informações sobre esta suspeita, não
tendo, portanto, certeza da causa básica do óbito, deverá anotar, na
variável causa, "óbito sem assistência médica". Mesmo se houver
exumação e a denúncia de envenenamento vier a ser comprovada, o
médico estará isento de responsabilidade perante a justiça se tiver
anotado, no CO, "não há sinais externos de violência" .
Perguntas mais frequentes ( ) 4

• Médico de um Distrito onde não existe o Serviço de


Medicina Legal (Médico Legista) é convocado pelo Juiz
local a fornecer o Certificado de Óbito de pessoa vítima
de acidente. O Médico pode recusar a fazê-lo?

• Embora a legislação determine que o CO para óbitos por causa externa seja
emitida pelo Médico Legista, a autoridade policial ou judicial, com base no
Código de Processo Penal, pode designar qualquer pessoa (de preferência
as que tiverem habilitações técnicas) para actuar pontualmente como perito
ocasional onde não existe este tipo de serviço. Em face dessa designação
não ser opcional, a determinação tem que ser obedecida. O perito ocasional
prestará compromisso e seu exame ficará restrito a um exame externo do
cadáver, com descrição das lesões externas se existirem.
Perguntas mais frequentes ( ) 5

• Certificação de óbito quando o Médico for o


único profissional da cidade ou Distrito
• Se ele não prestou assistência ao paciente, deve
examinar o corpo e, se não houver lesões externas,
emitir o CO, anotando no lugar da causa "causa da
morte desconhecida", mencionando que não há sinais
externos de violência. Se houver qualquer lesão,
deverá comunicar à autoridade competente e se for
designado perito ocasional, emitir o CO, anotando a
natureza da lesão e as circunstâncias do evento.
Perguntas mais frequentes ( ) 6

• Certificação de óbito de doente transferido de


hospital, clínica para hospital de referência, que
morre no trajecto.

• Se o doente foi transferido sem o acompanhamento de um


Médico, mas com relatório médico que possibilite a conclusão
do diagnóstico da causa de morte, o CO poderá ser emitido pelo
Médico que recebeu o doente já em óbito.
Perguntas mais frequentes ( ) 7

• Enterro com violação das leis sobre inumações

• O enterro de qualquer indivíduo em violação das


leis ou regulamentos, quanto ao tempo, lugar e mais
formalidades prescritas sobre inumações, será
punido com a pena de prisão.
Gestão do stock de CO e gestão
dos dados do SIS-ROH
Gestão do stock do Certificado de
Óbito (1)
• A quantidade a fornecer/requisitar deve ser
correspondente ao nº de óbitos do último ano
considerado, acrescido de 20%
• Cada nível de gestão (NEP) deve dispor de um
sistema interno de controlo dos certificados, com
informações sobre os números iniciais e finais de
cada remessa para o controlo das futuras solicitações
Gestão do stock do Certificado
de Óbito (2)

• Cada elemento receptor (NEP em coordenação com o


aprovisionamento) deve fazer o controlo do seu stock
informando ao nível superior hierárquico sobre o total
recebido e encaminhado, a relação dos CO rasurados,
anulados, substituídos ou mesmo extraviados.
Pontos-Chave
• O Médico tem responsabilidade ética e jurídica pelo
preenchimento e pela assinatura do CO;

• É responsabilidade do Médico rever se todos os campos estão


preenchidos correctamente, antes de assinar o CO;

• O enterro de qualquer indivíduo em violação das leis ou


regulamentos será punido com a pena de prisão.
Controlo de qualidade dos dados ( ) 1

O Responsável do SISROH uma vez recebido os processos


Clínicos e as 2ª VIAS do CO deve diariamente:
1. controlar os dados de identificação e validar (idade, sexo,
etc.)
2. controlar os dados de movimentos e validar
(departamento versus serviços e vice‐versa)
3. controlar os dados de causa de morte e validar
4. no caso de caligrafia incompreensível na atribuição dos
códigos pode controlar e corrigir
Controlo de qualidade dos dados ( ) 2

5. no caso de dúvidas ou falta do diagnóstico deve consultar o


médico que assinou a ficha do C.O. e pedir para atribuir o
diagnóstico e finalmente o responsável assina as fichas do
C.O. que são aprovadas para serem digitadas no software e
envia o material para a central de digitação
6. deverá de 15 em 15 dias escolher algumas fichas do C.O.
aleatoriamente para confirmar a digitação da informação.
Digitação e

• O Responsável de digitação/arquivo SISROH digita


diariamente todos os dados dos 2º exemplares do
CERTIFICADO DE ÓBITO
• Uma vez introduzidos os dados o digitador assina e
coloca a data
• Os 2º exemplares do CERTIFICADO DE ÓBITO são
arquivadas no NE (o sistema atribui um número de
arquivo interno)
Retro
O responsável do NEP deve informar as
Direcções Gerais e Sectoriais com periodicidade
estabelecida

MENSAL MEN E –
TRIMESTRALMENTE:
DIARIAMENTE: SEMANALMENTE:
relatório geral para a Direcção Cli
deve monitorar o trabalhodeve
de digitação
produzirdas
um2º
relatório
exemplares
por departamento
do CERTIFICADOsobre causas
DE ÓB pr
Análise dos dados

• Os dados devem ser analisados mensalmente, trimestralmente


e anualmente por idade, sexo, departamento etc.
• Devem ser analisadas as patologias para encontrar razões de
intervenção na qualidade dos serviços (patologia e tempos de
morte)
• Devem ser analisadas as patologias com interesse de saúde
publica e prevenção.
• Devem ser analisadas as patologias as mortes evitáveis.
Monitoria da qualidade
e
• Director clínico e os médicos devem analisar, por exemplo:
• Número de causas básicas atribuídas não aceitáveis
• Número de causas básicas, directas ou anatomopatológicas
não determinadas
• Número de causas não compatíveis com o óbito (patologia
por idade, por sexo, por serviço)
• Mortes durantes os fins de semana, piques mensais,
trimestrais etc.
Monitoria da qualidade e
desempenho do SISROH
• director clínico e os médicos devem analisar, por exemplo:
• Número de óbitos no sistema SISROH versus óbitos
registados no SIS
• Grau de actualização do SISROH
• presença do backup actualizado
• Stock de certificados de óbitos
• Número de relatórios produzidos
• Estado dos arquivos dos certificados de óbitos e processos
clinico
• Dias de paragem do computador e/ou do software
10ª Revisão da
Classificação Internacional
de Doenças (CID-10)

Roberta Pastore
Jembi Health Systems/MOASIS

Capacitação de Formadores no âmbito


da CID-10
MAPUTO
19-22 de Maio 2014
O que é o CID‐10
• A Classificação Internacional de Doenças
(CID) é também conhecida como
Classificação Estatística Internacional de
Doenças e Problemas Relacionados à Saúde
• É publicada pela Organização Mundial
de Saúde (OMS)
• Atualmente é em vigor a 10ª Revisão (CID‐10)
• Existem várias versões da CID‐10. Em
Moçambique utiliza‐se a versão do
2008
Porque é importante o CID‐10? (1)
Padrão para a classificação e codificação das doenças,
condições patológicas, problemas e circunstâncias
relacionados à saúde

• Uma classificação é o agrupamento e a organização


de informações de forma padronizada e que faça
sentido, mostrando a similaridade entre eventos,
ideias, objectos e pessoas.

• A codificação é a atribuição de um valor


alfanumérico para identificar de maneira unívoca um
evento, ideia, objecto e pessoa.
Exemplo
• Um paciente recebe cuidados para infarto. Este
dado pode ser registado como:
– Infarto
– Infarto do miocárdio Infarto
– Infarto do miocárdio agudo Agudo do
Miocárdio Doença
– IMA
isquémica
– Infarto ventricular I21 do coração
– ataque cardíaco
– infracção do coração
– ….
Doenças do
aparelho
circulatório
Porque é importante o CID‐10? (2)
O CID‐10 permite transformar os dados registados nos processos clínicos,
registos de internamento, registos de consultas, registos específicos dos
programas de saúde, certificados de óbito, etc. em estatísticas de
morbilidade e mortalidade a ser utilizadas para vários objectivos:
• Gestão dos cuidados de saúde e alocação adequada dos recursos
• Avaliação do desempenho dos programas de saúde e
individualização de novos/emergentes desafios no âmbito da saúde
• Comparação entre estatísticas de mortalidade e morbilidade em
vários países
• Arquivo e utilização dos dados clínicos para o controlo da
qualidade dos cuidados
• Reembolso dos gastos de saúde por seguros públicos e privados
Breve historial do surgimento da
CID‐10
Breve historial do CID‐10 ( ) 1

• A primeira “Classificação de Causas de Morte” aprovada e


usada internacionalmente foi publicada em 1883:
conhecida como “Classificação de Causas de Morte de
Bertillon”

• A partir desta, passaram a existir revisões decenais:


1900, 1910, 1920, 1929, 1938, 1948, 1955, 1965, 1975 e
1990

• São conhecidas pelas siglas CID‐1 (1900) até CID‐10 (1990)

• Revisões dos anos 30 e 40 incluem morbilidade


Breve historial do CID‐10 ( ) 2

• Em 1948 a OMS:
– cria um Comitê para propôr definições, modelos de
documentos e outros padrões para obter “estatísticas
de mortalidade por causas uniformes em todos os
países”
– publica a “Classificação Estatística Internacional das
doenças, lesões e causas de óbitos – CID‐6”, que inclui
regras para selecção da causa principal de óbito e
causas externas
Breve historial do CID‐10 ( ) 3

• Nas revisões seguintes (CID‐7 e CID‐8) são feitas


mudanças menores
• Em 1975 a OMS publica a 9ª revisão (CID‐9) que inclui
uma revisão profunda da estrutura da classificação (2
eixos: etiologia e manifestação) e inclusão de causas de
óbitos perinatais
• Em 1990 a OMS publica a 10ª revisão, atualmente em
vigor, muito mais detalhada que inclui também códigos
por co‐ morbilidades
– Periodicamente foram sendo publicadas versões atualizadas na base
das recomendações do WHO‐FIC
• A 11ª revisão é proposta para o ano 2015
Breve historial do CID‐10 ( ) 4

• Ao longo dos anos o número de doenças


e problemas relacionados com a saúde,
incluídos na classificação, foi aumentando
Versão Ano Numero
codigos
CID 1893 161
CID‐6 1948 952
CID‐9 1975 6.701
CID‐10 1990 12.420
CID‐10 – 2008 12.457
versão 2008
CID ‐
• A 10ª Revisão da Classificação Internacional de
Doenças (CID-10) apresentou uma grande expansão
em relação às revisões anteriores
• Entende-se por expansão um maior número de
categorias e subcategorias
• Este aumento não decorre do facto de terem sido
descritas novas doenças, mas porque muitas delas
passaram a ser apresentadas ou descritas, com mais
especificações ou manifestações, o que possibilita
melhor uso em morbilidade
CID‐10 em
• Adotado oficialmente como standard
nacional em 2006
• Usos principais
– Codificação das causas de óbito
• Certificado de Óbito / SIS‐ROH
• Inquéritos sobre causas de óbito
• Pesquisas varias
– Codificação das causas de alta
• SIS‐H
• Varias iniciativas locais / pesquisas
– Certificação de causas de consulta
• Varias iniciativas locais / pesquisas
Apresentação dos volumes da
CID‐10 (1‐2‐3)
Volumes da CID‐10 (1‐2‐3)
• A CID‐10 é publicada pela OMS em 3 volumes
para guias de consulta e o uso padronizado
das listas de definições e códigos
Volume 1

É a chamado “Lista Tabular”. Apresenta:


• “Relatório da Conferência Internacional para a
Décima Revisão da Classificação Internacional de
Doenças”
• Classificação propriamente dita nos níveis de três
e quatro caracteres
– Lista Tabular de Categorias de Três Caracteres
– Lista Tabular de Inclusões e Subcategorias de Quatro Caracteres
• Classificação da morfologia de neoplasias
• Listas especiais de tabulação para mortalidade
e morbidade
• Definições e regulamentos da nomenclatura (em breve)
Volume 2 – Manual de Instrução

No “Manual de Instrução” estão incluídas todas as


implicações sobre a CID‐10, particularmente:
• Como usar a CID‐10 (estrutura da classificação
e convenções), quer em mortalidade, quer em
morbilidade
• Regras e orientações para codificação das causas
de mortalidade e morbilidade
• Apresentação estatística dos dados de mortalidade
e morbilidade
• Historial do CID‐10
• Appendices (lista de causas de óbito improváveis)
Volume 3

• É o “Índice Alfabético”, isto é, ele contém


todos os termos que se encontram na Lista
Tabular (Volume 1), e outros que não se
encontram sob as categorias e subcategorias,
porém sinônimos daqueles aí existentes
• Existem inclusivamente (e é recomendável que
se tenha), certos termos regionais, isto é, de
uso restrito ao país
• Para cada termo, simples ou composto, há
um código na Lista Tabular.
Partes do Volume 3

• O Volume 3 apresenta a Introdução: explica as


finalidades do índice e os seus arranjos (termos
principais e termos modificadores) e
convenções
• Secção 1: lista de causas naturais (doenças,
complicações, manifestações e consequências
de causas externas)
• Secção 2: lista de causas externas
(acidentes, homicídios e suicídios)
• Secção 3: lista de drogas e produtos químicos
Outras ferramentas de referência
ICD‐10 online (PC e telefone)
http://apps.who.int/classifications/icd10/browse/2010/en
ICD‐10 online (PC e telefone)
Equivale ao Volume 1 mas permite pesquisar termos,
servindo também como Volume 3
CID‐10 online
http://www.datasus.gov.br/cid10/V2008/WebHelp/cid10.htm
É a versão portuguesa do ICD‐10 online, mas a função
de pesquiça não funciona bem
CID‐10 online
CID10 Help
• É como o CID‐10 online, mas pode ser
utilizado em offline num computador
Windows
• É gratuito
• Em caso de problemas de compatibilidade
com Window 7, Window 8, Window Vista
 descarregar um ficheiro gratuito para
compatibilidade, no endereço:
http://support.microsoft.com/kb/917607
CID10 Help
http://www.datasus.gov.br/cid10/V2008/descrhlp.htm
PesqCI
• É uma ferramenta de pesquisa de códigos que
pode ser utilizada em offline num computador
Windows
• Corresponde principalmente ao Volume 3
com funções adicionais:
– Permite a pesquisa por definição ou código
– Os resultados da pesquiça são a nível de
categorias e subcategorias (códigos de 3 ou
4 digitos)
– Por cada código fornece informações
sobre termos de inclução e exclução
PesqCI
http://www.datasus.gov.br/cid10/V2008/descrpesq.htm
mICD (feature
• Ferramenta de pesquisa para
telemóveis (no
smartphones)
– Permite pesquisar por definição
ou código
– Os resultados da pesquisa são a
nível de categorias e subcategorias
(códigos de 3 ou 4 dígitos)
– Não fornece informações
adicionais (ex. termos de inclução e
exclução)
CID‐10 App for
• Existem várias Apps que são ferramentas
de pesquisa para smartphones
– Permite pesquisar por definição ou código
– Os resultados da pesquisa são a nível de
categorias e subcategorias (códigos de 3 ou 4
dígitos)
– Não fornecem informações adicionais (ex.
termos de inclução e exclução)
– A maioria são gratuitas
Algumas CID‐
10 Apps for
Android
Lista reduzida de causas de óbito
• É uma ferramenta a ser utilizada em caso
de ausência de qualquer outras ferramenta
de consulta da CID‐10
• Existem várias versões em Moçambique
• A mais atualizada inclui em total 201 códigos:
– 82 são códigos de 3 ou 4 caracteres
– 119 são códigos de agrupamentos/agregação
(identificados por códigos fictícios de 5
caracteres que permitem o registo da informação
na plataforma informatizada do SIS‐ROH)
Lista reduzida de causas de óbito
Estrutura geral do CID‐10
Todas as doenças e problemas relacionados à
saúde são organizado em uma hierarquia com 4
níveis.

Mais gCaepritaullo
22 Capítulos
239 Agrupament
o
Agrupament
o
Agrupamentos
2049 Categorias Categoria Categoria Categoria Categoria

Mais
Subcatego Subcatego SubcatdegoetalhSuabcdateoria
Subcatego Subcatego
12456 Subcategorias ria ria ria ria
go
ria
Estrutura esquematica dos codigos
CID‐10
• Os códigos alfanuméricos incluem:
– 1 caracter  A até Z (excluindo a letra U)
• corresponde aproximadamente ao capitulo
– 2 números (dígitos)  de 00 até 99
• para individualizar a categoria
– 1 número (digito) adicional  de 1 até 9
• vem sempre colocado após ponto
• para individualizar a subcategoria
Estrutura dos códigos CID‐10
• Um código de doença ou problemas relacionados
à saúde deve ter como mínimo 3 dígitos
– 1 Catacter + 2 números: exemplo A09, B20, I44,
V09 3 dígitos = CATEGORIA
• Muitas categoria estão divididas em subcategorias
que são especificações ou detalhes de uma doença
ou problemas relacionados à saúde
– 3 dígitos + . + 1 número: exemplo B20.1 / I44.6 /
V09.1 4 digitos = SUBCATEGORIA

N.B.: No Volume 3, um código como B20.‐ indica


que para esta categoria existem subcategorias
Critérios para criação de capítulos
e agrupamentos
Eixos classificatórios:
•Etiologia
•Localização ou aparato
•Afecções de um período especifico da vida
•Afecções ligadas a um evento especifico
Capítulos ( ) 1

Capítulo Títulos Códigos


I Doenças infecciosas e parasitárias A00‐B99
II Neoplasias (Tumores) C00‐D48
Doenças do sangue, dos órgãos hematopoéticos e
III transtornos imunitários D50‐D89
IV Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas E00‐E90
V Transtornos mentais e comportamentais F00‐F99
VI Doenças do sistema nervoso G00‐G99
VII Doenças do olho e anexos H00‐H59
VIII Doenças do ouvido e da apófise mastóidea H60‐H95
IX Doenças do aparelho circulatório I00‐I99
X Doenças do aparelho respiratório J00‐J99
XI Doenças do aparelho digestivo K00‐K93
Capítulos ( ) 2

Capítulo Títulos Códigos


XII Doenças da pele e tecido subcutâneo L00‐L99
XIII Doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo M00‐M99
XIV Doenças do aparelho génito‐urinário N00‐N99
XV Gravidez, parto e puerpério O00‐O99
XVI Afecções originadas no período perinatal P00‐P96
XVII Malformações congénitas e anomalias cromossómicas Q00‐Q99
Sintomas, sinais e achados anormais não classificados em
XVIII outra parte R00‐R99
XIX Lesões, envenenamento e consequências de causas externas S00‐T98
XX Causas externas V01‐Y99
Factores que influenciam o estado de saúde e o contacto
XXI com os serviços de saúde Z00‐Z99
XXII Códigos especiais U00‐U89
Agrupamentos – Exemplo
Capitulo I ‐ Doenças infecciosas e parasitárias
A00‐A09 Doenças infecciosas
intestinais A15‐A19 Tuberculose
A20‐A28 Doenças bacterianas
zoonóticas A30‐A49 Outras doenças
bacterianas
A50‐A74 Infecções de transmissão predominantemente
sexual A75‐A79 Rickettsioses
A80‐A89 Infecções virais do sistema nervoso central
A90‐A99 Febres virais e hemorrágicas transmitida por artrópodes B00‐
B09 Infecções virais com lesões da pele e das membranas
mucosas B15‐B19 Hepatite viral
B20‐B24 Doença Pelo Vírus da Imunodeficiência Humana
(HIV) B25‐B34 Outras doenças virais
B35‐B49 Micoses
B50‐B64 Doenças causadas por
protozoários B65‐B83 Helmintíases
….. …..
Categorias – Exemplo
• A15‐A19 – Tuberculose
A15 Tuberculose respiratória, com confirmação bacteriológica ou histológica
A16 A17
Tuberculose
A18 A19 das vias respiratórias, sem confirmação Tuberculose do sistema nervos
Tuberculose de outros órgãos Tuberculose miliar

• B20‐B24 ‐ Doença pelo HIV


B20 Doença pelo HIV resultando em doenças infecciosas e parasitárias
B21 B22
Doença
B23 B24
pelo HIV resultando em neoplasias malignas
Doença pelo HIV resultando em outras doenças especificadas Doença pelo HIV result
Doença pelo HIV não especificada
Subcategorias – Exemplo
• B20 – Doença pelo HIV resultando em
doenças infecciosas e parasitaria
B20.0 Doença pelo HIV resultando em infecções micobacterianas
B20.1 Doença pelo HIV resultando em outras infecções
bacterianas B20.2 Doença pelo HIV resultando em doença
citomegálica
B20.3 Doença pelo HIV resultando em outras infecções
virais B20.4 Doença pelo HIV resultando em candidíase
B20.5 Doença pelo HIV resultando em outras micoses
B20.6 Doença pelo HIV resultando em pneumonia por Pneumocystis
jirovecii B20.7 Doença pelo HIV resultando em infecções múltiplas
Doença pelo HIV resultando em outras doenças infecciosas e
B20.8 parasitárias
Doença pelo HIV resultando em doença infecciosa ou parasitária não
B20.9 especificada
Agrupamentos – Exemplo 2
• Capitulo IX ‐ Doenças do aparelho circulatório
I00‐I02 Febre reumática aguda
I05‐I09 Doenças cardíacas reumáticas
crónicas I10‐I15 Doenças hipertensivas
I20‐I25 Doenças isquêmicas do coração
I26‐I28 Doença cardíaca pulmonar e doenças da circulação
pulmonar I30‐I52 Outras formas de doença cardíaca
I60‐I69 Doenças cerebrovasculares
I70‐I79 Doenças das artérias, arteríolas e
capilares I80‐I89 Doenças das veias, vasos linfáticos
Outros Transtornos do aparelho circulatório e os não
I95‐I99 especificados
Categorias – Exemplo 2
• I10‐I15 – Doenças hipertensivas
I10 Hipertensão Essencial (primária)
I11 I12Doença
I13 I15 Cardíaca Hipertensiva Doença Renal Hipertensiva
Doença Cardíaca e Renal Hipertensiva Hipertensão Secundária

N.B. o Codigo I14 não existe


• I20‐I25 ‐ Doenças isquêmicas do coração
I20Angina Pectoris
I21Infarto Agudo do Miocárdio
I22Infarto do Miocárdio Recorrente
I23Algumas complicações atuais subseqüentes ao infarto agudo do miocárdio I24Outras Doe
I25Doença Isquêmica Crônica do Coração
Subcategorias – Exemplo 2
• I10 ‐ Hipertensão Essencial (primária)
Não existem subcategorias para esta doença
• I21 ‐ Infarto Agudo do Miocárdio
I2.10 Infarto agudo transmural da parede anterior do miocárdio
I21.1 I21.2
Infarto
I21.3agudo
I21.4 I21.9
transmural da parede inferior do miocárdio Infarto agudo transmural
Infarto agudo transmural do miocárdio, de localização não especificada Infarto agud
Infarto agudo do miocárdio não especificado

N.B. os codigos I215‐I218 não existem


Agrupamentos – Exemplo 3
• Capitulo XX – Causas externas
V01‐V99 Acidentes de
transporte W00‐W19 Quedas
W20‐W49 Exposição a forças mecânicas
inanimadas W50‐W64 Exposição a forças mecânicas
animadas W65‐W84 Afogamento e submersão
acidentais
W85‐W99 Exposição a corrente eléctrica, radiação e temperatura do
ambiente X00‐X09 Exposição à fumaça, fogo e chamas
X10‐X19 Contato com calor ou substâncias quentes
X20‐X29 Contato com animais e plantas venenosos
X30‐X39 Exposição a forças da natureza
X40‐X49 Intoxicação acidental por e exposição a substâncias
nocivas X60‐X84 Lesão autoprovocada intencionalmente
X85‐Y09 Agressão
Y10‐Y34 Evento de intenção não determinada
Y40‐Y84 Complicações de cuidados médicos e cirúrgicos
…… ……
Categorias – Exemplo 3
• V01‐V99 – Acidentes de transporte
V01 Pedestre traumatizado em colisão com um veículo a pedal
V02 Pedestre traumatizado em colisão com um veículo a motor de 2 ou 3 rodas
V03 Pedestre traumatizado em colisão com um automóvel (carro) ou
caminhonete
Pedestre traumatizado em colisão com um veículo de transporte pesado ou
V04 com um ônibus
V05 Pedestre traumatizado em colisão com trem (comboio)
V06 Pedestre traumatizado em colisão com outro veículo não‐motorizado
Pedestre traumatizado em outros acidentes de transporte e em acidentes
de
V09 transporte não especificados
V10 Ciclista traumatizado em colisão com um pedestre ou um
animal V11 Ciclista traumatizado em colisão com outro veículo a
pedal
V12 Ciclista traumatizado em colisão com um veículo a motor de 2 ou 3
rodas V13 Ciclista traumatizado em colisão com um automóvel ou
caminhonete
…. ………………………
V99 Acidente de transporte não especificado
Subcategorias – Exemplo 3
• V03 ‐ Pedestre traumatizado em colisão
com um automóvel (carro) ou camioneta
Pedestre traumatizado em colisão com um automóvel [carro] ou
V03.0
caminhonete ‐ acidente não‐de‐trânsito
Pedestre traumatizado em colisão com um automóvel [carro] ou
V03.1
caminhonete ‐ acidente de trânsito
Pedestre traumatizado em colisão com um automóvel [carro] ou
V03.9 caminhonete ‐ acidente não especificado se de trânsito ou não de
trânsito
Demostração com a ferramenta
CID‐10 Help
Convensões da CID
Convenções da CID
Existem na CID‐10 algumas abreviaturas, pontuações,
símbolos e termos instrucionais, tais como:

• Termo principal
• Termo modificador • Dois pontos
• Termo de inclusão • Chaveta }
• Termo de exclusão • SOE
• Glossário com descrições • NCOP
• Duplo código: “Sistema Cruz e • “E” em títulos
Asterisco” († e *) • Ponto (.) e traço (-)
• Parênteses • Referências cruzadas
• Colchetes – parentes rectos [ ]
Termo principal e termos modificadores

• Termo principal: é geralmente o nome


de doenças, manifestações ou sintomas
• Termos modificadores: são palavras que
modificam o termo principal e geralmente
se referem a localizações anatómicas,
circunstancias, características clinicas
especificas
N.B.: No volume 3, o termo principal esta marcado em
negrito na margem esquerda em cada coluna. Os
termos principais são indicados a direita e são
elencados com critérios hierárquico
Exemplo de Termos principais e modificadores

Hepatite K75.9 Hérnia, herniária(o) (adquirida)


‐ aguda NCOP K72.0 (recidivante) K46.9
‐ ‐ alcoólica K70.1 ‐ inguinal(direta) (dupla) (externa)
‐ ‐ fulminante – (funicular) (indireta) (infantil)
ver Hepatite, (interna) (interticial) (oblíqua)
viral (escrotal) (deslizamento) K40.9
‐ ‐ infecciosa B15.9 ‐ ‐ bilateral K40.2
‐ ‐ ‐ com coma ‐ ‐ ‐ com
hepático ‐ ‐ ‐ ‐ gangrena (e
B15.0 obstrução) K40.4
‐ ‐ alcoólica (aguda) ‐ ‐ ‐ ‐ obstrução K40.0
(crônica)
K70.1
Termo de Inclusão

• Sob o título dos Capítulos, dos grupos, das


categorias e subcategorias pode existir
certo número de outros termos
diagnósticos, conhecidos como “termos de
inclusão”.

• Eles aparecem como exemplos ou como


guias para o que deve ser codificado sob
aquele Capítulo, agrupamento, categoria ou
subcategoria.
Exemplo de Termo de Inclusão
• Capítulo I ‐ Algumas doenças infecciosas e
parasitárias (A00‐B99). Inclui:
– doenças em geral reconhecidas como contagiosas
ou transmissíveis
• Agrupamento A15‐A19 ‐ Tuberculose. Inclui:
– infecções por Mycobacterium tuberculosis e M. bovis
• Categoria A19 ‐ Tuberculose miliar. Inclui:
– polisserosite tuberculosa
– tuberculose: disseminada, generalizada
• Subcategoria A03.0 ‐ Shiguelose devida a
Shigella dysenteriae. Inclui:
– Shiguelose do grupo A [disenteria de Shiga‐Kruse]
Termo de Exclusão

• Alguns capítulos, agrupamentos, categorias e


subcategorias apresentam uma ou mais
condições precedidas pela palavra “Exclui”.
Isto significa que estas condições ou termos
não devem ser aí codificados
• Em caso de presencia de termo de exclução,
o CID‐10 fornece indicações para a
codificação mais apropriada
Exemplo de Termo de Exclusão ( ) 1

• Capítulo I ‐ Algumas doenças infecciosas e


parasitárias (A00‐B99). Exclui:
– algumas infecções localizadas – ver capítulos relacionados
à localização anatômica
– doenças infecciosas e parasitárias que complicam a gravidez, o
parto e o puerpério [exceto tétano obstétrico e a doença pelo
HIV] (O98.‐)
– doenças infecciosas e parasitárias específicas do período
perinatal [exceto tétano neonatal, sífilis congênita, infecção
gonocócica perinatal e doença perinatal pelo HIV] (P35‐P39)
– gripe [influenza] e outras infecções respiratórias agudas (J00‐J22)
– portador ou suspeito de ser portador de doença infecciosa (Z22.‐)
Exemplo de Termo de Exclusão ( ) 2

• Agrupamento A15‐A19 ‐ Tuberculose.


Exclui:
– pneumoconiose associada com tuberculose (J65)
– seqüelas de tuberculose (B90.‐)
– silicotuberculose (J65)
– tuberculose congênita (P37.0)
• Categoria C50 ‐ Neoplasia maligna da mama. Exclui:
– pele da mama (C43.5, C44.5)
• Subcategoria J15.4 ‐ Pneumonia devida a
outros estreptococos. Exclui:
– pneumonia devida a Streptococcus do grupo B
(J15.3), Streptococcus pneumoniae (J13)
Glossário com Descrições
• O Capítulo V – “Transtornos Mentais e
Comportamentais” dispõe de um glossário
descritivo para indicar o conteúdo das rubricas,
e servir como orientação, uma vez que a
terminologia desses transtornos, varia
conforme o país e a escola psiquiátrica
seguida, podendo o mesmo nome ser utilizado
para outra condição.
Duplo código
“Sistema Cruz e Asterisco” († e *)
• Existem doenças que podem ser classificadas na
base de diferentes eixos classificatorios
• Um eixo corresponde à doença e o outro corresponde
a uma manifestação clinica da mesma doença
• Nestes casos o CID‐10 prevê 2 códigos:
– um é representado por uma cruz (†) e é utilizado para
uma determinada doença
– o outro por um asterisco (*) e é utilizado para
as manifestações dessas doença
N.B. O código * não pode ser utilizado para causa básica
de morte. Pode ser utilizado somente para
morbilidade
Exemplos de Duplo código
“Sistema Cruz e Asterisco” († e *)
• A17.0† Meningite tuberculosa (G01*)
• G01* Meningite em doenças
bacterianas classificadas:
– Meningite gonocócica (A54.8†),
meningocócica (A39.0†), tuberculose (A17.0†),
etc….
• Selecionar A17.0 † como causa de óbito
• Selcionar G01* exclusivamente como causa
de morbilidade
Parênteses ( ) 1

No Volume 1 e 3 são usados para:


•incluir termos suplementares, modificadores,
que poderiam seguir‐se ao termo diagnostico
principal mas que não interferem no código
do termo principal
– Ex. Hipertensão há como codigo I10. Se seguida
por um ou mais dos seguintes termos
(essencial) (primaria)(maligna)(benigna)
(arterial) o codigo não muda
Parênteses ( ) 2

No Volume 1 são usados para:


•Para incluir o código que deverá ser atribuído a um
termo de exclusão
– Ex: B25 Doença por citomegalovírus. Exclui: infecção
congênita por citomegalovírus (P35.1)
•Para incluir o código de categorias de um
determinado agrupamento
– Ex: Anemias nutricionais (D50 – D53)
•Para incluir o código cruz (†) em uma categoria
asterisco (*) e vice-versa
– Ex: G73.1* Síndrome de Eaton-Lambert (C80†)
Colchetes – Parentes Rectos [ ]
• Usados para incluir sinônimos, palavras alternativas
ou frases explicativas
– Exemplo: A30 Lepra [Doença de Hansen] [Hanseníase]
• Para referir a notas antecedentes:
– Exemplo: C02.8 – Neoplasia maligna da língua com
lesão invasiva [Ver nota 5 ao inicio deste capitulo]
• Para fazer referência a um conjunto de subdivisões
de quarto caracter comum a um grupo de categorias
– Exemplo: K25.‐ Úlcera gástrica [Ver subdivisões no início
do agrupamento]
Dois
• Utilizados em listas de termos de inclusão e exclusão,
para indicar que, um ou mais desses termos,
necessita ser completado (termos compostos).
– Exemplo: G71.0 Distrofia muscular. Inclui
• Distrofia muscular (das):
– Autossômica recessiva, infantil, semelhante a Duchenne
ou Becker
– Benigna [Becker]
– Cintura escapular e pélvica
– Exemplo: K36 Outras formas de apendicite. Inclui
• Apendicite:
– Crônica
– Recidivante
Chavet }
Utilizada em alguns termos de inclusão e exclusão,
servindo para indicar, que estes devem ser qualificados
por um ou mais dos termos após a chaveta
•Exemplo: A15.8 Outras formas de tuberculose das vias
respiratórias, com confirmação bacteriológica e
histológica. Inclui
– Tuberculose (da) (de) (do):
• Mediastino
• Nariz com confirmação
• Nasofaringe bacteriológica
e histológica
• Seios da face [qualquer
um]
SOE
• Significa “Sem Outra Especificação”
• Os codificadores precisam ser cuidadosos, para
codificar um termo como “não qualificado (não
especificado)”; isto somente poderá ser feito,
quando ficar evidente não existir informação que
possibilite a especificação
– Exemplo: B24 Doença pelo vírus da
imunodeficiência humana [HIV] não especificada.
Inclui
AIDS‐related complex [ARC] SOE
Síndrome de imunodeficiência adquirida [SIDA] [AIDS] SOE
NCOP
• A sigla significa “não classificado em outra parte”,
sendo colocada após um termo, quando este não
tem especificação com categoria ou subcategoria
própria
• Geralmente indica códigos de categorias residuais
• No volume 1 aparece a frase por inteiro. No Volume
3 (Índice), aparece a sigla NCOP
– Exemplo: J16 Pneumonia devida a outros
microorganismos infecciosos especificados não
classificados em outra parte. Exclui:
• pneumocistose (B59)
• pneumonia:
– SOE (J18.9)
– congênita (P23.‐)
“E” em Títulos
• “E” significa “e/ou”
– Exemplo: S49.9 Traumatismo não
especificados do ombro e do braço.
Nesse caso é semelhante, o e
indica:
• Traumatismo não especificado do ombro; ou
• Traumatismo não especificado do braço; ou
• Traumatismo não especificado do ombro e
do braço
Ponto (.) e Traço (‐)
Quando aparece no código de uma categoria, significa
que esta tem subcategorias (quatro caracteres)

Exemplo: K25.‐ Úlcera gástrica


A úlcera gástrica tem subcategorias que são:
.0 Aguda com hemorragia
.1 Aguda com perfuração
.2 Aguda com hemorragia e perfuração
.3 Aguda sem hemorragia ou perfuração
.4 Crônica ou não especificada com hemorragia
.5 Crônica ou não especificada com perfuração
.6 Crônica ou não especificada com hemorragia e perfuração
.7 Crônica sem hemorragia ou perfuração
.9 Não especificada como aguda ou crônica, sem hemorragia ou perfuração
Referências Cruzadas

• Podem constar do índice (Volume 3), após


um termo, as indicações “ver” e “ver
também”
• São uma guia para afinar a codificação
verificando todas as possiveis opções por
cada termo
Exercícios de Fixação
Codificar as seguintes doenças ou problemas
relacionados à saúde:
1. Hérnia inguinal bilateral com gangrena e
obstrução 2.Infecção congénita por citomegalovirus
3.Pessoa atropelada por um
carro 4.Tuberculose meníngea
5.Queimadura com agua
fervente 6.Insuficiência
miocárdica 7.Ulcera gástrica
perfurada 8.Malaria grave
9.Disenteria
10.Tumor
pulmonar
OBRIGADA
Regras de seleção

Roberta Pastore
Jembi Health Systems/MOASIS

Capacitação de Formadores no âmbito


da CID-10
MAPUTO
19-22 de Maio 2014
Bloco VII : Condições e causas de óbito

• Destina‐se a colher informações sobre as causas de


óbito (determinada ou não por autopsia)
• As causas são classificadas como directa, intermedia e básica
• Somente 1 causa por linha pode ser preenchida
• Cada causa inclui a descrição da doença/problema relacionado
com a saúde, a sua duração e o código CID‐10 correspondente
• Esta secção fornece as informações para elaboração das
estatísticas de mortalidade por causa especifica
Definição das causas de óbito (1)
• Causa Básica = É a doença ou lesão que iniciou cadeia de
acontecimentos patológicos que conduziram directamente
à morte do paciente/individuo, ou a circunstâncias do
acidente ou violência que produziram a lesão fatal
• Causa directa = É a doença, lesão ou complicação que,
a juízo médico, levou directamente à morte do
paciente/individuo
• Causa intermedia = é a doença, lesão ou complicação que
ocorreu em algum momento entre a causa básica e a
causa directa da morte
As causas básica, intermédia e directa tem uma relação de causa e
Definição das causas de óbito (2)
• Raramente a causa básica pode coincidir com a
causa directa, exemplo:
• Raiva
• Aneurisma da aorta
• A causa intermedia pode não existir, exemplo:
• Infecção meningocóccica  Septicemia
• Causa básica utilizada principalmente para avaliação
do estado de saúde da população e para finalidades de
saúde publica (ESTATÍSTICAS DE MORTALIDADE)
Definição das causas de óbito (3)
• Causa directa utilizada principalmente para
administração/gestão hospitalar e para definição
dos recursos necessários
• Quando possível, evitar de utilizar para a causa directa os
mecanismos de óbito: insuficiência cardíaca e parada
cardíaca (códigos “lixo”), choque hipovolêmico, etc.
• Causa intermedia não esta sendo utilizada para
estatísticas mas é necessária para verificar a logica e
a relação de causa/efeito da sequencia dos eventos
que levaram ao óbito
Definição das causas de óbito:
Exemplos
Interme
Básica Directa
dia

Hepatite Cirrose
hepática,
Sangramento
das varizes
B Hipertensão do esófago

Óbit
portal

Hipertensão Insuficiência
cardíaca
Edema agudo do
pulmão
hipertensiva

Neoplasia Neoplasia
secundaria do fémur e fratura patológicaEmbolia
maligna da mama pulmonar
Principio geral (PG) para seleção
causa básica de óbito (1)

• Principio geral: quando tem mais do que


uma doença no certificado, a condição
introduzida na linha da causa básica deve ser
a causa que originou todas as condições
listadas acima
• Isso é uma “Sequencia informada”
Regras de seleção da causa básica
óbito (1)
• As vezes os CO são mal preenchidos, sem respeitar
as instruções e as definições de causas básica e
directa
– Falta de sequencia logica aceitável entre eventos patológicos
– Causa básica improvável ou mal definida
– Múltiplas causas indicadas como básicas ou directas
• Nestes casos o PG não se pode aplicar
• Isso dificulta o uso das informações do CO
para elaboração de estatísticas uteis e fiáveis
• Se não for possível atingir o medico certificador
para corrigir o CO pode‐se aplicar algumas regras de
Regras de seleção da causa básica
seleção
Regras de seleção da causa básica de óbito ( ) 2

• Regra 1 (RS1) = Quando houver uma sequência lógica que


termina na causa mencionada como directa, selecciona a
causa que originou esta sequência (ex.1). Se houver mais de
uma sequência terminando nas causas mencionadas como
directas, selecciona a causa originaria inicial da sequência
terminando na causa directa mencionada por primeira
(ex.2)
DIRECTA INTERMEDIA BASICA
1. Broncopneumonia 1. Infarto cerebral
2. Úlcera gástrica
1. Varizes esofagianas 1. Doença
2. Insuficiência reumatica cronica
cardíaca congestiva cardiaca
2. Cirrose hepatica
Regras de seleção da causa básica de óbito ( ) 3

• Regra 2 (RS2) = Quando não existir uma sequência logica


e causal terminando na afecção mencionada como causa
directa, selecciona a primeira afecção mencionada

DIRECTA INTERMEDIA BASICA


1. Gangrena do pé 1. Anemia perniciosa 1. Arteriosclerose
1. Doença
cardíaca
reumática
2. Doença
cardíaca
arteriosclerótica
1. Doença 1. Bronquite
fibrocística do 2. Bronquiectasia
pâncreas
Regras de seleção da causa básica de óbito ( ) 4

• Regra 3 (RS3) = Quando a causa básica indicada ou


seleccionada utilizando as regras 1 e 2 for uma consequência
directa de uma outra afecção mencionada em qualquer
lugar, selecciona esta afecção primária
• N.B. esta regra é muito importante para
condições relacionadas com HIV

1. DIRECT INTERMEDIA
1. Derrame pleural 1. T BASICHIV ando
Insuficiência B result
1. Toxoplasmose 1. Pneumonia por Pnumocystis
1. HIV RS1 ? HIV
cerebral RS2 ? 2. Burkitt Linfoma resultando
em doenças
multiplas
Exercício 1

Causa Directa Hemorragia cerebral


Causa Pielonefrite
intermedia cronica,
hipertensão
Causa Básica Adenoma da próstata
Exercício 2

Causa Directa Senilidade


Causa Pneumonia hipostática
intermedia
Causa Básica Artrite reumatoide
Exercício 3

Causa Directa Infarto do miocárdio


Causa Doença
intermedia vascular
arteriosclerótica
Causa Básica Influenza
Exercício 4

Causa Directa Sarcoma de Kaposi


Causa TB
intermedia
Causa Básica HIV
Exercício 5

Causa Directa Síndrome de Down


Causa Doença congénita do coração
intermedia
Causa Básica Prematuridade, atelectasia
Exercício 6

Causa Directa Tétano neonatal


Causa Infecção do cordão umbilical
intermedia
Causa Básica Parto em casa
Exercício 7

Causa Directa Acidente de


carro,
politraumatismo
Causa Infarto do miocárdio
intermedia
Causa Básica Hipertensão, diabete
Analise de dados

Roberta Pastore
Jembi Health Systems/MOASIS

Capacitação de Formadores no âmbito


da CID-10
MAPUTO
19-22 de Maio 2014
Principios gerais
• Estatísticas de mortalidade servem para:
– Descrever o perfil epidemiológico da população
e evolução no tempo
– Atividade de saúde publica para prevenção
das mortes evitáveis
– Melhorar a qualidade dos cuidados nas US
– Melhorar alocação de fundos para o setor de saúde
– Avaliar o impacto de programas de controlo
das doenças
Neoplasia maligna da mama, Paises desenvolvidos
Mortalidade maternal, Africa Central,1980-2010

1980 2010

Obitos por sarampo, UK, 1940-2000


Principios
• Para obter estatísticas de mortalidade
é necessário:
– Preencher o CO com causas de óbito [MEDICOS]
• Preencher todos os dados do CO
• Usar as regras do CID‐10 para seleção da causa básica
– Introdução das informações numa base de
dados [ESTATISTICOS]
• Fluxo de dados até o lugar onde esta instalado o
sistema para gestão de dados
• Controlo de qualidade do CO (aplicação das regras
de seleção e modificação da causa básica, se
necessário)
• Introdução dos dados num sistema informatizado
Principios
– Analise dos dados [ESTATISTICOS,
MEDICOS, DIS/MISAU]
• A nível local e nacional
• Seguir um roteiro de analise (tabulação)
– Interpretação e Validação dos dados
• Controlo de qualidade dos dados
• Verificar se os dados são compatíveis com outras
informações disponíveis (ex. óbitos por HIV com
a prevalência da infeção)
A melhor maneira para validar os dados e
melhoras a sua qualidade é USAR OS
DADOS
Roteiro de analise e
Analisar os dados por:
1. Características demográficas:
– Sexo
– Idade
– Residência (até distrito ou província)
2. Local e circunstancias de óbito:
– Intra‐ ou extra‐hospitalar
• Se intra‐hospitalar: departamento e serviço
de internamento e tipo de admissão
– Mês ou dia da semana de óbito
Roteiro de analise e
3. Causas de óbito básica:
– Tabulação por capitulo
– Tabulação por agrupamentos
– Tabulação por categorias
– Tabulação por subcategorias
– Analise por causa de óbito e faixa etária e sexo
4. Qualidade dos dados:
– % de causa básica codificada com causas
mal definidas e códigos lixo
– Incompatibilidade entre causa e sexo ou idade
– Discrepância entre causa básica e directa
Estatisticas de mortalidade disponiveis em
Moçambique

Não há dados do registo civil


• Inquérito nacional das causas de óbito (INCAM) – 2007
• Dados do HDSS de Manhiça
• Estudos (2003 e 2008)
• Relatório da analise do SIS‐ROH 2009‐2011 (rascunho
da analise de 2012‐2013)
SIS‐ROH
Atualmente é a única fonte de dados
de mortalidade recolhidos
rotineiramente
• SIS‐ROH esta sendo gradualmente
expandido desde o 2009
• Dados disponíveis são:
– Óbito intra‐hospitalares
• Dos anos 2009‐2013 somente no Hospital Central
de Maputo (HCM)
• Dos anos 2011‐2013 em 10 hospitais
– Óbitos extra‐hospitalares certificados no HCM
– Cobertura do 9% em 2013
Tipo de óbitos a ser registados no RC
Todos os óbitos

SIS‐ROH
Óbitos na comunidade
Óbitos nos hospitais (fora do SNS)

Óbitos no SNS

Outros óbitos: ex. acontecidos fora do País, etc


Óbitos registados no SIS‐ROH,
Hospital Província Óbitos
Central de Beira Sofala 3251
Central de Maputo Maputo Cidade 6384
Geral de José Macamo Maputo Cidade 2625
Geral de Mavalane Maputo Cidade 818
Geral de Machava Maputo Província 840
Central de Nampula Nampula 10957
Distrital de Nacala Nampula 10
35000
Provincial de Chimoio Manica 2024 32405
Provincial de Inhambane Inhambane 417 30000 Extra‐hospital
25914
Provincial de Lichinga Niassa 1086 25000 Intra‐hospital
Rural de Cuamba Niassa 260
20000
Provincial de Pemba Cabo Delgado 325 16081
Provincial de Quelimane Zambézia 1404 15000
9794
Provincial de Tete Tete 1214 10000
44575259
Provincial de Xai‐Xai Gaza 690
5000
Rural de Chokwe Gaza 28
0
Rural de Manjacaze Gaza 4
CS de Chicualacuala Gaza 13 2008 2009 2010 2011 2012 2013
CS de Guija Gaza 11
CS de Mabalane Gaza 3
CS de Macia Gaza 23
CS de Massangena Gaza 7
CS de Massingir Gaza 11
Total 32405
Cobertura do SIS‐ROH por

Província de residênciaNo. obitos registados Cobertura do SIS‐


em 2013 ROH
Cabo Delgado 408 1%
Cidade de Maputo 5239 43%
Gaza 887 3%
Inhambane 559 3%
Manica 2073 7%
Província de Maputo 5237 28%
Nampula 10721 17%
Niassa 1379 6%
Sofala 2960 9%
Tete 1246 4%
Zambézia 1696 3%
Total 32405 9%
Discrepância entre província de residência do falecido
e província onde se situa o hospitais onde ocorreu o
óbito, 2013
5000

4000

3000

2000

1000

‐1000

‐2000

‐3000

‐4000

‐5000
Distribuição por sexo e residência, 2013
Feminino Masculino
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Distribuição por faixa etária, 2013

55‐64
65+
45‐54 6%
7%
9%
0‐7d
35‐44 19%
12%
<1
31%
8‐28d
25‐34 4%
16% 29d‐12m
8%
15‐24 1‐4
7% 8%
5‐14
4%
Distribuição por faixa etária e
residência, 2013
40%

35% Cabo Delgado

Cidade de
30% Maputo
Gaza

Inhambane
25%
Manica

20% Maputo

Nampula
15%
Niassa

10% Sofala

Tete
5%
Zambézia

0%
<1 1‐4 5‐14 15‐24 25‐34 35‐44 45‐54 55‐64 65+
Distribuição por mês de óbito, 2009‐
3500

3000 Greve?

2500

2000
Artefacto dos
dados
1500

1000

500

Jan Fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
2009 2010 2011 2012 2013
Distribuição por tipo de admissão,
100%

90%

80%

70%
Urgente dum
60% serviço de urgência

50% Transferencia
doutra US
40%
Nascimentos e
30% consultas externas
20%

10%

0%
HC HP HG HR/HD CS
Distribuição por departamento, HCM,

N. óbitosTaxa de mortalidade
Departamento
intra-hospitalar/100
Cirurgia 330 3.4
Gineco/Obst 266 2.6
Medicina 2051 14.8
Ortopedia 51 1.5
Pediatria 1647 11.6
UCI 787 42.2
SO de Adultos 93 -
Clinica Especial 54 2.4
Total 5279 9.5
Distribuição por departamento, HCM,
2008‐2011
18
16 15.7
14.8
14
12 11.6

10
8.9
8
6
4 3.4
2.9 2.6
2 1.3 1.0 1.5
0
Cirurgia Ginecologia / Medicina Ortopedia Pediatria
Obstetrícia
2008 2009 2010 2011
Distribuição por causa básica – Capitulo, 2013
Capitulo N % % cum.
D. infecciosas 12 801 40.9% 40.9%
Afecções do período perinatal 5 789 18.5% 59.4%
D. do aparelho respiratorio 1 950 6.2% 65.7%
D. do aparelho circulatório 1 822 5.8% 71.5%
Sintomas, sinais e achados anormais 1 363 4.4% 75.8%
Neoplasias 1 123 3.6% 79.4%
D. endócrinas e nutricionais 1 091 3.5% 82.9%
D. hematológicas e imunitárias 975 3.1% 86.0%
D. do sistema nervoso 771 2.5% 88.5%
Causas externas 678 2.2% 90.7%
Consequências de causas externas 651 2.1% 92.7%
Gravidez, parto e puerpério 630 2.0% 94.8%
D. do aparelho digestivo 569 1.8% 96.6%
Malformações congênitas 469 1.5% 98.1%
D. do aparelho geniturinário 344 1.1% 99.2%
Transtornos mentais 65 0.2% 99.4%
D. do sistema osteomuscular 63 0.2% 99.6%
D. da pele e do subcutâneo 62 0.2% 99.8%
Fatores que influenciam o estado de saúde 31 0.1% 99.9%
D. do olho e anexos 29 0.1% 100.0%
D. do ouvido e da mastóide 9 0.0% 100.0%
Códigos para propósitos especiais 1 0.0% 100.0%
Total 31 286
Distribuição por causa básica e província – Capitulo, 2013
Cabo Cidade de Inham Man Map Nam Nias Sofa Zam
Rótulos de Linha Delgado Maputo Gaza bane ica uto pula sa la Tete bézia
D. infecciosas 50.0 47.3 64.0 38.9 41.6 46.4 30.2 37.5 42.4 46.9 57.6
Afecções perinatais 1.7 12.7 4.7 3.4 28.2 21.7 22.6 17.5 19.1 16.7 4.4
D. do ap. respiratorio 6.2 4.6 3.6 7.1 9.3 3.5 7.4 8.8 6.2 6.6 6.1
D. do ap. circulatório 9.4 9.6 5.5 8.5 3.3 6.2 4.4 6.7 5.0 4.7 6.6
Sintomas e sinais 3.2 1.7 1.6 4.9 1.7 3.6 8.2 2.0 1.2 2.7 2.8
Neoplasias 4.7 5.2 4.2 5.4 1.1 2.9 2.3 2.9 9.7 1.3 2.8
D. endócrinas e nut. 2.7 3.4 3.6 2.7 3.7 2.3 3.9 7.0 2.0 6.0 2.7
D. hematológicas 3.2 1.1 1.3 4.2 1.4 1.1 4.7 2.6 5.4 2.4 3.8
D. do sistema nervoso 2.2 2.1 2.3 4.2 2.8 1.3 3.1 1.5 3.0 1.8 2.1
Causas externas 3.4 2.4 1.2 1.1 0.6 1.9 3.6 1.1 0.4 0.6 0.6
Conseqüências de c. ext 6.2 1.3 3.5 9.2 2.6 1.0 1.8 3.6 0.5 4.5 4.3
Gravidez, parto e puer. 0.2 2.0 0.7 0.9 1.7 3.5 2.0 3.5 1.0 1.0 1.2
D. do aparelho digestivo 3.0 2.3 1.4 4.2 1.1 1.4 1.5 3.0 1.3 3.0 2.7
Malformações congênitas 1.0 1.2 0.5 1.6 0.3 1.0 2.8 0.4 0.7 0.3 0.5
D. do ap. geniturinário 1.7 2.1 0.8 1.8 0.5 1.5 0.8 0.9 0.7 0.6 0.8
Transtornos mentais 0.2 0.2 0.3 0.2 0.0 0.2 0.1 0.3 0.3 0.3 0.3
D. do sist. osteomuscular 0.2 0.3 0.3 0.0 0.0 0.1 0.2 0.2 0.4 0.1 0.3
D. da pele 0.5 0.3 0.3 0.4 0.1 0.1 0.2 0.1 0.1 0.4 0.1
Fatores que influenciam 0.2 0.1 0.1 1.1 0.0 0.0 0.1 0.2 0.1 0.0 0.1
D. do olho e anexos 0.0 0.0 0.0 0.2 0.0 0.0 0.1 0.0 0.3 0.0 0.1
D. do ouvido e mastóide 0.0 0.0 0.1 0.0 0.0 0.0 0.0 0.1 0.0 0.1 0.1
Distribuição por causa básica – Agrupamento, 2013
Causa N % % cum.
Doença pelo HIV 8411 26.9% 26.9%
Transtornos relacionados com a duração da gestação e crescimento fetal 1989 6.4% 33.2%
Doenças causadas por protozoários 1738 5.6% 38.8%
Gripe e pneumonia 1579 5.0% 43.8%
Doenças respiratórias e cardiovasculares específicas do período perinatal 1558 5.0% 48.8%
Outras afecções originadas no período perinatal 1367 4.4% 53.2%
Doenças infecciosas intestinais 872 2.8% 56.0%
Doenças hipertensivas 869 2.8% 58.8%
Outras doenças bacterianas 817 2.6% 61.4%
Causas mal definidas e desconhecidas de mortalidade 774 2.5% 63.8%
Tuberculose 732 2.3% 66.2%
Desnutrição 672 2.1% 68.3%
Infecções proprias do período perinatal 629 2.0% 70.3%
Anemias aplástica e outras 495 1.6% 71.9%
Doenças inflamatórias do sistema nervoso central 495 1.6% 73.5%
Doenças cerebrovasculares 439 1.4% 74.9%
Outras formas de doença cardíaca 373 1.2% 76.1%
Anemias nutricionais 336 1.1% 77.2%
Sintomas e sinais gerais 335 1.1% 78.2%
Acidentes de transporte 330 1.1% 79.3%
Diabetes mellitus 323 1.0% 80.3%
Outras causas 6153 19.7% 100.0%
Distribuição por causa básica – Categoria, 2013
Causa obito N % % cum.
B24 Doença Pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) Não Especificada 4656 14.9% 14.9%
B20 Doença Pelo HIV, Resultando em Doenças Infecciosas e Parasitárias 2983 9.5% 24.4%
P07 Gestação de curta duração e peso baixo ao nascer NCOP 1959 6.3% 30.7%
J18 Pneumonia Por Microorganismo Não Especificada 1508 4.8% 35.5%
B50 Malária Por Plasmodium Falciparum 1376 4.4% 39.9%
P95 Morte Fetal de Causa Não Especificada 1331 4.3% 44.2%
P21 Asfixia ao Nascer 1264 4.0% 48.2%
A09 Diarréia e Gastroenterite de Origem Infecciosa Presumível 825 2.6% 50.8%
R99 Outras Causas Mal Definidas e as Não Especificadas de Mortalidade 744 2.4% 53.2%
A41 Outras Septicemias 718 2.3% 55.5%
I10 Hipertensão Essencial (primária) 647 2.1% 57.6%
P36 Septicemia Bacteriana do Recém‐nascido 584 1.9% 59.4%
D64 Outras Anemias 447 1.4% 60.9%
B22 Doença Pelo (HIV) Resultando em Outras Doenças Especificadas 375 1.2% 62.1%
A16 Tuberculose Das Vias Respiratórias, Sem Confirmação Bacteriológica 327 1.0% 63.1%
D50 Anemia Por Deficiência de Ferro 301 1.0% 64.1%
E41 Marasmo Nutricional 291 0.9% 65.0%
B54 Malária Não Especificada 286 0.9% 65.9%
A15 Tuberculose Respiratória, Com Confirmação Bacteriológica e Histológica 263 0.8% 66.8%
I64 Acidente Vascular Cerebral, Não Especificado Como Hemorrágico ou Isquêmico 243 0.8% 67.5%
G04 Encefalite, Mielite e Encefalomielite 219 0.7% 68.2%
B23 Doença Pelo HIV Resultando em Outras Doenças 213 0.7% 68.9%
Q51 Malformações Congênitas do Útero e do Colo do Útero 206 0.7% 69.6%
E14 Diabetes Mellitus Não Especificado 203 0.6% 70.2%
E42 Kwashiorkor Marasmático 198 0.6% 70.9%
Outras causas 9119 29.1% 100.0%
Distribuição por causa básica – Subcategoria, 2013
Causa N % % cum
B24 Doença Pelo HIV Não Especificada 4656 14.9% 14.9%
P95 Morte Fetal de Causa Não Especificada 1331 4.3% 19.1%
J180 Broncopneumonia não especificada 1189 3.8% 22.9%
P073 Outros recém‐nascidos de pré‐termo 969 3.1% 26.0%
B207 Doença pelo HIV resultando em infecções múltiplas 844 2.7% 28.7%
A09 Diarréia e Gastroenterite de Origem Infecciosa Presumível 825 2.6% 31.4%
R99 Outras Causas Mal Definidas e as Não Especificadas de Mortalidade 744 2.4% 33.7%
I10 Hipertensão Essencial (primária) 647 2.1% 35.8%
B200 Doença pelo HIV resultando em infecções micobacterianas 610 1.9% 37.8%
P072 Imaturidade extrema 539 1.7% 39.5%
P21 Asfixia ao Nascer 536 1.7% 41.2%
A419 Septicemia não especificada 501 1.6% 42.8%
B500 Malária por Plasmodium falciparum com complicações cerebrais 496 1.6% 44.4%
P210 Asfixia grave ao nascer 486 1.6% 45.9%
B20 Doença Pelo HIV, Resultando em Doenças Infecciosas e Parasitárias 437 1.4% 47.3%
B208 Doença pelo HIV resultando em outras doenças infecciosas 405 1.3% 48.6%
B509 Malária não especificada por Plasmodium falciparum 327 1.0% 49.7%
B50 Malária Por Plasmodium Falciparum 317 1.0% 50.7%
D649 Anemia não especificada 314 1.0% 51.7%
E41 Marasmo Nutricional 291 0.9% 52.6%
B54 Malária Não Especificada 286 0.9% 53.5%
P36 Septicemia Bacteriana do Recém‐nascido 279 0.9% 54.4%
P369 Septicemia bacteriana não especificada do recém‐nascido 268 0.9% 55.3%
Outras causas 13640 44.7% 100.0%
Distribuição por causa e faixa etária, 2013
10000 Outras causas

9000 Causas externas

8000 D. do sistema nervoso

7000 D. hematológicas e
imunitárias
6000
D. endócrinas e nutricionais

5000 Neoplasias

4000 Sintomas, sinais e achados


anormais
3000
D. do aparelho circulatório

2000
D. do aparelho respiratorio

1000 +

0
0‐28d 29d‐12m 1‐4 5‐14 15‐24 25‐44 45‐64 65
A c
f c
e i
c o
ç s
õ a
e s
s

d
o

p
e
r
í
o
d
o

p
e
r
i
n
a
t
a
l
D.
infe
Distribuição por causa e faixa etária
em
2500
Outras causas

D. endócrinas e nutricionais
2000
D. do sistema nervoso

D. hematológicas e
1500 imunitárias
Gravidez, parto e puerpério

1000
Neoplasias

Sintomas, sinais e achados


anormais
500 D. do aparelho respiratorio

D. do aparelho circulatório

0
D. infecciosas
15‐24 25‐34 35‐44 45‐54 55‐64 65+
Distribuição por causa e faixa etária
em
3000
Outras causas

D. do sistema nervoso
2500

D. do aparelho digestivo

2000
D. hematológicas e
imunitárias
Causas externas
1500

Neoplasias

1000
Sintomas, sinais e achados
anormais
D. do aparelho respiratorio
500

D. do aparelho circulatório

0
D. infecciosas
15‐24 25‐34 35‐44 45‐54 55‐64 65+
Distribuição por causa e faixa etária em
CRIANÇAS, 2013
0‐ 8‐28d 29d‐12m 1‐4
Causas de óbitos por idade pediatrica 7d
N % N % N % N %
Transtornos relacionados com a duração da
gestação e crescimento fetal 1584 26.5% 283 24.2% 86 3.6% 31 1.2%
Doenças respiratórias e cardiovasculares
específicas do período perinatal 1349 22.6% 104 8.9% 61 2.5% 38 1.5%
Outras afecções do período perinatal 1270 21.3% 32 2.7% 40 1.7% 15 0.6%
Doenças causadas por protozoários 43 0.7% 15 1.3% 237 9.8% 525 20.4%
Doença pelo HIV 80 1.3% 84 7.2% 293 12.1% 296 11.5%
Infecções proprias do período perinatal 299 5.0% 214 18.3% 72 3.0% 21 0.8%
Desnutrição 19 0.3% 9 0.8% 164 6.8% 403 15.6%
Gripe e pneumonia 50 0.8% 42 3.6% 301 12.5% 184 7.1%
Doenças infecciosas intestinais 34 0.6% 17 1.5% 237 9.8% 211 8.2%
Outras doenças bacterianas 82 1.4% 55 4.7% 169 7.0% 131 5.1%
Causas mal definidas e desconhecidas 60 1.0% 15 1.3% 66 2.7% 119 4.6%
Anemias aplástica e outras 38 C00.8 15 1.3% 80 3.3% 96 3.7%
6%.8
Malformações congênitas dos órgãos genitais 189 ‐ 3 0.3% 5 0.2% 8 0.3%
H3.2C
%B
Neoplasias mal. de lábio, cavidade oral, faringe 100 1.7% 12 1.0% 44 1.8% 6 0.2%
Doenças inflamatórias do SNC 7 0.1% 14 1.2% 58 2.4% 48 1.9%
Assistência prestada à mãe por problema fetal,
da cavidade amniótica e problemas do parto 103 1.7% 8 0.7% 7 0.3% 0.0%
Complicações da gravidez e parto 109 1.8% 3 0.3% 4 0.2% 1 0.0%
Sintomas e sinais gerais 31 0.5% 11 0.9% 23 1.0% 39 1.5%
Doenças hemorrágicas e hematológicos do feto
e do recém‐nascido 65 1.1% 16 1.4% 16 0.7% 4 0.2%
Queimaduras e corrosões 0.0% 0.0% 18 0.7% 44 1.7%
Outras causas 455 7.6% 217 18.6% 435 18.0% 358 13.9%
Causa directa para óbitos por
prematuridade
P22 Aangústia
Respiratória do
P36 Septicemia
RN 14%
Bacteriana do
Recém‐ nascido
13% P28 Outras Afecções
Respiratórias
8% P80 Hipotermia do
Recém‐nascido
P21 Asfixia ao Nascer A41 Outras 1%
9% Septicemias
1% P02 Feto e RN
Afetados Por
P07 Prematuridade Complicações da
43% Placenta e
Cordão Umbilical
1%
P53 Doença
P02 outras Hemorrágica do
causas Feto e do RN
8% J96 Insuficiência
1%
Respiratória não
especificada
1%
Analise de doença especifica: HIV
1400

1200
Feminino
1000 Masculino

800

600

400

200

0
<1 1‐4 5‐14 15‐24 25‐34 35‐44 45‐54 55‐64 65+
Óbitos por HIV distribuidos por subcategoria

HIV not specified


1.1%
HIV + TB
0.4%
0.2%
0.3% HIV + multiple infections
0.4%
HIV + encephalopathy
2.5% 71.9%
2.9% HIV + bacterial infections
4.2%
HIV + Kaposi sarcoma
5.0%
HIV + mycotic infections
11.2%
HIV + Burkitt lynphoma

HIV + other malignant


neoplasm
Controlo da qualidade dos
2009 2010 2011 2012 2013
Total óbitos 5259 ‐ 9794 ‐ 16081 ‐ 25914 ‐ 32405 ‐
Fatores que influenciam o
estado de saúde 30 0.6% 70 0.7% 59 0.4% 38 0.1% 31 0.1%
Não Especificada 16 0.3% 89 0.9% 27 0.2% 0.0% 0.0%
Sintomas, sinais e achados
anormais 82 1.6% 170 1.7% 239 1.5% 968 3.7% 1378 4.3%
R99 = Causas mal definidas e
Não Especificadas 0.0% 14 0.1% 21 0.1% 545 2.1% 753 2.3%
Total causas mal definidas 128 2.4% 329 3.4% 325 2.0% 1006 3.9% 1409 4.3%
I472 0.0% 1 0.0% 0.0% 1 0.0% 0.0%
I490 1 0.0% 1 0.0% 1 0.0% 0.0% 0.0%
I46 4 0.1% 9 0.1% 4 0.0% 3 0.0% 9 0.0%
I50 11 0.2% 16 0.2% 30 0.2% 42 0.2% 63 0.2%
I514 0.0% 0.0% 1 0.0% 0.0% 1 0.0%
I515 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0%
I516 1 0.0% 0.0% 3 0.0% 3 0.0% 0.0%
I519 0.0% 1 0.0% 6 0.0% 8 0.0% 9 0.0%
I709 1 0.0% 12 0.1% 18 0.1% 21 0.1% 18 0.1%
C76 5 0.1% 16 0.2% 10 0.1% 16 0.1% 14 0.0%
C80 1 0.0% 19 0.2% 23 0.1% 20 0.1% 41 0.1%
C97 2 0.0% 2 0.0% 1 0.0% 0.0% 5 0.0%
Y10‐Y34 4 0.1% 6 0.1% 2 0.0% 26 0.1% 97 0.3%
Y872 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0%
Total códigos lix 30 0 6% 83 0 8% 99 0 6% 140 0 5% 257 0 8%
Controlo da qualidade dos

• 148 homens mortos por gravidez, parto


e puerpério!
– Uso de códigos do capitulo XV para óbitos
perinatais
• 1 mulher com neoplasia da próstata
Causa directa dos óbitos por HIV,
2013
• TB = 15%
• HIV resultando em algo especificado (B20‐B23) = 10%
• Malnutrição = 1.2%
• Sacoma di Kaposi = 2%
• Malaria = 2%
• Casos de: cólera, raiva, ulcera péptica, doença
alcoólica do fígado, calculose, síndrome de aspiração
neonatal, síndrome de Turner, varias malformações
congénitas, traumatismo intracraniano, falta de
agua, síndrome dos maus tratos, amputação
traumática a nível do pescoço, etc…
Codificação de casos
especificos

Roberta Pastore
• Mortes Maternas
Mortalidade materna (1)

Definição
Todos os óbitos de uma mulher durante a gravidez ou
até 42 dias depois do fim da gravidez,
independentemente da duração e localização da
gravidez, por qualquer causa directamente ligada à
gravidez ou por esta agravada, com excepção de causas
acidentais
Mortes Maternas (2)

• Fala-se de Mortalidade Materna Directa em caos


de óbito por complicações da Gravidez,
Parto e Puerpério.
• Fala-se de Mortalidade Materna Indirecta em
caso de óbitos devidos as outras causas (não
traumaticas) que podem ter sido complicadas pelo
estado de gravidez ou puerperio
• São bastante importantes do ponto de vista de
saúde pública
Mortes Maternas (3)

• No atestado de óbito existe um item para o


Médico preencher, inquerindo, nos casos de
óbitos de mulheres em idade fértil, se o óbito
ocorreu na gravidez, parto ou puerpério. Isto pode
servir de indicativo tratando-se de morte materna.
Mortes Maternas (4)

• Desconfia-se de morte materna os casos de óbitos de


mulheres em idade fértil (10 a 49 anos)
em que as causas básicas seleccionadas nos atestados
de óbito, geralmente, são: embolia, embolia
pulmonar, hemorragia, choque hemorrágico,
anemia aguda, septicemia, sepsis,
• São os casos chamados de “mortes maternas
presumíveis”
Mortes Maternas ( ) 5

• Nos casos de mortes maternas directas usa-se o Capítulo


XV: Gravidez, parto e puerpério.
• São os códigos que iniciam pela letra “O”
• Há excepções (ver nota de exclusão no início do Capítulo
XV):
• Tétano Obstétrico = A34;
• Necrose pós-parto da hipófise = E23.0;
• Transtornos Mentais e comportamentais associados ao
puerpério = F53.-

• Associação entre gravidez e HIV = O98.7 – Doença pelo


HIV complicando gravidez, parto e puerpério
Mortes Maternas ( ) 6

• Todos os casos acima devem ser levados em conta no


cálculo da Taxa de Mortalidade Materna (directa), ou
seja, todas as Causas Básicas codificadas em “O”
(excepto O96 e O97) e mais as Causas Básicas acima
comentadas.
• Há casos raros em que uma causa externa pode ser
considerada “Causa de Morte Materna”. Exemplo:
ruptura de útero gravídico consequente a algum tipo de
acidente ou violência. A Causa Básica será codificada
no Capítulo XX – Causas Externas.
Mortes Maternas
• Quando a Causa Básica for um código “O”, todas as
outras doenças informadas no atestado médico devem
ser codificadas nos seus capítulos de origem.
Mortes Maternas

• Exemplo:

• a) Septicemia • A41.9
• b) Broncopneumonia • J18.0
• c) Choque hemorrágico • R57.1
• d) Placenta prévia • O44.1
Mortes Maternas ( ) 8

• Exemplo
a) Choque
b) Hemorragia
c) Atonia uterina

• Por PG a “atonia uterina” é a causa básica


seleccionada, cujo código é O62.2
Mortes Maternas ( ) 9

• Exemplo

• Insuficiência respiratória;
• Septicemia e Hemorragia;
• Aborto
• Por PG o “aborto” complicado por “septicemia” (primeira
complicação informada) é a causa básica seleccionada e
codificada: O06.5 (ver NOTA na página 693).
• Por que não codificar em O08.0? (ver “aborto” sob O08)

Você também pode gostar