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CIRURGIA GERAL
QUESTÃO 1 QUESTÃO 3
A respeito da realização do pneumoperitôneo nas cirurgias Em relação aos pólipos colorretais, julgue os itens a seguir.
laparoscópicas em pacientes com laparotomia prévia,
assinale a alternativa correta. I Adenoma túbulo-viloso tem de 25% a 75% de
componente viloso.
(A) O ponto de Jain é uma porta de entrada não umbilical, II Adenoma viloso tem de 35% a 40% de chance de
abrigar adenocarcinoma.
no nível L4, 10-13 cm lateral ao umbigo.
III Displasia não adenomatosa associada a doença
(B) Pela técnica de Palmer, a punção é realizada 3 cm
inflamatória intestinal (lesão tipo DALM) apresenta
abaixo da margem subcostal esquerda na linha
alto risco para carcinoma.
hemiclavicular, 4 cm lateral ao umbigo.
IV Pólipos inflamatórios não requerem vigilância
(C) O ponto de Lee-Huang é uma porta de entrada não endoscópica.
umbilical, estando localizado 5 cm abaixo do umbigo na V Pólipos sésseis serrilhados são geralmente
linha média. localizados no cólon direito, de cor pálida, com
(D) O sétimo espaço intercostal esquerdo pode ser bordas indistintas e recobertos por muco.
utilizado, desde que não haja distensão gástrica,
Assinale a alternativa correta.
massas abdominais superiores, hepatoesplenomegalia
ou cicatrizes abdominais superiores. (A) Apenas os itens I e III estão certos.
(E) A técnica aberta na linha mediana é obrigatória nesses (B) Apenas os itens II e V estão certos.
casos. (C) Apenas os itens I, II e IV estão certos.
(D) Apenas os itens III, IV e V estão certos.
correta.
No que se refere à técnica aberta de correção das hérnias
inguinais com tela, assinale a alternativa incorreta.
(A) A esplenose pode ocorrer como resultado do
autotransplante de tecido esplênico durante a (A) As alças lateral e medial, criadas após a abertura da
esplenectomia laparoscópica em pacientes com porção superior da tela para a confecção da passagem
púrpura trombocitopênica imune. do funículo espermático, devem ser suturadas em
(B) É necessária a utilização de 5 trocartes tanto na técnica posição paralela, sem o cruzamento, a fim de diminuir
em decúbito dorsal, em posição de próclive de 30 a chance de recidiva.
graus, quanto na técnica em decúbito lateral direito (B) A técnica de Lichtenstein é a mais simples de se
completo, com fixação do corpo em canivete e aprender e de se reproduzir; os resultados clínicos são
Trendelemburg a 15 graus. excelentes e, por essa razão, ela é considerada o
(C) Uma limitação da esplenectomia laparoscópica é a padrão-ouro das técnicas abertas.
dificuldade de detectar a presença de baços acessórios (C) A fim de diminuir a recorrência, a tela deve ter
que estão presentes em aproximadamente 60% dos tamanho mínimo de 6 cm × 14 cm e ultrapassar o
pacientes com doença hematológica. tubérculo pubiano medialmente em 2 cm.
(D) Obesidade, doença hematológica maligna, hipertensão (D) Os locais mais comuns de recidivas são perto do
portal e esplenomegalia são considerados contraindicações púbis (hérnia direta) e perto do anel inguinal
para a realização de esplenectomia laparoscópica. profundo (hérnia indireta).
(E) A embolização pré-operatória da artéria esplênica deve (E) Com o processo de cicatrização, a tela diminuirá de
ser utilizada quando há esplenomegalia como forma de tamanho, pela contração dos tecidos cicatrizados,
reduzir o tamanho do baço, sangramento operatório e expondo, assim, o local a uma possível falha, o que
o tempo cirúrgico. favorecerá a recidiva.
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QUESTÃO 5 QUESTÃO 7
(A) Endoscopia digestiva alta é fundamental para a A partir desse caso clínico, considere as opções terapêuticas
apresentadas nos itens a seguir.
confirmação diagnóstica, além de avaliar o grau de
inflamação da mucosa e afastar a presença de lesões I ácido tricloroacético a 90% por 4 semanas; caso a
paciente não apresente melhora, indicar ressecção e
neoplásicas.
cauterização no centro cirúrgico
(B) Na radiografia simples de tórax, pode-se suspeitar da II ressecção e cauterização no centro cirúrgico
presença de um megaesôfago avançado. III podofilina a 25% tópico por 4 semanas; caso a
paciente não apresente melhora, indicar ressecção e
(C) De acordo com a classificação de Rezende, as ondas cauterização no centro cirúrgico
terciárias são evidenciadas nos graus II e III. IV imiquimode por 8 a 12 semanas; caso a paciente não
apresente melhora, indicar ressecção e cauterização
(D) As complicações da mucosectomia incluem
no centro cirúrgico
sangramento excessivo durante retirada da mucosa e V vacinação quadrivalente para HPV, imiquimode por
submucosa e complicações pleuropumonares; no 8 a 12 semanas e, caso a paciente não apresente
melhora, ácido tricloroacético a 90%
entanto, a incidência de tais complicações é
significativamente menor do que na esofagectomia. São opções terapêuticas adequadas para esse caso clínico
(E) Para casos não avançados, opta-se pela apenas as apresentadas nos itens
QUESTÃO 9 QUESTÃO 11
Compareceu a uma consulta paciente de 24 anos de Um paciente de 60 anos de idade comparece a uma
idade, com diagnóstico de endometriose, com colonoscopia
consulta com otorrinolaringologista com queixa de “voz
mostrando abaulamento extrínseco no retossigmoide,
ressonância magnética com endometriose profunda estranha” há 3 meses, com piora progressiva. Refere que, há
retovaginal e laparoscopia com implante único na transição duas semanas, está com “um pouco de falta ar”, que está
retossigmoide de 2,5 cm.
mais cansado e tem que dormir quase sentado. Refere
Nesse caso hipotético, a melhor conduta intraoperatória é apresentar odinofagia. O exame de nasofibroscopia revela
realizar
tumoração em epiglote, ulcerada, de aproximadamente 2 cm,
(A) excisão de toda a espessura da parede juntamente com que se movimenta em direção à luz glótica, com efeito de
a lesão e sutura primária transversal. válvula, sem extensão para as demais estruturas da laringe,
(B) retossigmoidectomia com anastomose primária
tendo sua mobilidade preservada. Pescoço apresenta linfonodos
término-terminal.
(C) ressecção da lesão sem abertura da mucosa e sutura cervicais bilaterais, esféricos, endurecidos, de 3 cm, móveis e
primária longitudinal em dois planos.
indolores.
(D) retossigmoidectomia com colostomia à Hartmann.
(E) excisão de toda a espessura da parede juntamente com
a lesão com margem de segurança de 2 cm, sutura Com base nesse caso clínico, assinale a alternativa correta,
primária transversal e ileostomia de proteção.
quanto à melhor conduta diagnóstica para esse paciente.
QUESTÃO 10
Com base nesse caso clínico, assinale a alternativa correta, pescoço, para estabelecer o diagnóstico patológico.
considerando a melhor orientação para esse paciente.
(C) Diante da paralisia da laringe, deve-se realizar uma
QUESTÃO 12 QUESTÃO 13
Recém-nascido (RN) de parto vaginal, masculino, a Uma mulher de 25 anos de idade, envolvida em uma
briga doméstica, é levada ao pronto-socorro com um
termo, pesando 2.700 gramas, está sendo avaliado por um ferimento por arma branca (facada) no pescoço, à esquerda.
Na admissão, encontra-se normotensa, com vias aéreas
médico. Apgar de 8 no primeiro minuto e 9 no 5.o minuto. pérvias, sem sinais ou sintomas de dificuldade respiratória,
Mãe tem 34 anos de idade e apresentou gestação complicada e o exame neurológico está normal. O exame físico do
pescoço revela uma única ferida de 2 cm, anterior ao músculo
com polidrâmnio. No transporte para o berçário, observa-se esternocleidomastoideo, na altura da cartilagem tireoide.
Há um hematoma pulsátil com sopro associado e crepitação
presença de sialorreia importante, necessitando de aspiração importante à palpação. Radiografias simples demonstram
enfisema subcutâneo, sem desvio de traqueia e sem
oral frequente. No exame físico, respira sem dificuldade, pneumotórax.
apresentando-se acianótico; ausência de alterações em
Considerando esse caso clínico, assinale a alternativa correta,
cabeça, pescoço, tronco ou extremidades. Ausculta pulmonar quanto à classificação do ferimento e à conduta mais adequada.
com murmúrio vesicular presente sem ruídos adventícios. (A) A paciente apresenta ferimento penetrante em zona III,
com risco de lesões em artérias, veias, nervos, laringe,
Ausência de sopros cardíacos. Abdome flácido, escavado e traqueia e esôfago.
(B) A paciente apresenta ferimento penetrante em zona II,
sem massas palpáveis. Genitália é normal e nota-se mecônio
com indicação de cervicotomia imediata.
visível no ânus que se encontra pérvio. (C) A paciente apresenta ferimento penetrante em zona II,
com estabilidade hemodinâmica, o que permite a
conduta de manejo conservador seletivo.
(D) A paciente apresenta ferimento penetrante em
Com base nesse caso clínico, assinale a alternativa correta. transição entre zonas I e II, havendo indicação de
radiologia intervencionista, pois o acesso cirúrgico
nessa região é muito difícil.
(E) A paciente apresenta ferimento em zona II, com
(A) Há suspeita clínica inicial de atresia de esôfago com indicação de cervicotomia imediata e ligadura dos
vasos com evidência de sangramento.
fístula traqueoesofágica, cujo diagnóstico pode ser
QUESTÃO 15 QUESTÃO 17
(A) As causas de hipertensão portal podem ser sinusoidais, (A) Tratamento cirúrgico está sempre indicado na primeira
pré-sinusoidais e pós-sinusoidais. ocorrência de hemorragia digestiva alta por
(B) Esquistossomose e cirrose são exemplos de causa hipertensão portal devido a cirrose hepática.
sinusoidal de hipertensão portal. (B) Tratamento endoscópico está indicado para controle
(C) Síndrome de Budd Chiari é um exemplo de causa do sangramento, desde que, posteriormente, seja
pós-sinusoidal de hipertensão portal. realizado o devido procedimento cirúrgico.
(D) Hipertensão portal segmentar diz respeito a trombose (C) Balão esofágico deve ser usado de rotina nos casos de
da veia esplênica causando hipertensão em apenas um hemorragia digestiva alta por hipertensão portal.
setor do território da circulação portal. (D) Balão esofágico deve ser insuflado com uma pressão de
(E) Trombose das veias supra-hepáticas é um exemplo de dois terços da pressão arterial média do paciente.
causa pós-sinusoidal de hipertensão portal. (E) Nunca está indicada abordagem via radiointervenção.
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QUESTÃO 20 QUESTÃO 23
Acerca da síndrome de Fournier, assinale a alternativa Acerca do tratamento cirúrgico realizado na urgência/emergência
para hemorragias digestivas por hipertensão portal, assinale
incorreta.
a alternativa correta.
(A) Trata-se de uma infecção perineal acompanhada de (A) A cirurgia de escolha para tratamento na urgência é
necrose das fáscias de Buck, Scarpa e Colles. preferencialmente a cirurgia de Warren, que apresenta
(B) O tratamento envolve debridamento cirúrgico e bons resultados quando realizada em pacientes
antibioticoterapia de largo espectro. cirróticos e esquistossomóticos.
(B) A derivação porto-cava calibrada não é uma escolha na
(C) É obrigatória a confecção de colostomia terminal ou
urgência, devido à alta taxa de encefalopatia hepática
em alça para desvio de trânsito intestinal. desenvolvida pelos pacientes no pós-operatório.
(D) Essa síndrome normalmente acomete pacientes com (C) Esse tratamento pode ser indicado em casos de
algum grau de comprometimento imunológico. hemorragia digestiva alta refratária a tratamento
(E) Exames de imagem podem auxiliar o diagnóstico, mas endoscópico e balão esofágico na urgência, quando não
não devem retardar o procedimento operatório, uma há possibilidade de passagem de TIPS (transjugular
intrahepatic portosystemic shunt).
vez que tais pacientes podem desenvolver rapidamente
(D) A derivação mesentérico-cava não é uma opção se
choque séptico. houver trombose da porta.
(E) A desconexão ázigo portal (DAPE) é a cirurgia mais
QUESTÃO 21 indicada para tratamento na urgência de hemorragia
digestiva em paciente sabidamente cirrótico.
QUESTÃO 25
Quanto às colecistites agudas, assinale a alternativa incorreta.
Assinale a alternativa correta.
(A) A ultrassonografia para diagnóstico da colecistite
aguda apresenta boa sensibilidade e especificidade, (A) Pacientes com peritonite difusa devem ser submetidos
apesar de ser um exame examinador dependente. obrigatoriamente a laparotomia mediana para permitir
(B) A pancreatite aguda biliar é considerada um a adequada limpeza da cavidade abdominal.
(B) Em pacientes do sexo biológico feminino, na dúvida
diagnóstico diferencial, devido ao quadro clínico
diagnóstica, a laparoscopia é uma boa via de acesso.
semelhante. (C) Pacientes com peritonite difusa podem ser submetidos
(C) Quando há icterícia associada, deve-se considerar as a vias de acesso localizadas (incisão de Davis ou Mc
hipóteses de coledocolitíase concomitante, hepatite Burney), desde que sejam mantidos drenos abdominais
transinfecciosa, peritonite filtrante biliar ou e antibioticoterapia por, pelo menos, 14 dias.
coleperitônio. (D) São indicações de drenagem na apendicite aguda o
abscesso localizado, a peritonite difusa (drenos nos
(D) O tratamento preferencial é cirúrgico, mas, em alguns
quatro quadrantes abdominais) e o comprometimento
casos particulares, pode-se considerar a realização de da base apendicular.
tratamento clínico. (E) Em casos de autólise do apêndice, a colectomia está
(E) A etiologia é sempre biliar. sempre indicada.
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OTORRINOLARINGOLOGIA
Caso clínico para as questões 26 e 27. QUESTÃO 28
Paciente AFK, com 43 anos de idade, compareceu a Quanto ao câncer de laringe, assinale a alternativa correta.
uma consulta com queixa de sonolência diurna, roncos
noturnos e apneias presenciadas por esposa há 2 anos. (A) O tipo histológico mais comum da região é o carcinoma
Apresenta IMC de 29,2 kg/m2. À oroscopia, apresenta espinocelular, que tem como principais fatores
amígdalas grau 4 de Brodsky e Mallampati modificado classe predisponentes o abuso vocal e o refluxo
I. Paciente não apresenta deformidades craniofaciais. laringofaríngeo.
(B) Tumores glóticos apresentam diagnóstico tardio
QUESTÃO 26 devido à discreta sintomatologia precoce apresentada
nesses quadros.
(C) Tumores supraglóticos apresentam o melhor
Com base nesse caso clínico, assinale a alternativa correta, de prognóstico dentre os tumores laríngeos, devido às
acordo com o estadiamento de Friedman. barreiras anatômicas da região, que dificultam a
invasão neoplásica.
(A) Trata-se de um paciente estágio I e, portanto, com (D) Tumores glóticos apresentam o pior prognóstico
grande chance de sucesso de tratamento com a dentre os tumores laríngeos, devido à rica rede linfática
uvulopalatofaringoplastia. da região, o que facilita metástases linfonodais.
(B) Trata-se de um paciente estágio I e, portanto, com (E) Tumores subglóticos são raros, provocam pouca
pequena chance de sucesso de tratamento com a sintomatologia e, portanto, são frequentemente
uvulopalatofaringoplastia. diagnosticados quando localmente avançados, com
(C) Trata-se de um paciente estágio II e, portanto, com repercussão direta sobre o prognóstico.
grande chance de sucesso de tratamento com a
uvulopalatofaringoplastia. QUESTÃO 29
(D) Trata-se de um paciente estágio II e, portanto, com
pequena chance de sucesso de tratamento com a Assinale a alternativa que apresenta o(s) músculo(s)
uvulopalatofaringoplastia. intrínseco(s) da laringe cuja inervação motora é realizada
(E) Trata-se de um paciente estágio II e, portanto, sem pelo nervo laríngeo superior.
indicação de realização de uvulopalatofaringoplastia.
(A) músculo tireoaritenoideo e cricoaritenoideo posterior
(B) músculo cricotireoideo
QUESTÃO 27 (C) músculo tireoaritenoideo e cricoaritenoideo lateral
(D) músculo tireoaritenoideo
Considere que o referido paciente tenha realizado (E) músculo interaritenoideo
polissonografia tipo 1 com os seguintes parâmetros:
eficiência do sono = 88%; IAH = 47,1 eventos/hora; latência QUESTÃO 30
para o sono = 40 minutos; latência para o sono REM = 230
minutos. Quanto a esse exame, assinale a alternativa correta. Em relação à anatomia e às infecções dos espaços profundos
do pescoço, assinale a alternativa correta.
(A) O parâmetro de eficiência de sono encontra-se
alterado nesse exame, pois o parâmetro é considerado (A) A fáscia cervical superficial envolve as glândulas
normal quando está acima de 90%. parótidas, submandibulares e os músculos
(B) O parâmetro IAH encontra-se alterado nesse exame. esternocleidomastoideo e platisma.
Considera-se uma SAOS severa, como no caso do (B) A fáscia cervical profunda é dividida em três folhetos:
paciente em questão, quando o paciente apresenta IAH superficial, médio (subdividido em camada muscular e
camada glandular) e profundo (subdividido em camada
maior que 20 eventos por hora.
alar e camada pré-vertebral).
(C) O parâmetro IAH encontra-se alterado nesse exame.
(C) A bainha carotídea, que envolve a veia jugular interna,
Considera-se uma SAOS severa, como no caso do
a artéria carótida e o nervo vago, é composta pelos três
paciente em questão, quando o paciente apresenta IAH
folhetos da fáscia cervical profunda.
maior que 25 eventos por hora. (D) A etiologia mais comum dos abscessos cervicais em
(D) O parâmetro latência para o sono encontra-se alterado adultos são as faringotonsilites.
nesse exame. Esse parâmetro é considerado normal (E) O espaço perigoso (danger space) é localizado entre o
entre 5 e 15 minutos. folheto médio da fáscia cervical profunda e a camada
(E) O parâmetro latência para o sono encontra-se alterado alar do folheto profundo da fáscia cervical profunda,
nesse exame. Esse parâmetro é considerado normal podendo ser uma via de disseminação rápida de
entre 5 e 30 minutos. processos infecciosos do pescoço até o mediastino.
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QUESTÃO 31 QUESTÃO 33
(A) Trata-se da neoplasia benigna mais frequente dos seios Com a pandemia do covid-19, pacientes vêm sofrendo com
paranasais, apresentando crescimento rápido. Assim, sintomas de hiposmia/anosmia com maior frequência.
Com relação às doenças do olfato, assinale a alternativa
costuma ser diagnosticada de forma precoce na correta.
maioria dos casos. (A) Doenças olfatórias podem ser classificadas como
(B) Os osteomas nasossinusais acometem mais centrais quando ocorre bloqueio na chegada das
moléculas de odor no epitélio olfatório, por exemplo, a
frequentemente os seios maxilares, encontrando decorrente de alterações anatômicas de cavidade
nasal.
íntima relação com quadros de rinossinusite ao (B) Doenças olfatórias podem ser classificadas como
bloquear os orifícios de drenagem destas cavidades. neurossensoriais quando ocorre bloqueio na chegada
das moléculas de odor no epitélio olfatório, por
(C) Os osteomas nasossinusais apresentam maior exemplo, a decorrente de alterações anatômicas de
cavidade nasal.
prevalência em indivíduos idosos e em pacientes do (C) Doenças olfatórias podem ser classificadas como
sexo feminino. destrutivas quando ocorre dano no epitélio olfatório,
nas células caliciformes, nos pseudocílios ou nos nervos
(D) Trata-se de um achado geralmente ocasional em olfatórios, por exemplo, em casos de infecção viral.
(D) Doenças olfatórias podem ser classificadas como
exames de imagem, e a maioria dos pacientes é
centrais quando o acometimento se dá em, pelo
assintomático. menos, uma das estruturas que constituem a via
olfatória (bulbo olfatório/trato/estrias olfatórias/centros
(E) O tratamento dessa doença é exclusivamente cirúrgico, corticais da olfação), por exemplo, tumores
intracranianos.
devendo ser indicado precocemente na tentativa de
(E) Doenças olfatórias podem ser classificadas como
evitar deformidades faciais secundárias ao crescimento condutivas quando o acometimento se dá em, pelo
menos, uma das estruturas que constituem a via
da lesão. olfatória central, por exemplo, tumores intracranianos.
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QUESTÃO 35 QUESTÃO 37
A etiologia multifatorial e o caráter esporádico e intermitente As tireoplastias são procedimentos cirúrgicos realizados via
da aspiração contribuem para a sua dificuldade diagnóstica. abordagem externa que levam a alterações do
Os melhores exames complementares úteis para auxílio no posicionamento das pregas vocais. Acerca da tireoplastia do
tipo 1, é correto afirmar que se trata de uma cirurgia que
diagnóstico das aspirações são
busca o(a)
(A) videoendoscopia da deglutição, ultrassonografia de (A) relaxamento das pregas vocais, de forma a reduzir o
parótidas e laringoestroboscopia. pitch vocal, ou seja, agravar a voz do paciente
(B) manometria esofágica de alta resolução, submetido ao procedimento.
(E) tomografia computadorizada de tórax, indicada em casos de paralisia unilateral de prega vocal
em posição de abdução.
videodeglutograma/videofluoroscopia da deglutição e
(E) desinserção das pregas vocais, de forma a aprimorar a
videoendoscopia da deglutição.
defesa glótica e reduzir riscos de broncoaspiração.
QUESTÃO 36 QUESTÃO 38
Quanto à anatomia dos seios paranasais, assinale a A infecção pelo papilomavírus humano (HPV) é considerada
(B) Os seios maxilares são os primeiros a se originarem no (B) Sua infecção pode ser de três tipos: clínica, subclínica e
latente. Na forma latente, o vírus encontra-se
meato nasal médio e mantêm-se ligados à cavidade
presente, porém sem manifestar lesões clínicas ou
nasal através de seus óstios acessórios.
subclínicas.
(C) Os seios paranasais iniciam seu desenvolvimento na (C) As lesões de cavidade oral apresentam sintomatologia
vida intrauterina. Todos os seios paranasais são e repercussões clínicas muito exuberantes, mesmo na
bilaterais. fase inicial, quando comparadas às lesões laríngeas.
(D) Os seios paranasais mais posteriores são as células (D) Em paciente imunossuprimidos, como, por exemplo,
em indivíduos HIV positivo, as lesões, apesar de
etmoidais posteriores.
localizadas, costumam ser dolorosas, únicas e
(E) Todos os seios paranasais, com exceção do seio
expansivas.
esfenoidal, mantêm comunicação com a cavidade nasal (E) O tratamento de lesões orais é realizado por meio de
através de óstios de abertura. medicações antivirais por via oral em altas doses.
QUESTÃO 39 QUESTÃO 41
Acerca dos tumores benignos de glândulas salivares, assinale A respeito de tuba auditiva, assinale a alternativa correta.
a alternativa correta.
(A) A presença de pepsina na orelha média não significa,
necessariamente, refluxo gastroesofágico.
(A) Rânula é o cisto de retenção de glândula salivar menor,
(B) A obstrução tubária pode desencadear retração
acometendo mais comumente o lábio superior por ser
timpânica, perda auditiva condutiva e, até mesmo,
mais sujeito ao trauma do que o lábio inferior.
atelectasia timpânica, em suas formas mais graves.
(B) Mucocele é o cisto de retenção de glândula salivar
(C) Disfunção tubária é frequente no período
menor, acometendo mais comumente o lábio superior pós-operatório precoce de tonsilectomias e
por ser mais sujeito ao trauma do que o lábio inferior. adenoidectomias, com surgimento de curvas
(C) Rânula é o achado clínico de lesões císticas no soalho timpanométricas tipo A.
da boca; surgem a partir de extravasamento de muco (D) A colocação do tubo de ventilação em pacientes sem
das glândulas submandibulares ou da obstrução dos patologias associadas está indicada quando o quadro
ductos dessas glândulas. persiste por mais de 1 ano com hipoacusia condutiva
(D) Rânula é o cisto de retenção de glândula salivar menor, maior que 25 dB.
acometendo mais comumente o lábio inferior por ser (E) Acentuada perda de peso aguda pode causar obstrução
mais sujeito ao trauma do que o lábio superior. da tuba auditiva.
adenotonsilectomia.
(A) Aftas são lesões orais caracterizadas por ulcerações
(C) Casos de formação de abscesso peritonsilar são
superficiais, dolorosas, únicas ou múltiplas, localizadas
considerados como indicações relativas de
na mucosa oral queratinizada.
adenotonsilectomia.
(B) As úlceras aftoides maiores são as mais frequentes e
(D) Casos de hiperplasias adenotonsilares que causem
mais severas, múltiplas.
distúrbios do sono e alterações de desenvolvimento (C) As aftas herpetiformes diferenciam-se de herpes pela
facial são considerados indicações relativas de ausência da fase vesicular e do vírus do herpes simples.
adenotonsilectomia. (D) Aftas podem ter associação com febre e com
(E) Casos de tonsilite crônica caseosa são considerados diminuição periódica na contagem de linfócitos.
como indicação absoluta de adenotonsilectomia. (E) Aftas estão associadas com a falta de vitamina D.
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QUESTÃO 44 QUESTÃO 47
Um paciente de 46 anos de idade possui quadro de Um paciente de 65 anos de idade está com quadro
odinofagia importante há 30 dias, à esquerda. Nega de tosse seca há 2 meses.
dificuldade para engolir, mas apresenta dor em todas as
consistências. Ao exame, apresenta exulcerações em mucosa Com relação a esse sintoma, assinale a alternativa correta.
jugal, que refere serem intermitentes, há 3 meses. Na laringe,
(A) A causa da tosse crônica, frequentemente, é única.
apresenta ulceração em epiglote, de área bem delimitada,
(B) DRGE e RLF são os principais diagnósticos até que se
recoberta por fibrina inflamatória. No couro cabeludo,
prove o contrário.
apresenta duas lesões dolorosas e pequenas, com solução de
(C) A tosse psicogênica acomete, principalmente, idosos.
continuidade e fundo enantemático. O paciente é
(D) A tosse crônica, por definição, é a persistência da tosse
vegetariano e nunca repôs vitaminas.
por mais de 2 semanas.
(E) A aspiração crônica é outra causa reconhecida de tosse
Diante desse quadro, a hipótese mais adequada é a suspeita
crônica e deve-se suspeitar disso sempre que o
de
paciente apresentar história de tosse ao alimentar.
(A) aftas por deficiência de vitamina A. QUESTÃO 48
(B) doença celíaca e o paciente se beneficiará da
suspensão do leite da alimentação.
Um paciente com 32 anos de idade apresenta
(C) doença candidíase e deve-se iniciar tratamento com
obstrução nasal há 30 dias, além de rinorreia clara,
nistatina local.
eventualmente sanguinolenta. Ao exame, apresenta
(D) pênfigo vulgar e necessita de biópsia de boca e(ou) de
perfuração do septo com lesão de aspecto granulomatoso e
couro cabeludo.
estenose subglótica concêntrica, com mucosa lisa. Há 3 dias,
(E) sífilis secundária e é necessário realizar pesquisa do
vem apresentando hematúria.
treponema.
Em relação a esse caso, assinale a alternativa que indica a
QUESTÃO 45 hipótese diagnóstica provável.