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Introdução
O grande pastor e pregador, Dr. Martyn lloyd Jones, durante o ano de 1951
começa uma série de pregações baseadas no capítulo 14 do evangelho de
João. O seu grande objetivo a partir das palavras do próprio Jesus aos seus
discípulos, era de alguma forma consolar, encorajar e oferecer a esperança
que somente o evangelho pode nos dar.
Apesar de fazer somente 6 anos desde o fim da segunda guerra mundial, não
só a população da Inglaterra, onde Lloyd Jones morava e pastoreava, mas toda
a Europa ainda sofria com a lembrança de um dos mais terríveis períodos de
guerra em toda história da humanidade e também experimentavam os
desdobramentos e tudo o que a guerra deixou.
O Dr. Lloyd Jones percebeu que quando a primeira guerra mundial terminou as
pessoas pensaram que poderiam novamente respirar aliviadas e seguir
tranquilos com as suas vidas, mas quando a segunda guerra terminou não
aconteceu a mesma coisa, ninguém respirou aliviado, ninguém imaginou que
finalmente haveriam anos de paz e de tranquilidade.
A pergunta que Dr. Lloyd Jones buscou responder naquele período pós-guerra
é ainda a mesma para nós hoje e agora. Será que diante de tudo isso, dos
problemas externos e dos problemas internos, como tristeza, depressão,
desesperança, nós ainda podemos ter um coração tranquilo? É possível viver
com paz no coração mesmo diante de todas as dificuldades que nós vivemos?
O lugar para onde Jesus estava indo os seus discípulos não podem seguir.
Além disso, a preocupação e tristeza só aumenta quando Jesus alerta que
entre eles havia alguém que haveria de trai-lo. Os discípulos veem cada vez
mais Jesus com um semblante sério e enquanto estava a mesa, o texto bíblico
diz que ele se angustiou em Espírito.
Talvez seja aqui mesmo que esteja nossa primeira luz de esperança em Jesus.
Veja que apesar de tudo que Jesus vivia externa e internamente, mesmo
sabendo que estava próximo o momento mais crucial em todo o seu ministério
terreno, a morte na cruz, já sabendo que Pedro e todos os outros não estariam
ali junto dele, angustiando-se em espirito e sabendo que a hora de beber do
cálice da ira de Deus por nós era iminente, Jesus para tudo para oferecer suas
palavras de consolo, esperança e compaixão aos discípulos que ele amava.
Olhe para os evangelhos e vejam que Jesus nunca este alheio ao sofrimento
de quem quer que fosse. Ele jamais ignorou um caso de sofrimento. Ele nunca
passou apressado quando homens e mulheres estavam angustiados. Foi assim
com o cego na entrada de jerico, foi assim com o ladrão da cruz onde jesus
dizia eu não se preocupasse pois ele estaria com cristo no paraíso no mesmo
dia.
Jesus conhece o nosso coração, mesmo quando ninguém sabe o que passa
por ele. Mesmo quando nós não conseguimos nem por em palavras o que
passa dentro de nós. Para Jesus, naquele exato momento, os problemas, a
tristeza e a angustia dos seus discípulos não eram pequenas demais que ele
não pudesse para para oferecer suas palavras de orientação e de esperança.
Muito menos os nossos. É um erro pensar que Jesus não nos ouve. É um erro
pensar que ele não se importa. É um erro muito maior imaginar que ele não
tem nada a nos oferecer e que ele não pode, mesmo em meio a tribulação, nos
proporcionar a paz e o coração tranquilo que todos nós tanto desejamos nessa
vida e nesse tempo.
É da boca do próprio Jesus que saem as palavras de vida eterna. É dele
mesmo que teria milhares de razões para estar preocupado e até desesperado
que vem a paz que excede o entendimento humano e a paz que nós
precisamos hoje. É dele que tem poder sobre a terra e o mar, sobre a vida e a
morte que saem as palavras “ não se perturbe o coração de vocês”.
Eu não sei o que nesse dia tem roubado sua paz, tem trazido angustia e
tristeza ao seu coração e falta de esperança em relação ao futuro. Talvez seja
uma doença, talvez as notícias em relação ao nosso país, talvez alguma crise
familiar ou mesmo o pecado que tanto nos assedia e não só tira paz, mas
destrói a comunhão com Deus e uma vida de santidade.
Seja qual for a situação em que você se encontra hoje, saiba que as mesmas
palavras que ressoaram nos corações daqueles primeiros discípulos e que
fizeram toda a diferença na vida de cada um deles são as mesmas que são
ditas para nós agora. Isso porque elas foram ditas pelo mesmo Jesus que um
dia se entregou e uma vez por todas resolveu o problema do pecado, da morte,
da tristeza e da angustia e da falta de esperança para todo aquele que nele
crer. Por que Cristo morreu e ressuscitou nós podemos declarar junto com o
autor da carta aos Hebreus que diz no capítulo 4, versículo 15 e 16....
Porque não temos sumo sacerdote que não possa se compadecer das nossas
fraquezas; pelo contrário, ele foi tentado em todas as coisas, à nossa
semelhança, mas sem pecado.
Portanto, aproximemo-nos do trono da graça com confiança, a fim de
recebermos misericórdia e encontrarmos graça para ajuda em momento
oportuno.
Como nesses dias difíceis nós podemos ter um coração tranquilo? Comece se
entregando a Jesus, não só de palavras, não da boca pra fora e nem mesmo
através de obras, mas de todo o seu coração, com a toda sua força e com todo
o seu entendimento, com tudo o que você tem. E assim a paz de Cristo
inundará o seu coração. E assim o coração tranquilo tomara o lugar da mente
confusa e do coração angustiado. E assim, você e eu teremos não só uma vida
melhor, mas muito mais do que isso, teremos uma vida e uma eternidade com
Cristo.
2- Creiam em Deus
Perceba que Jesus, completamente diferente de muito que é dito ensinado hoje
em dia, não diz que o segredo, que a chave para paz e um coração tranquilo
em meio as tribulações, está nos próprios discípulos.
Ele não diz que os seus seguidores devem ter força de vontade, devem buscar
as respostas em si mesmos, devem levantar e dar a volta por cima, muito pelo
contrário, Jesus apresenta a solução para a angustia e incerteza dos seus
discípulos encorajando eles a em meio as tribulações olharem para o Cristo e
crerem que ele suficientemente poderoso e capaz de proporcionar tudo o que
eles precisavam para continuar as suas vidas.
Irmãos que nesses dias difíceis você possa se agarrar a certeza que vem pela
fé que o caminho que Jesus encorajou os seus discípulos a seguir não é um
salto no escuro e muito menos uma busca por força interior, mas é Confiar em
Deus e no seu Filho, é crer, confessar e descansar no seu poder, na sua
sabedoria, na sua providência, no seu amor e também na sua salvação.