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RELATÓRIO SÍNTESE DAS REUNIÕES RELATIVAS AO ESTADO

ACTUAL DO CRESCER

“PELO CRESCER QUE AMAMOS”

“Oh! Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam


em união! É como o óleo precioso sobre a cabeça,
que desceu sobre a barba, a barba de Arão, que
desceu sobre a gola das suas vestes;
3. como o orvalho de Hermom, que desce sobre os
montes de Sião; porque ali o Senhor ordenou a
bênção, a vida para sempre”. Salmos133:1-3

NOTA PREVIA

O nosso grande orgulho é o Crescer, nossa casa comum, que


durante muito tempo tem sido guiado indubitavelmente por
Deus e por Ele alcançou vários feitos miraculosos e
extraordinários, tendo-se agigantado, deixando de ser
simples, e embarcou para a sua grande complexidade.

No presente relatório, faz-se uma prévia descrição das


resoluções saídas dos encontros da liderança do Crescer
face às constantes crises vividas no seio dele. As mesmas
decorreram nos dias 27 e 28 de Dezembro de 2022, 12 e 13 de
Janeiro de 2023, onde apenas a primeira foi presencial, e
ocorreu na cidade do Lubango enquanto as outras foram por
via WhatsApp.

1. ENQUADRAMENTO.

Durante vários anos, a gestão do Crescer enquadrou-se na


realidade de então, porém com o tempo, fruto do seu
desenvolvimento natural, o mesmo tornou-se complexo e, em
nosso entender, a gestão não acompanhou o seu magnífico
crescimento exponencial, consequentemente despoletaram
várias crises internas e, nos últimos dias, emergiu um
sentimento generalizado de membros que ponderam a
possibilidade de apartar-se do Crescer.
Da breve auscultação feita aos irmãos nas províncias do
Huambo, Lunda Sul, Bié, Benguela, Móxico e Huíla, foram
identificadas, em geral, as seguintes questões:

1- Ausência de transparência e prestação de contas


regular a todos os níveis, através da assembleia
representativa dos membros;

2- Existência e propagação de profecias sem o crivo da


liderança, facto que tem gerado escândalos internos;

3- Decisões tomadas de forma unilateral, com abrangência


para todo o Crescer, sem uma reunião representativa;

4- Organigrama funcional inoperante;

5- Transição de algumas lideranças locais sem os mínimos


critérios e organização gizada, acompanhada e
efectivada por uma comissão específica, situação que
contribuiu para a crise das lideranças locais;

6- Visão do Crescer pessoalizada e/ou individualizada, o


que tem sido a causa de muitos membros não se reverem
na mesma;

7- Desabafos pessoais em púlpitos, onde simplesmente


seria para a exposição da palavra, por exemplo,
assuntos de reuniões tratados em pregações;

8- Autonomia das igrejas locais constantemente beliscada,


o que tem feito com os ciclos sejam bastantes curtos
e, consequentemente, a existência de vários recomeços,
facto que tem gerado sentimento generalizado de
incerteza e insegurança quanto ao futuro do Crescer.

2. REUNIÕES

Atentos às preocupações urgentes dos membros em todas as


latitudes, convocou-se reuniões emergenciais e fundamentais
para a continuidade e preservação da Instituição onde
participaram os seguintes líderes, devidamente legitimados
e em representação da grande maioria do Crescer:

1- Andrade Samoma
2- Amílcar Sanjimbe
3- Carlos Monteiro
4- Feliciano Guli
5- Gideão Filipe
6- Josias Cossengue
7- Lauda Vicente
8- Moisés Monteiro

No primeiro encontro, que teve Lugar na Igreja Crescer do


Lubango, no dia 27.12.2022, por volta das 21h00 e estendeu-
se até às 02h00 da manhã do dia 28.12.2022, dirigido pelo
Líder Gideão Filipe, responsável da Comissão de Resolução
dos Conflitos, fez-se apenas o levantamento dos problemas,
tendo como o ponto único: O estado do Crescer - o que fazer
para reverter a crise instaurada?

3. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

Depois de várias intervenções e discussões, a reunião


produziu um desejo único: “o de se chegar ao consenso a
respeito de cada problema levantado e, posteriormente,
administrar o Crescer conforme as resoluções saídas dos
encontros”.

Nos dias 12 e 13 de Janeiro de 2023, foram realizados o


segundo e terceiro encontro dos quais se chegou às
seguintes conclusões e recomendações:

1- A liderança do Crescer aceita as transformações


positivas que aconteceram na Instituição, pelo que
assume o facto de o Crescer ser uma igreja, “Igreja
Crescer” e, como uma de suas nuances, possui a Escola
de Treinamento e Discipulado do Crescer – EDC;

2- A liderança do Crescer doravante está aberta para


conversar sobre todos os assuntos relacionados com a
Instituição, inclusive sobre a Visão, uma vez que,
pelas complexidades actuais, se torna imprescindível
alargar as bases e traçar novas metas;

3- A liderança do Crescer concordou que todas as


decisões que se pretendem e que obriguem o Crescer no
seu todo e/ou mude a sua estrutura geral deverão ser
tomadas em reuniões representativas, na presença de
todos os líderes das distintas províncias e de outros
lideres seniores para que se respeite os hábitos e
costumes locais ao mesmo tempo que se produz decisões
gerais em que todos se revêem;

4- Todos os pastores do Crescer devem ter uma igreja para


pastorear, pelo que devem começar os seus trabalhos
independentes. Assim, em cada província, devera
existir várias igrejas locais do Crescer.

RECOMENDAÇÕES:
1- Fica suspensa a transição da liderança na província do
Huambo, facto que devera ser anunciado pelo líder do
Crescer;

2- Que a Visão do Crescer “ produzindo uma geração de


visão e esperança” ou qualquer outro incremento a
esta, seja colectiva e nenhuma abordagem deve
pessoalizá-la e/ou individualizá-la novamente;

3- Que em uma outra reunião seja escolhido o modelo de


governo da igreja (episcopal, congregacional e
presbitérial).

Portanto, as resoluções destas reuniões, depois de lidas e


revistas pelos membros que nelas participaram, serão
públicas e todos os membros do Crescer terão o seu pleno
domínio e, deste modo, fiscalizarão as acções da liderança
através destes instrumentos.

Feito em Benguela, aos 14.01.2023

O Líder da Comissão

Gideão Felipe

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