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Os grupos deverão trazer sua fonte montada. O resistor de carga, 56 1 W, já foi entregue, e como a
fonte deve funcionar em torno de 4,7 V, este resistor drenará da fonte uma corrente próxima de 84 mA
(IMAX). Este será o resistor de carga de todos os grupos. Os grupos devem usar em suas simulações o
modelo de zener 4,7 V que caracterizaram, pois assim terão mais chances de obter, na prática, a
especificação de RIPPLE de 50 mV.
Uma vez determinados os valores de Rserie e C com o auxílio de simulações, os alunos deverão buscar
no LEAD estes componentes ANTES do experimento, para que no início do experimento sua protoboard
já esteja montada. Os diodos 1N4007 (retificador) e 1N4732A (zener) serão aqueles já caracterizados.
VTHEV e RTHEV modelam o transformador que usaremos (lembre-se, não existe fonte real com
resistência interna nula, pois isso precisamos incluir RTHEV...)
RL é sua resistência de carga
1N4007 é o diodo que você usará para retificar o sinal do transformador
1N4732 é o diodo zener que você usará para regular a tensão entregue à resistência de carga
C é o capacitor que você usará para armazenar energia
Rserie é uma resistência que determina o ponto de operação do zener
Projetar é definir Rserie e C de acordo com um conjunto de especificações (neste caso, IMAX, RIPPLE). E
agora, por onde começar? Que critérios usar? Calma, tudo se resume a bom senso e leis de Kirchhoff!!
O ponto principal é você entender o funcionamento do circuito (reveja aula e vídeo) e os limites dos
componentes. Comecemos pelo mais simples, a resistência de carga RL. Se ela está submetida a 4,7 V e
é de 56 , dissipará aproximadamente 0,4 W (por isso o professor te entregou uma resistência de 1 W:
aquelas do LEAD, de 1/4 W, ficariam "bronzeadas"...).
Na mesma linha de preocupação, o seu zener 1N4732A é de 1 W. Ele também tem uma corrente
máxima! Procure no manual este valor, mas faça sua conta mental (1 W, tensão próxima de 5 V, qual
será então a corrente máxima...?). O primeiro passo é determinar Rserie, e para isso seu grupo precisa
decidir em que valor de corrente vai operar o diodo zener em condição de presença de carga.
A tensão máxima no capacitor C, que chamaremos VCMAX, depende do valor de VTHEV (que é
praticamente 12,7 V de pico em todos os transformadores), da queda de tensão no diodo 1N4007
(iremos supor 0,7 em um primeiro momento) e da queda de tensão em RTHEV (eita, e agora??). O valor
de RTHEV é na maioria dos transformadores próxima de 1 Ω. Se imaginamos uma corrente de pico (na
hora da carga) de 1 A, a queda de tensão em RTHEV será de 1 V. Este valor é uma hipótese, e terá que
ser confirmado por simulação a posteriori. Ele serve apenas para desenvolvermos o raciocínio, e para
você se lembrar que haverá uma queda de tensão em RTHEV.
Com base nas premissas acima, VCMAX11 V (12,7 - 0,7 - 1,0=11). Sabemos que, a despeito da
condição de corrente no zener, sua tensão será próxima de 4,7 V (5, para conta "redonda"). Então, a
corrente em Rserie, na condição VCMAX, será (11-5)/Rserie=6/Rserie. Para onde vai esta corrente?
Parte dela é quem alimenta RL (chamaremos de IRL, e já sabemos que IRL=4,7/56=84 mA), e a outra
parte passa pelo zener (este é o ponto de operação que você precisa definir).
Agora reflita: o que acontece quando o cliente desconecta a carga RL? A corrente no zener é igual,
maior ou menor que a corrente que passava por ele em condição de presença de RL? A condição de
corrente máxima no zener, em presença ou ausência de RL (o pior caso você precisa definir com seus
próprios neurônios), não pode ultrapassar a corrente máxima especificada no manual do zener! Então
existe uma faixa limitada de valores de corrente no zener na condição VCMAX, e seu grupo precisa
definir qual valor de corrente no zener adotará nesta condição. Uma vez definida a corrente do zener
na condição VCMAX (respeitando o limite do zener no pior caso), que chamaremos de IZPOINT, você
determina Rserie como sendo o valor de resistência que faz com que 6/Rserie=IZPOINT+84 mA (Leis de
Kirchhoff, tá vendo??). Daí, é só você simular o seu zener e verificar em que corrente IZMIN no zener a
diferença entre a tensão no zener@IZPOINT e a tensão no zener@IZMIN é de 50 mV (sua especificação
de RIPPLE). Assim, você determina IZMIN.
Tendo determinado IZMIN, calcule o valor de tensão mínima em C com base na nova corrente
passando em Rserie: IZMIN+ 84 mA. VCMIN=4,7 + Rserie∙(IZMIN+0,084). Aqui você definiu o ripple no
capacitor (VC). Para determinar a corrente média de descarga do capacitor C, adote IDESCMED= 84
mA + [(IZMAX+IZMIN)/2] (faz sentido?). Para calcular Q, multiplique este valor pelo período de
descarga, que é menor, mas próximo do período do sinal. Tendo VC e Q, você determina o valor do
capacitor C. Pronto, seu projeto terminou (quer dizer... está quase acabando... veja o item sobre o
transformador a seguir) !!
Agora é só um pouco de simulação aqui e alí, para afinar os valores e resultados. LEMBRE-SE DA
POTÊNCIA EM RSERIE (CALCULE!!!), O PROFESSOR IRÁ DISPONIBILIZAR OS SEGUINTES VALORES de
Rserie: 27, 33, 36, 39, 43, 47 e 51 Ω. Você deverá solicitar seu resistor tão logo o tenha calculado.
Mas peraí... o ponto de partida é o IZPOINT... E como eu o escolho, é com bola de cristal? Mais ou
menos... O professor já sabe, mas você ainda não :-) Teste 2 ou 3 valores de IZPOINT (dentro da faixa
permitida, ex. IZPOINT=IRL-30mA, IZPOINT=IRL e IZPOINT=IRL+30 mA), e tire suas próprias conclusões
com respeito ao valor de C (necessário a atender RIPPLE) para cada valor adotado de IZPOINT. A
escolha de IZPOINT tem certa influência no tamanho de C, e cabe ao seu grupo verificar por simulação
como se minimiza C, afinal de contas é assim que o grupo poderá pleitear a pontuação extra!
Mas... e o transformador?
Resumindo: você deve simular o seu circuito levando em conta os dados acima, para que no
experimento tenhamos mais chances de obtermos resultados parecidos com os da sua simulação.
Trata-se da concepção de um (pseudo) regulador de tensão que servirá de base para você projetar a
tensão de referência VREF do seu LDO. Observe que a tensão de entrada do circuito tem média de 6 V
e amplitude de 1 V (indo portanto de 5 V a 7 V), que, para os nossos propósitos, representa o cenário
de alimentação do nosso futuro LDO. A tensão de referência, como o próprio nome diz, servirá de
referência para a tensão na saída do LDO, que deve ser estável (sem flutuações). Isto é conseguido se o
seu VREF for imune a flutuações de tensão em sua entrada, ou seja, a despeito de flutuação de tensão
em sua entrada, sua saída vout permanece (quase) sem flutuações. Vout aqui é a saída do circuito
VREF, não do LDO.
Você deve estar se perguntando: se eu acabei de projetar uma fonte regulada (aquela com
transformador) na primeira parte do experimento, por que devo fazer novamente um regulador de
tensão?? A resposta é sucinta: pois aqui você vai explorar outras condições de contorno, ou seja, o
contexto é outro (por isso o uso do "pseudo"...). Vai haver competição entre os grupos? Claro!!!!
No primeiro objetivo deste experimento, eficiência energética não foi um item que entrou (ao menos
diretamente) como requisito do projeto, mas aqui daremos importância particular à corrente na
entrada do regulador (IVREF). Na 1ª parte do experimento, a corrente de carga era de 84 mA. Aqui será
próxima de (apenas) 10 µA! E a tensão? Bem... O seu VREF de verdade (o do LDO) provavelmente
estará dentro da faixa 1,5 a 2,5 V. Você pode utilizar o diodo 1N4728A que caracterizou para que a
tensão na saída do seu regulador de tensão esteja dentro (ou ao menos próximo) desta faixa. Nada
impede que você tente coisas mais elaboradas, mais, em princípio, você deve apenas operar os
dispositivos dos quais dispõe na condição em que foram caracterizados, do contrário não poderá
prever em simulação os resultados na prática.
Como será então a competição? Faremos o que se chama de Figura de Mérito (em inglês, há uma sigla
conhecida, FoM, Figure of Merit), que é uma expressão que reune os principais parâmetros de
desempenho de um circuito, arranjados de tal forma que os parâmetros que “quanto maior, melhor”
ficam no numerador da FoM, e aqueles que “quanto menor, melhor” ficam no denominador da FoM.
Qual a nossa FoM? Esta aqui:
1
FoM =
IVREF ∙ PSRR (%)
IVREF (corrente média) traduz o consumo do seu regulador de tensão (VREF), de forma que quanto
menor, melhor. A PSRR em % traduz a rejeição de flutuações na tensão de entrada do bloco. Como a
entrada tem 1 V de amplitude, se na saída houver 10 mV de amplitude, a rejeição será de 1%. Se esta
condição for conseguida com um IVREF de, digamos 500 µA, a FoM resultante o grupo será de
1/(0,0005∙1)=2000. Se um grupo concorrente conseguir uma PSRR de 0,1 % com IVREF=2 mA, sua FoM
será 1/(0,002∙0,1)=5000, e ganhará a competição. Estes números são completamente fictícios, foram
usados apenas para ilustrar a FoM na competição. O grupo que ganhar a competição também poderá
ganhar pontuação extra, e, em caso de empate, a pontuação extra será dividida entre os grupos
ganhadores. E lembre-se, o seu desempenho será medido com uma resistência de 100 kΩ na saída
(pegue lá no LEAD...), lembre-se de inserí-la em suas simulações.
O modelo equivalente do
transformador já foi informado.
Transformador 220V/9V Na simulação, você deve usar os
parâmetros referentes ao seu
grupo.
b. Pos conta os valores de capacitância envolvidos, você irá usar capacitores eletrolíticos,
que têm polaridade. É MUITO IMPORTANTE QUE VOCÊ RESPEITE A POLARIDADE DOS
CAPACITORES ELETROLÍTICOS, DO CONTRÁRIO ELES PODEM ESTOURAR, E
EVENTUALMENTE CAUSAR FERIMENTOS A QUEM ESTÁ PERTO DELES.
c. Você trará o circuito montado, mas só o ligará ao transformador com a presença do
professor.
d. Em todas as medições da fonte regulada, utilizaremos apenas o osciloscópio. Com ele
será possível caracterizar a tensão no capacitor, a tensão em R serie (e portanto sua
corrente), a tensão em RL (e portanto o ripple na carga).
f. Você deve programar o valor de offset DC do gerador de sinais e seu valor de amplitude
até que na entrada do seu circuito (ponto B acima) você obtenha, no osciloscópio, um
sinal de 6 V de média com flutuação de 1 Vpico (ou seja, indo de 5 a 7 V).
g. Para caracterizar a flutuação na saída do seu VREF, meça com a ponta do osciloscópio a
tensão no resistor de carga (ponto C acima). E com este valor, você obtem a PSRR em %.
h. Para caracterizar IVREF, reduza a amplitude do sinal ao seu menor valor (10 mV) e
confirme com um multímetro a tensão no ponto B é 6 V (DC). Em seguida, com o
multímetro, meça a tensão no resistor série de 1 kΩ (isto é, a tensão entre os pontos A e
B), que foi inserido para podermos caracterizar (indiretamente) a corrente de entrada.
Ao dividir o valor da tensão A B por 1000 (valor da resistência), você obterá o valor de
IVREF.
c. Insira a seguir o resultado de simulação da tensão no capacitor (VC na figura da pág. 2):
e. Insira a seguir o resultado de simulação da tensão na carga RL(VOUT na figura da pág. 2):
g. Insira a seguir um figura com o circuito final (do Qucs) de seu (pseudo) regulador de
tensão, que deixe visível a topologia e os valores de componentes que usou:
f. Insira a seguir uma foto com o resultado experimental da tensão na carga RL:
g. Insira a seguir uma foto com o resultado experimental da tensão no zener em ausência
de RL:
h. Insira a seguir uma foto com o circuito final montado de seu (pseudo) regulador de
tensão:
i. Insira a seguir uma foto com o resultado experimental indicando a corrente IVREF:
j. Insira a seguir uma foto com o resultado experimental indicando a flutuação de tensão
na resistência de carga de 100 kΩ:
k. Indique o valor de sua FoM com base nos dados experimentais: ____________________