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O Gaúcho - Resumo

Publicado em 1870, O Gaúcho de José de Alencar é um romance, cuja ação transcorre em


1832, abre um novo veio na literatura de Alencar: o regionalismo, isto é, o romance no qual o
afastamento do ponto de referência, que é a corte, não se dá pelo deslocamento no tempo –
como no romance histórico –, mas sim no espaço natural e social.

Segundo o projeto explicitado na nota de abertura do romance Sonhos d’Ouro (1872), o


regionalismo permitiria descobrir, nas regiões “onde não se propaga com rapidez a luz da
civilização”, as tradições, os costumes e a linguagem de timbre brasileiro. As notas ao texto
do romance trazem reflexões sobre a linguagem, bem como sobre objetos de uso regional e
eventos históricos.

O livro abre com uma nota sobre o pseudônimo Sênio – do latim senior, mais velho –, na qual
se percebe ainda o travo da recente desilusão de Alencar com a vida política.

O romance de José de Alencar narra em terceira pessoa à história de um menino, Manuel


Canho, que admira muito a seu pai, grande conhecedor de cavalos, que é assassinado.

O filho nunca o esquece. Odeia o padrasto e, após a morte desse, busca vingar o assassinato
do pai.

Na execução deste projeto de vingança o gaúcho Manuel Canho vive peripécias ligadas à
Guerra dos Farrapos, mais particularmente a Bento Gonçalves.

Depois de vingado, Manuel apaixona-se por Catita.

Durante uma viagem de Manuel, a moça deixa-se envolver por outro homem, mas, quando
Manuel regressa, Catita arroja-se a seus pés, protestando-lhe o amor.

Manuel afasta-se no seu cavalo, mas a moça lança-se à garupa e o livro termina com os dois
cavalgando pelo pampa infinito, numa louca carreira, em meio a uma paisagem apoteótica de
céu encoberto, relâmpagos cortando e ventos zunindo.

No capítulo II do livro I de O Gaúcho de José de Alencar, podemos contemplar a paisagem


do sul do Brasil: O gaúcho a cavalo correndo pelos pampas.

Este romance de José de Alencar, publicado em 1870, foi o primeiro da série com qual
Alencar tentou um “retrato do Brasil”, focalizando ambientes brasileiros afastados do bulício
da corte, outras obras de Alencar regionalista são: O Tronco do Ipê (interior fluminense
1871), Til (interior paulista – 1872) e O Sertanejo (interior do nordeste – 1875).

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