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Materiais para

Infra-Estrutura de Transportes

Agregados
Generalidades
n Definição
¡ Material Mineral Inerte
¡ Granular
¡ Sem forma e dimensões definidas
¡ Propriedades adequadas
n Reforço de Subleito ó Revestimento
n Emprego em Pavimentação
¡ Diferentes camadas do pavimento (“in natura”)
¡ Misturas aglutinadas (com CAP ou cimento Portland)
¡ Lastro de ferrovias Fonte: www.romanelli.com.br
Fonte: Eng. Jacson Arrial

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Generalidades
n Emprego em Pavimentação
Fonte: Eng. Marcos Betineli Fonte: Eng. Jacson Arrial

n Quantidade no CBUQ
¡ 77% em volume
¡ 94% em peso
n Obtenção
¡ Fragmentação de Rochas
¡ Seixos Rolados
¡ Alteração de Rochas
¡ Sub-produtos de processos industriais ð escória de alto-forno
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Generalidades
n Importância dos Agregados na Pavimentação (CBUQ)
CBUQ

100
90
Percentual Influência (%)
80
70
60 Agregado
50 Ligante
40
30
20
10
0
1
ATR 2
Fadiga 3 Térmico
Trinc.

Influência do agregado e do ligante no desempenho de uma mistura


asfáltica. Fonte: FHWA (2002). Apud: Bernucci et al., 2008
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Propriedades
n Limpeza
¡ Contaminação prejudica comportamento
mecânico
n Ex.: Finos plásticos ò resit. ao cisalhamento
n Ex.: Mat. Pulverulento ò adesividade (PMF)
n Resistência Mecânica
¡ Tenacidade (Choque) ð Evita fraturamento
¡ Desgaste por Atrito (Dureza)
n Causado por:
¡ Atrito pneu/pavimento (misturas aglutinadas)
¡ Abrasão (esforços de cisalhamento e compressão)
n Ensaio ð Abrasão Los Angeles
¡ Resistência ao Cisalhamento (fção do atrito
interno)
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Propriedades
n Forma
¡ Relacionado aos agregados graúdos ð evitar agregados lamelares ou
alongados

Equipamento para mediç


medição do
Índice de Forma

Placa de Lamelaridade Fonte: Bernucci et al., 2008


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Propriedades
n Textura
¡ Relativa aos agreg. graúdo e miúdo
n Textura rugosa + arestas vivas
ñ atrito interno (resist. Cisalhamento)
ñ adesividade (misturas asfálticas)
n Durabilidade
¡ Resistência Química
n Resistência aos agentes externos
¡ Água, sol, variações térmicas
n Ensaio: Sanidade
n Contaminação com Finos Plásticos
¡ Atentar para a fração fina de agregados
¡ Ensaio: Equivalente de Areia
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Propriedades
n Porosidade
¡ Relativo à absorção de água e CAP
¡ Podem conduzir a elevados consumo de CAP (ñcusto)
¡ Geralmente, quanto menos poroso:
n ñ Resist. Mecânica (compressão e desgaste)
n ñ Durabilidade
n ò taxa de absorção de ligante
n Granulometria
¡ Característica mais importante
¡ Relativo à distribuição dos diferentes tamanhos de
agregados
n Adesividade
¡ Importante para misturas asfálticas
¡ Também é função do tipo de ligante betuminoso
¡ Influencia outras propriedades da mistura
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Classificação dos Agregados
n Quanto à origem ou natureza das partículas (Diferente da
classificação relativa à forma de ocorrência e obtenção do agregado)
¡ Naturais
n Empregados como foram encontrados na natureza
n Ocorrências:
¡ Depósitos Residuais – sobre a rocha-mãe
¡ Depósitos Aluviais – transportados pela água
¡ Depósitos Eólicos – transportados pelo vento
¡ Depósitos Glaciais – transportados pelas geleiras
n Ex.: Areia, pedregulhos
¡ Artificiais
n Termo “artificial” relaciona-se ao processo de obtenção da
forma e dimensão do agregado
n Obtidos por processos industriais (Britagem + Peneiramento)
n Perfazem a grande maioria de agregados empregados na
construção civil
n Ex.: pó de pedra, pedra britada

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Classificação dos Agregados
n Quanto à Composição Mineralógica
¡ Ígneas
n Exemplo: Basalto e Granito

Basalto Granito

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Classificação dos Agregados
n Quanto à Composição Mineralógica
¡ Sedimentares
n Exemplo: Arenito e Calcário

Arenito

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Classificação dos Agregados
n Quanto à Composição Mineralógica
¡ Metamórficas
n Exemplo: Mármore, Ardósia e Gnaisse

Ardósia Gnaisse

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Classificação dos Agregados
n Quanto à Composição Mineralógica
¡ Quadro Resumo

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Classificação dos Agregados
n Quanto à Forma
¡ Define as propriedades e comportamento do
agregado frente à ação do tráfego
n Cúbica melhor que Lamelar
n Lamelares ð fracionam-se durante a compactação e a
solicitação do tráfego ð alterando a granulometria
¡ Grau de Arredondamento
n Influenciado pela resistência mecânica da rocha-mãe
e pelo processo abrasivo sofrido pelo agregado
n Subdivide-se em:
¡ Angulosos: possuem cantos vivos; não há indícios de abrasão
¡ Subangulares:
Subangulares cantos suaves; maior parte do agregado não
sofreu abrasão
¡ Subarredondados: cantos bem arredondados
¡ Arredondados: aproxima-se de uma esfera

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Classificação dos Agregados
n Quanto à Forma
¡ Grau de Esfericidade
n Relativo à forma aproximada de uma esfera
n Subdivide-se em:
¡ Esferoidais: fora de esfera
¡ Achatados:
Achatados semelhante a um disco
¡ Prismático: assemelha-se a um bastão
¡ Lamelares: maior dimensão = 6x menor dimensão

Fonte: Senço, 1997

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Classificação dos Agregados
n Quanto à Forma
¡ Ideal:
n Agregados Cúbicos
¡ Obtido à partir de processos e ajustes no sistema de britagem
n Ex.: Remoção do mat. fino da britagem primária; alimentação de
sufocamento;...
¡ Função da gênese dos agregados:
n Ex.: Basalto ð maior tendência à lamelaridade

n Quanto ao Tamanho (Individual)


¡ Agregado Graúdo
n Material retido na # n°10 (2mm)
n Cascalho, seixo, brita
¡ Agregado Miúdo
n Passante # n°10 (2mm) e Retido na # n°200 (0,074mm)
n Areia, pó de pedra (algumas frações) e pedrisco
¡ Filler ou material de enchimento (fill = encher)
n Passante # n°200 (0,074mm)
n Cal extinta, cimento, pó de pedra
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Classificação dos Agregados
n Quanto ao Tamanho (Individual)
¡ Filler ou material de enchimento (fill = encher)
n Em britagem, há dificuldade de obtenção do FILLER
n Argila não pode ser utilizada ð plasticidade
n CBUQ emprega-se cimento ou cal como FILLER
¡ Parte do Cimento/Cal contribui na composição
Granulométrica (Filler Passivo ou Filler Agregado)
¡ Parte do Cimento/Cal liga-se ao CAP, auxiliando a
adesividade (Filler Ativo)
n Cal/cimento ð carga elétrica positiva (+)
n Gnaisse, granito, basalto ð carga negativa (-)
n ão especificamente, conforme DNIT
Para pavimentação,
¡ Filler
n 100% passante na # n°40 (0,425mm)
n 65% passante na # n°200 (0,074mm)
n No Brasil, o Filler pode ser constituído por 35% de
agregado miúdo ð pó-de-pedra
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Classificação dos Agregados
n Quanto ao Tamanho (Individual)
Peneiras granulométricas
NBR NM ISO 3310/1
Abertura / Abertura Abertura / Abertura Abertura / Abertura
nº Nominal Normalizada nº Nominal Normalizada nº Nominal Normalizada
4 pol 100 mm nº 3,5 5,6 mm nº 50 300 µm
1/2
3 pol 90 mm nº 4 4,75 mm nº 60 250 µm
3 pol 75 mm nº 5 4 mm nº 70 212 µm
1/2
2 pol 63 mm nº 6 3,35 mm nº 80 180 µm
2 pol 50 mm nº 7 2,8 mm nº 100 150 µm
3/4
1 pol 45 mm nº 8 2,36 mm nº 120 125 µm
1/2
1 pol 37,5 mm nº 10 2 mm nº 140 106 µm
1/4
1 pol 31,5 mm nº 12 1,7 mm nº 170 90 µm
1 pol 25 mm nº 14 1,4 mm nº 200 75 µm
7/8 pol 22,4 mm nº 16 1,18 mm nº 230 63 µm
3/4 pol 19 mm nº 18 1 mm nº 270 53 µm
5/8 pol 16 mm nº 20 850 µm nº 325 45 µm
1/2 pol 12,5 mm nº 25 710 µm nº 400 38 µm
7/16 pol 11,2 mm nº 30 600 µm nº 450 32 µm
3/8 pol 9,5 mm nº 35 500 µm nº 500 25 µm
5/16 pol 8 mm nº 40 425 µm nº 635 20 µm
1/4 pol 6,3 mm nº 45 355 µm
Fonte: Bernucci et al., 2008

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Classificação dos Agregados
n Quanto ao Tamanho (Individual)

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Classificação dos Agregados
n Quanto ao Tamanho (Individual)
¡ Classificação Comercial das Britas

Limites
Brita
(mm - mm) (" - ")
3 19,10 - 50,80 3/4 - 2
1/2
2 9,5 - 38,10 3/8 - 1
1 4,76 - 19,10 nº4 - 3/4
0 2,38 - 9,50 nº8 - 3/8
Pó de Pedra < 2,38 < nº8

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Classificação dos Agregados
n Quanto à Distribuição Granulométrica (Distribuição
dos Grãos)
Grãos

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Classificação dos Agregados
n Quanto à Distribuição Granulométrica
¡ Descontínua
n ≠ frações não se completam quanto à obtenção de uma mistura
densa ó AUSÊNCIA DE DIVERSOS DIÂMETROS
n Ex.: SMA e Macadames
Macadame Hidráulico - DER/SP
100

90

80

70

% Passante
60

50

40

30

20

10

0
10 100
Diâmetros (mm)

A A B B C C
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Classificação dos Agregados
n Quanto à Distribuição Granulométrica
¡ Descontínua
n SMA

Fonte: Bernucci et al., 2008

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Classificação dos Agregados
n Quanto à Distribuição Granulométrica
¡ Contínua
n Distribuição uniforme dos grãos
n Favorece o entrosamento entre os grãos
n Melhor preenchimento dos vazios
n Subdivide-se em:
¡ Densa
n Existência de todos os diâmetros
n Maior resistência ao conjunto
n Menor consumo de ligantes asfáltico no caso de
CBUQ
n Ex.: CBUQ
¡ Aberta
n Semelhante à densa, porém com ausência de
finos (# n° 200)
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Classificação dos Agregados
n Quanto à Distribuição Granulométrica
¡ Contínua
Base Estabilizada Granulometricamente - DNER-ES 303/97
100

90

80

70

% Passante
60

50

40

30

20

10

0
0,01 0,1 1 10 100
Diâmetros (mm)

B B C C

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Classificação dos Agregados
n Quanto à Distribuição Granulométrica
¡ Contínua

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Classificação dos Agregados
n Quanto à Distribuição Granulométrica
¡ Comparação Contínua e Descontínua
Macadame Hidráulico - DER/SP
100

90

80

70

% Passante
60

50
Granulometria
40
Descontínua
30

20

10

0
0,01 0,1 1 10 100
Diâmetros (mm)

A A B B C C

Base Estabilizada Granulometricamente - DNER-ES 303/97


100

90

80

70

% Passante
60

50
Granulometria
40
Contínua
30

20

10

0
0,01 0,1 1 10 100
Diâmetros (mm)

B B C C
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Classificação dos Agregados
n Quanto à Distribuição Granulométrica
¡ Comparação Contínua e Descontínua

aberto descontínuo Bem-graduado


(open graded) (gap graded) ou denso
Fonte: Bernucci et al., 2008

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Classificação dos Agregados
n Quanto à Distribuição Granulométrica
¡ Equação de Curvas Granulométricas Contínuas
n
 d − d0  p = % que passa na peneira de malha d

p = 100 
d0 = menor diâmetro considerado (Dmin)
D = diâmetro máximo (Dmax) ð Diam. da peneira com retido acumulado = 5%
 D − d0  n = expoente (função da graduação)

n n ≅ 0,5 ð agregado bem graduado entre os limites D e d0


¡ Se d0 ≅ 0 (<0,074mm) ð agregados entre Dmáx e 0mm ð graduação
Densa
n Semelhante à Faixa “C” do DNER (CBUQ), com Dmáx= ¾” e d0 = 0
0 ,5
 d 
p = 100   Equação de Fuller
D
n n = 0,6 e d0 ≅ 0 ð agregados com falta de finos
n n < 0,4 e d0 ≅ 0 ð agregados com excesso de finos

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Classificação dos Agregados
n Quanto à Distribuição Granulométrica
¡ Densa (n=0,5)
n Faixa “C” do DNER (CBUQ), com Dmáx= ¾” e d0 = 0
0 ,5
Abertura CBUQ Faixa C  d 
Peneira
(mm) (DNER/DNIT) p = 100   Equação de Fuller
D
3/4" 19,1 100 - 100
1/2" 12,7 85 - 100

% Passante
3/8" 9,5 75 - 100
nº4 4,8 50 - 85 CBUQ Faixa C (DNER/DNIT)
nº10 2 30 - 75 100

-
90
nº40 0,42 15 40
80
nº80 0,18 8 - 30 70

nº200 0,074 5 - 10

% Passante
60

50

40

30

20

10

0
0,01 0,1 1 10 100
Diâmetros (mm)

C C

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Classificação dos Agregados
n Quanto à Distribuição Granulométrica
¡ Equação de Curvas Granulométricas Contínuas
n n ≅ 0,7 ; d0 = 0 ; Dmáx = ¾” ð agregado
razoavelmente graduado ou semi-denso
¡ Faixa “F” do DNER (PMF)
n n ≅ 0,9 ; d0 ? 0 (=1,0mm); Dmáx = ¾” ð agregado
graduação bem aberta
¡ Faixa “F” do DNER (pré-misturado tipo Macadame)
Exemplos de Granulometria
PM Tipo
Abertura CBUQ Faixa C d0= 0 e PMF Faixa F d0= 0 e d0= 1mm
Macadame
Peneira (mm) (DNER/DNIT) n= 0,5 (DNER/DNIT) n= 0,7 e n= 0,9
(DNER/DNIT)
3/4" 19,1 100 - 100 100 100 - 100 100 100 - 100 100
1/2" 12,7 85 - 100 82 95 - 100 75 60 - 80 68
% Passante

3/8" 9,5 75 - 100 71 45 - 80 61 - 51


nº4 4,8 50 - 85 50 25 - 45 38 5 - 35 25
nº10 2 30 - 75 32 15 - 30 21 0 - 10 7
nº40 0,42 15 - 40 15 - - 0
nº80 0,18 8 - 30 10 - - 0
nº200 0,074 5 - 10 6 0 - 8 2 0 - 2 0
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Classificação dos Agregados
n Quanto à Distribuição Granulométrica
¡ Equação de Curvas Granulométricas Contínuas
n n ≅ 0,5 ; Dmáx= ¾” ; d0 = 0
¡ Densa ð Faixa “C” do DNER (CBUQ)
CBUQ Faixa C (DNER/DNIT)
100

90

80

70

% Passante
60

50

40

30

20

10

0
0,01 0,1 1 10 100
Diâmetros (mm)

C C d0= 0 e n= 0,5 Curva Média


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Classificação dos Agregados
n Quanto à Distribuição Granulométrica
¡ Equação de Curvas Granulométricas Contínuas
n n ≅ 0,7 ; d0 = 0 ; Dmáx = ¾”
¡ agregado razoavelmente graduado ou semi-denso ð Faixa “F” do
DNER (PMF)
PMF Faixa F (DNER/DNIT)
100

90

80

70

% Passante
60

50

40

30

20

10

0
0,01 0,1 1 10 100
Diâmetros (mm)

F F d0= 0 e n= 0,7
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Classificação dos Agregados
n Quanto à Distribuição Granulométrica
¡ Equação de Curvas Granulométricas Contínuas
n n ≅ 0,9 ; d0 ? 0 (=1,0mm); Dmáx = ¾”
¡ agregado graduação bem aberta ð Faixa “F” do DNER (pré-
misturado tipo Macadame)
PM Tipo Macadame (DNER/DNIT)
100

90

80

70

% Passante
60

50

40

30

20

10

0
0,01 0,1 1 10 100
Diâmetros (mm)

Faixa Faixa d0= 1mm e n= 0,9


TRP-1002 Materiais para Infra-Estrutura de Transportes 34
Classificação dos Agregados
n Quanto à Distribuição Granulométrica
¡ Equação de Curvas Granulométricas Contínuas
n Comparação
Granulometrias - Densa, Semi-Densa e Aberta
100

90

80

70

% Passante
60

50

40

30

20

10

0
0,01 0,1 1 10 100
Diâmetros (mm)

Densa Semi-Densa Aberta


TRP-1002 Materiais para Infra-Estrutura de Transportes 35
Classificação dos Agregados
n Quanto à Distribuição Granulométrica
¡ Equação de Curvas Granulométricas Contínuas
n Comparação

Fonte: Bernucci et al., 2008

TRP-1002 Materiais para Infra-Estrutura de Transportes 36


Classificação dos Agregados
n Quanto à Distribuição Granulométrica
¡ Equação de Curvas Granulométricas Contínuas
n Comparação
CPA (Camada Porosa de Atrito) – Mistura Aberta

Fonte: Bernucci et al., 2008

CBUQ – Mistura Aberta


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Classificação dos Agregados
n Quanto à Distribuição Granulométrica
¡ Equação de Curvas Granulométricas Contínuas
n Comparação

TRP-1002 Materiais para Infra-Estrutura de Transportes 38


Classificação dos Agregados
n Quanto à Distribuição Granulométrica
¡ Equação de Curvas Granulométricas Contínuas
n Comparação
SMA (Stone Mastrix Asphalt)
Asphalt) – Mistura Aberta
CBUQ – Mistura Aberta

Fonte: Horst Erdlen,


Erdlen, apud Bernucci et al., 2008
TRP-1002 Materiais para Infra-Estrutura de Transportes 39
Classificação dos Agregados
n Resumo
¡ Tamanho dos Grãos
n Graúdo (retido na peneira de 2,0 mm)
n Miúdo (passante na peneira de 2,0mm)
n De enchimento (65% a 100% passante na peneira 200 e 100% passante na
peneira 40)
¡ Distribuição dos Grãos
n Graduação Descontínua (em
em degrau)
degrau – Ex.: SMA
n Graduação Contínua
¡ Densa ou Bem-graduada – Ex.: CBUQ
¡ Graduação Aberta – Ex.: CPA (Camada Porosa de Atrito)
n Graduação Uniforme

TRP-1002 Materiais para Infra-Estrutura de Transportes 40


Superfície Específica (Σ)
n Área das faces externas do agregado por unidade de
volume (m²/m³)
n Praticidade Σ ó [m²/kg]
n Para ρ=2,65 g/cm³ = 2.650 kg/m³
¡ d=1” (25mm) s = π .d 2
n Σ = 0,09 m²/kg π .d 3
¡ d=1/2” (12,5mm) v=
6 d
n Σ = 0,18 m²/kg
m = v.ρ
¡ d=0,074mm (#200)
n Σ = 31 m²/kg s 6
Superfície _ Específica = Σ = =
¡ Agregado entre d=1” e d=1/2” m ρ .d
n Dmed=(25*12,5)1/2 = 0,017678 m
n Σ = 0,13 m²/kg
¡ Agregado Passante #200 (de 74µ até 3,8µ)
n Dmed=(74.10-6m . 3,8.10-6m)1/2 = 1,68.10-5 m
n Σ = 135,02 m²/kg

TRP-1002 Materiais para Infra-Estrutura de Transportes 41


Superfície Específica (Σ)
n Sup. Específica é inversamente proporcional ao
diâmetro do Agregado
¡ Quanto mais fino o material ó maior será a superfície
específica
¡ Quanto mais fino o material ó maior o consumo de ligante
asfáltico
n Porém, o consumo cresce com diferente proporção porque a
espessura de filme asfáltico diminui com o diâmetro do agregado
n No Brasil, emprega-se a Fórmula de Vogt
100.∑= 0,07.P4 +0,14.P3 +0,33.P2 +0,81.P1 +2,7.S3 +9,15.S2 +21,9.S1 +135.F [m²/kg]
P4 – fração entre as peneiras 50 – 25mm (2” – 1”)
P3 – fração entre as peneiras 25 – 12,5mm (1” – 1/2”)
P2 – fração entre as peneiras 12,5 – 4,76mm (1/2” – # 4)
P1 – fração entre as peneiras 4,76 – 2,00mm (# 4 – # 10)
S3 – fração entre as peneiras 2,00 – 0,42mm (# 10 – # 40)
S2 – fração entre as peneiras 0,42 – 0,117mm (# 40 – # 80)
S1 – fração entre as peneiras 0,117 – 0,074mm (# 80 – # 200)
F – fração passando na peneira 0,074mm (# 200)
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Superfície Específica (Σ)
n Cálculo da Superfície Específica
Cálculo da Superfície Específica - Σ (m²/kg) para d=2,65 g/cm³ ou 2.650 kg/m³
P4 P3 P2 P1 S3 S2 S1 F
%Retidas 25-50mm 12,5-25mm 4,76-12,5mm 2-4,76mm 0,42-2mm 0,177-0,42mm 0,074-0,177mm <0,074mm
1 - 2" ½ - 1" n°4 - ½ n°10 - n°4 n°40 - n°10 n°80 - n°40 n°200 - n°80 < n°200
10 0,7 1,4 3,3 8,1 27,0 91,5 219,0 1.350,0
20 1,4 2,8 6,6 16,2 54,0 183,0 438,0 2.700,0
30 2,1 4,2 9,9 24,3 81,0 274,5 657,0 4.050,0
40 2,8 5,6 13,2 32,4 108,0 366,0 876,0 5.400,0
50 3,5 7,0 16,5 40,5 135,0 457,5 1.095,0 6.750,0
60 4,2 8,4 19,8 48,6 162,0 549,0 1.314,0 8.100,0
70 4,9 9,8 22,1 56,7 189,0 640,5 1.533,0 9.450,0
80 5,6 11,2 26,4 64,8 216,0 732,0 1.752,0 10.800,0
90 6,3 12,6 29,7 72,9 243,0 823,5 1.971,0 12.150,0
100 7,0 14,0 33,0 81,0 270,0 915,0 2.190,0 13.500,0
Somando-se as superfícies parciais das diferentes frações, obtém-se 100. Σ . Portanto, deve-se dividir o resultado por 100

Fator de Correção de Σ em função da Densidade


Densidade Fator de Correção
2,35 1,13
2,45 1,08
2,55 1,02
2,65 1,00
2,75 0,97
2,85 0,93
2,95 0,90

TRP-1002 Materiais para Infra-Estrutura de Transportes 43


Superfície Específica (Σ)
n Cálculo da Superfície Específica – Exemplo
Exemplo de Cálculo da Superfície Específica de um material Granular (d=2,65g/cm³)
Peneira % Passante %Retida nas Faixas Quadro
1½" 100 - 0 0
1" 90 P4 (1-2")=100-90=10 0,7 0,7
3/4" 82 - 0 0
1/2" 72 P3(½ - 1")=18=90-72=(10+80/10) 1,4 + 11,2/10 = 2,5
n° 4 50 P2(n°4 - ½")=72-50=22=(20+20/10) 6,6 + 6,6/10 = 7,3
n° 10 49 P1(n°10 - n°4)=50-49=1=(10/10) 8,1/10 = 0,8
n° 40 29 S3(n°40 - n°10)=49-29=20 54
n° 80 3 S2(n°80 - n°40)=29-3=26=(20+60/10) 183 + 549/10 = 237,9
n° 200 1 S1(n°200 - n°80)=3-1=2=(20/10) 438/10 = 43,8
1 F(<n°200)=1=(10/10) 1350/10 = 135
100Σ = 482
Para d=2,65 g/cm³ Σ (m²/kg)= 4,82
Para d=2,35 g/cm³ Σ (m²/kg)= 5,45
n Importância Para d=2,95 g/cm³ Σ (m²/kg)= 4,34

¡ Estimativa de consumo de CAP em misturas asfálticas e pré-


misturados

p = K .5 ∑
n CBUQ – K=3,75
n PMF – K=2,30

TRP-1002 Materiais para Infra-Estrutura de Transportes 44


Adesividade
n Propriedade relativa ao envolvimento do agregado
pelo ligante asfáltico
n Tipos de Adesividade
¡ Ativa
¡ Passiva
n Adesividade Ativa
¡ Relativa ao envolvimento do agregado. Processo de
Molhagem do agregado pelo material betuminoso
¡ Função da Tensão Superficial e/ou Tensão Interfacial
¡ Importante para a fase de mistura
n Adesividade Passiva
¡ Uma vez que o agregado já esteja envolvido pelo ligante,
refere-se à resistência ao deslocamento desta película
¡ Importante para o comportamento mecânico após a
aplicação
TRP-1002 Materiais para Infra-Estrutura de Transportes 45
Adesividade
n Adesividade Ativa –
Processo de Mistura
¡ Tensão Superficial –
Contato líquido/ar
n As moléculas da superfície
se arranjam de modo a
formar a menor área
possível para o volume
que ocupam
n Água em queda - gotas
¡ Para 20°C
¡ δágua=75 d/cm
¡ δCAP=38 d/cm
¡ Para 120°C - δCAP=28
d/cm)
¡ Tensão Interfacial –
Contato líquido/líquido ou
sólido/líquido
n δCAP/água=25 d/cm (20°C)

TRP-1002 Materiais para Infra-Estrutura de Transportes 46


Adesividade (Tensão Superficial)

Fonte:
www.dinosaur.net.cn/_REPTILIA/Iguania_1_3.jpg

TRP-1002 Materiais para Infra-Estrutura de Transportes 47


Adesividade
n Adesividade Ativa – Processo de Mistura Fonte: Santana, 1992

¡ Condição “a” – Agregado Seco (Aquecido)


n Sempre o CAP molha o agregado
n Agregados Eletropositivos (granito) favorecem a mistura
n Agregados Lisos e sem poros favorecem a adesividade ativa – Problema com
Adesivida Passiva
¡ Condição “b” – Agregado Úmido (PMF)
n Água tende a expulsar o CAP
n Não há mistura Agregado/CAP mas de Agregado/Água

TRP-1002 Materiais para Infra-Estrutura de Transportes 48


Adesividade
n Adesividade Ativa – Processo de Mistura
¡ Condição “b” – Agregado Úmido
n Solução
¡ Acrescentar Filler Eletropositivo ao agregado
n Reagem com o CAP, favorecendo a mistura
n Materiais empregados (Pó calcário, Cal Extinta ou
Cimento Portland) – 1-3% em peso
¡ Acrescentar ao CAP um melhorador de Adesividade – DOPE
n Produto Tenso-ativo
n Reduz a tensão interfacial entre o Agregado/CAP e
CAP/água
n Consumo – (0,4 – 0,5% do CAP) – Custo Elevado
¡ Para PMF, Tratamentos Superficiais, Lama, Micro-
Revestimento Asfáltico a Frio
n Utiliza-se Emulsões Catiônicas
TRP-1002 Materiais para Infra-Estrutura de Transportes 49
Adesividade
n Adesividade Passiva
¡ Se o agregado apresentar pontos que não foram
recobertos por CAP
n Não havendo “Dopagem”
n Inexistência de Filler Eletropositivo
n Sob a ação do Tráfego, a água poderá deslocar o CAP do
agregado
¡ Por este motivo, para as misturas asfálticas mais nobres
(CBUQ’s) é necessário a presença de um tenso-ativo ou
filler eletropositivo
n Adesividade apresenta grande importância em
misturas abertas ó maior volume de vazios
n Ensaio de Adesividade: DNER-ME 078/94
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