Você está na página 1de 135

Curso de Medicina Legal

POLÍCIA CIVIL DE SERGIPE


1-Definição ( Conceito) de Medicina
Legal
a) Ambroise Paré
A medicina legal é a arte de fazer relatórios em juízo

Atenção! Natureza do Conceito de Ambroise Paré

b) Tourdes
A medicina legal é a aplicação dos conhecimentos médicos às
questões que concernem aos direitos e deveres dos homens
reunidos em sociedade

Atenção! Natureza do Conceito de Tourdes


1-Conceito de Medicina Legal
c) Genival Veloso de França
A Medicina Legal é a contribuição da medicina, e da tecnologia e
outras ciências afins, às questões do Direito na elaboração das
leis, na administração judiciária e na consolidação da doutrina.

Atenção !! Natureza do Saber Médico Legal “Segundo França”


Dica! Conceito Autores brasileiros
Renomados
Hélio Gomes
conjunto de conhecimentos médicos e paramédicos destinados a
servir ao Direito, cooperando na elaboração, auxiliando na
interpretação e colaborando na execução dos dispositivos legais,
no seu campo de ação de medicina aplicada;

Afrânio Peixoto
A medicina legal é aplicação de conhecimentos científicos dos
misteres da Justiça
1.1- Conceito de Aula

Atenção !! Importância do Estudo e Aplicação da


Medicina Legal

“ O laudo é, por vezes, o prefácio da sentença judicial”...


1.2- Divisão da Medicina Legal

Medicina Legal Geral X Medicina Legal Especial


Atenção! Divisão da Medicina legal
Especial
I- Antropologia Forense

II- Tanatologia Forense

III- Traumatologia Forense

IV- Asfixiologia Forense


Atenção! Divisão da Medicina legal
Especial
V- Infortunística Forense

VI- Sexologia Forense

VII- Toxicologia Forense


2- Corpo de Delito, Perícias e Peritos em
Medicina Legal
2.1- Conceito de Perícia
• Conjunto de atos científicos (Obedece um método
científico) realizados em um determinado objeto

• Com a finalidade de esclarecer alguma questão de


interesse da justiça
Atenção! Natureza das Perícias
2.2- Peritos
• É o indivíduo com formação e conhecimento técnicos em
alguma área do saber

• Do ponto de vista legal, o perito é um auxiliar da justiça (


Auxilia na aplicação da lei)
2.2.1- Espécies de Peritos
Perito Oficial X Perito Ah Doc

Atenção!
Perito X Assistente Técnico
Dica;
Art 5º Lei 12.030/09: “ São peritos de natureza criminal os peritos
criminais, peritos medico-legistas e os peritos odontologistas

Aspectos Legais aplicados aos peritos


Art 159 CPP O exame de corpo de delito e outras perícias serão
realizados por perito oficial, portador de diploma de curso
superior.
2.3- Exame de Corpo de Delito

• É o exame do conjunto do vestígios deixados pela infração


penal, com a finalidade de constatar a materialidade do crime

• É o conjunto de meios técnicos de comprovação da existência


dos elementos essenciais de um crime

• Nos crimes que deixam vestígios, será indispensável a


realização do exame de corpo de delito direto ou indireto, não
podendo supri-lo a confissão do acusado Art 158 CPP
Ex:

Atenção! Conceito de Crimes que deixam vestígios


Dica! Prioridade na Realização do Exame
de Corpo de Delito ( Lei 13.721/2018)
• Dar-se-á prioridade à realização do exame de corpo de delito
quando se tratar de crime que envolva:

I- Violência doméstica e Familiar contra a mulher

II- Violência Contra a criança, adolescente, idoso ou pessoa com


deficiência
2.3.1- Espécies de Exame de Corpo de
Delito
Direto X Indireto

Atenção ! Finalidade do Exame de Corpo de Delito


3- Documentos Médicos Legais
• São instrumentos formais por meio dos quais a medicina legal
esclarece os questionamentos da justiça

• São Elementos de prova em um processo judicial


Atenção! Espécies de Documentos Médicos
Legais
I-Relatórios

II-Parecer Médico-Legal

III- Notificação

IV-Atestado Médico

V-Prontuário Médico

VI-Depoimento Oral

VII-Consulta Médico-Legal
3.1- Relatórios Médico- Legais (Conceito)

Atenção! Espécies de Relatórios Médico-Legais

Auto Pericial X Laudo Pericial


Dica; Composição do Laudo Pericial:
I- Preâmbulo:
II- Quesitos:
III- Histórico:
IV- Descrição:
V- Discussão:
VI- Conclusão
VII- Respostas aos quesitos
VIII- Encerramento
3.2- Parecer Médico-Legal (Conceito)

Atenção!! Composição do Parecer Médico- Legal


3.3- Depoimento Oral

Atenção!
Depoimento Médico Legal X Depoimento Testemunhal
3.4- Demais Documentos Médico-Legais
a) Notificações
• São comunicações compulsórias feitas pelos médicos às autoridades
competentes de um fato profissional, por necessidade social ou
sanitária, como acidente do trabalho, doenças infectocontagiosas e a
morte encefálica;

• Sua falta enseja o Crime de Omissão Médica art 269 CP: Omissão de
notificação de doença
3.4- Demais Documentos Médico-
Legais
b) Atestado Médico Legal
• É um documento simples e resume-se na Declaração Pura e
Simples, por escrito, de um fato médico e suas consequências

• Tem como finalidade provar um estado mórbido real, atual ou


anterior, para fins de licença, dispensa ou justificativa

Atenção! Comprovação de Doença Mental Para fins de


Imputabilidade Penal
3.4- Demais Documentos Médico-Legais
c) Prontuário Médico
• Constitui-se no registro do atendimento médico legal do
paciente, bem como em todo acervo documental do histórico
do paciente

• Descreve os cuidados médicos que o paciente recebeu


3.4- Demais Documentos Médico-Legais
d) Consulta Médico-Legal
• É uma solicitação, na qual algum interessado ( juiz ou parte) escutam
a opinião de especialista acerca do valor científico de um relatório

• A análise é específica acerca do valor científico da conclusão do


relatório

Atenção! Distinção e Natureza


Consulta Médico Legal X Parecer Médico Legal
4- Métodos e Conceitos de Identidade e
Identificação
a) Identidade

Dica! Espécies de Identidade


b) Identificação

“E pôs o SENHOR um sinal em Caim, para que o não ferisse


qualquer que o achasse" (Gênesis 4:15-16)”

Atenção!! Reconhecimento
Homem Chega em Casa e Interrompe o
próprio Velório
4.1-Fundamentos do Processo de Identidade
a) UNICIDADE\ INDIVIDUALIDADE:

b) IMUTABILIDADE:

c) PERENIDADE:

d) CLASSIFICABILIDADE

e) PRATICALIBIDADE:
4.2- Métodos de Identificação
• Formam o Conjunto de técnicas para formação de um método
de identificação

• Decorrem de variadas áreas do conhecimento (Variadas


ciências elaboram processos de identificação)
4.2.1- Método Antropológico ( Alphonse Bertillon
1882)

Dica; Elementos de caracterização racial:

Forma do crânio
Ângulo facial
Índice tíbio- femural
Índice rádio- umeral
4.2.2- Método/ Sistema Papiloscópico de
Identificação ( Juan Vucetich
4.2.2.1- Características das Impressões
Digitais
a) Imutabilidade

b) Variabilidade

C) Perenidade
Dica! Classificação dos tipos fundamentais do
Datilograma de Vucetich
a) Arco: são impressões digitais caracterizadas pela ausência
de delta;

b) Presilha interna: são datilogramas que apresentam um delta à


direita do observador

c) Presilha externa: são datilogramas que apresentam um delta à


esquerda do observador;

d) Verticilo: são datilogramas que apresentam dois deltas, um à


direita e outro à esquerda do observador
Ilustração
4.3- Método/ Sistema Biológico
Tanatologia Forense
1- Conceito de Morte

Dica; Morte Encefálica: O CFM aprovou a resolução 1480/97 dispondo que os


parâmetros clínicos para a avaliação da morte encefálica são indicados na
valorização do coma aperceptivo com ausência de atividade motora
supraespinhal e de apneia;
Obs; O intervalos entra as duas avaliações Clínicas e eletroencefalográfica
I- de 7 dias a 2 meses incompletos- 48 horas
II- de 2 meses a 1 ano incompleto – 24 horas
III- de 1 ano a 2 anos incompletos- 12 horas
IV- acima de 2 anos- 6 horas
1.1- Importância Jurídica da Morte

Atenção! Situações de Mortes Próximas


Premoriência X Comoriência
2- Causas Jurídicas da Morte
• Dispõe acerca das espécies de morte que existem perante a lei;

a) Morte Violenta

b) Morte Natural

C) Morte suspeita
Dica; Modalidades ( Tipos) de Mortes
Morte anatômica: é o cessamento total e permanente de todas as
grandes funções do organismo entre si e com o meio ambiente

Morte histológica: É um processo decorrente da anatômica, em que


os tecidos e as células dos órgãos e sistemas morrem
paulatinamente.

Morte aparente: É um processo em que o indivíduo assemelha-se


incrivelmente ao morto, mas está vivo por persistência da
circulação. É possível a recuperação do indivíduo em estado de
morte aparente pelo emprego de socorro médico imediato e
adequado. Caracteriza-se pela tríade de Thoinot: imobilidade,
ausência aparente da respiração e da circulação
3- FENÔMENOS CADAVÉRICOS
• São sinais que ocorrem no pós-morte, insinuando a morte,
certificando-a ou modificando o estado do cadáver

3.1- ESPÉCIES DE FENÔMENOS CADAVÉRICOS

a) Fenômenos Cadavéricos Abióticos

b) Fenômenos Cadavéricos Transformativos


3.1.1-FENÔMENOS CADAVÉRICOS ABIÓTICOS
• São Fenômenos que ocorrem instantes após o evento morte ou um
pouco mais tardia à morte

• Cessam as funções vitais

• Negam a atividade vital ( Insinuam ou trazem a certeza da morte)

• São de duas espécies: Abióticos imediatos e Abióticos


consecutivos

• Não alteram a composição química ou a estrutura física do cadáver


3.1.1-FENÔMENOS CADAVÉRICOS
ABIÓTICOS ( Tipos)
A) Fenômenos Cadavéricos Imediatos

Atenção! Exemplos

b) Fenômenos Cadavéricos Abióticos Consecutivos


3.1.1.2- Características dos Cadavéricos
Abióticos Consecutivos
I-Desidratação cadavérica

II- Esfriamento Cadavérico ( algor mortis)

III- Rigidez Cadavérica ( rigor mortis) * Mais cobrado em Prova!

IV- Manchas ( Livores de Hipóstase ( livor mortis)


(Ilustração)
3.1.2-FENÔMENOS CADAVÉRICOS
TRANSFORMATIVOS
• Ocorrem muito tardiamente ao evento morte (Após 24 Horas do
óbito)

• São Fenômenos que alteram a composição química do cadáver


ou a estrutura física do cadáver

• São de duas espécies: Fenômenos Cadavéricos transformativos


Conservadores e Fenômenos Cadavéricos Transformativos
Destrutivos
3.1.2-FENÔMENOS CADAVÉRICOS
TRANSFORMATIVOS
a) Fenômenos Cadavéricos Transformativos Conservadores
3.1.2.1- Características dos Fenômenos
Cadavéricos Transformativos
I- Mumificação
• É o processo de conservação por meio do qual o cadáver adquiri
aspecto de múmia, reduzindo em peso, adquirindo pele dura, seca,
enrugada

• Tonalidade enegrecida, cabeça diminuída de volume

• A face conserva os traços fisionômicos


3.1.2.1- Características dos Fenômenos
Cadavéricos Transformativos
II- Saponificação
• É o processo de conservação em que o cadáver adquire
consistência mole, como sabão de cera

• Às vezes, pele quebradiça e tonalidade amarelo-escura, exalando


odor de queijo rançoso

Atenção! Ocorrência da Saponificação


3.1.2.1- Características dos Fenômenos
Cadavéricos Transformativos
III- Calcificação
• Fenômeno transformativo conservador que se caracteriza pela
petrificação ou calcificação

• Ocorre mais frequentemente em fetos mortos e retidos na cavidade


uterina;
IV- Corificação
• Fenômeno transformativo conservador muito raro, é observado em
cadáveres que foram acolhidos em urnas metálicas

• O Cadáver apresenta a pela de cor e aspecto do curtido recentemente


Fenômenos Conservadores ( Ilustração)
3.1.2-FENÔMENOS CADAVÉRICOS
TRANSFORMATIVOS
b) Fenômenos Cadavéricos Transformativos Destrutivos
3.1.2.1- Características dos Fenômenos
Cadavéricos Destrutivos
I- Autólise

II- Putrefação

Dica! Fatores que Contribuem para putrefação


Temperatura, a higroscopia do ar, o peso do corpo, as condições
físicas, a idade do morto, a causa morte, ação bacteriana e de
insetos necrófagos
Atenção! Períodos da Putrefação
1º (Período Cromático ou de Coloração)

2º (Fase Gasosa ou enfisematoso)

3º (Fase Coliquativa ou liquefação)

4º ( Período de Esqueletização)
3.1.2.1- Características dos Fenômenos
Cadavéricos Destrutivos
III- Maceração

Atenção! Incidência da Maceração


Fenômenos Cadavéricos Transformativos
Destrutivos ( Ilustração)
4-CRONOTANATOGNOSE ( Conceito)
Atenção ! Estimativa do Fenômenos da Morte

➢ Até 2 horas da morte


➢ De 2 a 4 horas da morte
➢De 4 a 6 horas da morte
➢De 8 a 16 horas da morte
➢De 16 a 24 horas da morte
➢De 24 a 48 horas da morte
➢De 48 a 72 horas da morte
➢De 2 a 3 anos
➢Após 3 anos da morte
Traumatologia Forense
• É a parte da Medicina Legal que estuda as lesões produzidas
sobre o corpo humano;

• Seus aspectos e diagnósticos, as energias e instrumentos que s


produzem, bem como implicações jurídicas delas decorrente
1- Conceito de Energia
Energia é uma força que atua sobre um determinado corpo
modificando o seu aspecto ou o seu estado

As energias estudadas na medicina legal são as forças que


atuam sobre o corpo humano
1.1- Espécies de Energias Médico-Legal
a) Energias de Ordem Mecânica

b) Energias de Ordem Física

c) Energias de Ordem Química

d) Energias de Ordem Físico- Químico


2- LESÕES MECÊNICAS
• Ocorrem por meio de energia mecânica

• São produzidas por instrumentos que geram feridas no corpo


humano

2.1- Espécies de Lesões Mecânicas


2.1.1-Lesão Incisa
I- Forma linear (

II- Hemorragia quase sempre abundante(

III- Predominância do Cumprimento(

Atenção! Instrumento que produz lesão ( Incisa)


Atenção! Lesões Cortantes Especiais
I-Esquartejamento

II-Esgorjamento

III- Decapitação

IV-Degolamento
Lesões Cortantes Especiais ( Ilustração)
2.1.2- Lesões Punctória ( Puntiforme)
I- Abertura estreita (

II- Raro sangramento externo(

III- Pouca gravidade externa(


Atenção! Instrumento que produz a Lesão
Punctória

Atenção! Lesão em Sanfona ou acordeom (Lacassagne)


2.1.3-Lesão Contusa
I-Vertentes Irregulares (

II- Pouco Sangrantes(

III- Forma Variável(

Atenção! Instrumento que produz a lesão Contusa


Dica: Espécies de Lesão Contusas
I- Rubefação
É a lesão mais Simples

Não há lesão anatômica

É provocado por impacto de baixa intensidade

Retrata o objeto que produziu


Dica: Espécies de Lesão Contusas
II- Escoriação
É a lesão superficial de atrito que rompe a epiderme

Deixa a derme descoberta

Desaparece sem deixar cicatriz

Atenção!
Ferida X Escoriação
Ilustração ( Escoriação)
Dica: Espécies de Lesão Contusas
III- Hematoma
É uma hemorragia interna de grande volume e velocidade de
formação

Afasta os tecidos e ocupa um espaço próprio

É de absorção mais demorada do que a equimose


Atenção!
Edema X Bossa
Dica: Espécies de Lesão Contusas
IV- Equimose
É a infiltração do sangue nas malhas dos tecidos

Costumam de forma irregular

Demoram para desaparecerem

As manchas de equimose seguem uma evolução padronizada de


cores ( Espectro Equimótico de Le Grand)
Atenção! Evolução do Espectro de Le Grand
(Sequência de Coloração) V V A V N
1º Dia da Ocorrência

2º e 3ºDias da Ocorrência

4º ao 6º Dias da Ocorrência

7º ao 10º Dias da Ocorrência

Entre 12º e 17º Dias da Ocorrência


Ilustração ( Equimose)
2.1.4-Lesão Perfuroincisa
I- Há predomínio nítido da profundidade sobre a extensão(

II- Forma Variável(

III- Forte Hemorragia Interna(

Atenção! Instrumento que produz a lesão Perfurocortante


2.1.5-Lesão Perfurocontusa
I- Produzidas por um mecanismo de ação que perfura e contunde
ao mesmo tempo

II- Em regra, são mais contusas do que perfurante

III- São produzidas por projéteis de armas de fogo

Atenção! Instrumento que produz a lesão Perfurocontusa


3- Estudos dos Projéteis de Arma de Fogo
• Projéteis de Arma de Fogo são objetos expelidos pelas armas de
fogo

• Classificam-se, quanto as características, como objetos


perfurocontundentes
3.1-Efeitos dos projéteis de arma de Fogo
• São as reações que decorrem da atuação do projétil sobre o
alvo

• Dividem-se em : Efeitos Primários e Efeitos Secundários


3.1.1- Efeitos Primários dos Projéteis
• São Causados, diretamente, pela mecânica do projétil

• São casados pela atuação direta do projétil sobre o alvo

• São três os efeitos Primários


3.1.1- Efeitos Primários dos Projéteis (
Tipos)
a) Orla de Escoriação ou Contusão
I- Região de Contato do projétil com a epiderme(

II- Resulta da ação contundente do projétil sobre a epiderme com


a elasticidade da derme(
Ilustração da Orla de Escoriação
b) Orla/ Zona de Enxugo ou Limpadura
I-Produzida pela limpeza dos resíduos existentes no cano da
arma ( pólvora, ferrugem, partículas etc) que o projétil
transporta(

II-Ocorre sob a forma de uma auréola escura em volta do


orifício de entrada(
c) Orla/ Zona equimótica
I- Ocorre pelo rompimento do vasos sanguíneos médio e pequeno
provocado pelo projétil

II- Provoca infiltração hemorrágica que se traduz externamente


por uma orla de equimótica ao redor do orifício de entrada
Atenção! Anel de Fisch
3.1.2-Efeitos Secundários dos projéteis
• Não são causados pela mecânica do projétil

• Decorrem da atuação dos gases que são expelidos no disparo


de arma de fogo

• São três os efeitos secundários dos projéteis de arma de fogo


3.1.2-Efeitos Secundários dos projéteis(
Tipos)
a) Zona de Chama ( Chamuscamento ou Queimadura)

b) Zona de Tatuagem

c) Zona de Esfumaçamento ( Zona de Tatuagem Falsa)


Ilustração! Efeitos Secundários
3.2- Classificação dos Disparos de Armas de
Fogo

• Analisa a distância em que o atirador se encontra do alvo


(vítima)

• Existem várias classificações, mas a mais recorrente em prova


é a classificação quanto a distância atirador-alvo
3.2.- Tiro Encostado

Atenção! Características dos Disparos encostados


Dica; Sinais dos disparos encostados
I- Câmara de Mina de Hofmann
• A lesão apresenta prolongamentos radiados e internamente se
manifesta por devastação intensa

• Ocorre em razão da expansão dos gases

• Forma-se um túnel, ficando o orifício de entrada com


características de orifício de saída ( Bordas evertidas, diâmetro
maior)
II- Sinal de Benassi
• Ocorre nos tiros encostados na região do crânio

• A orla de esfumaçamento aparece ao redor do orifício de


entrada

• Na superfície óssea externa


III- Sinal Werkgaertner

• É produzido pelo cano da arma ( Massa de Mira)

• Produz impressão do cano quente na pela


Sinais de Tiro Encostado ( Ilustração)
3.2.2-Disparos À curta distância

Macete do disparos à curta distância


3.2.3- Disparo Distante (à distância)
Aspectos Gerais dos Ferimentos por projéteis
de arma de fogo
a) Orifício de Entrada

b) Orifício de Saída

c) Trajeto

d) Trajetória
Esclarecendo! Projéteis de Arma de
Fogo de Alta Energia
4-Energias que Incidem na traumatologia
Forense
4.1.1- Energias Físicas
• Causam lesões capazes de modificar o estado físico dos corpos

4.1.1- Espécies de Energias Físicas


a) Frio

b) Calor

c) Pressão atmosférica ( Baropatias)

d) Eletricidade
Atenção! Eletricidade natural:
Fulminação X Fulguração
Atenção! Sinal de Lichtemberg

• Caracteriza as lesões externos por atuação da energia elétrica


natural;

• As lesões apresentam arboriforme ( Forma de árvore)


Ilustração Sinal de Lichtemberg
Atenção! Eletroplessão
Atenção! Sinal de Jellinek
• Caracteriza a lesão por energia elétrica artificial

• Constitui-se numa lesão circular, elíptica ou estrelada, de


consistência endurecida, bordas altas, leito deprimido,
tonalidade branco-amarelada, fixa, indolor, asséptica e de fácil
cicatrização

• Atenção! Eletroplessão

• Atenção! Eletrocussão
Sinal de Jellinek (Ilustração)
4.2- Energias de Ordem Química
a) Cáusticos: São substâncias que modificam os tecidos com
que são postos em contato, de modo a provocarem uma necrose
química

b) Venenos: São substâncias que introduzidas no organismo,


independente da dose e agindo quimicamente, causam danos
graves à saúde, podendo levar a morte

Atenção! Importância do Estudo dos Cáusticos e dos Venenos


para a Tanatologia Forense
Asfixiologia Forense

É a Parte da Medicina Legal que estuda as asfixias, suas


características, espécies e as suas implicações jurídicas
1- Conceito de Asfixia
• são todas as formas de carência ou ausência de oxigênio, vital
para o ser humano. Podem ser classificadas em naturais ou
violentas;

• São classificadas como energias de ordem físico-química, que


impedem a passagem de ar e alteram a composição bioquímica
do sangue
2.1- Asfixia Por Alteração do Meio Físico-
Químico
• Ocorre quando há alguma alteração no meio Ambiente

• Há uma mudança na composição do ar por alguma


circunstância
2.1.1- Asfixia Por Confinamento
2.1.2-Asfixia Por Soterramento
2.1.3- Asfixia Por Afogamento
Atenção! Sinais Internos do Afogado

I- Inundação das vias aéreas com líquido

II- Lesão dos pulmões

III- Presença de líquidos no aparelho digestivo


Dica ! Sinais Externos do Afogado
Baixa temperatura da pele: A temperatura do corpo está sempre
inferior à temperatura do ambiente

Pele anserina (pele de galinha): a pele tem um aspecto chamado


anserino - arrepiada pelo mecanismo pilo-eretor. Recebe o nome de
Sinal de Bernt.

Contração de determinadas partes do corpo: os mamilos, a bolsa


escrotal, pênis e clitóris são contraídos
Dica ! Sinais Externos do Afogado
Maceração da pele palmar e plantar: a pele das mãos (mãos de
lavadeira) e dos pés ficam maceradas (enrugadas)
Cogumelo de espuma: espuma branca ou rosada que sai da boca e
dos orifícios nasais
Escoriações e pequenas feridas nas polpas digitais: enquanto
ainda vivo, o afogado tentar agarrar-se a qualquer coisa, assim pode
sofrer atrito dos dedos em pedras ou materiais do meio.
Dentes e unhas róseos: Os dentes encontrados em algumas
vítimas de afogamento e enforcamento apresentam-se de róseo-
claro a vermelho pouco intenso
2.1.3.1- Tipos de Afogados
a) Afagados Brancos (Parrot)

b) Afogados Vermelhos (Tardieu)


2.2- Asfixia Mecânica Por Obstaculação a
Penetração do Ar nas Vias Respiratórias

Ocorre quando há o impedimento da passagem do ar para o


aparelho respiratório
2.2.1- Asfixia Por Sufocação Direta
2.2.2- Asfixia Por Sufocação Indireta
Atenção ! Causa Morte dos Crucificados
2.3- Asfixias Mecânica Por Contrição do
Pescoço (Asfixia Complexa)
• Ocorre por movimentos que contraem a musculatura externa
do pescoço e danificam os órgão internos

• Impedem a passagem natural do ar para o aparelho


respiratório, bem como impedem a circulação sanguínea
natural para o cérebro
2.3.1- Asfixia Por Enforcamento
Enforcamento (Ilustração)
Atenção! Tipos de Enforcamento
a) Suspensão completa

b) Suspensão incompleta
2.3.2- Asfixia Por Estrangulamento
Estrangulamento (Ilustração)
Dica ! Quadro Comparativo
Enforcamento X Estrangulamento
Enforcamento Estrangulamento
Sulco Oblíquo ascendente Sulco Horizontal
Sulco Variável segundo a zona do Sulco Uniforme em toda a periferia
pescoço do pescoço
Sulco Interrompido ao nível do nó Sulco Contínuo
Sulco Por cima da cartilagem Sulco Por baixo da cartilagem
tireóidea tireóidea
Sulco Quase sempre apergaminhado Sulco Excepcionalmente
apergaminhado
Sulco De profundidade desigual Sulco De profundidade uniforme

Sulco Em geral, único Sulco Frequentemente múltiplo


2.3.3- Asfixia Por Esganadura
Esganadura ( Ilustração)
3- Sinais Gerais das Asfixias

• São sinais que indicam, genericamente, que a morte fora


produzida por asfixias

• Em regra, aparecem em todas as asfixias


3.1 Manchas de hipóstase
Começam a se formar 1 ou 2 horas depois da morte (vamos estudá-
las melhor na aula 05 - tanatologia).

Nos casos de asfixia, as manchas de hipóstase são mais marcadas


(pronunciadas) e mais precoces, porque o sangue está sem oxigênio,

Sangue venoso (Maior Concentração de Gás Carbônico) é mais


escuro, por isso que as manchas hipostásicas

São mais visíveis nos asfixiados, variando essa tonalidade nas


asfixias por monóxido de carbono
3.2 Cianose
A face, lábios, leitos ungueais e parte alta do pescoço nos
asfixiados são cianóticos em função da alta concentração de
carboemoglobina;

Aparece quando o teor de Hb não oxigenada no sangue atinge


5g% carbono.
4- Classificação das Asfixias (Classificação
idealizada por França)

Você também pode gostar