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O Brilho do Evangelho

Restaurado
De Protestante a Mórmon, uma jornada de fé

1ª edição
José Carlos dos Santos Coelho
2017

O Brilho do Evangelho Restaurado


De Protestante a Mórmon, uma jornada de fé

LiterasasISBN 65796
Registro
CNPJ: 15.600.567/0001-76 I.E. 332.092.793.115
Editora,
Correspondência: Rua dos Carteiros, 30 – Pedregulho
Comércio
Guaratinguetá/SP
de Livros e – CEP: 12.511-030
Telefone: (12) 3013-7609
Publicações
E-mail:
Ltda. – ME
literasas.editora@gmail.com
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Edição: Ericka C. Antunes
Diagramação: Literasas Editora
Capa: Nickolas Antunes Cavalca
Revisão: José Carlos dos Santos Coelho

Coelho, José Carlos dos Santos - O Brilho do Evangelho Restaurado - de Protestante a Mórmon,
uma jornada de fé.
1ª edição – março de 2017 – 314p.
Guaratinguetá/SP – Literasas Editora
ISBN: 978-85-65796-39-2

Sumário
Agradecimentos, 13
Sinopse, 15
Prólogo, 17

Introdução, 25

Capítulo 1: Meu Testemunho, 39


· De Protestante a Mórmon – uma jornada de fé, 43
· Meu encontro com o Livro de Mórmon, 44

· Uma grande “coincidência”, 46


· O rompimento, 47
· Minha primeira visita a uma reunião dominical, 48
· Meu último dia na Igreja Protestante, 49
· Meu batismo, 50
· A discriminação, 51

·
· A decisão final: Nunca mais olhei para trás. Membro de “A Igreja de Jesus Cristo dos
Santos dos últimos Dias”, 53

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· Instruído pelo Espírito Santo, 54

· Meu testemunho acerca do Evangelho Restaurado, 58

· Conclusão do capítulo, 63

Capítulo 2: A Igreja no deserto, 65


· O Estabelecimento da Igreja de Jesus Cristo, 65

· O Início da Apostasia, 67
· A Perda das chaves do Sacerdócio, 70

· A Grande Apostasia, 74
· A Reforma Protestante e a Restauração do Evangelho, 88

· Uma questão semântica, 99


· Uma exegese: Poderia a Igreja deixar de existir na Terra?, 101

· O Cristianismo contemporâneo, 110

Capítulo 3: A Ilusão Protestante, 112


· Definindo ilusão, 115
· A Contradição das famílias eternas, 115

· Sola Scriptura e a Inerrância bíblica, 121


· Perguntas que líderes Protestantes não saberão responder, 129

Capítulo 4: Doutrinas Restauradas, 142


· Epistemologia bíblica, 143

· Os Profetas Vivos, a Revelação Contínua e as Escrituras, 147


· O Dízimo no Novo Convênio: o Evangelho Restaurado, 160
· A Lei de saúde do Senhor em Diferentes Épocas, 169
· A Dispensação de Adão, 173
· A Dispensação de Noé, 174

· A Dispensação de Moisés, 174


·
· A Dispensação da Plenitude dos Tempos, 179

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· O Novo e Eterno Convênio do Casamento Celestial Plural, 183

· A Existência Pré – mortal, 189

· A Graça de Deus, 193

· Os Graus de Glória e a Condenação Eterna, 198

· O Propósito da Queda, 206

· O Batismo, 208

· A Idade da Responsabilidade, 209


· A Forma Batismal, 210

· A Fórmula Batismal, 212


· O Batismo pelos mortos na História Cristã, 214

· Conclusão do capítulo, 217

Capítulo 5: Suportando o Evangelho Restaurado, 219


· Os desafios da Igreja, 220

· O desafio da identificação, 229


·

· Uma Igreja para inteligentes, 236


· O Criticismo Anti-Mórmon, 241
· Suportando a Plenitude da verdade, 257
· Letargia Espiritual, 262

Capítulo 6: O Brilho do Evangelho Restaurado, 273


· Degraus no Cristianismo, 274

· O plano de felicidade, 284

· Considerações finais, 298

Referências Bibliográficas, 305

Os homens desta época dão testemunho do céu e do inferno e jamais


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viram nem um nem outro

Joseph Smith

Agradecimentos
Agradeço primeiramente a Deus, o Pai Celestial pela dádiva da
vida, e por ter permitido que ainda em minha juventude conhecesse o
Evangelho Restaurado de Jesus Cristo que tanta felicidade me traz.
À Universidade de Taubaté por ter me qualificado
instrumentalmente para que eu tivesse condições de realizar esse
trabalho. Ao professor mestre Armindo Boll por tudo que me ensinou
quando foi meu coordenador em meu Trabalho de Graduação em
História no qual discorri sobre Os Mórmons em Taubaté e cuja
monografia encontra-se na biblioteca do Departamento de Ciências
Sociais e Letras da Universidade de Taubaté referente ao ano de 2006.
À minha mãe Edna dos Santos Coelho por tod0s os pareceres,
observações e críticas que tecia sobre meus escritos durante a realização
destes.
A alguns membros da Igreja, pelo incentivo e apoio para que essa
obra fosse concluída.

Sinopse
Joseph Smith, o homem considerado pelos membros de “A Igreja
de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias” como um verdadeiro
profeta de Deus, comissionado para restaurar à Terra a plenitude do
Evangelho de Jesus Cristo, afirmou: “Eu nunca disse que era perfeito,
mas não há erros nas revelações que ensinei”. Dada a ausência de
material em língua portuguesa que busque estabelecer uma ponte entre o
Protestantismo e a Fé Mórmon – considerando a dificuldade desse diálogo
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a partir da ótica de um converso que percorreu este caminho e as alegações
daqueles que perderam a fé no Cristianismo tradicional e enveredaram-se
pelas sendas do ateísmo – faz-se necessário um entendimento a respeito de
um caminho plausível nessa comunicação mostrando o Mormonismo
como uma terceira via plenamente cristã frente aos questionamentos
ateístas.

Prólogo
“Meras figuras e números não são indicação da grandeza de
uma igreja. Sua grandeza jaz no testemunho individual de
cada um. O apóstolo Paulo, possuidor de grandiosa fé, podia,
sozinho, mudar a religião do mundo mediterrâneo. É esta
mesma fé que faz com que os membros da Igreja hoje, como o
fez Paulo antigamente, digam: "Não me envergonho do
Evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para a salvação
de todo aquele que crê”.[1]

Vivemos na Plenitude dos Tempos, uma época de maiores


descobertas científicas do que durante toda a história da humanidade. Os
transportes, a comunicação, a medicina, os grandes avanços tecnológicos
como o surgimento do computador com todas as suas ramificações, a
televisão, incluindo a TV a cabo, o rádio, a transmissão via satélite e a
Internet com seus dispositivos móveis floresceram particularmente em
nossa própria era. Os profetas antigos rejubilaram-se ao ver nossos dias.[2]
Segundo cálculo feito por pesquisadores do site Population
Reference Bureau, só nos últimos 12 anos nasceram mais pessoas no
planeta do que nos primeiros 42 mil anos de vida humana.[3] De Adão e
Eva até Jesus Cristo, a população estimada foi de 300 milhões de seres
humanos. De Jesus Cristo até a época de Joseph Smith a população passou
de 300 milhões para 1 bilhão de pessoas. De Joseph Smith até os dias
atuais a população saltou de 1 para 7,5 bilhões, totalizando
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aproximadamente 107 bilhões de habitantes que já viveram em nosso
planeta.[4] Jesus Cristo durante seu ministério mortal, afirmou que:

“... este Evangelho do Reino será pregado em todo o mundo,


em testemunho a todas as nações; e então virá o fim, ou seja, a
destruição dos iníquos”;[5]

No que tange à importância de estabelecer pontes de raciocínio entre


aquilo que é conhecido e aquilo que se está conhecendo, e também quanto
ao esclarecimento acerca da doutrina que professo, há algo que considero
demasiadamente injusto dentre as críticas que se fazem a “A Igreja de
Jesus Cristo dos Santos dos últimos Dias”: a alegação de que precisamos
aceitar Jesus Cristo como único Salvador. Tal afirmação na maioria das
vezes parte daqueles que desconhecem o que a instituição realmente
ensina, e baseiam suas afirmações em textos tendenciosos de
perseguidores. Grande parte desses críticos nunca frequentou as reuniões
da Igreja durante um período de tempo que lhes permitisse saber com
exatidão o que ensinamos e aprendemos, e por isso conhecem apenas uma
visão externa sobre o assunto.
Uma das Autoridades Gerais da Igreja afirmou:

“... nosso anseio é o de não sermos mal interpretados, não


sermos acusados de crenças que não professamos não vermos
nossa devoção a Cristo e a Seu evangelho ser
sistematicamente ignorada (...) gostaria de prestar a vocês,
nossos amigos, o testemunho do Cristo que reverenciamos e
adoramos n”A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos últimos
Dias”. Cremos no Jesus histórico que andou pelos caminhos
poeirentos da Terra Santa...”[6]

A despeito de opiniões pessoais, nosso padrão para estabelecer a


verdade são as obras padrão da Igreja: A Bíblia, o Livro de Mórmon,
Doutrina e Convênios e a Pérola de Grande Valor. Estas afirmam:

“E digo-vos ainda mais, que nenhum outro nome se dará


nenhum outro caminho ou meio pelo qual a salvação seja
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concedida aos filhos dos homens a não ser em nome e pelo
nome de Cristo, o Senhor Onipotente”.[7]
“E agora, meu filho, disse-te isto para que adquiras
sabedoria, para que aprendas de mim que não
há outro caminho ou meio pelo qual o homem possa ser salvo,
a não ser em Cristo e por intermédio dele. Eis que ele é a vida
e a luz do mundo. Eis que ele é a palavra da verdade e da
retidão. ”[8]
"Prestamos testemunho de cada sermão que Ele pregou, cada
oração que proferiu, cada milagre que invocou do céu e cada
ato redentor que praticou. Nesse último aspecto, testificamos
que, em cumprimento do plano divino para nossa salvação,
Ele tomou sobre Si todos os pecados, sofrimentos e
enfermidades do mundo... Declaramos que três dias após a
Crucificação, Ele ressuscitou do sepulcro em gloriosa
imortalidade, as primícias da Ressurreição, rompendo assim
as ligaduras físicas da morte e as cadeias espirituais do
inferno, proporcionando um futuro imortal tanto para o corpo
quanto para o espírito, um futuro que só poderá ser alcançado
na plenitude de sua glória e grandeza se aceitarmos a Ele e a
Seu nome como o único “debaixo do céu (…), dado entre os
homens, pelo qual devamos ser salvos”. Não há nem pode “em
nenhum outro [haver] salvação”.[9]

O presidente George Albert Smith (1945-1951) afirmou:


"Quando as pessoas disserem ou pensarem que não
acreditamos na divina missão de Jesus Cristo, façam com que
saibam que acreditamos em tudo o que a Bíblia ensina em
relação a Ele”.[10]

Autoridades Gerais têm ensinado a importância da utilização do


nome completo da Igreja, e este ensinamento tem sido reiterado através de
seu periódico oficial, a revista A Liahona.
“Sempre que possível, use o nome completo da igreja, pelo
menos uma vez e no início da conversa. Há poder no nome da
igreja; então explique-o. Ele diz muito sobre quem somos”.[11]

“Pois assim será a minha igreja chamada nos últimos dias,


sim, “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos últimos Dias”.
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[12]

Ao longo desses dois séculos de existência terrena da Igreja


restaurada, esta tem apresentado frutos dignos de sua existência. Nada
melhor para a devida compreensão do propósito, missão e da fé professada
por seus membros do que a atitude de utilizar o nome dado pelo próprio
Senhor em revelação ao seu profeta dizendo: Sou cristão, membro de “A
Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos últimos Dias”.
O escritor William Edwin Berret em sua obra A Igreja Restaurada
discorre sobre a vitalidade do Mormonismo afirmando:

“A Igreja de Jesus Cristo dos SUD tem mostrado ao mundo


frutos dignos de sua existência — e, por seus frutos certamente
serão julgadas todas as instituições da terra. Uma Igreja
digna de perpetuação deve conduzir os seus membros a um
maior desenvolvimento e a um modo de vida mais feliz; deve
ter uma mensagem para a humanidade e vitalidade suficiente
para levar essa mensagem ao mundo”.[13]

Juntamente com o mundo cristão, os membros de “A Igreja de Jesus


Cristo dos Santos dos últimos Dias” anunciam o Evangelho de Cristo, o
único, o mesmo evangelho (Alma 38:9, Atos 4:12); anunciam a Jesus
como Redentor do mundo, e que a menos que o homem aceite-o como seu
único Salvador, não poderá ser salvo no reino de Deus.

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Introdução
O mundo está à espera de uma voz legítima, a voz de Deus;
não um eco do que outros estão fazendo e dizendo, mas uma
voz autêntica.
A.W. Tozer

Por que escrever um livro sobre assuntos religiosos com tantos já


escritos? Por que discorrer sobre religião em um mundo onde na maioria
dos países ocidentais existe a liberdade religiosa em que as pessoas podem
escolher livremente qual caminho espiritual seguir? Por que abordar um
assunto de foro particular e íntimo? Fui confrontado com estas e outras
perguntas ao longo do processo de escrita desta obra. Ponderei
profundamente sobre minhas motivações e a relevância que estes escritos
poderiam ter para meus possíveis leitores. Concluí que a despeito de todas
as colocações, deixar um legado de conhecimento espiritual para o mundo
não era algo a se menosprezar. Buscar edificar a fé dos que partilham das
minhas próprias crenças, apresentar a beleza da Fé Mórmon ao sincero
pesquisador, e contribuir com aqueles que abandonaram o Cristianismo[14]
conhecido mostrando-lhes outra possibilidade, uma terceira via Cristã que
lhes pudesse revitalizar a fé, seria algo por demais nobre. Construir uma
ponte através da luz do Evangelho Restaurado entre o conhecimento
possuído pelos cristãos protestantes e as alegações feitas pelos ex-cristãos
que se tornaram ateus era deveras relevante. Todavia, a despeito de buscar
apresentar a Fé Mórmon tanto ao inquiridor mais ilustre quanto ao leitor
mais simples, buscarei apresentá-la de uma maneira simples e objetiva,
pois se transformarmos nossa religião em mero sistema filosófico,
ninguém, senão os filósofos poderão entendê-la, apreciá-la e dela
desfrutar.[15]
Para tal, foram necessários mais de quinze anos de reflexões,
levantamento bibliográfico, separação de citações e participação em
diálogos principalmente com irmãos protestantes. Dediquei diversas
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madrugadas à realização desta obra através de intensa leitura, pesquisa e
ponderação acerca de temas que poderiam ser úteis ao objetivo proposto.
Muitos dos assuntos aqui abordados tiveram origem na observação dos
argumentos levantados por pessoas que questionavam ou buscavam
entender melhor minha decisão de me tornar mórmon e minha motivação
em permanecer ativo nesta religião durante tantos anos. Algo verificado
nesses diálogos era a dificuldade de interlocução de ambas as partes.
Termos utilizados com frequência entre os membros da Igreja assumem
significados distintos ao serem levados para aqueles que não estão
familiarizados com tais conceitos. Palavras como convênios, ordenanças,
autoridade e profetas adquirem outras conotações ao serem empregadas
em outras teologias, o que por vezes dificulta o diálogo mórmon –
protestante se ambos não possuírem uma compreensão clara a esse
respeito.
Enquanto para um mórmon, autoridade refere-se à autorização dada
pelo Pai Celestial para que Seus filhos oficiem em Seu nome através do
sacerdócio restaurado pela ministração de João Batista e dos antigos
apóstolos Pedro, Tiago e João ao profeta Joseph Smith, para um
protestante pode denotar um título de teólogo obtido em uma
Universidade. Para um protestante, profeta pode significar simplesmente
alguém que revela eventos ocultos da vida alheia como é frequente no
meio pentecostal, porém para a teologia SUD[16], segundo o Guia para
Estudo das Escrituras trata-se “Pessoa chamada por Deus e que fala em
nome Dele. Como mensageiro de Deus, o profeta recebe mandamentos,
profecias e revelações do Senhor. Cabe a ele a responsabilidade de dar a
conhecer aos homens a vontade e a verdadeira natureza de Deus, além de
demonstrar o significado de Seus procedimentos para com eles. O profeta
denuncia o pecado e prediz as suas consequências. Ele é um pregador da
retidão. Em certas ocasiões o profeta pode ser inspirado a predizer o
futuro em benefício da humanidade. A sua responsabilidade principal,
entretanto, é prestar testemunho de Cristo. O Presidente de “A Igreja de
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Jesus Cristo dos Santos dos últimos Dias” é o profeta de Deus na Terra
atualmente. Os membros da Primeira Presidência e do Quórum dos Doze
Apóstolos são apoiados como profetas, videntes e reveladores”.[17]
Outro conceito que não é facilmente entendido pelo público não
familiarizado com a terminologia SUD[18] é o da existência de uma única
Igreja verdadeira, a qual “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos últimos
Dias” proclama ser. Por Igreja, o leitor deve entender uma instituição
perfeitamente organizada e não um conjunto invisível de crentes
atemporais conforme a definição protestante do termo. Diferentemente dos
conceitos encontrados no mundo evangélico, o Evangelho Restaurado
apresenta-se como possuidor da Plenitude da Verdade e como o único
caminho possuidor de todas as ordenanças[19] necessárias para a salvação
humana no mais elevado grau, a exaltação, conceito esse também estranho
ao Protestantismo.
Mesmo entre os membros de “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
últimos Dias”, há aqueles que se incomodam com a utilização da
expressão única igreja verdadeira de modo que nas reuniões de
testemunho[20], podemos observar os membros referindo-se à Igreja de
maneiras variadas como:
“... essa Igreja é verdadeira”
“... essa Igreja é a verdadeira”
“... o Evangelho é verdadeiro”
“... essa Igreja é a única igreja verdadeira”
Para um ouvinte não atento às questões terminológicas, pode parecer
que todas as afirmações acima possuam o mesmo significado, porém ao
analisarmos profundamente cada uma, poderemos perceber grandes
diferenças. Nesse contexto, aprofundo tal observação ampliando-a ao que
as pessoas de um modo geral entendem a respeito do que seja uma igreja
verdadeira.

· Uma boa igreja


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Por uma boa igreja podemos nos referir a uma determinada
organização religiosa, cristã ou não, que zele pelos bons costumes e cujos
líderes se portem com integridade e dignidade, ensinando preceitos justos
e corretos aos seus liderados tais como cidadania e respeito ao próximo.
Uma boa igreja, ainda que não seja detentora da verdade espiritual, pode
produzir bons frutos em todas as esferas da sociedade.
● Uma igreja verdadeira
Por esse termo podemos entender uma organização religiosa, que
embora não possua a plenitude da verdade, ensine preceitos verdadeiros.
Partindo-se do pressuposto comum a todos os cristãos de que a Bíblia é um
volume de Escrituras Sagradas e verdadeiras, podemos dizer que todas as
denominações religiosas cristãs são igrejas verdadeiras uma vez que
possuem e ensinam a verdade conforme contida na Bíblia Sagrada.
● O Evangelho é verdadeiro
Esta parece ser o termo mais abstrato em análise, uma vez que todo
aquele que aceita Jesus Cristo como salvador, independente de qual
denominação seja membro, acredita que o Evangelho de Jesus Cristo é
verdadeiro, pois do contrário tal pessoa não seria um cristão.
● A Igreja Verdadeira
Por fim chegamos ao último termo aqui analisado. A Igreja
Verdadeira pressupõe ser a única detentora de toda a verdade eterna e de
todas as ordenanças necessárias e essenciais para salvar e exaltar o gênero
humano. Sobre Ela, o Senhor declarou: “... a única igreja verdadeira e
viva na face de toda a Terra, com a qual eu, o Senhor, me deleito...” [21]
"Pois assim será a minha igreja chamada nos últimos dias,
sim, “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos últimos Dias”
dos Últimos Dias"[22].

Quantos membros da Igreja ao prestarem seus testemunhos[23]


realmente acreditam estarem na única Igreja Verdadeira e viva na face de
toda a Terra? Para aqueles que não acreditam ou que se incomodam com
essa colocação, poder-se-ia pensar que um único Deus poderia possuir por
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acaso duas igrejas verdadeiras, dois caminhos com ensinamentos
diferentes, por vezes antagônicos e ainda assim e verdadeiros? Não seria
por acaso uma contradição? Crer que todas as igrejas são verdadeiras não
seria o mesmo que pressupor que A Igreja verdadeira de fato não existe?
Quantos acreditam, mas por não colocarem as palavras de forma a
expressarem adequadamente seus sentimentos e crenças, acabam por
utilizar expressões não plenamente adequadas como as mencionadas nos
primeiros itens acima gerando uma dificuldade de compreensão no
ouvinte?
Outra afirmação bastante proferida na Igreja é a seguinte:

"Eu sei que esses sentimentos, que tudo isso que estamos
sentindo aqui, todos os milagres que vemos (...) só podem ser
encontrados n”A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos últimos
Dias”

Geralmente os mesmos que proferem estas palavras também afirmam


que nasceram no convênio[24] e que desde pequenos seguem a Igreja. Do
mesmo modo, em outras denominações também são facilmente observadas
declarações como essas, indo mais além em alguns momentos. Ao mesmo
tempo em que tais afirmações podem ser úteis para promover a fé dos fiéis
que professam uma mesma crença e direcionamento, estas carecem de
substância uma vez que demonstram uma visão de mundo bastante
limitada.
Convém aqui enfatizar que ao fazer estas observações não tenciono
criticar qualquer religião, mas sim apresentar questionamentos sobre a
visão por vezes limitada dos fiéis que as compõem. Há religiosos
proeminentes, inclusive líderes, que são profundamente conhecedores das
doutrinas de suas respectivas denominações, mas ao serem indagados e
confrontados sobre outras perspectivas religiosas, se mostram néscios
quanto a essas, sendo que ao emitirem alguma afirmação, por vezes
demonstram sua limitada visão e fraco conhecimento teológico e

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eclesiológico a respeito das denominações mencionadas.
Certo líder religioso afirmou que não se pode conhecer a moeda falsa
se não existisse a verdadeira[25]. Do mesmo modo, Leí um profeta antigo
cuja história encontra-se no Livro de Mórmon, ensinou que é necessário
haver oposição em todas as coisas, sim, até mesmo o fruto proibido em
oposição à árvore da vida sendo um doce e o outro amargo.[26]
Os apóstolos primitivos conheciam bem as filosofias e os caminhos
tanto existentes em sua época quanto os que viriam a aparecer em tempos
posteriores. Pedro afirmou:

“Porque não seguimos fábulas engenhosamente inventadas,


quando vos fizemos conhecer o poder e a vinda de nosso
Senhor Jesus Cristo, pois fomos testemunhas oculares da sua
majestade”. [27]

Não tenciono aqui entrar em uma exposição a respeito da apostasia


dos últimos tempos. Há outras obras[28] que aprofundam o tema. Desejo
mostrar o conhecimento dos Apóstolos a respeito das outras doutrinas e
filosofias de todos os tempos. Do mesmo modo, um condutor religioso que
maneje bem a palavra da verdade, assim como um fiel a prestar seu
testemunho deve estar a par das filosofias vigentes em sua época para
possivelmente não vir a cair em descrédito ao ser confrontado com outras
possibilidades doutrinárias diferentes daquela que ele mesmo professa.
Certa vez, acompanhando pela televisão um programa de educação
religiosa ministrado por um professor de teologia que muito admiro, este
expunha com propriedade a doutrina de sua religião e do mesmo modo
respondia a perguntas que a ele eram dirigidas tanto pela plateia presente
quanto pelos telespectadores através de e-mails. Ao ser indagado a respeito
das crenças e práticas de “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos últimos
Dias”, suas respostas demonstraram grande desconhecimento da
mencionada religião. Demonstrou-se um condutor cego que conhece
apenas o caminho que ele próprio percorre, mas nada a respeito dos muitos

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caminhos existentes na humanidade.
É comum também observarmos líderes cristãos[29] fervorosos
pregando eloquentemente que Jesus é o único caminho e que só Ele salva.
Novamente afirmo aqui que não questiono tais afirmações. Da mesma
forma, também creio que Jesus é o Salvador e o único caminho, todavia
reflito sobre o quanto tais pessoas conhecem sobre outras religiões para
concluírem que Jesus é o único caminho. Sempre quando ouço tais
afirmações penso: essa pessoa talvez seja um profundo erudito em ciências
da religião, deve ter estudado a fundo religiões comparadas e chegado à
conclusão de que o caminho de Jesus é o verdadeiro.
Embora não tenha a pretensão de que este seja um trabalho
apologético[30], acadêmico nem que reflita o posicionamento de “A Igreja
de Jesus Cristo dos Santos dos últimos Dias” em quaisquer dos assuntos
aqui abordados, devido à minha formação como historiador, não me
esquivo de utilizar a metodologia científica, e para tal terei como principal
ferramenta a revisão bibliográfica através de declarações de acadêmicos,
escritores protestantes e principalmente Autoridades Gerais de “A Igreja
de Jesus Cristo dos Santos dos últimos Dias”. Escrevo, porém, do ponto de
vista de um converso protestante à Fé Mórmon, destinando esta obra aos
membros de “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos últimos Dias” e a
todos aqueles que com sinceridade buscam a verdade. Não tenciono
apresentar exegeses bíblicas[31]. Creio que há muito material já produzido
nesse sentido. Desejo mostrar o Mormonismo de uma forma clara e
simples, e para isso considero como a melhor ferramenta os
pronunciamentos dos Profetas e Apóstolos atuais baseando-me
principalmente nas declarações mais recentes passando gradualmente às
citações mais antigas.
Apresentarei nesta obra algumas reflexões doutrinárias acerca de
religiões comparadas à Fé Mórmon, buscando demonstrar a beleza do
Evangelho Restaurado conforme pregado em “A Igreja de Jesus Cristo dos
Santos dos últimos Dias” em relação às doutrinas e filosofias existentes.
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Primeiramente apresentarei minha própria jornada de fé desde minha
vivência no Protestantismo até minha conversão ao Mormonismo, e
elencarei alguns possíveis degraus dentro da fé Cristã. Depois tecerei uma
exposição sobre a necessidade da restauração do Evangelho devido à
impossibilidade de se chegar a uma unanimidade doutrinária através da
Bíblia. A seguir apresentarei alguns casos de membros recém-convertidos
que abandonaram a fé por não suportarem o Evangelho Restaurado em
suas muitas especificidades. Em seguida demonstrarei a fragilidade da Fé
Cristã Protestante perante a lógica que tem conduzido muitos ao ceticismo
e ao ateísmo, e por fim apresentarei a pujança do Evangelho Restaurado de
Jesus Cristo que suplanta a qualquer filosofia ou hermenêutica humana.
Como membros de “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos últimos
Dias”, nossa missão não é o de converter cada um dos habitantes do
mundo, mas o de conceder a cada alma a oportunidade de ouvir a voz de
admoestação e decidir por si própria qual atitude deve tomar[32]. Se após a
leitura desta obra, alguém sentir seu testemunho e convicção pessoal
acerca da veracidade de “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos últimos
Dias” fortalecido, ou se alguém que tiver perdido sua própria fé no
Cristianismo, como é popularmente conhecido, sentir desejo de conhecer a
Fé Mórmon mais a fundo, terei alcançado plenamente meu objetivo.

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Capítulo 1: Meu Testemunho
Escutai minha palavra, meu servo [José Carlos]; pois eis que
em verdade vos digo que vos dou o mandamento de
irdes pregar aos [protestantes] o meu evangelho que
recebestes da forma como o recebestes.
Paráfrase de Doutrina e Convênios 49:1

A consciência religiosa é o modo de perceber e entender a realidade


baseada na fé e na crença em verdades reveladas que conduzem a uma
percepção do sagrado. Ela busca definir um modo de ser no mundo através
de um sentido para a existência. A liberdade religiosa deriva
da liberdade de pensamento, uma vez que quando é exteriorizada torna-se
sua própria forma de manifestação. Ela é garantida pela Declaração
Universal dos Direitos Humanos adotada pelos 58 Estados membros das
Nações Unidas em 10 de Dezembro de 1948, que a definiu em seu artigo
18, afirmando que "Todo o homem tem direito à liberdade de
pensamento, consciência e religião”. De igual modo, a liberdade de
expressão é um direito de qualquer indivíduo manifestar, livremente,
opiniões, ideias e pensamentos sem medo de retaliação ou censura por
parte do governo. É um conceito fundamental nas democracias modernas e
é protegido pelas constituições de vários países democráticos.
Desde os primórdios da história religiosa, certas pessoas acreditaram
terem sido designadas pela divindade para realizar trabalhos e
desempenhar missões específicas nessa vida. Alguns desses tornaram-se
grandes líderes religiosos propagando suas ideias através de seus escritos e
de seus discípulos. Outros simplesmente, talvez por não acreditarem em
suas próprias potencialidades, mantiveram-se na obscuridade sem
desenvolverem suas vocações, as quais poderiam ter modificado a
realidade de muitos.
Desde meus primeiros tempos como membro de “A Igreja de Jesus

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Cristo dos Santos dos últimos Dias”, sinto como missão, levar o
Evangelho Restaurado aos irmãos protestantes. E isso faço, sem, contudo,
desejar ofender suas próprias convicções religiosas, mas sim
demonstrando através do puro amor de Cristo as verdades que me tocam à
alma.
Para a maioria dos seguidores de Cristo, os sacrifícios envolvem
coisas que fazemos cotidianamente. Para muitos conversos de “A Igreja de
Jesus Cristo dos Santos dos últimos Dias”, alguns desses sacrifícios
incluem a perda de amigos e até mesmo do convívio familiar.[33] Jesus
Cristo ensinou que aquele que lança mão do arado e olha para trás não é
digno do reino.[34] O Élder Dallin H. Oaks do Quórum dos Doze
Apóstolos afirmou:

“A religião cristã tem uma história de sacrifícios, incluindo o


maior de todos. Nos primeiros anos da Era Cristã, Roma
martirizou milhares por causa da fé que tinham em Jesus
Cristo. Nos séculos subsequentes, à medida que controvérsias
doutrinárias dividiram os cristãos, houveram grupos que
perseguiram e até mataram os membros de outros grupos.
Cristãos mortos por outros cristãos são os martírios mais
trágicos da fé cristã”.[35]

Em certa ocasião, durante uma reunião com os membros da Igreja na


Filadélfia, Pensilvânia, nos Estados Unidos em outubro de 2002, o
Presidente Gordon B. Hinckley perguntou: “Será que alguém ainda
duvida de que por meio da Restauração do Evangelho, a fé aumentou na
Terra?”[36] Desde o início da Igreja, a mensagem da Restauração do
Evangelho tem tocado os corações de pessoas de vários segmentos
religiosos, de várias etnias e de diversas classes sociais. Entre os primeiros
conversos, grande parte era proveniente do meio cristão protestante. Os
pais de Joseph Smith haviam sido convertidos à fé Presbiteriana pouco
antes de Joseph receber sua primeira visão.[37] Brigham Young assim
como John Taylor, segundo e terceiro presidentes da Igreja

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respectivamente, foram metodistas durante anos antes de conhecerem e
abraçarem o Evangelho Restaurado. Orson Hyde, membro do primeiro
quórum dos doze Apóstolos desta dispensação, e Sidney Rigdon membro
da primeira presidência inicial haviam feito parte da Sociedade Batista
Reformada antes de seu contato com A Igreja.
Esses são apenas alguns exemplos de grandes homens que
encontraram um acréscimo de fé ao tomarem contato com a mensagem da
Restauração, e assim como os Apóstolos antigos, abandonaram tudo e
seguiram o mestre Jesus Cristo. De igual modo, atualmente uma grande
quantidade de pesquisadores de diversas denominações religiosas aceitam
o Evangelho Restaurado ao pôr à prova a promessa de Moroni de
perguntar a Deus, o Pai Eterno, se essas coisas são verdadeiras.[38]
Apresento neste capítulo um breve relato sobre minha conversão à “A
Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos últimos Dias” discorrendo
brevemente sobre meu nascimento no seio de uma família Católica
Romana, minha passagem pelo Protestantismo e meu estabelecimento no
Mormonismo.

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De Protestante a Mórmon – uma jornada de fé
Como a maioria dos brasileiros, fui criado na Igreja Católica
Apostólica Romana, na qual fiz a primeira eucaristia, crisma e frequentei
as missas até a idade de onze anos. Fui então convidado por um vizinho
a visitar a Congregação Cristã no Brasil, denominação na qual permaneci
durante cinco anos. Aos quatorze anos fui batizado nesta igreja, no ano
seguinte passei a manifestar em línguas e fui oficializado músico
trombonista desta instituição religiosa[39]. Meus familiares nunca se
tornaram membros desta denominação, embora tivessem visitado algumas
vezes seus cultos.
Durante os anos em que ali estive, devido principalmente aos
conhecimentos musicais adquiridos no conservatório, servi no ministério
da música em companhia de encarregados locais e regionais[40] em visitas
a diversas cidades onde ministrei aulas e participei de ensaios. A despeito
de ser um membro ativo nesta instituição, o motivo de minha permanência
ali se dava principalmente devido à parte musical, pois devido a sempre ter
sido muito inquiridor no que diz respeito a pontos de doutrina,
constantemente questionava os líderes acerca de temas por vezes
complexos nos quais eu quase sempre não obtinha resposta.

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Meu encontro com o Livro de Mórmon
O início da minha conversão ao Evangelho Restaurado deu-se em
uma agradável noite onde eu procurava alguns livros na biblioteca pessoal
de meu pai. Foi então que encontrei um exemplar pequeno de capa dura e
aparentemente bem antigo onde as únicas palavras que estavam escritas na
frente eram “Um outro testamento de Jesus Cristo”. Imediatamente
peguei-o e li nomes que nunca antes havia visto, tais como Helamã,
Mórmon, Alma e Néfi. Aqueles nomes deixaram-me profundamente
impressionado e não consegui deixar de pensar naquele livro durante toda
a noite. Perguntei ao meu pai sobre a obra, ao que me foi respondido que
havia sido presente de um tio que pertencera à “Igreja dos Mórmons”. Até
essa ocasião, eu nunca tinha ouvido falar em mórmons, sendo para mim
algo totalmente novo. Sempre que me era possível eu lia o livro, e a cada
dia que se passava mais essa leitura tocava em minha alma. Li o
testemunho do profeta Joseph Smith e ao ler, meus pensamentos foram:
“Então a igreja onde estou não é a verdadeira como afirmam”. A partir de
então passei a procurar saber mais sobre os Mórmons e sua doutrina.
Posteriormente, conversando com esse tio sobre a Igreja, ele prestou-
me seu testemunho de que esta é realmente a verdadeira Igreja de Jesus
Cristo e que embora ele não mais a estivesse frequentando, possuía tal
convicção. Peguei algumas revistas chamadas A Liahona[41] e passei a ler
e a meditar sobre tudo o que lia. Os sentimentos que me
vinham eram fortes e sempre sentia em meu coração que ali era meu lugar.
Nessa ocasião eu ainda estava frequentando a igreja protestante, mas já
com pouca convicção de estar no caminho certo.

Uma grande “coincidência”


Fui chamado para atuar profissionalmente como professor de violino

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e, estando a caminho do local juntamente com meu professor do
conservatório onde eu já estudava, questionei-o sobre qual seria o lugar
das aulas, e a resposta foi que estas seriam dentro de uma igreja mórmon.
Interessante mencionar que este professor nada sabia a respeito de minhas
inquietações espirituais, e de meu desejo de entrar em uma capela desta
denominação, porém como a igreja que eu era membro proibia
taxativamente sob ameaça de perda de liberdade[42], tornava-se muito
difícil realizar esse anseio. Todavia as coisas estavam acontecendo de uma
maneira maravilhosa sendo que agora eu iria trabalhar justamente dentro
de uma capela mórmon. Os sentimentos que tive quando entrava naquele
lugar tocavam meu coração profundamente. Eu andava pelos corredores e
permanecia inerte em frente ao mural de livros no corredor principal, com
um sentimento que palavras não são capazes de expressar; um misto de
paz, ansiedade, felicidade, apreensão e até um pouco de medo de alguém
me ver ali e me denunciar para meus líderes eclesiásticos. Porém, minha
vontade de aprender mais sobre aquela doutrina aumentava diariamente.
Pouco tempo depois me tornei amigo de alguns membros da Igreja
que também participavam daquele projeto musical. Via neles algo muito
forte e diferente que eu não conseguiria descrever. Durante minha vida
como crente eu aprendera que a santidade consistia basicamente no
figurino – em mulheres usar saias, não se maquiarem, não cortarem o
cabelo – pois seria nesse ponto que elas se diferenciariam das mulheres do
mundo, mas pela primeira vez pude constatar que isso não era o mais
importante por presenciar mulheres SUDs de diversas idades que embora
não seguissem tais costumes, realmente eram dignas de serem
chamadas de santas dos últimos dias.

O rompimento
Nessa altura dos acontecimentos, embora eu ainda permanecesse
ativo na Congregação Cristã no Brasil, já estava muito insatisfeito e não

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concordava com a maioria das pregações realizadas nesta denominação. Já
acreditava firmemente na veracidade do livro de Mórmon como palavra de
Deus, porém ainda sem forças para me desligar da denominação. Dirigi-
me ao ancião[43] da congregação de minha cidade questionando-o acerca
de alguns pontos de doutrina, porém este não dirimiu minhas dúvidas
nem ofereceu respostas favoráveis aos meus questionamentos. Isso foi me
levando a pensar a cada dia sobre como proceder dali para frente. Se
aquele realmente não era o caminho verdadeiro e se Igreja verdadeira era
realmente a Igreja dos Mórmons, como eu deveria proceder?

Minha primeira visita a uma reunião dominical


Foi em uma agradável manhã de domingo, a primeira vez que visitei
uma capela de “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias”. Ao
entrar pelos fundos, um sentimento pujante apoderou-se de meu ser ao
ouvir a Sociedade de Socorro entoar o hino “Eu sei que vive meu
Senhor”[44]. As palavras daquele hino adentraram em meu coração de
modo que obtive naquele momento um testemunho que aquela era a Igreja
verdadeira[45]. Ao seguir pelo corredor principal, ainda sem saber como
proceder, fui recepcionado por um senhor que me abraçou e disse: “Seja
muito bem-vindo meu jovem”. Aquelas palavras marcaram-me para
sempre. Eu nunca tinha sentido tamanho amor em todos os anos que
permaneci na igreja protestante. Assisti a todas as reuniões. Tudo era
simples, porém ao mesmo tempo muito belo e significativo.

Meu último dia na Igreja Protestante[46]


Ainda confuso sobre qual caminho seguir, dirigi-me a um culto de
domingo à noite na Congregação que eu frequentava. Como de costume
sentei-me dentre os músicos e ao preparar meu instrumento, o encarregado
de orquestra dirigiu-se a mim afirmando que eu precisava sentar em outro

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lugar. Aquelas seriam suas últimas palavras à minha pessoa em contexto
religioso. Guardei o instrumento e levantei-me para nunca mais voltar.
Tempos depois o encontrei na rua ao que me foi questionado sobre minha
permanência na igreja e como minha resposta foi a de que eu estava
frequentando outra denominação, suas últimas palavras foram que eu
precisaria devolver o instrumento que eu utilizava para tocar nos cultos,
pois este pertencia à Igreja. Creio nunca ter sentido tamanha falta de amor
em nenhum outro momento[47].

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Meu batismo
Passei a ouvir as palestras missionárias. Grande paz advinda do
Espírito Santo tomava conta do meu lar e um sentimento de amor e
tranquilidade confortava nossos corações. Decidi ser batizado. Foi uma
decisão difícil devido ao fato de eu ter sido batizado anteriormente no
catolicismo e no protestantismo, mas soube por mim mesmo através da
oração que aquela seria a decisão correta. Permaneci frequentando “A
Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos últimos Dias” durante sete meses
antes de descer às águas do batismo. No dia da realização da ordenança, já
não havia mais dúvidas, apreensão ou inquietação acerca de minha
decisão. Ao sair das águas, ouvi ser entoado o hino “Povos da terra vinde
escutai, Eis a Restauração!”[48]. Com certeza aquela foi uma grande
restauração em minha vida espiritual.

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A discriminação
Quando souberam que eu me batizara em outra denominação,
fui discriminado por alguns daqueles que outrora haviam sido meus irmãos
na fé de modo que membros e líderes passaram a me evitar. Penso que
esses, se acreditavam que eu estivesse equivocado, não deveriam ter agido
dessa forma, e sim ter buscado me reconquistar, coisa que não fizeram.
Meu antigo cooperador de jovens[49] ao se deparar comigo alterava seu
percurso para não me cumprimentar. Restavam alguns poucos amigos que
também eram meus colegas de escola os quais embora não concordassem
com minha decisão, me respeitavam pela amizade e consideração que
tinham com a minha pessoa. Tenho por esses um grande apreço até hoje e,
ainda que os caminhos da vida nos tenham distanciado, considero-os como
meus verdadeiros irmãos.

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A solidão e a recaída
Durante praticamente toda minha adolescência construí meus lações
sociais através dos amigos que fiz nesta denominação. Tinha muitos e
queridos companheiros com os quais estava em contato diariamente e sem
os quais eu não me via sem. A partir do meu batismo na nova
denominação, o pai de um deles que também era meu líder enviou-me um
recado através de seu filho dizendo: “fala pra ele que ele não é mais nosso
irmão”. Infelizmente, não foi fácil conquistar amigos em minha nova fé.
Mesmo possuindo uma crença firme acerca da veracidade do Livro de
Mórmon e da Igreja, para um adolescente de dezessete anos que ainda
convivia diariamente na escola com jovens da denominação que eu
acabara de me desvincular, e cujos pais não professaram nenhuma religião
embora estivessem frequentando “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
últimos Dias” juntamente comigo, me vi solitário. Foi então que através de
uma atitude intempestiva, enviei uma carta para meus antigos líderes
solicitando minha readmissão em seu meio. Cerca de duas semanas depois
obtive a resposta de que eu poderia retornar com a condição de que me
retratasse publicamente perante a Igreja em um de seus cultos de sábado à
noite. Me vi mais uma vez totalmente confuso acerca de como proceder.

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A decisão final: Nunca mais olhei para trás.
Membro de “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos
dos últimos Dias”
Meditei muito sobre como deveria agir e decidi não pedir perdão por
ter me batizado em outra denominação, pois os laços afetivos de amizade
não poderiam suplantar minha fé e testemunho acerca daquilo que eu sabia
ser verdade. O domingo seguinte foi Conferência de Estaca[50] e um
senhor da Igreja convidou-me para assistir ao evento. Aceitei o convite. O
primeiro hino entoado naquela reunião foi “Avante ao mundo
proclamai”[51]:
Avante ao mundo proclamai que a Restauração;
Predita outrora aconteceu na atual dispensação;
Pregai sobre as verdades de amor, paz e perdão;
Que todo o que se converter terá exaltação.

Cada palavra do hino penetrou profundamente em meu ser. Meu


testemunho foi novamente revigorado e tomei a firme decisão de nunca
mais olhar para trás. A partir de então retomei minha frequência às
reuniões dominicais e posteriormente fui ordenado ao sacerdócio
Aarônico, sacerdócio de Melquisedeque e passei a servir na Igreja como
pianista e posteriormente também em outros chamados.

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Instruído pelo Espírito Santo
“Nossa jornada na vida nos proporciona muitas experiências
especiais que se tornam blocos de sustentação para nossa fé e
testemunho. Essas experiências chegam a nós das mais
variadas formas e em épocas imprevisíveis. Podem ser eventos
marcantes e espirituais ou momentos esclarecedores”.[52]
Élder Rasband

Conforme minha vida como membro de “A Igreja de Jesus Cristo dos


Santos dos últimos Dias” ia transcorrendo, tornava-se necessário
reaprender vários conceitos a partir da perspectiva do Evangelho
Restaurado. Esse é um desafio vivido por grande parte dos conversos que
vêm de atividade intensa em outras denominações religiosas. Trata-se de
um reaprendizado e desintoxicação espiritual, e comigo não era diferente.
Quanto mais conhecimento eu obtivesse sobre a doutrina restaurada, mais
meu testemunho e minha fé se fortaleceriam uma vez que, a despeito das
experiências espirituais já vividas por mim até então, o testemunho que
brotava em meu ser ainda era apenas uma pequena semente[53] que
precisava ser zelosamente regada.
Seria necessário dirimir alguns conceitos aprendidos na minha antiga
denominação, e alguns desses seriam de difícil compreensão até mesmo
para meus líderes caso com eles eu compartilhasse essas dúvidas e deles
buscasse esclarecimento.
Uma dessas questões dava-se com relação ao procedimento de
“chamar hinos”, adotado pela Congregação Cristã no Brasil, uma vez que
nessa igreja os membros são ensinados que qualquer sistematização ou
preparação do andamento dos cultos abafam a administração do Espírito
Santo e que por isso, não são admissíveis que ao início do serviço religioso
já se saiba de antemão quais hinos serão cantados, quem fará as orações e
quais serão os assuntos abordados na pregação. Por isso, me causava
incômodo observar as atas das reuniões sacramentais preparadas com

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antecedência e os números dos hinos em exposição no púlpito.
Como essa dúvida trazia inquietação à minha alma, ponderei sobre
como deveria proceder para obter tal esclarecimento e concluí que deveria
buscar em Deus a resposta, pois dificilmente algum líder local me
explicaria esse ponto baseado na Bíblia, pois seria através das Escrituras
que eu desejava obter um embasamento. Decidi então elevar meus
pensamentos ao Pai Celestial e confiar em sua bondade exercendo fé de
que mais uma vez Ele me orientaria e me guiaria na verdade.
Mais uma vez, o Pai Celestial através de suas ternas misericórdias
atendeu ao meu clamor.
Estávamos em uma reunião sacramental quando o bispo tomou a
palavra para discursar. Iniciou sua fala sobre determinado assunto, quando
em um dado momento alterou seu raciocínio e afirmou: “os irmãos sabem
por que nós preparamos atas para a reunião sacramental? Por que nas
Escrituras o Senhor ensina que sua casa é uma casa de ordem e não de
confusão” (1 Cor. 14:40, D&C 132:8, D&C 88:36-39). Ninguém na Igreja
tinha conhecimento da minha dúvida. Naquele momento mais uma vez fui
instruído pelo alto. Grande paz adentrou à minha alma e novamente obtive
resposta às minhas orações e provei ser verdadeiro o desafio de Tiago onde
afirma: “Se algum de voz tem falta de sabedoria peça a Deus...” (Tiago
1:5)
Depois desta experiência e após ter sido iluminado pelo Espírito Santo
mais uma vez, tive a oportunidade de oferecer esse esclarecimento a várias
pessoas que também necessitavam dessa compreensão. Sinto ser esse é
meu dever, e por isso também compartilho com o leitor esse testemunho a
respeito do Evangelho Restaurado, pois como ensinou o Élder Rasband,
“À medida que as experiências se acumulam em nossa vida, elas
fortalecem e apoiam umas às outras. Assim como blocos de cimento em
nossa casa sustentam o restante da estrutura, também nossas experiências
pessoais tornam-se blocos de sustentação para nosso testemunho e
aumentam nossa fé em Jesus Cristo”.[54]
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Passo agora à minha própria percepção acerca da importância do
chamado profético de Joseph Smith apresentando meu testemunho acerca
da Fé que professo nessas quase duas décadas.

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Meu testemunho acerca do Evangelho Restaurado
"Joseph Smith, o Profeta e Vidente do Senhor, com exceção
apenas de Jesus, fez mais pela salvação dos homens neste
mundo do que qualquer outro homem que jamais viveu nele
(...). Viveu grandiosamente e morreu grandiosamente aos
olhos de Deus e de seu povo; e como a maior parte dos
ungidos do Senhor na antiguidade, selou sua missão e suas
obras com o próprio sangue...”
Doutrina e Convênios 135:3

Muitas são as pessoas desiludidas com o Cristianismo conforme


pregado nas igrejas católicas e protestantes, e por isso o papel da obra
realizada por Joseph Smith é de grande importância, senão fundamental,
na recondução dessas pessoas à Cristo. Para muitos ateus e diversos
crentes, sem a compreensão do Evangelho de Jesus Cristo da forma como
é ensinado através da Restauração, não há qualquer sentido no
Cristianismo e em ser cristão. É necessária uma terceira via; outra opção
de Cristianismo além do que é comumente aceito e conhecido.
O fenômeno do ateísmo pode ser considerado algo moderno,
originário a partir das especulações racionais do Renascimento e do
Iluminismo e atualmente possui como um dos principais expoentes o
biólogo Richard Dawkins seguido por outros intelectuais acadêmicos de
vários ramos. No Brasil possui como um dos principais representantes o
engenheiro Daniel Sottomaior, o qual apresenta-se em programas de
debates religiosos na mídia televisiva. Em síntese, podemos afirmar que
para um ateu, não há qualquer sentido em acreditar nas histórias bíblicas
devido à ausência de provas definitivas acerca da existência histórica de
Jesus Cristo, uma vez que os ensinamentos contidos nos evangelhos
sinóticos nada mais seriam do que cópias e empréstimos de morais antigas
advindas do Zoroastrismo, Judaísmo e demais religiões da época, uma vez
que há estudos acadêmicos nessa direção[55] . Exatamente nesse ponto é
que se dá a contribuição de Joseph Smith na possível condução de um ateu
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a Cristo, pois ao trazer à luz um outro testamento de Jesus Cristo, as
narrativas bíblicas ganham nova força, tornando-se assim uma nova
dificuldade para a refutação feita pelos céticos. Assim ensina o Livro de
Mórmon[56]:

Pois eis que este[57] é escrito com o propósito de que


acrediteis naquele[58]; e se acreditardes naquele, acreditareis
também neste, e se acreditardes nesta, sabereis o que se
passou com vossos pais e também as maravilhosas obras que
entre eles foram realizadas pelo poder de Deus.

Felizmente, os membros de “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos


últimos Dias” não dispõem somente do relato bíblico dos feitos de Jesus
para evidenciar sua historicidade. Sendo assim, o papel fundamental do
Livro de Mórmon na condução de um ateu a Cristo é testificar da
veracidade dos registros bíblicos bem como de seus ensinamentos. Assim
ensinou o presidente Gordon B. Hinckley:

“Cremos que o Livro de Mórmon é outra testemunha do Filho


de Deus. Esse livro foi trazido à luz como outro testemunho ao
mundo das grandes verdades referentes ao Mestre que se
encontram na Bíblia. A Bíblia é o testamento do Velho Mundo.
O Livro de Mórmon é o testamento do Novo Mundo. Os dois
caminham de mãos dadas para prestar testemunho do Senhor
Jesus Cristo”. [59].

Em certa ocasião, ao participar de uma classe da escola dominical[60]


da unidade a qual pertenço, ao estudar essa passagem, foi solicitado aos
alunos que expressassem seus sentimentos e testemunhos acerca do profeta
Joseph Smith. Nessa ocasião fui o último a falar e o fiz da seguinte forma:

“Joseph Smith, com exceção apenas de Jesus, fez mais pela


minha salvação do que qualquer outra pessoa que tenha vivido
nessa Terra, pois se não fosse por ele, eu seria ateu”.

Posteriormente meditando sobre minha declaração, considerei

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relevante escrever em gratidão e testemunho a respeito do profeta da
Restauração, pois após ter passado desde meu nascimento até os onze anos
de idade no Catolicismo romano, após ter tido a experiência de ser
protestante durante cinco anos sendo membro da primeira igreja
de orientação pentecostal do país conforme é classificada
sociologicamente, após ter me graduado e pós-graduado em História e de
ter tido contato com mentes brilhantes ateístas do presente e do passado
através de suas obras, de ter lido, estudado e visitado muitas denominações
de diferentes vertentes religiosas, se não fosse pela obra restaurada por
Joseph através do livro de Mórmon – outro testamento de Jesus Cristo
como a voz de uma civilização antiga , e das revelações contidas em
Doutrina e Convênios e na Pérola de Grande Valor que restauram verdades
perdidas por séculos de apostasia, nada mais me restaria do que unir-me a
Richard Dawkins e às fileiras ateístas da atualidade. Por que então Joseph
Smith, com exceção apenas de Jesus, fez mais pela salvação da
humanidade do que qualquer outra pessoa? Muitas são as respostas para
esta pergunta. Um membro SUD tradicional poderá argumentar que Joseph
restaurou ordenanças essenciais à salvação como a investidura, o batismo
vicário e o casamento celestial, porém uma visão mais profunda de seu
ministério mostra que se não fosse por ele, pessoas como eu simplesmente
seriam ateístas.
Sendo assim, minha permanência no Cristianismo se dá devido ao
testemunho acerca da Restauração do Evangelho através de doutrinas
como os Graus de Glória[61] que abordarei posteriormente neste livro, a
qual contém tesouros doutrinários que não podem ser encontrados em
nenhum outro lugar.
Esse é apenas um exemplo, mas que por si mesmo já encerraria toda a
questão apresentada sobre a importância da obra realizada por Joseph
Smith. Da mesma forma, quando defrontado com o evangelho pregado
pelo mundo cristão atual que condena quase a totalidade da humanidade a
um inferno de fogo literal, acredito que todo homem justo se vê forçado a
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exclamar: Isso não vem de Deus!

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Conclusão do capítulo
Quase duas décadas se passaram após o meu batismo e não há um
único dia que eu não aprenda algo novo e/ou que não tenha uma nova
experiência acerca do Evangelho Restaurado. A pequena sementinha[62]
que um dia foi plantada em meu coração cresceu e se tornou uma grande
árvore de conhecimento por meio do qual compartilho com todos meu
testemunho assim como o faço através desta obra. Como afirmou o bispo
presidente Gerald Caussé: ainda é maravilhoso para mim. [63]
Obviamente não desejo afirmar que todos aqueles que possuem de
outras convicções religiosas prontamente aceitam a mensagem da
Restauração ao tomar contato com ela, e nem mesmo que todos os que um
dia passaram pelas águas do batismo nunca se desviam deste caminho
durante suas vidas. Sabemos que o trânsito inter-religioso é um fenômeno
comum, e que assim como há ex-membros protestantes que aceitaram o
Evangelho Restaurado, há também pessoas que foram santos dos últimos
dias, mas que por motivos diversos desviaram-se para outros caminhos.
Este foi apenas um breve relato e testemunho pessoal acerca de como a
mensagem do Evangelho Restaurado revitalizou a minha fé. Novamente
trago as palavras do Presidente Gordon B. Hinckley: “Será que alguém
ainda duvida de que por meio da Restauração do Evangelho, a fé
aumentou na Terra?”

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Capítulo 2: A Igreja no deserto
E a mulher fugiu para o deserto, onde já tinha lugar
preparado por Deus, para que lá fosse alimentada durante mil
duzentos e sessenta dias.
Apocalipse 12:6

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O Estabelecimento da Igreja de Jesus Cristo
Na introdução desta obra afirmei como objetivo apresentar a Fé
Mórmon como uma alternativa àqueles que não encontram substância no
Cristianismo conforme pregado pelo Catolicismo e pelo Protestantismo, e
que por esse motivo mantêm-se afastados da vivência cristã. Este é o caso
de muitos ateus e agnósticos da atualidade. Isso pode ocorrer devido às
lacunas de conhecimento existentes nessas vertentes, as quais por não
possuírem a revelação divina, característica de uma Igreja viva, tateiam na
escuridão dependendo somente das revelações antigas outrora registradas
por Profetas e Apóstolos de épocas anteriores. Embora haja divergências
por parte dos estudiosos a respeito do termo “igreja”, e a despeito de
alguns que consideram Jesus Cristo apenas como um grande líder
filosófico e moral, a maior parte da Cristandade concorda que em seu
ministério terreno, Jesus estabeleceu Sua Igreja entre os homens através de
Seus Apóstolos. O Élder James E. Talmage afirmou:

“Uma crença comum a todas as seitas e igrejas que professam


o cristianismo, é que Jesus Cristo, o salvador e redentor da
raça humana. Estabeleceu sua igreja na terra através de
ministração pessoal no meridiano dos tempos”.[64]

Após ter estabelecido Sua Igreja através de Seus Apóstolos


devidamente ordenados e comissionados, estes foram incumbidos de
prosseguirem com a pregação do Evangelho após a partida do Mestre. Eles
então obedecendo ao mandamento do Salvador organizaram ramos da
Igreja de Jesus Cristo. Porém, em muitos casos, tiveram a oportunidade de
visitar esses ramos somente uma vez, o que lhes deu pouca chance de
ensinar e treinar os líderes e membros locais.[65]
Em sua obra Jesus, o Cristo, o Élder Talmage afirma:

O período do ministério apostólico continuou até perto do


final do primeiro século de nossa era (...). No decurso daquele
tempo, a Igreja experimentou tanto a prosperidade quanto a
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vicissitude. Inicialmente, o corpo organizado cresceu em
número de membros e influência de uma forma considerada
fenomenal, se não miraculosa. Os apóstolos e os muitos outros
ministros que trabalhavam sob a direção deles em posições
escalonadas de autoridade, esforçaram-se tão eficazmente em
espalhar a palavra de Deus, que Paulo, escrevendo
aproximadamente trinta anos depois da ascensão, afirmou que
o evangelho já havia sido levado a todas as nações, ou, para
usar suas próprias palavras: “pregado a toda criatura que há
debaixo do céu”.[66]

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O Início da Apostasia
No entanto, no final do primeiro século, os sinais da apostasia
começavam a verificar de forma generalizada na Igreja. James E. Talmage
citando Hegesipo menciona:

“... quando o coro sagrado dos apóstolos foi extinto, e a


geração daqueles que haviam sido privilegiados em ouvir sua
inspirada sabedoria tinha-se ido. Então também as condições
de erros ímpios se avolumaram pela fraude e enganos de
falsos mestres. Estes também, já que não restava nenhum
apóstolo, passaram a pregar, sem pejo, falsas doutrinas contra
o evangelho da verdade”. (Eusébio. “Ecclesiastical History”,
Livro III, capítulo 32).[67]

Entre os testemunhos de historiadores e observadores do primeiro


século, pode ser verificado o início do afastamento da Igreja Cristã para
com o puro Evangelho de Cristo a ela legada. O Élder Talmage prossegue:

Causas externas tanto quanto internas cooperaram para que


se manifestasse essa grande apostasia. Dentre as forças
desintegradoras agindo de fora para dentro, a mais eficiente
foi a constante perseguição a que foram submetidos os santos,
em decorrência da oposição judaica, bem como da pagã.
Inúmeros dos que haviam professado a fé, e muitos dos que
tinham sido oficiais no ministério, desertaram da Igreja. (...)
Orson Pratt, um dos apóstolos dos últimos dias, fez um
excelente resumo de importantes pronunciamentos do apóstolo
Paulo com relação ao início de apostasia como um fato
acontecido nos primórdios da era apostólica. Diz ele: “A
grande apostasia da Igreja cristã teve início no século
primeiro, quando ainda havia em seu meio profetas e
apóstolos inspirados; por isso, Paulo, pouco antes de seu
martírio, enumera muitos que haviam feito ‘naufrágio da fé’,
‘se entregaram a vãs contendas’, ensinando que ‘a
ressurreição era já feita’, dando se ‘a fábulas ou a genealogia
interminável, ‘deliram acerca de questões e contendas de
palavras, das quais nascem inveja, porfias, blasfêmias, ruins
suspeitas. Contendas de homens corruptos de entendimento
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privado da verdade, cuidando que a piedade seja causa de
ganho’. Esta apostasia tornou-se tão generalizada que Paulo
declara a Timóteo ‘que os que estão na Ásia todos se
apartaram de mim’; e diz ainda, ‘ninguém me assistiu em
minha primeira defesa; antes todos me desampararam’. Ele
diz ainda que ‘há muitos desordenados, faladores, vãos
enganadores, ensinando o que não convém, por torpe
ganância’. Estes apóstatas, sem dúvida, fingiam ser muito
direitos, pois, diz o Apóstolo, ‘confessam que conhece a Deus,
mas negam-no com as obras, sendo abomináveis e
desobedientes, e reprovados para a boa obra’’[68].

O Élder M. Russell Ballard também discorre sobre as dificuldades


enfrentadas pelos primeiros apóstolos para manter a Igreja no caminho
correto. Mesmo durante o período apostólico, as sementes da Apostasia já
começavam a se evidenciar.

“É de conhecimento geral que, depois da morte, Ressurreição


e ascensão de Cristo, Pedro tornou-se o principal apóstolo, ou
o presidente da Igreja do Senhor. Essa não foi uma tarefa fácil
naqueles dias. Além dos problemas causados pela perseguição
e as dificuldades enfrentadas pelos primeiros cristãos, Pedro e
os demais apóstolos passaram por momentos difíceis para
manter a Igreja unida e conservar a doutrina pura. Viajavam
muito e escreviam uns para os outros com frequência a
respeito dos problemas que enfrentavam. Mas as informações
chegavam tão lentamente, as viagens eram tão árduas e a
Igreja e seus ensinamentos, tão novos, que era difícil eliminar
doutrinas e ensinamentos falsos antes que se tornassem
firmemente arraigados[69].

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A Perda das chaves do Sacerdócio
Chamamos de chaves do sacerdócio à autoridade que Deus delegou
aos líderes do sacerdócio para conduzir Seu reino na Terra. Segundo está
registrado no Novo Testamento, no meridiano dos tempos as chaves do
sacerdócio foram primeiramente entregues pelo Senhor Jesus Cristo a
Pedro, o apóstolo Sênior[70], porém uma questão que se coloca é sobre a
sucessão apostólica nos dias da Igreja primitiva. Quem deveria ser o
sucessor de Pedro na presidência da Igreja? Onde de fato as chaves do
sacerdócio foram perdidas? Irineu de Lyon[71], bispo grego, escritor e um
dos primeiros grandes teólogos cristãos afirmou:

“Os santos apóstolos fundadores da igreja passaram o


exercício episcopal a Lino. O mesmo Lino mencionado por
Paulo em sua epístola a Timóteo. Seu sucessor foi Anacleto e
depois Clemente”. [72]

Lino é considerado o segundo bispo de Roma pelo Anuário


Pontifício[73] e por Irineu de Lyon, sucedendo o apóstolo Pedro, motivo
pelo qual é identificado como o segundo Papa pela Igreja Católica. O
Élder M. Russell Ballard explica:
“Pedro acabou sendo morto por seus inimigos. Acredita-se que ele tenha sido
martirizado em alguma época entre 60 e 70 d.C. (...) Há quem acredite que o
sucessor de Pedro, como presidente da Igreja que Cristo havia organizado, tenha
sido Lino. Em 79 d.C., Anacleto sucedeu a Lino e, depois, Clemente tornou-se
bispo de Roma e o sucessor seguinte, em 90 d.C., mas a pergunta importante é: o
poder apostólico foi passado de Pedro para Lino? Nem todos os Doze Apóstolos
originais estavam mortos essa época (...) será que Lino seria ordenado para dirigir
a Igreja quando havia um apóstolo ainda vivo que convivera com o próprio Jesus
Cristo, que tinha sido uma testemunha ocular de Sua ressurreição e que tinha
ajudado a liderar a Igreja por muitas décadas? Por que João não se tornou líder
da Igreja? Por mais significativo que tenha sido o ministério individual de Lino,
Anacleto e Clemente, não há nenhuma prova sugerindo que esses homens tenham
continuado a agir como um Conselho de Doze Apóstolos autorizado...[74]”

Conforme explica o Élder Ballard, o sucessor de Pedro na presidência


da Igreja seria por direito João. Este fora um dos doze apóstolos que
conviveram com Jesus e além do Evangelho que leva seu nome, também

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escreveu as três epístolas e o livro do Apocalipse. Foi manifesta nos livros
da Bíblia a admiração de Jesus por João. Jesus chamou-lhe o Filho do
Trovão e posteriormente ele foi considerado o Discípulo Amado. Segundo
os registros do Novo testamento, João esteve com o mestre durante a
transfiguração, seguiu com Ele na noite em que foi preso e foi corajoso ao
ponto de acompanhá-lo até à morte na cruz. A Bíblia narra que João esteve
presente, e ao alcance de Jesus, até a última hora, e foi-lhe entregue a
missão de tomar conta de Maria, a mãe do Salvador. Mais tarde João
esteve fortemente ligado a Pedro nas atividades iniciais do movimento
cristão, tornando-se um dos principais sustentáculos
da Igreja de Jerusalém. Foi o principal apoio de Pedro no dia
de Pentecostes. João viajou, trabalhou incessantemente e, depois de tornar-
se dirigente das igrejas da Ásia, estabeleceu-se em Éfeso onde orientou o
seu colaborador Natan, na redação do chamado evangelho segundo João,
aproximadamente no ano 90 d.C. De todos os doze apóstolos, João,
o Apóstolo Amado e filho de Zebedeu, tornou-se o destacado teólogo,
tendo morrido, segundo a tradição[75], de morte natural em Éfeso, no
ano 103 d.C., quando tinha 94 anos de idade. Contudo, conta-se que sua
tumba estava vazia quando foi aberta por Constantino para edificar lhe
uma igreja. Segundo algumas interpretações João era o apóstolo que Jesus
mais amava havendo um enorme afeto um pelo outro.
Tendo em vista essas características de João, a questão que se coloca
é sobre o motivo de não ter sido ele o sucessor de Pedro na presidência da
Igreja. Ainda que exilado na ilha de Patmos, o discípulo amado poderia ter
exercido sua presidência através de epístolas como as que enviou às sete
igrejas conforme aparecem no livro do Apocalipse escritas durante o
mesmo período. Entendemos que esta é uma evidência de que aí deu-se de
fato a perda das chaves do sacerdócio.

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A Grande Apostasia
Já no fim do terceiro século, o Cristianismo foi banido pelo Império
Romano, e os cristãos foram terrivelmente perseguidos.

“Diocleciano ordenou a destruição de tudo que não fosse


pagão, classificando-o de não romano. Igrejas foram
destruídas, escrituras foram queimadas e os cristão torturados
e sacrificados. Num édito de 306, ordenou-se que a
perseguição fosse estendida a todo o império.[76]

Isto mudou depois da conversão do Imperador Romano Constantino


[77],
que adotou o símbolo da cruz ao enfrentar e derrotar seu oponente
Maxêncio em 312 d.C.; no ano seguinte, em 313 d.C. promulgou o Edito
de Milão que assegurava a tolerância e liberdade de culto para com os
cristãos, estendendo-a a todo o território do Império Romano.
“Deliberamos conceder aos cristãos e a quem quer que seja a
liberdade de praticar a religião de sua preferência a fim de
que Divindade que nos céus reside venha a ser favorável e
propicia para nós e para todos os súditos. Parece-nos ser
medida boa, razoável, não recusar a nenhum de nossos
súditos, seja ele cristão ou adepto de qualquer outro culto, o
direito de seguir a religião que melhor lhe convenha. Assim
sendo, a Divindade que cada um reverenciar a seu modo,
livremente, poderá também estender a nós sua benevolência e
seus habituais favores (...)”[78]

Através do Concílio[79] de Nicéia em 325 d.C., objetivando unificar o


Cristianismo principalmente contra a heresia ariana que negava a
divindade de Cristo, Constantino cunhou uma religião que poderia unir o
Império que começava a se fragmentar. Mesmo que isto aparente ser um
desenvolvimento positivo para a Igreja Cristã, logo Constantino deixou de
professar a forma completa da fé cristã original continuando com muitos
de seus credos e práticas pagãs, passando a mesclar Cristianismo e
Paganismo romano. Ele percebeu que sendo o Império Romano tão

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grande, vasto e diverso, nem todos abandonariam seus credos religiosos
para abraçar a nova fé. Permitiu então a cristianização de crenças pagãs. O
professor e escritor católico Felipe Aquino afirma:

“Os bispos da época, cultos e santos, compreenderam que o


único jeito de salvar o Ocidente era fazer a fusão das raças
bárbaras no catolicismo. E foi o que aconteceu”.[80]

A liderança política de Constantino foi notável e permanece como um


grande legado para a civilização ocidental. No entanto, a despeito dessa
unificação do império, a pura doutrina de Cristo como era praticada pelos
primitivos cristãos recebia seu golpe derradeiro. O Élder M. Russell
Ballard explica:

“Quando Constantino, o Grande, subiu ao trono, no primeiro


quadrante do século quarto, uma transformação radical teve
início na atitude do estado em relação à Igreja (...) A Igreja,
porém, já era, em grande parte, uma instituição apóstata e até
mesmo nos traços mais gerais, da organização e serviço,
apresentava apenas remota semelhança com a Igreja de Jesus
Cristo, fundada pelo Salvador e edificada pela
instrumentalidade dos apóstolos. Quaisquer vestígios de
genuíno cristianismo que tivessem sobrevivido na Igreja até
ali, foram sepultados e ocultos da vista humana pelos abusos
que acompanharam a promoção da ordem eclesiástica ao
favor secular, pelo decreto de Constantino.[81]

Posteriormente outros concílios seriam realizados, os quais


estabeleceriam definitivamente a doutrina da Cristandade Medieval. Estes
são conhecidos como os sete concílios ecumênicos. Dentre eles está o
Concilio de Constantinopla I que condenaria o Macedonismo oriundo de
Macedônio patriarca de Constantinopla que ensinava que o Espírito Santo
não era Deus. Desses dois concílios surgiu a formulação do Credo Niceno
Constantinopolitano que a Igreja Católica reza até os dias atuais. Mais
tarde através do Edito de Tessalônica em 390 d.C., o Imperador Teodósio
tornaria o Cristianismo a religião oficial do Império Romano. A escritora
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adventista Ellen G. White escreveu:

“Satanás, portanto, formulou seus planos para guerrear com


mais êxito contra o governo de Deus, hasteando sua bandeira
na igreja cristã. Se os seguidores de Cristo pudessem ser
enganados e levados a desagradar a Deus, falhariam então
sua força, poder e firmeza, e eles cairiam como presa fácil
(...). Cessou a perseguição, e em seu lugar foi posta a perigosa
sedução da prosperidade temporal e honra mundana(...)a
maioria dos cristãos finalmente consentiu em baixar a normal,
formando-se uma união entre cristianismo e
paganismo...doutrinas errôneas, ritos supersticiosos e
cerimônias idolatras foram incorporados em sua fé e
culto…”[82]

O Culto a Ísis, deusa-mãe do Egito e esta religião, foram absorvidas


pelo Cristianismo, substituindo-se Ísis por Maria. Muitos dos títulos que
eram usados para Ísis, como “Rainha dos céus”, “Mãe de Deus” e
“Theotokos” foram ligados a Maria. A esta foi dada um papel exaltado na
fé cristã com o fim de atrair os adoradores de Ísis para uma fé que, de
outra forma, não abraçariam. Muitos templos a Ísis foram convertidos em
templos dedicados a Maria. A primeira indicação clara da Mariologia
Católica ocorre nos escritos de Orígenes, que viveu em Alexandria, Egito,
que por acaso era o lugar principal da adoração a adoração a Ísis.
O Mitraísmo foi uma religião no Império Romano do 1º ao 5º século
d.C. muito popular entre os romanos tendo sido possivelmente a religião
de vários imperadores, e mesmo que não tenha sido dado ao Mitraísmo um
status de religião oficial no Império Romano, esta foi a religião praticada
até que Constantino e imperadores que o sucederam substituíram-na pelo
Cristianismo. Uma das principais características do Mitraísmo era a
refeição sacrificial, que envolvia comer a carne e beber o sangue de um
touro. Acreditavam que o deus Mitras estava presente na carne e no sangue
do touro, e quando consumido, concedia salvação àqueles que tomavam
parte da refeição sacrificial. O Mitraísmo também possuía sete

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sacramentos, o que faz com que suas semelhanças com o Catolicismo
Romano sejam tão numerosas que não as podemos ignorar. Constantino e
seus sucessores encontraram um substituto fácil para a refeição sacrificial
do Mitraísmo no conceito da Ceia do Senhor/Comunhão Cristã. A
romanização da Ceia do Senhor completou a transição para a consumação
sacrificial de Jesus Cristo, agora conhecida como a Missa
Católica/Eucaristia. William Edwin Berret discorrendo sobre o processo de
Apostasia da Igreja comenta:

“A ordenança do sacramento da ceia do Senhor foi alterada.


A simplicidade primitiva de partilhar do pão e do vinho, em
memória do Salvador, deu origem a uma elaborada cerimônia
de pompa e mistério. A doutrina da Transubstanciação tornou-
se elemento essenciais da Igreja Romana e, segundo ela, o pão
e o vinho usados no sacramento perdiam seu caráter de pão e
vinho, tornando-se literalmente na carne e sangue do Cristo
crucificado. Essa transformação ocorreria misteriosamente,
por um processo superior ao poder de percepção dos mortais.
Tais emblemas consagrados vieram então a ser adorados em
si próprios, numa prática perniciosa de idolatria. A
celebração da "Missa", como tal ordenança veio a se chamar,
começou a ser administrada a intervalos cada vez maiores.
Posteriormente, o costume de conferir apenas o pão foi
introduzido, afirmando-se que de alguma maneira mística,
tanto o corpo como o sangue estavam presentes em um só
emblema.[83]

A maioria dos imperadores e cidadãos romanos era henoteísta.[84]


Quando a Igreja Católica absorveu o paganismo romano, ela substituiu o
panteão de deuses romanos pelos santos católicos. Assim como no panteão
romano de deuses havia um deus do amor, um deus da paz, um deus da
guerra, um deus da força, um deus da sabedoria entre outros, da mesma
forma na Igreja Católica havia um santo responsável por cada uma destas
coisas, e muitas outras categorias. Assim como muitas cidades romanas
tinham um deus específico para ela, também a Igreja Católica

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providenciou santos padroeiros para as cidades.
Com a cidade de Roma sendo o centro do governo para o Império
Romano, e com os imperadores ali vivendo, a cidade alcançou
proeminência em todos os aspectos da vida. Constantino e seus sucessores
deram apoio ao bispo de Roma como governante supremo da Igreja. Sobre
o processo de emergência de autoridade dos bispos locais e posteriormente
da primazia do bispo de Roma, lemos:

“Sem a presença dos apóstolos, os líderes locais da Igreja


foram aos poucos assumindo mais autoridade. Os bispos
determinavam as normas e doutrinas para seus domínios
alegando serem os legítimos sucessores dos apóstolos. Aos
poucos alguns bispos das cidades mais importantes como
Roma, Alexandria, Jerusalém, e Antioquia passaram a ter
autoridade suprema em suas respectivas regiões. Surgiu uma
grande diversidade de práticas e dogmas à medida que os
líderes da Igreja deixaram de fundamentar-se na revelação,
passando a apoiar-se na lógica e na retórica”.[85]

O imperador considerou melhor para a unidade do Império Romano


que o governo e estado fossem centralizados no mesmo lugar. Mesmo a
maioria de bispos e fiéis resistindo à ideia da supremacia do bispo romano,
este ascendeu ao poder devido à influência dos imperadores.
Posteriormente com queda do Império, os papas tomaram para si o título
que anteriormente pertencia aos imperadores romanos: Máximo Pontífice.
Berret prossegue afirmando:

“... a congregação geral da Igreja foi proibida de possuir o


Sacerdócio, o qual ficou circunscrito a uma classe conhecida
como o “clero”, que se segregou do povo comum professando
manter custódia da autoridade do Sacerdócio. O ofício de
“bispo” foi conservado, mas diferindo da ordem que
prevalecia na Igreja Primitiva, esses oficiais não eram
considerados todos da mesma categoria. O bispo de Roma,
sob proteção e sanção do governo, se arrogara a jurisdição de
todos os outros bispos, adotando o nome de Papa, ou
“Pai””(...)Com o avançar da história cristã o Sacerdócio
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desapareceu literalmente de sobre a terra. Nem poderia
jamais operar ou ser retido na iniquidade”.[86]

Outros exemplos poderiam ser mencionados. Estes quatro devem ser


suficientes para demonstrar a origem da Igreja Romana. Logicamente, esta
nega a origem pagã de seus credos e práticas através de sua própria
teologia e tradição eclesiástica. A doutrina da Igreja Católica pode ser
considerada uma mescla do Cristianismo do Novo Testamento, com
tradições judaicas, filosofia grega, e religiões pagãs que o cercavam, deste
modo se fazendo atraente tanto às pessoas do Império Romano quanto aos
povos bárbaros que afluíam ao território do Império. Assim sendo, “A
acomodação da verdade ao erro e a assimilação das filosofias dos homens
ao evangelho de Cristo produziram uma nova religião”.[87] O dicionário
Vine traz:

“Alguns séculos após a morte de Jesus, as igrejas haviam se


desviado dos ensinamentos dele e permitiam que os novos
membros retivessem, “em grande parte, os sinais e símbolos
pagãos”, incluindo a cruz”.[88]

O resultado foi uma instituição religiosa que se tornou a religião


suprema do mundo ocidental durante muitos séculos. Contudo, outro
resultado foi a grande Apostasia do verdadeiro Evangelho de Jesus Cristo
de modo que “Por volta do século IV, já quase não restava traços da
Igreja de Jesus Cristo”.[89] O Élder James E. Talmage explica:

“O espírito de apostasia, pelo qual a Igreja havia sido


impregnada antes de Constantino haver lançado sobre ela o
manto da proteção imperial, adornando-a com a insígnia do
estado, foi então estimulando a crescente atividade, à medida
que o fermento da cultura do próprio Satanás florescia, sob
condições das mais favoráveis para aquele desenvolvimento
semelhante ao dos fungos. O bispo de Roma já havia
conseguido supremacia em relação a seus companheiros de
episcopado, mas quando o imperador fez de Bizâncio a sua
capital, e trocou o nome da cidade em honra de si mesmo,
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para Constantinopla, o bispo daquela cidade pleiteou
igualdade com o pontífice romano (...) Durante os séculos
treze e quatorze, a autoridade temporal do papa era superior à
dos reis e imperadores, e a Igreja romana tornou-se o
despótico potentado das nações, e um autocrata acima de
todos os estados seculares.[90]
A escritora Ellen G. White afirma:
“As trevas pareciam tornar-se mais densas. Generalizou-se a
adoração de imagens. Acendiam-se velas perante imagens e
orações se lhes dirigiam. Prevaleciam os costumes mais
absurdos e supersticiosos... enquanto os próprios sacerdotes e
bispos eram amantes do prazer, sensuais e corruptos, só se
poderia esperar que o povo que os tinha como guias se
submergisse na ignorância e vicio (...) O paganismo
conquanto parecesse suplantado, tornou-se vencedor. Seu
espírito dominava a igreja. Suas doutrinas, cerimônias e
superstições incorporaram-se à fé e culto dos professos
seguidores de cristo”.[91]

Outra característica marcante da Igreja apóstata foi a supressão do


acesso às Escrituras Sagradas por parte do povo. A corrupção dos textos e
a escolha de quais deles deveriam compor o cânone resultaram na perda de
muitas partes claras e preciosas necessárias à salvação. Néfi, um profeta
que viveu aproximadamente 600 – 592 a.C. escreveu:

“E depois de transmitidas dos judeus aos gentios pela mão dos


doze apóstolos do Cordeiro, vês a formação vês a formação
daquela que é mais abominável que todas as outras igrejas;
pois eis que tiraram do evangelho do Cordeiro muitas partes
que são claras e sumamente preciosas; e também muitos
convênios do Senhor foram tirados. Vês, portanto, que depois
de haver o livro passado pelas mãos da grande e abominável
igreja, foram suprimidas muitas coisas claras e preciosas do
livro, que é o livro do Cordeiro de Deus. E depois que essas
coisas claras e preciosas foram suprimidas, ele propagou-se
por todas as nações dos gentios; e depois de ter-se propagado
por todas as nações dos gentios, sim, mesmo do outro lado das
muitas águas que viste com os gentios que saíram do cativeiro,
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vês que — por causa das muitas coisas claras e preciosas que
foram suprimidas do livro, que eram claras ao entendimento
dos filhos dos homens segundo a clareza que existe no
Cordeiro de Deus — por causa dessas coisas que foram
suprimidas do evangelho do Cordeiro, um grande número
tropeça, sim, de tal maneira que Satanás tem grande poder
sobre eles”.[92]
Ellen G. White afirmou:
“A fim de Satanás manter o seu domínio sobre os homens e
estabelecer a autoridade humana, deveria conservá-los na
ignorância das Escrituras (...). Durante séculos a circulação
da Escritura foi proibida. Ao povo era vedado lê-la ou tê-la
em casa, e sacerdotes e prelados sem escrúpulos
interpretavam-lhe os ensinos de modo a favorecerem suas
pretensões. (...) Quando as Escrituras são suprimidas e o
homem vem a considerar-se supremo, só podemos esperar
fraudes, engano e aviltante iniquidade”.[93]

Um dos aspectos em que as teologias Protestante e Mórmon


divergem, diz respeito à corrupção do cânone bíblico. Segundo o
entendimento Protestante, a despeito das Escrituras terem permanecido na
obscuridade durante séculos sendo acessíveis somente ao clero da Igreja
Medieval, estas foram preservadas incorruptas tendo chegado até os nossos
dias sem alterações. Já a perspectiva mórmon e também de outras vertentes
religiosas[94] é o de que muitas alterações, interpolações e omissões
ocorreram nesses textos no decorrer dos muitos séculos de Apostasia da
Igreja. Não me aterei profundamente nesse assunto neste capítulo. Abordá-
lo-ei no posteriormente nesta obra.
É importante destacar que durante toda a história da humanidade,
homens iluminados pela Luz de Cristo trouxeram elementos da verdade à
humanidade. O Élder James E. Faust citando a Declaração da Primeira
Presidência Relativa ao Amor de Deus por Toda a Humanidade, 15 de
fevereiro, 1978 afirmou:

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“Acreditamos que os grandes líderes religiosos do mundo,
como Maomé, Confúcio e os Reformadores, bem como
filósofos, incluindo Sócrates, Platão e outros, receberam uma
porção da luz de Deus. Deus concedeu-lhes verdades morais
para que iluminassem nações inteiras e proporcionassem um
melhor entendimento às pessoas”.[95]

Veremos o processo que abriu caminho para a restauração da


Plenitude do Evangelho à Terra: A Reforma Protestante.

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A Reforma Protestante e a Restauração do
Evangelho
Pensemos em copos de plástico etiquetados representando partes da
Igreja verdadeira. Se fizermos com eles uma pirâmide demonstrando a
construção da Igreja por Jesus Cristo e retirarmos os copos que
representavam os apóstolos, poderemos observar toda a estrutura
desmoronar.[96] Voltaremos a esta ilustração posteriormente.
Nos séculos após a morte e ressurreição de Cristo em que o mundo
jazia em trevas espirituais e em que a Plenitude do Evangelho não estava
na Terra, houveram homens inspirados e levantados por Deus que
possuíam porções da luz de Cristo e que através dela iluminaram as
nações. Estes embora não possuíssem a Plenitude do Evangelho, detinham
partes da verdade e com elas pregaram preceitos morais, éticos e
filosóficos aos povos. O Élder B. H. Roberts (1857–1933) dos Setenta
ensinou:

“Apesar de “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos últimos


Dias” ter sido estabelecida para instruir os homens e ser um
dos instrumentos de Deus para tornar a verdade conhecida,
Ele não Se restringe a essa instituição para tais propósitos,
nem em tempo nem em lugar. Deus levanta homens sábios e
profetas em todos os lugares entre os filhos dos homens, que
falam seu idioma e têm a mesma nacionalidade, dirigindo-se a
eles por meios que conseguem compreender. (…) Todos os
grandes mestres são servos de Deus; em todas as nações e em
todas as eras. Eles são homens inspirados, indicados para
instruir os filhos de Deus de acordo com as condições em que
vivem”.[97]

O Élder D. Todd Christofferson do Quórum dos Doze Apóstolos


discorrendo sobre a Grande Apostasia após a morte dos Apóstolos
afirmou:

“Os séculos que se seguiram foram iluminados por ocasionais

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raios de luz do evangelho, até que, no século dezenove, a
brilhante alvorada da Restauração despontou no mundo”.[98]

No fim da Idade Média e início da Idade Moderna, homens como


Pedro Valdo, John Wycliffe[99], Zwingli[100], William Tyndale[101], John
Hus, Martinho Lutero, João Calvino e outros, receberam inspiração divina
para levar a efeito a obra de Reforma da Igreja Cristã [102]. Estes, embora
não tivessem o sacerdócio nem suas chaves, prepararam caminho para a
posterior Restauração do Evangelho com todos os seus direitos, poderes,
chaves e ordenanças. O Élder Orson F. Whitney (1855 – 1931) do Quórum
dos Doze Apóstolos observou que Deus “não usa apenas o povo do
convênio, mas também outros povos, para executar uma obra estupenda,
magnífica e árdua demais para um punhado de santos levarem a cabo
sozinhos”.[103]
Não nos aprofundaremos aqui na reforma protestante, porém é
inconcebível pensar nos rumos que a história teria tomado se não fosse
pelo trabalho desses reformadores. No entanto, se por um lado, como
afirma o escritor católico Felipe Aquino, “o princípio do Livre Exame das
Escrituras estabelecido por Lutero promoveu um esfacelamento crescente
da Cristandade pela multiplicação de novas igrejas”[104], por outro lado
preparou caminho para que através dessa liberdade, o jovem Joseph Smith
pudesse recorrer à Bíblia através de seu livre exame e nela encontrar a
passagem que segundo ele jamais penetrou no coração de um homem
como naquele momento no dele:[105]“ Se algum de vós tem falta de
sabedoria peça a Deus que a todos dá liberalmente e não lança em rosto e
ser-lhe-á dada”.[106]Seguindo a instrução dada pelo Apóstolo Tiago
presente nesta escritura, Joseph Smith retirou-se a um bosque para orar e
em resposta à sua oração, Deus o Pai e Seu filho Jesus Cristo apareceram-
lhe dando início a uma nova dispensação do Evangelho. Após quase dois
milênios de densas trevas espirituais, foi necessário a própria visita do
Deus todo poderoso à Terra para romper a alva trazendo a pura doutrina

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eterna.
Muitas revelações posteriores ocorreram devido ao livre exame dos
textos bíblicos. Como exemplos, podemos citar a gloriosa revelação sobre
os Graus de Glória que foi dada após leitura e reflexão do Evangelho
segundo João no capítulo 5[107],a visão acerca da redenção dos mortos
recebida pelo presidente Joseph F. Smith enquanto lia e ponderava[108] 1
Pedro capítulos 3 e 4.
Através da leitura das Escrituras, os céus foram novamente abertos, as
grandezas da eternidade foram reveladas e o Evangelho de Jesus Cristo em
toda sua pureza e plenitude foi restaurado.
Durante os séculos de apostasia, embora a Igreja verdadeira detentora
da Plenitude do Evangelho Eterno não estivesse na Terra de forma
plenamente organizada, em todos os séculos desde a morte do último
apóstolo até a restauração do Evangelho, houveram pessoas boas que
viviam de acordo com o melhor que possuíam da verdade. O presidente
Wilford Woodruff afirmou:

“Sem dúvidas, havia milhões de homens bons que agiram de


acordo com o melhor conhecimento que receberam (...) que se
levantaram em sua época e pregaram o evangelho de acordo
com a luz que possuíam. No entanto, não tinham poder para
administrar nenhuma ordenança que tivesse efeito após a
morte. Não eram portadores do santo sacerdócio. ”[109]

Deus ama a todos os seus filhos e ministra a eles independente de


tempo e espaço, e os abençoa de várias maneiras. Durante a primavera de
1820, Deus novamente se comunicou em pessoa com um profeta na Terra
através da ministração do próprio Senhor Jesus Cristo e de seus antigos
Apóstolos, bem como de outros profetas antigos restaurando toda a
autoridade do sacerdócio juntamente com suas chaves. A Igreja de Jesus
Cristo possuidora do Evangelho em toda sua pureza e plenitude está
novamente acessível dando origem à uma nova dispensação do Evangelho.
Não discorreremos aqui amplamente sobre a história da Restauração do
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Evangelho através do Profeta Joseph Smith, pois há várias obras[110] sobre
o tema. Importante aqui é apresentar uma visão panorâmica acerca do
estabelecimento da Igreja de Jesus Cristo pelos Apóstolos Primitivos, a
perda da Plenitude do Evangelho durante cerca de dezoito séculos que se
seguiram, e a Restauração da Verdade Eterna nesses Últimos Dias.
Brigham Young, o segundo presidente de “A Igreja de Jesus Cristo dos
Santos dos últimos Dias” ensinou:

“O chamado “mormonismo” abrange todos os princípios


concernentes à vida e a salvação, para o tempo e eternidade.
Não importa quem possua a verdade. Se os pagãos têm
alguma verdade, ela pertence ao “mormonismo”. A verdade e
a sã doutrina que o mundo sectário possui — e eles as têm em
grande medida — pertencem todas a esta Igreja. No que
concerne à moralidade, muitas pessoas são tão boas quanto
nós. Tudo o que é virtuoso, amável e louvável pertence a esta
Igreja e reino. O “mormonismo” abrange toda a verdade. Não
existe verdade que não pertença ao evangelho”.[111]

Num panfleto intitulado “A Força da Posição Mórmon”, o falecido


Élder Orson F. Whitney, do Conselho dos Doze Apóstolos de “A Igreja de
Jesus Cristo dos Santos dos últimos Dias” relatou o seguinte incidente sob
o título “Uma Opinião Católica”:

“Há muitos anos atrás, um homem instruído, membro da


Igreja Católica Romana, veio a Utah e falou no púlpito do
Tabernáculo de Salt Lake City. Tornamo-nos bons amigos, e
conversamos livre e francamente. Tratava-se de um homem
erudito que falava corretamente pelo menos uma dúzia de
línguas e demonstrava um grande conhecimento de teologia,
leis, literatura, ciência e filosofia. Um dia ele me disse:
“Vocês mórmons são todos ignorantes. Não compreendem
nem mesmo a força de sua própria posição. Ora, é tão forte
que há somente outra comparável em todo o mundo cristão – e
esta é a posição da Igreja Católica. Só entram em questão o
catolicismo e o mormonismo. Se estivermos certos, vocês estão
errados; se vocês estiverem certos, nós estamos errados e isto

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é tudo. Os protestantes são indefesos, pois, se estivermos
errados, eles estão conosco, pois são parte de nós e saíram de
nós; enquanto que, se estivermos certos, eles são apostatas de
quem nos afastamos há muito tempo. Se tivermos a sucessão
apostólica de São Pedro, como clamamos, não há necessidade
de Joseph Smith e do Mormonismo; mas se não tivermos
aquela sucessão, então um homem como Joseph Smith era
necessário e a atitude do Mormonismo é consistente. Ou o
Evangelho se perpetuou desse os tempos antigos, ou foi
restaurado em tempos modernos”.[112]

A sexta Regra de Fé SUD afirma: Cremos na mesma organização


que existia na Igreja Primitiva, isto é, apóstolos, profetas, pastores,
mestres, evangelistas, etc. O pesquisador da Igreja pode se inquirir a
respeito dos registros contidos no Livro de Mórmon bem como dos
profetas modernos questionando se a Igreja de Jesus Cristo do primeiro
século possuía conhecimento dessas coisas. Para elucidar essa questão,
apresentaremos uma declaração do Élder James E. Talmage:
“A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos últimos Dias”
declara-se, pelo seu nome, distinta da Igreja primitiva
estabelecida por Cristo e seus primeiros apóstolos. A
designação real da Igreja restaurada é: Igreja de Jesus
Cristo; seu nome autorizado é “A Igreja de Jesus Cristo dos
Santos dos últimos Dias”, sendo a frase final adicionada para
distinguir a Igreja estabelecida na presente dispensação, da
Igreja organizada pelo Salvador no período de seu ministério
terrestre. Esta distinção é demonstrada numa de nossas regras
de fé: “Cremos (referindo-se à igreja de hoje) na mesma
organização existente na Igreja primitiva”[113]

Não há contradição na Igreja atual ser distinta da Igreja Primitiva e ser


a mesma organização que a Igreja primitiva conforme sugere alguns
críticos. A Igreja atual possui basicamente a mesma organização que a
igreja do meridiano dos tempos assim como a mesma autoridade do
sacerdócio e a mesma fé e doutrina. No entanto, por estarmos no período
conhecido nas Escrituras como os últimos dias, dispomos da palavra de

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Deus conforme necessária aos dias atuais. A Igreja de Jesus Cristo é uma
Igreja viva dirigida por apóstolos e profetas vivos que recebem revelações
divinas para os nossos dias.
Dada à necessidade de o Evangelho ser restaurado devido à corrupção
do Cânon bíblico ocorrido durante os séculos de Apostasia, este teve que
ser feito através de outros registros de povos antigos que também contaram
com a ministração de apóstolos e profetas em seus dias bem como do
próprio Senhor Jesus Cristo. Os membros da Igreja de Jesus Cristo no
meridiano dos tempos nada sabiam a respeito dos nefitas e das outras
ovelhas levadas para fora daquela Terra[114]. Os registros desses povos
permaneceram ocultos durante séculos para posteriormente cumprirem seu
objetivo que seria ser um instrumento para restaurar a verdade. Esse
tesouro doutrinário mostra que o ministério terreno de Jesus foi bem mais
amplo tanto doutrinária quanto geograficamente do que as demais igrejas
cristãs ensinam.[115] O Élder Lynn G. Robbins da Presidência dos Setenta
ao citar João capítulo 10 versículos 16, explicou:

“Como Jesus não identificou essas outras ovelhas, os judeus


não conseguiram entender Sua declaração. Contudo, com a
perspectiva adicional do Livro de Mórmon, o que estava
oculto passou a ser visível: “Em verdade vos digo que sois
aqueles de quem falei: Tenho também outras ovelhas que não
são deste aprisco; também devo conduzir estas e elas ouvirão
a minha voz e haverá um rebanho e um pastor”.[116]

Temos hoje uma nova dispensação do Evangelho Eterno. Dispomos


de apóstolos e profetas assim como de todas as verdades e ordenanças
necessárias à salvação e à exaltação no reino de Deus. Ao relembrarmos de
nossa ilustração no início desta exposição, podemos pensar na Restauração
do Evangelho como sendo a reconstrução da torre de copos, estando a
Igreja hoje organizada da mesma forma que Cristo a organizou no
princípio;
Uma vez estabelecida a veracidade de “A Igreja de Jesus Cristo dos

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Santos dos Últimos Dias”, passemos agora à uma questão facilmente
perceptível – a forma como os membros da Igreja Restaurada se refere a
Ela própria.

Uma questão semântica


Embora este seja um assunto recorrente tanto na teologia Mórmon
quanto na vertente protestante, o mesmo é com outros termos tais como a
grande apostasia, perda do sacerdócio, desvio da igreja cristã primitiva e
outros. Para a análise que aqui expomos, tais termos não abarcam a
totalidade das especificidades a respeito do período em que não somente
mórmons, mas também outros cristãos de diversas vertentes acreditam ter
sido o tempo em que a verdadeira Igreja de Jesus Cristo não estava na
Terra. Tal perspectiva é conhecida nos meios acadêmicos como
Restauracionismo, no entanto dadas as especificidades da perspectiva
mórmon, tal caracterização pode não compreender plenamente o
significado que se pretende. Não discorreremos aqui sobre embasamentos
históricos e/ou teológicos para esse posicionamento doutrinário. Há
diversos textos e livros que abordam a questão. Passaremos à questão de
ordem semântica. Muitas vezes, termos variados são utilizados para se
referir ao mesmo conceito, no entanto sutis diferenças podem ser
detectadas, o que mesmo não interferindo na compreensão final do
assunto, podem apresentar variações nas implicações as quais abordam.
Uma dessas diferenças está na expressão "o sacerdócio foi tirado da terra
" muito usual no meio SUD. Sobre isso Brigham Young comenta:

“ Diz-se que o sacerdócio foi tirado da Igreja, mas isso não é


verdade; a Igreja é que se afastou do sacerdócio e continuou a
vagar no deserto, voltou as costas aos mandamentos do
Senhor e instituiu outras ordenanças”.[117]

Brigham Young parece ter apresentado este conceito de forma mais


clara. O Pai Celestial não se afasta das pessoas. As pessoas é que se

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afastam Dele. O Senhor não tira arbitrariamente suas bênçãos da Igreja. A
Igreja primitiva é que se afastou do sacerdócio. São as pessoas que
rejeitam a Igreja e a colocam no deserto, no ostracismo, no isolamento e
no enclausuramento, e não a Igreja que as rejeita. São as pessoas que ao
longo das eras rejeita os profetas e os servos de Deus devidamente
comissionados para pregar a Sua palavra. É como os membros bons serem
sufocados pelos membros maus. Podemos observar através da parábola da
oliveira brava encontrada no Livro de Mórmon especialmente, o versículo
45 do Capítulo 5 do Livro de Jacó, no qual relata um motivo de apostasia:
"por não ter eu arrancado seus ramos e não os ter lançado no fogo, eis
que superaram o ramo bom, de modo que ele secou".

Uma exegese: Poderia a Igreja deixar de existir na


Terra?
Uma das críticas feitas à doutrina mórmon diz respeito à crença de
que uma geral e total apostasia abateu o Cristianismo após a Era
apostólica. Os críticos baseiam-se em algumas passagens bíblicas que
supostamente afirmariam que Cristo ensinara que tal apostasia geral jamais
aconteceria. Não pretendo aqui esgotar esse assunto, pois trata-se de um
tema demasiadamente complexo e que tem sido alvo de estudos de
diversos intelectuais de diferentes orientações religiosas. O que pretendo é
apontar uma explicação sólida e contextualizada sobre o tema para aqueles
que possam ter dúvidas a respeito de tais passagens bíblicas e de como elas
podem se harmonizar com a alegação da Grande Apostasia.
Atualmente existem basicamente três compreensões sobre o que vinha
a ser A Igreja de Cristo. A primeira é professada pelas Igrejas Católicas
Romanas e Ortodoxas que afirmam que a Igreja foi uma instituição
estabelecida por Cristo sobre Pedro e que esta permanece a mesma até os
dias atuais não ocorrendo nenhuma apostasia geral nesses dois mil anos de
Cristianismo. Estes se baseiam principalmente em Mateus 16:18, 28:20,

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João 14:16, 14:26.
A segunda posição é a da maioria dos cristãos protestantes que
afirmam que Cristo não estabeleceu instituição eclesiástica visível e que
igreja deve ser compreendida como um organismo invisível de crentes que
aceitam Jesus Cristo como salvador, ou seja, não há uma instituição
eclesial verdadeira, mas somente pessoas que independentemente da
denominação, acreditam e aceitam a Jesus como Senhor e Salvador. Desse
posicionamento decorre a afirmação protestante bem conhecida de que
"placa de igreja não salva ninguém".
A terceira posição é a professada pelo Mormonismo e por grupos
restauracionistas como as Testemunhas de Jeová, sob a perspectiva de que
após o período apostólico, uma total e geral apostasia abateu todo o
Cristianismo e que desse modo, a Igreja estabelecida por Cristo deixou de
existir. Na Bíblia, esta posição tem principalmente como sustentação as
seguintes passagens: 2 Tessalonicenses 2:3 1 Timóteo 4:1 Atos 20:29.
O Élder James E. Talmage, na época membro do Quórum dos Doze
Apóstolos da “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos últimos Dias”
afirmou:

A Igreja restaurada afirma que uma apostasia geral se


desenvolveu durante e após o período apostólico, e que a
Igreja primitiva perdeu seu poder, autoridade e graças,
como instituição divina, tornando-se uma simples organização
terrena.[118]

Tal posicionamento tem como base a afirmação proferida por Jesus


Cristo a Joseph Smith em sua primeira visão conforme narrada em Joseph
Smith História 17-20:

“.... Quando a luz pousou sobre mim, vi dois Personagens cujo


esplendor e glória desafiam qualquer descrição, pairando no
ar, acima de mim. Um deles falou-me, chamando-me pelo
nome, e disse, apontando para o outro: Este é Meu Filho
Amado. Ouve-O! Meu objetivo ao dirigir-me ao Senhor era

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saber qual de todas as seitas estava certa, a fim de saber a
qual me unir. Portanto, tão logo me controlei o suficiente para
poder falar, perguntei aos Personagens que estavam na luz
acima de mim qual de todas as seitas estava certa (pois até
aquele momento jamais me ocorrera que todas estivessem
erradas) e a qual me unir. Foi-me respondido que não me
unisse a qualquer delas, pois estavam todas
erradas...). Novamente me proibiu de unir-me a qualquer
delas...”[119]

Partindo da veracidade da visão de Joseph Smith, como harmonizar a


apostasia total da igreja cristã primitiva com as passagens bíblicas que
supostamente afirmam que esta nunca se desviaria? Analisaremos a seguir
a principal passagem sob os três posicionamentos apresentados
anteriormente:

“Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra


edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não
prevalecerão contra ela; ” [120]

● Posicionamento1: Jesus estabeleceu sua Igreja sobre Pedro e


garantiu que esta nunca morreria, sendo assim, a mesma igreja
conhecida hoje como Igreja Católica (não entraremos no mérito de
qual delas) é a igreja primitiva de Cristo que nunca se desviou.

●Posicionamento 2: Cristo utilizou um trocadilho afirmando


que estabeleceria sua igreja (não instituição, mas sim seus
ensinamentos) sobre ele próprio, o qual é a principal pedra de
esquina. Esta é a posição da teologia protestante.

● Posicionamento 3: a pedra a qual Cristo mencionou foi a


revelação que Pedro recebeu de que Jesus é o Cristo, o filho do Deus
vivo, e que sobre esta rocha seria estabelecida a Igreja e que os
portões do inferno não prevaleceriam sobre ela. Esta é a posição esta
adotada pela “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos últimos Dias”.

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O Profeta Joseph Smith ensinou: Jesus, em Seu ensinamento diz:
“Sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não
prevalecerão contra ela”. “Qual rocha? A Revelação”.[121]
Faremos aqui uma breve análise sobre o termo “portas do inferno”.
Na parábola do Rico e do Lázaro encontrada em Lucas 16, lemos:

“Havia também um certo mendigo, chamado Lázaro, que jazia


cheio de chagas à porta daquele; E desejava alimentar-se com
as migalhas que caíam da mesa do rico; e os próprios cães
vinham lamber-lhe as chagas. E aconteceu que o mendigo
morreu, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e
morreu também o rico, e foi sepultado. E no inferno, ergueu os
olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão, e Lázaro
no seu seio. E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia
de mim, e manda a Lázaro, que molhe na água a ponta do seu
dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta
chama. Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que
recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro somente males; e
agora este é consolado e tu atormentado. E, além disso, está
posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que
quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem
tampouco os de lá passar para cá.[122]

Até a morte e ressurreição de Cristo, havia um abismo separando a


parte do mundo espiritual destinada aos justos da parte destinada aos
iníquos, pois o Senhor ainda não havia iniciado seu trabalho de pregação
aos mortos. Porém, nos 3 dias em que seu corpo permaneceu na tumba, tal
obra foi realizada conforme encontramos escrito na epístola de Pedro:

“Porque por isto foi pregado o evangelho também aos mortos,


para que, na verdade, fossem julgados segundo os homens na
carne, mas vivessem segundo Deus em espírito”.[123]

O que podemos concluir é que após o sacrifício expiatório de Cristo


ter sido consumado (João 19:30), o abismo foi transposto de forma que a
Igreja mesmo durante séculos de apostasia terrena manteve-se viva e
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vibrante no mundo espiritual, não tendo as portas do inferno prevalecido
sobre a obra salvífica de Cristo. Jesus Cristo afirmou:

“Ora, Deus não é Deus de mortos, mas de vivos; porque para


ele vivem todos”[124]

Pela ótica divina então, nunca os portões do inferno prevaleceram


sobre a obra salvífica de Cristo, e muito embora seus filhos se desviem de
seus mandamentos e de suas ordenanças (Mal 2:8, 1 Tim 6:21, 2 Tim 2:18,
Isaías 24:5) e percam a autoridade divina de tempos em tempos aqui na
Terra, no mundo espiritual a Igreja sempre permanece viva e vibrante. O
presidente Thomas S. Monson ensinou: “O Senhor nunca, que eu saiba,
afirmou que seu trabalho se limitava à mortalidade. Na verdade, sua obra
abrange a eternidade”.[125]
O escritor William Edwin Berret afirmou:

“Enquanto o Sacerdócio de Cristo desaparecia de entre os


homens e as doutrinas e ordenanças da Igreja se tornavam
corruptas, o fermento do Evangelho sobrevivia através da
Bíblia, a qual foi preservada em mosteiros e conventos
durante aqueles tempos penosos. O exemplo que Cristo
estabelecera com sua vida e a beleza de seus ensinamentos
continuou a tocar o coração de muitos povos, alterando para
melhor o seu viver. Gradualmente a humanidade era
preparada para a restauração do Evangelho em sua
plenitude[126].

O manual do aluno do curso do Novo Testamento do Instituto SUD


explica:

“Mas suponhamos que fosse verdade que todos os


insustentáveis pontos de vista apóstatas fossem corretos, e que
o Senhor tivesse estabelecido o seu reino tendo Pedro como a
rocha de base, ainda assim toda igreja capaz de traçar sua
linha de autoridade até Pedro seria uma igreja falsa, a menos
que acreditasse e operasse sob os princípios da revelação
moderna”.[127]

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No Livro de Mórmon lemos:
“E como será a minha igreja, se não tiver o meu nome?
Porque se uma igreja for chamada pelo nome de Moisés, então
será a igreja de Moisés; ou se for chamada pelo nome de um
homem, então será a igreja de um homem; mas se for
chamada pelo meu nome, então será a minha igreja, desde que
estejam edificados sobre o meu evangelho”.[128]

Na presente dispensação, o Senhor revelou como deveria ser


chamada a Sua Igreja:

Pois assim será a minha igreja chamada nos últimos dias,


sim, “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos últimos Dias”.
[129]

Por hora, desejo mostrar como é possível que a compreensão do


plano de salvação conforme ensinado em “A Igreja de Jesus Cristo dos
Santos dos últimos Dias” se harmonize perfeitamente com todas as
passagens bíblicas, mesmo aquelas de difícil compreensão. Consideremos
o seguinte:
“Que mortal já mediu o padrão pelo qual a onisciência
determina o sucesso ou o insucesso? Quem ousa afirmar que o
que o homem aclama como triunfo ou deplora como derrota
será assim considerado, quando avaliado pelos princípios do
julgamento eterno? A história do mundo está cheia de
exemplos de triunfo temporário do mal, de justiça
aparentemente malconduzida, de planos divinos para o tempo,
de intentos de Deus contrariados e consumação retardada.
[130]”

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O Cristianismo contemporâneo
A Igreja de Jesus Cristo e o Evangelho Eterno projetam-se como uma
luz vivificante em um mundo de confusão e fome espiritual. Os discípulos
de Jesus Cristo entendem sua grande missão de levar essa mensagem a
todos os habitantes da Terra anunciando que a longa noite já terminou.
Assim profere o hino “A Alva Rompe”:

A alva rompe em Sião E a verdade faz volver, Depois da longa


escuridão, Depois da longa escuridão, Bendito dia vai nascer.
Diante da divina luz, Trevas e erro fugirão; O evangelho de
Jesus, O evangelho de Jesus, Os povos todos ouvirão. Nações
gentias exultai, A plenitude já chegou, Ó filhos de Sião buscai,
Ó filhos de Sião buscai, União com Deus, que vos salvou. Do
céu um anjo já desceu E seu registro entregou, Em Sião a luz
se acendeu Em Sião a luz se acendeu, E os resgatados
conclamou.

A cada dia podemos perceber novas denominações cristãs surgirem e


outras definharem até a completa extinção. Líderes carismáticos e
midiáticos autointitulados apóstolos e profetas se apresentam ao mundo
atraindo quantidades significativas de seguidores. Eles, contudo, não
possuem algo de realmente significativo em termos de avivamento da
espiritualidade cristã. Ao discorrer sobre a realidade das igrejas
evangélicas, o pastor Charles Swindoll escreveu:

“A igreja contemporânea oferece muito pouco em termos de


nutrição aos adoradores famintos. Não deveria causar
espanto, portanto, a grande fome que existe por aí. O que
levou a igreja a se desviar da Palavra de Deus?”[131]

O mundo precisa do Evangelho Restaurado. Os membros de “A


Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos últimos Dias” possuem a
incumbência, o comissionamento e o dever de levar a mensagem da
Restauração do Evangelho a todos os povos, pois assim nos disse o

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Senhor: E em verdade, em verdade vos digo que estabeleci esta igreja e a
chamei do deserto. (Doutrina e Convênios 33:8)

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Capítulo 3: A Ilusão Protestante
“Se Jesus retornasse à Terra agora, ouvisse as mitologias
criadas a Seu respeito, a crendice, o denominacionalismo, o
sacramentalismo desenvolvidos em Seu nome, diria: “Se isto é
cristianismo, eu não sou cristão!”[132]

Segundo o filósofo Luiz Felipe Pondé, em entrevista ao Jornal da


Cultura no dia 14 de julho de 2016, dia que marcou o início da Revolução
Francesa, “A liberdade de pensamento é contraditória; normalmente, a
liberdade de pensamento é a liberdade do outro dizer o que você não
gosta”.
Não desejo aqui atacar qualquer tipo de fé ou crença. Pretendo o
privilégio de adorar a Deus segundo os ditames de minha própria
consciência e concedo a todos o mesmo privilégio, deixando-os adorarem
quando, o que e onde desejarem. Segundo a Declaração Universal dos
Direitos Humanos adotada pelos 58 estados membros conjunto das Nações
Unidas em 10 de dezembro de 1948, “Todo o homem tem direito
à liberdade de pensamento, consciência e religião”.[133] O presidente
George Albert Smith declarou:
“Não vim para tirar-lhes a verdade e a virtude que vocês têm.
Não vim para apontar defeitos ou criticá-los. (...) Mantenham
tudo de bom que possuem, e deixem-nos trazer mais, para que
sejam mais felizes e para que estejam preparados para entrar
na presença de nosso Pai Celestial”.[134]

O Élder Jeffrey R. Holland do Quórum dos Doze Apóstolos afirmou


que “desde o fim da década de 1990, acadêmicos e líderes eclesiásticos
SUD e evangélicos vêm realizando o que considero um diálogo teológico
instigante e construtivo (...) uma tentativa de desfazer os mitos e as ideias
errôneas de ambos os lados”.[135] Todavia, o mesmo Apóstolo também
questiona: “Uma pergunta recorrente em ambos os lados era: até que

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ponto a graça de Deus pode compensar uma teologia ruim?”[136]
Joseph Smith declarou: “Não procurarei compelir ninguém a crer no
que creio, a não ser pela força da razão, pois a verdade criará seu
próprio caminho”.[137]Atualmente, em nome da liberdade de consciência e
prática religiosa – um direito inalienável, diga-se de passagem – muitos,
por não desejarem ofender a seu próximo ou por não amá-los o suficiente
para ensinar-lhes o verdadeiro Evangelho, têm retido a verdade aos que
não a possuem.
Tendo em consideração a minha permanência durante anos no meio
protestante pentecostal, visita a diversas denominações, meu contato
intenso com seus membros e meu estudo constante de suas mais diversas
doutrinas, considero justo questionar o Protestantismo devido a perceber
contradições entre aquilo que professam como doutrina oficial e o que
ouvem, pregam e cantam em seus hinos e cânticos. Devido à minha
própria consciência sou impelido a expor esses pontos onde a doutrina e a
prática protestante se distanciam mutuamente demonstrando assim grande
fragilidade.
Muitos desses evangélicos que frequentemente apontam supostas
contradições nos ensinamentos dos Apóstolos e Profetas santos dos
últimos dias, ficariam estarrecidos se percebessem que seus próprios
ensinamentos estão permeados de contradições, o que reflete o
ensinamento de Jesus Cristo: "E por que atentas tu no argueiro que está
no olho de teu irmão, e não reparas na trave que está no teu próprio olho?
[138] Sendo assim, apontaremos uma breve definição do termo ilusão, do

qual este capítulo se baseia e a seguir analisaremos algumas contradições


da Fé Cristã Protestante.

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Definindo ilusão
Por ilusão, entendemos uma confusão dos sentidos que provoca uma
distorção da percepção. Também pode ser definida como erro de
percepção ou de entendimento; engano dos sentidos ou da mente;
interpretação errônea, confusão de aparência com realidade, confusão de
falso como verdadeiro, efeito artístico produzido pelo ilusionismo,
manobra astuciosa para enganar, iludir; logro, mentira, fantasia da
imaginação; devaneio, sonho, quimera, promessa de prazer, felicidade,
durabilidade (...) que se revela decepcionante, dolorosa ou efêmera;
esperança vã; decepção, desilusão. Uma vez que a percepção é baseada na
interpretação dos sentidos, as pessoas podem experimentar ilusões de
formas diferentes.

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A Contradição das famílias eternas
Uma das doutrinas restauradas que é alvo de ataques dos críticos é o
casamento celestial, a qual ensina que os laços familiares poderão ser
unidos nessa Terra para toda a eternidade de modo que todos[139] se
reconhecerão no reino celestial formando uma grande família de seres
exaltados desde Adão até o último homem que viver sobre essa Terra. No
entanto, os próprios protestantes creem na doutrina da eternidade das
famílias, ainda que de forma obscura e camuflada conforme podemos
observar nos seguintes trechos dos Hinos abaixo:

Os que no Senhor dormiram[140]


Os que no Senhor dormiram,
Descansando já estão;
Aos heróis se reuniram,
Onde não há mais separação.

Juntos nos encontraremos,


Lá na pátria do Senhor;
Para sempre louvaremos
Ao Cordeiro, fiel Redentor.

Lá Verei[141]
Que saudade nos traz à lembrança
Daqueles que já partiram para Deus
Mas eu tenho uma viva esperança
De um dia encontrá-los lá no céu

Lá verei meu pai


Lá verei minha mãe
Lá verei Isaac e Jacó
Lá verei Abraão e serei seu irmão
Lá verei meu Jesus, com as marcas nas mãos.

A contradição reside no fato de que em sua doutrina não haverá

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nenhum reconhecimento de familiares e amigos no reino celestial. Todos
viverão como anjos sem se recordarem do que lhes aconteceu em suas
vidas mortais. A única Igreja cristã[142] que oferece a perspectiva de união
familiar na eternidade é “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos últimos
Dias” através da doutrina e ordenança do selamento, ordenança essa
perdida pelo mundo cristão, mas restaurada na atual dispensação por meio
do profeta Joseph Smith. No entanto, ao lermos e ouvirmos o hino SUD –
“As famílias poderão ser eternas[143]” – percebemos quão similares tais
cânticos são em termos de esperança celestial.

Uma família tenho sim; Eles são tão bons pra mim; quero
viver com eles para a eternidade assim. As famílias poderão
ser eternas, no Plano do Senhor; pra com eles viver, pra
sempre eu merecer; O Senhor mostrou-me o que fazer;
Tal discrepância entre o que os Protestantes têm como doutrina e o
que cantam e apregoam em suas celebrações pode ser facilmente explicada
através do Plano de Salvação que ensina que antes de virmos a esta Terra,
habitávamos na presença de Deus como espíritos, e como tais conhecemos
e aceitamos o plano da salvação do Pai Celestial e o Evangelho Eterno.
Passamos pelo véu do esquecimento e nascemos nesta Terra com corpos
de carne e ossos para sermos provados e testados[144], no entanto, quando
nos deparamos com a mensagem pura do Evangelho, este soa familiar ao
nosso espírito uma vez que já o apoiamos e o aceitamos. O convite a todos
os que, de fato, tiverem o desejo de serem participantes de famílias eternas
foi revelado por Deus na atual dispensação:

“E também, em verdade vos digo: Se um homem se casar com


uma mulher e fizer um convênio com ela para esta vida e para
toda a eternidade; e se esse convênio não for feito por mim
nem por minha palavra, que é a minha lei, e não for selado
pelo Santo Espírito da promessa, por meio daquele que ungi e
designei com esse poder, não será válido nem estará em vigor
quando se encontrarem fora do mundo, porque não foram
unidos por mim nem por minha palavra, diz o Senhor; quando
estiverem fora do mundo não será aceito lá, porque não
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poderão passar pelos anjos e pelos deuses designados para ali
estar; não podem, portanto, herdar minha glória; pois minha
casa é uma casa de ordem, diz o Senhor Deus. E também, em
verdade vos digo: Se um homem se casar com uma mulher
pela minha palavra, que é a minha lei, e pelo novo e eterno
convênio e for selado pelo Santo Espírito da promessa por
aquele que foi ungido, a quem conferi esse poder e
as chaves desse sacerdócio e for dito a eles: Surgireis na
primeira ressurreição; e, se for depois da primeira
ressurreição, na próxima ressurreição; e herdareis e tronos,
reinos, principados e poderes, domínios, todas as alturas e
profundidades.(...), ser-lhes-á feito de acordo com todas as
coisas que meu servo disse, nesta vida e por toda a
eternidade; e estará em pleno vigor quando estiverem fora do
mundo; e passarão pelos anjos e pelos deuses ali colocados,
rumo a sua exaltação e glória em todas as coisas, conforme
selado sobre sua cabeça; glória essa que será uma plenitude e
uma continuação das sementes para todo o sempre”.[145]

Como abordo neste livro, através da restauração do Evangelho por


meio do profeta Joseph Smith, muitos conhecimentos ocultos da
humanidade foram trazidos à luz, não heresias como os críticos afirmam,
mas a restauração de verdades que por séculos haviam sido perdidas ou até
mesmo nunca antes reveladas, verdades essas que Deus aprouve revelar
somente na dispensação atual, a Dispensação da Plenitude dos Tempos em
preparação para a segunda vinda de Jesus Cristo. O presidente Spencer W.
Kimball afirmou:

"Nada menos do que essa visão completa a Joseph Smith


poderia servir para dissipar as névoas de confusão. Uma
simples impressão, uma voz oculta ou um sonho não poderiam
ter desfeito os velhos devaneios e concepções errôneas".[146]

Através da vivência dos princípios do Evangelho relacionados ao


amor no lar podemos ter um vislumbre aqui na mortalidade do tipo de vida
que queremos ter na eternidade.[147]
Este é apenas um exemplo de várias contradições que podem ser
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verificadas entre os Protestantes. Apresento agora, uma reflexão sobre um
dos principais pilares do Protestantismo, o lema Sola Scriptura e a
Inerrância bíblica.

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Sola Scriptura e a Inerrância bíblica
“Esse pessoal que é protestante acha que a Bíblia caiu do céu de
paraquedas com zíper e tudo”.

Pe. Paulo Ricardo

Não apresentarei aqui uma exposição detalhada acerca da formação


histórica da Bíblia. Tal tema é por demais extenso e complexo e diversos
autores tem se debruçado sobre esse estudo. O que tenciono demonstrar é
que os protestantes que frequentemente criticam o surgimento do Livro de
Mórmon devido à sua história miraculosa, também atribuem quase o
mesmo às suas próprias Bíblias.
Há narrativas que afirmam que durante o Concílio de Nicéia todos os
evangelhos foram colocados no altar e os que não deveriam entrar para o
cânon bíblico[148] oficial caíram. Outra versão diz ainda que o Espírito
Santo entrou em forma de uma pomba no recinto do Concílio através de
uma vidraça sem parti-la, ia pousando no ombro direito de cada bispo e
cochichava ao seu ouvido quais os evangelhos que Ele havia inspirado
tendo sido esta a maneira pela qual a Bíblia foi definida quanto ao seu
conteúdo.[149]
É quase certo que grande parte dos protestantes não conhece essas
histórias ou mesmo sabem a respeito do processo de formação do livro que
tanto se orgulham de utilizar. O primeiro ponto de doutrina, comum à
maioria das igrejas Protestantes, afirma:

“Nós cremos na inteira Bíblia Sagrada e aceitamo-La como a


infalível Palavra de Deus, inspirada pelo Espírito Santo. A
Palavra de Deus é a única e perfeita guia da nossa fé e
conduta, e a Ela nada se pode acrescentar ou d'Ela diminuir.
É, também, o poder de Deus para salvação de todo aquele que
crê. (II Pedro 1:21; II Timóteo 3:16-17; Romanos 1:16)[150]

Ao examinarmos as passagens bíblicas apresentadas para fundamentar

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tal declaração doutrinária, verificamos que nenhuma delas ensina o que
esse ponto de doutrina sugere – que a Bíblia é a infalível palavra de Deus,
a única e perfeita guia de nossa fé e conduta e Ela não pode ser acrescida
de outras Escrituras. Se esse ponto doutrinário fosse verdadeiro, os
primeiros cristãos não seriam cristãos legítimos visto que não possuíam
uma Bíblia para examinar, debater e viver segundo ela como os
protestantes supõem que faziam. A primeira geração de cristãos passou
sem que o Novo Testamento tivesse sido definido. Quase todos os
Apóstolos já haviam morrido antes que se escrevessem algumas das
epístolas e segundo alguns estudiosos, o livro do Apocalipse. Até o final
quarto século, a formatação do Novo Testamento ainda não havia sido
definida. Este desenvolveu-se gradualmente ao longo do tempo. A quase
totalidade dos cristãos dos primeiros séculos era analfabeta só restando aos
mesmos confiar naquilo que a igreja de então ensinava, pois não havia
Bíblia para que dela se valessem como regra de fé.
Até o Concílio de Hipona (393 d. C.) o cânon bíblico ainda não se
encontrava plenamente definido, e até a invenção da imprensa, não havia
como a Bíblia ser a única norma de fé visto que sua cópia era feita
manualmente o que demandava tempo consideravelmente longo. Os
apóstolos não deixaram um conjunto definido de novas Escrituras. Ou seja,
o lema Sola Scriptura pode ser até cabível na atualidade quando a Bíblia é
de fácil acesso e tornou-se o livro mais distribuído do mundo mesmo que
embora poucos tenham capacidade de entendê-la. Todavia até algumas
décadas antes da Reforma Protestante, tal ideia seria inconcebível. O Élder
Lynn G. Robbins da presidência dos Setenta explicou:

“Ao longo dos séculos, a visão espiritual clara proporcionada


pela Bíblia obscureceu-se à medida que muitas passagens
claras e preciosas se perderam, ás vezes acidentalmente
devido a traduções errôneas e, não raro, intencionalmente
com alterações inescrupulosas que pretendiam “[perverter] os
caminhos retos do Senhor, a fim de [cegar] os olhos e
[endurecer] o coração dos filhos dos homens”. (1 Néfi 13:27;
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grifo do autor)[151]

Interessante observar que muitas das passagens bíblicas utilizada


pelos críticos da Fé Mórmon para com a crença em outras Escrituras além
da Bíblia,[152] são utilizadas pela própria teologia mórmon para
fundamentar sua própria aceitação de outras escrituras. Vejamos duas
delas:

“Porque desde a infância sabes as Sagradas Letras que têm o


poder de fazer-te sábio para a salvação, por intermédio da fé
em Cristo Jesus”.[153]

Não há nessa passagem, sequer algo que possa ser interpretado


como se referindo unicamente a Bíblia como fonte da palavra de Deus.

“Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para


ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em
justiça”;[154]

É comum observarmos críticos citando esta passagem para afirmarem


ser a somente a Bíblia a única fonte da palavra de Deus. No entanto, essa
escritura não endossa essa alegação. Apenas uma análise superficial já
demonstra que o Apóstolo Paulo afirma que toda escritura – não somente a
Bíblia que por sinal nem existia - é inspirada por Deus. Os membros de “A
Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos últimos Dias” aceitam quatro
volumes de Escrituras Sagradas como palavra de Deus: A Bíblia, o Livro
de Mórmon, Doutrina e Convênios e a Pérola de Grande Valor. Aceitam
ainda a palavra dos profetas e apóstolos vivos conforme proferidas nas
conferências gerais como palavras de Deus tornando-se assim como um
suplemento, um anexo a Doutrina e Convênios[155]. Outros versículos
poderiam ser mencionados, porém para esta breve análise estas são
suficientes.
“A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos últimos Dias” não traduz a
Bíblia em diversas idiomas, mas adota as versões já aceitas como legítimas
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pelos cristãos que falam essas línguas[156]. Segundo o Relatório Mundial
de Tradução de Escrituras, publicado pelas Sociedades Bíblicas Unidas
(SBU), até 31 de dezembro de 2012 foram registradas publicações do texto
bíblico em 2.544 diferentes línguas: 1.249 Novos Testamentos, 810
porções bíblicas e 485 Bíblias completas. Em 2012, foram publicadas 27
edições inéditas do texto bíblico, entre as quais 15 edições do Novo
Testamento em idiomas como o Balanta (Senegal) e o Paranan (Filipinas)
e no dialeto Mardini (Turquia). Existem cerca de 7 mil línguas no mundo
e, portanto, ainda é grande o número de pessoas sem acesso à Bíblia na
língua que lhes fala ao coração.[157] Mais de 4.000 línguas ainda não tem
nenhuma porção das Escrituras traduzida.
O Livro de Mórmon completo foi publicado em 89 idiomas e trechos
selecionados foram publicados em outros 21, sendo cerca de 4 milhões de
exemplares distribuídos anualmente.[158] O Livro consta entre as 20 obras
literárias mais influentes já publicadas na América[159]. Há ainda muito
trabalho a ser realizado no sentido de levar a plenitude do Evangelho como
registrado conjuntamente na Bíblia e no Livro de Mórmon para todos os
povos. Que possamos dar o devido valor a esses tesouros de conhecimento
– as Sagradas Escrituras conforme reveladas na atual dispensação, pois
assim como na Idade Média, a estratégia de Satanás continua a mesma:
impedir que as pessoas tenham acesso às Escrituras Sagradas ou incitá-las
a não as lerem[160].
O presidente Howard W. Hunter afirmou:

“Nunca nesta dispensação, e certamente em nenhuma outra


dispensação, as escrituras- a palavra eterna e esclarecedora
de Deus- estiveram tão prontamente à mão e estruturadas de
modo tão útil para o uso de todos os homens, mulheres e
crianças que as estudam... Teremos certamente de prestar
contas se não as estudarmos”. [161]

Para aqueles que postulam a inerrância bíblica, há ainda a questão


dos diversos cânones bíblicos que existiram e que ainda existem na
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Cristandade. Para os leitores ocidentais é facilmente verificável a diferença
entre a Bíblia Católica[162] e a Bíblica Protestante sendo a primeira
possuidora de sete livros a mais do que a segunda dentro do Antigo
Testamento. A Igreja Ortodoxa Grega geralmente considera o Salmo 151
como fazer parte do Livro dos Salmos. Da mesma forma, os livros dos
Macabeus, são em número de quatro, embora o quarto Macabeus esteja
geralmente um apêndice juntamente com a Oração de Manasses. Além
disso, existem dois livros de Esdras, para os gregos, esses livros são um
Esdras e Esdras - Neemias.
Os Protestantes ficam assim, em um difícil dilema ao estabelecerem
a Bíblia como a única fonte da palavra de Deus, uma ilusão, pois haverá a
necessidade de estabelecerem a qual Bíblia se referem, assim como
sustentar essa posição frente à questão da formação histórica da Bíblia,
questão essa que os Católicos parecem possuírem uma base mais
justificável.
Para os membros de “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos últimos
Dias”, essa é uma questão compreensível haja vista que os protestantes,
por não possuírem o sacerdócio de Deus para guiarem-nos, se apegam
unicamente àquilo que lhes foi legado pela Igreja Católica – algumas das
sagradas Escrituras antigas.

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Perguntas que líderes Protestantes não saberão
responder
Partindo do princípio de que “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
últimos Dias” “...abrange toda verdade que existe nos céus e no céu dos
céus — todo conhecimento que existe na face da Terra, no seio da Terra e
nos espaços estrelados; em resumo, abrange toda a verdade que existe em
todas as eternidades dos Deuses”[163], fica evidente que nenhuma outra
religião, filosofia, seita, ou organização de qualquer espécie possuirá
respostas para as questões existenciais feitas pela espécie humana. Segue
então, algumas questões que qualquer líder religioso certamente não saberá
responder.

§ De onde veio Deus? Partindo do princípio de que Deus através de


Cristo criou o céu e a Terra, quem criou Deus?

Esta pergunta talvez seja o grande trunfo dos ateus contra o


argumento teísta do Design inteligente, uma vez que do nada, nada se cria
tudo se transforma[164], a explicação frequentemente dada de que Deus
sempre existiu leva à conclusão de que Deus criou a si próprio do nada,
algo por si só contraditório e absurdo. Muito se tem escrito sobre esse
assunto de ambos os lados, porém os religiosos da atualidade parecem
incapazes de responder a essa questão. O escritor e apologista cristão
protestante John C. Lennox afirmou:

“Com certeza nenhum cristão jamais sonharia em sugerir que


Deus foi criado (…). O Deus que criou e sustenta o universo
não foi criado - ele é eterno. Ele não foi “feito” e, portanto,
não está sujeito ‘as leis que a ciência descobriu; foi ele que
criou o Universo com suas leis”.[165]

Devido a essa cosmovisão[166] a respeito da divindade, os ateus


frequentemente descartam a hipótese de um criador como desnecessária
uma vez que a evolução e a seleção natural proporcionariam uma resposta,
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segundo eles mais simples do que a “complicada resposta” de um criador
que criou a si próprio do nada. Richard Dawkins, um dos maiores
expoentes do ateísmo na atualidade afirma:

“... a hipótese de que haja um projetista suscita imediatamente


o problema maior sobre quem projetou o projetista (...).
Obviamente, não é solução postular uma coisa ainda mais
improvável”.[167]

Felizmente, aprouve a Deus revelar seus segredos a seus servos, os


Profetas (Amós 3:7), segredos esses ocultados dos sábios e entendidos
teólogos da cristandade e revelados aos pequeninos, nesse caso, um rapaz
totalmente inculto e obscuro, Joseph Smith. Eis sua resposta:

"Há muito poucos seres no mundo que entendem


apropriadamente o caráter de Deus. A grande maioria não
compreende coisa alguma do que se passou ou do que está por
vir no que diz respeito ao seu relacionamento Deus. Eles não
conhecem, nem tampouco entendem a natureza desta conexão;
e, por conseguinte, eles sabem muito menos que animais
selvagens (...). Eu quero pedir a esta congregação, a todo
homem, mulher e criança, para que responda a esta pergunta
em seus próprios corações: Que espécie de ser é Deus? Que
tipo de ser é nosso Pai? …Primeiro, o próprio Deus já foi
como um de vocês, Ele é um homem exaltado entronizado em
céus distantes. Este é o grande segredo. Se o véu fosse rasgado
hoje e vocês vissem o grande Deus que mantém este mundo em
sua órbita e sustenta todos os mundos e todas as coisas pelo
Seu poder, vocês o veriam na imagem e mesma forma de um
homem; pois Adão foi criado na mesma forma e imagem de
Deus. Ele recebeu instruções, caminhou, falou e conversou
com Ele como um homem fala e comunga com outro... “Deus,
o Pai, teve um pai”.[168]

Todavia, é necessária cautela para não passarmos daquilo que para


os Santos dos Últimos Dias é verdade revelada para o campo das meras
conjecturas. Robert L. Millet, antigo decano do Colégio de Educação

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Religiosa da BYU afirmou:

“E o que nós sabemos além do fato de que Deus é um homem


exaltado? O que nós sabemos sobre a sua existência mortal?
O que nós sabemos do tempo antes dele ter se tornado Deus?
Nada. Nós realmente não sabemos mais do que aquilo que foi
declarado pelo Profeta Joseph Smith, e isto é bem pouco.
Esclarecimentos concernentes à vida de Deus antes da
Deidade não são encontrados nas obras-padrão, em
declarações oficiais ou proclamações, nos guias atuais, ou em
materiais curriculares, nem tampouco exposições doutrinárias
sobre o assunto são feitas durante as conferências gerais de
hoje. Este tópico não é aquilo que chamamos de doutrina
central ou salvadora, uma que deve ser acreditada (ou
entendida) para se ter uma recomendação para o templo ou
mesmo para encontrar-se digno perante a Igreja”.[169]

Realmente poucos líderes da Igreja, posteriores a Joseph Smith,


parecem ter pregado sobre o tema, e estes o fizeram aparentemente mais
como um desenvolvimento do conhecimento antes ensinado pelo Profeta
Joseph do que como apresentação de algo novo. Vejamos algumas dessas
exposições:
Wilford Woodruff, quarto presidente da Igreja ensinou:

“… Ele recebeu seus “endowments” há muito tempo; Deus


recebeu suas bênçãos há milhares e milhões de anos...” [170]

O Élder Dr. John Widtsoe (1872-1962) declarou:

"Deus e os homens são da mesma raça, diferindo apenas no


seu grau de avanço"

O Élder Orson Hyde (1805-1878) afirmou:

"Lembre-se que Deus, nosso Pai Celestial talvez tenha sido


uma vez uma criança, e mortal como nós somos, e elevou-se
passo a passo na escala do progresso avançando e superando
até chegar ao ponto onde agora está”.[171]

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Mais recentemente, o Élder Larry R. Lawrence dos Setenta ensinou:

“Nosso Pai Celestial já foi um homem mortal que evoluiu


gradualmente até Se tornar um ser com a plenitude da luz. Ele
deseja o mesmo para você e para mim, pois a plenitude da luz
corresponde à plenitude da alegria”.[172]

Mais uma vez A Igreja restaurada de Jesus Cristo sai na frente do


protestantismo por ser a única doutrina religiosa capaz de oferecer uma
resposta plausível a um dos grandes questionamentos ateístas. Richard
Dawkins prossegue:

“O argumento gira em torno da conhecida pergunta: “Quem


criou Deus?” Que a maioria das pessoas pensantes descobrem
por si só. Um Deus projetista não pode ser usado para
explicar a complexidade organizada porque qualquer Deus
capaz de projetar qualquer coisa teria que ser complexo o
suficiente para exigir o mesmo tipo de explicação para si
mesmo. A existência de Deus nos coloca diante de uma
regressão infinita...”[173]

O raciocínio de Dawkins parece correto, exceto por chegar a uma


conclusão equivocada, e isto em grande parte devido à ausência de
resposta que o mundo cristão protestante e católico oferece a essa questão
e que somente o Evangelho Restaurado possui. Ao afirmar “A existência
de Deus nos coloca diante de uma regressão infinita...”, Dawkins também
parece estar correto, exceto por sua conclusão a priori ao imaginar a
eternidade dos Deuses, um conceito verdadeiro. O presidente Brigam
Young, segundo presidente de “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
últimos Dias” ensinou:

“Inúmeras pessoas tentaram descobrir qual foi a Primeira


Causa de todas as coisas; isso, porém, seria como pedir a uma
formiga que contasse os grãos de areia da Terra. Não é dado
ao homem, dotado de inteligência limitada compreender a
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eternidade (...). Seria mais fácil um mosquito levantar a
história do homem até sua origem do que o ser humano
compreender a Primeira Causa de todas as coisas...”[174]

Do exposto acima, entendemos que devido à restauração do


Evangelho temos acesso ao conhecimento de muitas verdades que estão
ocultas aos demais cristãos. O caráter, atributos e personalidade de Deus
foi revelado aos Profetas dos últimos dias, porém segundo a Regra de Fé,
cremos que Deus revelará ainda muitas coisas concernentes ao Reino.

§ O que os salvos farão no céu?

Essa é uma das perguntas para as quais as mais bizarras respostas são
dadas, isso quando são dadas. Líderes religiosos sinceros dirão
simplesmente que não sabem, pois não se encontra em parte alguma da
Bíblia, outros dirão que iremos tocar em orquestras celestiais, cantar em
coros celestes, e outros simplesmente afirmarão que não iremos fazer nada,
que iremos descansar para todo o sempre. Mais uma vez, graças à
restauração do Evangelho, dispomos de informações exatas sobre qual o
estilo de vida que os seres exaltados terão no reino celestial.
Lemos no manual Princípios do Evangelho, publicado por “A Igreja
de Jesus Cristo dos Santos dos últimos Dias” em 2011 no capítulo
intitulado “As bênçãos da Exaltação” nas páginas 275–280:

Os que forem exaltados no reino celestial pela fé em Jesus


Cristo receberão bênçãos especiais. O Senhor prometeu:
“Todas as coisas são suas” (D&C 76:59). A lista a seguir
relaciona algumas bênçãos dadas às pessoas exaltadas.
1. Viverão eternamente na presença do Pai Celestial e de
Jesus Cristo (ver D&C 76:62).
2. Serão deuses (ver D&C 132:20–23).
3. Serão unidos eternamente aos membros dignos de sua
família e serão capazes também de ter descendência eterna.
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4. Receberão a plenitude da alegria.
5. Terão tudo o que o Pai Celestial e Jesus Cristo possuem
— todo o poder, a glória, o domínio e o conhecimento
(ver D&C 132:19–20). O Presidente Joseph Fielding Smith
escreveu: “O Pai prometeu, por intermédio do Filho, que
tudo o que Ele possui será dado aos que forem obedientes
aos Seus mandamentos. Eles crescerão em conhecimento,
sabedoria e poder, indo de graça em graça até a plenitude
do dia perfeito que fulgurará sobre [eles]”
§ Se no céu não haverá laços familiares e que ninguém irá
reconhecer ninguém com quem teve qualquer vínculo na Terra,
por que hinos e louvores afirmando que iremos nos encontrar
com Abraão, Isaque e Jacó, com nossos pais e filhos são
comumente entoados nas igrejas evangélicas?

Não creio que algum líder religioso possa apresentar uma explicação
satisfatória para tal questão. A resposta do Evangelho restaurado é
simples: trata-se de um dos anseios existenciais da alma humana; o de
poder se reencontrar com seus familiares na eternidade, anseio este que
todos nós aprendemos na pré-mortalidade e que está impregnado em nossa
alma, o qual poderá ser satisfeito através da obediência às ordenanças do
Evangelho conforme ensinado no Evangelho Restaurado de Jesus Cristo.
Brigham Young ensinou:

“Quando são ensinadas as verdadeiras doutrinas, mesmo que


sejam novas para os ouvintes, os princípios que elas contem
são perfeitamente naturais e de fácil entendimento, tanto é que
eles frequentemente imaginam que sempre as conheceram”.
[175]

§ Sabendo-se que a questão existencial mais debatida pelos filósofos


é: “De onde vim, o que estou fazendo aqui, para onde vou?” Por
que os protestantes respondem a segunda e a terceira pergunta,
mas não respondem a primeira afirmando simplesmente que
nosso espírito veio do nada?

Porque eles não dispõem do conhecimento da existência pré-mortal


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conforme restaurada por Joseph Smith, o qual ensina que todos nós
habitávamos na presença de Deus antes de nascermos.

"Uma das verdades mais belas que foram reveladas ao homem


pela restauração do evangelho nesta dispensação, e que mais
luz derrama em tantos assuntos, é o conhecimento de que
todos os homens viveram com Deus e Seu filho, Jesus Cristo,
no mundo espiritual, antes de virem para a Terra".[176]

”De novo repetimos: “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos


últimos Dias” permanece a única com capacidade de explicar:
De onde vem o homem?”[177]
§ Se Joseph Smith foi um falso profeta assim como seus sucessores
na primeira presidência, mostre-me quem é o verdadeiro profeta
a quem Deus revela seus segredos (Amós 3:7) uma vez que
mesmo após a morte de Cristo, seus apóstolos continuaram
atuando como reveladores (Atos 15) e que continuaram existindo
profetas na Igreja? (Atos 21: 10-11)

Provavelmente responderão que não existem profetas nos dias atuais;


ou seja, não saberão a resposta.

§ Se os doze apóstolos atuais d’A Igreja de Jesus Cristo dos Santos


dos últimos Dias” são falsos, mostre-me quem são os 12 apóstolos
atuais verdadeiros para que eu possa segui-los.

Possivelmente responderão que não existem apóstolos nos dias


atuais, ou mesmo não conseguirão apontar um quórum de doze apóstolos
em uma determinada denominação.

§ Onde Deus obteve o poder de dizer: "haja luz?” Onde Ele obteve
o poder que possui?

Trata-se de uma pergunta feita a mim por um evangélico ativo em sua


denominação por mais de quarenta anos, ocasião na qual pude explicar-lhe
a respeito da autoridade do sacerdócio de Deus e suas chaves. Certamente
trata-se de um conhecimento desconhecido para os protestantes, porém

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muito simples para os membros de “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos
dos últimos Dias” que conhecem a respeito da doutrina do sacerdócio que
é o poder e a autoridade para realizar ordenanças, o qual Deus recebeu de
seu próprio Pai, que recebeu de seu próprio Pai e assim por toda a
eternidade dos Deuses.
Podemos concluir este capítulo afirmando que infelizmente, poucos
refletem sobre suas próprias crenças e no que de fato as denominações que
professam ensinam. A teologia da prosperidade, o imediatismo em buscar
respostas para os problemas cotidianos através de pregações bem
elaboradas, a necessidade de pertencer a um meio social, entre outros
fatores, faz com que cada vez mais pessoas engrossem as fileiras de um
evangelho deturpado. Joseph Smith, o profeta do Senhor, trouxe à luz o
Evangelho verdadeiro de Cristo, no qual apresenta a justiça de um Deus
sábio e misericordioso. Não um outro evangelho, mas o mesmo pregado
por Cristo durante seu ministério mortal com toda sua beleza, pureza e
simplicidade.

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Capítulo 4: Doutrinas Restauradas
“De várias revelações que haviam sido recebidas, ficou
evidente que muitos pontos importantes relativos à salvação
do homem haviam sido retirados da Bíblia, ou perdidos antes
de sua compilação”. [178]

Joseph Smith

Neste capítulo apresento algumas[179]doutrinas claras e preciosas[180]


que foram perdidas ou suprimidas da Bíblia, e restauradas através do
ministério do profeta Joseph Smith. Elas possuem apenas reminiscências
nos textos bíblicos[181] da forma como chegaram até nós, e por isso
devemos analisá-las à luz da revelação atual, revelação essa que, como um
raio poderoso e bem dirigido, ilumina muitas passagens obscuras de
construção antiga[182]·. Porém antes de apresentá-las, discorrerei sobre a
perspectiva mórmon a respeito da leitura bíblica.

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Epistemologia bíblica[183]
Certa vez pediram-me que apontasse algumas passagens bíblicas que
apresentassem a palavra inferno. Perguntei ao meu interlocutor em qual
Bíblia ele desejaria obter as passagens uma vez que há traduções que
vertem os termos originais gregos Hades[184] e Geena[185] bem como o
termo original hebraico Sheol para sepultura e não como inferno.[186]
Como resposta me foi dito A Bíblia Sagrada. Perguntei-lhe então qual
seria a Bíblia Sagrada e a resposta que obtive foi a Bíblia Almeida[187].
Novamente perguntei-lhe a qual Almeida ele se referia, pois há diversas
versões tais como Edição Almeida Revista e Corrigida, Revista e
Atualizada, Corrigida e Fiel e outras.
A mesma questão pode ser apresentada àqueles que defendem a
Inerrância bíblica e sua literalidade interpretativa. Frederic Ferrar, líder
eclesiástico anglicano, estudioso dos clássicos, renomado autor da obra A
Vida de Cristo, lamentou o fato de que a maioria das igrejas cristãs tinham
uma visão errônea do inferno e da condenação devido a erros de tradução
do hebraico e do grego na versão do Rei Jaime da Bíblia.[188] Esta é uma
discussão que se estende amplamente nos meios teológicos. Não tenho por
objetivo aprofundar-me nessa questão, mas sim apresentar a teologia
Mórmon a partir de uma de suas bases é que sua própria Epistemologia
bíblica, pois em um possível diálogo entre cristãos de diferentes vertentes,
caso não haja uma compreensão clara das bases doutrinárias de ambas as
partes, tal diálogo pode se perder em meio a miscelâneas de conceitos e
termos de modo que ambos não estejam se referindo a um mesmo
significado embora assim acreditem.
Uma das bases da reforma protestante é o lema cunhado por Martinho
Lutero “Sola Escriptura”[189] que define que toda a verdade encontra-se
na Bíblia Sagrada. Para “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos últimos
Dias”, o Cânon Sagrado está sempre aberto à novas revelações. Joseph

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Smith definiu este posicionamento na oitava e nona Regras de Fé.

Cremos ser a Bíblia a palavra de Deus, desde que esteja


traduzida corretamente; também cremos ser o Livro de
Mórmon a palavra de Deus.[190]

Cremos em tudo o que Deus revelou em tudo o que Ele revela


agora, e cremos que Ele ainda revelará muitas coisas
grandiosas e importantes relativas ao Reino de Deus.[191]

Nossa leitura da Bíblia parte do princípio de talvez estarmos diante de


uma “colcha de retalhos” que não necessariamente reflete o pensamento
dos autores que redigiram ou supostamente redigiram os textos, nem talvez
o pensamento do próprio Senhor Jesus Cristo. Vamos lembrar que um os
fundamentos teológicos da restauração é o de que o cânon bíblico foi
corrompido e não pode ser considerado a fonte de toda verdade. Joseph
Smith, o profeta da restauração afirmou:

“Creio na Bíblia tal como se encontrava ao sair da pena de


seus escritores originais. Os tradutores ignorantes, os copistas
descuidados e os ‘sacerdotes intrigantes e corruptos’
cometeram muitos erros”.[192]

O Élder James E. Talmage explicou:

"Não há, nem pode haver, uma tradução absolutamente


fidedigna destas ou outras Escrituras, a menos que se faça por
meio do dom de tradução... leia-se, pois, a Bíblia
reverentemente e com cuidado e oração, buscando o leitor a
luz do Espírito sempre para poder distinguir entre a verdade e
os erros dos homens".[193]

O leitor atento da Bíblia pode perceber claramente que a cada nova


tradução, mais se perde a respeito da qualidade e dos ensinamentos do
texto. Por isso, para os Santos dos Últimos Dias, a Bíblia é considerada
útil, possuindo, porém, erros de tradução e partes omitidas. Joseph Smith
declarou:

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"Tirem de nós o livro de Mórmon e as revelações e onde está a
nossa religião? Não temos nenhuma”.[194]

Ainda que a doutrina mórmon esteja de pleno acordo com as


Escrituras bíblicas, e possa com facilidade nelas se fundamentar, o
diferencial de “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos últimos Dias” é
possuir outras fontes de revelação divina além destas. Isto posto,
discorreremos a seguir sobre a compreensão de alguns pontos de doutrinas
a partir da perspectiva do Evangelho Restaurado.

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Os Profetas Vivos, a Revelação Contínua e as
Escrituras
No capítulo anterior abordamos esse assunto sobre outro viés ao
discorrer sobre o lema protestante da sola scriptura. Na presente exposição
apresentaremos a perspectiva das Escrituras Sagradas a partir da doutrina
Mórmon.
Uma crença distintiva de “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
últimos Dias” é que Deus fala aos homens hoje por intermédio de profetas
assim como falou no passado. Assim sendo, o conceito de Escrituras
Sagradas possui uma abrangência mais ampla do que o significado que
geralmente lhe é atribuído pelos demais cristãos. A revelação não cessou
com a morte dos primeiros apóstolos e nem com a morte de Joseph Smith
como afirmam alguns críticos, mas permanece ininterrupta por meio de
seus sucessores na presidência da Igreja sendo uma atribuição de todo
verdadeiro Apóstolo devidamente chamado e ordenado, possuir um
conhecimento perfeito acerca da realidade da ressurreição de Jesus Cristo.
Assim sendo, embora A Igreja possua seu próprio cânone sagrado – as
obras padrão - também considera como palavra de Deus os
pronunciamentos para toda a Igreja feitos pelos Profetas e Apóstolos
modernos[195], os quais quase sem exceção possuem origens modestas,
assim como os que viveram quando o Senhor habitava a Terra[196], e tal
como na Igreja antiga, são homens que “abandonaram suas redes” e suas
profissões arduamente conquistadas e desenvolveram novas habilidades a
fim de servir ao Mestre e segui-lo.[197] O Élder Boyd K. Packer em 2008
explicou:

“Os Doze atuais são pessoas comuns. Não são, assim como os
Doze originais não eram, prodigiosos individualmente, mas
coletivamente são extraordinários. Exercíamos no passado as
mais diversas profissões. Somos cientistas, advogados e
professores (...). Vários homens neste Quórum eram militares:
há um marinheiro, fuzileiros navais, pilotos...”[198]
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Recebemos conselhos inspirados dos Profetas e Apóstolos da Igreja
periodicamente a cada seis meses nas conferências gerais. Tais palavras
devem ser estudadas e ponderadas buscando o Espírito Santo para ajudar-
nos a adquirir uma visão desses ensinamentos em nossas vidas para que
possamos agir de acordo com esses conselhos.[199] O Presidente Thomas
S. Monson explicou que nós nos “Reunimo-nos a cada seis meses para
fortalecer, incentivar e consolar uns aos outros e edificar a fé (...)”. [200]
Mesmo entre uma conferência geral e outra, a Primeira Presidência e o
Quórum dos Doze Apóstolos continuam a ensinar e ministrar ao mundo.
[201]
Suas palavras são amáveis. Eles nos convidam a cumprir os
mandamentos do Pai Celestial e em geral não usam palavras como mandar
ou ordenar. Os santos dos últimos dias não são forçados ou coagidos a
cumprirem qualquer mandamento. Todos têm a liberdade de escolha, no
entanto, isso não se constitui desculpa para não obedecermos aos seus
ensinamentos. Podemos ainda tirar melhor proveito de suas palavras
prestando atenção especial quando eles citam outros Profetas e Apóstolos,
pois o Senhor ensinou que estabelecerá Sua palavra pela boca e de duas ou
três testemunhas.[202]
O Élder Randall K. Bennett dos Setenta ensinou que “seguir o profeta
nem sempre envolve sinais externos de devoção. Muitas vezes nossa
obediência se manifesta de maneiras mais discretas e pessoais. Quer os
outros saibam de nossa obediência ou não, o Senhor sabe, e Ele nos
abençoará por nossa obediência e abrirá portas para torná-la possível”.
[203]Mesmo aqueles que não possuem a crença no chamado divino desses
Apóstolos modernos, ao examinarem com sinceridade as palavras
proferidas periodicamente nas conferências gerais, ver-se-ão
necessariamente na condição de admitir que esses homens são possuidores
de grande conhecimento intelectual e abrangente visão de mundo. A
primeira presidência juntamente com o Quórum dos Doze Apóstolos são
homens experimentados e geralmente possuidores de vasta formação
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intelectual e acadêmica. São firmes colunas da verdade, dos quais já foi
dito que seria mais fácil mover um exército armado inteiro do que movê-
los de fazer o que é certo[204]. Apresento a seguir algumas declarações
feitas por alguns desses profetas. Todos os negritos são meus.

· Joseph F. Smith
“Esses doze discípulos de Cristo são chamados a serem
testemunhas oculares e auditivas da divina missão de Jesus
Cristo. Não é admissível que digam simplesmente, eu
acredito (...). Devem ter visto com os olhos e ouvido com seus
ouvidos para saberem que é verdade. Esta é a sua missão,
testemunha de Jesus Cristo que Ele foi crucificado e
ressuscitou dentre os mortos e agora está investido com todo o
poder a mão direita de Deus, o Salvador do mundo. Esta é sua
missão, e seu dever, e esta é a doutrina e a verdade, que seu
dever é pregar ao mundo e saber que está sendo pregado”.
[205]

· Herold B. Lee
"Dirijo-me a vocês hoje como uma testemunha especial
encarregada, acima de qualquer outra coisa, de prestar esse
testemunho. Vivi experiências intimas que confirmaram minha
certeza".[206]
· Lorenzo Snow
“.... Então, [meu avô] aproximou-se mais um passo, colocou a
mão direita na minha cabeça e disse: “Minha neta, quero que
você se lembre que este é o testemunho de seu avô, que ele
ouviu de seus próprios lábios que ele verdadeiramente viu o
Salvador, aqui no templo, e falou com Ele face a face” [207]
· Lorenzo Snow
“Não há nada mais bonito de se olhar que um homem ou uma
mulher após a ressurreição. Não consigo imaginar nada mais
grandioso que um homem [ou uma mulher] possa ter do que
um corpo ressuscitado.[208]”

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· George Albert Smith
"Não O vi face a face, mas desfrutei a companhia de Seu
Espírito e senti Sua presença de modo inconfundível”.[209]
· Spencer K. Kimball
"O presidente Spencer K. Kimball participou certa vez de uma entrevista
coletiva (...) Um repórter indagou-lhe: (...): Deus fala com o senhor? E se
for o caso, como? O presidente Kimball respondeu: "sim, Deus fala com
Seus profetas hoje, assim como falava com Seus profetas no passado e
assim como fará no futuro. Às vezes fala com uma voz audível, outras
vezes envia Seus anjos (...). Na maioria dos casos, é pela voz mansa e
delicada de Deus ao espírito humano (...). Respondi a sua pergunta, jovem
amigo?”[210]
· Gordon B. Hinckley
“De tempos em tempos, fui entrevistado por representantes
dos meios de comunicação. Eles quase sempre perguntaram:
Como o profeta da Igreja recebe revelação?” Respondi que
ela vem como acontecia no passado. A esse respeito contei
novamente aos representantes dos meios de comunicação o
que aconteceu com Elias depois de sua contenda com os
sacerdotes de Ball (...). É assim que acontece. Existe uma voz
mansa e delicada. Ela vem em resposta à oração Vem pelos
sussurros do Espírito. Pode vir no silêncio da noite (...) A
palavra de Deus tem vindo até nós quase sempre desta
maneira”.[211]

O Élder Dieter F. Uchtdorf ensinou que os ensinamentos de nosso Pai


Celestial constituem a sabedoria de um Ser celestial onipotente e
onisciente que ama Seus filhos. Suas palavras encerram o segredo da
eternidade e como tal não são do tipo previsível e corriqueiro que podemos
consultar na livraria mais próxima. Os profetas falam não só ao povo de
seu tempo, mas também às pessoas de todas as épocas. Sua voz ecoa
através dos séculos como um testemunho da vontade de Deus para Seus
filhos. Hoje não é diferente de épocas passadas. Uma das mensagens
gloriosas da Restauração da Igreja de Jesus Cristo é a de que Deus não está
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escondido nos céus, mas continua a falar com Seus filhos tal como fazia na
antiguidade.[212]
Uma dúvida muito frequente para aquele que estuda a Fé Mórmon dá-
se acerca do processo de revelação professado pela Igreja. Podemos
afirmar que este é distinto do professado pelas demais denominações
cristãs principalmente pentecostais e neopentecostais. Em “A Igreja de
Jesus Cristo dos Santos dos últimos Dias”, todos podem receber revelação,
porém cada qual para sua respectiva área de atuação. Um membro comum
pode receber revelação para guiar sua própria vida, um presidente de
quórum pode receber revelação para melhor conduzir seu quórum, um
bispo pode receber revelação para conduzir sua ala, um presidente de
estaca para sua estaca e assim sucessivamente até o profeta presidente da
Igreja que é o único autorizado para receber revelação para guiar toda a
Igreja.[213]
O Élder David A. Bednar do Quórum dos Doze Apóstolos explicou
esse processo através de uma metáfora:

“Às vezes a revelação é repentina e clara como acender a luz


numa sala escura. No entanto, o mais comum é ela vir aos
poucos como o Sol nascente que vai brilhando cada vez mais
forte. Na maioria das vezes, a revelação é como a luz num dia
nublado. Existe luz para você ver o suficiente para dar alguns
passos (...) para continuar adiante”[214]

O Élder Dallin H. Oaks também do Quórum dos Doze Apóstolos


também explicou:

“A maior parte das revelações concedidas aos líderes e


membros da Igreja vem por meio da “voz mansa e delicada”
ou por um sentimento, e não por uma visão ou voz que profira
palavras específicas que possamos ouvir”.[215]

O Élder Bruce R. McConkie (1915-1973) do Quórum dos Doze


Apóstolos ensinou:

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“[Ao] nos defrontarmos com duas proposições. Uma delas é a
de que devemos ser guiados pelo espírito de inspiração, o
espírito de revelação. A outra é a de que fomos orientados
nesta vida a usar nosso arbítrio para decidir por conta
própria o que fazer. Precisamos encontrar um ponto de
equilíbrio entre essas suas diretivas (...). Devemos usar todas
as faculdades, capacidades e habilidades que possuímos para
atingir o objetivo em questão (...) isso aplica-se a qualquer
uma das inúmeras coisas importantes que surgem em nossa
vida (...) há um equilíbrio delicado entre arbítrio e inspiração.
O que se espera de nós é que façamos tudo a nosso alcance,
para depois buscar uma resposta do Senhor, um selo de
confirmação de que chegamos à conclusão correta. (...) Caso
vocês aprendam a usar o arbítrio que Deus lhes concedeu,
caso procurem tomar as próprias decisões, caso cheguem a
conclusões que lhes pareçam boas e corretas, e caso
aconselhem com o Senhor e obtenham Seu aval, o selo de
aprovação sobre as conclusões a que chegaram, então, por um
lado, terão recebido revelação”.[216]

O Élder Richard G. Scott do Quórum dos Doze Apóstolos explica a


diferença entre inspiração e revelação.

“O Espírito Santo comunica-nos importantes informações de


que necessitamos para nos guiar na jornada da mortalidade.
Quando ela é nítida, clara e essencial recebe o título de
revelação. Quando ela vem por uma série de sugestões e temos
de nos guiar passo a passo a um objetivo digno, até
alcançarmos o proposto dessa mensagem, ela é inspiração”.
[217]

Explicando especificamente sobre como se dá a revelação divina


através da Presidência da Igreja e do Quórum dos Doze Apóstolos, o Élder
D. Todd Christofferson afirmou:

“Como é que o Salvador revela Sua vontade e doutrina aos


profetas, videntes e reveladores? Ele pode agir por intermédio
de um mensageiro ou fazê-lo pessoalmente. Ele pode falar com
Sua própria voz ou pela voz do Santo Espírito: uma
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comunicação de Espírito para espírito que pode ser expressa
em palavras ou em sentimentos que transmitem uma
compreensão e transcendem as palavras (ver 1 Néfi
17:45; D&C 9:8). Ele pode dirigir-Se a Seus servos
individualmente ou reunidos em conselho (ver 3 Néfi 27:1–8)
[...]. Esse mesmo padrão é seguido hoje na Igreja restaurada
de Jesus Cristo. O presidente da Igreja pode anunciar ou
interpretar doutrinas com base em revelações recebidas por
ele (ver, por exemplo, D&C 138). A exposição da doutrina
também pode vir por meio do conselho conjunto da Primeira
Presidência e do Quórum dos Doze Apóstolos (ver, por
exemplo, a Declaração Oficial 2). As deliberações do
conselho, com frequência, incluem a avaliação de escrituras
canônicas, os ensinamentos dos líderes da Igreja e as práticas
anteriores. Mas no final, assim como na Igreja do Novo
Testamento, o objetivo não é simplesmente o consenso entre os
membros do conselho, mas, sim, a revelação de Deus. É um
processo que envolve tanto a razão quanto a fé para se
conhecer a mente e a vontade do Senhor”.[218]

Os Santos dos últimos Dias não cumprem mandamentos apenas


porque profetas antigos assim determinaram, mas porque profetas e
apóstolos vivos assim os ensinam. O Presidente Ezra Taft Benson (1899-
1994) explicou:

“O profeta vivo é mais importante para nós do que um profeta


morto. (...) A revelação que Deus deu a Adão não serviu para
ajudar Noé a construir a arca. Noé precisava de sua própria
revelação. Portanto, o profeta mais importante para vocês e
para mim é o que está vivo em nossos dias e a quem o Senhor
está revelando atualmente Sua vontade para nós. Por
conseguinte, a leitura mais importante que podemos fazer é de
qualquer das palavras do profeta contidas mensalmente nas
revistas da Igreja. (...) os profetas vivos sempre têm
precedência”.[219]

O Élder Orson F. Whitney (1855-1931) do Quórum dos Doze


Apóstolos ensinou que tudo o que se faz oficialmente nesta Igreja é porque
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Deus, falando dos céus em nossa época, assim ordenou. Os santos dos
últimos dias não fazem coisas pelo simples fato de elas constarem em um
livro de Escrituras. Não fazem coisas por Deus tê-las prescritos aos judeus,
tampouco fazem ou deixam de fazer algo devido às instruções dadas por
Cristo aos Nefitas.[220] Não vivemos o mandamento do dízimo porque
Abraão entregou os dízimos a Melquisedeque, mas sim por sermos
ensinados dessa maneira pelos Profetas e Apóstolos vivos nas conferências
gerais. Não acreditamos ou seguimos qualquer doutrina ou mandamento
unicamente porque os antigos assim o faziam, mas porque assim ensinam
os servos devidamente comissionados pelo Deus altíssimo hoje.

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O Dízimo no Novo Convênio: o Evangelho
Restaurado
Passaremos agora a um assunto pouco mencionado pelos críticos com
relação à Doutrina Mórmon devido a também ser uma prática presente na
maioria das igrejas cristãs da atualidade. Porém, como algumas
denominações não adotam tal forma de contribuição, uma abordagem
diferenciada sobre essa questão pode elucidar aqueles que talvez não se
satisfaçam com os argumentos apresentados pelos teólogos sobre o
assunto. Apresento aqui uma compreensão do dízimo a partir da
restauração do evangelho.

O Élder Russel M. Nelson declarou:

"A restauração do sacerdócio reforçou o princípio do dízimo,


aludindo aos ensinamentos do velho testamento contidos em
Gênesis e Malaquias" [221]

Para “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos últimos Dias”, o Novo
Convênio possui um significado mais abrangente do que o conhecido pelas
demais denominações cristãs que o vinculam ao Novo Testamento.[222]
Para os Santos dos últimos dias, o Novo e Eterno Convênio é a soma total
de todos os convênios e obrigações do evangelho, e num sentido mais
amplo é o próprio Evangelho de Jesus Cristo cujas doutrinas e
mandamentos constituem a substância de um convênio eterno entre Deus e
o homem.[223][224] Na atual dispensação este deu-se através da restauração
do Evangelho através da ministração de seres celestiais como a vinda do
anjo Morôni ao profeta Joseph Smith revelando o Livro de Mórmon e
cumprindo profecias como as registradas por antigos Profetas e
Apóstolos[225] como outra testemunha do ministério de Jesus Cristo, e as
revelações recebidas pelos profetas que podem ser encontradas
em Doutrina e Convênios, um outro volume de Escrituras Sagradas que

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contém a restauração de partes claras e preciosas que foram
perdidas durante séculos de grande apostasia. Assim, o Senhor nos ensina
através de uma revelação dada na restauração do Evangelho:

"E eles permanecerão sob essa condenação até que se


arrependam e se lembre do novo convênio, sim, o Livro de
Mórmon e os mandamentos anteriores que lhes dei...” [226]

O Élder Russell M. Nelson ensinou:

“O Salvador referiu-se ao Livro de Mórmon como Seu “novo


convênio” com a casa de Israel. Trata-se de um sinal palpável
do convênio final de Cristo com a humanidade. Os
ensinamentos deste livro, como um terceiro testamento,
esclarece a doutrina e unifica o Velho Testamento com o Novo
Testamento”.[227]

Para um cristão de outra denominação estabelecer um diálogo ou


debate com um membro de “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
últimos Dias” sobre qualquer doutrina do Evangelho é necessário ter tal
conceito em mente para que as bases do diálogo partam de compreensões
corretas a respeito do entendimento que cada parte possui sobre
determinados termos que, embora pareçam iguais para esses variados
grupos, assumem significados bem diferentes em suas respectivas
teologias.
Um desses debates costuma se dar em torno da doutrina do dízimo.
As controvérsias sobre essa prática se dão acerca de sua obrigatoriedade
sob a nova aliança em Cristo. Algumas denominações argumentam ser o
dízimo mandamento apenas mandamento sob a lei de Moisés nos tempos
do Antigo Testamento e outras defendem-no como ainda válido para os
dias atuais. No entanto, para os membros d”A Igreja de Jesus Cristo dos
Santos dos últimos Dias” tal questão encontra-se resolvida por estar
presente de forma clara tanto nos ensinamentos de Cristo aos Nefitas
contidos no Livro de Mórmon quanto nas revelações conforme dadas ao

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Profeta Joseph Smith e presentes em Doutrina e Convênios. Em sua obra
“Uma obra maravilhosa e um assombro”, o Élder Le Grant Richards
afirma:

"Quando os santos dos últimos dias ensinaram primeiramente


a lei do dízimo como parte do evangelho de Jesus Cristo,
foram combatidos pelo clero e pelas congregações sob
a alegação de que o dízimo pertencia à lei de Moisés que foi
cumprida em Cristo, mas que não era parte dos ensinamentos
do novo testamento (...). A oposição, contudo, agora cessou e
muitas Igrejas têm tentado adotar a lei do dízimo”[228]

Atualmente parece haver dois posicionamentos teológicos com


relação ao dízimo sendo a primeira e mais divulgada – a prática de várias
denominações principalmente de orientação neopentecostal de
supervalorizar essa doutrina estabelecendo contribuições não embasadas
nos textos bíblicos como a prática do trízimo[229], e a outra sendo aquela
professada pelas denominações que atribuem a prática do dízimo como
algo restrito unicamente à Lei de Moisés e, portanto adotando outras
formas de contribuição como esmolas, donativos voluntários, coletas e
ofertas. Desse modo, embora muitas denominações cristãs pratiquem o
dízimo como forma de contribuição, outras não o fazem e tornam tal
doutrina alvo de calorosos debates.
O presidente Howard W. Hunter ensinou:
“Há quem defenda a ideia de que a lei do dizimo era somente
uma instituição levítica, mas a história confirma o fato de que
sempre foi e continua a ser uma lei universal. É um
fundamento na lei mosaica. Existiu desde o princípio;
encontra-se na antiga lei egípcia, na Babilônia e pode ser
rastreada por toda a história bíblica”.[230]

No Novo Testamento, a doutrina do dízimo aparece de forma vaga e


não muito explícita, dentre outros motivos certamente por ser uma das

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partes claras e preciosas que foram perdidas das Escrituras Sagradas no
decorrer dos séculos. Uma das passagens que mais apresentam o dízimo de
forma clara através das promessas e bênçãos resultantes de sua vivência
está no Antigo Testamento no capítulo três do livro do Profeta Malaquias.

Desde os dias de vossos pais vos desviastes dos meus


estatutos, e não os guardastes; tornai-vos para mim, e eu me
tornarei para vós, diz o Senhor dos Exércitos; mas vós dizeis:
Em que havemos de tornar? Roubará o homem a Deus?
Todavia vós me roubais, e dizeis: Em que te roubamos? Nos
dízimos e nas ofertas. Com maldição sois amaldiçoados,
porque a mim me roubais, sim, toda esta nação. Trazei todos
os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na
minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o Senhor
dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não
derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar
suficiente para a recolherdes.[231]

Sobre esta passagem, o presidente Howard W. Hunter afirmou:

“As palavras de Malaquias encerram o Velho Testamento com


uma reiteração da lei do dízimo, indicando que não houve
revogação dessa lei que existe desde o princípio. A
dispensação do Novo Testamento, portanto, teve início sob
essa admoestação”. [232]

Élder Dallin H. Oaks afirmou:


“O Senhor reafirmou esse ensinamento quando os fariseus lhe
perguntaram se era lícito pagar tributo. O Senhor respondeu
com este mandamento: “Dai, pois, a César o que é de César e
a Deus o que é de Deus"[233]

O Livro de Mórmon, cumprindo um de seus propósitos que é o de


apaziguar contendas[234], preservou o mandamento do dízimo através do
relato do ministério de Jesus Cristo aos nefitas.[235]

E aconteceu que ele lhes ordenou que escrevessem as palavras


que o Pai transmitira a Malaquias, as quais ele lhes diria. E
aconteceu que depois que foram escritas, ele as explicou. E
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estas foram as palavras que ele lhes disse: Assim disse o Pai a
Malaquias — Eis que enviarei meu mensageiro que preparará
o caminho diante de mim; e de repente virá ao seu templo o
Senhor, a quem vós buscais, o mensageiro do convênio em
quem vos deleitais; eis que virá, diz o Senhor dos Exércitos.
Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja
mantimento na minha casa; e provai-me então com isto, diz o
Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e
não derramar sobre vós uma bênção tal, que não haja espaço
suficiente para recebê-la.[236]

Através da restauração do Evangelho, o Senhor revelou novamente o


mandamento do dízimo a Seu povo por meio do profeta Joseph Smith.

E este será o início do dízimo de meu povo. E depois disso, os


que assim tiverem pagado o dízimo pagarão a décima parte de
toda a sua renda anual; e isto será uma lei permanente para
eles, para meu santo sacerdócio, diz o Senhor. Em verdade vos
digo: Acontecerá que todos os que se reunirem na terra
de Sião darão seus bens excedentes como dízimo e observarão
esta lei; caso contrário, não serão considerados dignos de
habitar entre vós[237].

Assim ensinou o Élder Dallin H. Oaks, na ocasião membro do


quórum dos doze apóstolos:

"Assim vemos que a lei do dízimo não é uma prática remota do


Velho Testamento, mas um mandamento dado diretamente
pelo Salvador ao povo de nossos dias".[238]

O dízimo tem sido praticado desde que o Evangelho foi ensinado pela
primeira vez na Terra. Não dizimamos porque Abraão entregou o dízimo a
Melquisedeque ou porque os Levitas assim o recebiam. Não dizimamos
porque o profeta Malaquias ensinou isso ou porque Moisés assim o
determinou, mas dizimamos porque o Profeta vivo assim ensina. O
presidente John Taylor ensinou que “O princípio das revelações atuais é,
portanto, o próprio alicerce de nossa religião”[239]
Temos então este mandamento de modo restaurado na atual
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dispensação, e assumimos vivê-lo através de convênio ao passarmos pelas
águas do batismo. Todavia, o Élder James E. Faust ensinou:

"Um crítico escreveu certa vez que a obediência a


mandamentos como o dízimo é obrigatório. No entanto, o
cumprimento desse mandamento jamais nos foi forçosamente
imposto. Não somos obrigados a fazê-lo. Nada é obrigatório
na Igreja".[240]
“Nada é obrigatório nesta Igreja; o livre arbítrio é um
princípio fundamental da obediência. Nenhum membro
maduro pode, em sã consciência, alegar ser forçado ao que
quer que seja”.[241]

Do mesmo modo, o presidente Howard W. Hunter ensinou:

“O dízimo é a lei de Deus para seus filhos ainda que o


pagamento seja inteiramente voluntário (...) nossa obediência
é voluntária, mas nossa desobediência não revoga nem anula
a lei”.[242]

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A Lei de saúde do Senhor em Diferentes Épocas
Constantemente dúvidas são verificadas sobre a importância e o
embasamento da Palavra de Sabedoria conforme é pregada por “A Igreja
de Jesus Cristo dos Santos dos últimos Dias”. Poucos parecem
compreender as implicações doutrinárias desse código alimentar a partir
das Escrituras Sagradas, e outros a aceitam como mandamento divino,
porém sem de fato entenderem sua fundamentação. Isso em grande
parte se deve a tal pratica da forma como é vivida, ser dentre outras
doutrinas algo peculiar e distintivo da doutrina Mórmon. Apresentaremos
então, uma visão abrangente acerca das restrições alimentares que cremos
terem sido por Deus à humanidade no decorrer das Eras.
Leis de saúde diversas podem ser encontradas em várias
denominações religiosas cristãs ou não, porém especificidades tais como
abstinência de café e chá preto são peculiares de “A Igreja de Jesus Cristo
dos Santos dos últimos Dias”. Isto posto, teceremos uma breve
apresentação do contexto histórico a partir da qual tal doutrina teve origem
na atualidade. O texto base para a doutrina que se encontra na seção 89 de
Doutrina e Convênios cujo contexto histórico é apresentado a seguir:

Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, em


Kirtland, Ohio, em 27 de fevereiro de 1833. O fato de os
irmãos daquela época mascarem tabaco em suas reuniões
levou o Profeta a ponderar sobre o assunto; por conseguinte,
ele inquiriu o Senhor a respeito disto. O resultado foi esta
revelação, conhecida como a Palavra de Sabedoria[243].

A princípio, tal revelação foi apresentada como um conselho e não


como um mandamento obrigatório. Assim lemos no versículo 2 da referida
seção:

"Para ser enviada como saudação; não como mandamento ou


coerção, mas como revelação e palavra de sabedoria,
manifestando a ordem e a vontade de Deus quanto à salvação
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física de todos os santos nos últimos dias".

Posteriormente, após o êxodo para o Oeste, a obrigatoriedade desses


conselhos foi expandida por Brigham Young, sucessor de Joseph Smith na
presidência da Igreja. Atualmente é um requisito obrigatório a todo
membro de “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos últimos Dias”.
Interpretações pessoais à parte, a Palavra de Sabedoria consiste na
total abstenção de café, chá preto, fumo, álcool e drogas ilícitas por parte
de todo membro da Igreja. Convém aqui mencionar que embora seja algo
peculiar, códigos de dieta diversos podem ser verificados em outras
religiões tais como abstenção de carne de porco, de chouriço, de frango ao
molho pardo e outros alimentos preparados a partir do sangue de animais,
carnes cujo sangue não foi derramado em terra, ceias de natal e de
alimentos relacionados a tal festa. Essas proibições têm origem a partir da
interpretação de passagens bíblicas diversas.
Mesmo os pioneiros mórmons parecem ter sido confrontados com
esses ensinos em algumas ocasiões, as quais, por terem gerado dúvidas,
ocasionaram o recebimento de novas revelações conforme podemos ler na
seção 49 de Doutrina e Convênios.

Revelação dada por intermédio de Joseph Smith, o Profeta, a


Sidney Rigdon, Parley P. Pratt e Leman Copley, em Kirtland,
Ohio, em 7 de maio de 1831. Leman Copley havia abraçado o
evangelho, mas ainda se apegava a alguns ensinamentos dos
Shakers (United Society of Believers in Christ’s Second
Appearing [Sociedade Unida dos Crentes na Segunda
Aparição de Cristo]), organização à qual pertencera
anteriormente. Algumas das crenças dos Shakers eram que a
Segunda Vinda de Cristo já ocorrera e que Ele havia
aparecido na forma de uma mulher, Ann Lee. Eles não
consideravam essencial o batismo com água. Eles rejeitavam o
casamento e acreditavam numa vida totalmente celibatária.
Alguns Shakers também proibiam que se comesse carne. No
prefácio desta revelação, a história de Joseph Smith diz: “A
fim de ter um entendimento mais perfeito do assunto, inquiri o

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Senhor e recebi o seguinte”. A revelação refuta alguns dos
conceitos básicos do grupo Shaker...[244]

Passaremos agora a uma apresentação dos mandamentos do Senhor


relacionados à alimentação conforme dados nas dispensações anteriores.

A Dispensação de Adão
Segundo o Guia para Estudo das Escrituras, chamamos de
dispensação a um período de tempo em que Deus tem pelo menos um
servo autorizado na Terra que possui as chaves do santo sacerdócio. O
Élder David A. Bednar do Quórum dos Doze Apóstolos ensinou que “Em
todas as dispensações, as verdades do evangelho são reveladas — ou
concedidas — novamente a fim de que as pessoas daquele período não
dependam completamente das dispensações anteriores para conhecer o
plano do Pai Celestial”[245].
Ainda no livro do Gênesis presente na Bíblia Sagrada,
na dispensação de Adão, uma dieta específica foi apresentada. Essa parece
ter sido a primeira instrução dada por Deus com relação à alimentação de
Seus filhos.

E disse Deus: Eis que vos tenho dado toda a erva que dê
semente, que está sobre a face de toda a terra; e toda a árvore,
em que há fruto que dê semente, ser-vos-á para mantimento. E
a todo o animal da terra, e a toda a ave dos céus, e a todo o
réptil da terra, em que há alma vivente, toda a erva verde será
para mantimento; e assim foi.[246]

A Dispensação de Noé
Após o dilúvio, já na dispensação de Noé lemos a primeira restrição
apresentada para com a alimentação humana.

Tudo quanto se move que é vivente será para vosso


mantimento; tudo vos tenho dado como a erva verde. A carne,
porém, com sua vida, isto é, com seu sangue, não comereis.
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[247]

A Dispensação de Moisés
Na dispensação de Moisés, podemos encontrar um código alimentar
bem mais complexo e detalhado do que o apresentado nas dispensações
anteriores. Diversas passagens mencionam proibições, dentre as quais
apresentaremos esta encontrada em Levítico capítulo 11:

Estes são os animais, que comereis dentre todos os animais


que há sobre a terra; Dentre os animais, todo o que tem unhas
fendidas, e a fenda das unhas se divide em duas, e rumina,
deles comereis. Destes, porém, não comereis; dos que
ruminam ou dos que têm unhas fendidas; o camelo, que
rumina, mas não tem unhas fendidas; esse vos será imundo;
E o coelho, porque rumina, mas não tem as unhas fendidas;
esse vos será imundo; E a lebre, porque rumina, mas não tem
as unhas fendidas; essa vos será imunda; também o porco,
porque tem unhas fendidas, e a fenda das unhas se divide em
duas, mas não rumina; este vos será imundo. Das suas carnes
não comereis, nem tocareis nos seus cadáveres; estes vos
serão imundos. De todos os animais que há nas águas,
comereis os seguintes: todo o que tem barbatanas e escamas,
nas águas, nos mares e nos rios, esses comereis. Mas todo o
que não tem barbatanas, nem escamas, nos mares e nos rios,
todo o réptil das águas, e todo o ser vivente que há nas
águas, estes serão para vós abominação. Ser-vos-ão, pois, por
abominação; da sua carne não comereis, e abominareis o seu
cadáver. Todo o que não tem barbatanas ou escamas, nas
águas, será para vós abominação. Das aves, estas
abominareis; não se comerão, serão abominação: a águia, e o
quebrantosso, e o xofrango, E o milhano, e o abutre segundo a
sua espécie. Todo o corvo segundo a sua espécie, E o avestruz,
e o mocho, e a gaivota, e o gavião segundo a sua espécie. E o
bufo, e o corvo marinho, e a coruja, E a gralha, e o cisne, e o
pelicano, E a cegonha, a garça segundo a sua espécie, e a
poupa, e o morcego. Todo o inseto que voa, que anda sobre
quatro pés, será para vós uma abominação. Mas isto comereis
de todo o inseto que voa, que anda sobre quatro pés: o que

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tiver pernas sobre os seus pés, para saltar com elas sobre a
terra. Deles comereis estes: a locusta segundo a sua espécie, o
gafanhoto devorador segundo a sua espécie, o grilo segundo a
sua espécie, e o gafanhoto segundo a sua espécie. E todos os
outros insetos que voam, que têm quatro pés, serão para vós
uma abominação. E por estes sereis imundos: qualquer que
tocar os seus cadáveres, imundo será até à tarde. Qualquer
que levar os seus cadáveres lavará as suas vestes, e será
imundo até à tarde. Todo o animal que tem unha fendida, mas
a fenda não se divide em duas, e todo o que não rumina, vos
será por imundo; qualquer que tocar neles será imundo. E
todo o animal que anda sobre as suas patas, todo o animal que
anda a quatro pés, vos será por imundo; qualquer que tocar
nos seus cadáveres será imundo até à tarde. E o que levar os
seus cadáveres lavará as suas vestes, e será imundo até à
tarde; eles vos serão por imundos. Estes também vos serão por
imundos entre os répteis que se arrastam sobre a terra; a
doninha, e o rato, e a tartaruga segundo a sua espécie, E o
ouriço cacheiro, e o lagarto, e a lagartixa, e a lesma e a
toupeira. Estes vos serão por imundos dentre todos os répteis;
qualquer que os tocar, estando eles mortos, será imundo até à
tarde. E tudo aquilo sobre o que cair alguma coisa deles
estando eles mortos será imundo; seja vaso de madeira, ou
veste, ou pele, ou saco, qualquer instrumento, com que se faz
alguma obra, será posto na água, e será imundo até à tarde;
depois será limpo. E todo o vaso de barro, em que cair alguma
coisa deles, tudo o que houver nele será imundo, e o vaso
quebrareis. Todo o alimento que se come, sobre o qual cair
água de tais vasos, será imundo; e toda a bebida que se bebe,
depositada nesses vasos, será imunda. E aquilo sobre o que
cair alguma parte de seu corpo morto, será imundo; o forno e
o vaso de barro serão quebrados; imundos são: portanto vos
serão por imundos. Porém a fonte ou cisterna, em que se
recolhem águas, será limpa, mas quem tocar no seu cadáver
será imundo. E, se dos seus cadáveres cair alguma coisa sobre
alguma semente que se vai semear, será limpa; mas se for
deitada água sobre a semente, e se dos seus cadáveres cair
alguma coisa sobre ela, vos será por imunda. E se morrer
algum dos animais, que vos servem de mantimento, quem tocar
no seu cadáver será imundo até à tarde; E quem comer do seu
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cadáver lavará as suas vestes, e será imundo até à tarde; e
quem levar o seu corpo morto lavará as suas vestes, e será
imundo até à tarde. Também todo o réptil, que se arrasta
sobre a terra, será abominação; não se comerá. Tudo o que
anda sobre o ventre, e tudo o que anda sobre quatro pés, ou
que tem muitos pés, entre todo o réptil que se arrasta sobre a
terra, não comereis, porquanto são uma abominação. Não vos
façais abomináveis, por nenhum réptil que se arrasta, nem
neles vos contamineis, para não serdes imundos por eles;
Porque eu sou o Senhor vosso Deus; portanto vós vos
santificareis, e sereis santos, porque eu sou santo; e não vos
contaminareis com nenhum réptil que se arrasta sobre a terra;
Porque eu sou o Senhor, que vos fiz subir da terra do Egito,
para que eu seja vosso Deus, e para que sejais santos; porque
eu sou santo. Esta é a lei dos animais, e das aves, e de toda
criatura vivente que se move nas águas, e de toda criatura que
se arrasta sobre a terra; para fazer diferença entre o imundo e
o limpo; e entre animais que se podem comer e os animais que
não se podem comer[248]

Mais à frente, lemos no livro do profeta Daniel que “Daniel decidiu


no seu coração não se contaminar com a porção do manjar do Rei, nem
com o vinho que ele bebia”. [249]

A Dispensação do Meridiano dos Tempos


Na Dispensação do Meridiano dos Tempos, logo após o ministério
mortal do Senhor Jesus Cristo, lemos a seguinte instrução dos apóstolos:

Na verdade, pareceu bem ao Espírito Santo e a nós, não vos


impor mais encargo algum, senão estas coisas necessárias:
Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do
sangue, e da carne sufocada, e da fornicação, das quais coisas
bem fazeis se vos guardardes. Bem vos vá.[250]

O motivo de o Senhor ter inspirado seus servos autorizados, os


apóstolos a pregarem esta "palavra de sabedoria" foi explicado por Paulo
na primeira epístola aos Coríntios, capítulo 8 versículos de 8 a 13.

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Ora a comida não nos faz agradáveis a Deus, porque, se
comemos nada temos de mais e, se não comemos, nada nos
falta. Mas vede que essa liberdade não seja de alguma
maneira escândalo para os fracos. Porque, se alguém te vir a
ti, que tens ciência, sentado à mesa no templo dos ídolos, não
será a consciência do que é fraco induzida a comer das coisas
sacrificadas aos ídolos? E pela tua ciência perecerá o irmão
fraco, pelo qual Cristo morreu. Ora, pecando assim contra os
irmãos, e ferindo a sua fraca consciência, pecais contra
Cristo. Por isso, se a comida escandalizar a meu irmão, nunca
mais comerei carne, para que meu irmão não se escandalize.
[251]

A Dispensação da Plenitude dos Tempos


Na atual dispensação, a Dispensação da Plenitude dos Tempos, a
vontade do Senhor com relação à alimentação de seus filhos foi
apresentada da seguinte forma:

Dada como princípio com promessa, adaptada à capacidade


dos fracos e do mais fraco de todos os santos, que são ou
podem ser chamados santos. Eis que, em verdade, assim vos
diz o Senhor: Devido a maldades e desígnios que existem e
virão a existir no coração de homens conspiradores nos
últimos dias, eu vos adverti e previno-vos, dando-vos esta
palavra de sabedoria por revelação — Eis que não é bom nem
aceitável aos olhos de vosso Pai que alguém entre vós tome
vinho ou bebida forte, exceto quando vos reunis para oferecer
vossos sacramentos perante ele. E eis que deve ser vinho, sim,
vinho puro de uva da videira, de vossa própria fabricação. E
também bebidas fortes não são para o ventre, mas para lavar
vosso corpo. E também tabaco não é para o corpo nem para o
ventre e não é bom para o homem, mas é uma erva para
machucaduras e todo gado doente, a qual se deve usar com
discernimento e habilidade. E também bebidas quentes não
são para o corpo nem para o ventre. E também em verdade
vos digo: Todas as ervas salutares indicou Deus para a
constituição, natureza e uso do homem —Toda erva em sua
estação e toda fruta em sua estação; todas essas para serem
usadas com prudência e ação de graças. Sim, também a carne
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de animais e a das aves do ar, eu, o Senhor, indiquei para uso
do homem, com gratidão; contudo, devem ser usadas
moderadamente; agrada-me que não sejam usadas a não ser
no inverno ou em tempos de frio ou de fome. Todos os grãos
são indicados para uso do homem e dos animais, para ser o
esteio da vida, não só para o homem, mas também para os
animais do campo e as aves do céu e todos os animais
selvagens que correm ou rastejam na terra; E este fez Deus
para uso do homem apenas em épocas de escassez ou fome
excessiva. Todos os grãos são bons para alimento do homem,
como também o fruto da videira; aquilo que produz fruto, seja
na terra ou acima da terra — Contudo, o trigo para o homem
e o milho para o boi e a aveia para o cavalo e o centeio para
as aves e os porcos e para todos os animais do campo; e a
cevada para todos os animais úteis e para bebidas suaves,
como também outros grãos. E todos os santos que se
lembrarem de guardar e fazer estas coisas, obedecendo aos
mandamentos, receberão saúde para o umbigo e medula para
os ossos; 19 E encontrarão sabedoria e grandes tesouros de
conhecimento, sim, tesouros ocultos;20 E correrão e não se
cansarão; e caminharão e não desfalecerão. E eu, o Senhor,
faço-lhes uma promessa de que o anjo destruidor passará por
eles, como os filhos de Israel, e não os matará. Amém.[252]

Deus, nosso Pai Celestial que nos criou sabe exatamente como
precisamos viver de modo a obtermos felicidade, paz e saúde. Ele conhece
o fim desde o começo e conhece todos os desafios em todas as eras da
história humana. Assim como no meridiano dos tempos onde o motivo
exposto pelo apóstolo Paulo e apresentado em 1 Cor 8:8-13
parece ter sido o de não ofender aos judeus convertidos que ainda se
apegavam a vários aspectos da antiga lei de Moisés, na dispensação atual o
Senhor afirmou que o atual mandamento se deve ... “à maldades e
desígnios que existem e virão a existir no coração de homens
conspiradores nos últimos dias, eu vos adverti e previno-vos...”[253]
Ele pode aconselhar e ordenar através de Sua sabedoria absoluta sobre
o que devemos ou não consumir. Sabemos que todos, ou grande parte dos

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conceitos apresentados como revelação por Joseph Smith, o Profeta, em
Kirtland, Ohio, em 27 de fevereiro de 1833, foram posteriormente
confirmadas por pesquisas científicas modernas. Não entraremos aqui
nesses aspectos, pois tais como as outras apresentações desta obra, esta
também não pretende ser uma abordagem científica, no entanto importante
é mencionar o quão verificado são os malefícios do fumo, do álcool e das
drogas ilícitas em nossa sociedade.
Concluímos afirmando, como no princípio, que tudo depende de um
firme testemunho do chamado do Joseph Smith como inspirada
testemunha da verdade, assim como a aceitação dos princípios pregados
por Noé, Moisés, Pedro, Paulo entre outros, dependeu do testemunho e da
aceitação destes como verdadeiros representantes de Deus por parte dos
povos de suas épocas. No entanto, mais uma vez constatamos o quão
coerente e firme é o posicionamento da Igreja com relação à sua fé e
prática, sendo uma delas, a Palavra de Sabedoria.

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O Novo e Eterno Convênio do Casamento
Celestial Plural
“E quanto ao novo e eterno convênio, foi instituído para a
plenitude de minha glória; e aquele que recebe sua plenitude
deve cumprir a lei e cumpri-la-á; caso contrário, será
condenado, diz o Senhor Deus”.[254]

No capítulo anterior discorri brevemente sobre a crença na eternidade


das famílias em contraposição ao discurso protestante de que os laços
matrimoniais se findam com a morte. Mostrei como, embora essa seja a
doutrina oficialmente pregada por essas denominações, em alguns de seus
hinos podem ser encontradas referências indiretas à propagação dos laços
familiares no mundo vindouro. A doutrina da eternidade das famílias está
fundamentada em uma revelação recebida por Joseph Smith que se
encontra registrada em Doutrina e Convênios seção 132. Reminiscências
bíblicas podem ser obtidas em Gênesis 1:28, Eclesiastes 3:14, Mateus
18:18 e 19:6, Marcos 10:9, 1 Coríntios 11:11 e Efésios 3:15.
Não tenho por objetivo fazer apologia ao casamento plural. Apresento
apenas uma compreensão racional e coerente em relação a uma das
doutrinas que são o alicerce a restauração da plenitude do Evangelho de
Jesus Cristo.
Ao longo da história da Igreja na Plenitude dos Tempos, homens fiéis,
dignos portadores do sacerdócio levantaram suas vozes em apoio ao vaso
escolhido pelo Senhor, o profeta Joseph Smith a despeito de qualquer
oposição que aparecesse. Tais varões defenderam veementemente todos os
princípios da restauração, dentre eles o Novo e Eterno Convênio do
Casamento Celestial Plural, não importando quão impopular este fosse.
Tais homens se orientavam pela mesma máxima que os Apóstolos antigos,
a de que "antes obedecer a Deus do que os homens".

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Embora, devido a uma revelação posterior, esta prática não seja mais
vivida, permitida nem tampouco tolerada sob quaisquer aspectos, é sem
dúvida um dos grandes alicerces da restauração de todas as coisas
conforme anunciado pela boca de todos os santos profetas e permanece
vibrante como uma das maiores bênçãos no mundo vindouro, aos
portadores do sacerdócio que neste mundo foram dignos desse
imensurável peso de glória.
Diversos Apóstolos dos primeiros tempos da Restauração pregaram
sobre este princípio. Muitas dessas declarações são incompreendidas e
alvo de críticas tanto por pessoas de dentro quanto de fora da Igreja. Sobre
este assunto, discorrerei profundamente em outra obra. Mencionarei aqui
uma dessas citações para contextualizar a doutrina.
John Taylor afirmou:

“O sistema de casamento com apenas uma esposa não apenas


degenera a família humana, tanto fisicamente como
intelectualmente, mas é inteiramente incompatível com noções
filosóficas de imortalidade; é uma isca para a tentação, e
comprovadamente sempre foi uma maldição para os povos".
[255]

Através do que aqui será exposto, não tenciono apresentar


posicionamentos científicos nem teológicos oficiais de nenhuma religião.
Trago somente reflexões acerca de um tema complexo referente à religião
que professo. Sendo assim, todas as considerações aqui apresentadas são
reflexões pessoais sobre a questão abordada buscando apresentar uma
lógica coerente nas palavras de John Taylor, terceiro Presidente de “A
Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos últimos Dias”.
Muito se tem escrito e debatido nos últimos tempos sobre a citação
acima, principalmente por ela não mais refletir o que “A Igreja de Jesus
Cristo dos Santos dos últimos Dias” ensina atualmente. O presidente
Gordon B. Hinckley reiterou o fato de que o casamento plural é “contrário
à lei de Deus. Mesmo em países em que a lei civil ou religiosa permita a
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[prática de um marido ter mais de uma esposa], a Igreja ensina que o
casamento deve ser monogâmico e não aceita como membros os que
praticam o casamento plural”.[256] Na África subsaariana, tem havido
muitos casos em que os indivíduos não podem ser batizados em alguns
países por participarem de casamentos polígamos por costumes e tradições
locais. Estes indivíduos têm de se divorciar dos cônjuges polígamos para
se tornarem Mórmons – aparentemente um movimento raro. A Igreja
deixou de praticar o casamento plural há mais de um século atrás. Os
grupos autointitulados mórmons que ensinam a poligamia atualmente são
dissidentes, não fazendo parte de “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
últimos Dias”.
Os críticos alegam uma suposta contradição entre o que outrora foi
proferido pelos primeiros Profetas e Apóstolos dos últimos dias e o que os
atuais ensinam. Essas pessoas ignoram que tais palavras foram proferidas
em outro contexto e sob outras circunstâncias. Embora esta citação tenha
sido, de certa forma, enterrada no tempo, ao analisarmos as palavras de
John Taylor despidos de hipocrisia e falso moralismo, poderemos perceber
o quão correto ele estava ao apresentar estes conceitos. O primeiro ponto a
ponderarmos é sobre a suposta natureza monogâmica do homem. O
homem aqui se referindo ao gênero masculino especificamente não é um
ser monogâmico por natureza. Até mesmo dentre os animais, a monogamia
parece ser a exceção. O homem se torna monogâmico por ter sido
ensinado dessa maneira, porque a moral vigente assim determina, e por
não dispor de outras opções. Vive desse modo em luta contra sua própria
natureza, o que pode se tornar uma isca para o adultério. É do
conhecimento da maioria das pessoas, que muitos homens casados
cometem infidelidade de forma oculta, sendo que grande quantidade
recorre à prostituição sob a alegação de não estarem cometendo
infidelidade conjugal. Não mencionarei aqui fontes de pesquisa, pois
conforme mencionei no início, não tomo a prerrogativa de fazer uma
análise científica, porém há estudos onde é apresentado que a maioria dos
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homens, algo em torno de mais de 90%, que procuram a prostituição, são
casados. Nesse sentido, o casamento com apenas uma mulher pode se
tornar uma isca pra imoralidade, pode degenerar a família humana,
tornando-se uma maldição para os povos, uma vez que se esses supostos
90% de casados não recorressem à essa prática, podemos inferir que a
prostituição se reduziria a cerca de apenas 10% do que na realidade é
praticada. Infelizmente muitas pessoas não suportaram a verdade,
preferindo a ilusão causada pela hipocrisia do que o desconforto que a
verdade pode gerar. Temos atualmente de forma bem clara na doutrina
Mórmon o seguinte:

"O casamento entre um homem e uma mulher é o padrão de


casamento estabelecido por Deus a menos que Ele declare
algo em contrário... (ver Jacó 2:27-30) O casamento plural é uma
prática aceitável pelo Senhor somente quando Ele a ordena".
[257]

John Taylor foi um profeta chamado por Deus em sua época e


inspirado a pregar a verdade ao mundo no contexto em que vivia. Não há
contradição entre o que este profeta ensinou e o que A Igreja ensina
atualmente. Conforme está claro nos manuais curriculares da instituição,
o casamento plural é uma prática aceitável pelo Senhor somente quando
Ele a ordena , o que não é o caso no momento.

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A Existência Pré – mortal
A doutrina da existência pré - mortal é uma das revelações mais belas
já dadas ao homem e uma doutrina peculiar da Fé Mórmon. Trata-se do
primeiro ato de nossa existência - a vida antes de nascermos. Não se trata
de uma heresia conforme afirmam os críticos, mas sim da restauração de
uma verdade eterna.
O plano de Salvação nos apresenta três momentos: a vida pré-mortal,
a vida mortal, e a vida pós-mortal sendo essa última dividida em dois
momentos: o mundo espiritual logo após a morte e a vida eterna após a
ressurreição.
Embora possa ser encontrada de forma diluída e ambígua na Bíblia,
através de sua Versão Inspirada[258] e do livro de Abraão fruto da
restauração do Evangelho a encontramos de forma clara.
O Élder Orson Pratt afirmou:

“Esta mesma doutrina (da existência pré-normal) é brevemente


mencionada no Livro de Mórmon. Contudo, não penso que a teria
discernido nesse livro, não fora a nova tradução das escrituras
(Bíblia)”[259]

Podemos também encontrar reminiscências dessa doutrina em textos


apócrifos não considerados sagrados para os cristãos, mas de leitura
proveitosa para aquele que tiver discernimento, conforme foi ensinado
pelo Senhor em revelação ao seu profeta[260]. O Élder Neal A. Maxwell
afirmou:

“Nos escritos apócrifos de Tiago, consta Jesus haver dito aos


aflitos Pedro e Tiago” Se considerardes quanto tempo o
mundo existiu antes de vós e quanto durará depois de vos,
verei que vossa vida é um único dia e vossos sofrimentos uma
só hora”.[261]

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Através da Restauração do Evangelho, aprendemos que esta doutrina
trata-se de uma das partes claras e preciosas que foram retiradas das
Escrituras. Esse é o motivo pelo qual a Cristandade a desconhece. O Élder
Maxwell declarou:

“Com a posterior desaprovação dos concílios, a doutrina da


existência pré-mortal não poderia ser realmente
reestabelecida pela pesquisa. A doutrina não contraria a
lógica, pois a “verdade é razão”. Particularmente a verdade
eterna, porém é mais do que a lógica por si só pode sustentar.
Ela só poderia ser restaurada por revelação moderna.
Certamente, não se encontrava na América até os
pronunciamentos de Joseph Smith”.[262]

A Cristandade desconhece o primeiro ato – nossa vida pré-mortal.


Conhecem apenas esta vida mortal e as promessas de vida pós-mortal que
são o segundo e o terceiro ato respectivamente. Os ateus indo além
desconhecem tanto o primeiro quanto o terceiro ato. O biólogo e expoente
do ateísmo, Richard Dawkins afirma:

“... A vida do homem é semelhante; e ignoramos


completamente o que a ela se segue, ou o que aconteceu
antes”.[263]

O presidente Boyd K. Packer explicou:

“E viveram felizes para sempre nunca está escrito no segundo


ato. Essa frase pertence ao terceiro ato, quando os mistérios
são solucionados e tudo é esclarecido”.[264]

Em mais esse quesito, os Santos dos Últimos Dias são um povo


afortunado por possuírem a compreensão completa e clara sobre o
propósito eterno da existência em todos os seus atos. Devemos então ser
diligentes em levar esse conhecimento a todas as pessoas. O Élder Richard
G. Scott do Quórum dos Doze Apóstolos afirmou: “Todo filho de Deus na
mortalidade escolheu o plano do Salvador. Confie que, se lhes for dada a
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oportunidade, eles farão o mesmo novamente”.[265]
Os Profetas e Apóstolos modernos ainda nos oferecem explicações
sobre outros aspectos da nossa existência mortal através da compreensão
da vida pré-mortal. O Élder Russell M. Nelson do Quórum dos Doze
Apóstolos ensinou:

“Alguns dos espíritos mais especiais habitam um corpo frágil


ou imperfeito. Em geral, as pessoas com deficiências físicas
desenvolvem grande força espiritual, justamente por terem
essas deficiências”.[266]
“O espírito provê ao corpo a vitalidade e a personalidade.
Nesta vida e na vindoura, o espírito e o corpo unidos tornam-
se uma alma vivente de sublime valor”.[267]

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A Graça de Deus
O tema da Graça divina é alvo de intensos debates e compreensões
diversas dentro das várias escolas teológicas existentes no mundo cristão.
[268] Mesmo na teologia mórmon, há vasto material sobre o assunto[269] de

modo que para o objetivo aqui proposto, não se faz necessário uma análise
aprofundada de todas as nuances dessa temática. Utilizaremos então
apenas os aspectos fundamentais da divina Graça no que tange à salvação
eterna, pois nesse cenário, nas diversas vertentes religiosas, alguns creem
que é possível perder a graça de Deus sem possibilidade de
arrependimento enquanto outros acreditam que tal poder divino pode ser
perdido e reencontrado de acordo com as circunstâncias da vida.
Apresento então a compreensão do poder fortalecedor e capacitador da
graça de Cristo através da luz do Evangelho Restaurado de Jesus Cristo,
conforme ensinado em “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos últimos
Dias”.
O Presidente Dieter F. Uchtdorf ensinou que a Graça de Deus é “o
auxílio divino e a investidura de poder por meio dos quais passamos de
seres falhos e limitados que somos agora a seres exaltados de “verdade e
luz, até [sermos] [glorificados] na verdade e [conhecermos] todas as
coisas”.[270] Em outras palavras, a graça de Deus é o poder que emana do
sacrifício expiatório de Cristo. Devido a esse sacrifício, o aguilhão da
morte foi desfeito e a tumba jaz vazia. A morte não tem mais poder sobre o
homem (1 Coríntios 15:55). Ainda que sejamos infiéis (1 João 1:8-
9), Ele permanece fiel (2 Timóteo 2:13), e toda a humanidade pode ser
salva mediante obediência às leis e ordenanças do Evangelho (Regras de
Fé: 2). O Presidente Uchtdorf afirmou ainda que “Sua graça é o poder
capacitador que nos permite ter acesso a Seus reinos de salvação. Devido
à Sua graça, seremos ressuscitados e salvos em um reino de glória”.
[271] Haja visto essas coisas, exceto aos que cometem o pecado

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imperdoável da blasfêmia contra o Espírito Santo (Marcos 3:29, Lucas
2:10) que A Igreja define como “seguidores de Satanás que sofrerão com
ele na eternidade”, e os divide em dois grupos de indivíduos, “ aqueles
que seguiram Satanás e foram expulsos do céu por rebelião na vida pré-
mortal”; e “aqueles a quem foi permitido nascer neste mundo com corpo
físico, mas que depois serviram a Satanás e se voltaram totalmente contra
Deus e se tornaram filhos da perdição (João 17:12, Hebreus 6:4-6)
negando a Cristo após haver recebido um perfeito conhecimento Dele”.
Exceto a esses, é impossível a qualquer ser humano deixar ou perder a
graça de Deus. (Tito2:11)
Há religiões que ensinam que o processo de arrependimento e a
possibilidade de perdão só existem enquanto o pecador não conhece a
Cristo até o ato do batismo e que após isso, a pessoa deve viver em estrita
santidade, caso contrário estará eternamente condenada a um inferno de
fogo literal. Mesmo entre os santos dos últimos dias, parece haver pessoas
menos esclarecidas que também se debatem acerca da mesma questão.
O bispo Richard C. Edgley narra:

“Conheci pessoas que perderam toda a esperança. Para elas,


o arrependimento e o perdão estão fora de seu alcance. Essas
pessoas não entendem o poder purificador da Expiação. Ou se
entendem, não captaram o significado do sofrimento de Jesus
Cristo no Getsêmani e na cruz. Para qualquer um de nós,
desistir da esperança que purifica nossa vida é desqualificar a
profundidade, o poder, e a extensão de Seu sofrimento por
nossa causa”.[272]

Os Apóstolos modernos esclarecem a abrangência do sacrifício


expiatório de Jesus Cristo e do verdadeiro arrependimento. O Élder J.
Devn Cornish dos Setenta explicou:

“Mas e se cometermos outro pecado depois de sermos


batizados? Tudo está perdido? Em Sua infinita misericórdia,
nosso Pai previu nossas fraquezas humanas. Podemos retomar
o processo de fé e esperança em Cristo e o arrependimento
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sincero. Mas, dessa vez e em vezes subsequentes, a ordenança
do batismo, em regra, não é mais necessária. Para isso, o
Senhor criou a ordenança do sacramento”.[273]

Para os que passaram pelas águas do batismo e fizeram convênio com


Deus, foi instituído por Jesus Cristo o sacramento da Ceia do Senhor que,
excetuando-se os dias de conferências gerais e de estaca, é realizada todos
os domingos nas capelas de “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
Últimos Dias”. A participação adequada nesta ordenança inclui o sincero
arrependimento e renova o compromisso que fizemos de viver os
convênios. O Élder Tad R. Callister da Presidência dos Setenta afirmou
que “uma vez que nos arrependemos, não existe a possibilidade de não
sermos purificados no reino de Deus”.[274]
Sobre a abrangência do convênio batismal, o Élder D. Todd
Christofferson do Quórum dos Doze Apóstolos ensinou:
“O convênio batismal aplica-se tanto prospectivamente
quanto retrospectivamente: a cada vez que nos arrependemos
verdadeiramente, esse convênio é revigorado e mais uma vez
nos tornamos dignos da remissão dos pecados (...) O
arrependimento revigora nosso próprio batismo da água e do
Espírito para produzir a remissão dos pecados cometidos não
só antes do batismo, mas também depois”.[275]

Sobre a certeza do perdão, o Élder Jeffrey R. Holland, do Quórum dos


Doze Apóstolos ensinou:

“Sejam vocês quem forem e seja o que for que tiverem feito,
vocês podem ser perdoados (...). Esse é o milagre do perdão; é
o milagre da Expiação do Senhor Jesus Cristo”.[276]

Através da ordenança do sacramento, renovamos convênios sagrados


que nos permitem partilhar da graça expiatória do Salvador, com o mesmo
efeito espiritualmente purificador do batismo e da confirmação[277]. Este
assunto relaciona-se ao que abordaremos a seguir sobre como devemos
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compreender corretamente a salvação e a condenação eterna.

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Os Graus de Glória e a Condenação Eterna
Para um leitor que possua a compreensão do Evangelho Restaurado e
do Plano de Salvação, as exposições a seguir serão bem familiares. Dedico
então esta apresentação ao pesquisador que deseje obter um entendimento
claro acerca de uma das doutrinas mais belas da Restauração que contém
tesouros doutrinários que não podem ser encontrados em nenhum outro
lugar: A doutrina dos Graus de Glória.[278]
Conforme a crença protestante[279], Deus torturará eternamente em
um inferno de fogo literal, genocidas responsáveis por milhares de mortes,
e outra que por um único momento de fraqueza cometeu, por exemplo, um
pecado sexual. Essa crença é conhecida no senso comum através do dito:
“não existe pecadinho e pecadão”.
Faço minhas as palavras de Joseph onde declara:

"Nada poderia ser mais agradável aos santos, no que se refere


à ordem do reino do Senhor, do que a luz que brilhou sobre o
mundo por meio daquela visão; cada lei, cada mandamento,
cada promessa, cada verdade, e cada ponto que se relaciona
com o destino do homem (... ) a sublimidade dos conceitos, a
pureza da linguagem, a amplitude do campo de ação, o longo
tempo necessário para o seu cumprimento... superam de tal
modo a estreiteza do pensamento humano, que todo homem
justo se vê forçado a exclamar: "Isto veio de Deus”.[280]

Não precisamos mais tatear às escuras como a cristandade que nada


sabe a respeito da natureza da salvação, pois devido à restauração do
Evangelho, o significado correto de termos utilizados nas Sagradas
Escrituras como tormento eterno, lago de fogo e enxofre, pranto e ranger
de dentes, condenação e inferno foram devidamente esclarecidos. O
Profeta Joseph Smith explicou:

“A grande miséria dos espíritos que partiram para o mundo


dos espíritos para onde foram depois da morte, é saber que
eles deixaram de receber a glória que outros desfrutam”.
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[281].

“Não há dor tão terrível quanto a do suspense. Esse é o


castigo dos iníquos; sua dúvida, ansiedade e suspense causam
choro, gemidos e ranger de dentes”.[282]
“O homem é seu próprio carrasco, e ele próprio se condenará.
É por isso que se diz que eles irão para o lago que arde com
fogo e enxofre (Apoc. 21:8). O tormento do desapontamento
na mente do homem será tão intenso quanto um lago que arde
com fogo e enxofre”.[283]

O que é condenação do inferno? Ir para a companhia daqueles que


não obedeceram aos mandamentos de Deus.[284]
O Presidente Joseph Fielding Smith declarou:

“A Igreja não ensina que existe um lugar chamado inferno. É


óbvio que não acreditamos que todos os que não recebem o
Evangelho eventualmente serão lançados no inferno. Não
cremos que o inferno seja um lugar onde os iníquos são
queimados eternamente (...) É evidente que as pessoas que
herdarão o reino telestial ou terrestrial receberão o castigo
eterno de saber que poderiam ter voltado à presença de Deus
como seus filhos e filhas, se tivessem guardado os
mandamentos do Senhor. Isto será um tormento para elas, e
nesse sentido será um inferno”.[285]

Aprendemos através do Evangelho Restaurado que cada um receberá


no mundo vindouro de acordo com suas obras, havendo diversos graus de
glória – níveis de salvação, sendo o maior deles o mais alto grau do reino
celestial – a exaltação. Até para aqueles que não viveram totalmente em
retidão, mas que não se rebelaram contra Deus como foi o caso de Satanás
e seus anjos, o Pai amoroso preparou lugares que são superiores à nossa
existência na Terra.[286] Nesse sentido, graças à expiação de Cristo todos
serão salvos, porém poucos serão exaltados. O presidente Harold B. Lee
ensinou:

“Para os santos dos últimos dias, salvação significa libertação


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do cativeiro e dos efeitos do pecado pelo divino arbítrio,
libertação do pecado e da condenação eterna por meio da
Expiação de Cristo”.[287]

Dadas essas explicações, pode surgir a questão acerca do significado


das trevas exteriores, dos filhos da perdição e do pecado imperdoável
conforme aparece mencionado nas Escrituras.
O Senhor em diversas ocasiões declarou que "ainda que os vossos
pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve;
ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca
lã”.[288] Entretanto, as escrituras mencionam o pecado imperdoável ou
blasfêmia contra o Espírito Santo, como o único pecado que impossibilita
ao transgressor qualquer esperança de perdão, seja nessa vida ou na
próxima[289].
Em revelação dada ao Profeta Joseph Smith e registrada em Doutrina
e Convênios 132, o Senhor declarou:

A blasfêmia contra o Espírito Santo, que não será perdoada no


mundo nem fora do mundo, é cometer assassinato derramando
sangue inocente e consentir em minha morte depois de terdes
recebido meu novo e eterno convenio, diz o Senhor Deus; e
aquele que não guarda esta lei, de modo algum poderá entrar
para a minha glória, mas será condenado, diz o Senhor”[290]

Embora derramar sangue inocente seja muitas vezes associado ao


crime de assassinato, A Igreja esclarece:

"Conforme é utilizado nas escrituras, o termo "sangue


inocente" tem um significado mais específico que no sentido
normal. Em última análise, conforme o Élder Bruce R.
McConkie ressaltou, o único sangue verdadeiramente inocente
é o do Salvador. O Sangue Inocente é o de Cristo; e os que
cometem a blasfêmia contra o Espírito Santo, que é o pecado
imperdoável, dessa forma de novo crucificam o Filho de Deus,
e o expõem ao vitupério. Elas são em outras palavras, pessoas
que crucificariam a Cristo, tendo o pleno conhecimento de que
Ele é o Filho de Deus (...), Por conseguinte, embora qualquer
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espécie de assassinato seja um pecado extremamente grave,
nem todos os que matam são culpados de derramar "sangue
inocente", tornando-se assim filhos de perdição[291]

Em outras palavras, negar ou blasfemar contra o Espírito Santo é


muito mais do que o simples ato de proferir palavras de descrença ou
afirmações de ódio, ou como o profeta Joseph Smith ensinou:

“O que deve fazer o homem para cometer o pecado


imperdoável? Tem que receber o Espírito Santo, ter os céus
abertos a ele e conhecer Deus, e depois pecar contra ele.
Depois de haver pecado contra o Espírito Santo, para ele não
há mais arrependimento. Terá de dizer que o sol não brilha,
enquanto o vê; terá de contestar Jesus Cristo, quando os céus
lhe forem abertos, e negar o plano de salvação, com os olhos
abertos para a realidade dele; e desse momento em diante,
passa a ser um inimigo”.[292]

Através da restauração do Evangelho aprendemos que num sentido


amplo, devido aos méritos do Jesus Cristo todos serão salvos, porém num
sentido restrito referindo-se àqueles que habitarão na presença de Deus,
poucos o serão. O Presidente Boyd K. Packer ensinou que o perdão
completo é possível.

“Exceto pelos poucos - pouquíssimos – que desertam para a


perdição depois de terem conhecido a plenitude, não há mau
hábito, vício, rebeldia, transgressão, ofensa, em maior ou
menor grau, que esteja fora do alcance da promessa do
perdão completo. A despeito do que tenha acontecido em sua
vida, o Senhor preparou um caminho de volta, basta atender
aos sussurros do Santo Espírito(..) Prometo que a brilhante
manhã do perdão pode vir”.[293]

Quando nos arrependemos verdadeiramente, o que inclui uma


modificação em nossos pensamentos, intentos e comportamentos, bem
como restituir quando possível e não repetir esse pecado no futuro,
podemos ter acesso a Expiação de Jesus Cristo e sermos perdoados por

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Deus[294][295]. Obviamente, este é um assunto complexo para ser explicado
ou esgotado em poucas palavras. Não cabe a nós julgarmos quem de fato
cometeu o pecado imperdoável. O Senhor é soberano e naquele dia todos
confessarão que seus julgamentos são justos.[296]

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O Propósito da Queda
Dentre as diversas doutrinas e ordenanças restauradas, está a
compreensão clara a respeito do objetivo da Queda de Adão e Eva –
nossos primeiros pais. Sobre isso, o mundo cristão jaz em profundas trevas
espirituais. O teólogo Paul Washer fundador da sociedade missionária
HeartCry afirma:
“Esta verdade apresenta um dos maiores problemas
teológicos em todas as Escrituras: como é possível que uma
criatura criada à imagem de Deus veio a escolher o mal e o
pecado? Adão e Eva tinham uma verdadeira inclinação para o
bem, e não havia nenhuma corrupção ou mal neles para qual
a tentação pudesse apelar. Como tais justos seres puderam
escolher o mal ao invés do bem, e escolher as palavras de uma
serpente ao invés das ordens de seu Criador, está além da
compreensão humana. Houve numerosas tentativas ao longo
da história de explicar a queda de Adão, mas nenhuma delas
deixa de ter suas limitações”.[297]

Sem a luz do Evangelho Restaurado parece não haver qualquer


explicação satisfatória para a Queda do homem. Através da Restauração,
partes preciosas que haviam sido perdidas novamente vieram à luz. Lemos
na Pérola de Grande Valor, em Moisés capítulo 5 versículos 10 e 11:

E naquele dia Adão bendisse a Deus e ficou pleno; e começou


a profetizar concernente a todas as famílias da Terra, dizendo:
Bendito seja o nome de Deus, pois, devido a minha
transgressão, meus olhos estão abertos e nesta vida
terei alegria; e novamente na carne verei a Deus. E Eva, sua
mulher, ouviu todas essas coisas e alegrou-se, dizendo: Se não
fosse por nossa transgressão, jamais teríamos tido semente e
jamais teríamos conhecido o bem e o mal e a alegria de nossa
redenção e a vida eterna que Deus concede a todos os
obedientes.

No Guia para Estudo das Escrituras lemos:

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As revelações modernas esclarecem que a Queda é uma
bênção e que Adão e Eva devem ser honrados como os
primeiros pais da humanidade. A Queda foi um passo
necessário para o progresso do homem. Sabendo Deus que a
queda aconteceria, Ele preparou na vida pré-mortal um
Salvador. Jesus Cristo veio no meridiano dos tempos para
expiar a Queda de Adão e também os pecados individuais do
homem, sob condição de arrependimento.[298]

Através das revelações modernas aprendemos que deve haver


oposição em todas as coisas.[299] Fazia parte do Plano de Salvação que o
homem caísse para que pudesse conhecer o bem e o mal e pelo uso do seu
arbítrio escolher o bem. Ainda na existência pré-mortal, Jesus Cristo foi
escolhido como o Salvador, o cordeiro morto desde a fundação do
mundo[300] para redimir a humanidade dos efeitos da Queda e abrir acesso
ao Pai Celestial.

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O Batismo
Diversas são as divergências da Cristandade com relação ao batismo.
[301] Devido à Bíblia não ser clara em algumas nuances relacionadas à essa

prática, podemos verificar diferenças de entendimento com relação à idade


admissível para o batismo, à correta fórmula batismal no que tange às
palavras a serem proferidas pelo oficiante e também ao modo de se exercer
este rito.

A Idade da Responsabilidade
Algumas denominações postulam que esta ordenança deve ser
recebida por todas as pessoas independente da idade, e que por isso as
crianças recém-nascidas devem ser batizadas para ser removido delas o
pecado original de Adão e Eva. Outras igrejas oriundas do Anabatismo
creem que somente devem receber esse sacramento as pessoas que já
atingiram a idade da responsabilidade[302] e que são capazes de se
arrependerem de seus pecados e de aceitarem a Jesus Cristo como
Salvador de livre e espontânea vontade.
Uma vez que a Bíblia não apresenta orientação clara sobre o assunto,
diversas interpretações têm surgido no decorrer da história baseando-se em
versículos diversos.
Os santos dos últimos dias não precisam tatear na escuridão sobre
esse assunto. Aprouve ao Pai Celestial restaurar esse entendimento de
modo a ser uma questão resolvida e clara à Luz do Evangelho Restaurado.
Em revelação a Seu Profeta, O Senhor nos instruiu:

“E também, se em Sião ou em qualquer de suas estacas


organizadas houver pais que, tendo filhos, não os ensinarem a
compreender a doutrina do arrependimento, da fé em Cristo, o
Filho do Deus vivo, e do batismo e do dom do Espírito Santo
pela imposição das mãos, quando tiverem oito anos, sobre a
cabeça dos pais seja o pecado”.[303]

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Não precisamos conjecturar com base em interpretações bíblicas a
respeito de muitas questões que estão obscuras ao Protestantismo, tais
como a correta fórmula batismal que veremos abaixo.

A Forma Batismal
Outra divergência encontrada no mundo Protestante dá-se com
relação à maneira de se realizar o batismo: por imersão, por aspersão e
por efusão. A Igreja Presbiteriana no Brasil afirma em sua página oficial
na internet que “A forma do batismo não está claramente definida na
Bíblia”.[304] Devido a essa ausência de instrução clara nas Escrituras
bíblicas, diversas são as interpretações conflitantes sobre esse assunto. As
igrejas Congregacionais[305], Metodistas e Presbiterianas que adotam o
batismo por aspersão se valem de passagens como Números 8:5-7; 19:8-
13, Atos19:18, Atos16:33 para embasarem essa prática enquanto as igrejas
Batistas, Anabatistas, Albigenses, Cátaros, Adventistas, Pentecostais e
Testemunhas de Jeová que praticam o batismo por imersão se valem de
passagens bíblicas como Marcos 3:16, Atos 8:39, João 3:23, Romanos 6:1-
4, Colossenses 2:11-12 para fundamentarem seu entendimento.
O batismo por efusão é outra maneira possível de realizar tal rito. É a
situação em que o candidato entra na água e esta lhe é derramada sobre a
cabeça, porém sem que ele seja submergido. Esta é a forma de batismo
utilizada pela Igreja Católica.
Através do Livro de Mórmon, temos acesso à forma correta de
batismo conforme nosso Senhor Jesus Cristo instruiu os nefitas.

“E então os imergireis na água e depois saireis novamente da


água... E desta maneira batizareis...”[306]

O Élder Tad R. Callister da presidência dos Setenta ensinou:


“Existem vários modos de batismos no mundo de hoje (...).
Para que não haja qualquer discordância sobre esse assunto,
o Livro de Mórmon desfaz a dúvida com esta afirmação bem

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clara da doutrina referente à maneira correta do batismo: “E
então os imergireis na água” (3 Néfi 11:26)[307]

A Fórmula Batismal
Outra controvérsia acerca do processo batismal ocorre devido a
ambiguidades existentes nos textos bíblicos acerca de quais palavras
deverem ser utilizadas pelo batizador no momento do rito. A fórmula mais
conhecida e utilizada é a que menciona a trindade – Em nome do Pai, do
Filho e do Espírito Santo – conforme Mateus 28:18-20, porém outra
fórmula tem origem na teologia unicista que postula o batismo em nome de
Jesus baseando-se principalmente em Atos 8:16; 19:6. Esta fórmula é
utilizada em várias denominações[308], sendo a mais conhecida, o
Tabernáculo da Mensagem Revelada.
Devido à falta de clareza nas escrituras bíblicas, há ainda uma
terceira fórmula batismal que busca harmonizar todas essas passagens.
Esta adota o batismo em nome de Jesus Cristo e em nome do Pai, do Filho
e do Espírito Santo. Esta é a fórmula adotada pela Congregação Cristã no
Brasil.
Graças à restauração do Evangelho, esta é mais uma questão
resolvida para os santos dos últimos dias. O Senhor declarou:
A pessoa que foi chamada por Deus e tem autoridade de Jesus
Cristo para batizar descerá à água com aquele que se
apresentou para o batismo e dirá, chamando-o pelo nome:
Tendo sido comissionado por Jesus Cristo, eu te batizo em
nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém”.[309]

Fica mais uma vez claro, que devido às partes claras e preciosas que
foram perdidas e/ou suprimidas da Bíblia, um grande número tropeça
perdendo-se em meio a um labirinto de conjecturas e entendimentos
divergentes que só podem ser plenamente solucionados e esclarecidos à
luz do Evangelho conforme Restaurado pelo profeta Joseph Smith.

O Batismo pelos mortos na História Cristã


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Outra ordenança restaurada pelo ministério do Profeta Joseph Smith é
o batismo vicário por procuração, o qual tem sido alvo de extensos debates
teológicos entre os estudiosos. Sua fundamentação encontra-se em uma
revelação[310] registrada em Doutrina e Convênios seção 128.
Reminiscências bíblicas podem ser verificadas em João 3:3, 1 Coríntios
15:29, 1 Pedro 3:19 e 1 Pedro 4:6. Dada à abrangência do assunto e à
quantidade de materiais que já foram escritos, não apresentarei aqui
exegeses bíblicas[311] sobre o tema. Trago algumas contribuições que
endossam essa ordenança como sendo praticada na Igreja estabelecida por
Jesus Cristo através de Seus Apóstolos no Meridiano dos tempos, perdida
durante os séculos de Grande Apostasia e restaurada por Joseph Smith na
atual dispensação.
Vários apontamentos feitos por estudiosos acadêmicos sobre a prática
do batismo pelos mortos podem ser encontrados em obras historiográficas.
Nas catacumbas romanas, onde se sepultavam os cristãos, há diversas
inscrições alusivas a intercessões pelos mortos. Comentando sobre a
organização e práticas da Igreja Primitiva[312], Mireille Baumgartner, em
sua obra A Igreja no Ocidente afirma:

“Para evitar a desordem, Paulo define 3 ministérios, os de


apóstolo, profeta e doutor. O batismo é praticado por imersão
e em nome de Cristo, implica uma breve confissão de fé do
candidato. Dentro em breve será celebrado em nome do Pai,
do Filho e do Espírito Santo. Como ele é o sinal da salvação,
acontece que alguém se faz batizar de novo em benefício de
um morto”.[313]

A Bíblia Sagrada publicada pela editora Ave Maria em 1988 sua 59ª
edição em sua nota de rodapé a respeito de 1 Cor.15:29 afirma:

“Que se batizam em favor dos mortos: ignora-se em que


consista esta prática”.

De igual modo, em notas de rodapé de diversas edições e versões da

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Bíblia é possível encontrar comentários feitos por biblicistas[314] que
apontam o batismo vicário como sendo uma prática da Igreja Cristã dos
primeiros séculos. A Bíblia Barsa de 1969, tradução de Antônio Pereira de
Figueiredo, traz o seguinte comentário sobre 1 Cor 15:29:

"Recorda S. Paulo um costume dos coríntios cuja natureza


desconhecemos, mas que supõe a crença na ressurreição dos
mortos. Parece que quando morria um catecúmeno, portanto
só com o batismo de desejo, algum amigo ou parente recebia
uma espécie de batismo com a intenção de suprir, como que
por procuração, o rito que o defunto não recebera".

Atualmente, há indícios de que o batismo vicário ainda seja praticado


pelos cristãos Coptas sob a alegação de que essa prática venha desde os
tempos do Apóstolo Marcos. Outro grupo de que há registros que tenham
perpetuado tal rito é a seita dos Mandeus do Iraque[315] e Irã, um ramo
sincrético do Cristianismo e religiões orientais. Alguns textos cristãos
mencionam que o batismo pelos mortos havia se tornado tão distorcido por
volta do quarto século que alguns passaram a batizar os cadáveres dos
mortos em lugar de seus procuradores, o que acabou resultando na
proibição de tais práticas no Sínodo de Hipo e no terceiro Concílio de
Cartago. Mas o batismo vicário continuou até mesmo após aquele tempo
entre os Cristãos do Egito e Etiópia e entre os Mandeus do Iraque e Irã.
[316]
Também podem ser verificadas reminiscências do batismo pelos
mortos em práticas católicas como orações e missas pelos falecidos.
Desse modo, podemos verificar que esta prática, longe de ser uma
heresia conforme afirmam os críticos, é uma ordenança do verdadeiro
Evangelho de Jesus Cristo que foi restaurado pelo ministério do Profeta
Joseph Smith.

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Conclusão do capítulo
Muitos foram os conhecimentos trazidos à luz através da restauração
do Evangelho. Mencionamos acima apenas algumas das muitas doutrinas e
verdades advindas por meio do ministério de Joseph Smith. O pesquisador
sincero poderá refletir sobre o assunto e, se rogar ao Pai Celestial que lhe
mostre a verdade, poderá saber por si mesmo sobre sua veracidade.
A despeito do que aqui foi exposto, é provável que os irmãos
protestantes não concordem com tais explicações. Seria até mesmo
pretensão acreditar que isso ocorresse somente através de argumentos
racionais devido ao fato de mórmons e protestantes partirem de bases
distintas para a edificação de sua compreensão doutrinária. Finalizo com
as palavras de Robert L. Millet, antigo decano do Colégio de Educação
Religiosa da BYU.

“Porque acreditamos na Apostasia e na necessidade de


restauração da plenitude do evangelho, jamais seremos
totalmente aceitos por aqueles que dizem ter toda a verdade
que precisam na Bíblia”.[317]

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Capítulo 5: Suportando o Evangelho
Restaurado
“Este belo evangelho é tão simples que uma criança é capaz
de compreendê-lo, porém tão profundo e complexo que levará
toda uma vida — até mesmo uma eternidade — de estudo e
descobertas para ser compreendido completamente”.[318]

Pelo que está sendo apresentado nesta obra, a mensagem da


Restauração do Evangelho sobrepuja as religiões e filosofias humanas,
porém é preciso alicerce e vigoroso testemunho para permanecer ativo
nesta causa.
Neste capítulo exponho uma visão panorâmica a respeito de algumas
das dificuldades que “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos últimos
Dias” enfrenta em alguns países e, mantendo o anonimato dos envolvidos,
apresento relatos a respeito de pessoas que não suportaram a plenitude do
Evangelho Restaurado de Jesus Cristo.

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Os desafios da Igreja
Muito se tem discutido nos fóruns, grupos virtuais e conselhos[319] da
própria instituição sobre os desafios que “A Igreja de Jesus Cristo dos
Santos dos últimos Dias” enfrenta no Brasil e no mundo. Um dos aspectos
facilmente perceptíveis é a baixa retenção de novos conversos o que faz
com que os dados apresentados pelas estatísticas oficiais da Igreja sejam
diferentes daqueles apontados pelos institutos de pesquisas demográficas.
Não entrarei aqui em detalhes sobre esse assunto, pois há materiais que
trazem explicações minuciosas a esse respeito. Apresentarei uma
compreensão geral e uma possibilidade interpretativa para esse fenômeno
a partir da visão de alguém que já pertenceu às duas maiores vertentes
religiosas do país: catolicismo e protestantismo sendo na época membro da
segunda maior denominação protestante pentecostal do Brasil.
O Élder Quentin L. Cook do Quórum dos Doze Apóstolos afirmou:

“Os líderes locais do mundo inteiro relatam (...) duas


preocupações: primeiro, o problema do aumento da
iniquidade no mundo e, segundo, a apatia e a falta de
comprometimento de alguns membros”.[320]

Segundo estatísticas do site Cumorah.com, o índice de atividade no


Brasil gira em torno de 25% do total dos membros batizados. Há gráficos
produzidos pela própria Igreja que apontam que a frequência média[321]
nas capelas brasileiras gira em torno de 50 a 70 membros. No censo do
IBGE[322] de 2000, apenas 199.645 pessoas identificaram-se como
mórmons, significando apenas 26% do número de membros relatados
oficialmente pela Igreja no final do ano de 2000. Em 2010, o número de
membros com auto identificação foi de 226.509, sendo uma estatística da
ordem de 22% de membros ativos. A quantidade de membros ativos varia
de acordo com a localidade sendo que o total em todo o país atualmente é
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estimado entre 250.000 e 300.000, ou seja, 25% do total de membros
registrados.

Sobre a questão de quantos mórmons são ativos no mundo, o


demógrafo Tim Heaton, da Universidade Brigham Young, apontou na
Enciclopédia do Mormonismo que a frequência às reuniões sacramentais
semanais na década de 1990 esteve entre 40 e 50% no Canadá, no Pacífico
Sul e nos Estados Unidos. Na Europa e África, a média era de 35%. A
frequência na Ásia e América Latina esteve em torno dos 25%.
Multiplicando o número de membros em cada área por estas frações,
David G. Stewart Jr. estima que a atividade mundial é de
aproximadamente 35% - o que daria a igreja aproximadamente 4 milhões
de membros ativos. Esses dados referem-se mais precisamente à década de
1990, mas pouca coisa parece ter mudado desde então. O The Salt Lake
Tribune publicado em 10 de janeiro de 2014 e atualizado em março de
2014 discorre sobre o lançamento de um Almanaque de dois membros
ativos e pesquisadores independentes, David Stewart e Matt Martinich,
chamado “Reaching the Nations: International Church Growth Almanac
2014 (Alcançando as Nações – Almanaque do Crescimento Internacional
da Igreja 2014) sendo uma publicação de 1.900 páginas em dois volumes
que tem por objetivo, segundo os autores, fornecer dados amplos, precisos
e fatores contextuais que influenciaram as tendências de crescimento da
Igreja possibilitando aos membros uma melhor condição de avaliação e
ajustamento da expectativas na busca de soluções. O trabalho
enciclopédico é baseado em relatórios oficiais de “A Igreja de Jesus Cristo
dos Santos dos últimos Dias” dado a cada ano, informações do site oficial
da Igreja, bem como de outras fontes.[323]
Algumas informações apontadas são que embora, o número de
membros da Igreja totalize mais de 15 milhões, cerca de 30% dos
mórmons em todo o mundo – ou 4,5 milhões – frequentam regularmente as
reuniões da igreja. A maior população de santos dos últimos dias fora das
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Américas está nas Filipinas com 675.166 a partir de 2012. Os países com
menor taxas de atividade de membros são Chile, Portugal, Coréia do Sul,
Panamá, Hong Kong, Croácia e Palau, com cerca de 15% de membros
ativos. Nos últimos três anos, as menores taxas de conversão e de retenção
parecem ocorrer dentro da América Latina, onde muitas nações não
tiveram um aumento notável no número de membros ativos nesse período.
Já a Costa do Marfim parece ter os mais bem-sucedidos esforços
missionários nos últimos anos. Nesse país somente membros africanos que
falam francês servem como missionários devido a preocupações com a
segurança e proteção de não africanos no local. Um grande crescimento
ocorreu nos últimos dois anos. Durante 2013, o número de alas e ramos
mórmons, ou congregações, saltou de 53-72; um salto de 36%.
Um grande obstáculo para conversões podem ser os laços etno-
religiosos determinados por grupos que apresentam tendências para
religiões tradicionais. Exemplos incluem gregos étnicos com a Igreja
Ortodoxa Grega e o povo Fulani da África Ocidental com o Islã. A Grécia,
por exemplo, tem visto pouco crescimento Mórmon apesar do serviço de
proselitismo missionário no país há mais de duas décadas. Os não gregos
continuam sendo os mais ativos na Igreja do que os gregos étnicos na
Grécia, e a adesão nominal permanece em 1.000.
O tribalismo tem sido um desafio em algumas áreas do mundo. Em
Vanuatu no Pacífico Sul, a Igreja precisa obter permissão dos chefes da
aldeia para se envolver em atividades missionárias e manter serviços. Os
conflitos tribais resultaram, por vezes, da Igreja precisar fechar um grupo
de membros e retirar os missionários.
Na China, o primeiro grupo completo de missionários mórmons
completou o seu serviço em 2006. Até o final de 2010, 42 missionários da
China continental estavam servindo missões de tempo integral, muitos nos
Estados Unidos e Canadá.
Em 2010, a Índia tinha mais de 150 missionários mórmons. Esse
número tem se reduzido devido as restrições de visto, mas está perto de
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serem autossuficientes com missionários locais.
Na Espanha, assimilando os latino-americanos e espanhóis nas
mesmas congregações, verifica-se uma questão de integração étnica mais
difundida. Algumas congregações com uma presença superior de latino-
americanos podem encontrar maiores dificuldades de batizar e manter
ativa uma minoria espanhola.
Na Bélgica a Igreja diminuiu o número de missionários de tempo
integral para cerca de um terço dos níveis reportados em 1980 e 90. Apesar
desta redução, o país continua dependente de missionários estrangeiros.
Os Emirados Árabes Unidos possuem uma participação Mórmon de
quatro alas e dois ramos – em parte porque esta nação do Golfo Pérsico
oferece uma maior liberdade religiosa para os cristãos do que a maioria
dos países do Oriente Médio.
No contexto brasileiro, o que pode ser observado inicialmente é que a
despeito do crescimento numérico que a instituição mantém no país, esta
requer uma prática que parece pouco se identificar com a realidade da
maioria dos brasileiros, os quais diferentemente dos norte-americanos,
carecem de hábito e gosto pela leitura, algo básico na vivência SUD, e
grande parte desses buscam a religião para ouvirem mensagens que
respondam aos seus anseios diários como problemas afetivos, financeiros e
de saúde. Poucos parecem se interessar pelo estudo religioso e participação
em aulas. Faço aqui um parêntese, pois há outras denominações que
também enfatizam o aprendizado doutrinário e que possuem instrução
religiosa regular, porém no geral essas também não possuem grande
expressividade em solo nacional.
Uma das queixas relatadas por parte dos que alegaram não terem se
identificado com “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos últimos Dias”
após terem-na visitado, dá-se com relação à oratória, pois diferentemente
das denominações protestantes onde o pastor é responsável pelas
pregações, sendo que muitos dos quais possuem grande preparo em
técnicas de oratória, em “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos últimos
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Dias” todos os membros discursam, e como a maior parte não possui
técnicas de comunicação, é comum não haverem pregações eloquentes
como acontece nas igrejas pentecostais e neopentecostais. Para um
público acostumado a pregadores carismáticos e midiáticos, frequentar
uma igreja onde os discursos muitas vezes são apenas lidos é tido como
algo não edificante e desmotivador.
Outra questão é o apelo emocional. Conforme exposto acima, muitos
brasileiros buscam igrejas a fim de ouvirem palavras de consolo para seus
problemas cotidianos, participando de cultos onde tenham a oportunidade
de extravasar seus sentimentos. Para estes, frequentar reuniões silenciosas,
sem apelo emocional torna-se algo enfadonho. Ainda outro aspecto se dá
com relação à forma estática de religioso que o brasileiro costuma ser, o
qual deseja participar apenas como ouvinte sem compromissos como a
realização de visitas, preparação de aulas, discursos e participação em
reuniões de conselho sendo esse um perfil muito diferente do que “A
Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos últimos Dias” requer de seus
membros.
Esses e outros fatores como a vivência dos mandamentos uma vez que
a Palavra de Sabedoria[324] e da lei da castidade[325], talvez apresente os
maiores desafios para os novos convertidos e membros antigos, a diferença
doutrinária em relação ao que lhes é comum, criticismo Anti-Mórmon e
outros, fazem com que a forma de culto praticado em “A Igreja de Jesus
Cristo dos Santos dos últimos Dias” seja pouco atraente para o público
brasileiro e em grande parte explique a falta de identificação daqueles que
se batizam para com a Igreja, os quais, em sua maioria, dentro de pouco
tempo a abandonam.
Um senso comum obtido através de afirmações feitas por aqueles que
se tornam inativos é que os seis primeiros meses após o batismo talvez
sejam os mais difíceis de suportar. Entrar para “A Igreja de Jesus Cristo
dos Santos dos últimos Dias” não significa apenas aprender novas
doutrinas, mas significa também uma mudança de cultura[326], de estilo de
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vida e de expectativas. A aceitação dessas diferenças é um árduo caminho
a trilhar.
Para aqueles que não se identificam com a liturgia[327] da Igreja, um
alento é saber que felizmente, esta não é engessada. Há unidades onde há
grande dinâmica nas reuniões através de formações musicais
diversificadas, o que contribui para que haja elevada frequência de
membros tornando-se assim, um exemplo a ser seguido em outras
unidades da Igreja.
Um desafio frequentemente vivenciado por aqueles que aceitam a Fé
Mórmon dá-se com relação à maneira com que doravante se identificarão.
Sobre esse assunto discorreremos abaixo.

O desafio da identificação
“A menos que as raízes de seu testemunho estejam firmemente
plantadas, será difícil para vocês suportarem o escárnio das
pessoas que desafiam sua fé”.[328]
Thomas S. Monson

Certa vez em contato com uma pessoa que tornara-se inativa poucas
semanas após seu batismo, perguntei-lhe quais os motivos que a levaram a
abandonar a fé que há pouco tinha aceitado, e para minha surpresa, a
resposta foi a vergonha de se identificar como “mórmon”. Ponderei a
respeito, pois enquanto afirmar ou até mesmo ouvir a definição “católico”,
“evangélico” ou mesmo espírita soe perfeitamente aceitável, o mesmo não
se dá com “ser mórmon”, uma vez que além do desconhecimento por parte
da população para com princípios morais e doutrinários da religião a qual
tal nomenclatura representa, há também preconceitos disseminados pela
mídia durante décadas o que faz com que “ser mórmon” seja visto com
desconfiança e até mesmo repúdio.
Ao entender que, ao apresentar tal justificativa para sua evasão,
aquela pessoa não suportara o Evangelho Restaurado, mostrei-lhe outra
possibilidade de definir sua filiação religiosa, a qual seria: sou cristão d'
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“A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos últimos Dias”, pois desse modo,
o ouvinte possivelmente associaria tal nomenclatura a alguma
denominação cristã existente. Outra definição também possível seria a
abreviação em português SUD que significa “santos dos últimos dias”.
Os profetas e apóstolos incentivam os membros a utilizarem o nome
completo da Igreja conforme revelado ao profeta Joseph Smith:
Pois assim será a minha igreja chamada nos últimos dias, sim, b “Igreja
de Jesus Cristo dos Santos dos últimos Dias”[329].

Tal ensinamento foi reiterado nesses últimos dias através do periódico


oficial da igreja, a revista A Liahona:

"Sempre que possível, use o nome completo da igreja, pelo


menos uma vez e no início da conversa. Há poder no nome da
igreja; então explique-o. Ele diz muito sobre quem somos".[330]

Sendo assim, para aqueles que não se sentem confortáveis à definição


de “mórmons”, a atitude correta não seria abandonar a Igreja e sim
utilizar o nome dado pelo próprio Senhor em revelação ao seu profeta
dizendo: Sou cristão, membro de “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
últimos Dias”.

Você não tem medo de ser mórmon?


Em outra ocasião, mencionei a um recém-converso que abandonara a
Igreja, minha filiação à esta religião há aproximadamente duas décadas, ao
que ele então apresentou-me o seguinte questionamento: “você não tem
medo de ser mórmon?”
Ponderei sobre tal pergunta buscando compreender os motivos que o
levaram a não suportar o Evangelho restaurado, bem como qual o
fundamento para minha permanência na Igreja durante esses anos.
Mais do que por possuir uma convicção da veracidade do Evangelho
conforme pregado por “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos últimos
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Dias”, o que por si só já dirime toda a dúvida, existem outros fatores que
se unem a este, a despeito de todos os ataques que a Igreja enfrente tanto
por críticos protestantes quanto por ex-membros. É compreensível porque
um recém-converso possa apresentar medo de continuar professando a
religião que aceitou como verdadeira, uma vez que possuímos doutrinas e
elementos diferentes dos que a cristandade conhece, tais como o anjo
Morôni, placas de ouro, profetas vivos, investiduras e símbolos que muitas
vezes também são usados por religiões ocultistas tanto no presente quanto
no passado.
A partir da busca dessa compreensão, devemos proporcionar os
devidos esclarecimentos mostrando que todos esses elementos são
perfeitamente compatíveis com a doutrina bíblica e que ao contrário do
que à primeira vista possa parecer, não há nada de realmente estranho na
doutrina Mórmon.
Isto posto, a questão que se apresenta é o medo de sermos condenados
eternamente a um inferno de fogo e enxofre literais por termos professado
uma religião supostamente errada. Em outras palavras, como os críticos
gostam de afirmar, por termos sido “enganados por um falso profeta que
pregou uma falsa doutrina”.
Não nos ateremos a refutações bíblicas uma vez que estas há muito
parecem ultrapassadas e refutadas. Quem desejar tais respostas poderá
obtê-las com facilidade em trabalhos apologéticos de estudiosos mórmons.
Apresento aqui alguns motivos pelos quais não devemos ter medo de
“sermos mórmons”, pois esta pode ser uma questão que traga inquietação
para outras pessoas, assim como trouxe para o recém converso
mencionado.
Primeiramente, devido à minha vivência meio protestante pentecostal,
não creio que qualquer de suas várias denominações seja a detentora da
verdade eterna. O protestantismo se vale em um legado deixado pelo
catolicismo e "chove no molhado" com relação à doutrina, uma vez que
não possui nada de novo em relação à sua igreja-mãe, tendo somente
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interpretações bíblicas divergentes que os fazem rejeitar a maioria dos
concílios católicos bem como sua tradição. As diferenças quanto à exegese
das Escrituras Sagradas dão origem a uma grande quantidade de novas
denominações, porém sem que nenhuma delas realmente agregue algum
conhecimento novo.
Como o presente objetivo não é discorrer sobre as milhares de
religiões existentes no mundo, basta que seja dito que o que não falta são
opções diferenciadas em termos de vivência religiosa, pois muitos
possuindo uma visão bastante limitada do mundo, acreditam que as únicas
opções existentes são essas inumeráveis denominações e se esquecem das
diversas religiões não cristãs, sendo que cada uma delas possuem milhares
e muitas vezes milhões de membros. A pergunta então poderia ser feita a
membros de cada uma dessas religiões como por exemplo:
“Você não tem medo de ser Sei Cho No Iê?”
“Você não tem medo de ser Hare Krishna?”
“Você não tem medo de ser Messiânico?”
“Você não tem medo de ser Budista?”
“Você não tem medo de ser Espírita?”
“Você não tem medo de ser Muçulmano?”
“Você não tem medo de ser Hinduísta?”
“Você não tem medo de ser Testemunha de Jeová?”
Sob essa perspectiva, a questão não seria medo e sim aposta. Uma
aposta bem conhecida na filosofia é a Aposta de Pascal[331], a qual se
propõe a refletir sobre a existência de Deus, ou seja, o embate Teísmo X
Ateísmo como segue abaixo:
● Se você acredita em Deus e estiver certo, você terá um ganho
infinito (vida eterna);
● Se você acredita em Deus e estiver errado, você terá uma
perda finita (talvez apenas deixará de obter prazeres carnais
desregrados nesta vida);
● Se você não acredita em Deus e estiver certo, você terá um
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ganho finito (talvez obtenção de prazeres carnais desregrados apenas
nesta vida);
● Se você não acredita em Deus e estiver errado, você terá uma
perda infinita. (condenação eterna)
Resumindo, para Pascal “Como alguém que escolhe ser cristão pode
perder? Se, ao morrer, constatar que Deus não existe e sua fé foi em vão,
não perdeu nada – pelo contrário, viveu uma vida com mais percepção de
sentido e esperança do que um descrente. Se, no entanto, há um Deus e um
céu e um inferno, então ganhou o céu, ao passo que um descrente perdeu
tudo”.
Do mesmo modo, podemos afirmar: Como alguém que escolhe ser
um santo dos últimos dias (mórmon) pode perder? Se, ao morrer, constatar
que era tudo mentira e que a sua fé foi vã, não perdeu nada – pelo
contrário, creu em Jesus Cristo, viveu uma vida longe de drogas
prejudiciais, do alcoolismo, dos males do tabagismo, das doenças
sexualmente transmissíveis, honrou e respeitou a família, praticou boas
obras e viveu uma vinda honrada em todos os sentidos.
Sendo assim, só haveria lógica na questão “você não tem medo de ser
mórmon?” Se a condição de “mórmon” implicasse em não crer em Jesus
Cristo como seu único Salvador (o que poderia levar à perda da salvação
para quem acredita), e viver uma vida dissoluta em todos os sentidos, o
que absolutamente não condiz com a realidade, pois como ensinou Joseph
Smith: "Eu ensino-lhes princípios corretos...”
Passarei agora a outro motivo pelo qual aparentemente as pessoas não
suportam o Evangelho Restaurado.

Uma Igreja para inteligentes


“Para se falar de Deus é necessário ser de fato inteligente e
isso é o que o senso comum não imagina”
Filósofo Luiz Felipe Ponde[332]

Segundo o senso comum, as crianças talvez sejam os seres humanos


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mais sinceros que existem devido à ainda não possuírem conceitos pré-
concebidos e juízos de valores impostos pela sociedade. Em parte, acredito
nisso, e sempre procuro seguir os pareceres de meus alunos de 8, 9 anos de
idade quando emitem alguma opinião, sobretudo sobre aspectos físicos da
minha pessoa. Pois bem, citarei um comentário feito por um recém
converso de “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos últimos Dias”, que
de certa forma não deixa de ser uma criança dentro da fé a qual acaba de
abraçar. Não mencionarei o autor (a) para não o expor, mas o conteúdo em
si me traz ponderações. Não pretendo apresentar aqui uma abordagem
científica ou que represente o posicionamento de qualquer religião.
Exponho somente reflexões, citações de intelectuais, pronunciamento de
líderes religiosos e Escrituras Sagradas. Sendo assim, cabe ao leitor
posicionar-se de acordo com os ditames de sua própria consciência.
“A Igreja Mórmon é uma igreja para inteligentes”.

Fiquei lisonjeado com tal comentário haja vista meus mais de


dezesseis anos como membro dessa religião, e pude perceber o quão amplo
este pensamento pode nos conduzir.
A mesma pessoa cujo pensamento foi mencionado acima também
afirmou: “... logo que entrei nessa igreja me deram um monte de livros
para ler...” Ao contrário do que muitos críticos pensam os mórmons não
são “um monte de gente sem esclarecimento que acredita em qualquer
besteira sem fundamento que a elas são apresentadas como visões de
anjos, placas de ouro, profetas modernos...” Ao membro da igreja é
necessário desempenhar diversas funções que requer estudo, ponderação
e ponderização.[333] Antes mesmo de passar pelo batismo, é necessário
ouvir diversas mensagens dos missionários, ponderar sobre o que
aprendeu, orar ao Pai Celestial buscando uma confirmação espiritual
daquilo que lhe foi ensinado e passar por uma entrevista na qual precisará
fazer uma profissão de fé acerca de Deus, Jesus Cristo, Joseph Smith e do
Livro de Mórmon e se mostrar disposto a guardar os mandamentos.

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Passando pelo batismo, o converso adentrará à classe de Princípios do
Evangelho da escola dominical, onde por um ano será requerido a
constante leitura de manuais, a apresentação de comentários sobre as
leituras realizadas, e se for jovem ou jovem adulto, será convidado a
participar das aulas regulares do seminário e instituto[334] onde terá uma
carga de estudo ainda maior. Passando por essa fase, haverá ainda muito
estudo pela frente através das classes da escola dominical e das auxiliares,
de preparação de discursos e aulas, de mensagens para visitas de mestres
familiares e professoras visitantes, e de leituras que exigirão grandes
reflexões acerca dos assuntos abordados.
Explicando sobre a importância do ensino na Igreja, o Presidente
Thomas S. Monson afirmou:

“Na Igreja, o objetivo do ensino do evangelho não é despejar


informações na mente dos filhos de Deus, seja em casa, seja
na sala de aula, seja no campo missionário. Não é mostrar o
quanto sabe o pai, o professor ou o missionário. Não é
meramente aumentar o conhecimento sobre o Salvador e Sua
Igreja. A meta primordial do ensino é ajudar os filhos e as
filhas do Pai Celestial a voltarem à presença Dele e
desfrutarem a vida eterna com Ele”.[335]

Realmente, para o brasileiro que não demonstra ser dado à leitura e a


responsabilidades não remuneradas, não parece ser fácil ser um mórmon
ativo. Isso, somado ao fato de ser constantemente defrontado pelos néscios
com questões históricas e doutrinárias acerca de sua denominação, o que
em si exigirá ainda mais estudo de temas considerados polêmicos, tornam
ainda mais evidente o pensamento de que “A Igreja Mórmon é uma igreja
para inteligentes”.
No entanto, toda essa necessidade de obtenção de conhecimento está
de pleno acordo com a palavra de Deus revelada nas escrituras antigas e
modernas. Nelas lemos:

...dá-me inteligência para entender os teus mandamentos.


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Salmos 119: 73

... dá-me inteligência, para entender os teus testemunhos.


Salmos 119:125

Com a sabedoria se edifica a casa, e com a inteligência ela se estabelece;


Provérbios 24:3

...a inteligência te conservará,


Provérbios 2:11

Pois a inteligência apega-se à inteligência;


Doutrina e Convênios 88:40

A glória de Deus é inteligência ou, em outras palavras, luz e verdade.


Doutrina e Convênios 93:36

Qualquer princípio de inteligência que alcançarmos nesta vida surgirá


conosco na ressurreição.
Doutrina e Convênios 130:18

O bispo Gérald Caussé, então primeiro conselheiro no bispado


presidente afirmou em conferência geral:

“... o evangelho é uma fonte de conhecimento que nunca seca.


Sempre há algo novo para aprender e sentir a cada domingo,
em todas as reuniões e em cada versículo de escritura". [336]

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O Criticismo Anti-Mórmon
O criticismo Anti-Mórmon se destaca como um dos conteúdos mais
acessíveis relacionados “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos
Dias”, e que tem sido pedra de tropeço para muitos neófitos e recém-
conversos. Ao contrário desse conteúdo, a apologética mórmon muitas
vezes além de não conhecida pelo grande público, se restringe a pouca
quantidade de material tanto impresso quanto disponível na internet.
Antes mesmo tornar-me membro da Igreja, tive contato com materiais
dessa natureza, os quais contribuíram de forma significativa para meu
interesse em conhecer o Mormonismo e posteriormente tornar-me membro
dessa religião. Os primeiros materiais que tive acesso foram a revista
“Defesa da Fé” do Instituto Cristão de Pesquisas e o livro “O Império das
Seitas” de Walter Martin ambos adquiridos na Livraria Evangélica da
minha cidade. Posteriormente li com outros materiais que enriqueceram
grandemente meu conhecimento a respeito de suas argumentações.
Essas publicações em mim produziram o efeito inverso do esperado
pelos seus escritores, despertando-me grande interesse em conhecer a
Igreja bem como me aprofundar em seus ensinamentos. Pouco tempo
depois de passar a frequentar a denominação, já dispunha de
conhecimentos suficientes para refutar aquelas críticas, e percebi o quanto
aqueles argumentos eram frágeis perante a luz do Evangelho Restaurado.
A despeito da grande quantidade de publicações produzidas por essas
pessoas, muitas das questões levantadas são principalmente de cunho
hermenêutico, sendo que essa posição parece vir perdendo força
gradualmente. Algumas dessas críticas se devem a citações feitas ou
supostamente feitas por líderes da Igreja no passado que se encontram em
materiais não oficiais da instituição. Tais argumentos vêm tornando-se
obsoletos, cabendo unicamente ao pesquisador, em meio à dialética
apresentada, seguir os ditames de sua própria consciência decidindo por si

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a qual posicionamento aceitar. O Élder D. Todd Christofferson do Quórum
dos Doze Apóstolos ensinou na conferência geral em abril de 2012:
“.... Devemos lembrar que nem toda declaração feita por um
líder da Igreja, no passado ou no presente, é obrigatoriamente
doutrina. É consenso na Igreja que uma declaração feita por
um líder em uma única ocasião representa geralmente uma
opinião pessoal, embora bem ponderada, sem a intenção de
que se torne oficial ou válida para toda a Igreja”.[337]

O Élder Dieter F. Uchtdorf explicou:

“... houve ocasiões em que membros ou líderes da Igreja


simplesmente cometeram erros. Talvez tenha havido algo que
foi dito ou feito e que não estava em harmonia com nossos
valores, princípios, ou nossa doutrina. Suponho que a Igreja
seria perfeita somente se nela só houvesse pessoas perfeitas.
Deus é perfeito, e Sua doutrina é pura. Mas ele trabalha por
nosso intermédio — Seus filhos imperfeitos — e as pessoas
imperfeitas cometem erros. Na página de rosto do Livro de
Mórmon, lemos: “E agora, se há falhas, são erros dos
homens; não condeneis, portanto, as coisas de Deus, para que
sejais declarados sem mancha no tribunal de Cristo”. Esse é o
modo como sempre foi e como sempre será até o dia perfeito
em que o próprio Cristo reinará pessoalmente na Terra. É
triste que alguns tenham tropeçado por causa dos erros
cometidos pelos homens. Mas a despeito disso, a verdade
eterna do evangelho restaurado encontrado em “A Igreja de
Jesus Cristo dos Santos dos últimos Dias” não foi maculada,
diminuída ou destruída”.[338]

A revista A Liahona, o periódico mensal de “A Igreja de Jesus Cristo


dos Santos dos últimos Dias” apresenta o seguinte esclarecimento:
“Algumas pessoas tropeçam em declarações feitas por líderes
da igreja que acabaram se provando incorretas, não a
respeito da doutrina, mas no tocando a opiniões pessoais
deles. O presidente Joseph Fielding Smith (1876-1972) por
exemplo, escreveu na primeira edição de seu livro Answers to
Gospel Questions [respostas e perguntas do Evangelho]: “É
duvidoso que ao homem seja permitido criar algum
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instrumento ou nave para viajar pelo espaço e visitar a Lua ou
qualquer planeta distante. Mais tarde, depois da descida da
Apolo na Lua e do falecimento do Presidente David O.
McKay, Joseph Fielding Smith se tornou Presidente da Igreja.
Numa entrevista coletiva à imprensa, um repórter o
questionou sobre essa declaração. O Presidente Smith
respondeu: “Ora, eu estava errado, não é mesmo?”[339]

O que então pode ser considerado como doutrina oficial de “A Igreja de


Jesus Cristo dos Santos dos últimos Dias?” O Élder Neil. L. Andersen do
Quórum dos Doze Apóstolos explicou:

“A doutrina é ensinada por todos os 15 membros da Primeira


Presidência e do Quórum dos Doze Apóstolos. Não está oculta
num obscuro parágrafo de um discurso. Nossa doutrina não é
difícil de achar”.[340]

Podemos então afirmar que A Doutrina oficial da Igreja é aquela


apresentada nas Escrituras canônicas, nos manuais curriculares de uso
regular e nas conferências gerais da Igreja. O Presidente J. Reuben Clark
Jr. Escreveu:

“... nem mesmo o presidente da Igreja talvez nem sempre seja


movido pelo Espírito Santo ao falar com as pessoas. Isso
aconteceu com relação a questões doutrinárias (geralmente de
caráter altamente especulativo) em que Presidentes da Igreja
subsequentes e as próprias pessoas sentiram que ao declarar a
doutrina, o anunciante não fora movido pelo Espírito”.[341]

Aqueles que perseguem a Igreja se perdem em seu próprio labirinto


de falácias onde argumentos refutados são repetidos à exaustão, dentre eles
principalmente questões bíblicas e históricas, os quais na maioria das
vezes resumem-se à argumentos circulares e raciocínios incorretos, isso
quando não são motivados unicamente por má intenção como na fábula do
Esopo, do lobo e do cordeiro a qual transcrevo abaixo um trecho:
Estava um cordeiro bebendo água na parte inferior de um rio;
chegou um lobo, na parte de cima, e cravando nele os olhos
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famintos, disse-lhe com voz cheia de ameaça: “Quem lhe deu
o atrevimento de turvar (sujar) a água que pretendo beber?”
Senhor, respondeu humilde o cordeiro, repare que a água
desce para mim. Assim não a posso turvar...
E ainda é bocudo e insolente! Redarguiu o lobo arreganhando
os dentes; ouvi dizer que no ano passado você falou mal de
mim. Como o faria, contestou o cordeirinho, se só tenho seis
meses de vida e ainda não tinha nascido...
Pois se não foi você deve ter sido seu pai, seu irmão ou algum
dos seus parentes e por eles você vai pagar. Dito isto, atirou-
se sobre ele e o foi devorando.

Moral da história: Contra más intenções não existe bons argumentos.

Outro exemplo é a falácia dos argumentos circulares. Esta acontece


quando se usa a conclusão que se está tentando estabelecer como
componente de uma das premissas ou como um dos suportes de premissas.
Um argumento circular é uma construção na qual se reescreve a conclusão
e se a usa como premissa. Segue alguns exemplos:
● “Deus existe porque isso é dito explicitamente na Bíblia. E é
claro, a Bíblia é totalmente verdadeira, porque é a palavra de Deus”
● “Os mórmons estão errados porque praticam poligamia”
Outra linha de crítica que os autores consideram como mais refinada,
costuma partir de ex-membros que combatem a Igreja valendo-se de falhas
humanas, de acontecimentos diversos do cotidiano do presente e do
passado e ainda de boatos e "causos" que as pessoas contam. O Élder Neal
A. Maxwell afirmou:

“Aprender sobre a Igreja (…) do ponto de vista de seus


desertores é como entrevistar Judas para entender Jesus.
Desertores sempre nos falam mais sobre si mesmos do que
sobre a organização que abandonaram”.[342]

Muitos desses críticos passaram a assumir uma posição agnóstica,


cética ou até mesmo ateísta. Estes, embora objetivem passar uma imagem
de que tecem uma “crítica mais apurada”, esbarram em sua própria
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fragilidade de argumentação uma vez que se baseiam principalmente no
“politicamente correto”, e nas concepções filosóficas humanas. Este
posicionamento costuma ser de antagonismo a todo o Cristianismo com
seus valores morais absolutos atemporais e à rejeição da Bíblia como
escritura inspirada pelo Espírito Santo. Estes por vezes, consideram a
Igreja como homofóbica por pregar e valorizar o casamento e a família
tradicional[343] e apresentam-na como machista por não ordenar mulheres
a ofícios do sacerdócio. Os tais, quando confrontados com os
ensinamentos contidos na Bíblia Sagrada, demonstram grande aversão e
rejeição ao livro que moldou a civilização ocidental em seus dois mil anos
de História.
Devemos sempre ensinar utilizando as Escrituras. Ao se deparar com
os sofismas do inimigo, a resposta de Cristo foi sempre enfática: "Está
escrito" (Mateus 4:4,7 e 10). O Senhor valeu-se das Escrituras para
confrontar aquele que obstruía seu caminho objetivando fazê-lo errar. O
mesmo Senhor Jesus também afirmou que a palavra de Deus é a verdade
(João 17:17), a qual segundo o Salmista é luz para nosso caminho
devendo-a estar escondida, segundo o apóstolo Paulo, nas tábuas de carne
do nosso coração (Salmos 119:11, 105, 2 Coríntios 3:3). O mesmo
Senhor Jesus Cristo afirmou na presente dispensação:

E também os “élderes”, sacerdotes e mestres desta igreja


ensinarão os princípios de meu evangelho que estão na Bíblia
e no Livro de Mórmon, no qual se acha a plenitude do
evangelho.[344]

Temos a responsabilidade de refutar todo o erro através das


Escrituras. Toda filosofia humana deve ser confrontada com a sabedoria
divina contida nos sagrados textos, pois dessa maneira iremos permitir que
esta luz resplandeça até tornar-se dia perfeito (Prov. 4:18 e D&C 50:24).
O Élder James E. Faust declarou:

“Creio que poucas coisas na vida merecem confiança


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irrestrita. Testifico que a Igreja é merecedora de nossa total
confiança”.[345]

O mesmo discurso pode ser encontrado na revista A Liahona de


novembro de 2000 com tal citação vertida da seguinte maneira: "Creio que
poucas coisas na vida merecem nossa completa confiança. Testifico que a
Igreja é digna de toda a nossa confiança".
Segundo o dicionário Aurélio, a palavra irrestrita significa: amplo,
ilimitado. Podemos nos perguntar quais as coisas que consideramos dignas
de nossa confiança irrestrita. Nossos pais, irmãos, familiares em geral?
Quais são as coisas ou pessoas pelas quais colocamos "nossas mãos no
fogo?” Será que depositamos nossa total confiança na Igreja de modo a
deixar que ela como detentora do Evangelho de Cristo (1 Timóteo
3:15) molde nossas vidas, pensamentos, ações e comportamentos em
geral? Possuímos realmente plena confiança de estarmos no caminho
correto a despeito de toda a oposição que recebamos?
Para qualquer crítica que se apresente, o Evangelho Restaurado
possuirá uma resposta. Assim nos ensinou o Élder James E.
Faust: "Cremos que “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos últimos
Dias” possui a plenitude do evangelho de Cristo, evangelho esse que é a
essência da verdade e do esclarecimento eterno”.[346] O aprendizado é um
exercício ativo que existe desejo, atenção, participação e aplicação dos
princípios aprendidos. Em cada conferência, profetas e apóstolos dão
respostas inspiradas para as perguntas que os membros da Igreja possam
ter.[347] Talvez esta não seja obtida no momento desejado, porém ao
buscarmos em Deus com real intenção, no devido tempo o esclarecimento
ocorrerá, pois dispomos do Espírito Santo que pode ensinar-nos coisas nas
quais nunca tínhamos pensado.
Brigham Young afirmou:

“Nossa religião nada mais é do que a verdadeira ordem dos


céus — o sistema de leis pelo qual os deuses e os anjos são
governados. São eles governados pela lei? Certamente. Não
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existe ser algum em todas as eternidades que não seja
governado pela lei”. [348]
“O evangelho do Filho de Deus que foi revelado é um plano
ou sistema de leis e ordenanças, cuja estrita obediência
proporcionará aos habitantes da Terra a certeza de que
poderão voltar à presença do Pai e do Filho. As leis do
evangelho nada mais são do que alguns princípios da
eternidade revelados aos homens, pelos quais poderão voltar
aos céus de onde vieram”.[349]
“Ele abrange toda verdade que existe nos céus e no céu dos
céus — todo conhecimento que existe na face da Terra, no seio
da Terra e nos espaços estrelados; em resumo, abrange toda a
verdade que existe em todas as eternidades dos Deuses”.[350]

Parte do processo de obtermos o conhecimento das coisas espirituais é


nos mantermos ensináveis. Sempre há algo novo para aprender, seja um
novo princípio ou uma nova aplicação de algum que já seja do nosso
conhecimento.
Transcrevo abaixo uma afirmação que li em uma rede social na
internet, exatamente da forma como foi escrita, porém omitindo o nome do
autor.
"No Meu Caso, a Igreja Mórmon Já Era a 4º (Quarta) Religião Em Que Eu Fiz
Parte...e Eu Me Afastei da Igreja Mórmon Pelos Mesmos MOTIVOS Que Me
Afastei das Outras Igrejas...Os Meus Motivos São: o Ensinamento ERRADO das
ESCRITURAS, e Também, o de NÃO Concordar Que (INSTITUIÇÕES ou
RELIGIÕES) Terrenas Deste MUNDO Representem o ALTiSSíMO...!!!!!!"

Ao ler a alegação acima, logo minha mente se remete ao capítulo 6,


versículo 68 do Evangelho segundo João, o qual afirma:

Então disse Jesus aos doze: Quereis vós também retirar-vos?


Respondeu-lhe, pois, Simão Pedro: Senhor, a quem iremos
nós? Tu tens as palavras da vida eterna.

Se, conforme exprimiu esse internauta, “A Igreja de Jesus Cristo dos


Santos dos últimos Dias” ensina errado as escrituras, logo a pergunta que
nos vem é qual denominação então, ensina-as de forma correta? Se Joseph

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Smith, assim como seus sucessores na presidência da Igreja são falsos
profetas, quem é o verdadeiro profeta atualmente sobre a face da Terra? Se
os doze Apóstolos santos dos últimos dias são falsos, quem são os doze
verdadeiros atualmente vivos? Se o sacerdócio portado pelos membros da
Igreja restaurada é apenas uma ilusão como apregoam alguns críticos,
onde pode ser encontrado o verdadeiro sacerdócio, a verdadeira autoridade
de Deus para agir em Seu nome? Essas e outras questões são abordadas
com profundidade na obra “Falsos Profetas sob a perspectiva do
Evangelho Restaurado”[351] deste mesmo autor.
Os críticos geralmente respondem a esses questionamentos afirmando
que não existe nenhuma igreja verdadeira, mas somente crentes individuais
que aceitam a Cristo como salvador e que é isso que representa o termo
Igreja de Cristo. Todavia, aceitar tal explicação como verdadeira é o
mesmo que aceitar que a verdadeira Igreja de Cristo de fato não existe, ou
em outras palavras, que ainda vivemos em uma grande e total apostasia.
Desse modo, vemos que aqueles que criticam a doutrina pregada em “A
Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos últimos Dias”, não oferecem
nenhuma alternativa plausível àquilo que eles consideram como sendo um
engano.
O Presidente Dieter F. Uchtdorf ensinou a importância de duvidarmos
de nossas dúvidas antes de duvidarmos de nossa fé.[352]
Lamentavelmente, muitos buscam a verdade durante toda sua vida
tornando-se semelhante ao homem insensato que é levado em roda por
todo vento de doutrina[353] ,como a onda do mar, que é levada pelo vento e
lançada de uma para outra parte[354] não estando alicerçado sobre a
rocha[355] nem sobre o fundamento dos apóstolos e profetas.[356] Para
esses, a verdade escapa por entre os dedos como a água escapa de nossas
mãos ao tentarmos segurá-la. Passam a vida inteira em busca da verdade
quando já a encontraram e a deixaram escapar sem ao menos reconhecê-la.
Estes aprendem sempre, mas nunca conseguem chegar ao conhecimento da
verdade.[357]
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Há uma afirmação feita pelo profeta Joseph Smith, que embora
proferida no século XIX, ainda se mostra atual e relevante para os nossos
dias.

"Tem sido muito difícil fazer com que algo penetre na mente
desta geração. Tem sido como querer partir nós de abeto
usando um biscoito como cunha e uma abóbora como malho.
Até os próprios santos são lerdos para entender”.[358]

O Élder Neal. A. Maxwell, na época membro do quórum dos doze


apóstolos de “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos últimos Dias”
afirmou:

"O evangelho restaurado é edificante, amplo, profundo,


estando muito além da nossa compreensão...somente os
discípulos humildes conseguem lidar seguramente com uma
teologia tão ousada”[359]

Para aqueles que sentem-se confusos em meio a dúvidas doutrinárias,


o Élder Jeffrey R. Holland do Quórum dos Doze Apóstolos prometeu:
“Preservem o que já conquistaram e permaneçam firmes até adquirirem
conhecimento adicional”.[360]
O Élder Tad R. Callister, presidente geral da Escola Dominical
ensinou que podemos conviver com algumas imperfeições humanas e com
aparentes anomalias históricas, mas não podemos viver sem as verdades
doutrinárias e ordenanças restauradas por Joseph Smith, e que essa é a
escolha que temos diante de nós: algumas perguntas de um lado contra
uma série de certezas doutrinárias e o poder de Deus do outro.[361] O
ensaísta e poeta norte americano Ralph Waldo Emerson afirmou:

“Precisas de coragem em tudo o que fizeres. Seja qual for o


caminho escolhido, sempre alguém dirá que estás errado.
Sempre surgirão dificuldades que te deixarão tentado a crer
nos críticos. Traçar um curso e seguir até o fim requer a
mesma coragem de um soldado. A paz tem suas vitórias, mas
elas exigem homens e mulheres destemidos”.[362]
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Suportando a Plenitude da verdade
“É muito difícil fazer com que qualquer coisa penetre na
cabeça desta geração. É como rachar lenha usando uma fatia
de pão de milho como cunha e uma abóbora como malho. Até
os santos são lentos para compreender”.[363]
Joseph Smith

Muitas pessoas passam toda sua vida em busca da verdade. A verdade


sobre quem são, sobre seu propósito de existência, sobre o enigma da
morte, a verdade sobre preceitos éticos, morais, filosóficos, religiosos,
políticos e sociais. Mas, de forma sucinta, o que é a verdade? Em “A Igreja
de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias” há um hino que apresenta tal
definição de forma objetiva, do qual destaco a segunda e a terceira estrofes
respectivamente.

· A Verdade o Que É? (Hino 171)


A verdade o que é?
É o supremo dom
Que é dado ao mortal desejar;
Procurai no abismo, na treva e na luz,
Nas montanhas e vales o seu claro som
E grandeza ireis contemplar!
A verdade o que é?
É começo e fim
Para ela limites não há;
Pois que tudo se acabe, a terra e o céu,
Sempre resta a verdade que é luz para mim,
Dom supremo da vida será!

Muitos procuram pela verdade no abismo de uma vida dissoluta, nas


trevas de uma existência desregrada, na luz de religiões e filosofias
diversas, nas montanhas, nos vales e quando a encontram, deixam-na
escapar por entre seus dedos espirituais como água escapa por nossos
dedos materiais quando a seguramos. Refiro-me mais especificamente à
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grande quantidade de pessoas que aceitam o Evangelho Restaurado de
Jesus Cristo e pouco tempo depois o abandonam. Estes não conseguiram
suportar a verdade. Esta cegou-lhe os olhos espirituais.

"O chamado “mormonismo” abrange todos os princípios


concernentes à vida e a salvação, para o tempo e eternidade.
Não importa quem possua a verdade. Se os pagãos têm
alguma verdade, ela pertence ao “mormonismo”. A verdade e
a sã doutrina que o mundo sectário possui—e eles as têm em
grande medida — pertencem todas a esta Igreja".[364]
"Esse plano incorpora todo sistema de doutrina verdadeira
existente na Terra, seja ela eclesiástica, moral, filosófica ou
civil. "[365]

Volto à citação inicial que afirma que “o Evangelho Restaurado é


edificante”. Sim, edificante por conter verdades que o evangelho
corrompido não possui. Verdades essas que respondem às questões
existenciais mais profundas da alma humana.
“O evangelho restaurado é profundo”

O Profeta Joseph Smith afirmou:

“Medito o dia inteiro e também quando como e bebo para


saber como farei com que os santos de Deus compreendam as
visões que se desenrolam como uma torrente diante de minha
mente…”[366]

Segundo o dicionário online de língua portuguesa, algo profundo é


algo que tem o fundo longe da borda da entrada, que penetra muito
adentro, grande, vasto, difícil de entender; muito complexo. O Élder
Dieter F. Uchtdorf ensinou que “não podemos ser como o menino que só
molha o dedão do pé na água e diz que nadou”[367]. Temos uma
imensidão de água viva a ser explorada. O Evangelho restaurado é rico,
pois contém nele a plenitude da verdade, as quais que podem ser
consideradas loucuras para o homem natural, mas preciosidades para o
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homem espiritual.
“O evangelho restaurado está muito além de nossa compreensão"
O profeta Joseph Smith, ensinou que:

“... levará bastante tempo depois de terdes passado pelo véu


(passado por esta vida), até que os tenhais aprendido. Nem
tudo é para ser compreendido neste mundo; será um trabalho
árduo aprendermos sobre nossa salvação e exaltação, mesmo
no além-túmulo”.[368]

Esse é um problema para aqueles que almejam compreender tudo de


uma vez não tendo a paciência de esperar pela resposta – a qual certamente
virá no devido tempo do Senhor. E por que é um problema? Porque não há
limites para a verdade. A verdade é infinita estando muito além da nossa
mente finita conseguir compreender.

“Não é sábio recebermos todo o conhecimento de uma só vez,


mas devemos receber um pouco de cada vez; então poderemos
compreendê-lo” [369]

Por fim, Élder Maxwell afirma: “somente os discípulos humildes


conseguem lidar seguramente com uma teologia tão ousada”.
Humildade para admitir que não sabemos de tudo. Humildade para
termos a paciência de esperar pela resposta em seu devido tempo. O
profeta Joseph Smith ensinou que “As coisas de Deus são profundamente
importantes; e somente com o tempo, experiência e cuidadosa e solene
reflexão podemos descobri-las”.[370]
Precisamos desenvolver humildade para não tomarmos decisões
precipitadas escandalizando-nos com verdades que não estão ao alcance de
nosso entendimento naquele determinado momento, uma vez que: “Não
compreenderemos tudo neste mundo; teremos muito trabalho para
aprender nossa salvação e exaltação mesmo depois da morte.[371]
São Tomás de Aquino, que embora tendo vivido em uma época
considerada por estudiosos como sendo de grandes trevas espirituais[372],

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pôde através do conhecimento a ele proporcionado pela Luz de Cristo,
afirmar que “o idiota toma por falso aquilo que não pode compreender”.
Muitas pessoas ao se depararem com conceitos desconhecidos até então,
fecham suas mentes de modo a não aceitarem luz adicional para seus
conhecimentos espirituais conforme mencionado em conferência geral
pelo Élder James E. Faust: “ O mal supremo é fechar a mente ou
empederni-la contra a verdade, resultando no endurecimento das artérias
intelectuais"[373]
Você consegue suportar o evangelho restaurado que “abrange toda
verdade que existe nos céus e no céu dos céus – todo conhecimento que
existe na face da Terra, no seio da Terra e nos espaços estrelados; em
resumo, abrange toda a verdade que existe em todas as eternidades dos
Deuses?” [374]

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Letargia Espiritual
"E, estando um certo jovem, por nome Eutico, assentado numa
janela, caiu do terceiro andar, tomado de um sono profundo
que lhe sobreveio durante o extenso discurso de Paulo; e foi
levantado morto”. Atos 20:9

Segundo o dicionário Web, o termo letargia é definido como sono


profundo, em que parece suspensa a circulação e a respiração, apatia;
prostração moral. Já a Wikipédia define como sendo do latim lethargia:
lethe - esquecimento e argia - inacção[375]. É a perda temporária e
completa da sensibilidade e do movimento por causa fisiológica, ainda não
identificada, levando o indivíduo a um estado mórbido em que as funções
vitais estão atenuadas de tal forma que parece estarem suspensas, dando ao
corpo a aparência de morte. Podemos verificar em passagens das escrituras
em que aparecem tais características: (Mateus 14:22-31, 15:32-33, 24:32-
50, 25:1-12, 26:36-46; Lucas 8:22-25, 24:1-53 e João 20:1-30, 21:1-
23).
Em todos estes textos, notamos as mesmas atitudes dos discípulos: a
incapacidade de crer e de entender as coisas espirituais, de vivenciar a
palavra que já foi liberada a favor dos acontecimentos, e de se mover a
partir dessas palavras. Podemos definir então a letargia espiritual em nós
é um estado de sonolência quanto às coisas espirituais.
Tal postura é muito facilmente encontrada principalmente por dois
grupos de pessoas; aqueles que afirmam acreditar em Deus sem professar
qualquer fé religiosa específica, os chamados “cristãos sem igreja”, e por
aqueles que são ativos em suas determinadas religiões, porém vivendo
apaticamente ao que diz respeito a ela. Para esses, a religião é como um
clube que tem por objetivos estabelecer relacionamentos românticos,
afetivos e sociais e não uma fé que professa determinado código de
conduta. Encontramos menção a tais pessoas nas escrituras: “Este povo se
aproxima de mim com a sua boca e me honra com os seus lábios, mas o
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seu coração está longe de mim”.[376]
O Élder L. Tom Perry do Quórum dos Doze Apóstolos afirmou:

“Cada vez mais pessoas dizem que são espirituais, mas não
religiosas. Se um ensinamento se adapta a seu estilo de vida,
elas o aceitam e o incorporam a sua fé. Caso contrário,
desenvolvem sua própria fé criada pelo homem. A fé e a
espiritualidade são agora vistas como produtos de consumo. O
materialismo se espalhou e substituiu Deus.[377]

Muitos cristãos praticantes possuem dificuldades para cumprirem


preceitos básicos de sua fé como frequentar as próprias reuniões
eclesiásticas regularmente. É notória a rotatividade de membros, sendo que
muitos comparecem apenas esporadicamente e quando comparecem, não o
fazem de forma completa. Esse estado de apatia espiritual parece estar se
alastrando cada vez mais no mundo religioso.
Conforme mencionado acima, atualmente um fenômeno comum é o
dos chamados cristãos sem igreja. Trata-se de pessoas que professam a Fé
Cristã e que até mesmo se dizem evangélicas, mas que não participam de
nenhuma comunidade, de nenhuma denominação devidamente organizada.
Vivem em um estado de letargia espiritual, sendo apenas cristãos
nominais, muitas vezes questionando a importância da existência de
instituições religiosas organizadas. O Élder M. Russel Ballard do Quórum
dos Doze Apóstolos ensinou:

“A Igreja é um porto seguro neste mar tempestuoso, uma


âncora nas águas turbulentas da mudança e da divisão, e um
farol para aqueles que valorizam e buscam a retidão. O
Senhor usa esta Igreja como ferramenta para atrair Seus
filhos, no mundo inteiro, para a proteção de seu evangelho”.
[378]

Diversos são os motivos que levam a esse fenômeno sendo parte


desse problema a desilusão religiosa com igrejas organizadas e parte a não
compreensão da importância de ser membros do Reino de Deus. Em

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Hebreus, capítulo 10, versículo 25, o apóstolo Paulo ensinou:

“Não deixemos de congregar, como é costume de alguns;


antes, admoestamo-nos uns aos outros, tanto mais quanto
vedes que vai se aproximando aquele dia”.

Estar congregado é cumprir o que Senhor nos ordenou. Cada reunião


é uma expressão de adoração a Deus. Estes momentos nos elevam
espiritualmente, nos curam, nos libertam e nos consolam. Precisamos ter
costumes sadios e um desses é o de estarmos todos os domingos na casa de
oração guardando o dia santificado. Dificilmente crescemos em comunhão
estando só. O Élder D. Todd Christofferson ensinou:

“...um dos principais propósitos do Senhor ao ter uma Igreja


é o de criar uma comunidade de santos que apoiarão uns aos
outros no “caminho estreito e apertado que conduz à vida
eterna”.[379]

Um grande desafio do cristão é viver diariamente com o diferente –


com aquele que não professa a mesma fé. Devemos buscar em Deus a
força necessária para que nunca deixemos de congregar, pelo contrário,
sintamos sempre alegria e prazer em estar na companhia de irmãos que
seguirão conosco para eternidade. Conforme ensinou o Bispo Gérald
Caussé, devemos descobrir ou redescobrir as verdades do evangelho,
admirar-nos com as maravilhas do evangelho, pois essa admiração
também produz força espiritual e é um sinal de fé.[380]
Já presenciei em denominações protestantes membros comparecerem
aos cultos sem, contudo, entrarem um único momento no recinto. Estes
permaneciam todo o tempo fora da congregação praticando outras
atividades sociais. Em “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos últimos
Dias” muitos reclamam da qualidade dos discursos proferidos nas reuniões
sacramentais, outros apontam falta de qualidade nas aulas, outros tecem
críticas diversas à liderança e outros ainda apontam falhas pessoais dos
membros para justificarem sua própria apatia espiritual. Nada parece

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agradar plenamente as pessoas. Quando se trata de reuniões de testemunho
não faltam críticas aos testemunhos prestados. Posturas como essas fazem
com que muitos visitantes saiam escandalizados devido aos maus
exemplos dados pelos membros dentro da própria igreja.[381]O tempo e a
familiaridade com o cotidiano podem levar alguns membros a admirarem-
se cada vez menos com qualquer “sinal ou maravilha dos céus”, de modo a
começarem a ficar duros de coração e cegos de entendimento duvidando
de tudo quanto haviam ouvido e visto (3 Néfi 2:1). Não é incomum haver
altos e baixos no entusiasmo pelo evangelho. Aqueles que permitem que
um intervalo no aprendizado espiritual se prolongue até se tornar um estilo
de vida, arriscam-se a perder “até mesmo o que tiverem” em compreensão
espiritual.[382] No entanto, ao que parece, tais acontecimentos já eram
comuns na época dos pioneiros santos dos últimos dias. Brigam Young, o
segundo presidente da Igreja ensinou:

"Se algum de vocês acha que falta vida nas reuniões, como
ocasionalmente ouço alguns dos irmãos dizer, então é sua a
responsabilidade de instilar mais vida às reuniões e fazer sua
parte para aumentar o Espírito e o poder de Deus nas
reuniões que são realizadas em sua localidade".[383]

O escritor cristão Charles Swindoll escreveu:

“Nossas reuniões de domingo são apenas extensões daquilo


que fazemos durante a semana”.[384]

O Presidente Spencer W. Kimball, décimo segundo presidente de “A


Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos últimos Dias”, em seu Livro O
Milagre do Perdão, no Capítulo 7, discorrendo sobre os pecados de
omissão nos fala sobre "Os Males da Apatia Espiritual"[385] , citando
diversas escrituras sobre as consequências deste mal, contendo
advertências a respeito, afirmando "A passividade embota; a inatividade
mata".[386]
Também encontramos referência à essa condição espiritual na Igreja
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Primitiva. João ao se dirigir à igreja de Laodicéia escreveu:

"Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem


dera foras frio ou quente! Assim, porque és morno, e não és
frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca".[387]

O escritor cristão Charles Swindoll escreveu:

“A Igreja não é um agrupamento de pessoas interessadas em


ouvir alguém pregar. Ainda que a mensagem seja muito
importante, ela é apenas parte do processo de passar o bastão.
A vida de um indivíduo toca a vida de outro que por sua vez
toca a vida das pessoas em sua esfera de influência – pessoas
que o primeiro indivíduo nunca conheceu. Para tonar a coisa
ainda mais empolgante, esses últimos por sua vez, tocam a
vida de outras pessoas. Isto é um ministério contagiante”.[388]

Em um tempo que foi profetizado que “o amor de muitos esfriaria”


(Mateus 24:12), devemos cuidar para que nós próprios possamos suportar
o Evangelho Restaurado fugindo da letargia espiritual e dando testemunho
ao mundo de que Deus fala aos homens na Terra. Conforme as palavras
do Élder D. Todd Christofferson:“...não nos empenhamos para nos
converter à Igreja, mas a Jesus Cristo e Seu evangelho, uma conversão
que é facilitada pela Igreja”.[389]
O Papa Bento XVI lamentando o enfraquecimento das igrejas cristãs
da Europa, Austrália e Estados unidos afirmou que “Não há mais
evidência da necessidade de Deus e ainda menos de Cristo (...) as assim
chamadas igrejas tradicionais parecem estar morrendo”.[390]
A vivência cristã é como fazer uma fogueira. Assim como temos de
acrescentar lenha para que ela continue acesa, precisamos orar, estudar as
escrituras e guardar os mandamentos para que nosso testemunho e nossa
espiritualidade não se enfraqueçam.[391]Nas palavras do presidente Henry
B. Eyring, “a conversão não será um acontecimento único ou algo que só
durará um período da vida, mas será um processo contínuo”.[392]
Precisamos redescobrir a beleza do Evangelho a cada dia.
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Haja vista todas as dificuldades e oposição enfrentados por “A Igreja
de Jesus Cristo dos Santos dos últimos Dias”, nos últimos vinte e cinco
anos, o número real de membros que deixaram a Igreja diminuiu e a Igreja
quase dobrou de tamanho.[393] Para aqueles que abandonaram a fé que
professaram e os convênios que assumiram ao batizarem-se em “A Igreja
de Jesus Cristo dos Santos dos últimos Dias”, a mensagem do Evangelho
Restaurado é simples e clara. O Élder Quentin L. Cook do Quórum dos
Doze Apóstolos afirmou: “Nossa mensagem é simples, porém profunda.
Não exige retórica grandiosa ou doutrina complexa. Tem a ver com um
coração quebrantado e um espírito contrito e o comprometimento de
seguir o Salvador”.[394]

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Capítulo 6: O Brilho do Evangelho
Restaurado
O evangelho restaurado dissipa a dúvida e o desespero
proporcionando-nos segurança[395]
Neal A. Maxwell

O que é a luz? É algo que ilumina, ensinou o presidente Thomas S.


Monson.[396] Jesus Cristo é a luz verdadeira que ilumina a todo homem
que vem ao mundo.[397] É uma luz que resplandece nas trevas. De igual
modo, Seu Evangelho Restaurado ergue-se como um estandarte para as
nações iluminando a todos os povos.
Nos capítulos anteriores apresentamos aspectos gerais do
Cristianismo através de argumentos que demonstram que a Igreja Cristã
conforme estabelecida por Jesus Cristo através de seus Apóstolos
primitivos perdeu-se na apostasia restando apenas fragmentos da verdade
ao longo de séculos. Mostramos que devido à luz proveniente da plenitude
da verdade, muitos não a suportam e abandonam a fé que outrora
aceitaram. Discorremos sobre conhecimentos e doutrinas advindas por
meio da Restauração do Evangelho. Agora mencionaremos como o
Evangelho Restaurado sobrepuja em beleza e profundidade a qualquer
outra doutrina religiosa. O objetivo aqui não é fazer exegeses, mas sim
demonstrar através de comparação, a magnitude da doutrina de “A Igreja
de Jesus Cristo dos Santos dos últimos Dias”.

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Degraus no Cristianismo
"Quando galgais uma escada, sois obrigados a começar de
baixo e subir degrau por degrau, até chegar no alto; o
mesmo acontece com os princípios do evangelho..."[398]
Joseph Smith

Certa vez realizando um trabalho juntamente com o encarregado de


orquestra da denominação religiosa que eu pertencia, estávamos em uma
cidade da zona rural do Estado de São Paulo quando em um dado
momento na casa de uma família daquela localidade, iniciamos uma
conversa sobre assuntos religiosos. Daquele local era possível avistar duas
edificações: a primeira e maior era a Igreja Católica Romana que ficava na
planície no centro daquela pequena cidade. Logo acima subindo alguns
morros era possível avistar uma Assembleia de Deus e ainda mais acima
havia um templo cinza da Congregação Cristã no Brasil, denominação da
qual eu fazia parte naquela ocasião. O encarregado que se encontrava
conosco apontou para a igreja Assembleia de Deus que avistávamos e
afirmou: “se eles subirem um pouco mais estarão no caminho correto”
referindo-se à denominação que ficava acima no morro. Nossa visão era
de uma pequena escada de três denominações distintas, as únicas presentes
naquela pequena cidade na época.
Havia uma lógica no raciocínio daquele líder religioso com o qual
concordo em partes, pois faltava outro degrau acima, inexistente naquele
local, porém existente em nosso planeta chamado “A Igreja de Jesus Cristo
dos Santos dos últimos Dias”, a qual detém o Evangelho Restaurado de
Jesus Cristo em sua plenitude.
Em outra ocasião, conversando com uma pessoa experiente em termos
de vivências religiosas, dialogávamos sobre diversas igrejas, sobre a
percepção de cada uma a respeito das diversas denominações que tínhamos
contato, quando lhe perguntei sua opinião sobre determinada religião. Sua
resposta foi que já havia visitado e que para ele, tratava-se de “jardins de
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infância do Cristianismo” expressão esta utilizada por ele na ocasião.
A partir dessas experiências, parece existir degraus em termos de
conhecimento e vivência espiritual, muitas vezes não sendo possível passar
de um a outro sem que o indivíduo tropece em sua própria busca do
patamar mais elevado e acabe por se sair espiritualmente machucado de tal
tentativa.
Dessa forma, pode ser necessário um caminho a percorrer subindo
degraus até chegar-se à plenitude, de modo que esta não escape por entre
os dedos sem ter recebido a devida importância. O Élder James E.
Talmage cunhou a seguinte parábola conhecida como a Parábola das duas
Lâmpadas, citada na Liahona de fevereiro de 2003:

“Certa noite de verão, sentei-me pensativo do lado de fora do


quarto onde eu dormia e estudava. Um sujeito desconhecido
aproximou-se. Ele carregava uma bolsa. Era afável e
divertido. Peguei uma cadeira para ele dentro da casa, e
ficamos conversando até surgirem as primeiras estrelas do
anoitecer e ficar totalmente escuro. Depois, ele disse: “Você é
estudante e obviamente deve ter muitos trabalhos para fazer à
noite. Que tipo de lâmpada você usa?” E sem esperar pela
resposta, continuou: “Tenho um tipo de lâmpada de qualidade
extra que gostaria de mostrar-lhe, uma lâmpada que foi
desenhada e feita com os mais avançados recursos da ciência,
que ultrapassa tudo o que já foi produzido em termos de
iluminação artificial”. Retruquei confiante e, confesso, não
sem entusiasmo: “Meu amigo, eu tenho uma lâmpada que foi
testada e aprovada. Tem sido minha companheira por muitas e
longas noites. É da marca Argand, uma das melhores. Eu a
poli e limpei hoje; está pronta para ser usada. Fique aí; vou
lhe mostrar minha lâmpada, depois você me diz se a sua tem
chances de ser melhor”. Entramos no meu quarto de estudos e
com aquela sensação típica de um atleta que entra numa
competição com um oponente que ele julga ser inferior, acendi
o fósforo para iluminar a minha lâmpada. O visitante fez
elogios em alto e bom som. Era a melhor lâmpada daquele
tipo, disse ele. Afirmou que nunca tinha visto uma lâmpada em
melhor estado. Ele levantou e abaixou o pavio e comentou que
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o ajuste era perfeito. Declarou que nunca antes percebera
quão satisfatória poderia ser uma lâmpada de estudo. Gostei
do homem; parecia-me uma pessoa sábia e com certeza
agradável. “Adore, adore minha lâmpada”, pensei comigo,
parafraseando uma expressão comum da época. “Agora”,
disse ele, “com a sua permissão, acenderei a minha”. Ele
pegou em sua bolsa uma lâmpada conhecida como
“Rochester”. Seu tubo de vidro, comparado ao da minha
lâmpada de estudo, era o mesmo que comparar uma chaminé
de fábrica à chaminé de uma casa. O buraco do pavio era
grande suficiente para caber meus quatro dedos. Sua luz
iluminava o canto mais remoto do quarto. Até aquele momento
de convincente demonstração, eu não tinha tido ideia da
escuridão em que eu vivia, trabalhava e estudava. “Vou
comprar sua lâmpada”, disse eu; “não precisa explicar nem
argumentar mais”. Levei minha nova aquisição para o
laboratório naquela mesma noite e verifiquei quanta luz ela
era capaz de produzir. O resultado foi mais de 48 velas —
cerca de quatro vezes mais intensidade do que a minha
lâmpada de estudo. Dois dias depois da compra, encontrei o
mascate na rua por volta do meio-dia. Quando lhe perguntei
como ia o trabalho, ele respondeu que ia bem; os pedidos para
a sua lâmpada eram maiores do que a fábrica dava conta de
produzir. “Mas”, disse eu, “você não está trabalhando hoje?”
Sua réplica foi uma lição. “Você acha que eu seria tão tolo a
ponto de sair por aí vendendo lâmpadas em pleno dia? Você
teria comprado uma com o sol brilhando? Eu escolho a hora
de mostrar a superioridade da minha lâmpada em relação à
sua, e você ficou ansioso para comprar a que eu lhe ofereci,
não foi?” Essa é a história. Agora, vejamos a aplicação de
uma parte, uma parte minúscula desse episódio: “Assim
resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as
vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos
céus”. [Mateus 5:16]. O homem que me vendeu a lâmpada
não desmereceu a minha. Ele colocou sua lâmpada muito mais
poderosa ao lado da minha luz mais fraca e eu me apressei em
obter a melhor. Os missionários da Igreja de Jesus Cristo são
enviados hoje ao mundo não para atacar ou ridicularizar as
crenças dos homens, mas para mostrar à humanidade uma luz
superior, de modo que a pequenez das chamas das crenças
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fundadas pelo homem torne-se evidente. O trabalho da Igreja
é construtivo, não destrutivo. Para uma compreensão extra da
parábola, aquele que tem olhos para ver, que veja e
compreenda.[399]

Desejo apresentar aqui uma demonstração da diferença entre a luz


do Evangelho Restaurado, a qual é mais brilhante que o sol (P.G.V.,
Joseph Smith – História 1:17) e as outras religiões que brilham como as
estrelas.
O Élder Uchtdorf afirmou:

“Este belo evangelho é tão simples que uma criança é capaz


de compreendê-lo, porém tão profundo e complexo que levará
toda uma vida — até mesmo uma eternidade — de estudo e
descobertas para ser compreendido completamente”.[400]

Seguir a Jesus Cristo através de seu Evangelho Restaurado constitui-


se no caminho para conquistarmos a paz real, independente das condições
exteriores, pois como afirma um hino: “Se me aflige a dor, se perco alento,
Anseio por saber a quem correrei. Quem pode aliviar o meu tormento?
Em Cristo Paz real, certo, terei”.[401]
O presidente Howard W. Hunter (1907-1995) ensinou:
“O evangelho restaurado é uma mensagem de amor divino
para todas as pessoas em todos os lugares e tem por base a
convicção de que todos os seres humanos são filhos do mesmo
Deus. (…) A validade e o poder de nossa fé não são limitados
pela história, nacionalidade ou cultura. Não é propriedade
privativa de nenhum povo e nenhuma época”.[402]

Uma das questões que muitos protestantes levantam quando


apresentados “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias” é
sobre a necessidade de mudarem de denominação e se batizarem
novamente uma vez que já aceitam a Jesus Cristo como salvador. Quando
defrontados com essa questão, a resposta dos missionários é que se requer
um batismo realizado com a devida autoridade do sacerdócio, e que esta
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adveio na atual dispensação através da ministração dos antigos apóstolos
Pedro, Tiago e João ao profeta Joseph Smith conferindo-lhe o sacerdócio
de Melquisedeque, o qual encontra-se atuante na Igreja através de uma
linha de autoridade até os dias atuais, não sendo possível, então, encontrar
tal autoridade em nenhuma outra denominação religiosa.
Com certeza, esta é a questão preponderante, porém há outras que
considero sumamente importantes para a compreensão do assunto sendo
que uma delas é o entendimento do que a restauração tem a acrescentar à
fé cristã tradicional. Tal esclarecimento foi feito de maneira sucinta através
de um dos presidentes da Igreja, Gordon B. Hinckley ao afirmar:

“Tragam tudo de bom que possuam e vejamos se podemos


acrescentar algo. Nosso objetivo é transformar más pessoas
em boas, e boas pessoas em melhores ainda”.[403]

Cremos que “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos últimos Dias”
detém a Plenitude do Evangelho, ou seja, as verdades consideradas
mistérios pelo mundo cristão e ordenanças que não estão acessíveis em
nenhum outro lugar. De forma simplificada, enquanto a cristandade
abençoa um casamento “até que a morte vos separe”, o Evangelho
Restaurado sela casamentos “para todo o tempo e eternidade”. Enquanto o
mundo cristão desconhece o destino daqueles que morreram sem
conhecerem o Evangelho de Cristo, o Evangelho em sua plenitude ensina
que através da autoridade do sacerdócio, as boas novas foram e são
pregadas aos mortos[404] pois para Deus não existe mortos nem vivos[405]e
que “Todos os que morreram sem conhecimento deste evangelho, que o
teriam recebido caso tivessem tido permissão de aqui
permanecer, serão herdeiros do reino celestial de Deus”;[406]
Enquanto o mundo cristão ensina que um indivíduo que foi homicida,
que roubou e fez toda sorte de maldades habitará no mesmo lugar de uma
pessoa que viveu uma vida inteira de renúncia aos prazeres da carne por
amor ao evangelho de Cristo se o primeiro apenas fizer uma confissão oral

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de aceitação de Jesus como salvador no leito de morte, o Evangelho
restaurado ensina que existem vários graus de glória[407], vários níveis de
salvação sendo que cada um receberá exatamente de acordo com o que fez
por merecer[408].
Enquanto o mundo cristão ensina que Deus torturará para sempre a
maior parte da humanidade em um inferno de fogo onde haverá pranto e
ranger de dentes, onde o bicho não morre e o fogo nunca se apaga, o
Evangelho restaurado ensina que “Ele que glorifica o Pai e salva todas as
obras de suas mãos, exceto os filhos de perdição, que negam o Filho
depois que o Pai o revelou”.[409]
Enquanto o Cristianismo desconhece quais afazeres terão os que
habitarão no reino celestial, sendo que no máximo acreditam que ficarão
em eterno descanso louvando a Deus para todo o sempre, o Evangelho
Restaurado ensina que os que forem dignos de herdarem o mais alto grau
de glória habitarão em famílias, continuarão a ter descendência, poderão
criar e povoar mundos sem fim e herdarão tronos, reinos e poderes.[410]
Esses são apenas alguns exemplos dos muitos motivos pelos quais um
cristão deve aceitar a mensagem da restauração. Novamente o convite do
Pres. Hinckley ecoa:

“Tragam com vocês tudo o que tiverem de bom e as verdades


que lhes foram transmitidas por qualquer fonte; venham e
vejamos se conseguiremos acrescentar-lhes algo. Faço esse
convite aos homens e mulheres de todos os lugares e testifico
solenemente que esta obra é verdadeira; pois, pelo poder do
Espírito Santo, sei de sua veracidade”.[411]

O grande objetivo de nossa existência é obtermos luz tais como os


seres celestiais em luz são envoltos. O apóstolo João ensinou que “Deus é
luz e nele não há trevas alguma”.[412] Em seu relato sobre a primeira
visão, Joseph Smith afirmou: “vi um pilar de luz acima de minha cabeça,
mais brilhante que o sol, que descia gradualmente sobre mim. (Joseph
Smith – História 1:16)
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Apresentei neste capítulo, aspectos onde podemos verificar que o
Evangelho Restaurado encontra-se num nível mais elevado do que o
evangelho conforme o mundo cristão conhece. Mostrei como o
conhecimento do Evangelho Restaurado brilha mais forte do que o
evangelho corrompido pelos homens. Sendo que “A vereda do justo é
como a luz da aurora que brilha mais e mais até o dia perfeito”.[413] Cabe
a todo aquele que buscar a verdade pois “... a excelência
do conhecimento é que a sabedoria dá vida ao seu possuidor”.[414]

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O Plano de Felicidade
Imagine que você está sendo enviado a um país distante possuidor de
uma cultura diferente com hábitos distintos onde você terá que enfrentar
diversas dificuldades não somente de adaptação a um novo clima, mas
também de convivência com pessoas diferentes. Quem está te enviando é
seu próprio pai e o objetivo dele é que você adquira experiência nesse
lugar e regresse para a casa são e salvo, porém muito mais maduro e
experiente do que era antes de ter embarcado nesta jornada. Estará sendo
designado a você um tempo específico para permanecer nesse local, porém
em sua volta ao lar, você terá que prestar um relatório de tudo o que você
fez e de tudo o que aprendeu durante esse tempo. Podemos comparar isso
ao Plano de Salvação do Pai Celestial. O Élder Robert D. Hales do
Quórum dos Doze Apóstolos de “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
últimos Dias” afirmou:
“Pondero com frequência sobre a desesperança dos filhos de
Deus que vagam no mundo escuro e triste, sem saber quem
são de onde vieram, por que estão aqui na Terra ou para onde
irão depois da vida mortal”.[415]

Através da restauração do Evangelho aprendemos que antes de


nascermos nesta Terra, vivíamos na presença do Pai Celestial como Seus
filhos espirituais.[416] Participamos de um conselho com os outros filhos
espirituais do Pai Celestial onde Ele apresentou Seu plano e Jesus Cristo
pré - mortal fez convênio de ser nosso Salvador. Usamos nosso arbítrio
para seguir o plano do Pai Celestial. Preparamo-nos para vir à Terra, onde
poderíamos continuar a progredir. Aqueles que seguiram o Pai Celestial e
Jesus Cristo receberam permissão para vir à Terra a fim de passarem pela
mortalidade e progredirem rumo à vida eterna. Lúcifer, outro filho
espiritual de Deus, rebelou-se contra o plano e tornou-se Satanás. Ele e
seus seguidores foram expulsos do céu e perderam o privilégio de receber
um corpo físico e de viver na mortalidade.
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O Plano do Pai Celestial permitiria que nos tornássemos semelhantes
a Ele e alcançássemos a imortalidade e a exaltação que é o tipo de vida que
Deus tem.[417] As escrituras chamam esse plano de plano de salvação, o
grande plano de felicidade, o plano de redenção e o plano de misericórdia,
o qual inclui todas as leis, ordenanças e doutrinas do evangelho. O arbítrio
moral — a possibilidade de escolher e agir por nós mesmos — também é
essencial no plano do Pai Celestial.[418] Por causa desse plano, podemos
ser aperfeiçoados por meio do Sacrifício Expiatório de Jesus Cristo,
receber a plenitude da alegria e viver para sempre na presença de Deus
(ver 3Néfi 12:48). Também por meio desse plano, nossos relacionamentos
familiares podem durar por todas as eternidades.
A vida mortal é um momento de aprendizado, quando podemos nos
preparar para a vida eterna e provar que vamos usar nosso arbítrio para
fazer tudo o que o Senhor ordenou. Durante esta vida mortal, devemos
amar e servir o próximo.[419]
Na mortalidade, nosso espírito está unido ao corpo físico, dando-nos
oportunidades de crescer e desenvolver-nos de maneiras que não eram
possíveis na vida pré -mortal. O presidente Dieter F. Uchtdorf explicou:
“Felizmente, o Pai Celestial nos deixou instruções
maravilhosas para estruturar nossa vida e nos ajudar a atingir
no pleno potencial. (...) [Ele] não nos abandonou à própria
sorte em meio a todas as incertezas ou desafios da vida (...)[
Ele] conhece as necessidades de Seus filhos melhor que
ninguém. É sua obra e glória assistir-nos a cada momento,
dando-nos recursos materiais e espirituais excepcionais para
nos auxiliar em nosso caminho de volta a Ele”.[420]

Quando morrermos, nosso espírito entrará no mundo espiritual e


aguardará a Ressurreição. O espírito dos justos é recebido num estado de
felicidade, que é chamado paraíso. Muitos fiéis pregarão o evangelho aos
que estão na prisão espiritual. A ressurreição é a reunião de nosso corpo
espiritual com nosso corpo físico perfeito de carne e ossos.[421] Após a

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ressurreição, o espírito e o corpo nunca mais serão separados e seremos
imortais. Toda pessoa nascida na Terra ressuscitará porque Jesus Cristo
venceu a morte.[422]Os justos ressuscitarão antes dos iníquos e surgirão na
Primeira Ressurreição.
O Juízo Final ocorrerá após a segunda ressurreição. Jesus Cristo
julgará cada pessoa para determinar a glória eterna que receberá. Esse
julgamento será baseado na obediência de cada pessoa aos mandamentos
de Deus.[423]
Este é o Plano do Pai Celestial conforme revelado nas Sagradas
Escrituras antigas e modernas. No entanto, um dos assuntos que costumam
aparecer em debates religiosos e filosóficos se dá acerca da busca da
plenitude da felicidade. Refletindo sobre esse tema, algumas questões
aparecem.
· O que satisfaz plenamente a alma humana?
· Qual a real fonte de felicidade em nossa existência?
· É possível ser feliz?
Essas e outras questões permeiam constantemente nossos
pensamentos e nossos anseios de modo que passamos praticamente toda
nossa vida em busca desse tal sentimento de realização plena. Certo
profeta antigo por nome Néfi afirmou: “... os homens existem para que
tenham alegria...”, porém como encontrar tal alegria?
Alguns buscam-na por diversos meios tais como obtenção de riquezas
materiais e de prazeres desenfreados. Todavia, continuamos a questionar:
seriam essas as fontes da verdadeira felicidade? Não é o que parece...
Certa ocasião ao conversar com uma pessoa bem-sucedida
profissionalmente, este afirmou estar muito animado para próxima semana,
a qual seria uma semana curta com um feriado na terça-feira, e mesmo que
a semana seguinte fosse longa, a que viria depois seria novamente uma
semana curta com um outro feriado. Após isto afirmei que estes seriam os
últimos feriados do semestre ao que ele respondeu que o recesso já estaria

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perto e que logo o ano terminaria culminando nas férias, e desse modo
mais um ano para sua aposentadoria teria se acumulado.
Ponderei sobre estas palavras e percebi que o ser humano parece
sempre ter anseio de algo futuro. Diversos autores têm abordado esse
assunto em vários ramos do conhecimento humano. Pensamentos tais
como: “quando eu completar 18 anos entrarei na maioridade e serei
feliz...” Logo quando a pessoa completa tal idade passa a pensar: “quando
eu terminar minha faculdade serei feliz”. Quando isso ocorre o
pensamento seguinte parece ser: “quando eu arrumar um bom emprego
serei realizado”. Logo em seguida: “quando eu me casar aí sim serei
completo”... “quando eu tiver meu filho”... “quando eu me aposentar”...
até que pôr fim a pessoa pensa: “poxa...quando eu era jovem e solteiro eu
era verdadeiramente feliz e não sabia, pois tinha pleno vigor, não tinha
muitas preocupações financeiras como família para sustentar, tinha toda a
vida pela frente...”
Quanto àqueles que acreditam que a obtenção de riquezas materiais
como um fim em si mesmo é o que traz a plenitude da alegria, convido-os
a ponderarem sobre o que certo escritor antigo afirmou:
“.... Eis que eu me engrandeci, e sobrepujei em sabedoria a
todos os que houveram antes de mim em Jerusalém; e o meu
coração contemplou abundantemente a sabedoria e o
conhecimento. Fiz para mim obras magníficas; edifiquei para
mim casas; plantei para mim vinhas. Fiz para mim hortas e
jardins, e plantei neles árvores de toda a espécie de fruto. Fiz
para mim tanques de águas, para regar com eles o bosque em
que reverdeciam as árvores. Adquiri servos e servas, e tive
servos nascidos em casa; também tive grandes possessões de
gados e ovelhas, mais do que todos os que houve antes de mim
em Jerusalém. Amontoei também para mim prata e ouro, e
tesouros dos reis e das províncias; provi-me de cantores e
cantoras, e das delícias dos filhos dos homens; e de
instrumentos de música de toda a espécie. E fui engrandecido,
e aumentei mais do que todos os que houve antes de mim em
Jerusalém; perseverou também comigo a minha sabedoria. E
olhei eu para todas as obras que fizeram as minhas mãos,
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como também para o trabalho que eu, trabalhando, tinha
feito, e eis que tudo era vaidade e aflição de espírito, e que
proveito nenhum havia debaixo do sol".[424]

Após uma leitura atenta destas palavras, faz-se pouco necessárias


explanações adicionais, portanto, que o leitor reflita se é possível obter a
plenitude da felicidade dessa forma, e para aqueles que consideram a
obtenção de prazeres carnais como a verdadeira felicidade, convido-os a
lerem o que outro profeta antigo nos deixou de ensinamento:
Eis que te digo que iniquidade nunca foi felicidade[425].
É comum ouvirmos relatos de pessoas afirmando a sensação de vazio
após a prática de atos carnais desregrados. Ainda que momentaneamente
tais atos possam proporcionar prazer, tal sensação se demonstra bastante
fugaz, o que nos faz perceber não ser este o modo propício de obter a tão
almejada felicidade.
Independente da forma como buscamos a alegria, esta parece
distanciar-se cada vez mais à medida que a procuramos com mais afinco
através de quais meios forem. O filósofo e apologista cristão C.S. Lewis
afirmou:
"A maior parte das pessoas, se tivesse aprendido a examinar
profundamente seus corações, saberia que querem com
veemência algo que não pode ser alcançado neste mundo".[426]
"Se descubro em mim um desejo que nenhuma experiência
deste mundo pode satisfazer, a explicação mais provável é que
fui criado para um outro mundo".[427]

Deus, nosso Pai Celestial afirmou a Joseph Smith:


“E em verdade eu te digo que deverás deixar as coisas deste
mundo e buscar as coisas de um melhor”.[428]

O que então é capaz de proporcionar a plenitude da felicidade?


Através da Bíblia Sagrada aprendemos o seguinte:
“Mas a nossa cidade está nos céus, de onde também
esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo”.[429]

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“... na tua presença há plenitude de alegria; à tua mão direita
há delícias perpetuamente”.[430]

Muitas promessas são feitas àqueles que se esforçam para levar suas
vidas de acordo com a vontade divina conforme revelado nas Escrituras
Sagradas. Dentre elas lemos:
“.... Surgireis na primeira ressurreição; e, se for depois da
primeira ressurreição, na próxima ressurreição; e herdareis
tronos, reinos, principados e poderes, domínios, todas as
alturas e profundidades...” [431]

Poderíamos detalhar cada uma das promessas contidas no versículo


acima, porém ficaria por demais extenso uma vez que podemos perceber
que tais itens são exatamente o que o ser humano busca nessa própria vida,
porém sem grande ou mesmo duradouro sucesso: tronos, reinos,
principados e poderes, domínios, todas as alturas e profundidades.
Após essas ponderações, a resposta que obtive a mim mesmo acerca
da pergunta que me foi feita é que penso não ser possível ser plenamente
feliz e realizado neste mundo, pois os desejos da alma humana são
infinitos assim como a própria alma humana é infinita. Somente aqueles
que herdarem a salvação no mais alto grau de glória, o que chamamos de
exaltação, é que terão o direito de desfrutarem dessa alegria. O livro do
Apocalipse nos traz a seguinte promessa:

“E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá


mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as
primeiras coisas são passadas”.[432]

Pensemos no glorioso plano de Salvação conforme revelado nas


Sagradas Escrituras antigas e modernas e comparemos ao que o mundo
religioso possui de entendimento acerca do propósito da vida. O Élder
Robert D. Hales afirmou:

“É muito revigorante conhecer o plano! O Plano de Salvação


é um dos maiores tesouros de conhecimento já concedidos à

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humanidade porque explica o propósito eterno da vida”. [433]

Enquanto através da Restauração do Evangelho, o Senhor nos deu a


conhecer os três estágios do Plano: a vida pré-mortal, mortal e pós-mortal,
as demais religiões herdeiras de um Evangelho corrompido e mutilado
desconhecem quase por completo a vida pré-mortal, não compreendem
muito da própria vida mortal e possuem uma visão bastante limitada
acerca da vida pós-mortal. Os ateus, agnósticos e céticos por sua vez
desconhecem tanto a vida pré-mortal quando a pós-mortal entendendo que
esta vida é tudo o que há. O Élder Hales ensinou:

“ ...a tentativa de dar um sentido para esta vida em si mesma é


como ver apenas o segundo ato de uma peça de três atos.
Precisamos entender o primeiro ato (a vida pré mortal) para
saber como fazer as melhores escolhas no segundo ato (a vida
mortal), que determina o que acontecerá conosco no terceiro
ato (a vida pós mortal)”.[434]

Neste capítulo mencionamos alguns aspectos nos quais o Evangelho


Restaurado sobrepuja as filosofias ou doutrinas humanas. Através do
ministério do profeta Joseph Smith, recebemos muitas revelações
grandiosas sobre o reino de Deus e o propósito eterno da vida que brilham
intensamente sob um mundo que jaz em trevas espirituais. Dispomos de
Profetas e Apóstolos vivos que revelam muitas coisas grandiosas relativas
ao Reino de Deus. Um desses Apóstolos, o Élder Uchtdorf declarou:

“Às vezes, pensamos na Restauração do evangelho como algo


que já está terminado, que já ficou para trás (...) Na verdade,
a Restauração é um processo em andamento. Nós a estamos
vivenciando bem agora. Ela inclui “tudo o que Deus revelou”
e “muitas coisas grandiosas e importantes” que Ele
ainda vai revelar(...) Este é um dos períodos mais
extraordinários da história do mundo!”[435]

Tendo em vista toda a riqueza doutrinária oriunda de mais esse


conhecimento advindo da Restauração do Evangelho, podemos nos
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questionar sobre o porquê este é professado e seguido por tão poucas
pessoas no mundo tendo em vista especificamente àqueles que são
membros ativos de “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos últimos Dias”.
Por que as pessoas de outras religiões não acreditam nessas grandes
verdades? O Élder Hales nos oferece a resposta:

“Satanás e aqueles que o seguiram [...] continuam sua guerra


de rebelião contra Deus e procuram voltar a mente e o
coração da humanidade contra Ele [...] Por que o Pai
Celestial permite que Satanás nos tente? Porque Ele sabe que
a oposição é necessária para nosso crescimento e para o teste
da mortalidade”.[436]

Não é necessária uma análise mais aprofundada sobre o assunto para


se perceber claramente que o entendimento que o Evangelho Restaurado
oferece acerca do tema brilha mais intensamente do que qualquer outro
ensinamento presente no mundo religioso atual, e como afirmou o Élder
Bednar do Quórum dos Doze Apóstolos, reconhecer a importância eterna
da singularidade da dispensação em que vivemos influencia tudo o que
fazemos e nos esforçamos para nos tornar.[437]

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Considerações finais
“A nossa mensagem é incomparável. Declaramos ao mundo
que a plenitude do evangelho de Jesus Cristo foi restaurada à
Terra (...). Convidamos a todos para ouvirem nossa mensagem
do Evangelho Restaurado de Jesus Cristo. Depois, comparem
a mensagem gloriosa a tudo o que porventura tenham ouvido
de outros, e poderão, assim, descobrir qual é a que vem de
Deus e qual vem dos homens”.[438]

Joseph Smith afirmou: “Eu nunca disse que era perfeito, mas não
há erros nas revelações que vos ensinei”.[439] O Senhor fez promessas a
ele por Sua própria voz e através de Seu mensageiro afirmando:

“Os confins da Terra indagarão a respeito de teu nome e tolos


zombarão de ti e o inferno se enfurecerá contra ti; enquanto os
puros de coração e os prudentes e os nobres e os virtuosos
procurarão conselho e autoridade e bênçãos sob tuas mãos
constantemente. E teu povo nunca se voltará contra ti pelo
testemunho de traidores”.[440]
“Ele chamou-me pelo nome, e disse-me que era um
mensageiro enviado a mim da presença de Deus, e que seu
nome era Morôni; que Deus tinha uma obra a ser executada
por mim; e que o meu nome seria considerado bom e mau
entre todas as nações, tribos e línguas, ou que entre todos os
povos se falaria bem e mal de meu nome”.[441]

Ao longo deste trabalho, embora não tenha sido meu objetivo atacar
nenhuma fé religiosa, tencionei demonstrar a riqueza doutrinária contida
no Evangelho de Jesus Cristo conforme restaurado por meio do profeta
Joseph Smith, através de comparações entre o ensino que dispomos através
da restauração e o que temos no mundo cristão atual. Minhas motivações
se deram principalmente devido à minha própria convicção não somente
acerca da veracidade da Igreja restaurada do Senhor, mas também do meu
chamado para escrever esta obra levando aos leitores o meu testemunho, e
também pelo fato de parecer haver uma lacuna no que diz respeito à
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literatura dessa natureza no Brasil e tendo em vista meu conhecimento,
experiência e passagem pelas duas vertentes abordadas, senti-me à vontade
para discorrer sobre o assunto. Apresentei uma porção da luz do
Evangelho Restaurado que quando devidamente compreendido sobrepuja
outras fontes de ensinamento religioso. Cremos que a luz de Cristo está
presente em abundância no mundo cristão, luz essa que ilumina todo
homem que vem ao mundo, porém, dispomos da plenitude do Evangelho
bem como de todas as ordenanças[442] necessárias para herdarmos o mais
alto grau na glória do reino celestial. O Evangelho Restaurado tem sido um
estandarte para as nações e uma luz para os povos modificando as mais
profundas convicções religiosas e trazendo o homem para mais próximo de
Cristo através de Seu puro Evangelho.
O Senhor nos prometeu que a Igreja foi estabelecida pela última vez
para nunca mais cair, para nunca mais ser tirada da Terra (D&C 13:1,
Princípios do Evangelho Cap. 17). Uma vez que obtemos o testemunho da
veracidade da mensagem da restauração, cabe-nos empregar todos nossos
esforços para compreendê-lo e ensiná-lo ao máximo possível. O Presidente
Joseph F. Smith ensinou:

“A maior conquista que o homem pode realizar neste mundo é


familiarizar-se com a verdade divina, de modo tão completo e
perfeito, que nem mesmo o exemplo ou a conduta de qualquer
ser humano possa afastá-lo do conhecimento obtido”.[443]
“Será que nós realmente compreendemos, será que realmente
entendemos o grandioso significado daquilo que temos? Esta é
a soma total das gerações do homem, o capítulo final no
panorama completo da experiência humana”.[444]

Cremos que todas as pessoas já aceitaram o Evangelho na vida pré-


mortal. Nosso dever é ajudá-las a relembrarem-se disso e dizerem sim
novamente ao Plano de Salvação do Pai Celestial.

“Pois ainda existe muita gente na Terra, em todas as seitas,


partidos e denominações, que é cegada pela astúcia sutil dos
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homens que ficam à espreita para enganar, e que só está
afastada da verdade por não saber onde encontrá-la.
Portanto, devemos consumir e esgotar nossa vida para trazer
à luz todas as coisas ocultas das trevas, até onde as
conheçamos; e elas são verdadeiramente manifestadas do
céu”.[445]

A liberdade religiosa é um conceito moderno. Durante a história e


em menor proporção ainda nos dias atuais, religiões impuseram suas
crenças convertendo povos e nações através da força sem que os
conquistados tivessem prerrogativa de escolha. O Evangelho Restaurado
ao contrário, impõe-se sobre as filosofias e doutrinas humanas, através do
poder do Espírito Santo que leva a pura Palavra de Deus aos corações dos
homens.[446] Deus, o Pai Celestial está à frente de sua Igreja e esta seguirá
viva e eficaz até a segunda vinda do Senhor Jesus Cristo.
“À proporção que o mormonismo continua avante em seu segundo século, poder-
se-á perguntar por quanto tempo ainda durará a sua vitalidade e qual será o seu
crescimento. Como será a Igreja amanhã? Já alcançou ela o máximo? Tornar-se-á
a religião dominante do século ou virá a declinar eventualmente, até sair do quadro
religioso? Que mudanças poderão advir na Igreja em si? Quais as suas presentes
tendências para o futuro? (...) A Igreja sobreviveu à morte de até mesmo o maior de
seus líderes, sem parecer ter sido por isto afetada. Por outro lado, a Igreja produz
em quantidade líderes capazes de levar avante o seu trabalho. Se depender de
liderança pode-se esperar que a Igreja continue, sem dúvida alguma, com seu
fenomenal crescimento e influência. Outros disseram dever a Igreja o seu
crescimento à estupenda astúcia de Joseph Smith e seus associados. Esses
predisseram a sua queda para tão logo fosse a fraude descoberta. O tempo e as
pesquisas, no entanto, não revelaram tal fraude, ao contrário, tendem mais e mais a
substanciar a honestidade e sinceridade dos seus fundadores. A Igreja se fortaleceu
e cresceu onde se esperava que viesse a cair. Outros ainda declararam que o
Profeta era honesto e sincero, mas que estava enganado. Estes consideravam as
visões do Profeta alucinações que fizeram com que ele acabasse por acreditar que
tinha visto personagens celestiais e recebido mensageiros de Deus. Não
necessitamos aqui considerar as dificuldades que estas mesmas pessoas tiveram em
explicar a realidade que é o Livro de Mórmon, como fruto de alucinações, ou a
profunda sabedoria contida nas revelações do Profeta. Todos aqueles, entretanto,
que não duvidaram da sinceridade do Profeta Joseph, mas que rotularam suas
visões e revelações como truques de uma mentalidade fantasiosa, também
esperavam a breve queda do mormonismo. De fato, se tal tivesse sido a sua origem,
o mormonismo não poderia sobreviver e florescer por muito tempo numa era
científica. Defrontamo-nos com o fato de que o testemunho e zelo de um só homem,
embora verdadeiro e forte, gradualmente perdem sua potência e realidade com o
passar das gerações, a menos que sejam vitalmente renovados nos corações de seus
seguidores; e, se o testemunho e zelo assim declinam, a Igreja também declina. No
entanto, se o testemunho de seu fundador é continuamente renovado nos corações

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de seus seguidores, de modo que possam vir a ter o mesmo fervor demonstrado por
seu fundador, tal Igreja não poderá ter fim. É isto o que os mais cuidadosos críticos
observam atualmente. O fervor dos membros da Igreja de Jesus Cristos dos Santos
dos Últimos Dias não mostra sinais de abatimento. O espírito missionário nunca
Foi tão forte quanto hoje. Conversos da Igreja continuam a enviar seus filhos e
filhas para o campo missionário, a fim de converter outros. Homens e mulheres aos
milhares ainda prestam ao mundo testemunho da restauração do poder de Deus e
de todos os seus dons. Esta poderosa fé não se limita à mente – é uma fé viva, que
se manifesta em serviço voluntário ao próximo, no pagamento de dízimos e ofertas,
em trabalho no templo cada vez maior e nas vidas individuais de seus membros”.
[447]

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Referências Bibliográficas
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Fiel.
· A Bíblia Sagrada. Editora Ave Maria. 59ª edição. 1988.
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por “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos últimos Dias”. 1991
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· A Liahona. Março de 2012. Publicado por “A Igreja de Jesus Cristo
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· A Liahona. Novembro de 2012. Publicado por “A Igreja de Jesus
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· A Liahona. Outubro de 2015. Publicado por “A Igreja de Jesus
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Assombro”. “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos
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· SWINDOLL, Charles. A igreja Desviada. Um chamado urgente
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· CALLISTER, Tad R., “O Livro de Mórmon – um Livro de Deus”,
“A Liahona”, novembro de 2011. Disponível online em
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· WHITE, Ellen G. O Grande Conflito. Casa publicadora brasileira.
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· Vida e Ensinamentos de Jesus e Seus Apóstolos. Manual do Curso
de Religião, p.211,212. Publicado por “A Igreja de Jesus Cristo dos
Santos dos Últimos Dias”.1976.

[1]BERRET, William Edwin. A Igreja Restaurada. Digitized by the Internet Archivein 2012 with
funding from Corporation of the Presiding Bishop, The Church of Jesus Christ of Latter-day Saints,
p.359
[2]Miquéias 4:1-2, Isaías 2:2, 29:14, Daniel 2:44, Malaquias 4:5-6, Atos 3:21, Apocalipse 14:6, 1
Néfi 15:13-18
[3]http://mundoestranho.abril.com.br/materia/quantas-pessoas-ja-viveram-no-mundo
[4]Este cálculo foi feito pelos pesquisadores do site Population Reference Bureau (www.prb.org),
que reúne dados sobre demografia. Os números obviamente são apenas aproximados, a começar
pelo primeiro ano de vida humana na Terra que eles assumem ter sido no ano 50000 a.C. daí em
diante, a conta é dividida por períodos e se baseia na média de natalidade de cada um
[5]A Pérola de Grande Valor: Joseph Smith – Mateus 1:31
[6]Jeffrey R. Holland – Permanecer Unidos na Causa de Cristo. A Liahona, agosto de 2012
[7]O Livro de Mórmon – Mosias 3: 17 – negritos e sublinhados meus
[8]O Livro de Mórmon – Alma 38: 9 – negritos e sublinhados meus
[9]Élder Jeffrey R. Holland – Permanecer Unidos na Causa de Cristo. A Liahona, agosto de 2012
[10]Ensinamentos dos Presidentes da Igreja. George Albert Smith, p.24
[11]A Liahona, agosto de 2012, p.80
[12]Doutrina e Convênios, 115:4
[13]BERRET, William Edwin. A Igreja Restaurada. Digitized by the Internet Archivein 2012 with

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funding from Corporation of the Presiding Bishop, The Church of Jesus Christ of Latter-day Saints,
p.358
[14]Ou tiveram a fé enfraquecida
[15]Joseph F. Smith. Doutrina do Evangelho, p.18
[16]SUD: Santos dos Últimos Dias. Sigla utilizada para designar os membros de “A Igreja de
Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias”
[17]Guia para Estudo das Escrituras SUD, verbete
profeta

[18]Termos utilizados em “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias”
[19]Ritos, sacramentos de salvação: Em “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias”,
as principais ordenanças de salvação são: batismo, confirmação, ordenação ao sacerdócio para
homens, sacramento da ceia do Senhor, investidura e selamentos
[20]Reuniões realizadas geralmente nos primeiros domingos de cada mês, onde além da partilha
do sacramento da Ceia do Senhor, os membros têm a liberdade para prestarem seus testemunhos
publicamente
[21]Doutrina e Convênios 1:30
[22]Doutrina e Convênios 115:4
[23]Reunião de testemunho: no primeiro domingo de cada mês, a congregação é convidada a
expressar ou compartilhar seus sentimentos sobre Jesus Cristo e o evangelho durante a reunião
sacramental
[24]Nasceram em famílias seladas (casadas) nos templos de “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos
dos Últimos Dias”
[25]Louis Francescon, Convenção de 1936
[26]2 Néfi 2:11
[27]A Bíblia sagrada – 2 Pedro 1:16, versão King James atualizada
[28]Uma delas é A Grande Apostasia, escrita pelo apóstolo mórmon James E. Talmage, já falecido.
A Obra não é mais publicada em língua portuguesa, mas encontra-se disponível na internet
[29]Aqui me refiro mais especificamente a líderes religiosos protestantes
[30]Este livro não se destina a ser uma obra de respostas às críticas que se fazem à Fé Mórmon
[31]Não é meu objetivo que este seja um livro de interpretação bíblica
[32]Doutrina e Convênios 1:4-5
[33]A Liahona, maio de 2012, p.19,21
[34]Lucas 9:62
[35]Dallin H. Oaks, “Sacrifício”, A Liahona, maio de 2012, p.19
[36]A Liahona, março de 2003 – notícias da Igreja, p.3
[37]Joseph Smith – História 1:7
[38]O Livro de Mórmon – Morôni 10:3-5
[39]Glossolalia: fenômeno frequente no Protestantismo pentecostal, neopentecostal, bem como na
renovação carismática católica
[40]Líderes responsáveis pela parte musical da igreja a nível local e regional
[41]Periódico mensal publicado por “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias”
[42]Processo pelo qual a mencionada denominação priva seu membro de sua liberdade de exercer
atividades na igreja como tocar instrumentos, testemunhar e orar em público

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[43]Líder eclesiástico desta denominação.
[44] Hinos, 70
[45] Relatos semelhantes podem são descritos por membros da Igreja em várias partes do mundo
conforme pode ser visto através do relato feito por um autor que mora na República Dominicana e
cuja narrativa encontra-se na revista A Liahona, edição de Agosto de 2016, p.65: “... Posso dizer
que nunca tinha sentido uma paz tão grande como a que senti quando entrei na capela do Ramo de
Matancita, República Dominicana, onde a doutrina pura era compartilhada, deliciosa para uma
alma que a buscara com tanta ansiedade. Os hinos cantados encheram-me a mente e o coração
com um pensamento: Esta é a verdade”.
[46] Protestante é o termo pelo qual a Congregação Cristã no Brasil refere-se a si mesma
conforme exposto em Tópicos de Ensinamentos: Assembleia de 23 a 27 de março de 1970 onde
afirma: “...na parte de religião devem responder “Protestantes”, pois assim a lei nos
classifica”.

[47]Senti que se esse encarregado, na condição de líder religioso, se considerasse que minha
decisão estava equivocada, deveria buscar reconquistar-me principalmente através do amor
cristão e de ensinamentos bíblicos e não ter agido daquela forma.
[48] Hinos, 168
[49] Título possuído por aqueles que são responsáveis por presidirem as Reuniões de Jovens e
Menores.
[50]Estaca é uma unidade administrativa de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias
que compreende várias unidades menores chamadas alas e ramos, os quais por sua vez estão
alocadas em capelas/congregações. Conferência de Estaca é uma ocasião realizada
semestralmente na qual todos os membros da estaca se reúnem para ouvir seus líderes, entoarem
hinos e fazerem orações.
[51]Hinos, 170
[52]Ronald A. Rasband. “Experiências Especiais”. A Liahona, abril de 2008 – disponível online
em https://www.lds.org/general-conference/2008/04/special-experiences?lang=por acesso em
24/06/2016
[53]“Comparemos a palavra a uma semente. Ora, se derdes lugar em vosso coração para que uma
semente seja plantada, eis que, se for uma semente verdadeira, ou seja, uma boa semente, se não a
lançardes fora por vossa incredulidade, resistindo ao Espírito do Senhor, eis que ela começará a
inchar em vosso peito; e quando tiverdes essa sensação de crescimento, começareis a dizer a vós
mesmos: Deve ser uma boa semente, ou melhor, a palavra é boa porque começa a dilatar-me a
alma; sim, começa a iluminar-me o entendimento; sim, começa a ser-me deliciosa” (O Livro de
Mórmon - Alma 32:28).
[54]Ronald A. Rasband. “Experiências Especiais”. A Liahona, abril de 2008 – disponível online
em https://www.lds.org/general-conference/2008/04/special-experiences?lang=por acesso em
24/06/2016
[55]Disponível online em https://br.noticias.yahoo.com/blogs/vi-na-internet/jesus-foi-uma-
fic%C3%A7%C3%A3o-criada-pelos-romanos-diz-000213589.html
[56]Mórmon 7:8-10
[57]Livro de Mórmon
[58]Bíblia
[59]Reflexões e Conselhos do Presidente Gordon B. Hinckley. A Liahona, novembro de 2000, p.32
[60]Uma congregação de “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos últimos Dias”.
[61]Doutrina e Convênios 76. Publicado por “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos
Dias”
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[62]Alma 32:28, Mateus 13
[63]Disponível online em https://www.lds.org/general-conference/2015/04/is-it-still-wonderful-to-
you?lang=por
[64]James E. Talmage – A Grande Apostasia, p.6
[65]O Glorioso Dia da Restauração do Sacerdócio. A Liahona, junho de 2015, p.25
[66]James E. Talmage – Jesus, o Cristo p.693
[67]James E. Talmage – A Grande Apostasia p.28
[68]James E. Talmage – A Grande Apostasia, p.27
[69]BALLARD, M. Russel. Nossa busca da felicidade. Publicado por “A Igreja de Jesus Cristo dos
Santos dos últimos Dias”, 2008, p.26
[70]Mateus 16:19
[71]Irineu de Lyon enfatizava os elementos da Igreja, especialmente o episcopado, as Escrituras e
a tradição. Escreveu que a única forma de os cristãos se manterem unidos era aceitarem
humildemente a autoridade doutrinária dos concílios dos bispos. Seus escritos são tidos como
evidências iniciais da primazia papal. Irineu foi também a testemunha mais antiga do
reconhecimento do caráter canônico dos quatro evangelhos. A Igreja Católica, a Comunhão
Anglicana, a Igreja Luterana e a Igreja Ortodoxa consideram-no santo
[72]Irineu de Lyon. Tradition in the Roman Church. Tought not as Heretics Teach III: 3:3
[73]O Anuário contém informações sobre os cardeais, dioceses, bispos, dicastérios e organismos
da cúria romana; representações diplomáticas do e no Vaticano, institutos religiosos e instituições
culturais dependentes da Santa Sé. É elaborado pelo Departamento Central de Estatísticas da
Igreja. O periódico é uma continuação de diversas publicações que com diferentes nomes e desde o
século XVIII tem facilitado esta mesma informação de maneira oficiosa, semioficial ou oficial
[74]BALLARD, M. Russel. Nossa busca da felicidade. Publicado por “A Igreja de Jesus Cristo dos
Santos dos últimos Dias”, 2008, p.27-28
[75]Segundo bispo Polícrates de Éfeso em 190 (atestada por Eusébio de Cesaréia na sua História
Eclesiástica, 5, 24), o Apóstolo “dormiu” (faleceu) em Éfeso
[76]História da Igreja na Plenitude dos Tempos. Curso de religião 341-343. Publicado por “A
Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias”, 1989, p.5
[77]“Constantino declarou ter tido, em pleno dia, a visão de uma cruz flamejante no céu, com os
dizeres Sob Este Signo Vencerás” (História da Igreja na Plenitude dos Tempos. Curso de religião
341-343. Publicado por “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias”, 1989, p.5)
[78]AQUINO, Felipe. Uma história que não é contada, p.20. Aquino Apud Sousa, T.F., 2007
[79]Concílio é a reunião de bispos e outros líderes eclesiástico com o objetivo de discutir e
deliberar sobre questões pastorais, de doutrina, fé e costumes.
[80]AQUINO, Felipe. Uma história que não é contada. Ed. Cléofas, p.50
[81]BALLARD, M. Russel. Nossa busca da felicidade. Publicado por “A Igreja de Jesus Cristo dos
Santos dos últimos Dias”, 2008, p.26
[82]WHITE, Ellen G. O Grande Conflito. Casa publicadora brasileira, 27ª edição, 1981, p.40-41
[83]A Igreja Restaurada. William Edwin Berret. Digitized by the Internet Archivein 2012 with
funding from Corporation of the Presiding Bishop, The Church of Jesus Christ of Latter-day Saints.
XIV -XIV
[84]Henoteísmo (do grego hen theos, “um deus”) é termo criado pelo orientalista e estudioso das
religiões Max Müller (1823-1900) para designar a crença na existência de muitos deuses, mas dá
atenção especial a um deus em particular, ou considera um deus em particular como supremo e
acima dos outros deuses.

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[85]História da Igreja na Plenitude dos Tempos. Curso de religião, 341-343. Publicado por “A
Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias”, 1989, p.4-5
[86]BERRET, William Edwin A Igreja Restaurada. Digitized by the Internet Archivein 2012 with
funding from Corporation of the Presiding Bishop, The Church of Jesus Christ of Latter-day Saints.
XIV -XVI
[87]História da Igreja na Plenitude dos Tempos. Curso de religião, 341-343. Publicado por “A
Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias”, 1989, p.5
[88]Dicionário Vine — O Significado Exegético e Expositivo das Palavras do Antigo e do Novo
Testamento
[89]História da Igreja na Plenitude dos Tempos. Curso de religião, 341-343. Publicado por “A
Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias”, 1989, p.4
[90]TALMAGE, James E. A Grande Apostasia, p.27
[91]WHITE, Ellen G. O Grande Conflito. Casa publicadora brasileira, 27ª edição, 1981, p.48,54
[92]O Livro de Mórmon – 1 Néfi 13:26,28,29
[93]WHITE, Ellen G. O Grande Conflito. Casa publicadora brasileira, 27ª edição, 1981, p.49,53
[94]Perspectiva também do Espiritismo e do Islamismo
[95]James E. Faust. A Restauração de todas as coisas. A Liahona, abril de 2006
[96]A Liahona, janeiro de 2016, p.30
[97]Defense of the Faith and the Saints, 2 volumes (1907), 1:512–513. Citado em A Liahona, junho
de 2002. Uma perspectiva SUD de Maomé
[98]A Liahona, maio de 2012. D. Todd Christofferson – A Doutrina de Cristo, p.86
[99]John Wycliffe (c. 1328 – 31 de dezembro 1384) foi professor da Universidade de Oxford,
teólogo e reformador religioso inglês, considerado precursor das reformas religiosas que
sacudiram a Europa nos séculos XV e XVI (ver: Reforma Protestante). Trabalhou na primeira
tradução da Bíblia para o idioma inglês, que ficou conhecida como a Bíblia de Wycliffe. Como
teólogo, logo destacou-se pela firme defesa dos interesses nacionais contra as demandas do
papado, ganhando reputação de patriota e reformista. Wycliffe afirmava que havia um grande
contraste entre o que a Igreja era e o que deveria ser, por isso defendia reformas. Suas ideias
apontavam a incompatibilidade entre várias normas do clero e os ensinos de Jesus e seus apóstolos
[100]Zwingli: 1484 – 1531. Foi um teólogo suíço e principal líder da reforma protestante na Suíça.
Zuínglio não deixou uma igreja organizada, mas as suas doutrinas influenciaram as confissões
calvinistas
[101]Tyndale: 1484 – 1536. Foi um pastor protestante e acadêmico inglês. Traduziu a Bíblia para
uma versão inicial do moderno inglês. Foi perseguido pela Igreja Católica e pela Igreja Anglicana
sendo queimado na fogueira em 1536
[102]O Élder James E. Faust declarou: “Nos séculos seguintes, os religiosos reconheceram que
tinha ocorrido uma apostasia gradual da Igreja organizada por Jesus Cristo. Alguns deles
sofreram muito por suas crenças naquilo que veio a chamar-se Reforma um movimento do século
XVI que procurava reformar a cristandade ocidental. Isso resultou na separação das igrejas
protestantes da principal igreja cristã”. James E. Faust. A Restauração de todas as coisas. A
Liahona, abril de 2006
[103]Conference Report, abril de 1921, pp. 32–33. Citado em A Liahona, junho de 2002. Uma
perspectiva SUD de Maomé.
[104]AQUINO, Felipe. Uma história que não é contada. Ed Cléofas, p.251
[105] P.G.V. Joseph Smith História 1:12
[106]A Bíblia Sagrada, Tiago 1:5

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[107]Joseph Smith afirmou: “... enquanto traduzíamos o Evangelho de João, eu e o Élder Rigdon
tivemos a seguinte visão” ao mesmo tempo em que esta visão foi recebida, o Profeta estava
traduzindo João 5:29. Cabeçalho de Doutrina e Convênios, seção 76.
[108]Doutrina e Convênios, p.138
[109]Ensinamentos dos Presidentes da Igreja. Wilford Woodruff. Capitulo 1
[110]A Igreja Restaurada, História da Igreja na Plenitude dos Tempos, A Verdade Restaurada,
Nosso Legado entre outros.
[111]Ensinamentos dos Presidentes da Igreja. Brigham Young, p.16
[112]Citado em “Uma Obra Maravilhosa e um Assombro”, LeGrand Richards, “A Igreja de Jesus
Cristo dos Santos dos Últimos Dias”, 3ª Edição, 1966, p.3 – negritos meus
[113]TALMAGE, James E. A Grande Apostasia, p.23
[114]Ver 3 Néfi 15:19
[115]Ver O caminho para Palmyra. A Liahona, junho de 2015, p.5-19
[116]# Néfi 15:21 - A Liahona, junho de 2016, p.23
[117]Ver Gálatas 1:6–8; II Timóteo 1:15; III João 1:9–10. (DBY, p. 107 citado em Ensinamentos
dos Presidentes da Igreja – Brigham Young, capítulo 14: As dispensações do Evangelho
[118]TALMAGE, James E. A Grande Apostasia. Prefácio – Disponível online
[119]Joseph Smith, História 1:18-19
[120] Mateus 16:18
[121] Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, 274
[122] Lucas 16:20-26
[123]1 Pedro 4:6
[124]Lucas 20:38
[125]Acelerar o trabalho. A Liahona, junho de 2014, p.4
[126]A Igreja Restaurada. William Edwin Berret. Digitized by the Internet Archivein 2012 with
funding from Corporation of the Presiding Bishop, The Church of Jesus Christ of Latter-day Saints.
XV
[127]Vida e Ensinamentos de Jesus e Seus Apóstolos. Manual do Curso de Religião 211 e 212.
Publicado por “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos últimos Dias”, 1976, p.105,106
[128]O Livro de Mórmon: 3 Né. 27: 8 – negritos meus
[129]Doutrina e Convênios 115:4 – negritos meus
[130] TALMAGE, James E. A Grande Apostasia, p.18
[131]SWINDOLL, Charles. A igreja Desviada. Ed Mundo cristão, 2010, Reimpressão em 2014,
p.259-260
[132]A Liahona, The Elders Journal, 20 de abril de 1926, p.424, citado em LeGrand Richards.
Uma obra Maravilhosa e um assombro, p.28
[133]Artigo 18
[134]Ensinamentos dos Presidentes da Igreja. George Albert Smith, 2011, p.153
[135]Jeffrey R. Holland, “Permanecer Unidos na Causa de Cristo”, A Liahona, agosto de 2012
[136]Jeffrey R. Holland, “Permanecer Unidos na Causa de Cristo”, A Liahona, agosto de 2012
[137]Joseph Smith, History of the Church, vol. 5, p.499, citado por Jeffrey R. Holland em A
Liahona, agosto de 2012
[138] Lucas 6:41

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[139] Todos aqueles que forem exaltados no mais alto grau da glória celestial.
[140]Hinos de Louvores e Súplicas a Deus – nº 427 publicado pela Congregação Cristã no Brasil
[141]Andreia Fontes
[142]Há algumas reminiscências no Espiritismo, porém diferente da forma como apresentado em
“A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias”.
[143]Hinos, 191
[144]Abraão 3:25 – A Pérola de Grande Valor
[145]Doutrina e Convênios, 132:18-19
[146]Ensinamentos dos Presidentes da Igreja. Spencer W. Kimball, p.254
[147]Henry B. Eyring. A Liahona, junho de 2015, p.5
[148]Conjunto de livros aceitos como divinamente inspirados.
[149]Apócrifos, os proscritos da Bíblia. Ed. Mercuryo, 1992, p.15
[150]Em 1927, na cidade de Niágara Falls, NY (Estados Unidos da América), a Convenção da
Igreja Cristã Italiana da América do Norte, definiu os "12 Articoli di Fede" (12 Artigos de Fé),
posteriormente adotados pelas congêneres argentinas e italianas, e pela Congregação Cristã no
Brasil, sob a designação de "Pontos de Doutrina e da Fé que uma vez foi dada aos santos".
[151]A Liahona, junho de 2016, p.21
[152]Livro de Mórmon, Doutrina e Convênios e Pérola de Grande Valor.
[153]2 Timóteo 3:15
[154]2 Timóteo 3:16
[155]Presidente Ezra Talf Benson, [Vinde a Cristo e sede aperfeiçoados Nele], Ensin, maio de
1998, p.84, citado em A Liahona, novembro de 2004, p.128
[156]A Liahona, março de 2016, p.22
[157]http://www.ultimato.com.br/conteudo/a-biblia-ja-pode-ser-lida-em-2-544-idiomas acesso
24/05/2016
[158]Dados referentes ao ano de 2016. Ver A Liahona, março de 2016
[159]Ver A Liahona, novembro de 2004, p.6
[160] Ver A Liahona, junho de 2016, p.25
[161]Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Howard W. Hunter p.145 Publicado por “A Igreja
de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias”
[162]Atualmente, a maioria das compilações bíblicas cumprem tanto as normas estabelecidas pela
Sociedade Bíblia Britânica e Sociedade Estrangeira Bíblica em 1825, que corresponde à chamada
Bíblia protestante, ou com um que inclui os livros deuterocanônicos prescritos para as chamadas
Bíblias Católicas
[163]Ensinamentos dos Presidentes da Igreja – Brigam Young, p.17
[164] Antoine Laurent de Lavoisier (Paris, 26 de agosto de 1743 — Paris, 8 de maio de 1794)
[165] LENNOX. John C. Por que a ciência não consegue enterrar Deus. Ed. Mundo cristão, 2012,
p.25
[166]Visão de mundo, maneira subjetiva de ver e entender o mundo, as respostas a questões
filosóficas básicas, como a finalidade da existência humana, a existência de vida após a morte etc.;
[167]DAWKINS, Richard. Deus, um delírio. Companhia das letras, 2007, p. 213
[168]Joseph Smith, History of the Church, vol. 6, p. 476
[169]Artigo disponível em https://rsc.byu.edu/archived/sele-o-de-artigos-traduzidos/qual-nossa-

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doutrina Acesso em 8/04/2016
[170]Journal of Discourses, vol.4, p. 192
[171]Original em Inglês: “Remember that God our Heavenly Father was perhaps once a child, and
mortal like we are, and rose step by step in the scale of progress, in the school of advancement; has
moved forward and overcome until he has arrived at the point where He now is ” (Orson
Hyde Gospel Through the Ages p.104).
[172]A Liahona, março de 2016, p.36
[173]DAWKINS, Ricard. Deus, um delírio. Companhia das letras, 2007, p.153
[174]Ensinamentos dos Presidentes da Igreja – Brigham Young, p.31. Publicado por “A Igreja de
Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias”, 1997
[175]Ensinamentos dos Presidentes da Igreja – Brigham Young, cap. 10. Publicado por “A Igreja
de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias”.
[176] LeGrand Richards. Uma Obra Maravilhosa e um Assombro, p.261
[177] LeGrand Richards. Uma Obra Maravilhosa e um Assombro, p.278 – citando William
Wordsworth: Ode on Intimations of Imortality

[178]Doutrina e Convênios 72 - cabeçalho


[179]Há várias outras doutrinas restauradas que não apresentarei nesta obra. Discorrerei apenas
sobre aquelas que considero pertinentes para a compreensão do tema proposto
[180]O Livro de Mórmon – 1 Néfi 13
[181]Podem ser encontradas apenas referências esparsas na Bíblia a respeito da eternidade das
famílias, do batismo pelos mortos, dos Graus de Glória e de outras doutrinas da Restauração
[182]TALMAGE, James E. Jesus, o Cristo. Prefácio IV. Publicado por “A Igreja de Jesus Cristo
dos Santos dos Últimos Dias”
[183]Reflexão geral em torno da natureza, etapas e limites do conhecimento humano. Estudo dos
postulados, conclusões e métodos dos diferentes ramos do saber científico, ou das teorias e
práticas em geral, avaliadas em sua validade cognitiva
[184]O termo Hades é o equivalente grego da palavra hebraica she'óhl, usualmente transliterada
para o português por Sheol, e aplica-se à sepultura comum da humanidade em contraste com a
palavra grega Táfos, uma sepultura individual. A palavra Hades surge dez vezes nos mais antigos
manuscritos do Novo Testamento. Esta é a lista das dez ocorrências: Mateus 11:23; Mateus 16:18;
Lucas 10:15; Lucas 16:23; Atos 2:27-31; Apocalipse 1:18; Apocalipse 6:8; Apocalipse 20:13-14
[185]Geena (do hebraico ‫ִהֹנּם‬-‫ ֵגיא ֶבן‬, transl. Geh Ben-Hinom, literalmente "Vale do Filho de
Hinom" é um vale em torno da Cidade Antiga de Jerusalém, e que veio a tornar-se um depósito
onde o lixo era incinerado. Atualmente é conhecido como Uádi er-Rababi. Este vale era usado
como depósito de lixo, onde se lançavam os cadáveres de pessoas que eram consideradas indignas,
restos de animais, e toda outra espécie de imundície. Usava-se enxofre para manter o fogo aceso e
queimar o lixo. Esta palavra grega surge doze vezes no texto bíblico, nos seguintes locais: Mateus
5:22, Mateus 5:29, Mateus 5:30; Mateus 10:28; Mateus 18:9; Mateus 23:15, Mateus 23:33,
Marcos 9:43, Marcos 9:45, Marcos 9:47, Lucas 12:5, Tiago 3:6
[186]Há ainda traduções que mantém os termos originais hebraicos e gregos optando por não
traduzi-los. Nessas Bíblias geralmente não há o termo inferno em seu texto. Como resposta me foi
dito a Bíblia Sagrada
[187]Tradução de João Ferreira de Almeida
[188]Ver Frederic W. Farrar, Eternal Hope, 1892, P. XXXVI - XLII
[189]Segundo a Reforma Protestante, é o princípio no qual a Bíblia tem primazia ante a Tradição
legada pelo magistério da Igreja Católica quando os princípios doutrinários entre esta e aquela

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forem conflitantes. Na Reforma, não se rejeita a Tradição, ela continua a ser usada como
legitimadora para qualquer assunto omitido pela Bíblia. Quando houverem divergências entre
Bíblia e tradição, a Bíblia terá primazia. Nos movimentos de inspiração protestante considerados
historicamente como radicais (anabatistas e puritanos), e outros surgidos durante o século XIX,
esse princípio foi ressignificado como “nuda scriptura” , passando a ser entendido ao pé da letra,
adotando-se a ideia de que a “A Escritura interpreta a própria Escritura”, bem como a que a
mesma era “suficiente como única fonte de doutrina e prática cristãs” em todos aspectos. Devido
essa ressignificação, passou-se a chamar o entendimento anterior reformado de “Prima
Scriptura”. O Sola scriptura é um dos cinco pontos fundamentais do pensamento da Reforma
Protestante, conhecidos como Cinco solas.
[190]Regra de Fé n.8
[191]Regra de Fé n.9
[192]Ensinamentos do Profeta Joseph Smith”, edição 1975, p. 319, Joseph Fielding Smith
[193]James E. Talmage, Regras de fé, p.263
[194]Ensinamentos dos Presidentes da Igreja, Joseph Smith, p.204
[195]O Presidente Spencer W. Kimball (1895-1983) ensinou, a respeito dos discursos da
conferência: “Nenhum texto ou livro que não sejam as obras-padrão da Igreja devem ocupar um
lugar tão importante nas prateleiras de sua biblioteca pessoal não por sua excelência retórica ou
eloquência, mas pelos conceitos que mostram o caminho para a vida eterna”. Em 1988, o
Presidente Ezra Taft Benson (1899-1994) repetiu esse conselho ao ensinar: “Nos próximos seis
meses, sua edição de conferência da revista A Liahona deve ficar ao lado de suas escrituras e ser
consultada frequentemente”. A Liahona, abril de 2012, p.8-9
[196]A Liahona, junho de 2012, p.33
[197]A Liahona, junho de 2015, p.35
[198]Boyd K. Packer, Os Doze, A Liahona, abril de 2008. Disponível online em
https://www.lds.org/general-conference/2008/04/the-twelve?lang=por acesso: 25/06/2016
[199]A Liahona, maio de 2012, p.102
[200]A Liahona, maio de 2012, p.4
[201]A Liahona, março de 2012, p.5
[202]A Liahona, março de 2012 p.45, ver também II Coríntios 13:1, D&C 6:28
[203]A Liahona, março de 2012, p.45
[204]Discourses of Wilford Woodruff, p.214-216 citado em Doutrina e Convênios – manual do
aluno curso de religião, 324-325. Publicado por “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos
Dias”, 1986
[205]Joseph F. Smith. Doutrina do Evangelho, p. 178.
[206]Ensinamentos dos presidentes da Igreja. Harold B. Lee, p.45
[207]Ensinamentos dos presidentes da Igreja. Lorenzo Snow, p.241-242
[208]Presidente Lorenzo Snow (1814-1901) – Conference Report outubro de 1900, p.4, citado em A
Liahona, abril de 2014, p.21
[209]Ensinamentos dos Presidentes da Igreja, George Albert Smith, p.22
[210]Ensinamentos dos Presidentes da Igreja, Spencer W. Kimball, p.261
[211]Ensinamentos dos Presidentes da Igreja, Gordon B. Hinckley, p.123-124
[212]Dieter F. Uchtdorf, “Por que precisamos de profetas?” A Liahona, março de 2012, p.4
[213]O Profeta Joseph Smith declarou: “(...) é contrário ao sistema de Deus que um membro da
Igreja ou qualquer outra pessoa, receba instruções para alguém cuja autoridade seja maior do que
a sua” (...) as revelações da disposição e vontade de Deus a respeito da Igreja devem vir por
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intermédio da [Primeira] Presidência. Essa é a ordem dos céus, assim como o poder e privilégio
desse sacerdócio. Qualquer dos oficiais desta Igreja tem o privilégio de receber revelações, no que
concerne ao seu chamado e dever na Igreja”. (Ensinamentos do Profeta Joseph Smith. Sel. Joseph
Fielding Smith, p.23,109, citado em A Liahona, novembro de 2003, p.86)
[214]A Liahona, janeiro de 2016, p.31
[215]A Liahona, agosto de 2013, p.29
[216]Bruce R. McConkie. “Arbítrio e Inspiração”. A Liahona, junho de 2012, p.16-19
[217]Richard G. Scott, “Como Obter Revelação e Inspiração para a Vida Pessoal”. A Liahona,
maio de 2012, p.45
[218]A Liahona, abril de 2012
[219]Presidente Ezra Taft Benson, “Fourtenn Fundamentals in Following the Prophet”.
Devocional realizado na Univesidade Brigham Young, em 26 de fevereiro de 1980. Citado em A
Liahona, p.53
[220] A Liahona, março de 2015, p.80
[221]Russel M. Nelson. A Liahona abril de 2002
[222]Outras denominações geralmente usam termos como “aliança” e “concerto” para se
referirem aos convênios entre Deus e a humanidade
[223]A Liahona, agosto de 2014, p.34
[224]Um convênio num sentido mais restrito é “uma promessa entre duas partes, cujas condições
são estabelecidas por Deus”. Ver Russell M. Nelson, “Convênios”, A Liahona, novembro de 2011,
p.86 – citado em A Liahona, julho de 2012, p.20
[225] Isaías 29, Ezequiel 37 e Apocalipse 14:6
[226] Doutrina e Convênios, 84:57
[227] Russell M. Nelson, “Testemunho do Livro de Mórmon”. A Liahona, outubro de 1999,
disponível online em https://www.lds.org/general-conference/1999/10/a-testimony-of-the-book-of-
mormon?lang=por acesso em 27 de junho de 2016.
[228]LeGrand Richards. Uma obra maravilhosa e um assombro, p.359
[229]Neologismo criado a partir da pregação de Valdemiro Santiago sobre a contribuição de 30%
do salário sendo 10% destinado a cada membro da trindade.
[230]Ensinamentos dos Presidentes da Igreja. Howard W. Hunter, p.136
[231]Malaquias 3:7-10
[232]Ensinamentos dos Presidentes da Igreja. Howard W. Hunter, p.136
[233]A Liahona, julho de 1994 – Élder Dallin H. Oaks: Dízimo, p.38
[234]2 Néfi, 3:12
[235]A Liahona, dezembro de 2014, p.8
[236]3 Néfi 24:1,10
[237]Doutrina e Convênios, 119: 3-5
[238]Élder Dallin H. Oaks. Dízimo: A Liahona, julho de 1994, p.37
[239]Ensinamentos dos Presidentes da Igreja. John Taylor, p.159
[240]A Liahona, novembro de 2000. Élder James E. Faust. Encontrar Vida Abundante, p.5
[241]A Liahona, janeiro de 1986. Élder James E. Faust – Vida abundante, p.7
[242]Ensinamentos dos Presidentes da Igreja. Howard W. Hunter, p.137
[243]Cabeçalho de Doutrina e Convênios, seção 89

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[244]Cabeçalho de Doutrina e Convênios, seção 49
[245]A Liahona, agosto de 2015, p.49
[246]Gênesis 1:29-30 – grifos meus
[247]Gênesis 9:3,4 – grifos meus

[248]Levítico 11:1-47 – grifos e negritos meus


[249]Daniel 1:8 – grifo meu
[250]Atos 15:28,29 – negritos meus
[251]1 Coríntios 8:8-13
[252]Doutrina e Convênios, 89: 3-21
[253]Doutrina e Convênios 89:4
[254]Doutrina e Convênios, 132:5-6
[255]Original em Inglês:"...the one-wife system not only degenerates the human family, both
physically and intellectually, but it is entirely incompatible with philosophical notions of
immortality; it is a lure to temptation, and has always proved a curse to a people. "Prophet John
Taylor, Millennial Star, Vol. 15, p.227-Tradução livre
[256]What Are People Asking about Us? Ensign, novembro, 1998, p. 72
[257]Alicerces da Restauração lição 20: Casamento Plural
[258]Tradução de Joseph Smith
[259]Journal of Discourses 15:249 citado em A Liahona, janeiro de 1986, Neal A. Maxwell. Vida
Pré – mortal – Uma gloriosa Realidade, p 14
[260]Ver Doutrina e Convênios, seção 91
[261]The apocryphon of James, em the Nag Hammad Library in English Ed. James M. Robinson,
São Francisco: Harper and Row, 1978 p 31. citado em A Liahona, janeiro de 1986, p 15. Neal A.
Maxwell Vida Pré- mortal – Uma gloriosa Realidade
[262]A Liahona, janeiro de 1986, p.3 – Neal A. Maxwell Vida Pré-mortal – Uma gloriosa
Realidade, p.13
[263]DAWKINS, Richard. Desvendando o arco íris. Companhia das letras, p.19
[264]Citado em A Liahona, novembro de 2015, p.11
[265]Richard G. Scott, “Eu vos dei o Exemplo”, A Liahona, maio de 2014, p.32 citado em A
Liahona, fevereiro de 2015, p.59
[266]Russel M. Nelson, “Graças damos a Deus”. A Liahona, maio de 2012, p.78
[267]Russel M. Nelson, “Graças damos a Deus”. A Liahona, maio de 2012, p.78
[268]Com destaque para o Arminianismo e o Calvinismo.
[269]Ver “Maravilhosa Graça” por Kristen Nicole Cardon em A Liahona, abril de 2012, p.10-11.
Ver também “A Expiação e a jornada da mortalidade” por Élder David A. Bednar do Quórum dos
Doze Apóstolos em A Liahona, abril de 2012, p.12-19
[270]O Dom da Graça. A Liahona, maio de 2015, p.107
[271]Disponível em https://www.lds.org/general-conference/2015/10/it-works-wonderfully?
lang=por Acesso 8/04/2016
[272]Richard C. Edgley, “Esperança na Expiação”. A Liahona, abril de 2012, p.80
[273]J. Devn Cornish. Uma porta chamada Batismo. A Liahona, fevereiro de 2015, p.17
[274]Tad R. Callister, “Como posso saber se fui perdoado?” A Liahona, agosto de 2012, p.48

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[275]A Liahona, setembro de 2012
[276]Jeffrey R. Holland, “Somos os soldados”, A Liahona, novembro de 2011, p.44 citado em A
Liahona, março de 2012, p.9
[277]A Liahona, julho de 2012, p.21
[278]A revelação canônica sobre os Graus de Glória encontra-se em Doutrina e Convênios seção
76 publicada por A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. O site oficial da igreja traz
a seguinte definição: “Por meio da Expiação de Jesus Cristo, todos ressuscitarão. Depois de
ressuscitarmos, vamos ficar diante do Senhor para sermos julgados. Cada um de nós receberá uma
morada eterna em um reino de glória específico. O Senhor ensinou esse princípio quando disse:
“Na casa de meu Pai há muitas moradas (João 14:2)”. Existem três reinos de glória: o reino
celestial, o terrestrial e o telestial. A glória que herdaremos dependerá de nosso grau de
conversão, expresso na obediência aos mandamentos do Senhor. Tudo dependerá da maneira como
tivermos recebido “o testemunho de Jesus” (D&C 76:51; ver também D&C 76:74, 79, 101)”.
[279]Há divergências. Aqui considero a crença segundo o senso comum protestante.
[280]Ensinamentos do profeta Joseph Smith, p.13
[281]Ensinamentos dos Presidentes da Igreja. Joseph Smith, p.234
[282]Ensinamentos dos Presidentes da Igreja. Joseph Smith, p.234 – negritos meus
[283]Ensinamentos dos Presidentes da Igreja. Joseph Smith, p.234 – negritos meus
[284]Ensinamentos dos Presidentes da Igreja. Joseph Smith, p.96 – negritos meus
[285]Smith, Answer to Gospel Questions. Vol.2 p.208-210 citado em Vida e Ensinamentos de Jesus
e Seus Apóstolos. Manual do curso de religião 211,212, Cáp.9 p.68. 1976.Publicado por “A Igreja
de Jesus Cristo dos Santos dos últimos Dias”.
[286]A Liahona, fevereiro de 2012, p.24
[287]Ensinamentos dos Presidentes da Igreja. Harold B. Lee, Cap.3
[288]Isaías 1:18
[289]Mateus 12:21-32; Marcos 3:28-29; D&C 132:27
[290]D&C 132:27
[291]Manual do Instituto – Doutrina e Convênios; D&C 132:27; Doctrinal New Testament
Commentary, vol 3, p.345
[292]Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, p.349–335
[293]A Liahona, agosto de 2014, p.48,50
[294]A Liahona, abril de 2015, p.21
[295]“Mas lembrem-se de que a gloriosa manhã do perdão pode não vir instantaneamente. Se no
começo vocês tropeçarem, não desistam. O empenho de superar o desânimo faz parte do teste [...]
depois de confessarem e abandonarem seus pecados, não olhem para trás”. Boyd K. Packer, “O
Sacrifício Altruísta e Sagrado do Salvador”. A Liahona, abril de 2015, p.37
[296] O Livro de Mórmon – Alma 12:15
[297]WASHER, Paul. A Verdade sobre o Homem. Um Guia de Estudo bíblico sobre a doutrina do
homem. Disponível online em http://voltemosaoevangelho.com/blog/2012/07/paul-washer-a-queda-
de-adao-a-verdade-sobre-o-homem-210/ Acesso em 26/04/2016
[298]Guia para Estudo das Escrituras SUD – verbete Queda
[299]2 Néfi 2:11 – Porque é necessário que haja uma oposição em todas as coisas. Se assim não
fosse, meu primogênito no deserto, não haveria retidão nem iniquidade, nem santidade nem
miséria, nem bem nem mal. Portanto, é preciso que todas as coisas sejam compostas em uma; pois
se fossem um só corpo, deveriam permanecer como mortas, não tendo vida nem morte, nem

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corrupção nem incorrupção, nem felicidade nem miséria, nem sensibilidade nem insensibilidade.
[300]Apocalipse 13:8
[301]O Batismo é tido pela maioria das denominações cristãs como o rito de iniciação.
[302]Há divergências com relação à qual seria a correta idade da responsabilidade.
[303]Doutrina e Convênios, 68:25 – grifo meu
[304]Disponível na internet em http://ipbtabuazeiro.com.br/2015/08/08/3-por-que-a-igreja-
presbiteriana-batiza-por-aspersao/ acesso 28?06/2016
[305]Não confundir com a igreja Congregação Cristã no Brasil
[306]3 Néfi 11:26-27
[307]Tad R. Callister, “O Livro de Mórmon – um Livro de Deus”, A Liahona, novembro de 2011,
disponível online em https://www.lds.org/liahona/2011/11/the-book-of-mormon-a-book-from-od?
lang=por acesso em 28/06/2016
[308]Igreja Apostólica da Fé em Cristo Jesus, Igreja Pentecostal Unida, Igreja Pentecostal da Fé
Apostólica, Igreja Evangélica Cristo Vive (Miguel Angelo), Igreja Voz da Verdade, Pentecostal
Unida do Brasil, Igreja de Deus do Sétimo Dia etc.
[309]Doutrina e Convênios, 20:73
[310]O Profeta Joseph Smith ensinou a respeito da ordenança do batismo pelos mortos pela
primeira vez durante o discurso feito em um funeral em agosto de 1840. Ele leu boa parte de I
Coríntios 15, inclusive o versículo 29 e afirmou que o Senhor permitiria que os membros da Igreja
realizassem batismos em favor de amigos e familiares falecidos. Ele lhes disse que “o Plano de
salvação foi projetado para salvar todos os que estivessem dispostos a obedecer às demandas da
lei de Deus” (Journal History of the Church, 15 de agosto de 1840).
[311]Interpretações bíblicas
[312]A Igreja cristã do primeiro século estabelecida por Jesus Cristo através de Seus Apóstolos.
[313]BAUMGARTNER, Mireille. A Igreja no Ocidente. Editora Edições, 2001, p.50 – grifos meus
[314]Aquele que se dedica ao estudo da Bíblia
[315]Os mandeístas têm como principal figura João Batista e possuem cerca de 100 mil adeptos em
todo o mundo, principalmente no Iraque.
[316]Bercot, David ed. A Dictionary of Early Christian Beliefs (Peabody MA, Hendrickson
Publishers, 1998, p.63).
[317]Disponível em https://rsc.byu.edu/archived/sele-o-de-artigos-traduzidos/qual-nossa-doutrina
acesso em 8/04/2016
[318]Élder Uchtdorf. É Maravilhoso! A Liahona, outubro de 2015, p.21-22
[319]Reuniões da liderança
[320]Quentin L. Cook, “Podeis Agora Sentir Isso?” A Liahona, novembro de 2012.
[321]Há diversas exceções onde a frequência atinge cerca de 200 pessoas nas reuniões
sacramentais.
[322]Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
[323]“Literalmente milhares de relatórios obtidos a partir de membros e líderes da igreja ao longo
dos anos”, Martinich diz: “Isto é de e-mails e correspondências, entrevistas pessoais on-line,
preenchimento de questionários por membros sobre a Igreja em suas áreas, ou informações
encontradas através dos meios de comunicações sociais e blogs mantidos por famílias
missionárias”.
[324]A Palavra de Sabedoria é um código de saúde que ensina a abstinência de drogas ilícitas,
álcool, tabaco, café e chá.

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[325]A lei da Castidade proíbe o sexo fora do casamento
[326]Ver “A Cultura do Evangelho”, A Liahona, março de 2012
[327]Forma de culto
[328]A Liahona, abril de 2015, p.5
[329]Doutrina e Convênios 115:4
[330]A Liahona, agosto de 2012, p.80
[331]Blaise Pascal (Clermont-Ferrand, 19 de junho de 1623 — Paris, 19 de agosto de 1662) foi um
físico, matemático, filósofo moralista e teólogo francês.
[332]Vídeo Saber Filosófico: um filósofo, um ateu, um padre e uma agnóstica. Disponível online
em https://www.youtube.com/watch?v=4fYnvy4AEtc . Acesso 06/01/2017
[333]Neologismo criado por Devin G. Durrant, Conselheiro na Presidência geral da Escola
Dominical de “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias”. Na sessão de domingo à
tarde da 185ª Conferência Geral Semianual da Igreja, Durrant discursou sobre “ponderizar”, uma
palavra que – disse ele – “não está no dicionário, mas está em meu coração”. Ele definiu o termo
como uma combinação de “80% de ponderação e 20% de memorização”, e convidou os membros
da Igreja a escolherem semanalmente um versículo de escritura e colocá-lo em um lugar visível,
para leitura e reflexão.
[334]Classes do Sistema Educacional de “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias”
[335]A Liahona, março de 2016, p.4
[336]Ainda é maravilhoso para você? A Liahona, abril de 2015
[337]A Liahona, maio de 2002. A Doutrina de Cristo. Élder D. Todd Christofferson do Quórum dos
Doze Apóstolos, p.88
[338]A Liahona, novembro de 2013, p.22-23
[339]A Liahona, março de 2015, p.41
[340]A Liahona, novembro de 2012. Prova de Vossa fé. Élder Neil. L. Andersen, p.41
[341] Church Leaders Words p. 10, citado em A Liahona, maio de 2012. A Doutrina de Cristo.
Élder D. Todd Christofferson do Quórum dos Doze Apóstolos. P.90 – notas de rodapé
[342]Citado por Neal L. Andersen em A Liahona, novembro de 2014
[343]https://www.lds.org/liahona/2008/04/8?lang=por
[344]Doutrina e Convênios 42:12
[345]James E. Faust – Quórum dos 12 apóstolos em 1986. A Liahona, janeiro de 1986, p.8
[346]James E. Faust – A vida abundante. A Liahona, janeiro de 1986, p.7
[347]A Liahona, dezembro de 2014, p.10
[348]Discursos de Brigham Young, p.1
[349]Discursos de Brigham Young, p.1
[350]Discursos de Brigham Young, p.448
[351]Obra a ser publicada
[352]F. F. Bosworth, Christ the Healer, 1924, p.23 citado por Dieter F. Uchtdorf em A Liahona,
novembro de 2013 p.23
[353]Ver Efésios 4:14
[354] Ver Tiago 1:6
[355] Ver Efésios 4:15, 2:20
[356]Ver Efésios 2:20

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[357]Ver 2Timóteo 3:7
[358]Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, p.323
[359] Neal A. Maxwell, A Liahona, novembro de 2002, p.16
[360]Jeffrey R. Holland. Eu Creio Senhor. A Liahona, maio de 2013, p.94, citado por Rosemary M.
Wixam em A Liahona, maio de 2015, p.95
[361]A Liahona março de 2015 p.41
[362]Ralph Waldo Emerson, em Roy B. Zuck, The Speaker’s Quote Book, 2009, p.113, citado por
Thomas S. Monson em “A Vida em Abundância” A Liahona, janeiro de 2012, p.5
[363]Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph Smith, Capítulo 45
[364]Ensinamentos dos Presidentes da Igreja – Brigam Young, p.16
[365]Ensinamentos dos Presidentes da Igreja – Brigam Young, p.17
[366]Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph Smith, cap.45
[367]Dieter F. Uchtdorf”. Remorsos e Decisões. A Liahona, novembro de 2012, p.23
[368]Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, p.339
[369]Ensinamentos dos Presidentes da Igreja. Joseph Smith, p.280
[370]Ensinamentos dos Presidentes da Igreja. Joseph Smith, p.279
[371]Ensinamentos dos Presidentes da Igreja. Joseph Smith, p.280
[372]Há controvérsias entre os estudiosos sobre esse assunto.
[373]A Liahona, janeiro de 1986, p.6
[374]Ensinamentos dos Presidentes da Igreja. Brigam Young, p.17
[375]Disponível online em https://pt.wikipedia.org/wiki/Letargia, acesso: 23 de setembro de 2016
[376]Mateus 15:8
[377]A Liahona, dezembro de 2014, p.12
[378]M. Russell Ballard. “Para encontrar o que se perdeu”. A Liahona, maio de 2012, p.99
[379]Élder D. Todd Christofferson. Qual a razão da Igreja? A Liahona, outubro de 2015.
Publicado por “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias”
[380]A Liahona, maio de 2015, p.99
[381]1Cor 8:13, Lc17:2
[382]2Néfi 28:30, Mt25:14-30
[383]Discursos de Brigam Young, p. 170
[384]SWINDOLL, Charles. A igreja Desviada. Ed Mundo Cristão, 2010. Reimpressão em 2014,
p.155
[385]Spencer W. Kimball. O Milagre do Perdão, p.94
[386]Spencer W. Kimball. O Milagre do Perdão, p.95
[387]Apocalipse 3:14-16
[388]SWINDOLL, Charles. A igreja Desviada. Ed Mundo Cristão, 2010. Reimpressão em 2014,
p.113
[389]Élder D. Todd Christofferson. Qual a razão da Igreja? A Liahona, outubro de 2015
[390]Papa Bento XVI, em Noelle Knox, “Religion Takes a Back Seat in Western Europe”, 10 de
agosto de 2005, citado em A Liahona, dezembro de 2014, p.12
[391]A Liahona, fevereiro de 2015, p.6
[392] Conversão e Testemunho. A Liahona, fevereiro de 2015, p.5
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[393]A Liahona, maio de 2015, p.66 – notas de rodapé
[394]A Liahona, fevereiro de 2016, p.27
[395]Élder Neal A. Maxwell. A riqueza da restauração. A Liahona, setembro de 2001, p.18
[396]A Liahona, março de 2012, p.77
[397]Ver João 1:9, A Bíblia Sagrada
[398]Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, p. 337
[399]Publicado em Improvement Era, setembro de 1914, p.1008–1009, 256–258, julho de 1914,
p.807–809; pontuação e ortografia modernizadas".
[400]É maravilhoso. A Liahona, outubro de 2015
[401]Hinos – nº 73, segunda estrofe
[402]Ensign, novembro de 1991, p.19, citado em Manual do Professor da Escola Dominical,
“Buscai o Reino de Deus”
[403]Gordon B. Hinckley, em uma entrevista no programa Larry King Live
[404]1Pe 4:6
[405]Lc20:38
[406]Doutrina e Convênios, 137:7
[407]A Bíblia Sagrada- 2 Coríntios 12:2
[408]Doutrina e Convênios 76:43
[409]Doutrina e Convênios 76:43
[410]Doutrina e Convênios 132:19
[411]Gordon B. Hinckley – O Alicerce Maravilhoso de nossa fé. A Liahona, outubro de 2002
[412]1João 1:1
[413]Prov. 4:18
[414]Eclesiastes 7:12
[415]A Liahona, outubro de 2015, p.33
[416]Abraão 3:22–23
[417]Moisés 1:39
[418]2 Néfi 2:27
[419]Mosias 2:17; Morôni 7:45, 47, 48
[420]A Liahona, junho de 2016, p.4-5
[421]Ver Lucas 24:36–39
[422]I Coríntios 15:20–22
[423]Ver Apocalipse 20:12; Mosias 4:30
[424]A Bíblia Sagrada, Eclesiastes 1:16-17, 2:4-9,11 – grifos meus
[425] O Livro de Mórmon – Alma 41:10
[426]LEWIS, C. S. Cristianismo Puro e Simples, p.179
[427]LEWIS, C. S. Cristianismo Puro e Simples, p. 182
[428]Doutrina e Convênios, 25:10
[429]Filipenses 3:20
[430]Salmos 16:11 – grifos meus
[431]Doutrina e Convênios, 132:19
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[432]Apocalipse 21:4
[433]A Liahona, outubro de 2015, p.34
[434] A Liahona, outubro de 2015, p. 36
[435]Dieter F. Uchtdorf. Vocês estão dormindo durante a Restauração? A Liahona, maio de 2014,
p.59
[436] A Liahona, outubro de 2015, p.35
[437]David A. Bednar. A Liahona, outubro de 2014, p.19
[438]L. Tom Perry. A Mensagem da Restauração. A Liahona, maio de 2007
[439]Ensinamentos dos Presidentes da Igreja. Joseph Smith, cap.45
[440]Doutrina e Convênios, 122:1-3
[441]Joseph Smith, História 1:33
[442]Ato sagrado e formal com significado espiritual: batismo, confirmação, ordenação ao
sacerdócio para homens, investidura no templo e selamento matrimonial. Há também outras
ordenanças como ministração aos enfermos e dar nome e bênçãos a crianças.
[443]Joseph F. Smith. Doutrina do Evangelho. Publicado por “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos
dos Últimos Dias”, 1975. Centro Editorial Brasileiro, São Paulo, Brasil, p.14
[444]Gordon B. Hinckley. O despertar de um novo dia. A Liahona, maio de 2004
[445]Doutrina e Convênios, 132:12-13
[446]Joseph Smith declarou: “Não procurarei compelir homem algum a crer no que eu creio, a
não ser pela força da razão, porque a verdade abrirá seu próprio caminho”. Ensinamentos dos
Presidentes da Igreja. Joseph Smith, cap.29 - disponível online em
https://www.lds.org/manual/teachings-of-presidents-of-the-church-joseph-smith/033?lang=por
acesso em 27 de junho de 2016
[447]BERRET, William. A Igreja Restaurada. Digitized by the Internet Archivein 2012 with
funding from Corporation of the Presiding Bishop, The Church of Jesus Christ of Latter-day Saints.
p.375-376

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