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DECLARAÇÃO DE

IMPOSTO DE RENDA DE
PESSOA FÍSICA 2023
Tudo que você precisa saber

Prof. Joyce Lima


Contadora, professora e empresária. Pós graduada
em Direito Trabalhista e Previdenciário e Auditoria e
Perícia Contábil. Especialista em análise trabalhista e
tributária.
Ementa
• 1 - O QUE É IMPOSTO DE RENDA DE PESSOA FÍSICA E PARA QUE SERVE A DIRPF?
• 2 - QUEM ESTÁ OBRIGADO A DECLARAR O IRPF?
• Hipóteses de obrigatoriedade: Rendimentos Tributáveis acima de R$
28.559,70/Rendimentos Isentos acima de R$ 40.000,00 ganho de capital na alienação
de bens/Atividade Rural/Bens e direitos acima de 300k/Auxílio Emergencial +
rendimentos tributáveis

• 3 - DECLARAÇÃO COMPLETA OU SIMPLIFICADA: QUAL A MELHOR OPÇÃO?


• Planejamento tributário PF/ Doações realizadas dentro da declaração / PGBL /
Deduções

• 4 - RENDIMENTOS TRIBUTÁVEIS
• Rendimentos de pensões– Rendimentos de Aluguéis/Arrendamento (Carnê-leão) –
Rendimento de Trabalho não assalariado

• 5 – RENDIMENTOS ISENTOS OU NÃO TRIBUTÁVEIS


• Alienação de bens / Alienação de único imóvel/ Alienação de imóvel residencial (prazos
e requisitos) / Distribuição de Lucros e Dividendos / Indenizações/ Décimo Terceiro
Salário e participação nos lucros
Ementa
• 6 – DEDUÇÕES
• Dependentes/ Pensão Alimentícia/ Contribuição Previdenciária/Despesas com
Instrução/ Despesas Médicas/ Livro Caixa (Profissional Liberal e Atividade
Rural)
• 7– GANHO DE CAPITAL
• 8- DECLARAÇÃO DE IR PARA EMPRESÁRIO MEI
• 9 – PREENCHIMENTO PRÁTICO DA DECLARAÇÃO DE IRPF
• 10 - DECLARAÇÃO DE IR PARA INVESTIDORES NO MERCADO FINANCEIRO
• 11 – MALHA FISCAL
• BÔNUS – PRODUÇÃO RURAL
• BÔNUS – PRECIFICAÇÃO E HONORÁRIOS
1 - O QUE É IMPOSTO DE RENDA DE PESSOA
FÍSICA E PARA QUE SERVE A DIRPF?

• Art. 1º Os rendimentos e ganhos de capital percebidos a


partir de 1º de janeiro de 1989, por pessoas físicas residentes
ou domiciliados no Brasil, serão tributados pelo imposto de
renda na forma da legislação vigente, com as modificações
introduzidas por esta Lei. (Lei 7.713/88)
• Art. 2º O imposto de renda das pessoas físicas será devido,
mensalmente, à medida em que os rendimentos e ganhos de
capital forem percebidos.
1 - O QUE É IMPOSTO DE RENDA DE PESSOA
FÍSICA E PARA QUE SERVE A DIRPF?

• Declaração de Ajuste Anual do Imposto sobre a Renda da Pessoa


Física (DIRPF), serve para acompanhar a evolução do patrimônio do
contribuinte bem como equilibrar o imposto pago x devido
• Ex.: Joãozinho recebe mensalmente salário de R$ 2.500,00, logo,
seus recolhimento de INSS e IRRF são na ordem de:
• INSS: R$ 209,00 x 12 = R$ 2.508,00
• IR: R$ 29,03 x 12 = R$ 348,36
• Salário em 12 meses = R$ 30.000,00
1 - O QUE É IMPOSTO DE RENDA DE PESSOA
FÍSICA E PARA QUE SERVE A DIRPF?

• INSS: R$ 209,00 x 12 = R$ 2.508,00


• IR: R$ 29,03 x 12 = R$ 348,36
• Salário em 12 meses = R$ 30.000,00
• R$ 30.000,00 – R$ 2.508,00 = R$ 27.492,00
RESTITUIÇÃO
Declaração do Imposto sobre a Renda Retido na
Fonte (DIRF)

A DIRF é a declaração feita pela FONTE PAGADORA, ou seja quem


efetua pagamentos e retém imposto de renda na fonte.
Na DIRF devem ser informados:
• Os rendimentos pagos a pessoas físicas domiciliadas no País;
• O imposto sobre a renda e contribuições retidos na fonte, dos
rendimentos pagos ou creditados para seus beneficiários;
• O pagamento, crédito, entrega, emprego ou remessa a residentes
ou domiciliados no exterior;
• Os pagamentos a plano de assistência à saúde – coletivo
empresarial.

Declaração do Imposto sobre a Renda Retido na
Fonte (DIRF)

A fonte pagadora, pessoa física ou jurídica, deve fornecer à pessoa


física beneficiária, até o último dia útil do mês de fevereiro do ano
subsequente àquele a que se referirem os rendimentos ou por ocasião
da rescisão do contrato de trabalho, se esta ocorrer antes da referida
data, documentos comprobatórios, em uma via, com indicação da
natureza e do montante do pagamento, das deduções e do imposto
retido no ano-calendário de 2021, conforme modelo oficial.
Ausência da Declaração

O contribuinte obrigado a apresentar a declaração, no caso de


apresentação após o prazo previsto ou da não apresentação, fica
sujeito ao pagamento de multa por atraso, calculada da seguinte
forma:
• existindo imposto devido, multa de 1% ao mês-calendário ou fração
de atraso, incidente sobre o imposto devido, ainda que integralmente
pago, observados os valores mínimo de R$ 165,74 e máximo de 20%
do imposto devido;
•inexistindo imposto devido, multa de R$ 165,74
Não é devida a multa por atraso na entrega da declaração para quem
está desobrigado de apresentar a Declaração de Ajuste Anual.
Como apresentar

O programa IRPF 2022 para a Declaração de Ajuste Anual pode ser


obtido no site da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil (RFB)
na internet, no endereço http://www.gov.br/receitafederal/pt-br.
Localize o programa IRPF 2022 a partir da barra de menu na opção
“Meu Imposto de Renda”, procure por “IRPF 2022” e selecione
"Download do Programa” e siga as orientações constantes no sítio da
RFB na Internet.
2 - QUEM ESTÁ OBRIGADO A DECLARAR O
IRPF?
A) Recebeu rendimentos tributáveis, sujeitos ao
ajuste na declaração, cuja soma foi superior a R$
28.559,70

Base de cálculo Alíquota Parcela a deduzir


De 1.903,99 até
7,50% R$ 142,80
2.826,65
De 2.826,66 até
15% R$ 354,80
3.751,05
De 3.751,06 até
22,50% R$ 636,13
4.664,68
Acima de 4.664,68 27,50% R$ 869,36
2 - QUEM ESTÁ OBRIGADO A DECLARAR O
IRPF?
B) Recebeu rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados
exclusivamente na fonte, cuja soma foi superior a R$ 40.000,00
C) Obteve, em qualquer mês, ganho de capital na alienação de
bens ou direitos, sujeito à incidência do imposto, ou realizou
operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e
assemelhadas;
• I – 15% sobre a parcela dos ganhos que não ultrapassar R$
5.000.000,00;
• II – 17,5% sobre a parcela dos ganhos que exceder R$ 5.000.000,00 e
não ultrapassar R$ 10.000.000,00;
• III – 20% sobre a parcela dos ganhos que exceder R$ 10.000.000,00
e não ultrapassar R$ 30.000.000,00; e
• IV – 22,5% sobre a parcela dos ganhos que ultrapassar R$
30.000.000,00.
2 - QUEM ESTÁ OBRIGADO A DECLARAR O
IRPF?

• Imóvel comprado antes de 1969


• Único imóvel vendido até R$ 440 mil
• Vender o imóvel e comprar outro imóvel residencial em um
período de até seis meses (180 dias) com valor igual ou
superior ao vendido
• Venda de imóvel e móvel de até R$ 35 mil e no mercado de
ações, até R$ 20 mil
• Desapropriado para reforma agrária
Cálculo do ganho de capital
R$ 700 mil (valor pela venda) - R$ 500 mil (valor de aquisição) = R$ 200
mil (este foi seu lucro obtido) x 15% = R$ 30 mil
2 - QUEM ESTÁ OBRIGADO A DECLARAR O
IRPF?

D) Relativamente à atividade rural:


- obteve receita bruta em valor superior a R$ 142.798,50
(cento e quarenta e dois mil, setecentos e noventa e oito
reais e cinquenta centavos);
- pretenda compensar, no ano-calendário de 2020 ou
posteriores, prejuízos de anos-calendário anteriores ou do
próprio ano-calendário de 2020;
E) Teve, em 31 de dezembro, a posse ou a propriedade de
bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior
a R$ 300.000,00 (trezentos mil reais);
F) Passou à condição de residente no Brasil em qualquer
mês e nesta condição se encontrava em 31 de dezembro;
2 - QUEM ESTÁ OBRIGADO A DECLARAR O
IRPF?

G) Optou pela isenção do imposto sobre a renda incidente


sobre o ganho de capital auferido na venda de imóveis
residenciais, cujo produto da venda seja destinado à
aplicação na aquisição de imóveis residenciais localizados
no País, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias contados da
celebração do contrato de venda.
H) Tenha sido beneficiária do auxílio emergencial para
enfrentamento da emergência de saúde pública de
importância internacional decorrente do coronavírus
(covid-19) de que trata a Lei nº 13.982, de 2 de abril de 2020,
e que tenha recebido outros rendimentos tributáveis
superiores a R$ 22.847,76
3 – DECLARAÇÃO COMPLETA OU
SIMPLIFICADA?

O que é declaração Simplificada?


A opção pelo desconto simplificado implica a substituição
de todas as deduções admitidas na legislação tributária,
correspondente à dedução de 20% do valor dos
rendimentos tributáveis na Declaração de Ajuste Anual,
limitado a R$ 16.754,34
Qualquer contribuinte pode optar pelo desconto
simplificado. Entretanto, após o prazo para a apresentação
da declaração, não será admitida a mudança na forma de
tributação de declaração já apresentada.
3 – DECLARAÇÃO COMPLETA OU
SIMPLIFICADA?

Exemplo: Joãozinho recebeu de rendimentos tributáveis


em 2021 R$ 45.000,00. INSS R$ 3.600,00/IRRF R$ 520,00
45.000,00 * 20% = R$ 9.000,00
45.000,00 – R$ 9.000,00 = 36.000,00

*Independentemente da forma de tributação escolhida


pelo contribuinte, deve-se preencher as fichas
“Pagamentos Efetuados” e “Doações Efetuadas” incluindo
todos os pagamentos e doações efetuados a:
3 – DECLARAÇÃO COMPLETA OU
SIMPLIFICADA?
Doações

Atualmente, podem ser abatidas as doações filantrópicas feitas


para:
• Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente (Nacional,
Distrital, estaduais ou municipais);
• Fundos do Idoso (Nacional, Distrital, estaduais ou municipais);
• Projetos aprovados no âmbito das leis de incentivo à cultura, ao
esporte e à atividade audiovisual;
• Projetos aprovados pelo Ministério da Saúde no âmbito de um
dos seguintes programas: Pronas/PCD (para a pessoa com
deficiência) ou Pronon (de combate ao câncer).
3 – DECLARAÇÃO COMPLETA OU
SIMPLIFICADA?
PGBL (completa)
Plano Gerador de Benefício Livre
• O PGBL é considerado uma previdência complementar e,
por isso, ao invés de aumentar o valor do IR,
pode deduzir até 12% da renda tributável anual do tributo
federal quando declarado, já que o IR sobre o
investimento será cobrado apenas no momento do
resgate.
• No entanto, é importante mencionar que o Plano Gerador
de Benefício Livre apenas possui o poder de deduzir até
12% da renda tributável anual no modelo completo da
declaração.
3 – DECLARAÇÃO COMPLETA OU
SIMPLIFICADA?
Rendimentos Recebidos Acumuladamente
Os rendimentos recebidos acumuladamente são aqueles que se referem
a anos-calendário anteriores ao do recebimento e, em razão disso, têm
tratamento tributário especifico.
Este tratamento é conferido quando os rendimentos são decorrentes de:
a) aposentadoria, pensão, transferência para a reserva remunerada ou
reforma, pagos pela Previdência Social da União, dos estados, do Distrito
Federal e dos municípios; e
b) rendimentos do trabalho.
Aplica-se a referida tributação, inclusive, aos rendimentos decorrentes
de decisões das Justiças do Trabalho, Federal, Estaduais e do Distrito
Federal; devendo abranger tais rendimentos o décimo terceiro salário e
quaisquer acréscimos e juros deles decorrentes.
3 – DECLARAÇÃO COMPLETA OU
SIMPLIFICADA?
Rendimentos Recebidos Acumuladamente
Agora, valores referentes a anos anteriores, que até então eram
somados e oferecidos para a tabela de IRRF Pessoa Física de uma
só vez na data de pagamento, são calculados considerando a
quantidade de meses que foram acumulados para encontrar uma
nova tabela IRRF que é aplicada ao pagamento acumulado
separadamente dos valores do ano atual. Para aposentados com
idade mínima de 65 anos será considerado a dedução
multiplicada pelos meses acumulados.
Esta modalidade gera ganho para a pessoa física, principalmente
nos pagamentos de dissídios ou acordos coletivos com cálculo
retroativo ao ano anterior e reflete também nas Ações
Trabalhistas que, em geral, pagam acumuladamente valores de
vários anos anteriores.
3 – DECLARAÇÃO COMPLETA OU
SIMPLIFICADA?
Espólio
Espólio é o conjunto de bens, direitos e obrigações da
pessoa falecida. É contribuinte distinto do meeiro, dos
herdeiros e dos legatários. Se houver bens a
inventariar, o imposto deve ser pago pelo espólio.
Inexistindo bens a inventariar, o cônjuge/companheiro
sobrevivente ou os dependentes não respondem pelos
tributos devidos pela pessoa falecida.
3 – DECLARAÇÃO COMPLETA OU
SIMPLIFICADA?
Espólio
Declaração Inicial
É a que corresponde ao ano-calendário do falecimento.
Declarações Intermediárias
Referem-se aos anos-calendário seguintes ao do falecimento, até o ano-
calendário anterior ao da decisão judicial da partilha, sobrepartilha ou
adjudicação ou da lavratura da escritura pública de inventário e partilha
dos bens.
Declaração Final
É a que corresponde ao ano-calendário da decisão judicial da partilha,
sobrepartilha ou adjudicação ou da lavratura da escritura pública de
inventário e partilha dos bens. Essa declaração corresponde ao período
de 1º de janeiro à data da decisão judicial ou da lavratura de escritura
pública de inventário e partilha.
3 – DECLARAÇÃO COMPLETA OU
SIMPLIFICADA?
Espólio
Existindo bens sujeitos a inventário ou a arrolamento, e tendo
sido encerrado o inventário sem a inclusão do imposto sobre a
renda não recebido em vida pelo titular, a restituição depende:
a) de alvará judicial, caso o inventário tenha sido feito por
processo judicial de inventário; ou
b) de escritura pública de inventário e partilha, na hipótese de o
inventário ter sido feito dessa forma.
Não havendo bens sujeitos a inventário e existindo dependentes
habilitados na forma da legislação previdenciária ou militar, a
restituição é liberada mediante requerimento dirigido ao
delegado da Delegacia da Receita Federal do Brasil da jurisdição
do último endereço do de cujus.
3 – DECLARAÇÃO COMPLETA OU
SIMPLIFICADA?
Seguro Desemprego
As parcelas de seguro-desemprego recebidas em 2021 também
são isentas de IR. Se o contribuinte fizer a declaração, deve
colocar as informações respectivas na aba “Rendimentos Isentos
e não Tributáveis”, também na opção “26 – Outros”.
3 – DECLARAÇÃO COMPLETA OU
SIMPLIFICADA?
Dívidas e Ônus Reais
É preciso declarar os empréstimos porque a Receita avalia a
variação do patrimônio do contribuinte a cada ano. Ou seja, ela
compara todos os pagamentos feitos com os rendimentos
recebidos pela pessoa. Como os pagamentos de parcelas de uma
dívida mudam o valor do patrimônio, é necessário informar os
valores para justificar as diferenças.
3 – DECLARAÇÃO COMPLETA OU
SIMPLIFICADA?
Dívidas
Entram na declaração do imposto de renda, os
empréstimos de diferentes categorias:
Consignado
• Cheque especial
• Cartão de crédito
• Esses empréstimos são considerados sem garantia.

Já empréstimos como:
• Financiamento de veículo
• Financiamento de imóveis

Esses entram na categoria de empréstimos com garantia.


3 – DECLARAÇÃO COMPLETA OU
SIMPLIFICADA?
Dívidas
Sem garantia
Os empréstimos sem garantia são aqueles para serem informados na
ficha “Dívidas e Ônus Reais”, com o código específico do credor.
Ao preencher, o contribuinte deve colocar informações sobre quem é o
credor e se este é uma financeira ou um banco.
Com garantia
Financiamentos de imóveis e de veículos, o próprio bem que está sendo
comprado pode ser a garantia do pagamento da dívida ao banco ou
financeira. Estes tipos de empréstimo devem entrar na ficha “Bens e
Direitos”
3 – DECLARAÇÃO COMPLETA OU
SIMPLIFICADA?
FIES
Assim como qualquer gasto com ensino superior, o FIES é
dedutível, contanto que até o teto anual de R$ 3.651,50 por
pessoa.
Essa dedução é feita ainda no momento que o banco paga a
faculdade. Ou seja, mesmo o estudante ainda não tendo
pago o banco, ele já vai ter direito a essa dedução no seu
Imposto de Renda.
O extrato do FIES é o documento emitido pelo banco com
toda a relação dos pagamentos efetuados tanto por ele
para a faculdade, quanto pelo estudante para o banco.
3 – DECLARAÇÃO COMPLETA OU
SIMPLIFICADA?
FIES
No Programa do IR, acesse a ficha “Pagamentos Efetuados”,
clique no botão “Novo” e insira o código 01, referente a “Instrução
no Brasil”.
Em seguida, indique se a despesa é referente a você ou a um dos
seus dependentes, e informe os dados da instituição de ensino.
No campo “Valor pago”, insira a soma do que foi gasto por você e
pelo banco ao longo do ano-calendário e deixe zerado o campo
“Parcela dedutível/Valor reembolsado”.
Depois, acesse a ficha “Dívidas e Ônus Reais”, clique no botão
“Novo” e insira o código 13, referente a “Outras pessoas
jurídicas”.
Nessa ficha, informe, no campo “Discriminação”, a causa da
dívida e os dados do banco.
3 – DECLARAÇÃO COMPLETA OU
SIMPLIFICADA?
Pagamento
O saldo do imposto pode ser pago em até 8 (oito) quotas, mensais e
sucessivas, observado o seguinte:
a) nenhuma quota deve ser inferior a R$ 50,00 (cinquenta reais);
b) o imposto de valor inferior a R$ 100,00 (cem reais) deve ser pago em
quota única.
c) a primeira quota ou quota única vence em 31 de maio de 2022, sem
acréscimo de juros, se recolhida até essa data.
d) as demais quotas vencem no último dia útil de cada mês subsequente
ao da apresentação, e seu valor sofre acréscimo de juros equivalentes à
taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic),
para títulos federais, acumulada mensalmente, a partir do primeiro dia
do mês subsequente ao previsto para a apresentação da declaração até o
mês anterior ao do pagamento, e de 1% referente ao mês do
pagamento, ainda que as quotas sejam pagas até as respectivas datas de
vencimento.
3 – DECLARAÇÃO COMPLETA OU
SIMPLIFICADA?
Pagamento
Quando pagas dentro do prazo legal, o valor a recolher é calculado da
seguinte maneira:
• 1ª quota ou quota única (vencimento em 31/05/2022): o valor apurado
na declaração;
• 2ª quota (vencimento em 30/06/2022): valor apurado, mais 1%;
• 3ª quota (vencimento em 29/07/2022): valor apurado, mais juros à taxa
Selic de junho, mais 1%;
• 4ª quota (vencimento em 31/08/2022): valor apurado, mais juros à taxa
Selic acumulada (junho e julho), mais 1%;
• 5ª quota (vencimento em 30/09/2022): valor apurado, mais juros à taxa
Selic acumulada (junho a agosto), mais 1%;
• 6ª quota (vencimento em 31/10/2022): valor apurado, mais juros à taxa
Selic acumulada (junho a setembro), mais 1%;
• 7ª quota (vencimento em 30/11/2022): valor apurado, mais juros à taxa
Selic acumulada (junho a outubro), mais 1%;
• 8ª quota (vencimento em 29/12/2022): valor apurado, mais juros à taxa
Selic acumulada (junho a novembro), mais 1%.
3 – DECLARAÇÃO COMPLETA OU
SIMPLIFICADA?
Pagamento
O pagamento pode ser efetuado em qualquer agência bancária
integrante da rede arrecadadora de receitas federais,
independentemente do domicílio fiscal do contribuinte.
O pagamento integral do imposto, ou de suas quotas, e de seus
respectivos acréscimos legais pode ser efetuado mediante:
I - transferência eletrônica de fundos por meio de sistemas eletrônicos
das instituições financeiras autorizadas
pela RFB a operar com essa modalidade de arrecadação;
II - Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf), em qualquer
agência bancária integrante da rede
arrecadadora de receitas federais, no caso de pagamento efetuado no
Brasil; ou
III - débito automático em conta-corrente bancária
3 – DECLARAÇÃO COMPLETA OU
SIMPLIFICADA?
Pagamento
Para atualizar o DARF vencido, é muito fácil. Você pode realizar a
emissão do novo DARF de duas formas:
• Pelo próprio programa que você usou para fazer a declaração do
Imposto de Renda do ano devido.
• Pelo portal e-CAC em "Meu Imposto de Renda - Extrato da DIRPF".
Qualquer pessoa pode emitir o DARF. A Receita Federal tem um sistema
próprio para emissão online de DARFs: o Sicalc. Por meio dele, é possível
calcular o valor do DARF, como todos os impostos e taxas que ela inclui,
bem como imprimir o documento para pagamento.
3 – DECLARAÇÃO COMPLETA OU
SIMPLIFICADA?
3 – DECLARAÇÃO COMPLETA OU
SIMPLIFICADA?
3 – DECLARAÇÃO COMPLETA OU
SIMPLIFICADA?
3 – DECLARAÇÃO COMPLETA OU
SIMPLIFICADA?
Retificação
Se apresentada após o prazo final (31/05/2022), a Declaração
de Ajuste Anual (DAA) retificadora deve ser apresentada
observando-se a mesma natureza da declaração original, não
se admitindo troca de opção por outra forma de tributação.
O contribuinte deve informar o número do recibo de entrega
da última declaração apresentada, relativa ao mesmo ano-
calendário. Esse número é obrigatório e pode ser obtido no
recibo de entrega impresso ou visualizado por meio do menu
Declaração, opção Abrir, do programa IRPF2022
Extingue-se em cinco anos o direito de o contribuinte retificar
a declaração de rendimentos, inclusive quanto ao valor dos
bens e direitos declarados.
3 – DECLARAÇÃO COMPLETA OU
SIMPLIFICADA?
Retificação
Quando a retificação resultar em redução do imposto declarado,
observar o seguinte procedimento:
a) calcular o novo valor de cada quota, mantendo-se o número de
quotas em que o imposto foi parcelado na declaração retificada,
desde que respeitado o valor mínimo;
b) os valores pagos a maior relativos às quotas vencidas, bem
assim os acréscimos legais referentes a esses valores, podem ser
compensados nas quotas vincendas, ou ser objeto de pedido de
restituição;
c) sobre o montante a ser compensado ou restituído incidem
juros equivalentes à taxa Selic, tendo como termo inicial o mês
subsequente ao do pagamento a maior e como termo final o mês
anterior ao da restituição ou da compensação, adicionado de 1%
no mês da restituição ou compensação.
3 – DECLARAÇÃO COMPLETA OU
SIMPLIFICADA?
Retificação
Quando a retificação resultar em aumento do imposto declarado,
observar o seguinte procedimento:
a) calcular o novo valor de cada quota, mantendo-se o número de
quotas em que o imposto foi parcelado na declaração retificada;
b) sobre a diferença correspondente a cada quota vencida
incidem acréscimos legais, calculados de acordo com a legislação
vigente.
4 – RENDIMENTOS TRIBUTÁVEIS
Constituem-se rendimentos tributáveis da pessoa física,
para fins de imposto de renda, os rendimentos
provenientes do trabalho assalariado, as remunerações por
trabalho prestado no exercício de empregos, cargos e
funções, e quaisquer proventos ou vantagens percebidos.
4 – RENDIMENTOS TRIBUTÁVEIS

I - salários, ordenados, vencimentos, soldos, soldadas, vantagens,


subsídios, honorários, diárias de comparecimento, bolsas de estudo
e de pesquisa, remuneração de estagiários;
II - férias, inclusive as pagas em dobro, transformadas em pecúnia
ou indenizadas, acrescidas dos respectivos abonos;
III - licença especial ou licença-prêmio, inclusive quando convertida
em pecúnia;
IV - gratificações, participações, interesses, percentagens, prêmios e
quotas-partes de multas ou receitas;
V - comissões e corretagens;
VI - aluguel do imóvel ocupado pelo empregado e pago pelo
empregador a terceiros, ou a diferença entre o aluguel que o
empregador paga pela locação do imóvel e o que cobra a menos do
empregado pela respectiva sublocação;
4 – RENDIMENTOS TRIBUTÁVEIS
VII - valor locativo de cessão do uso de bens de propriedade do empregador;

VIII - pagamento ou reembolso do imposto ou contribuições que a lei prevê como


encargo do assalariado;

IX - prêmio de seguro individual de vida do empregado pago pelo empregador,


quando o empregado é o beneficiário do seguro, ou indica o beneficiário deste;

X - verbas, dotações ou auxílios, para representações ou custeio de despesas


necessárias para o exercício de cargo, função ou emprego;

XI - pensões, civis ou militares, de qualquer natureza, meios-soldos e quaisquer


outros proventos recebidos de antigo empregador, de institutos, caixas de
aposentadoria ou de entidades governamentais, em virtude de empregos, cargos
ou funções exercidos no passado;

XII - a parcela que exceder ao valor de isenção previsto, decorrentes


de aposentadoria e pensão, ao contribuinte que completar sessenta e cinco anos
de idade;

XIII - as remunerações relativas à prestação de serviço


4 – RENDIMENTOS TRIBUTÁVEIS
• São considerados isentos do imposto sobre a renda, na fonte e na
declaração de ajuste do beneficiário, os valores efetivamente pagos ou
distribuídos ao titular ou sócio da microempresa ou empresa de pequeno
porte optante pelo Simples Nacional, salvo os que corresponderem a pro
labore, aluguéis ou serviços prestados.

• As quantias recebidas por pessoa física pela locação de imóvel, sujeitam-


se ao recolhimento mensal obrigatório (carnê-leão) se recebidas de
pessoa física ou de fonte no exterior, ou à retenção na fonte se pagas por
pessoa jurídica, e ao ajuste na Declaração de Ajuste Anual.

• O rendimento recebido a título de pensão está sujeito ao recolhimento


mensal (carnê-leão) e à tributação na Declaração de Ajuste Anual. O
contribuinte do imposto é o beneficiário da pensão, ainda que esta tenha
sido paga a seu representante legal. O beneficiário deve efetuar o
recolhimento do carnê-leão até o último dia útil do mês seguinte ao do
recebimento.
4 – RENDIMENTOS TRIBUTÁVEIS
Carnê Leão

O Carnê-leão é a tributação do Imposto sobre a Renda das


Pessoas Físicas, sob a forma do recolhimento mensal
obrigatório, pelo contribuinte, pessoa física, residente no
Brasil, que receber rendimentos de outra pessoa física ou
do exterior.
• Contribuição previdenciária oficial;
• Dependentes (R$ 189,59 por dependente a partir do ano
2021);
• Pensão alimentícia
• Livro Caixa
5 – RENDIMENTOS ISENTOS
Há vários rendimentos que, para fins de imposto de renda,
não sofrem tributação. Conhecê-los é importante para
evitar incluí-los na declaração do IRPF como sujeitos ao
imposto, pagando assim um tributo indevido.
5 – RENDIMENTOS ISENTOS
• Bolsas de estudo e de pesquisa
• Recebimento de apólices e prêmios de seguro
• Indenizações por rescisão de contrato de trabalho e por
acidente de trabalho
• FGTS
• Ganho de capital
• Lucros e dividendos recebidos
• Parcela isenta de proventos de aposentadoria, reserva
remunerada, reforma e pensão de declarante com 65 anos ou
mais
• Pensão, proventos de aposentadoria ou reforma por moléstia
grave ou aposentadoria ou reforma por acidente em serviço
5 – RENDIMENTOS ISENTOS
• Rendimento de sócio ou titular de microempresa ou empresa de
pequeno porte optante pelo Simples Nacional – exceto pro
labore, aluguéis e serviços prestados
• Doações e heranças
• Parcela não tributável correspondente à atividade rural
• IR de anos-calendário anteriores compensado judicialmente
neste ano-calendário
• 75% dos rendimentos do trabalho assalariado recebidos em
moeda estrangeira por servidores de autarquias ou repartições
do governo brasileiro situadas no exterior, convertidos em reais
• Incorporação de reservas ao capital/bonificações em ações
• Meação e dissolução da sociedade conjugal e da unidade
familiar
5 – RENDIMENTOS ISENTOS
• Rendimento de sócio ou titular de microempresa ou empresa de
pequeno porte optante pelo Simples Nacional – exceto pro
labore, aluguéis e serviços prestados
• Doações e heranças
• Parcela não tributável correspondente à atividade rural
• IR de anos-calendário anteriores compensado judicialmente
neste ano-calendário
• 75% dos rendimentos do trabalho assalariado recebidos em
moeda estrangeira por servidores de autarquias ou repartições
do governo brasileiro situadas no exterior, convertidos em reais
• Incorporação de reservas ao capital/bonificações em ações
• Meação e dissolução da sociedade conjugal e da unidade
familiar
5 – RENDIMENTOS ISENTOS
Alguns rendimentos gerados por investimentos não são
tributados pelo IR, o que é uma ótima notícia para quem
busca aplicar dinheiro com os menores custos. São eles:
• Letras hipotecárias
• LCI / LCA
• CRI / CRA
• Caderneta de poupança
5 – RENDIMENTOS ISENTOS
5 – RENDIMENTOS ISENTOS
6 – DEDUÇÕES
• importâncias pagas em dinheiro a título de pensão
alimentícia
• a quantia mensal, por dependente, de R$ 189,59 (anual R$
2.275,08)
• as contribuições para a Previdência Social da União, dos
estados, do Distrito Federal e dos municípios
• as contribuições para as entidades de previdência
complementar domiciliadas no Brasil
• as contribuições aos Fundos de Aposentadoria
Programada Individual (Fapi), cujo ônus tenha sido do
contribuinte
• despesas médicas
6 – DEDUÇÕES
• a despesas escrituradas em livro-caixa
• a despesas pagas com instrução do contribuinte, de
alimentandos em virtude de decisão judicial e de seus
dependentes, limitado a R$ 3.561,50
6 – DEDUÇÕES
Quem pode ser dependente?
1 - companheiro(a) com quem o contribuinte tenha filho ou viva há mais
de 5 anos, ou cônjuge;
2 - filho(a) ou enteado(a), até 21 anos de idade, ou, em qualquer idade,
quando incapacitado física ou mentalmente para o trabalho;
3 - filho(a) ou enteado(a), se ainda estiverem cursando estabelecimento
de ensino superior ou escola técnica de segundo grau, até 24 anos de
idade;
4 - irmão(ã), neto(a) ou bisneto(a), sem arrimo dos pais, de quem o
contribuinte detenha a guarda judicial, até 21 anos, ou em qualquer
idade, quando incapacitado física ou mentalmente para o trabalho;
6 – DEDUÇÕES
Quem pode ser dependente?
5 - irmão(ã), neto(a) ou bisneto(a), sem arrimo dos pais, com idade de 21
anos até 24 anos, se ainda estiver cursando estabelecimento de ensino
superior ou escola técnica de segundo grau, desde que o contribuinte
tenha detido sua guarda judicial até os 21 anos;
6 - pais, avós e bisavós que tenham recebido rendimentos, tributáveis ou
não, até R$ 22.847,76;
7 - menor pobre até 21 anos que o contribuinte crie e eduque e de quem
detenha a guarda judicial;
8 - pessoa absolutamente incapaz, da qual o contribuinte seja tutor ou
curador.
6 – DEDUÇÕES
As despesas médicas devem ser especificadas e
comprovadas mediante documentação hábil e idônea.
Transfusão de sangue e exames laboratoriais desde que tais
serviços sejam prestados por profissionais legalmente
habilitados (médicos e dentistas) ou por empresas
especializadas constituídas por esses profissionais. Ex.:
Teste Covid-19
Despesas com instrução que sejam:
1. à educação infantil, compreendendo as creches e as pré-escolas;
2. ao ensino fundamental;
3. ao ensino médio;
4. à educação superior, compreendendo os cursos de graduação e de
pós-graduação (mestrado, doutorado e especialização);
5. à educação profissional, compreendendo o ensino técnico e o
tecnológico.
6 – DEDUÇÕES

Podem ser excluídos do valor do aluguel recebido, quando o


encargo tenha sido exclusivamente do locador, as quantias
relativas a:
• impostos, taxas e emolumentos incidentes sobre o bem
que produzir o rendimento;
• aluguel pago pela locação de imóvel sublocado;
• despesas pagas para cobrança ou recebimento do
rendimento; e
• despesas de condomínio.
7 – GANHO DE CAPITAL

• é todo e qualquer lucro obtido na venda de casas,


apartamentos e imóveis em geral, além de carros,
caminhões, outros móveis e ações financeiras.
• o imposto sobre o ganho de capital precisa ser pago logo
após a venda do imóvel ou móvel, num prazo máximo de
180 dias após a negociação.
7 – GANHO DE CAPITAL
Estão sujeitas à apuração de ganho de capital as operações
que importem:
I - alienação, a qualquer título, de bens ou direitos ou cessão ou
promessa de cessão de direitos à sua aquisição
II - transferência a herdeiros e legatários na sucessão causa
mortis, a donatários na doação, inclusive em adiantamento da
legítima, ou atribuição a ex-cônjuge ou ex-convivente, na
dissolução da sociedade conjugal ou união estável, de bens e
direitos por valor superior àquele pelo qual constavam na
Declaração de Ajuste Anual do de cujus, do doador, do ex-cônjuge
ou ex-convivente que os tenha transferido;
III - alienação de bens ou direitos e liquidação ou resgate de
aplicações financeiras, de propriedade de pessoa física,
adquiridos, a qualquer título, em moeda estrangeira.
7 – GANHO DE CAPITAL
Estão sujeitas à isenção de ganho de capital as operações
que importem:
• Indenização da terra nua por desapropriação para fins de reforma agrária
• Indenização por liquidação de sinistro, furto ou roubo, relativo ao objeto
segurado;
• Alienação, por valor igual ou inferior a R$ 440.000,00, do único bem imóvel que
o titular possua
• Ganho apurado na alienação de imóveis adquiridos até 1969
• O valor da redução do ganho de capital para imóveis adquiridos entre 1969 e
1988
7 – GANHO DE CAPITAL
Estão sujeitas à isenção de ganho de capital as operações
que importem:
*Na alienação de imóvel adquirido até 31/12/1988, por contribuinte residente no
Brasil, pode ser aplicado um percentual fixo de redução sobre o ganho de capital,
determinado em função do ano de aquisição ou incorporação do imóvel, de
acordo com a tabela abaixo:
7 – GANHO DE CAPITAL
Estão sujeitas à isenção de ganho de capital as operações que
importem:
• A partir de 16/06/2005, o ganho auferido por pessoa física
residente no Brasil na venda de imóveis residenciais, desde que
o alienante, no prazo de 180 dias contado da celebração do
contrato, aplique o produto da venda na aquisição, em seu
nome, de imóveis residenciais localizados no País
• I - FR1 = 1/1,0060m1, onde "m1" corresponde ao número de meses-calendário ou
fração decorridos entre a data de aquisição do imóvel e o mês de
novembro/2005, inclusive na hipótese de a alienação ocorrer no referido mês;
• II - FR2 = 1/1,0035m2, onde "m2" corresponde ao número de meses-calendário ou
fração decorridos entre dezembro/2005 ou o mês da aquisição do imóvel, se
posterior, e o de sua alienação.
8 – DECLARAÇÃO DE IR PARA EMPRESÁRIO MEI
Considera-se isento do imposto sobre a renda, na fonte e na
Declaração de Ajuste Anual do beneficiário, o lucro do titular de
empresa optante pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de
Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de
Pequeno Porte (Simples Nacional), na condição de
Microempreendedor Individual (MEI).
• A isenção fica limitada ao valor resultante da aplicação, sobre a
receita bruta mensal, no caso de antecipação de fonte, ou da
receita bruta total anual, tratando-se de Declaração de Ajuste
Anual, dos percentuais de apuração do Lucro Presumido,
mencionados no artigo 15, da Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de
1995.
• O limite acima não se aplica na hipótese de o microempreendedor
individual manter escrituração contábil que evidencie lucro superior
àquele limite. Não são considerados isentos os valores pagos ao
MEI correspondentes a pro labore, aluguéis ou serviços prestados
8 – DECLARAÇÃO DE IR PARA EMPRESÁRIO MEI

Ex.: MEI com CNAE 4782-2/01 - Comércio varejista de


calçados faturou R$ 70.000,00 em 2021.
R$ 70.000,00 x 8% = R$ 5.600,00 Parte Isenta
R$ 70.000,00 – R$ 5.600,00 = R$ 64.400,00 Parte Tributável
9 – PREENCHIMENTO PRÁTICO DA
DECLARAÇÃO DE IRPF
Quais informações básicas que preciso?
1. Informe de Rendimentos (de todas as fontes de renda que tenha
tido no ano, caso tenha trabalhado em mais de um lugar)
2. Endereço e dados de contato
3. Data de nascimento, título de eleitor
4. Nome completo e CPF dos dependentes *se houver)
5. Despesas com instrução (escola ou faculdade) do titular e
dependentes (valor, nome completo e CNPJ da escola ou
faculdade)
6. Se fizer pagamento de pensão alimentícia judicial, deve informar
valor estipulado no acordo judicial, nome completo e CPF de
quem recebe a pensão.
9 – PREENCHIMENTO PRÁTICO DA
DECLARAÇÃO DE IRPF
Quais informações básicas que preciso?
7. Bens: Veículo (RENAVAM, Marca, modelo e valor pago até 2020),
imóvel (data da compra, valor, endereço, tamanho).
8. Se tiver casa alugada via contrato de cartório, deve-se declarar o
valor recebido de aluguel mês a mês e o CPF do inquilino.
9. Qualquer consulta médica que seja fora do plano e tenha sido feita
no ano de 2020, acompanhada de nome do médico ou clínica, CPF ou
CNPJ.
10. Se houver previdência complementar, informar o valor pago no
ano de 2020 e para qual instituição.
11. Conta corrente para creditar a restituição
9 – PREENCHIMENTO PRÁTICO DA
DECLARAÇÃO DE IRPF
Geraldo Silva Lima
CPF 679.116.030-65
Endereço Rua 2, nº 105 Bairro Flor de Lis – Belo Horizonte/MG CEP
37402-585
14/02/1985
1257.4697.2108
Casado
Esposa dependente:
Luiza Silva Lima 619.757.590-60 12/04/1990
Faculdade de Belo Horizonte CNPJ 63.864.370/0001-97 Pago R$
24.000,00
Carro Gol 1.0 Renavam 36711205699 Valor pago R$ 40.000,00
Plano de Saúde junto à Clínica Saúde CNPJ 77.569.600/0001-08 Pago
R$ 7.440,00 (Titular) R$ 3.220,00 (Dependente)
Empréstimo junto ao Banco do Brasil de R$ 100.000,00 celebrado em
2021. Pagou R$ 9.580,00
11 – PRODUTOR RURAL
O resultado da atividade rural, quando positivo, integrará a base de
cálculo do imposto na Declaração de Ajuste Anual. Para sua apuração, as
receitas, as despesas e os investimentos são computados mensalmente
pelo regime de caixa.
O resultado da exploração da atividade rural exercida pela pessoa física é
apurado mediante a escrituração do livro-caixa, abrangendo as receitas,
as despesas, os investimentos e demais valores que integram a
atividade.
A escrituração e a apuração devem ser feitas separadamente, por
contribuinte e por país, em relação a todas as unidades rurais exploradas
individualmente, em conjunto ou em comunhão em decorrência do
regime de casamento.
Quando a receita bruta total auferida no ano-calendário não exceder a
R$ 56.000,00, é permitida a apuração mediante prova documental,
dispensada a escrituração do livro-caixa, encontrando-se o resultado
pela diferença entre o total das receitas e o das despesas/investimentos.
11 – PRODUTOR RURAL
É permitida a escrituração do livro-caixa pelo sistema de
processamento eletrônico, com subdivisões numeradas em ordem
sequencial ou tipograficamente.
O livro-caixa independe de registro em órgão da Secretaria Especial
da Receita Federal do Brasil (RFB) ou em qualquer repartição pública,
deve ser numerado sequencialmente e conter, no início e no
encerramento, anotações em forma de "Termos" que identifiquem o
contribuinte e a finalidade do livro.
Deve entregar o arquivo digital com a escrituração LCDPR a pessoa
física que explora a atividade rural e obteve, no ano-calendário de
2021, individualmente, receita bruta total da atividade rural em valor
superior a R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais).
11 – PRODUTOR RURAL
Empréstimos e Imóveis Rurais
Preliminarmente, deve-se comprovar se os empréstimos ou
financiamentos obtidos especificamente para emprego em
atividade rural, ou seja, aplicação em custeio ou
investimentos, foram efetivamente utilizados nessa
atividade, como estabelece o art. 2º do Decreto-lei nº 167,
de 14 de fevereiro de 1967. Em caso afirmativo, os
respectivos valores não podem justificar acréscimo
patrimonial, devendo ser informados em Dívidas Vinculadas
à Atividade Rural do Demonstrativo da Atividade Rural, o
saldo devedor ao final do ano calendário.
12 – MALHA FISCAL
Existem alguns parâmetros que devem nortear o
preenchimento da Declaração de Ajuste Anual da Pessoa
Física e que se forem atendidos na sua totalidade reduzem
significativamente a hipótese do contribuinte ter sua
declaração retida neste procedimento fiscal.

• Valor do Imposto de Renda Retido na Fonte


• Ausência de Fontes Pagadoras
• Recebimentos de Resgate de Previdência Privada
• Despesas com Saúde
• Variação Patrimonial
• Falta de declaração de aquisição de imóveis das
incorporadoras
• Falta de declaração de aluguéis recebidos
• Falta de declaração de imóveis adquiridos
• Despesas com cartões de crédito
• Movimentação bancária elevada
12 – MALHA FISCAL
Quando você envia a sua Declaração de Imposto de Renda, ela
passa por uma análise dos sistemas da Receita Federal, onde são
verificadas as informações que você enviou e elas são
comparadas com informações fornecidas por outras entidades
(terceiros), que também tem que prestar informações à Receita:
empresas, instituições financeiras, planos de saúde e outros.
Se for encontrada alguma diferença entre as informações
apresentadas por você em relação às informações apresentadas
por terceiros, a sua declaração será separada para uma análise
mais profunda, é o que se chama de Malha Fiscal (ou "malha fina"
como é popularmente conhecida).
Você não receberá a sua restituição enquanto a sua declaração
estiver em Malha Fiscal.
12 – MALHA FISCAL
Para saber se a sua Declaração está em malha, acesse o e-
CAC. Selecione a opção "Meu Imposto de Renda (Extrato da
DIRPF)" e na aba "Processamento", escolha o item
"Pendências de Malha". Lá você pode ver se sua declaração
está em malha e também verificar qual é o motivo pelo qual
ela foi retida.
Se a declaração está em malha porque você cometeu algum
erro no preenchimento ou deixou de informar alguma
coisa, pode fazer uma retificação da sua declaração, desde
que ainda não tenha recebido o termo de intimação.
12 – MALHA FISCAL
A impugnação é o instrumento para você contestar um lançamento
realizado pela autoridade fiscal.
Se a sua Declaração do Imposto de Renda (DIRPF) caiu na malha fiscal e
você recebeu uma Notificação de Lançamento, você pode pagar,
parcelar ou, se não concordar com o lançamento, impugnar os valores
(defesa).
O pagamento à vista dos valores dentro do prazo de 30 (trinta) dias,
contados do recebimento da Notificação de Lançamento, dá direito a
desconto de 50% sobre a multa de ofício. O parcelamento realizado no
mesmo prazo dá direito a desconto de 40%.
Se você não concorda com nenhum dos valores lançados, você pode
apresentar uma impugnação (defesa) total, justificando e comprovando
para cada uma das infrações. Mas, se não concorda somente com uma
parte do lançamento, você deve pagar ou parcelar a parte com a qual
concorda.
12 – MALHA FISCAL
Apresente os documentos que comprovam as informações prestadas na sua
Declaração de Imposto de Renda com pendências (malha).

Recebeu uma Intimação Fiscal?


Leia atentamente as orientações na intimação e apresente todos os
documentos solicitados.

Não recebeu intimação?


Se você ainda não recebeu uma intimação, consulte quais são as pendências
e corrija as informações enviando uma declaração retificadora. Com as
pendências resolvidas, sua declaração sairá da malha assim que a declaração
retificadora for processada.

Recebeu uma Notificação de Lançamento?


Se você recebeu uma Notificação de Lançamento (e não uma Intimação
Fiscal), utilize os serviços Retificar Lançamento (SRL) ou Impugnar
Lançamento, de acordo com o que for recomendado na sua notificação.
12 – MALHA FISCAL
Para contestar a notificação, veja se é possível apresentar uma
Solicitação de Retificação de Lançamento (SRL). A informação se
encontra no quadro "Intimação" da notificação.

Se for possível, utilize este serviço para entregar a SRL. A análise da


SRL é mais rápida do que o julgamento administrativo. Se não for
possível, utilize o serviço "Impugnar notificação de lançamento",
relacionado ao lado.
PRECIFICAÇÃO E HONORÁRIOS
Fazer a precificação de honorários contábeis de forma
adequada, levando em consideração a preparação do agente
contábil, o tempo gasto para entrega do serviço e a
complexidade das operações, exige muito planejamento.

Por isso, você não pode precificar seu serviço contábil de


forma aleatória. É preciso fazer de maneira assertiva, criando
parâmetros que ajudem a identificar o valor do seu serviço.
Desta forma o cliente consegue entender que, de fato, o seu
preço é justo e condizente com o trabalho dedicado a ele.
PRECIFICAÇÃO E HONORÁRIOS
Enviar uma declaração correta demanda conhecimento sobre
as leis e exigências da Receita Federal. Além disso, organizar
todas as informações e verificá-las é algo que toma tempo — e
seu tempo vale dinheiro. Entre outras tarefas, você precisa:

• atender o cliente e orientá-lo para o envio dos documentos;


• organizar os materiais enviados e analisá-los;
• introduzir os dados no sistema corretamente, visando à
geração das taxas mais baixas possíveis;
• analisar os dados e garantir que a declaração esteja coerente,
para evitar problemas com a Receita Federal;
• gerar e enviar o DARF, acompanhar o processo e possíveis
desdobramentos;
• gerar recibo, nota fiscal e cobrar seu pagamento.
PRECIFICAÇÃO E HONORÁRIOS
É interessante considerar alguns pontos, como:

• Você trabalha em uma empresa ou por conta própria?


• Se for empresário contábil, quais são seus gastos com
funcionários, local de trabalho e equipamento?
• O trabalho será contínuo ou esporádico?
• Qual é o grau de dificuldade do job?

A partir disso, fatores diretos:

• Tempo dedicado ao cliente


• Sua equipe
• Recursos e Materiais utilizados
• Lucro
• Concorrência
• Ética
PRECIFICAÇÃO E HONORÁRIOS
1º) Apure o custo da hora trabalhada e forme o preço de venda com o lucro
que você considera justo. A sugestão énunca ser inferior a 20%;

2º) Nunca forneça preço por telefone;

3º) Siga um checklist para identificar os serviços necessários além da simples


Declaração, caso do ganho de capital, Atividade Rural e o controle das
parcelas do imposto a pagar, entre tantas outras peculiaridades;

4º) Com base no checklist apure a necessária quantidade de horas para


prestar o serviço completo. Lembre-se que você manterá a cópia de
segurança da Declaração. Talvez os documentos impressos fiquem em seu
arquivo e o cliente poderá fazer contatos durante o ano para sanar dúvidas,
saber sobre a restituição do imposto, solicitar cópias ou necessitar de auxílio
porque caiu na “malha fina”. Nesta última situação você irá cobrar
acessoriamente ou já ficará incluso no processo de fazer a Declaração?

.
PRECIFICAÇÃO E HONORÁRIOS
5º) Calcule o preço sugerido com base nos custos, ou seja, multiplique o
número das horas necessárias para fazer a Declaração (item 4º) pelo preço
de venda calculado no item 1º. Lembre-se de adicionar os custos com
terceiros ou outros materiais necessários. Este deve ser o preço mínimo a ser
aplicado, com ele será possível obter lucro;

6º) Para definir o preço final do serviço considere aspectos como: se o cliente
é eventual, a complexidade da Declaração, o montante do patrimônio e do
imposto envolvido e a antecedência (ou não) da solicitação do serviço.
Quanto maior o preço, mas desde que o cliente perceba valor, melhor, pois o
lucro também será maior
.
PRECIFICAÇÃO E HONORÁRIOS
Uma forma tradicional de definição do preço para fazer a
declaração do imposto de renda é estimar o tempo que será
gasto no atendimento ao cliente, organização dos
documentos, providências da papelada e demais informações,
introdução dos dados no software, análise da declaração
(rendimentos, impostos e variação patrimonial) , outras
reuniões com o cliente, entrega à Receita Federal e
acompanhamento do processamento (malha fina e/ou a
restituição). Este número de horas despendidas deve ser
multiplicado pelo preço de venda (apure todos os custos
envolvidos, adicione o lucro desejado e divida pelas horas
disponíveis). Para exemplificar, considere que o preço de
venda da hora trabalhada seja R$ 100,00 e estimam-se
necessárias 10 horas para fazer determinada declaração.
Portanto, o preço sugerido é R$ 1.000,00..
PRECIFICAÇÃO E HONORÁRIOS
Você precisa pensar como vai ser o seu posicionamento e que
tipo de diferenciais que tem, tudo isso para justificar quando
uma pessoa comparar o seu preço.

É preciso, demonstrar os diferenciais competitivos, preciso ter


uma estratégia de marketing efetiva para que eu possa cobrar
esse valor maior.
MODELO DE TABELA DE PRECIFICAÇÃO
QUANTIDADE FONTES DE DEPENDENTES CARNÊ-LEÃO ATIVIDADE GANHO DE APURAÇÃO DE BENS
RENDA RURAL CAPITAL AÇÕES

ATÉ 3 97,00 97,00 - 17,00 107,00 107,00 97,00


ATÉ 5 147,00 147,00 147,00 37,00 127,00 127,00 147,00
ATÉ 7 187,00 187,00 187,00 57,00 147,00 147,00 187,00
ATÉ 10 217,00 217,00 217,00 77,00 167,00 167,00 217,00
ATÉ 15 247,00 247,00 247,00 97,00 187,00 187,00 247,00
ACIMA DE 20 307,00 307,00 307,00 117,00 217,00 217,00 307,00
SIM - 97,00 97,00 117,00 117,00 147,00 97,00
NÃO - - 117,00 - - - -

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