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2019
Augusto Gomes, A. P. Ferreira Pinto, 2019 – “Introdução à Ciência e à Estrutura
dos Materiais”
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QUANTO À ORIGEM:
- Naturais - Vegetal – Madeira, borracha, ...
- Mineral – Pedras, ...
- Artificiais - Resultam de transformações químicas de materiais naturais (ex.: gesso,
cimento, plásticos, ...)
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SELECÇÃO DE UM MATERIAL
Decreto-Lei nº 113/93 de 10/4 – Procedimentos a adoptar com vista a garantir que os Materiais de
Construção se revelam adequados ao fim a que se destinam
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SELECÇÃO DE UM MATERIAL
PRESTAÇÃO DE UM MATERIAL:
A) MECÂNICA
B) COMPORTAMENTO AO FOGO
Combustão ocorre nos materiais orgânicos (em geral) com carbono que reagem com o oxigénio.
Causas de risco:
- Calor produzido pela combustão;
- O calor pode danificar a estrutura do edifício;
- Alguns materiais libertam gases tóxicos quando aquecidos (mesmo sem gerarem chama);
- Fumo libertado pela combustão dos materiais – causa dificuldades respiratórias e pode
provocar pânico.
Características dos elementos de compartimentação:
- Pára chamas;
- Corta fogo;
- Estável ao fogo.
Reacção ao fogo de material:
- Combustível;
- Arde facilmente sob a acção de uma chama;
- Arde dificilmente sob a acção de uma chama;
- Auto extingue-se após retirada da chama;
- Inflamável.
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C) DURABILIDADE
D) FIABILIDADE
Nível de variabilidade das suas características.
F) CARACTERÍSTICAS AMBIENTAIS
a) Energia de extracção, processamento, transporte e utilização do material:
b) Potencial de reciclagem;
c) Sustentabilidade;
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G) FUNCIONALIDADE
H) ECONOMIA
Custo total = Custo inicial + Custo de manutenção (durante o período de exploração ou de vida útil da construção)
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LIGAÇÃO IÓNICA
- Temperatura de fusão elevada
- Condutividade eléctrica baixa
- Elevada dureza
- Frágil ao choque
LIGAÇÃO COVALENTE
- Temperatura de fusão elevada
- Condutividade eléctrica nula
PRIMÁRIAS - Muito elevada dureza
- Sem capacidade de deformação plástica
LIGAÇÃO METÁLICA
- Condutividade eléctrica elevada
- Capacidade de deformação plástica
SECUNDÁRIAS
PONTES DE HIDROGÉNIO
- Caso particular da ligação de van der Waals
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ARRANJOS ATÓMICOS
Estrutura Cristalina
- Arranjo ordenado no espaço dos
átomos
- Ex: CCC; CFC; Hexagonal; ....
- As estruturas cristalinas
apresentam planos de cristais que
influenciam as propriedades do
material
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MATERIAIS METÁLICOS
- Estrutura cristalina (CFC, CCC e hexagonal)
- Ligações metálicas
- Elevada condutibilidade térmica e eléctrica
- Elevada resistência à tracção e à compressão
- Capacidade de deformação plástica
- Elevada massa atómica – elevada densidade
- Usualmente dividem-se em metais ferrosos e metais não ferrosos (metais e ligas metálicas)
MATERIAIS CERÂMICOS
- Todo o material inorgânico não metálico
- Composto por átomos metálicos e átomos não metálicos
- Estrutura interna c/ átomos de oxigénio (grandes) + átomos de metal ou semi-metal (silício)
- Composição baseada em silicatos
- Estrutura: - cristalina – cerâmicos
- amorfa – vidros
- Ligações iónicas e/ou covalentes (s/ ligações metálicas)
- Baixa condutibilidade térmica e eléctrica – isolante eléctrico
- Baixo coeficiente de dilatação térmica
- Elevada dureza e resistência química
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MATERIAIS POLIMÉRICOS
- Orgânicos com estrutura complexa (cristalina e amorfa)
- Predominância de ligações covalentes
- Moléculas longas formadas por cadeias de átomos designadas por
macromoléculas
- Todos os polímeros são compostos por longas cadeias de átomos
unidos por ligações covalentes entre átomos de carbono
- As macromoléculas (cadeias) estão também ligadas por ligações
secundárias
- Nalguns casos as cadeias também estão ligadas entre si através de
ligações covalentes (ligações cruzadas)
- Os polímeros são tendencialmente amorfos podendo também ter zonas
cristalinas (cristalites)
- Quando a estrutura cristalina tem predominância: rígido e resistente ao
calor
- Quando a estrutura amorfa tem predominância: macio e elástico
- Em geral resistem melhor à tracção do que à compressão
- Polímeros: Naturais – madeira, borracha, fibras vegetais, asfalto
- Sintéticos – plásticas, borracha sintética, fibras
- Polimerização – junção de meros (monómeros) à Polímeros
- Ex.: Polietileno
- monómero - etileno C2H4 – a ligação entre os dois átomos de carbono é covalente dupla (=)
– a ligação entre os átomos de carbono e hidrogénio é coval. simples
(—)
- polímero – polietileno – todas as ligações entre os átomos são covalentes simples (—)
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- POLÍMEROS SINTÉTICOS:
- Termoplásticos
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- Elastómeros
- Semelhantes à borracha natural – muito deformáveis e flexíveis
- Amolecem com o aquecimento
- Caracterizados por terem cadeias lineares com um número limitado de ligações cruzadas
(covalentes)
- À temperatura ambiente as ligações secundárias estão vencidas à as ligações covalentes
garantem o retorno do material à posição indeformada quando este é descarregado
- Três tipos distintos: - borracha natural (poli-isoprene)
- borracha sintética (polibutadieno)
- neoprene (policloroprene)
-
- POLÍMEROS NATURAIS:
- Madeira, borracha, fibras vegetais, asfalto
- Outros materiais considerados no grupo dos polímeros: alcatrão, betumes, ceras, tintas, vernizes,
lacas, colas e silicones
- Os polímeros sintéticos resultam da destilação fraccionada do petróleo
- Os polímeros ocuparam o lugar dos cerâmicos como isoladores eléctricos
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MATERIAIS COMPÓSITOS
- Tiram simultaneamente partido das vantagens individuais de materiais diferentes
- Em geral apresentam melhores propriedades que os materiais de base
- Num compósito pode ser melhorado: resistência, rigidez, densidade, resistência à corrosão, fadiga,
sensibilidade à temperatura, isolamento térmico e acústico, ...
- Um compósito tem dois ou mais diferentes materiais constituintes ou fases
- TIPOS DE MATERIAIS COMPÓSITOS
- Microscópicos : - Reforçados com fibras
- Reforçados com partículas
- Macroscópicos: - madeira, betão armado, ....
- Os Compósitos microscópicos são constituídos por duas fases:
- fase contínua - matriz
- fase dispersa (envolvida pela matriz) – fibras ou partículas
- Materiais compósitos mais correntes – compósitos reforçados por fibras
COMPÓSITOS DE FIBRAS
- Materiais compósitos mais correntes – compósitos reforçados por fibras
- As fibras podem ser distribuídas:
- Aleatoriamente
- Segundo direcções preferenciais
- Compósitos macroscópicos
Betão armado - betão + armaduras de aço
Madeira - lenho + fibras de celulose
Taipa - Terra + palha
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- Nesse caso (cadeia de moléculas) a resistência da fibra é igual à resistência das ligações atómicas
- As fibras têm sempre uma relação comprimento / diâmetro (l / Ø) elevada
- Quando maior for (l / Ø) maior a sua resistência e o custo do compósito
Exemplo: Vidro
- Resistência à tracção: - Vidro em chapa - 50 a 100 MPa
- Fibras de vidro - 1000 a 3000 MPa
- Resistência teórica conferida pelas ligações covalentes
intermoléculares – 20 000 MPa
- Exemplos de fibras: vidro, carbono, liga de carbono com silício, polímeros, metais
COMPÓSITOS DE PARTÍCULAS
- Partículas de muito pequenas dimensões – 0,01 a 0,1 mícron
- As partículas impedem a ocorrência de deslocações da matriz aumentando a sua resistência
- Partículas de maiores dimensões – Efeito de filer (de enchimento) – “carga”
- Em geral o filer tem um custo menor
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- A rigidez da “mola” é função do tipo de ligação, do número de ligações por unidade volume e da
sua orientação no espaço
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- Fronteiras – Superfícies
– Contornos de grão
- Os defeitos na microestrutura dos materiais são responsáveis pelo elevada diferença entre a
resistência real dos materiais e a resistência potencial, que se relaciona com as ligações interatómicas
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INTRODUÇÃO à REOLOGIA
N My
s= +
A I
V
t=
A
D L L f - Lo
e= =
Lo Lo
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- Nível MICROSCÓPICO
- Nível do MATERIAL
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MODELO ELÁSTICO
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ELASTICIDADE DIFERIDA
PLASTICIDADE
𝜺𝒖
𝝁= 𝝐𝒚
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TIPOS DE COMPORTAMENTO
MODELOS REOLÓGICOS
SÓLIDOS
- RÍGIDO – Corpo de Euclides
e=0
- PLÁSTICO – Saint-Venant
e = 0 s < so
e = " s = so
LÍQUIDOS
- LÍQUIDO PERFEITO – Incompressível, sem atrito interno
s de s • s
de = dt Û = Û e=
k dt k k
• 1t
s = k e e = ò s( t ) dt
ko
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e 1t
e= + ò s( t ) dt
E ko
Mantendo a tensão - - Mantendo a deformação (Relaxação)
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- Refira-se que 1 kN = 102 kgf, embora seja comum considera-se simplificadamente 1 kN=100 kgf -
(por exemplo, o peso de uma pessoa de 70 kgf é de 0,70 kN)
- Em português a densidade é uma grandeza adimensional – Não confundir com density em Ingês
Massa sec a
- MASSA VOLÚMICA REAL =
Vreal
Massasec a
- MASSA VOLÚMICA APARENTE =
Vaparente
Volume de vazios
interiores -Vi
Vreal – Volume real (massa compacta)
Vv – Volume de vazios = Vi+Ve
Volume de vazios
Vap – Volume aparente (ou total) = Vreal + Vv exteriores –Ve
Volume real -Vreal
Vi + Ve Vi + Ve
- POROSIDADE - p = =
Vap Va + Vi + Ve
Massa saturado
- Massa Volúmica do Material Saturado com superfície seca =
Vap
(depende da porosidade e permeabilidade do material)
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Depende de:
- porosidade
- tamanho e distribuição dos poros (porometria)
- grau de comunicação entre poros (conectividade)
BIBLIOGRAFIA
G. D. Taylor, 2000 – “Materials in Construction – An Introduction”. Longman, 3rd Editon, ISBN 0-582-
36889-8
J. F. Young, S. Mindess, R. J. Gray, A. Bentur, 1998 – “The Science and Technology of Civil
Engineering Materials”. Prentice Hall, ISBN 0-13-659749-1
M. A. Meyers, K. K. Chawla, 1999 – “Mechanical Behaviour of Materials”. Prentice Hall, ISBN 0-13-
262817-1
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