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2013)
1. DECLARAÇÃO DE ÓBITO
Objetivos principais: 1. é o de ser o documento padrão para a coleta das informações sobre
mortalidade que servem de base para o cálculo das estatísticas vitais e epidemiológicas do
Brasil; 2. de caráter jurídico, é o de ser o documento hábil, conforme preceitua a Lei dos
Registros Públicos – Lei 6015/73, para lavratura, pelos Cartórios de Registro Civil, da
Certidão de Óbito, indispensável para as formalidades legais do sepultamento.
A emissão da DO é ato médico, segundo a legislação do País. Portanto, ocorrida uma morte, o
médico tem obrigação legal de constatar e atestar o óbito, usando para isto o formulário
oficial "Declaração de Óbito".
Nota: O ato médico de examinar e constatar o óbito poderá ser cobrado desde que se trate de
paciente particular a quem não vinha prestando assistência.
Em que situações não emitir a DO? 1. No óbito fetal, com gestação de menos de 20
semanas, ou peso menor que 500 gramas, ou estatura menor que 25 centímetros. 2. Peças
anatômicas amputadas. Nesses casos, o médico elaborará um relatório em papel timbrado do
Hospital descrevendo o procedimento realizado. Esse documento será levado ao Cemitério,
caso o destino da peça venha a ser o sepultamento.
Parte II: Outros estados patológicos significativos que contribuíram para a morte, não estando,
entretanto, relacionados com o estado patológico que a produziu.
Para preencher adequadamente a DO, o médico deve declarar a causa básica do óbito em
último lugar (parte I - linha d), estabelecendo uma sequência, de baixo para cima, até a causa
terminal ou imediata (parte I - linha a). Na parte II, o médico deve declarar outras condições
mórbidas pré-existentes e sem relação direta com a morte, que não entraram na sequência
causal declarada na parte I.
No óbito por causas externas? O médico legista, ou perito, deve declarar, na parte I, linha a,
como causa terminal, a natureza da lesão. Na parte I, linha b, como causa básica, a
circunstância do acidente ou da violência responsável pela lesão que causou a morte.
Tempo aproximado entre o início da doença e a morte? O médico não deve se esquecer de
preencher, junto a cada causa, a duração de tempo aproximado da doença (do diagnóstico até
a morte). Essa informação representa importante auxílio à seleção da causa básica.
Fluxo: Causa natural: 1) Médico da localidade 2) se não tiver, tem que chamar um médico
da localidade próxima 3) se não tiver, tem que acionar o Serviço de Verificação de óbito
Causa não – natural: 1) Médico do IML. 2) Se a cidade não tiver IML, médico da
localidade ou uma pessoa designada como perito legista ad hoc designado pelas autoridades
jurídicas e policiais.
2. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Objetivo: fornecer orientação técnica permanente para os profissionais de saúde, que têm a
responsabilidade de decidir sobre a execução de ações de controle de doenças e agravos,
tornando disponíveis, para esse fim, informações atualizadas sobre a ocorrência dessas
doenças e agravos, bem como dos fatores que a condicionam, numa área geográfica ou
população definida. Subsidiariamente, a vigilância epidemiológica constitui-se em importante
instrumento para o planejamento, a organização e a operacionalização dos serviços de saúde.
Tipos de dados:
a) Dados demográficos, ambientais e socioeconômicos - é primordial para a
caracterização da dinâmica populacional e das condições gerais de vida. Ex.: O número de
habitantes, de nascimentos e de óbitos devem ser discriminados segundo características de sua
distribuição por sexo, idade, situação do domicílio, escolaridade, ocupação, condições de
saneamento, entre outras.
b) Dados de morbidade - dados oriundos da notificação de casos e surtos, da produção
de serviços ambulatoriais e hospitalares, de investigações epidemiológicas, da busca ativa de
casos, de estudos amostrais e de inquéritos, entre outras fontes. São os mais utilizados.
c) Dados de mortalidade - Sua obtenção provém de declarações de óbitos, padronizadas
e processadas nacionalmente.
d) Notificação de emergências de saúde pública, surtos e epidemias - detecção
precoce de emergências de saúde pública, surtos e epidemias ocorre quando o sistema de
vigilância epidemiológica local está bem estruturado, com acompanhamento constante da
3. TIPOS DE VALIDADE
Validade interna: grau em que as conclusões de um estudo são corretas para a amostra
investigada. Na análise metodológica no seio da própria investigação, como a compatibilidade
dos grupos estudados, precisão técnica diagnóstica utilizada, procura-se trabalhar técnicas que
validem o estudo, como relevância dos indicadores utilizados, controle dos fatores que
possam dificultar a interpretação e a estatística, que pode precisar o erro da estimativa. Desse
modo, procuram-se falhas internas na própria investigação que possam interferir na conclusão
do trabalho.
Validade externa: É alcançada através da extrapolação das conclusões sobre as amostras para
a população de onde a amostra foi retirada. Nesse caso, a representatividade dos participantes
da amostra foi adequada, do mesmo modo que a amostragem estatística foi estabelecida com
regras corretas e bem aplicadas. Pode haver também generalização das conclusões de uma
população para outras populações que não disponham de informações semelhantes. Uma
população experimental pode ser investigada visando à extrapolação dos achados para uma
população de referência. A primeira extrapolação é baseada na teoria estatística e a segunda
extrapolação é feita com base em julgamentos de caráter subjetivo.
4. VIÉS METODOLÓGICO
Viés: É um erro sistemático e não intencional no qual há uma inferência desviada da realidade
ou processos inadequados que levam a tais desvios. Pode ser causado por questões conceituais
e metodológicas não adequadamente resolvidas. O erro pode ser introduzido em qualquer fase
do estudo. Existem três categorias de viés:
Controle de erros metodológicos: O controle pode ser obtido de maneira preventiva na fase
de planejamento do estudo, no qual será necessário selecionar uma amostra adequada, garantir
técnicas de validação interna, utilizar instrumentos adequados para coleta de dados. Na fase
de execução é preciso garantir que a coleta de dados retratem resultados fies à realidade. Na
fase da análise de dados o controle estatístico é necessário e alguns viés não são mais
corregidos nesse estágio.
c) Viés das perdas: quando pessoas selecionadas para a pesquisa a abandonam ou não
respondem os questionários, isso acaba por produzir diferentes características entre os que
participam da pesquisa e os que não estão participando.
e) Viés de afiliação: ocorre quando grupos específicos são utilizados como indivíduos da
amostra estudada, logo os resultados obtidos não podem ser generalizados para a população
ou a ela comparados (Ex.: uso de atletas).
Amostras aleatórias: São usadas com o objetivo de determinar características de uma dada
população a partir de uma amostra. Nesse caso, as diferenças individuais tem que ser levadas
em conta. O modo de escolha pode ser amostra aleatória simples (sorteio), amostra
sistemática (escolhem-se as unidades por intervalos fixos), amostra estratificada (estratos –
sexo, idade) e amostra por conglomerados.
a) Viés de observador: quando há diferenças sistemáticas nos dados obtidos e tais erros
são imputados ao individuo que coleta, processa, interpreta os dados.
c) Viés por uso de informante inadequado: pode culminar no efeito proxy (usa outra
pessoa próxima ao informante para obter informações), no qual o informante indireto não
possui a total veracidade dos fatos ou das informações.
b) Erro não aleatório (viés): ocorre quando as medidas estão constantemente desviadas
do valor real o que pode alterar o valor dos resultados e implicar numa interpretação errônea
dos dados.
Etiologia dos erros de mensuração: As fontes de variação podem ser a) circunstâncias nas
quais foram feitas as mensurações b) instrumento utilizado na mensuração e c) observador
(efeito halo) ou observado (efeito hawthorne) – variação de observador nas diferenças de
mensuração (entre-observadores e intra-observador). O primeiro pode ser evitado adotando-se
normas específicas de conduta durante a aferição.
- tipo de evento e outros fatores: definir bem o evento, os fatores relacionados ao observador,
ao procedimento em teste e ao ambiente das observações. Para elevar reprodutibilidade é
essencial a clara definição do evento, regras inequívocas de mensuração e esquemas de
classificação, evitando ambiguidades.
- Coeficiente de correlação intraclasse: mede a associação entre eventos, mas pode também
ser usado para expressar a concordância entre eles. Limitações: valores discordantes que se
Tipos de validade
a) Valor preditivo
positivo (%): proporção de
doentes entre os
considerados positivos.
Verdadeiros-positivos/
verdadeiros-positivos +
falsos-positivos.
b) Valor preditivo
negativo (%): proporção de
sadios entre os negativos.
Verdadeiro-nagativos/
verdadeiros-negativos +
falsos-negativos
Po = Prevalência (teste).