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1- Dividida em três partes, a “Lira dos Vinte Anos” revela as


diferentes faces literárias de Álvares de Azevedo.
Sobre esse conjunto de poemas, é correto afirmar que é uma obra
A) típica dos ultrarromânticos, marcada pelo sentimentalismo e
egocentrismo.
B) marcante da escola modernista, iniciada por vários poetas
jovens e questionadores.
C) importante da terceira fase romântica, com temática social e
libertária.
D) característica da primeira fase romântica, com intenso
sentimento de brasilidade.
E) significativa da escola barroca, que funde temas divinos e
humanos.

2- Leia o trecho abaixo, retirado de I-Juca Pirama, obra de Gonçalves


Dias.
Da tribo pujante,
Que agora anda errante
Por fado inconstante,
Guerreiros, nasci:
Sou bravo, sou forte,
sou filho do norte,
Meu canto de morte,
Guerreiros, ouvi.

Trata-se de um:
A) poema lírico
B) poema épico
C) cantiga de amigo
D) novela de cavalaria
E auto de fundo religioso

3- Sobre o Romantismo no Brasil, marque a afirmação correta.


A) A arte romântica pôs fim a uma tradição clássica de três
séculos e dá início a uma nova etapa na literatura, voltada aos
assuntos contemporâneos – efervescência social e política,
esperança e paixão, luta e revolução – e ao cotidiano do homem
burguês.
B) O lema da bandeira brasileira “Ordem e Progresso” é
nitidamente marcado pelos ideais românticos: parte da suposição
de que é necessário ordem social para que haja o progresso da
sociedade.
C) O romantismo era um movimento antimaterialista e
antirracionalista, que usava símbolos, imagens, metáforas e
sinestesias com a finalidade de exprimir o mundo interior, intuitivo
e antilógico.
D) O movimento inspirou-se em uma lendária região da Grécia
Antiga, dominada pelo deus Pan e habitada por pastores, que
viviam de modo simples e espontâneo e se divertiam cantando,
fazendo disputas poéticas e celebrando o amor e o prazer.
E) O estilo romântico registra o espírito contraditório de uma
época que se divide entre as influências do Renascimento – o
materialismo, o paganismo e o sensualismo – e da onda de
religiosidade trazida sobretudo pela Contrarreforma.

                 
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4- O movimento literário que caracterizou-se pelo pioneirismo na


busca pela nacionalização da literatura por meio da valorização da
paisagem e da cultura da nossa terra, opondo-se ao
neoclassicismo foi o:
A) Classicismo.
B) Arcadismo.
C) Romantismo.
D) Parnasianismo.
E) Simbolismo

5- O poeta da Segunda Geração Romântica que soube utilizar, de


forma sensível e surpreendente, os temas e as formas
estereotipados do Ultrarromantismo, bem como poetizar figuras e
imagens retiradas do cotidiano mais banal foi
A) Gonçalves Dias
B) José de Alencar
C) Álvares de Azevedo
D) Machado de Assis
E) Castro Alves

6- Dos poetas românticos abaixo, a indicação dos temas


predominantes em suas obras está corretamente indicada em
A) Casimiro de Abreu - preocupações sociais, indianismo
B) Gonçalves Dias- religiosidade e exaltação à morte
C) Fagundes Varela – lembrança da pátria e da infância
D) Castro Alves – fuga da realidade, idealização da infância
E) Alvares de Azevedo – negativismo boêmio, exaltação da morte

7-

“O Piaga nos disse que breve seria,


A que nos afliges cruel punição;
E os teus inda vagam por serras por vales,
Buscando um asilo por ínvio sertão
Descobre o teu rosto, ressurjam os bravos,
Que eu vi combatendo no albor da manhã;
Conheçam-te os feros, confessem vencidos
Que és grande e te vingas, que és Deus, ó Tupã!

Nas estrofes acima, é possível reconhecer o estilo de:


A) Gonçalves Dias
B) José de Alencar
C) Castro Alves
D) Tomás Antônio Gonzaga
E) Padre Anchieta

                 
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8-

“O incêndio – leão ruivo, ensangüentado,


A juba, a crina atira desgrenhado
Aos pampeiros dos céus!...
Travou-se o pugilato... e o cedro tomba...
Queimado..., retorcendo na hecatomba
Os braços para Deus.
A queimada! A queimada é uma fornalha!
A irara – pula; o cascavel – chocalha...
Raiva, espuma o tapir!
...E às vezes sobre o cume de um rochedo
A corsa e o tigre – náufragos do medo –
Vão trêmulos se unir!”

Esse fragmento de poema apresenta características literárias da


poesia
A) romântica condoreira, pela humanização da natureza,
incontinência verbal, e pela presença de hipérboles e metáforas,
com imagens grandiosas.
B) ultra-romântica, pelo tom suave e melancólico com que
descreve a destruição da natureza, descambando para o medo, o
pessimismo e a melancolia.
C) barroca, pelo jogo de metáforas, encadeadas através de
antíteses e paradoxos, retratando conflito, dúvida, incerteza, ódio e
religiosidade.
D) arcádica, pelo descritivismo, pela objetividade, ausência de
emoção, e pela identificação entre sentimentos do poeta e a
natureza.
E) da primeira fase romântica brasileira, quando se une a
exaltação da natureza, sentimentalismo e religiosidade, através de
uma linguagem acessível, conforme a simplicidade do tema.

9- Textos para a questão


I- [...] vejo milhares de homens de fisionomias discordes, de cor
vária e de caracteres diferentes.
E esses homens formam círculos concêntricos, como os que forma
a pedra, caindo no
meio das águas plácidas de um lago.
E os que formam os círculos externos têm maneiras submissas e
respeitosas, são de cor
preta; — e os outros, que são como um punhado de homens,
formando o centro de todos
os círculos, têm maneiras senhoris e arrogantes, e são de cor
branca.
(DIAS, Antônio Gonçalves, Meditação Guanabara, revista mensal,
artística, científica e literária, Rio de
Janeiro tomo i, 1850, p. 102.)

II- Mas que vejo eu aí... Que quadro d'amarguras!


É canto funeral! ... Que tétricas figuras! ...
Que cena infame e vil... Meu Deus!
Meu Deus! Que horror!

                 
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Era um sonho dantesco... o tombadilho


Que das luzernas avermelha o brilho.
Em sangue a se banhar.
Tinir de ferros... estalar de açoite...
Legiões de homens negros como a noite,
Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus!
Se é loucura... se é verdade
Tanto horror perante os céus?!
(...)
(Navio Negreiro, Cantos II, IV e V, Castro Alves.)

Os excertos trabalham o tema da escravidão.

Avaliando atentamente os recursos poéticos utilizados em cada


um deles, pode-se dizer que o movimento literário a que
pertencem é o:
A) Naturalismo.
B) Realismo.
C) Romantismo.
D) Modernismo.

TEXTO BASE 1
A canção do africano
(fragmento)

Lá na úmida senzala,
Sentado na estreita sala,
Junto ao braseiro, no chão,
Entoa o escravo o seu canto,
E ao cantar correm-lhe em pranto
Saudades do seu torrão…

De um lado, uma negra escrava


Os olhos no filho crava,
Que tem no colo a embalar…
E à meia voz lá responde
Ao canto, e o filhinho esconde,
Talvez pra não o escutar!

“Minha terra é lá bem longe,


Das bandas de onde o sol vem;
Esta terra é mais bonita,
Mas à outra eu quero bem!

“O sol faz lá tudo em fogo,


Faz em brasa toda a areia;
Ninguém sabe como é belo
Ver de tarde a papa-ceia!

                 
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“Aquelas terras tão grandes,


Tão compridas como o mar,
Com suas poucas palmeiras
Dão vontade de pensar…

“Lá todos vivem felizes,


Todos dançam no terreiro;
A gente lá não se vende
Como aqui, só por dinheiro.”

O escravo calou a fala,


Porque na úmida sala
O fogo estava a apagar;
E a escrava acabou seu canto,
Pra não acordar com o pranto
O seu filhinho a sonhar!
Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/
download/texto/jp000009.pdf. Acesso em: 20 ago. 2020.

10- PARA RESPONDER À QUESTÃO, LEIA O TEXTO BASE 1


Dois aspectos presentes no poema de Castro Alves são:
A) ênfase no registro oral e misticismo.
B) sentimentalismo e crítica social.
C) valorização do regionalismo e busca do etéreo.
D) bucolismo e platonismo amoroso

11- Este movimento surge como momento de negação profunda e


revolucionária, porque visava a redefinir não só a atitude poética,
mas o próprio lugar do homem no mundo e na sociedade.
Concebe de maneira nova o papel do artista e o sentido da obra
de arte, pretendendo liquidar a convenção universalista dos
herdeiros de Grécia e Roma em benefício de um sentimento novo,
embebido de inspirações locais, procurando o único em lugar do
perene.
(Antonio Candido. Formação da literatura brasileira, 2013.
Adaptado.)

O texto refere-se ao movimento


A) realista.
B) romântico.
C) árcade.
D) naturalista.
E) parnasiano.

                 
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12-

SE SE MORRE DE AMOR!
(fragmento)
Amar, e não saber, não ter coragem
Para dizer que amor que em nós sentimos
Temer que olhos profanos nos devassem
O templo, onde a melhor porção da vida
Se concentra; onde avaros recatamos
Essa fonte de amor, esses tesouros
Inesgotáveis, de ilusões floridas;
Sentir, sem que se veja, a quem se adora,
Compreender, sem lhe ouvir, seus pensamentos,
Segui-la, sem poder fitar seus olhos,
Amá-la, sem ousar dizer que amamos,
E, temendo roçar os seus vestidos,
Arder por afogá-la em mil abraços:
Isso é amor, e desse amor se morre!
Gonçalves Dias
A Literatura brasileira através dos textos, Massaud Moisés.

Nesse fragmento, Gonçalves Dias evidencia o regresso a uma


concepção trovadoresca do ofício poético.
A leitura do fragmento permite inferir que o eu lírico
A) confessa ser submisso e servil à mulher pretendida.
B) faz uma forte exaltação do seu desejo carnal não revelado.
C) busca fugir da mulher amada para não sofrer
demasiadamente.
D) ressalta que o amor é um sentimento forte e cruel que nos leva
à dor.
E) evidencia o perigo de amar sem ser amado, pois isso leva ao
sofrimento.

13- PARA RESPONDER À QUESTÃO, LEIA O TEXTO BASE 1


Pode-se afirmar que o Texto pertence ao período literário
conhecido como
A) Modernismo.
B) Parnasianismo.
C) Barroco.
D) Romantismo.

14- Leia os versos do poema Navio Negreiro, de Castro Alves, e


marque a opção correta a seguir.

[...]
IV
Era um sonho dantesco... o tombadilho
Que das luzernas avermelha o brilho.
Em sangue a se banhar.
Tinir de ferros... estalar de açoite...
Legiões de homens negros como a noite,
Horrendos a dançar...

                 
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Negras mulheres, suspendendo às tetas


Magras crianças, cujas bocas pretas
Rega o sangue das mães:
Outras moças, mas nuas e espantadas,
No turbilhão de espectros arrastadas,
Em ânsia e mágoa vãs!
[...]

A) O poema é símbolo da segunda geração do Romantismo


brasileiro ao abordar as agruras dos escravos no navio negreiro.
B) Estas estrofes revelam a esperança de liberdade dos negros
escravizados e representam um manifesto da luta abolicionista.
C) Estas estrofes revelam os horrores do tráfico de negros
escravizados, constituindo-se como símbolo da terceira geração
romântica e como manifesto da luta abolicionista.
D) As estrofes revelam a nostalgia da terra natal ao mesmo tempo
em que fazem uma denúncia social.
E) A poesia abolicionista de Castro Alves revela um sonho
dantesco que busca suavizar os horrores da viagem.

15- O laço de fita


Não sabes, criança? 'Stou louco de amores...
Prendi meus afetos, formosa Pepita.

Mas onde? No templo, no espaço, nas névoas?!


Não rias, prendi-me
Num laço de fita.
Na selva sombria de tuas madeixas,
Nos negros cabelos de moça bonita,
Fingindo a serpente qu'enlaça a folhagem,

Formoso enroscava-se
O laço de fita.

[...]

Pois bem! Quando um dia na sombra do vale


Abrirem-me a cova... formosa Pepita!
Ao menos arranca meus louros da fronte,
E dá-me por c'roa...
Teu laço de fita.
ALVES, C. Espumas flutuantes. Disponível em:
www.dominiopublico.gov.br. Acesso em: 8 ago. 2015 (fragmento).

Exemplo da lírica de temática amorosa de Castro Alves, o poema


constrói imagens caras ao Romantismo.

Nesse fragmento, o lirismo romântico se expressa na


A) representação infantilizada da figura feminina.

                 
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B) criatividade inspirada em elementos da natureza.


C) opção pela morte como solução para as frustrações.
D) ansiedade com as atitudes de indiferença da mulher.
E) fixação por signos de fusão simbólica com o ser amado.

16- Leia este fragmento do poema Marabá, de Gonçalves Dias.

Eu vivo sozinha; ninguém me procura!


Acaso feitura
Não sou de Tupá?
Se algum dentre os homens de mim não se esconde,
— Tu és, me responde,
— Tu és Marabá!

— Meus olhos são garços, são cor das safiras,


— Têm luz das estrelas, têm meigo brilhar;
— Imitam as nuvens de um céu anilado,
— As cores imitam das vagas do mar!

Se algum dos guerreiros não foge a meus passos:


"Teus olhos são garços,
Responde anojado; "mas és Marabá:
"Quero antes uns olhos bem pretos, luzentes,
"Uns olhos fulgentes,
"Bem pretos, retintos, não cor d'anajá!"
Disponível em: https://www.escritas.org/pt/t/13053/maraba. Acesso
em: 18/3/20. Acesso em: 25 mar. 2020 (adaptado).

Os versos de Gonçalves Dias, pertencentes à vertente indianista,


abordam o sentimento amoroso do indígena.

A voz sentimental do eu lírico evidencia


A) a revolta e o ódio dos indígenas em relação à mulher europeia.
B) a melancolia e a solidão por ser rejeitado pelos seus irmãos
indígenas.
C) a profunda tristeza e o desejo de morte por parte da indígena
infiel.
D) a dúvida existencial e a certeza de uma grande felicidade
futura.
E) a paz e a tranquilidade por não ser molestada pelo colonizador.

17-

Se, na Europa, este movimento é um protesto cultural, se o “mal


do século”, a saudade do paraíso perdido são as consequências
da industrialização e da ascensão da burguesia; no Brasil, onde a
sociedade do Império compreende apenas grandes proprietários
escravocratas e uma burguesia nascente, o movimento, produto
de importação, corresponde a uma afirmação nacionalista.
(Paul Teyssier. Dicionário de literatura brasileira, 2003. Adaptado.)

                 
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O movimento a que o texto se refere é o


A) Simbolismo.
B) Realismo.
C) Arcadismo.
D) Romantismo.
E) Modernismo.

18 -

Canção do Exílio

Minha terra tem palmeiras,


Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,


Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite,


Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
DIAS, Gonçalves. Poesia. Coleção Nossos Clássicos. São Paulo:
Agir, 1969, p. 10.

Canção do Exílio é um dos mais conhecidos poemas brasileiros do


século XIX; as imagens de natureza nele presentes são expressão
de
A) peculiaridades do sujeito brasileiro.
B) formulação literária do nacionalismo.
C) exaltação do subjetivismo romântico.
D) crítica às agressões sofridas pelo meio ambiente brasileiro.
E) elementos representativos de valores da literatura europeia.

19- Tal movimento não era apenas um movimento europeu de caráter


universal, conquistando uma nação após outra e criando uma
linguagem literária universal que, em última análise, era tão
inteligível na Rússia e na Polônia quanto na Inglaterra e na
França; ele também provou ser uma daquelas correntes que,
como o Classicismo da Renascença, subsistiu como fator
duradouro no desenvolvimento da arte. Na verdade, não existe
produto da arte moderna, nenhum impulso emocional, nenhuma
impressão ou estado de espírito do homem moderno, que não
deva sua sutileza e variedade à sensibilidade que se desenvolveu
a partir desse movimento. Toda exuberância, anarquia e violência
da arte moderna, seu lirismo balbuciante, seu exibicionismo
irrestrito e profuso, derivaram dele. E essa atitude subjetiva e
egocêntrica tornou-se de tal modo natural para nós, tão

                 
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absolutamente inevitável, que nos parece impossível reproduzir


sequer uma sequência abstrata de pensamento sem fazer
referência aos nossos sentimentos.
(Arnold Hauser. História social da arte e da literatura, 1995.
Adaptado.)

O texto refere-se ao movimento denominado


A) Barroco.
B) Arcadismo.
C) Realismo.
D) Romantismo.
E) Simbolismo.

20- Texto para a questão.


Eu deixo a vida como deixa o tédio
Do deserto o poento caminheiro,
Como as horas de um longo pesadelo
Que se desfaz ao dobre de um sineiro.
“Lembrança de Morrer”, Álvares de Azevedo.

A fuga da realidade opressora foi uma atitude constante no


Romantismo, e vários foram os recursos escapistas.

Nota-se claramente, nesse fragmento, o escapismo na morte, pois


morrer
A) será despertar do longo pesadelo que é o viver.
B) é sempre uma maldição para o poeta.
C) é um renascer para uma vida tão feliz quanto à vida terrena.
D) é um castigo para os pecados humanos.
E) representa o acerto de contas com Deus.

21- INSTRUÇÃO: Leia o fragmento abaixo de Álvares de Azevedo,


considerado o mais importante poeta da chamada geração
ultrarromântica brasileira, para responder à questão.

NAMORO A CAVALO
Eu moro em Catumbi: mas a desgraça,
Que rege minha vida maldada,
Pôs lá no fim da rua do Catete
A minha Dulcinéia namorada.

Alugo (três mil réis) por uma tarde


Um cavalo de trote (que esparrela!)
Só para erguer meus olhos suspirando
A minha namorada na janela...
[...]
O cavalo ignorante de namoro,
Entre dentes tomou a bofetada,
Arrepia-se, pula e dá-me um tombo
Com pernas para o ar, sobre a calçada...

                 
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Dei ao diabo os namoros. Escovado


Meu chapéu que sofrera no pagode...
Dei de pernas corrido e cabisbaixo
E berrando de raiva como um bode.

Circunstância agravante. A calça inglesa


Rasgou-se no cair de meio a meio,
O sangue pelas ventas me corria
Em paga do amoroso devaneio!...
Fonte: AZEVEDO, Álvares de. Lira dos vinte anos. p. 120.
Disponível em: www.nead.unama.br. Acesso em: 11 nov. 2019.

Analise as afirmativas abaixo.


I - Encontramos, nesse fragmento, uma vertente satírica da
poética de Álvares de Azevedo, em que o eu lírico critica os
exageros do sentimentalismo romântico.
II - O poema em questão não pode ser enquadrado dentro da
estética romântica, devido à abordagem irônica ao
sentimentalismo daquela escola literária.
III - Apesar do aspecto sarcástico do poema, há a representação
de um amor não realizado, platônico, característica recorrente na
obra de Álvares de Azevedo.

Estão CORRETAS as afirmativas:


A) I, apenas.
B) I e III, apenas.
C) II e III, apenas.
D) I, II e III.

                 
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GABARITO

1- A
2- B
3- A
4- C
5- C
6- E
7- A
8- A
9- C
10- B
11- B
12- A
13- D
14- C
15- E
16- B
17- D
18- B
19- D
20- A
21- B

                 
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