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INFORME DE TOMBAMENTOS - MUNICÍPIO DE SERTÃOZINHO

1. Capela do Sitio São Benedito.

1.1 Descritivo: A Capela da Colônia Preta foi construída em 1911 e reformada em


2000 por moradores, colaboradores e fiéis. Anualmente, lá é comemorada a Festa de São
Benedito, no dia 13 de maio, além de, tradicionalmente, ser celebrada uma missa todo
terceiro domingo de cada mês. Além da capela, ladeada pelo sino e circundada por uma
pequena praça com bancos, árvores e banheiros, há um conjunto de três casas da colônia, uma
cisterna, um fogão a lenha, um pequeno galpão, horta e pomar.

A capela representa o sincretismo religioso próprio do encontro das culturas africana


e católica, da qual resultaram práticas e festas, como a que é anualmente realizada no local,
pela graça de São Benedito. Por ser representante único dessas ações, o bem imóvel “Capela
do Sítio São Benedito, conhecido como Colônia Preta” e sobretudo o que ele significa para as
pessoas que anualmente se reúnem ali, deve ser preservado, razão pela qual o Conselho
Municipal de Preservação do Patrimônio Paisagístico, Histórico e Cultural (Comppphic) e a
Prefeitura Municipal de Sertãozinho promoveram seu Tombamento como Patrimônio
Histórico e Cultural do Município, na qualidade de bem imóvel de interesse histórico e cultural.

1.2 Ato: Decreto 5469, de 07 de setembro de 2011.

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2. Biblioteca Pública Municipal Dr. Antônio Furlan Jr.

2.1 Descritivo: Construída na década de 1930, a Biblioteca Pública Municipal Dr


Antônio Furlan Jr. serviu como residência e depois como sede da Associação de Amigos da Alta
Mogiana, com serviços de assistência social, recreação, escola de costura e finalmente
biblioteca. O prédio guarda resquício da arquitetura da primeira metade do século XX com

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elementos pré-modernistas que se destacam na paisagem urbana, como a sequência de
janelas frontais em madeira.

Ao longo da segunda metade do século 20 a casa serviu ao interesse dos munícipes


oferecendo assistência social, ações educativas e culturais, fazendo parte da história, da
memória e da identidade da cidade. Desapropriada pela prefeitura em 1967, inicialmente para
a instalação de um hotel municipal, o que não chegou a acontecer, a casa permaneceu
abrigando a biblioteca pública até meados de 2017, quando foi acolhida em novo endereço.
Atualmente o prédio está sendo restaurado e adaptado para a instalação do Centro de
Atendimento ao Turista. Por ser ícone na paisagem da cidade e pelo tempo de serviços
públicos prestados, o Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Paisagístico, Histórico
e Cultural (Comppphic) e a Prefeitura Municipal de Sertãozinho promoveram seu Tombamento
como Patrimônio Histórico e Cultural do Município, na qualidade de bem imóvel de interesse
histórico e cultural.

2.2 Ato: Decreto 5.262, de 01 de setembro de 2010.

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3. Acervo Mané Gaiola

3.1 Descritivo: Manoel Rodrigues Santinho (1916-1998), o Mané Gaiola, foi


personagem marcante no carnaval de Sertãozinho. Aos doze anos já saía no carnaval da cidade
como o Palhaço Piolim, mas a brincadeira estava só começando. Ao longo dos carnavais, Mané
Gaiola criou personagens e bonecos gigantes que marcaram as festas da cidade com animação
e criatividade, como Reis Momos, palhaços e seu zoológico de bonecos que incluíam zebras,
tubarões, papagaios, girafas, carneiros, tucanos, jacarés, patos, tartarugas, galinhas (que até
botavam ovos!) sapos, morcegos e muito mais.

Além dos carnavais, Mané Gaiola e sua turma de amigos e bonecos animaram outras
festividades da cidade, mantendo o folclore vivo na imaginação de crianças e adultos, como os
seus caipiras, o bumba-meu-boi, a catira, a capoeira e até mesmo o Coelho da Páscoa e o Papai

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Noel, quando a criançada ganhava doces desse bom velhinho. Entre seus bonecos mais
famosos estão a inconfundível Maria Goiabeira e seu companheiro, Zé Goiaba. Os bonecos
gigantes do Mané Gaiola animam as festas de folclore e carnaval até hoje, inspirando a nova
geração e perpetuando a vontade de fazer rir do artista Manoel Rodrigues Santinho.

Atualmente seus bonecos gigantes formam o Acervo Mané Gaiola, parte dele doado
ao poder público municipal. Este acervo foi tombado como Patrimônio Histórico e Cultural da
cidade de Sertãozinho pelo Comppphic, na qualidade de bem móvel de interesse histórico e
cultural, pois representa a originalidade artística de seu povo e é emblema da cultura nacional.

3.2 Ato: Decreto 5.262, de 01 de setembro de 2010.

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4. Acervo José Antonio Rossin

4.1 Descritivo: José Antônio Rossin (1934-1956) foi ilustrador e desenhista, tendo
adaptado para quadrinhos, na década de 1950, os romances de José de Alencar Til, Sonhos
D’Ouro e O Ermitão da Glória. O acervo José Antônio Rossin foi inscrito no Programa Memória
do Mundo do Brasil, MOWBrasil, edital da UNESCO e do Arquivo Nacional que visa detectar
conjuntos documentais nacionais de relevância cultural para propor ações de preservação e
divulgação.

O acervo José Antônio Rossin é composto por ilustrações, estudos e desenhos livres
do artista, produzidos na década de 1950 e hoje doados ao poder público municipal, sob a
guarda do Centro Municipal de Memória, onde pode ser consultado e pesquisado.

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4.2 Ato: Decreto 5.262, de 01 de setembro de 2010.

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5. Casa na Colônia Pati

5.1 Descritivo: A Casa na Colônia Pati objeto deste tombamento está localizada na
rua principal do bairro Pati, acessível pela Rodovia Albano Bacega, próxima à igreja local,
circundado por chácaras e área verde e ladeada por um salão que foi ocupado pela “Società
Ítalio Brasiliana di Sertãozinho”. A casa serviu como centro de puericultura e depois como a
Escolinha do Pati, foi responsável pela educação inicial dos filhos dos colonos da área e como
área e depois como espaço de encontro dos antigos moradores.

Hoje a casa representa um traço marcante do que foi a antiga Colônia Paty, ponto de
referência para os imigrantes italianos daquela região. Por seu valor cultural e por preservar a
memória de um espaço de sociabilidade dos imigrantes italianos, o Conselho Municipal de
Preservação do Patrimônio Paisagístico, Histórico e Cultural de Sertãozinho e a Prefeitura
Municipal promoveram seu Tombamento na qualidade de bem imóvel de interesse histórico e
cultural.

5.2 Ato: Decreto 5469, de 07 de setembro de 2011.

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6. Chaminé da Cohab Lúcia Sverzut

6.1 Descritivo: A Chaminé do Sistema de Lazer da Quadra 27 no Conjunto


Habitacional Lúcia Fabro Sverzut, conhecida como Chaminé da Santa Lúcia ou Chaminé da
Coahb 7, é uma torre com aproximadamente 30 metros de altura, remanescente da Usina
Santa Lúcia, fundada em 1947 para produzir açúcar, tendo funcionado até 1957. Da usina
restou apenas sua imponente chaminé, emblema da tradição do município na produção de
açúcar.

A chaminé hoje está inserida no Conjunto Habitacional que leva o nome da matriarca
da família dona da Usina, Sra Lúcia Fabro Sverzut. Na paisagem da chaminé está a linha férrea
que ligava Sertãozinho ao Engenho Central. Por ser representante da tradição açucareira da
cidade e marco visual do conjunto habitacional, o Conselho Municipal de Preservação do
Patrimônio Paisagístico, Histórico e Cultural de Sertãozinho juntamente com a Prefeitura
Municipal promoveram seu Tombamento como patrimônio Histórico e Cultural do Município,
na qualidade de bem imóvel de interesse histórico e cultural.

6.2 Ato: Decreto 5469, de 07 de setembro de 2011.

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7. Escola Municipal de Ensino Fundamental Professor Anacleto Cruz

Descrição: O Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e


Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat), por meio de sua Unidade de Preservação do
Patrimônio Histórico (UPPH), realizou o tombamento da Escola Municipal de Ensino
Fundamental Professor Anacleto Cruz, juntamente com um conjunto de outras 125 escolas
construídas entre 1890 e 1930, reconhecendo o valor cultural e histórico das primeiras escolas
públicas do Estado de São Paulo.

Além do pioneirismo na área da educação no Estado, destacam-se nesses prédios o


desenvolvimento de uma arquitetura funcionalista, na qual uma construção simples forma o
conjunto de salas de aula, distribuídas ao longo de um eixo comum, incorporando princípios de
higiene, funcionalidade, administração, ventilação, insolação e adequação de materiais. A
Escola Municipal de Ensino Fundamental Professor Anacleto Cruz está localizada na Rua
Aprígio de Araújo, nº769, no Centro de Sertãozinho-SP.

7.1 Ato: Resolução SC-60, de 21 de julho de 2010

https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/upload/SC60AnexoIListagemdeEscolasdaPri
meiraRepublicaPDF_1420471033.pdf

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8. Museu da Cidade

8.1 Descritivo: O prédio do Museu da Cidade, antigamente conhecido como Casa da


Cultura, foi construído seguindo a arquitetura conhecida como miscelânea paulista, estilo
replicado em diversos prédios sedes de fóruns e cadeias pelo interior do Estado de São Paulo.
Localizado inicialmente na Rua Gurupy, hoje Expedicionário Léllis, nº1500, o edifício começou
a ser construído em 1913, foi inaugurado em 1916 como sede do Poder Judiciário, sendo
Fórum da Comarca e Cadeia Pública até 1958, quando a Cadeia Pública foi desativada do
prédio, que ainda mantinha o Fórum. A cadeia funcionava no andar térreo, incluindo a
carceragem, e o fórum, com sua estrutura administrativa, no andar superior. A arquitetura do
prédio guarda as marcas dessa função inicial, sejam nas barras das grades das celas, nas grades
das janelas do andar térreo e na própria altura das janelas que não permitem a visão externa.
No andar superior, as janelas já permitem a vista e mais, ali as janelas não possuem grades. O
salão do júri está preservado em sua estrutura, hoje funcionando como sala de exposição e
anfiteatro.

Com a desativação completa do Fórum em 1969, o prédio ficou sem uso específico
até 1971, quando o Movimento Brasileiro de Alfabetização ocupou a parte superior do edifício.
Em 1976 foi instalado no prédio a Delegacia de Trânsito, funcionando assim até 1994. Em
1985, ainda enquanto Delegacia de Trânsito, o prédio foi Tombado pelo Conselho de Defesa do
Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat),
por meio da Resolução 53, de 19 de setembro de 1985.

Após a desocupação do edifício pela Delegacia de Trânsito em 1994, no imóvel foi


instalado o Núcleo de Desenvolvimento Cultural, intitulado “Maestro Oscar Meneghini” pela
Lei 3.147, de 18 de setembro de 1996. A partir de então o espaço foi utilizado como
equipamento cultural público e gratuito, abrigando a então Assessoria de Cultura, depois
Departamento de Cultura e Turismo, incluindo o Centro Municipal de Memória a partir de
2006 e também o Museu da Cidade de Sertãozinho, este último criado pela Lei 5.018 de 31 de
março de 2010, mantendo áreas de preservação, pesquisa e guarda documental, cursos de

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curta duração, lançamento de publicações e exposições temporárias e permanentes, artísticas
e históricas.
Com a expansão do Departamento de Cultura, que a partir de 2017 tornou-se
Secretaria de Cultura e Turismo, o prédio ao lado do Museu, que também foi sede do Fórum,
com entrada pela rua Sebastião Sampaio, 1489, passou a abrigar a Sede da Secretaria de
Cultura e Turismo, o Anfiteatro Cultural, a Biblioteca Municipal Dr Antônio Furlan e o Centro
Municipal de Memória, e então o prédio histórico passou a ter como única finalidade abrigar o
Museu da Cidade de Sertãozinho.
Ato: Resolução 53, de 19 de setembro de 1985.

https://www.ipatrimonio.org/wp-content/uploads/2013/12/F%C3%B3rum-e-Cadeia-
SERT-RES.pdf

Atualização 06/10/2023.
Produzido por:
Rodrigo Touso; Historiador 0611/SP
Centro Municipal de Memória
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