De certa forma, a ideia de uma “forma de governo boa” é bastante subjetiva e

varia de acordo com os devidos valores, objetivos e princípios que cada indivíduo ou
sociedade possam ter. Diversos estudiosos políticos acreditam que a melhor forma de
governo é aquela que permite de forma máxima a liberdade individual e protege os
interesses individuais de cada cidadão, como no liberalismo. Outros que a boa forma
de governo deve garantir e promover a igualdade tanto social quanto econômica,
como o socialismo. Porém, ao ver do grupo, uma “boa forma de governo” é a nossa
atual democracia moderna.

Primeiramente, a democracia moderna se enquadra como uma boa forma de

governo graças a sua capacidade de garantir a proteção dos direitos individuais e
coletivos dos cidadãos, de promover a igualdade e justiça social, a participação de
toda a população na tomada de decisões e outro ponto de extrema importância, a
garantia e a viabilização de estabilidade política e econômica. Em virtude dos fatores
mencionados, os governos democráticos modernos possuem grande capacidade de
flexibilização perante as constantes mudanças sociais e econômicas do mundo.

Além disso, em uma democracia moderna, como disposto na Constituição

Federal brasileira, por exemplo, o poder é constituído em outros três poderes: o
Legislativo, o Executivo e o Judiciário. No caso, não consiste em divisão do poder em
si, mas sim de diferentes atribuições e funções do Estado. Desse modo, o Estado se
divide em “poder-função”, sendo uma forma eficaz de exercer o poder, impedindo a
concentração dele, evitando abusos e tirania. A independência dos poderes, portanto,
é entendida como um mecanismo que impossibilita a influência arbitrária entre os
poderes, torna o Estado funcional, assegurando o seu equilíbrio.

Diante do exposto, uma boa forma de governo é aquela que tem capacidade
de proteger as liberdades individuais e os direitos civis dos cidadãos, havendo
participação cívica na constituição do próprio poder em si, onde também o poder seja
dividido e distribuído entre diferentes instâncias de governo, de instituições e
mecanismos, funcionando de maneira harmônica, mas independentes entre si, tendo
autonomia para atuar, de forma que eles não limitem uns aos outros.