Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Portugal é o quarto país da europa com mais hotéis em construção, os alojamentos locais
tomam os centros históricas das nossas cidades empurrando-nos para a periferia, todos os
meses começam a construir alojamentos de luxo enquanto a classe trabalhadora é obrigada a
viver nas mesmas casas velhas e sem condições com rendas e juros a trepar exponencialmente
enquanto inúmeras casas são deixadas vazias e a apodrecer pelos senhorios e pelas entidades
do Estado.
Com esta crise vem toda uma trupe de iluminados oferecer soluções falsas, desviar a atenção
do inimigo real – a classe exploradora, a burguesia quer senhorial, industrial, comercial,
financeira ou qualquer outra.
Os liberais, sempre prontos a privatizar as “soluções”, propõe que esta crise seja resolvida pela
construção privada e desregularização do setor, ou seja, a construir casas mais baratas e piores
para a classe trabalhadora. Partem do princípio de que o problema é causado por muita
procura e pouca oferta [terminar argumento; inserir o direito à cidade]
Mas falar da luta da habitação é falar de um tema que afeta várias camadas da sociedade para
além da classe trabalhadora no geral ou o proletariado em particular, como a pequena-
burguesia e a aristocracia laboral.
É trabalho de um movimento comunista e revolucionário demarcar claramente os interesses
do proletariado em contraste com estas outras classes afetadas. Estes setores, que compraram
uma habitação na época dos juros bonificados, e cujo pagamento já terminou ou está para
terminar, é hoje proprietária de uma mercadoria em crescente valorização, naturalmente têm
interesses explícitos contra a extinção do mercado da habitação e da desmercantilização deste
bem. Estas contradições não resultam necessariamente que estes setores não se possam aliar
ao proletariado revolucionário, no entanto, a tendência contrária existe e tem de ser estudada
a fim de conseguirmos criar uma política correta de agitação e propaganda para estes setores,
isola-los politica e ideologicamente da burguesia, e trazê-los para debaixo da influencia política
do proletariado revolucionário e seu programa – cuja vertente máxima tem naturalmente de
incluir a socialização de todos os meios de subsistência, incluindo a habitação.
Temos de afirmar, sem nunca nos rebaixar perante a burguesia ou camadas vacilantes, que a
solução final para o problema da habitação é a solução comunista: a destruição do Estado
Burgues, a elevação do proletariado a classe dominante, i.e., a criação de um Estado de novo
tipo, a ditadura revolucionária do proletariado, que inicie o processo de transformação social
que finalizara na abolição da propriedade privada e a forma mercantil, que oriente a produção
para o bem geral da humanidade e não para o enriquecimento da burguesia, tanto na
habitação como em qualquer outro setor.